Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OBJETIVOS Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: - Compreender a importância da área de finanças para o sucesso das organizações. - Conhecer as principais atividades desenvolvidas por esta área. - Entender como a área de Finanças contribui para o alcance dos objetivos organizacionais e sua sustentabilidade. INTRODUÇÃO O resultado positivo de uma empresa no mercado não depende somente de ter um bom produto, desenvolver uma boa estratégia de marketing, contar com pessoas eficientes e eficazes, cheias de motivação para o trabalho e ter um excelente sistema de operações. Todos estes importantes itens cairão por terra se não houver uma administração consistente e segura dos recursos financeiros. A solidez de uma empresa quanto à sua situação econômico-financeira permitirá que a mesma tenha sustentabilidade, significando a sua permanência no mercado, com bons resultados para todos os seus participantes: lucratividade para os donos ou acionistas, compensatória política salarial para seus colaboradores, pagamentos justos e no prazo acordado com seus fornecedores, bem como bom preço de venda para seus clientes. Os autores Sobral e Peci (2008), consideram os recursos financeiros como o 'sangue' de uma organização. Para estes autores, quando o sangue deixa de circular com a liquidez necessária, a organização enfrenta muitas dificuldades, por melhores que sejam seus produtos, seus funcionários e sua ligação com os clientes. Serão apresentadas as funções típicas do administrador financeiro no contexto empresarial: Análise, planejamento e controle financeiro: é a atividade de coordenar, monitorar e avaliar todas as ações e fluxos financeiros da organização através de orçamentos e relatórios financeiros. Esta atividade também participa ativamente das decisões estratégicas com vistas a definir uma boa rentabilidade para os investimentos feitos pela empresa. Tomada de decisões de investimento: é o conjunto de decisões que definem a melhor estrutura de ativos da empresa, analisando, avaliando e buscando estabelecer uma relação equilibrada entre o risco e o retorno dos investimentos. Tomada de decisões de financiamento: diz respeito à tomada de decisões que definem o conjunto das fontes de recursos financeiros da organização, procurando estabelecer uma estrutura equilibrada em termos de liquidez, custo e risco financeiro. Seja qual for o tipo de atividade operacional da organização, os gestores financeiros são, fundamentalmente, as pessoas que tomam as decisões sobre a aplicação de recursos (investimento) e a obtenção de recursos (financiamento). Para a moderna administração financeira, o objetivo de qualquer empreendimento é maximizar a riqueza dos donos do capital, ou seja, alcançar o maior valor de mercado para a empresa. Essa potencialização do capital mostra a capacidade da organização na geração de recursos financeiros em longo prazo. Vale registrar que o objetivo econômico para moderna administração financeira é maximizar o valor do empreendimento e não maximizar o lucro, já que é um critério contábil e de curto prazo. O objetivo econômico da administração financeira é valido tanto para empresas públicas como para os empreendimentos privados. Nas empresas de pequeno porte, as atividades relacionadas com a administração financeira são desempenhadas pela área responsável pela contabilidade e ficam sob a responsabilidade de um dos sócios. Em geral sua orientação é pontual e de curto prazo e envolve apenas atividades rotineiras e burocráticas como os pagamentos devidos e a cobrança de dívidas. À medida que a organização cresce, a área de administração financeira torna-se um departamento autônomo sob a responsabilidade de um executivo do nível institucional, o vice-presidente financeiro ou o diretor financeiro. Esse administrador financeiro tem como atribuições a formulação de uma estratégia financeira para a organização, a representação da empresa perante órgãos públicos e instituições financeiras e a direção das áreas e das pessoas que executem tarefas ligadas à administração dos recursos financeiros do empreendimento. A estrutura da área de administração financeira em uma organização de grande porte geralmente inclui três departamentos subordinados ao administrador financeiro. Esses departamentos são: a controladoria, a tesouraria e o planejamento financeiro. A Controladoria tem como função supervisionar as atividades de contabilidade e auditoria da organização. Esta atividade cuida da preparação de relatórios gerenciais internos, de demonstrações financeiras e da administração de assuntos fiscais. A Tesouraria é o departamento cuja responsabilidade é gerir as atividades financeiras que se relacionam ao capital de giro, como a administração de caixa e bancos, crédito e cobrança de dívidas de fornecedores, pagamento dos compromissos da organização e outras atividades similares. O Departamento de Planejamento Financeiro tem como atribuição analisar e avaliar as fontes de financiamento, bem como analisar e avaliar os projetos de investimentos de modo que possa manter o equilíbrio financeiro do negócio e o alcance de suas metas. Os vários departamentos da área de administração financeira de uma organização executam atividades diferentes, mas sempre interdependentes. A principal atividade da controladoria é coletar, tratar e controlar a informação gerencial. O Departamento de Planejamento Financeiro usa essas informações como base para dar suporte às decisões de financiamento ou de investimento de longo prazo. A tesouraria exerce um conjunto de atividades operacionais ligadas à administração financeira de curto prazo que permitem o bom funcionamento das rotinas financeiras da organização. As demonstrações financeiras são usadas por órgãos reguladores, pelos credores, investidores, acionistas, instituições financeiras e outros para análise e controle da situação e do desempenho financeiro da organização. As demonstrações financeiras são também utilizadas pelos demais gestores da organização como meio de se manterem informados e como auxílio no processo de decisão gerencial. Essas demonstrações financeiras geralmente são apoiadas por um relatório da administração que esclarece aos acionistas a respeito do desempenho e sobre as perspectivas da organização, utilizando-se de notas explicativas, que podem incluir uma série de informações suplementares às demonstrações financeiras. Além disso, o relatório da administração também vem geralmente acompanhado de um parecer de auditores externos, que manifestam sua opinião sobre a qualidade e a confiabilidade das demonstrações financeiras apresentadas. As decisões de investimento são muito importantes porque acabam por definir o rumo estratégico da organização e os impactos positivos ou negativos se farão sentir por muitos anos. Um investimento de capital bem-sucedido vai gerar fluxos de caixa futuros que ajudarão na melhoria do desempenho financeiro da empresa no longo prazo. Mas, por outro lado, um investimento malsucedido pode comprometer o equilíbrio financeiro e reduzir a capacidade competitiva da organização. Um insucesso em investimentos tem outra consequência menos visível, mas também bastante lastimável: o fracasso pode diminuir a flexibilidade da liderança que se tornará mais rígida e menos propensa a assumir riscos, mesmo calculados. Portanto, visto a importância dessas decisões, é preciso um processo embasado e seguro para chegar-se à decisão sobre quanto, quando e onde investir. Chamamos a esse processo de orçamento de capital ou investimento de capital. POLÍTICA DE DIVIDENDOS O estabelecimento da política de dividendos de uma organização consiste na definição da porcentagem dos lucros líquidos que serão distribuídos aos acionistas, a fim de remunerar o capital que eles investiram na empresa. Ou seja, a política de dividendos estabelece decisões sobre o lucro líquido da empresa, definindo que parte desse lucro deve ser divididaentre os sócios e que parte do lucro deve ser reinvestida no negócio. A política de dividendos se relaciona diretamente com as decisões de financiamento, já que a distribuição de lucro entre os sócios retira do negócio recursos financeiros que poderiam ser aplicados para financiar a expansão de suas atividades. Dessa forma, quanto menos lucro a empresa distribuir, melhor para seu futuro, pois diminui a necessidade de buscar recursos em fontes financeiras externas para financiar sua expansão. Entretanto, a decisão de não distribuir o lucro impede os acionistas de receberem a remuneração sobre o investimento feito. Essas duas forças exercem pressões antagônicas sobre o administrador financeiro e tornam a decisão de distribuir ou reter lucro um grande dilema para esses profissionais. Dessa forma, quanto menos lucro a empresa distribuir, melhor para seu futuro, pois diminui a necessidade de buscar recursos em fontes financeiras externas para financiar sua expansão. Entretanto, a decisão de não distribuir o lucro impede aos acionistas de receberem a remuneração sobre o investimento feito. Essas duas forças exercem pressões antagônicas sobre o administrador financeiro e tornam a decisão de distribuir ou reter lucro um grande dilema para estes profissionais. DIAGNÓSTICO FINANCEIRO DA EMPRESA O diagnóstico financeiro da empresa é feito por meio da análise do desempenho e do comportamento histórico da situação econômico-financeiro, com base nas demonstrações. CONHEÇA O ÂMBITO EMPRESARIAL: INTERNO E EXTERNO! No âmbito empresarial interno, a análise financeira tem a finalidade de avaliar o impacto e as consequências das decisões financeiras da organização. Busca também auxiliar os administradores financeiros na concepção, avaliação e controle das estratégias do negócio. No âmbito empresarial externo, a análise financeira permite que os diferentes stakeholders, ou partes interessadas, tomem decisões. Estas decisões podem ser relacionadas à maximização do retorno sobre o capital investido: os investidores efetuam avaliações financeiras das empresas para melhor gerir suas carteiras de títulos. Por outro lado, estas decisões baseadas na análise financeira podem ter como objetivo a redução de riscos: os fornecedores e as instituições financeiras avaliam a capacidade que a empresa possui de pagar suas dívidas. O diagnóstico financeiro deve ter como principal alvo a avaliação de alguns itens fundamentais:
Compartilhar