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1 2 Primeiramente, o que é Gestão Financeira? Segundo Gustavo Arruda, a gestão financeira é um conjunto de ações administrativas que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades relacionadas com o dinheiro do negócio. O objetivo é melhorar os resultados e aumentar o seu valor do patrimônio. Uma correta condução nesse campo permite visualizar a atual situação da empresa de forma mais clara, facilitando a previsão e o enfrentamento de problemas, além do planejamento de novos investimentos. O objetivo econômico da administração financeira é válido tanto para empresas privadas como para públicas. No caso de empresas privadas, os acionistas ou proprietários têm a expectativa de alcançar um retorno compatível com o risco assumido por meio da geração de recursos de longo prazo, o que, naturalmente, se refletirá no valor da companhia. Por sua vez, nas empresas públicas, a geração de lucros e de recursos é um parâmetro de desempenho importante, pois permitirá reinvestir esses recursos na melhoria do bem estar da sociedade. No entanto, o desempenho financeiro não é necessariamente o principal objetivo desse tipo de organização. Assim, A administração financeira compreende o conjunto de atividades relacionadas com a gestão do fluxo de recursos financeiros na organização e tem a responsabilidade de captar os recursos necessários à realização das atividades da empresa, buscando alocá-los conforme os objetivos organizacionais. Analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para melhorá-los Considerar e negociar a captação de recursos, além da aplicação do dinheiro Avaliar a concessão de crédito aos clientes e administrar a cobrança Realizar os recebimentos e os pagamentos, monitorando o saldo de caixa Controlar as contas a receber e as contas a pagar F U N Ç Õ E S D A A D M IN IS T R A Ç Ã O F IN A N C E IR A 1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: OBJETIVOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS 3 Atkinson (2011) classifica os objetivos empresariais em primários e secundários: OBJETIVOS PRIMÁRIOS Nas empresas privadas é o lucro e a riqueza de seus proprietários. Nas organizações sem fins lucrativos e governo, são objetivos multidimensionais geradores de bem estar social OBJETIVOS SECUNDÁRIOS São os meios que levam ao atingimento dos objetivos primários. Qualidade, satisfação do cliente, inovação, qualificação de funcionários, posição competitiva no mercado, produtividade, eficiência, qualidade da administração, competitividade no mundo globalizado, responsabilidade pública e social da empresa, responsabilidade ambiental, etc. Os objetivos secundários nada mais são que meios para se atingir os objetivos primários Conforme Segundo Sobral e Pecci (2008), do ponto de vista da administração financeira, a atividade da empresa pode ser dividida em três ciclos distintos, mas inter-relacionados: o ciclo de exploração, o ciclo de investimento e o ciclo de financiamento. Ciclo de exploração corresponde à atividade propriamente dita desenvolvida pela empresa e tem como objetivo gerar um retorno para os investimentos realizados. Ciclo de Investimentos envolve todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações de recursos, com o objetivo de dar suporte às atividades de exploração na expectativa de gerarem benefícios econômicos futuros para a empresa. Determinam a composição e o tipo de ativos da empresa e incluem investimentos em equipamentos, instalações, máquinas, tecnologias, participações em outras empresas, estoques, entre outras aplicações financeiras. As decisões de investimento devem refletir os objetivos estratégicos da organização. Ciclo Financeiro consiste no processo de avaliação e seleção das melhores ofertas de recursos e na determinação da melhor composição entre capitais de terceiros (instituições financeiras, fornecedores, etc.) e próprios (acionistas ou proprietários). 4 Mas o comportamento da Administração financeira nem sempre foi assim, vejamos uma pequena linha do tempo e seus enfoques ao longo dos anos: 5 Todos os departamentos e membros organizacionais têm a necessidade de interagir com a área financeira para executar suas tarefas. Conforme referido, cabe à administração financeira gerenciar o fluxo de recursos financeiros, os quais são necessários para o desenvolvimento de qualquer atividade empresarial. Uma variável importante para a definição da relevância e do porte da função financeira na organização é o seu tamanho. Conforme Bruno Eduardo, a área financeira lida com um dos recursos mais indispensáveis para seu funcionamento: o capital. A Administração financeira compreende o conjunto de atividades relacionadas com a gestão do fluxo de recursos financeiros na organização e tem dupla responsabilidade de captar os recursos necessários às atividades da empresa e alocá-los de forma a alcançar os objetivos organizacionais. Além disso, a Administração financeira compreende um conjunto de atividades cujo objetivo é gerir o fluxo de recursos financeiros da organização. Desse fluxo faz parte a responsabilidade de captar recursos necessários às atividades da empresa e alocá-los da melhor forma para alcançar os objetivos organizacionais. 6 Segundo Paulo Portinho, Administração financeira é o conjunto de atividades que tratam do controle, planejamento e análise de todas as movimentações de recursos mensuráveis em dinheiro das empresas. As decisões de administração financeira buscam otimizar e racionalizar o uso dos recursos financeiros das empresas, ou seja, buscam tomar decisões que maximizem o lucro e o aumento patrimonial. Na administração financeira de longo prazo, o objetivo é quantificar os projetos em que a empresa quer entrar, sejam eles completamente novos (compra de outras empresas ou ativos) ou atualização de projetos e processos atuais (reforma de máquinas, melhoria nos processos, uso de softwares etc.). O administrador financeiro de longo prazo utiliza um orçamento empresarial de capital para mapear toda a expectativa futura a respeito do fluxo de caixa dos projetos de investimento (novos ou contínuos), de forma a trabalhar com um horizonte de razoável previsibilidade. A partir deste orçamento, que é considerado a melhor projeção possível sobre os fluxos de caixa que serão gerados pelos investimentos da empresa, o administrador de longo prazo precisará definir as FONTES DE FINANCIAMENTO dos projetos. Aliás, essa é a principal função financeira da empresa, otimizar a alocação de capital para que a empresa atinja e/ou maximize seus objetivos e metas. O orçamento é a peça básica de toda a administração financeira, pois representa a projeção de todos os fluxos futuros de recursos na empresa. Até as decisões financeiras erradas do passado apresentam sua “conta” no futuro, ou seja, se tomamos uma linha de crédito cara demais no passado, seus efeitos estarão representados no orçamento para o futuro. Não há nenhuma hipótese de trabalhar administração financeira, seja de curto ou de longo prazos, sem partir do orçamento empresarial ou de um orçamento de capital (normalmente administrar é um processo dinâmico que consiste em tomar decisões a respeito de objetivos (estratégicos, táticos etc.) e recursos. O administrador está a todo tempo fazendo escolhas relativas a planejamento, organização, direção e controle. “Administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma grande sociedade anônima, envolvem muitas funções diferentes, funções estas imprescindíveis para a organização ter sucesso frente aseus clientes e concorrentes, mas é finanças que faz com que tudo aconteça. “GITMAN (2002, pag. 3) A seguir temos o famoso pilar da administração: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE. 2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 7 PLANEJAR significa tomar decisões sobre objetivos, globais ou localizados, indicando os caminhos e os recursos para atingi-los. É um ato de modelar o futuro que a empresa deseja e os caminhos para se atingir esse futuro. ORGANIZAR significa tomar decisões sobre a hierarquia, sobre a divisão de autoridades e responsabilidades dentro do organismo empresarial. DIRIGIR significa tomar decisões objetivas para obtenção e uso dos recursos necessários para atingir os objetivos. CONTROLAR significa estabelecer padrões intermediários aos objetivos e garantir que sejam cumpridos, de forma a contribuir para o objetivo final . Ainda conforme Paulo Portinho, O Método do Orçamento Empresarial baseia-se também, e principalmente, no ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), também chamado de ciclo de Deming ou de Shewhart. O PDCA é uma abordagem empresarial que busca a melhoria contínua em processos, inclusive o orçamentário. Significa planejar, que é organizar o futuro em planilhas e premissas, executar as ações necessárias para cumprir aquilo que se previu, verificar constantemente se as premissas e os objetivos estão sendo cumpridos e agir, caso se perceba discrepância entre o previsto (orçado) e o realizado. Assim, em essência o orçamento é uma peça de PLANEJAMENTO FINANCEIRO. A forma mais apresentada na literatura é um pouco mais concisa e propõe a divisão em apenas 4 orçamentos, que são os mais importantes mesmo, Receitas, Despesas, Caixa e Capital. 8 Temos que nos ater também à diferença entre Orçamento Econômico e Orçamento Financeiro. O primeiro obedece ao princípio da competência, essencialmente contábil, que reconhece as receitas, custos e despesas nas datas em que ocorram os atos e fatos econômicos, independente da sua realização. O segundo funciona no regime de CAIXA, reconhecendo as receitas, custos e despesas nas datas em que estão previstas as entradas ou saídas efetivas dos recursos. O Orçamento Econômico prevê a fixação de metas para os itens que compõem a DRE contábil clássica. A questão central, como sempre, é o orçamento de vendas, pois é o ponto de partida de todo o processo orçamentário. A partir deste orçamento se projetam os outros: orçamento de produção, de matéria-prima, de mão-de-obra direta ou indireta, de custos indiretos de fabricação, de despesas administrativas e comerciais e de despesas financeiras. ORÇAMENTO DE RECEITA É composto, principalmente, pela projeção do faturamento mês a mês ao longo do período orçado. No caso de unidades que não geram receitas, a primeira linha do orçamento será composta pela dotação (verba) orçamentária disponibilizada pela área responsável pelo cumprimento do planejamento financeiro. ORÇAMENTO DE DESPESA Este orçamento contempla uma parte variável e uma parte fixa. Normalmente a variável vai estar ligada diretamente às Receitas. ORÇAMENTO DE CAIXA Em orçamentos mais detalhados, onde se busca fazer a gestão financeira de curtíssimo prazo, costuma-se trabalhar com a estrutura de financiamento da empresa, com as diferenças entre seus ativos e passivos circulantes. Será visto adiante. Em orçamentos de projetos de investimento, costuma-se trabalhar apenas com a exigência de um determinado patamar de caixa (chamado de capital de giro mínimo). ORÇAMENTO DE CAPITAL Como já dito anteriormente diz respeito aos investimentos e suas fontes. Caso a empresa utilize o próprio fluxo de caixa para reinvestir, ou se precisa de aportes de capital próprio ou de terceiros, entrará no orçamento de capital. Na lei 6404/76, o Orçamento de Capital é uma justificativa que a empresa apresenta para o acionista para reter lucros do exercício. 3. ORÇAMENTO 9 O Orçamento Financeiro trata mais da questão do planejamento do financiamento das operações da Empresa (fontes e uso de capital próprio e de terceiros). Discrimina as receitas por fontes de recursos e as despesas por categorias econômicas, além de fazer previsão das entradas e saídas de caixa para o período, isto é, transformando-se em orçamento de caixa. Conforme já visto anteriormente, seu objetivo é tomar decisões sobre os “estoques” de ativos e passivos circulantes, sobre a forma de financiar os furos ou excessos de caixa. Segundo estudos de Filipe Bezerra, é necessário dizer que o objetivo primário da administração financeira e orçamentária é a maximização do lucro, ou seja, o valor de mercado do capital investido. Não importa o tipo de empresa, pois em qualquer delas, as boas decisões financeiras tendem a aumentar o valor de mercado da organização em si. Devido a esse aspecto, a administração financeira deve se dedicar a avaliar e tomar decisões financeiras que impulsionem a criação de valor para a companhia. Pode-se dizer que a administração financeira e orçamentária possui três objetivos distintos, que são: ✓ Criar valor para os acionistas - Como dito acima, o lucro é uma excelente maneira de medir a eficácia organizacional, ou seja, seu desempenho. Contudo, esse indicador está sujeito a diversas restrições, uma vez que é determinado por princípios contábeis, mas que não evidenciam a capacidade real da organização. É importante salientar também que o lucro contábil não mensura o risco inerente à atividade empresarial, pois suas projeções não levam em conta as variações no rendimento. ✓ Maximizar o valor de mercado- O valor de mercado é considerado um dos melhores critérios para a tomada de decisão financeira. A taxa mínima de atratividade deve representar a remuneração mínima aceitável para os acionistas diante do risco assumido. Nesse objetivo, duas variáveis são importantes de se levar em consideração: o retorno esperado e a taxa de oportunidade. O importante é a capacidade da empresa de gerar resultado, promovendo a maximização do valor de mercado de suas ações e a satisfação dos stakeholders. ✓ Maximizar a riqueza - Como último objetivo nós temos a maximização da riqueza, ou seja, a elevação da receita obtida pelos acionistas. Esse objetivo é alcançado mediante o incremento do valor de mercado (sucede os objetivos anteriores). O alcance desse objetivo fica por conta dos investimentos em gestão, tecnologia e inovação, assim como no descobrimento de oportunidades futuras. A geração de riqueza não deve ser vista de forma isolada, mas como uma consequência determinada pelos objetivos secundários. Segundo Bruno Eduardo, Administração financeira é a área responsável pelas atividades relacionadas com a gestão do fluxo de recursos financeiros na organização. Em referência aos estudos de Fayol, a função administrativa financeira: 10 Em relação às áreas da administração financeira, temos que as áreas mais importantes da administração financeira podem ser resumidas ao se analisar as oportunidades profissionais desse setor. Essas oportunidades em geral caem em três categorias interdependentes: o operacional, os serviços financeiros e a administração financeira. ✓ Operacional: As atividades operacionais de uma organização existem de acordo com os setores da empresa. Ela visa proporcionar por meio de operações viáveis um retorno ensejado pelos acionistas. A atividade operacional também reflete no que acontece na demonstração de resultados, uma vez que é parte integrante da maioria dos processos empresariais e caso não demonstra retorno pode sofrer certo enxugamento. Por outro lado, quando a operação demonstra um retorno acima do esperado ela tende a ser ampliada. ✓ Serviços Financeiros: Essa é área de finanças voltada à concepção e prestação de assessoria, como também, na entrega de produtosfinanceiros a indivíduos, empresas e governos. Envolve oportunidades em bancos (instituições financeiras), investimentos, bem imóveis e seguros. É importante ressaltar que, é necessário o conhecimento de economia para se entender o ambiente financeiro e assim poder prestar um serviço de qualidade. As teorias (macro e microeconômicas) constituem a base da administração financeira contemporânea. ✓ Gestão financeira: Trata-se das obrigações do administrador financeiro nas empresas, ou seja, as finanças corporativas. Questões como, concessão de crédito, avaliações de investimentos, obtenção de recursos e operações financeiras, fazem parte dessas obrigações. Reflete principalmente as decisões tomadas diante das atividades operacionais e de investimentos. Alguns consideram a função financeira (corporativa) e a contábil como sendo virtualmente a mesma. Embora existe uma certa relação entre as duas, uma é vista como um insumo necessário à outra. FUNÇÕES DA EMPRESA técnica comercial finaceira segurança contabilidade administrativa previsão organização comando coordenação controle 11 Conforme estudo feito pelo Prof. Davi Silva, o administrador financeiro tem a “obrigação” de se especializar constantemente, pois ferramentas utilizadas a três, seis meses não são mais receitas de sucesso e as melhores fontes de recursos. Tem que ser além de tudo flexível e generalista, pois deve conhecer as várias funções e ambientes que o cercam sendo a cada dia mais exigido e em várias pequenas organizações tem as funções de proprietário a contador. De acordo com Gitman (2002), “Embora essas necessidades tornem as funções do administrador financeiro mais exigente e complexas, podem propiciar carreiras mais recompensadoras e interessantes”. Os administradores financeiros estão incumbidos da responsabilidade primária de maximizar o preço da empresa enquanto mantêm o risco no mais baixo nível possível. A fim de atingir essas metas, um administrador deve determinar quais investimentos resultarão em lucros mais elevados aos menores riscos. Os administradores devem usar políticas de investimento que minimizem o risco. Entretanto, alguns administradores interpretam suas missões de maneira diferente. Eles visualizam seus papéis como aqueles que evitam grandes erros. Os administradores são frequentemente apanhados no meio, tentando agradar as duas principais facções: os credores e os proprietários. Essa consideração é em especial importante quando a dívida se torna uma importante fonte de financiamento. Os credores impõem certas restrições à empresa, ora limitando os pagamentos de dividendos quando os lucros foram muito baixo, ora forçando os administradores a manter a liquidez a um dado nível para assegurar o pagamento dos empresários. Na tentativa de satisfazer as reivindicações impostas por esses credores, os administradores financeiros são inclinados a dar muito mais atenção aos credores e pouca atenção aos proprietários. Esse conflito pode tornar os administradores menos eficientes e impedi-los de tirar vantagem das melhores oportunidades. As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são: realizar análises e planejamento financeiro; tomar decisões de investimento; e tomar decisões de financiamento. Análise e planejamento financeiro dizem respeito à transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa, avaliação da necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva e determinação de aumentos (ou reduções) dos financiamentos de aumentos (ou reduções) dos financiamentos requeridos. Seu objetivo fundamental é avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos. Gitman (2002). Assim, o objetivo do gestor financeiro é aumentar o valor do patrimônio líquido da empresa, por meio da geração de lucro líquido, decorrente das atividades operacionais da empresa, analisando os resultados financeiros e planejando ações necessárias para obter melhorias. O ideal é que toda empresa tenha um Gestor acompanhando suas finanças diariamente a fim de evitar esses imprevistos, o Gestor Financeiro é peça-chave para a saúde de qualquer empresa. A captação, a elaboração e o gerenciamento dos recursos financeiros são fatores estratégicos para o sucesso da organização. Esse profissional é responsável pela assessoria aos diversos setores e possibilita as tomadas de decisão fundamentadas em uma visão estruturada e coerente do negócio. O gestor financeiro atua no planejamento financeiro, na organização, direção, captação e nos investimentos de recursos de uma empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte. Analisa os créditos e os demonstrativos contábeis, avalia a manutenção de estoques, 4. FUNÇÕES DO GESTOR FINANCEIRO 12 acompanha faturamentos e fluxos de caixa. Pode atuar ainda na área de auditoria. Para realizar essa tarefa, o gestor financeiro precisa ter um sistema de informações gerenciais que lhe permita conhecer a situação financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas, maximizando seus resultados. As atividades do gestor financeiro têm com base de estudo e análise dados retirados dos relatórios financeiros, tais como balanço patrimonial, demonstração de resultados, análise de contas e principalmente do fluxo de caixa da empresa que reflete a real situação de seu disponível circulante para financiamento e novas atividades. O gestor passou a ter um papel de grande importância, e o mercado espera um profissional com ampla visão dos ambientes interno (empresa) e externo (mercado). Segundo Alexandre Assaf Neto (2006,p.33) as principais funções do gestor financeiro são análise, planejamento e controle financeiro; tomada de decisões de investimento; tomada de decisões de financiamento; objetivos e compromissos da empresa. O profissional de Gestão Financeira tem uma ligação com todos os setores da organização. Não somente atua nas áreas de Tesouraria, Contas a Pagar e Contas a Receber, Controladoria, Orçamento, Custeio, como pode ser denominado também como: vice- presidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro. Independentemente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos níveis hierárquicos, pois cada empresa possui um organograma e divisão de setores diferente, dependendo do porte da empresa. A área financeira da empresa constitui condição essencial de êxito ter constantemente à vista a situação financeira da empresa. A área financeira lida com um dos recursos mais indispensáveis para seu funcionamento: o capital. A Administração financeira compreende o conjunto de atividades relacionadas com a gestão do fluxo de recursos financeiros na organização e tem dupla responsabilidade de captar os recursos necessários às atividades da empresa e alocá-los de forma a alcançar os objetivos organizacionais. No contexto empresarial, as funções típicas do administrador financeiro são: Análise, planejamento e controle financeiro consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades e fluxo financeiros da empresa por meio de orçamentos e relatórios financeiros, bem como em participar ativamente nas decisões estratégicas para estabelecer uma rentabilidade satisfatória sobre os investimentos Tomada de decisão de investimentos trata-se da tomada de decisões que definam a melhor estrutura de ativos da organização, considerando uma relação adequada entre o risco e o retorno dos capitais investidos. Tomada de decisões de financiamento refere-se à tomada de decisões que definam a composição das fontes de recursos financeiros da organização, procurando estabelecer uma estrutura adequadaem termos de liquidez, custo e risco financeiro 13 Seja qual for a natureza da atividade operacional da empresa, os administradores financeiros são, em essência, tomadores de decisões referentes à alocação de recursos (investimento) e à captação deles (financiamento). Para a Administração financeira contemporânea, o objetivo da empresa é a maximização da riqueza dos proprietários de capital, ou, em outras palavras, à maximização do valor de mercado da empresa. O objetivo econômico para a Administração financeira é a maximização do valor da empresa e não maximização do lucro, que é um critério contábil e de curto prazo. No caso de empresas privadas, os acionistas ou proprietários têm a expectativa de alcançar um retorno compatível com o risco assumido por meio da geração de recursos de longo prazo, o que, naturalmente, se refletirá no valor da companhia. Por sua vez, nas empresas públicas, a geração de recursos financeiros é parâmetro de desempenho importante, pois permitirá reinvestir esses recursos na melhoria do bem- estar da sociedade. Porém, o desempenho financeiro não é necessariamente o principal objetivo desse tipo de organização. Conforme aponta Hoji (2007, p. 10) “o objetivo econômico e financeiro de uma empresa é a maximização de seu valor de mercado, por meio de geração continua de lucro e caixa no longo prazo, executando as atividades inerentes ao seu objetivo social”. Nas pequenas empresas, a função financeira geralmente é desempenhada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a função financeira se transforma em um departamento separado, diretamente ligado ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro. 14 5. HORIZONTALIZAÇÃO X VERTICALIZAÇÃO Conforme Letícia Dias, Manuela Garrido, Marina Dastre, Thais Paiva e Vanessa De Marco, temos a seguinte divisão: Horizontalização Consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior expansão foi o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se terceiriza os processos fundamentais (core process), por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e responsabilidade final sobre ele. Pode ser definida como uma estratégia em que a empresa “faz bem algumas coisas”. Verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi predominante no início do século, quando as grandes empresas praticamente produziam tudo o que usavam nos produtos finais. É definida como uma estratégia em que a empresa “faz tudo”. A verticalização era decorrente da preocupação em manter o controle sobre as tecnologias de processo, de produtos e negócios (segredos industriais), entre outras. Porém, o elevado número de atividades realizado internamente acarretou problemas gerenciais devido ao aumento do porte da empresa, e atividades não ligadas diretamente ao negócio principal, com conseqüências para a perda da eficiência e o aumento do custo de produção. A horizontalização passou a ser uma opção para a manutenção da competitividade das empresas. A busca por competitividade conduz ao surgimento de novas estratégias de produção. A opção por uma ou outra estratégia apresentada dependerá do produto, dos objetivos a serem alcançados com relação a lucros e crescimento e da capacidade de inovar de cada empresa. Cada técnica apresentada acima apresenta vantagens e desvantagens, como veremos a seguir: HORIZONTALIZAÇÃO VERTICALIZAÇÃO V A N T A G E N S redução de custos independência de terceiros flexibilidade para definir volumes de produção maiores lucros engenharia simultânea (know how dos fornecedores) maior autonomia foco no principal produto da empresa domínio sobre tecnologia própria 15 D E S V A N T A G E N S menor controle tecnológico maior investimento deixar de auferir lucros do fornecedor menor flexibilidade (perda de foco) alta dependência de terceiros aumento da estrutura da empresa demissões na fase inicial perda do vinculo para e com o empregado A área de serviços financeiros lida com a prestação de assessoria e produtos financeiros. Envolve uma variedade de oportunidades de carreira em bancos, planejamento financeiro pessoal, investimentos, bens imóveis e seguros. A administração financeira, por sua vez, lida com as obrigações do gestor financeiro na empresa. 16 6. PLANEJAMENTO FINANCEIRO Todo processo começa com o planejamento. Isso porque ele estabelece parâmetros e direções a seguir. No caso da gestão financeira, podemos compreender melhor essa etapa de acordo com a definição feita pelo doutor José Eduardo Zdanowicz, autor do livro “Planejamento Financeiro e Orçamento”: É através do planejamento financeiro e orçamento que se poderá visualizar as medidas que deverão ser executadas, bem como as expectativas a respeito do futuro da empresa. As decisões importantes, quando embasadas no planejamento e controle financeiros, têm grande possibilidade de serem eficazes e darem certo na empresa. O planejamento financeiro acompanha o planejamento estratégico da empresa. Isto é, ele deve indicar como os recursos devem ser utilizados para alcançar os objetivos traçados. É por isso que Zdanowicz faz a associação entre planejamento financeiro e orçamento, pois, na prática, tudo dependerá do orçamento disponível. Todos os direcionamentos do negócio devem considerar os custos para dimensionar qual será o impacto financeiro, as perspectivas de retorno dos investimentos e se há ou não recursos suficientes para sustentar as metas da empresa. É por isso também que a análise financeira é parte indispensável nesse processo. Afinal de contas, é preciso ter uma noção exata da situação econômica da empresa para só então montar um plano de ações. Como é possível observar, planejar, orçar e analisar as finanças são funções que devem ser conduzidas de forma unificada. Importante lembrar que cumprem um papel estratégico para o negócio. O planejamento financeiro deve conter: ✓ projeção para o futuro; ✓ ações a serem adotadas; ✓ custos e benefícios quanto ao que deve ser feito; ✓ recursos disponíveis e necessários ao plano de ações; ✓ padrões a serem seguidos; ✓ métricas de mensuração dos resultados. Uma atribuição decorrente do planejamento é o plano de aplicação dos recursos financeiros, que nada mais é do que uma previsão de desembolsos necessários para colocar em prática o planejamento de uma empresa ou de projetos específicos. Como é possível notar, todas as ações da organização dependem de recursos. O custo é, portanto, inerente à atividade empresarial. Isto é, qualquer propósito dependerá de investimentos, por menores que sejam, como a aquisição de matéria-prima. A aplicação de recursos compreende: ✓ recursos físicos, como equipamentos, imóveis e materiais diversos; ✓ recursos humanos, compreendendo processos que vão desde a atração até a retenção de talentos; ✓ recursos de gestão, alinhados às estratégias do negócio. 17 Na gestão financeira, definir a aplicação de recursos requer a definição de prioridades, já que é preciso distribuir os recursos em áreas distintas, como as que citamos acima (recursos físicos, humanos e de gestão). Voltamos, portanto, ao planejamento que vai indicar quais são as condições econômicas do negócio, as ações definidas para atingir os resultados esperados e a análise entre custo e benefício, facilitando, assim, a tomada de decisões. Assim, segundo Alexandre Marino Costa, o Planejamento financeiro procura evidenciar as necessidades de expansão da empresa, assim como identificar eventuais desajustes futuros. Por meio do planejamento,ainda, é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer mais satisfatória rentabilidade sobre os investimentos. O planejamento financeiro, também denominado administração ou gestão financeira, é a base para qualquer empresa, pois ele gerencia os recursos disponíveis, podendo melhorar os resultados obtidos pela empresa, aumentando a sua rentabilidade e o valor do seu patrimônio. WERNKE (2008, p. 4) conceitua o planejamento financeiro “como um conjunto de métodos e técnicas utilizados para gerenciar os recursos financeiros da entidade, objetivando a maximização do retorno do capital investido pelos acionistas”. Para ASSAF NETO (2008, p. 37) esse “é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital”. No planejamento financeiro segundo HOJI (2000, p. 21) “o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, pois dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários”. O planejamento financeiro procura evidenciar as necessidades de expansão da empresa, assim como identificar desajustes futuros, por meio dele, é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior segurança, os ativos 5 mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer a maior rentabilidade sobre os investimentos (ASSAF NETO, 2008). Podemos concluir que o planejamento financeiro pode ser caracterizado como uma técnica ou ferramenta utilizada para controlar, de forma eficiente, as finanças da empresa. Com relação às atividades de uma empresa, as atividades operacionais decorrem diretamente do objeto social da empresa, isto é, da finalidade para a qual ela foi criada. As atividades de investimento caracterizam-se pela aplicação de recursos em ativos de longo prazo, isto é, decisões de investimento é aplicação dos valores levantados. Já a atividade de financiamento dá suporte a atividade operacional, porque ela que capta os recursos para a tomada de decisão investir. O “caixa” gerado pela empresa é resultado direto das atividades operacionais da empresa. Há riscos também na gestão financeira. Conforme Gitman, há um conflito entre os interesses dos proprietários e os dos administradores, que surge aquilo que se chama de problema de agency, ou seja, a possibilidade de que os administradores coloquem seus objetivos pessoais à frente dos corporativos. Os problemas de agency podem ser evitados ou atenuados por meio de dois fatores: forças de mercado e custos de agency." 18 Estou muito feliz que você chegou até aqui, mostra que você já está na frente de muita gente, a maioria das pessoas desistem no meio do caminho, mas você está aqui buscando sua aprovação, sua mudança de vida e eu gosto de pessoas assim. E vou te falar, tudo que você viu nesse material não é 1% da entrega de conteúdo que o curso XYZ tem! Sem dúvida, hoje, esse é o curso mais acessível e com a melhor didática que você poderá encontrar, fruto de 15 anos de trabalho que já resultaram em milhares de aprovações por todo país e desenvolvido, especialmente, para te guiar do zero a aprovação. É um compilado IMENSO de informações e técnicas, para você sair de concurseiro amador para servidor público. E como você chegou até aqui, estou liberando um CUPOM desconto de 10% para você aproveitar agora essa oportunidade e garantir sua vaga. 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