Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Disciplina Metodologia da Pesquisa Científica Tema O projeto de pesquisa, a monografia e o artigo científico Professor(a) Dalton Gean Perovano INTRODUÇÃO Trataremos a partir de agora sobre dois aspectos importantes relacionados à apresentação do documento científico: as modalidades mais utilizadas de documento científico, que são o projeto de pesquisa, a monografia e o artigo científico, e as normas para a apresentação adotadas na Uninter, que são baseadas nas diversas diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ABNT é considerada o foro nacional de normalização, reconhecida pela sociedade brasileira e pelo Governo Federal, desde a sua fundação no ano de 1940. É uma entidade privada e sem fins lucrativos e membro fundador da International Organization for Standardization (ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización (AMN). A Associação tem a finalidade de elaborar e publicar Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por intermédio de Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). Para assegurar as características desejáveis de qualidade, padronização e confiabilidade, a apresentação do documento científico, seja ele monografia, dissertação, tese, projeto de pesquisa, artigo científico, entre outros, deve seguir as normas específicas para cada item do documento científico, tais como: citações, nota de rodapé, referências e outros. A normalização objetiva prevenir e solucionar problemas, por intermédio de regras para a apresentação de documento científico, as quais seguem formas objetivas e neutras, possibilitando que o processo de pesquisa seja não apenas centrado na 2 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico produção de conhecimento, mas também exposto de forma padronizada. Os conteúdos acadêmicos de pesquisa serão normalmente desenvolvidos na forma de projeto de pesquisa, monografia, dissertação, tese, trabalho acadêmico, artigo científico e memorial. Daremos especial atenção à elaboração do projeto de pesquisa, que possui peculiaridades que o distinguem da monografia pela natureza da sua finalidade, e que corresponde ao planejamento da pesquisa, envolvendo a discussão dos elementos estruturantes, a revisão de literatura, a discussão do método de pesquisa e previsão de recursos e o cronograma. Traremos sobre novas perspectivas para o cenário científico, como o artigo de revisão sistemática, o artigo de metanálise e os artigos empíricos. O artigo empírico, por exemplo, permite ao pesquisador relatar os procedimentos de campo, a partir de uma pesquisa já elaborada, ou ainda realizar uma investigação com um tema não extenso que enseja a coleta de dados em campo. Bons estudos! 3 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Problematização Tema O projeto de pesquisa, a monografia e o artigo científico Assuntos envolvidos na trama O artigo científico elaborado a partir da monografia Exposição do problema ao aluno Um estudante de direito elaborou uma pesquisa sobre hábitos de consumo de drogas entre adolescentes, na faixa etária de 15 a 17 anos, baseado no § 1º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 (Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica). Os membros participantes da banca de defesa recomendaram ao aluno que o resultado dessa investigação científica fosse divulgado. A monografia adotou o enfoque qualitativo e previu como classificação a pesquisa bibliográfica. Ao buscar publicações para o registro de sua pesquisa monográfica, o aluno observou que apenas uma revista científica se enquadrava em sua linha de investigação científica, e exigia a pesquisa empírica elaborada na forma de artigo científico. Diante desse dilema, o que o pesquisador poderá fazer para elaborar, a partir da monografia, um artigo científico com resultados de análise de dados empíricos? Conteúdo teórico Nesta etapa de trabalho, trataremos sobre o projeto de pesquisa, a monografia e o artigo científico. O projeto de pesquisa deverá ser elaborado conforme as orientações dos desenhos qualitativos, quantitativo e misto. O roteiro de etapas poderá ser o mesmo para os desenhos qualitativo, quantitativo e misto, o que variará serão os métodos e procedimentos característicos de cada desenho mencionado. Como sabemos, o que determinará os desenhos de pesquisa será o problema a ser investigado. 4 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Os projetos de pesquisa correspondem a planos e procedimentos que devemos desenvolver em uma pesquisa científica, em estudos monográficos, dissertação e tese, e serão elaborados com base na natureza do problema que iremos investigar, ou seja, determinarão se o estudo será qualitativo, quantitativo ou misto. O projeto consistirá em algumas etapas predefinidas, tais como a formulação de problema, delimitação do tema, justificativa, hipótese, objetivos, fundamentação teórica, metodologia para a abordagem do problema, recursos, cronograma e referências. A idealização da pesquisa é uma ação racional, planejada e intencional do pesquisador. É nesse momento que iremos estudar propositalmente um episódio, fenômeno, comportamento humano, dentre outros, com as etapas investigativas sustentadas em perspectivas teórico-metodológicas. Nesse sentido, devemos realizar as seguintes perguntas às respectivas etapas de pesquisa, conforme previsto na figura a seguir. Figura – Questões sobre os componentes de um projeto de pesquisa Fonte: Creswell (2010, p. 38), adaptado pelo autor. O projeto de pesquisa, de acordo com a estrutura apresentada na figura possui a sequência de elementos textuais que se inicia na introdução e encerra 5 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico no cronograma de pesquisa. Na introdução, são elencados os elementos estruturantes da pesquisa, ou seja, a definição do problema de pesquisa, a pergunta, a hipótese, o objetivo geral e os específicos e a justificativa. Nesse momento, devemos realizar a delimitação do tema de pesquisa e ter em mente que a introdução corresponde à pedra angular da investigação científica e, ao mesmo tempo, à vitrine, pois os leitores se interessarão pelo conteúdo se os termos estiverem devidamente delineados e com um bom estilo de redação científica. Monografia Depois de vencida a etapa de elaboração do projeto de pesquisa, estamos aptos para desenvolver a monografia. Conforme a NBR/ABNT, a monografia consiste na exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente e, ainda, adotada na maioria dos cursos superiores e de pós-graduação lato sensu, como requisito parcial para conclusão do curso. A monografia permite o desenvolvimento, com certa profundidade, de um tema de pesquisa e o seu desdobramento a partir dos elementos estruturantes, bem como o desenvolvimento das demais etapas da pesquisa, como a revisão de literatura com investigações que permitam a aplicação de uma ou mais teorias para o entendimento de determinado fenômeno. Constitui ainda uma excelente oportunidade para exercitarmos os métodos de pesquisa, sejam nos desenhos qualitativos ou quantitativos. Artigo científico O artigo científico tem a finalidade de discutir os fenômenos a partir da exposição de resultados originais e sucintos de pesquisas realizadas, bem como apresentar uma síntese analítica de estudos realizados pelo próprio autor. Consiste na exposição sintética de tema ou assunto de maneira delimitadae específica, e com relativa profundidade de análise. Os artigos científicos, por sua natureza volúvel, são facilmente publicáveis em periódicos ou capítulos de livros. 6 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Como característica, os artigos científicos não são extensos e variam de cinco a vinte páginas, conforme a norma estabelecida pela instituição de ensino superior, periódico e outros. Nesse tipo de documento científico, são realizadas as abordagens temáticas mais completas possíveis, a exposição dos processos metodológicos e a discussão dos resultados de pesquisa. A norma ABNT NBR6022 (2003, p. 2) menciona que o artigo científico constitui parte de uma publicação com autoria declarada, com a discussão de ideias, métodos, técnicas, procedimentos e resultados em várias áreas do conhecimento. Assim, conforme estabelecido na ABNT NBR6022 (2003), os artigos científicos são caracterizados de duas maneiras: - Artigos de revisão, que têm por fim analisar e discutir resultados de pesquisas científicas, revisões bibliográficas e outros. - Artigos originais ou de divulgação, que proporcionam a abordagem de temas originais, como o relato de casos, comunicação, discussão acadêmica de temas sensíveis, entre outros. PROJETO DE PESQUISA E A MONOGRAFIA Vamos discutir mais um pouco sobre os documentos científicos e trataremos agora sobre o projeto de pesquisa. A revisão de literatura no projeto de pesquisa será um esboço das principais investigações científicas, obras literárias, relatos de pessoas e outras fontes que preliminarmente levantamos, assim como a teoria que elegemos para o seu desenvolvimento. A revisão de literatura tem a finalidade de descrever as principais investigações científicas, obras literárias e demais materiais, posicionar o nível de maturidade do objeto de pesquisa que escolhemos para investigar, além de orientar como as variáveis serão explicadas, correspondendo esse último ao papel da teoria na pesquisa. Nessa etapa do projeto de pesquisa, a revisão de literatura não deverá ser totalmente desenvolvida, uma vez que, no momento em que passarmos a elaborar a monografia, teremos um tempo maior para 7 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico implementar os textos a partir do estudo prospectivo de outras pesquisas relacionadas ao nosso tema. A descrição da metodologia comporá a sequência dos enfoques, tipos de estudo, classificações de pesquisa e instrumentos de coleta de dados adotados. Assim como na revisão de literatura, iremos ampliar as descrições na fase da elaboração da monografia, com as implementações necessárias. Esse procedimento é necessário, uma vez que corremos o risco de planejarmos determinado procedimento na coleta de dados, por exemplo, e por qualquer razão termos de alterar as ações inicialmente previstas. Os recursos definirão as necessidades materiais e de serviços para a elaboração e a conclusão da pesquisa. Já a etapa de construção do cronograma definirá a temporalidade de cada uma das etapas da pesquisa. Na monografia, essa será a única etapa substituída na estrutura do projeto de pesquisa. A figura a seguir apresentará a sequência do projeto de pesquisa. Figura – Sequência conceitual para a elaboração do projeto de pesquisa Fonte: Perovano (2014, p. 210). A proposta apresentada nesta aula segue as orientações contidas nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a apresentação de Projeto de Pesquisa1 (ABNT NBR 15.287, 2005), as quais têm a finalidade de planejar e organizar a proposta teórica e metodológica do trabalho científico. O Quadro 6.1 apresenta a sequência de elaboração do projeto de pesquisa: 8 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Quadro 6.1 - Sequência de elaboração do projeto de pesquisa ELEMENTO EXTERNO CAPA (obrigatório) LOMBADA (opcional) E L E M E N T O S I N T E R N O S ELEMENTOS PRÉ- TEXTUAIS FOLHA DE ROSTO (obrigatório) LISTA DE ILUSTRAÇÕES (opcional) LISTA DE TABELAS (opcional) LISTA DE QUADROS (opcional) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (opcional) LISTA DE SÍMBOLOS (opcional) SUMÁRIO (obrigatório) ELEMENTOS TEXTUAIS 1 INTRODUÇÃO (obrigatório) 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA (obrigatório) 1.2 HIPÓTESE (obrigatório) 1.3 OBJETIVOS (obrigatório) 1.3.1 Objetivo geral (obrigatório) 1.3.2 Objetivos específicos (obrigatório) 1.4 JUSTIFICATIVA (obrigatório) DESENVOLVIMENTO 2 REVISÃO DE LITERATURA (obrigatório) 3 METODOLOGIA (obrigatório) 4 RECURSOS E CRONOGRAMA (obrigatório) ELEMENTOS PÓS- TEXTUAIS REFERÊNCIAS (obrigatório) GLOSSÁRIO (opcional) APÊNDICE (opcional) 1 Ao preparar um projeto de pesquisa, sugere-se consultar as seguintes normas relacionadas: NBR 6.032 – Abreviação de Títulos de Periódicos e Publicações Seriadas; NBR 6.022 – Informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação; NBR 10.520 – Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação; NBR 6.029 – Informação e documentação – Livros e folhetos – Apresentação; NBR 6.021 – Informação e documentação – Publicação periódica científica impressa – Apresentação; NBR 10.719 – Apresentação de Relatórios Técnico-Científicos; NBR 5.892 – Norma para Datar; NBR 10.521 – Numeração Internacional para Livro – ISBN – Reimpressa; NBR 6.024 – Informação e documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação; NBR 6.033 – Ordem Alfabética; NBR 10.526 – Editoração de Traduções; NBR 6.034 – Informação e documentação – Índice – Apresentação; NBR 6.023 – Informação e documentação – Referências – Elaboração; NBR 6.028 – Informação e documentação – Resumo – Apresentação; NBR 6.027 – Informação e documentação – Sumário – Apresentação; NBR 12.225 – Informação e documentação – Lombada – Apresentação; NBR 14.724 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação; TB 49 – Terminologia de Documentos Técnico-Científicos. ANEXO (opcional) ÍNDICE (opcional) Fonte: ABNT NBR 15287 (2005). Como podemos observar, a estrutura de um projeto de pesquisa compreenderá elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. O projeto de 9 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico pesquisa poderá ser adotado basicamente para duas finalidades, conforme explicitado por Gil (2010): a pesquisa profissional e a acadêmica. Ambas as pesquisas demandarão a construção de uma rigorosa estrutura, que veremos na sequência. No que se refere à monografia, esta difere do projeto de pesquisa em alguns aspectos quanto à forma e ao conteúdo. No que se refere à forma (formalidade), a monografia possui elementos pré-textuais, não encontrados no projeto de pesquisa, sendo eles: dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumo em língua vernácula e o resumo em língua estrangeira. Dos elementos textuais, retiramos o Capítulo 4, que define os recursos e o cronograma e será substituído na monografia pelos Capítulos 4 e 5 que passam a chamar análise e discussão de dados e conclusão, respectivamente. O quadro a seguir nos informa a sequência de elaboração de uma monografia. Quadro - Sequência de elaboração da monografia ELEMENTO EXTERNO CAPA (obrigatório) LOMBADA (opcional) E L E M E N T O S IN T E R N O S ELEMENTOS PRÉ- TEXTUAIS FOLHA DE ROSTO (obrigatório) DEDICATÓRIA (opcional) AGRADECIMENTO (opcional) EPÍGRAFE (opcional) RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA (obrigatório) RESUMO NA LÍNGUA ESTRANGEIRA (obrigatório) LISTA DE ILUSTRAÇÕES (opcional) LISTA DE TABELAS (opcional) LISTA DE QUADROS (opcional) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (opcional) LISTA DE SÍMBOLOS (opcional) SUMÁRIO (obrigatório) ELEMENTOS TEXTUAIS 1 INTRODUÇÃO (obrigatório) 2 REVISÃO DE LITERATURA (obrigatório)3 METODOLOGIA (obrigatório) 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS (obrigatório) 5 CONCLUSÃO (obrigatório) 10 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico ELEMENTOS PÓS- TEXTUAIS REFERÊNCIAS (obrigatório) GLOSSÁRIO (opcional) APÊNDICE (opcional) ANEXO (opcional) ÍNDICE (opcional) Fonte: ABNT NBR 14724 (2011). Salienta-se que nos elementos textuais, no capítulo 1 “Introdução”, não haverá na monografia (dissertação e tese) a subdivisão em seções para a descrição dos elementos estruturantes da pesquisa. Para os demais capítulos, haverá a quantidade de seções suficientes para o desenvolvimento das argumentações. ARTIGO CIENTÍFICO Vamos apresentar de forma sucinta mais alguns tópicos sobre a elaboração de artigo científico. Além dos conceitos previstos na NBR ABNT6022, utilizaremos ainda algumas recomendações das normas da Associação de Psicologia Americana (APA), para a elaboração de artigos científicos. Essa normativa prevê outras subdivisões e considera duas modalidades de artigos científicos: os artigos de revisão de literatura e o artigo empírico. Segundo Koller, Couto e Hohebdorff (2014), os artigos de metanálise e de revisão sistemática são agrupados na categoria de artigos de revisão deliteratura. Os artigos de metanálise têm por finalidade o estudo de dados estatísticos de pesquisas já realizadas, tais como a comparação de pesquisas e levantamento (senso populacional, senso escolar, levantamento epidemiológico e outros). Os dados trabalhados são derivados basicamente da leitura de planilhas estatísticas, fórmulas e gráficos, que são agrupados, comparados e analisados, e consistem no exame de um conjunto de elementos empíricos provenientes de estudos já publicados. 11 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico No artigo de revisão sistemática, os estudos são realizados a partir de investigações científicas já publicadas e sob um mesmo objeto de pesquisa. Assim, ao elaborarmos o artigo de revisão sistemática, realizaremos o levantamento, a seleção e a coleta dos materiais, com a posterior avaliação crítica e a síntese dos resultados de pesquisa, o que poderá incluir elementos do diagnóstico de metanálise. A terceira categoria de artigo científico é o empírico. Nesse tipo de artigo, poderemos realizar a etapa de uma pesquisa de campo, a partir de um tema absolutamente delimitado, considerando-se que o espaço para a revisão de literatura e de análise e discussão nessa categoria de artigo é pequeno. Em geral, o artigo empírico é elaborado com a extensão de vinte a trinta páginas e nos permite realizar a investigação empírica (tal como o levantamento de dados) de determinado fenômeno de maneira célere, não permitindo, no entanto, profundidade de análise e também não garantindo a generalização de resultados. Por outro lado, permite- nos um planejamento para desvelar questões de pesquisa pontuais e com resultados rápidos em investigações de pequeno porte, com a finalidade de responder a uma determinada pergunta de pesquisa. O quadro a seguir apresenta a estrutura por capítulos referente às três categorias de artigos científicos. Nos artigos de revisão sistemática e metanálise, como realizaremos as análises sobre materiais já publicados, a própria revisão de literatura, ao apresentarmos os conceitos ou dados estatísticos, já realizaremos simultaneamente a elucidação dos dados com as respectivas conclusões. No artigo empírico, devemos descrever os métodos de pesquisa empregados e a análise de dados coletados em campo com a respectiva discussão à luz da teoria ou conceito. Quadro - Estrutura por capítulos das categorias de artigos científicos Revisão sistemática Metanálise Empírico 1 INTRODUÇÃO 2 REVISÃO DE LITERATURA 3 CONCLUSÃO 1 INTRODUÇÃO 2 REVISÃO DE LITERATURA 3 CONCLUSÃO 1 INTRODUÇÃO 2 REVISÃO DE LITERATURA 3 METODOLOGIA 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO 5 CONCLUSÃO 12 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Podemos construir um artigo de revisão de literatura a partir de uma monografia, dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Nesse caso, será possível expormos um capítulo ou parte deste em um artigo científico, ou ainda transformar o contexto da monografia em artigo científico, no entanto, devemos tomar o cuidado de sempre contextualizar o conteúdo integral da pesquisa, privilegiando aspectos como os principais aspectos encontrados na revisão de literatura, um resumo da metodologia empregada e os principais resultados encontrados. A elaboração do artigo científico de revisão de literatura seguirá os seguintes passos, de acordo com a figura a seguir. Figura – Etapas da elaboração do artigo de revisão de literatura Uma prática que podemos adotar com muita eficiência na elaboração do artigo científico é o fichamento, pois encontraremos muitos referenciais e devemos realizar a seleção dos trechos dos textos de forma criteriosa e ligados com seu tema de pesquisa. As partes do documento de pesquisa Vamos apresentar e discutir a finalidade da estrutura comum das partes que compõem o projeto de pesquisa e a monografia. Vale ressaltar que tão importante quanto sabermos o correto posicionamento sequencial das partes constituintes do projeto de pesquisa e da monografia é sabermos o como e a razão de cada parte existir. Começaremos então pelos elementos pré-textuais, que antecedem o conteúdo textual e informam ao leitor a estrutura do trabalho de pesquisa. 13 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Trataremos sobre as formas de apresentação gráfica, baseadas nas orientações da NBR 14724 (ABNT, 2011), que trata sobre Trabalhos Acadêmicos, da NBR 15287 (ABNT, 2011), que discorre sobre o Projeto de Pesquisa e demais normas para a apresentação de documentos científicos da ABNT. Capa A capa deverá ser apresentada no formato A4 (21 cm x 29,7 cm), e consistirá no primeiro elemento que encontraremos em um documento científico; ela apresentará as informações iniciais do trabalho de pesquisa. Na capa, encontraremos os seguintes elementos na ordem sequencial: nome da instituição de ensino superior (ou outra organização), nome do autor, tema da pesquisa (subtítulo, caso houver), cidade da instituição de ensino superior (ou organização) e ano de depósito (entrega) do documento científico. Lombada ou dorso A lombada ou dorso constitui elementos opcionais e reúne os cadernos ou as folhas do trabalho de pesquisa. Em ordem sequencial, de cima para baixo, a lombada deverá conter: o nome do(s) autor(es), título, subtítulo (caso tiver), indicação de volume (se houver) e a data. Os elementos impressos na lombada poderão ser inseridos na horizontal ou de forma descendente. Folha de rosto Além dos dados que compõem a capa, a folha de rosto contém a nota indicativa de natureza acadêmica, cujo objetivo é apontar a finalidade do projeto, a disciplina que está relacionada e o orientador da pesquisa. Termo ou folha de aprovação O termo ou a folha de aprovação é um elemento obrigatório adotado em trabalhos de conclusão de curso (TCC). As monografias, dissertações e teses, 14 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico após o processo de aprovação e correção, deverão ter o termo de aprovação do trabalho de pesquisa, que será situado logo após a folha de rosto. O termo de aprovação deverá apresentar a seguinte sequência: a expressão termo ou folha de aprovação centralizada em letras maiúsculas negritadas no tamanho normal na primeira linha do texto; o nome do autor em letras maiúsculas, o título e subtítulo deverá ser redigido em letras maiúsculas; o texto de aprovação em letras maiúscula e minúsculas; a nota de indicação de natureza acadêmica, o objetivo, o nome da instituição e a área de concentração; o nome doorientador e a instituição a que é filiado em letras maiúsculas e minúsculas e a assinatura; o nome dos membros da comissão e instituição a que são filiados em letra maiúscula e minúsculas e as assinaturas; e o local em letra maiúscula e minúsculas e a data de aprovação. Dedicatória A dedicatória é um elemento opcional que consiste na homenagem do autor a alguém com significado para o pesquisador. O texto poderá ser apresentado em página distinta, na sequência do termo ou folha de aprovação e inserido na parte inferior direita da página. Agradecimento O agradecimento também é um elemento opcional e constitui o momento em que o autor menciona outra(s) pessoa(s) ou instituição(ões) que o apoiou(aram) ou que contribuiu(íram) de forma significativa para a elaboração da pesquisa. O agradecimento será apresentado em página distinta, logo após a dedicatória, com a palavra “agradecimento” redigida na primeira linha do texto, centralizada e em maiúsculo negritada. Caso o agradecimento seja um texto curto, deverá ser inscrito na parte inferior direita do texto. Quando o texto do agradecimento for curto, poderá ser escrito na mesma página da dedicatória, a partir da metade inferior direita da página e com a letra e entrelinhamento normal e menor, de forma que a última linha do agradecimento seja posicionada na margem inferior da página. 15 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Epígrafe A epígrafe é um elemento opcional e consiste na inscrição de um texto em prosa ou composição poética que tenha embasado o trabalho e deve ser seguida de autoria, que será colocada com alinhamento à direita. O texto será alinhado à direita. Em tese ou dissertação, a epígrafe será inserida em página distinta, logo após o agradecimento, e poderá também ser inserida nas folhas iniciais de cada seção primária. Resumo na língua vernácula O resumo na língua do texto, ou vernácula, é um elemento obrigatório na elaboração de monografia, dissertação e tese e consiste na apresentação concisa do trabalho de pesquisa, destacando-se os aspectos mais relevantes do texto. No resumo, devemos considerar, na sequência, o objetivo da pesquisa, o método adotado, os principais resultados e sua conclusão. O texto do resumo deverá conter uma redação concisa e afirmativa, com os termos elaborados na voz ativa. No texto, deve-se evitar o uso de citações, símbolos e contrações, fórmulas, equações, diagramas e outros elementos de apoio. A frase inicial do resumo deve explicar o tema da pesquisa e indicar a classificação dela (estudo de caso, pesquisa bibliográfica, pesquisa-ação, outros). Em monografias, dissertações e teses, o texto deverá ser apresentado em folha distinta, com a palavra “resumo” centralizada e em caixa alta. O texto do resumo será separado do título “resumo” por uma linha, e redigido com no mínimo 150 (cento e cinquenta) e no máximo 500 (quinhentas) palavras, com o uso de letra normal e entrelinhamento simples. O texto será alinhado à esquerda e sem recuo de parágrafo. As palavras-chave serão separadas por 1,5 cm (um vírgula cinco centímetros) do texto do resumo, alinhadas à esquerda e sem recuo de parágrafo. Resumo em língua estrangeira O resumo em língua estrangeira, obrigatório em dissertações e teses, 16 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico seguirá os mesmos critérios de elaboração do resumo em língua vernácula. O título será apresentado conforme o idioma adotado e será: abstract em inglês; resumen em espanhol; résumé em francês; reassunto em italiano e zusammenfassung em alemão. As palavras-chave deverão ser redigidas de acordo com uma das cinco línguas eleitas para a elaboração do resumo. Listas: ilustração, tabelas, quadros, abreviaturas e siglas e símbolos As listas serão elaboradas e dispostas na seguinte sequência: lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de quadros, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos. Cada lista terá uma ou mais páginas a parte com o título redigido em caixa alta, em negrito e centralizado. As listas de ilustrações e tabelas seguirão a ordem sequencial numérica de aparecimento no texto, e as listas de abreviaturas e siglas serão sequenciadas em ordem alfabética. As ilustrações se referirão a qualquer elemento que facilite a visualização pictórica ou gráfica de um determinado conceito, e poderão ser apresentadas na forma de gráficos, organogramas, fluxogramas, diagramas, plantas, desenhos, fotografias, mapas e outros. As tabelas agrupam e apresentam as informações estatísticas, representadas por variáveis nominais, discretas e/ou contínuas. Já os quadros exibem as informações de variáveis nominais. Salienta-se que os textos que compõem os quadros deverão ser sintéticos e concentrar elevado conteúdo conceitual. Nas ilustrações e nos quadros, o título será descrito abaixo dos quadros ou ilustrações e, logo em seguida, a inscrição da Fonte de dados (se houver). No caso da tabela, o título será redigido acima da matriz de dados e, após esta, a Fonte (caso houver). Sumário O sumário consiste em um elemento obrigatório e apresenta a sequência da pesquisa científica. O sumário, que deverá ser apresentado em página 17 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico distinta, é dividido em seções, sendo a primária denominada de capítulo. No sumário, serão apresentados apenas os elementos textuais, com indicativos numéricos, e pós-textuais, sem as indicações numéricas. Caso a pesquisa seja apresentada em mais de um volume, cada livro terá um sumário. Os elementos textuais Os elementos textuais constituem o foco do processo da produção científica e serão construídos na forma de capítulos e as respectivas seções. A composição será iniciada pela introdução, revisão de literatura, metodologia, recursos e cronograma. Introdução Os elementos textuais iniciam com a introdução à pesquisa. Basicamente, a introdução tratará dos elementos estruturantes da pesquisa, ou seja, o problema de pesquisa, pergunta, hipótese, objetivos geral e específicos e a justificativa, que serão sequencialmente numerados em seção secundária. O exemplo a seguir é de um capítulo introdutório de um projeto de pesquisa: Nos demais documentos científicos (monografia, dissertação e tese), os elementos estruturantes, apresentados no quadro anterior, não serão numerados, uma vez que serão dispostos na forma de parágrafos, mas com a indicação de cada um dos elementos mencionados. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Problema de pesquisa 1.2 Pergunta 1.3 Hipótese 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivo geral 1.4.2 Objetivos específicos 1.5 Justificativa 18 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Revisão de literatura Na revisão de literatura, realizaremos o levantamento das principais pesquisas relacionadas ao objeto em estudo, que poderá ainda incluir a adoção de uma ou mais teorias que contemplem a complexidade do tema abordado. A revisão de literatura poderá ocupar até sessenta por cento do volume de produção escrita de uma pesquisa científica, uma vez que a finalidade primordial desse capítulo são descrever as propriedades das variáveis ou temas abordados na pesquisa, apresentar as atualizações sobre o tema e entender o comportamento das variáveis por intermédio da teoria. Metodologia Nessa etapa da pesquisa, serão discutidos os materiais e métodos empregados nela. Os métodos deverão ser criteriosamente descritos, devendo- se considerar materiais, técnicas e equipamentos adotados, a fim de que o experimento seja reproduzido (repetido) com a mesma exatidão. No capítulo correspondente à metodologia, devemos contemplar os seguintes tópicos, que serão elaborados na forma de seções secundárias com suas respectivas divisões, caso necessário: o enfoquede pesquisa, o tipo de estudo, a classificação do estudo e os instrumentos de coleta de dados, que são informações recomendadas em qualquer investigação científica, sob pena de comprometer severamente o desenho de pesquisa. Os métodos desenvolvidos ou adaptados pelo pesquisador deverão não apenas ser devidamente justificados, mas também apontar as suas vantagens em relação ao já existente. Deve-se fazer referências (citações do autor) aos métodos e técnicas já conhecidos, e não descrições, e as técnicas novas devem ser descritas com detalhes, podendo ser adotados croquis, fotografias e outros recursos necessários. As hipóteses e as generalizações empíricas não mencionadas no trabalho de pesquisa serão evitadas. Os dados estatísticos, de acordo com a sua natureza, deverão constar no texto ou figurar como apêndice ou anexo. O Exemplo a seguir apresenta a estrutura básica da composição da sequência 19 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico metodológica, conforme segue: Salientamos que, na monografia, dissertação ou tese, a sequência será o Capítulo 4, “Análise e discussão de dados”, e o Capítulo 5, “conclusão”. O Capítulo 4 do projeto de pesquisa será denominado de “recursos e cronograma”, que será discutido a seguir. Recursos e cronograma Os recursos e o cronograma serão apresentados exclusivamente no projeto de pesquisa. A descrição dos recursos consiste em apresentar a estimativa de gastos que serão utilizados no projeto de pesquisa. Nesse sentido, de acordo com Gil (2010), sugere-se a elaboração de orçamento, segundo os itens de despesa, e deverá ser mencionada a indicação de quantidades, o custo unitário e o total. Os itens serão agrupados em seções e conforme a necessidade prevista na pesquisa, de acordo com o quadro a seguir. Quadro – Recursos necessários à realização da pesquisa Tipo de despesa Definição Material permanente Consistem em bens de durabilidade prolongada e permanecem após a finalização do projeto, tais como notebook, impressora, veículo, equipamento de laboratório e outros; Material de consumo São materiais que não possuem durabilidade prolongada e consumidos durante o decorrer do projeto, tais como papel sulfite, cartucho para impressora, combustível automotor, outros; Diárias Servem para custear as despesas com alimentação e hospedagem das pessoas envolvidas com a pesquisa; 3 METODOLOGIA 3.1 Enfoque de pesquisa 3.2 Tipo de estudo 3.3 Classificação da pesquisa 3.4 Instrumentos de coleta de dados 20 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Passagens e despesas com locomoção São as despesas decorrentes do custeio de passagens com transporte aéreo, terrestre ou marítimo e outras demandas relacionadas; Outros serviços de terceiros Esses serviços poderão incluir locação, fretes, adaptação de espaços em imóveis e outros. Fonte: Gil (2010, p. 146). Caso parte dos gastos seja custeado pelo pesquisador, os itens previstos deverão constar na planilha de custos, uma vez que faz parte da previsão orçamentária. O cronograma define as etapas de realização da pesquisa a partir de uma escala de tempo, em que será previsto todo o processo da investigação científica. De acordo com Perovano (2014, p. 212): O gráfico de Gantt é o próprio cronograma físico do projeto e para a sua elaboração o pesquisador deve levantar todas as tarefas necessárias para a execução do projeto, que ficarão configuradas em duas fases: a elaboração do Projeto de Pesquisa e a elaboração do relatório de pesquisa (monografia, dissertação, tese). As duas fases mencionadas serão ordenadas em atividades, ou seja, o estabelecimento de uma sequência racional entre elas, mostrando o que se faz em cada momento. A elaboração do cronograma se dará a partir de uma tabela que contemplará todas as fases da pesquisa, e inclui tanto o próprio projeto de pesquisa como o documento científico a ser elaborado (monografia, dissertação ou tese). No modelo de cronograma de pesquisa mencionado na tabela a seguir, da esquerda para a direita, podemos observar uma sequência numérica que estabelecerá as fases da pesquisa. Na coluna denominada de fases, encontraremos a primeira fase que será destinada à construção do projeto de pesquisa e a segunda fase, ao documento de pesquisa final. A coluna atividades descreve em ordem 21 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico sequencial todas as etapas previstas. A última coluna menciona as datas previstas para a consecução de cada uma das etapas. Caso alguma etapa não seja cumprida de acordo com o planejado (com antecipação ou atraso), devemos imediatamente avisar ao orientador da pesquisa e ao departamento a que a investigação estiver vinculada, com a respectiva alteração do cronograma. Tabela – Modelo de cronograma de pesquisa Análise e discussão dos dados de pesquisa Após a etapa de coleta de dados empíricos ou bibliográficos, passaremos a realizar a análise e a discussão dos dados da investigação científica, que serão apresentados de forma precisa e clara. Os dados serão analisados, interpretados e, concomitantemente, discutidos à luz da teoria ou conceitos. Os dados serão agrupados e interpretados, segundo a técnica adotada pelo pesquisador, com absoluta isenção de julgamento pessoal. Os dados provenientes da pesquisa serão analisados e relacionados com os principais fatos relacionados ao tema investigado. Na fase da discussão, o pesquisador poderá: descrever e relacionar a causa e o efeito; justificar o tema de pesquisa, esclarecer as exceções, as modificações, teorias e outros; indicar as aplicações e limitações da teoria eleita, assim como os aspectos que modifiquem ou confirmem a teoria adotada, podendo ser apresentadas novas perspectivas para a continuidade da pesquisa. Conclusão 22 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico VENERAL, D.; ANCÂNTARA, S. A. Direito aplicado. Curitiba: Editora Intersaberes, 2014. Na conclusão, serão apresentadas as considerações finais do trabalho de pesquisa, e ela será baseada nos elementos textuais. A finalidade dessa parte é recuperar as principais conclusões parciais desenvolvidas desde o capítulo introdutório até a análise e a discussão dos dados de pesquisa, com a apresentação de propostas e sugestões para outras investigações científicas. Elementos pós-textuais Os elementos pós-textuais fornecem aos pesquisadores e demais leitores a complementação ao trabalho e são constituídos de referências, glossário, apêndice, anexo e índice. Referências A referência é um elemento obrigatório, conforme especificado na NBR 6023/2002, e nela encontramos todos os trechos citados no texto (autores, instituições, livros, páginas de internet, entre outros), o que nos permite a identificação de documentos impressos, virtuais ou outras formas de apresentação, mencionados de forma explícita no transcurso do trabalho. As referências deverão estar relacionadas com cada citação inserida nos textos da pesquisa, portanto, não devemos incluir quaisquer elementos que não foram citados no decorrer da elaboração do texto. As referências serão elaboradas e inseridas em uma única lista e ordenadas em ordem alfabética. O título “Referências” deverá ser negritado, centralizado e sem o indicativo numérico. Na sequência, apresentaremos as formas mais usuais de referências: Referência de livro considerado no todo – impresso: 23 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Referência de livro considerado no todo – internet: Referência de parte de livro impresso – capítulo, fragmento e volume: Referência de tese, dissertação e monografia – impresso: Referência de tese, dissertação e monografia – internet: Referência de artigo de periódico– impresso: Referência de evento científico considerado no todo – congresso, seminário, simpósio, reunião, colóquio, e outros – impresso: SILVEIRA, S. A. da (Org.). Cidadania e redes digitais. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2010. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/98897904/Cidadania-e-redes-digitais>. Acesso em: 28 fev. 2014. COPETTI, F.; KREBS, R. J. As propriedades da pessoa na perspectiva do paradigma bioecológico. In: KOLLER, S. H. Ecologia do desenvolvimento humano: pesquisa e intervenção no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. p. 125-148. PEROVANO. D. G. A formação de conceitos sobre drogas pelos estudantes do quinto ano do ensino fundamental: uma leitura histórico-cultural-bioecológica da prevenção às drogas. 331 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011. HADDAD, L. A ecologia do atendimento infantil: construindo um modelo de sistema unificado de cuidado e educação. 336 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. Disponível em: <http://file:///C:/Users/Dalton%20Perovano/Downloads/TDE.pdf>. Acesso em: 22 set. 2015. FURTADO, E. F.; LAUCHT, M.; SCHMIDT, M. Estudo longitudinal prospectivo sobre risco de adoecimento psiquiátrico na infância e alcoolismo paterno. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 29, p. 71-80, out. 2002. http://pt.scribd.com/doc/98897904/Cidadania-e-redes-digitais 24 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Referência de norma técnica: Referência de documentos jurídicos: Referência de e-mail: Referência na língua estrangeira (título em itálico): Referência que gere sigla (título em itálico): CONGRESSO SULAMERICANO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 4., 2015. Curitiba. Anais... Curitiba: Faculdade Internacional, 2015. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL PENAL, 3., 2009, Natal. Resumo das comunicações... Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. São Paulo: 2011. BRASIL. Lei n. 11.343 de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 ago. 2006. SILVA. L. Relatório de notícias. [Mensagem pessoal]. Mensagem recebida por: j.canelli@mp3.com.it, em: 27/07/2015. CENTRO DE TECNOLOGIA AVANÇADA. L. Biblioteca de protótipos. Licenciamento de telemática. [Mensagem de trabalho]. Mensagem recebida por: tecnodgp@syslog.com, em: 28/02/2014. BERENSON. Content analysis in Communication research. New York: Hafner, 1984. mailto:j.canelli@mp3.com.it mailto:tecnodgp@syslog.com 25 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Citações e referências com um, dois, três e mais de três autores: As citações dos autores serão escritas de duas formas, a citação na sentença e após ela. A citação na sentença será redigida com somente a primeira letra do autor em maiúsculo e a citação pós-sentença escrita com todas as letras em caixa alta. Na citação de dois autores fora da sentença, os nomes serão separados pela conjunção “e”, e pós-sentença por ponto e vírgula. Na citação de três autores, na sentença, os nomes dos autores serão separados, respectivamente, por vírgula e a conjunção “e”, e pós-sentença, por ponto e vírgula. Com a citação de mais de três autores, será indicado o primeiro autor seguido de et al. (do latim et alii) e, havendo a necessidade, pode-se indicar todos os autores. Um autor: Na citação Na sentença - Para Black (1999, p. 34), ... Pós-sentença - ... (BLACK, 1999, P. 34). Nas referências BLACK, T. R. Doing qualitative research. London: Sage, 1999. Dois autores Na citação Na sentença - Para Miles e Huberman (1986, p. 87), ... Pós-sentença - ... (MILES; HUBERMAN, 1986, p. 87). Nas referências MILES, M. B., HUBERMAN, A. M. Qualitative data anaIysis: a sourcebook of newmethods. Beverly Hills: Sage Publications, 1986. CENTRO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS (CEBRID). VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras. Escola Paulista de Medicina. São Paulo, 2010. 26 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Três autores Na citação Na sentença - Conforme Campos, Torres e Guimarães (2004, p. 134), ... Pós-sentença - ... (CAMPOS; TORRES; GUIMARÃES, 2004, p. 134). Nas referências CAMPOS, P. H. F.; TORRES, A. R. R.; GUIMARÃES, S. P. Sistemas de representação e mediação simbólica da violência na escola. São Paulo: Educação e Cultura Contemporânea, 2004. Mais de três autores Na citação Na sentença - Segundo Kuperman et al. (1999, p. 125), … Pós-sentença - ... (KUPERMAN; SCHLOSSER; LIDRAL; REICH, 1999, p. 125). Nas referências KUPERMAN, S.; SCHLOSSER, S. S.; LIDRAL, J.; REICH, W. Relationship of child psychopathology to parental alcoholism and antisocial personality disorder. Washington: Journal American Academy Child Adolescent Psychiatry, 1999. Glossário O glossário é um elemento de suporte que esclarece termos técnicos, termos de uso restrito, palavras pouco conhecidas acompanhadas de suas definições. Todos os termos deverão ser apresentados em ordem alfabética, em uma página distinta, com a palavra “GLOSSÁRIO” negritada e centralizada ao alto da página. Apêndice O apêndice é um documento, texto, planilhas numéricas ou outros, elaborados pelo próprio autor e derivados da mesma pesquisa em referência. Esses elementos mencionados são incorporados ao final do trabalho com a finalidade de auxiliar na argumentação científica. Cada apêndice deverá ser obrigatoriamente mencionado em algum momento do texto, com a menção “APÊNDICE A”, “APÊNDICE B”, bem como incluídos se forem imprescindíveis. 27 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Anexos Os anexos são documentos, planilhas, textos, fotografias, entre outros não elaborados pelo autor ou ainda, mesmo que elaborado pelo autor, derivado de outro trabalho científico ou fonte. Esse elemento provê à pesquisa o apoio ilustrativo e para a compreensão de partes do texto. Caso haja mais de um anexo, deverá ser escrito “ANEXO A – Fotografias do local de aterrissagem”, “ANEXO B – Representação dos movimentos de placas tectônicas”. Finalizamos esta aula com o estudo dos principais aspectos sobre a estrutura de apresentação de documentos científicos. Salientamos que o foco da pesquisa científica consiste no profundo conhecimento dos métodos de pesquisa, juntamente com o objeto de pesquisa, teoria e demais aspectos intrínsecos da investigação científica. Orientação para digitação: Formato e impressão Os textos serão apresentados em papel branco, formato A4 (210 mm x 297 mm), impressos em apenas uma das faces da folha, com exceção da folha de rosto que conterá a ficha catalográfica (como elemento opcional e impressa no seu verso). O texto deverá ser digitado em cor preta, exceto as ilustrações que podem ser coloridas. Por razões socioambientais e de contenção de recursos financeiros, o documento científico poderá ser impresso frente e verso. A impressão do documento científico deverá ser realizada em impressora jato de tinta, laser ou em padrão similar. Margens De acordo com o quadro a seguir, as folhas devem apresentar as seguintes margens: Margens para folha A4 (210 mm x 297 mm) 28 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Margem Tamanho Esquerda 3 cm Direita 2 cm Superior 3 cm Inferior 2 cm Fonte Para a formataçãodo trabalho científico, deverão ser utilizadas as seguintes configurações de fonte: Configuração da fonte Descrição Tipo de letra Arial. Tamanho 12 Para todo o texto. Títulos das partes e/ou capítulos (seção primária), negrito e com letras maiúsculas. Títulos das seções secundárias, sem negrito e com letras maiúsculas. Títulos das seções terciárias e quaternárias, apenas a primeira letra maiúscula (exceto para nomes próprios e siglas), sem negrito. Na seção quinária, caso seja subdividida em alíneas – que é precedida por letras minúsculas e parênteses, e a sua subdivisão é a subalínea que é precedida por sucessivos hífens quantos forem os tópicos. Tamanho 10 Legendas de tabelas e ilustrações, nota de rodapé, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, nota com a indicação de natureza acadêmica, ficha catalográfica e paginação. Citações longas (mais de três linhas). 29 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Espaçamento e entrelinhamento Na formatação do trabalho, devem-se observar os seguintes espaçamentos: Configuração do espaçamento Descrição 1,5 cm Texto normal Os títulos das seções e subseções deverão ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços de 1,5 cm. 1 cm (espaço simples) Citações longas, notas de rodapé e os resumos em vernácula e em língua estrangeira, referências, notas de rodapé, citação longa, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, ficha catalográfica, nota indicando a natureza acadêmica. Legendas de tabelas e ilustrações com duas linhas ou mais. Na lista de referências Devem ser separadas por espaço simples, dentro da mesma referência, e dois espaços simples entre uma e outra referência. Para ilustrações e tabelas Devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5 cm Elementos de apoio Legendas de tabelas, quadros e ilustrações com duas linhas ou mais: espaço simples. Alinhamento Observar os seguintes alinhamentos para a folha A4 (210 mm x 297 mm): Descrição Localização no texto Do texto Justificado. Recuo de primeira linha do parágrafo 1,25 cm. Recuo de parágrafo para citação direta com mais de três linhas 4 cm, partindo da margem esquerda. Títulos das seções e subseções À esquerda. 30 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Títulos sem indicativos numéricos (erratas, resumo, listas, sumário, referências etc.) Centralizado. Títulos das partes e/ou capítulos (seção primária) Alinhados à esquerda. Títulos das tabelas e ilustrações À esquerda, com a segunda e demais linhas começando sob a primeira letra do próprio título. Paginação Para a numeração das folhas, devem-se utilizar os seguintes critérios: a. A partir da folha de rosto, as folhas do trabalho devem ser sequencialmente contadas, mas não numeradas. b. A numeração irá aparecer apenas a partir da primeira folha da parte textual (Introdução) e deverá ser escrita em algarismos arábicos, no canto superior direito da página, e a dois centímetros da borda superior. c. As folhas iniciais, que são os elementos pré-textuais, são contadas, mas não numeradas. Salienta-se que a capa não deverá ser contabilizada por se tratar de elemento externo. d. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. e. No apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar segmento à do texto principal. Numeração das seções Segundo a NBR 14724 (2011), deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias (que correspondem aos capítulos), por serem as principais divisões do texto, deverão iniciar em folha distinta. A numeração progressiva será limitada até a seção quinária. Assim, recomenda-se que não sejam utilizados ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu título. 31 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico No texto e no sumário, os títulos devem ser destacados gradativamente, conforme o exemplo a seguir. Exemplo: Divisão em seções 1 SEÇÃO PRIMÁRIA 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA 1.1.1 Seção terciária 1.1.1.1 Seção quaternária 1.1.1.1.1 Seção quinária a) alínea; - subalínea ] Exemplo de títulos de seções 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.2 A EDUCAÇÃO PARA TODOS NA PERSPECTIVA NACIONAL 2.1.1 O Plano Nacional de Educação (PNE) 2.1.1.1 O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) 2.1.1.1.1 Empresários do Movimento Todos pela Educação 2.1.1.1.1 Metas do Movimento Todos pela Educação a) A adoção do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) como indicador para as escolas situadas na periferia do município de Outono Alegre: - Número de participantes na Prova Brasil, no ano de 2015. - Escore médio municipal na Prova Brasil, no ano de 2015. 32 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Numeração de tabelas, quadros, ilustrações, equações e fórmulas A numeração de tabelas, quadros, ilustrações, equações e fórmulas, deve ser escrita com algarismos arábicos, de modo crescente e na sequência de cada um dos elementos citados. Devem ser separadas do título por travessão (IBGE, 1993, p. 12 e 13). Exemplo: Citações A citação consiste na menção de texto extraído de outras fontes, de maneira direta ou indireta, que tem a finalidade de sustentar, delinear, elucidar ou ilustrar o tema em estudo, e serão classificadas: Modalidades de citações Descrição Localização no texto Citação direta – transcrição literal do texto de outro autor. Citação curta (com menos de três linhas) – deve ser escrita dentro do texto, entre aspas e com a indicação da fonte (autor, ano e página) que deve aparecer no texto, nas referências bibliográficas ou em rodapé. Citação longa (com mais de três linhas) – deve ser digitada em fonte tamanho 10, com recuo a 4 cm da margem esquerda, entrelinhamento simples, sem aspas, e com a indicação da fonte junto ao texto. Citação indireta Constitui o resumo ou a síntese das ideias (com a ausência das impressões pessoais do pesquisador) de um texto ou autor. Aparece em forma textual normal, porém a fonte de onde foi retirada a informação (autor e ano da publicação) deverá ser indicada. TABELA 15 – CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 33 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Os três trechos de textos a seguir representam, respectivamente, exemplos de citação direta curta, citação direta longa e citação indireta: Citação direta curta: Citação direta longa: Citação indireta (paráfrase): Esses discursos são pensados através de modelos construídos a partir de “teorias de explicação da realidade e de suas transformações as quais se constituem transposições para o plano das ideias de relações sociais muito determinadas” (CHAUÍ, 1984, p. 10). Para Bronfenbrenner, As explicações sobre aquilo que fazemos serão encontradas nas interações entre as características das pessoas e seus ambientes, passados e presentes. Os efeitos principais estão na interação. Se quisermos mudar os comportamentos, precisamos mudar os ambientes. (1996, p.7) O problema é ampliado na constatação de Cicillini (2002), quando menciona a simplificação dos conteúdos e montagem de situações chegando-se a um nível de informação em que são excluídos aspectos essenciais do conhecimento, por vezes, tornando-o incompreensível para o estudante e criando-se a imagem de que a ciência é um refinamento do senso comum. 34 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico A citação indireta poderá ser a paráfrase e a condensação. A paráfrase consistena expressão da ideia de outro autor, sem que os sentidos expressos sejam modificados. A condensação é a síntese (abreviação ou sinopse) de um texto longo, que poderá ser de um capítulo de uma obra, uma seção ou parte de uma pesquisa, sem que a ideia do autor seja modificada (transformada). Outra forma é a citação de citação, que deve ser indicada pelo sobrenome do autor seguido da expressão latina apud (ou citado por), seguido do sobrenome da obra consultada, em minúsculas, conforme segue: Uso de siglas e abreviaturas: Siglas De acordo com a NBR 15287 (ABNT, 2011), sigla é o nome dado ao conjunto de letras iniciais dos vocábulos que compõem o nome de uma organização, instituição, programa, tratado, entre outros. Quando mencionada pela primeira vez no texto, deverá ser escrita a sua forma por extenso e entre parênteses a sigla. Após esse procedimento, a sigla poderá aparecer sempre que houver a necessidade de sua menção no texto. Deve-se utilizar apenas as A escola possui papel importante, segundo Durkhein (1925, citado por NAVARRO, 1947, p. 34), que é o de oferecer a educação moral, que regula as relações entre os indivíduos nos seus aspectos mais básicos. Ou: Durkhein (1925, citado por NAVARRO, 1947, p. 34). Na nota de rodapé: DURKHEIN, E. L´educación morale. Paris: Alcan, 1925. Na lista de referências: NAVARRO, M. L. La educación moral. Buenos Aires: Losada, 1947. 35 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico siglas já existentes (consagradas) devendo ser escrita de forma precisa e completa, conforme segue: Para a utilização da sigla, no decorrer do texto, deve-se primeiramente escrever a forma por extenso com a sigla entre parênteses e, a partir daí, a utilização desta na extensão do texto sem parênteses. Na sua inscrição, não devem ser adotados pontos intermediários ou final e, no caso de haver mais de uma sigla no trabalho de pesquisa, deve-se criar a lista de siglas. As siglas com até três letras deverão ser escritas com letras maiúsculas: As siglas com quatro letras ou mais, com a representação de cada letra com a palavra do respectivo termo, deverão ser escritas em maiúsculo: As siglas que representam palavras pronunciáveis deverão ser escritas com a primeira letra maiúscula: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) As ações do World Wildlife Fund (WWF) são baseadas em sólido conhecimento científico sobre meio ambiente e sustentabilidade ambiental. Nesse processo de trabalho, o WWF identifica problemas de conservação ambiental, desenvolvendo e implementando com parceiros estratégicos projetos com soluções inteligentes. Agência Nacional de Saúde (ANS) Inquérito Policial (IP) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 36 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Utilizar a letra “s” (minúscula) para indicar o plural das siglas somente quando a concordância gramatical exigir: No caso do uso de siglas estrangeiras, será adotado o nome e a sigla em português, quando existir a respectiva tradução, ou a forma original da sigla estrangeira, quando não houver sua correspondência em português: Abreviaturas A NBR 15287 (ABNT, 2011) menciona que a abreviatura estabelece um recurso convencional da língua escrita em representar de maneira resumida certas palavras ou expressões. O seu uso deve ser evitado, ao máximo, no texto preferindo-se adotar em quadros, tabelas, listas ou em documentos tais como dicionários, manuais técnicos e outros. Ao realizar a abreviação de determinada palavra, o pesquisador deverá consultar o dicionário ou normas específicas de referência sobre o assunto, a fim de se assegurar da sua existência prévia. No caso de não existir previamente a palavra, o pesquisador poderá criar a sigla, que deve sempre terminar em consoante: Os Encarregados dos dois IPs concluíram haver indício de crime praticado pelos indiciados. Organização das Nações Unidas (ONU) Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) University of California in Los Angeles (UCLA) coord. (coordenador) Unid. (Unidade) 37 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico No caso da abreviação de palavras com encontro consonantal, deve-se realizar a abreviatura com a última consoante, conforme segue: Deve-se evitar o uso de abreviaturas que se referem a mais de uma palavra com a mesma raiz, tais como: Deve-se utilizar a letra “s” minúscula para a indicação de plural nas abreviaturas que representam títulos ou formas de tratamento ou quando a concordância exigir: Ao final da enumeração de itens, devemos evitar o uso do termo “etc.” recomendando-se o uso de “entre outros” ou apenas “e outros”. Símbolos e unidades de medidas Os símbolos, segundo Ferreira (1986), são elementos gráficos ou objetos que representam e/ou indicam os elementos importantes para o esclarecimento ou realização de alguma coisa. Os símbolos adotados cresc. (crescimento) pág. (página) mús. (música) Musicol. (musicologia) V. Sas. (Vossas Senhorias) profas. (professoras) 38 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico obedecem ao padrão internacional de metrologia e, no Brasil, o órgão responsável por manter atualizado o quadro geral de unidades é o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro). As unidades de medidas mais usuais são as que seguem: Descrição Símbolos As medidas (lineares, de volume, peso, outros), de forma abreviada quando vinculadas a um número, com letras minúsculas e sem “s” para indicar plural, com especo entre o valor numérico e a unidade de medida. 30 cm, 15 km, 5 g, 25 cm3 Por extenso quando a medida não está associada a número. Pode-se observar a ocorrência de vários centímetros cúbicos de granizo (...) Quando os símbolos têm origem em nomes de pessoas, aparecem em letra maiúscula, sem posto ou “s” para indicar o plural. J (Joule) W (Watt) Não adotar o ponto final após a grafia do símbolo, exceto se for o final da frase. Adicionar 23,5 g de cloreto de potássio na solução. Números Os números serão classificados em: Tipo de numeral Relação Exemplo Cardinal Indica quantidade determinada Li sete livros em dois meses. Ordinal Indica ordenamento em determinada relação A segunda estrada é a mais segura. Fracionário Indica as partes de certa quantidade Um quarto da população. Multiplicativo Indica o número de vezes que uma quantidade é multiplicada O partido político precisa do triplo de votos estimados. 39 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Coletivo Indica o conjunto de elementos de um número exato O que equivale a três arrobas de boi? Considera-se o “zero” e o termo “ambos” e “ambas” como numerais. a. Algarismos arábicos: 1) São normalmente expressos em algarismos arábicos, mas poderão ser redigidos por extenso: 2) Usado na forma mista, com o numeral seguido da palavra que designa a ordem de grandeza, para a indicação de unidades acima de mil redondos: 3) Apresentado na forma mista, com o numeral seguido da palavra que designa ordem de grandeza, a fim de evitar equívocos, fraudes ou erro de digitação: 4) Deve-se escrever por extenso os números expressos em uma só palavra quando não se quer destacar a quantidade referida: Cada computador da sala de aula deverá ser compartilhado por quatro alunos. A China possui 1,32 bilhão de habitantes. O custo da propriedade é de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais). Na projeção realizada pelo Núcleo de Estatística, o município A levará mais de cinco anos para alcançar a mesma nota alcançada pelo município B na Avaliação da Alfabetização Infantil (ProvinhaBrasil). 40 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5) Quando houver, em uma mesma frase, números maiores e menores que 11, deverão ser escritos em algarismos arábicos: 6) Deve-se usar o número ordinal até nove, para artigos de leis, decretos, portarias, e outros: 7) Evitar o uso de algarismos no início da frase, e, quando for inevitável, deve-se adotar na forma por extenso. Deve-se ainda evitar o uso de cardinal antes de mil (Ex.: um mil). b. Algarismo ordinal: Serão escritos por extenso, do primeiro ao décimo. 1) Do número 11º em diante serão escritos em algarismos arábicos, seguido do símbolo que representa a ordem e sem espaçamento: 2) Usa-se o cardinal de dez em diante, para normas jurídicas e administrativas: Na biblioteca encontramos quatro livros de química e 14 de física. Art. 5º da Constituição Estadual do Paraná. Terceiro décimo 11.º 23.º 91º 230º Artigo 10 Artigo 26 41 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico c. Algarismos romanos: Os algarismos romanos são usualmente adotados para: Tipologia Forma de uso Séculos Século XXI, século XIX a.C. Ordenação de títulos de realeza, nobreza e clérigos Henrique XVIII Pio XII Divisões da Forças Armadas XXII Batalhão de Polícia Militar V Divisão de Exército Sequência de dinastias VII Dinastia Sequência de conclaves, reuniões e fatos que ocorrem periodicamente XXVII Jogos da Natureza IV Trienal de Música Episódios que não sejam periódicos Segunda Guerra Mundial Primeiro Dinastia d. Algarismos fracionários: As frações são utilizadas da seguinte forma: Tipologia Forma de uso Por extenso quando o numerador e denominador estiverem entre um de dez Um quarto da população brasileira. Com algarismos arábicos quando o denominador for maior que dez 2/17 Os números contendo decimais não deverão ser redigidos por extenso 14, 25 0,7 e. Percentagem: 42 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico A percentagem deverá ser apresentada em algarismos arábicos e seguida do símbolo “%” sem espaçamento, conforme segue: f. Quantias monetárias: A representação das quantias monetárias seguirá os critérios: Tipologia Forma de uso Uso de algarismos arábicos seguido da unidade monetária 10 reais 34 euros Quantias abaixo de mil para números redondos 70 reais Quantias abaixo de mil para números quebrados poderão ser apresentadas de duas formas O custo de produção será 7,12 reais. O custo de produção será R$ 7,12. Quantia acima de mil para números redondos poderá ser apresentada de duas maneiras A variação de preço ficou em 2 mil reais. A variação de preço ficou em R$ 2 mil. Quantia acima de mil para números quebrados, deve-se adotar a forma mista – símbolo da unidade de medida e unidade de milhar por extenso A manutenção estimada dos veículos do governo, para o próximo ano, será de R$ 3,128 milhões. Dar preferência para a simplificação de quantias R$ 9,8 milhões (R$ 9.800.000,00) Equações e fórmulas Quando as equações e fórmulas aparecem na sequência normal do texto, aconselha-se o uso de uma entrelinha maior que abranja todos os seus elementos (índices, expoentes, entre outros): 7% 58,5% 43 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico Ao serem destacadas do parágrafo, as equações e fórmulas serão centralizadas: Quando houver várias equações e fórmulas ao longo do texto, deve-se identificá-las com números sequenciais (no capítulo ou ao longo do texto): As equações e fórmulas apresentadas fora do texto normal deverão ser centralizadas e, se necessário, numeradas. Caso forem fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de operação. Uso do negrito, grifo ou itálico O uso dos recursos tipográficos negrito, grifo ou itálico será adotado para destacar determinados conteúdos do texto. O pesquisador deverá cuidar para que o uso dos recursos mencionados seja equilibrado e uniforme, a fim de evitar o uso excessivo de destaques no texto. Os recursos tipográficos citados, com o que se destaca o elemento Título, devem ser uniformes em todas as referências de um mesmo documento. O recurso “itálico” deverá ser adotado para a inscrição de termos em língua estrangeira, títulos de livros, periódicos, CH2 = CHOCH3 C = f (SMA) K = 3 x 10+7 L3 x h-1 x mol-3 X = Xo + Vot + (a/2)t² (1) 44 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico filmes e peças, músicas, esculturas, pinturas, nomes científicos de espécies, palavras ou expressões latinas e gregas e outros, citados no texto. O uso do grifo deverá ser feito quando forem adotadas transcrições, citação dentro de citação ou realce do texto, e também poderão ser substituídas por aspas. O uso do “negrito” no conteúdo do texto é pouco indicado, e, quando usado, deve-se adotar apenas para destacar letras ou palavras. Nota de rodapé As notas de rodapé servem basicamente para que o pesquisador insira observações, indicações ou acréscimos ao texto, fontes de origem do documento, complementação de ideias e conceitos, comentários, esclarecimentos, explanações e traduções. O uso da nota de rodapé tem ainda a finalidade de que o conteúdo inserido não interfira na sequência lógica do seu desenvolvimento e as notas deverão ser situadas no rodapé da página. Além disso, deverão ser digitadas no tamanho 10, com alinhamento justificado, e dentro das margens, e deverão ficar separadas do texto por um espaço simples e por um filete de 3 cm partindo da margem esquerda. A numeração da nota de rodapé é realizada com algarismos arábicos, com numeração única e consecutiva, independente de capítulo ou parte, e aparece no rodapé da mesma página que trouxer o texto citado. A primeira menção de uma nota de fonte (citação realizada na nota de rodapé) deverá apresentar todos os elementos essenciais da referência, e, nas indicações posteriores, utilizaremos os seguintes recursos: a. Ibidem (Ibid.= na mesma obra): usado quando se fizerem várias citações de uma mesma publicação, variando apenas a paginação. 1 ROMANS, 2002, p. 249. 2 Ibid., p. 217. 45 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico b. Idem (Id.= do mesmo autor): substitui o nome, quando se tratar de citação do mesmo autor, mas com obra diferente. c. Opus citatum (op. cit.= na obra citada): usada em seguida do nome do autor, referindo-se à obra citada anteriormente, na mesma página, quando houver intercalações de outras notas. d. Apud (citado por): menção de um texto de que não se conseguiu acesso ao original, mas do qual se tomou conhecimento por citação em outro trabalho. Problematização Possíveis soluções e seus feedbacks Pesquisa elaborada a partir de uma monografia com classificação de pesquisa bibliográfica, para a construção de um artigo científico com resultados 1 Groos (1913, apud MATHAUS, 2005, p. 96) – ou, 2 Groos (1913, citado por MATHAUS, 2005, p. 96). Id., 2005, p. 5. 1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005, p. 7. 1 WITGESTEIN, 1999, p. 86. 2 CLARINS, 2009, p. 82. 3 WITGESTEIN, op. cit., p. 103. 46 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico de análise de dados empíricos. Considerando que a monografia tem como classificação de pesquisa bibiográfica, servirá de suporte conceitual e teórico para a etapa de coleta de dados complementares, para a elaboração de um artigo empírico, em que tematiza os hábitos de consumo de drogas entre adolescentes na faixa etária de 15 a 17 anos, baseado no § 1º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006.O pesquisador deverá reelaborar o desenho metodológico da pesquisa, com a previsão da coleta de dados em campo, e consignar, no capítulo correspondente, que na pesquisa monográfica foi adotado o suporte conceitual e teórico para a nova análise e discussão dos dados de pesquisa, na elaboração do artigo empírico. Quanto aos métodos a serem empregados, o pesquisador deverá adotar conforme a disponibilidade e condições de coleta dos dados no campo, que poderá ser a partir de entrevistas, aplicação de questionário, observação, grupo focal, entre outros, previstos na matriz metodológica, já estudada na terceira aula. Síntese Trabalhamos nesta aula a discussão e a apresentação de três documentos científicos: o Projeto de Pesquisa, a Monografia e o Artigo Científico. Em relação ao Projeto de Pesquisa e à Monografia, devemos prestar especial atenção na construção do Capítulo 1, “Introdução”, que deverá ser definitiva para os dois documentos científicos. Já a revisão de literatura, no Projeto de Pesquisa, deverá ser construída para apontar as principais bibliografias que serão consultadas, portanto, não constitui uma etapa já concluída. Nesse sentido, realizaremos uma breve revisão sobre os principais conceitos para a elaboração do Projeto de Pesquisa, da Monografia e do Artigo Científico, conforme segue: 47 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico - A elaboração do projeto de pesquisa será baseada na natureza do problema que iremos investigar. - O roteiro de etapas (problema de pesquisa, delimitação do tema, justificativa, hipótese, objetivos, fundamentação teórica, metodologia, recursos e cronograma e as referências) poderá ser o mesmo para os desenhos qualitativo, quantitativo e misto; - Na descrição da metodologia, realizaremos a composição da sequência dos enfoques, tipos de estudo, classificações de pesquisa e instrumentos de coleta de dados. - Os recursos para a pesquisa definirão as necessidades materiais e de serviços para a realização da pesquisa, e o cronograma definirá a temporalidade de cada uma das etapas da pesquisa. - A monografia consiste na exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente. Difere do projeto de pesquisa na forma e no conteúdo. - O artigo científico tem a finalidade de realizar uma exposição sintética de tema ou assunto de maneira delimitada e específica, e com relativa profundidade de análise. Os artigos científicos, por sua natureza, são facilmente publicáveis em periódicos ou capítulos de livros e podemos encontrar duas categorizações na norma ABNT NBR6022: os artigos de revisão e originais. A Associação de Psicologia Americana (APA) apresenta as seguintes categorias de artigos científicos: os artigos de revisão de literatura, que se subdividem em artigo de revisão sistemática e de metanálise e os artigos empíricos. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NORMA 48 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico REGULAMENTADORA BRASILEIRA (ABNT NBR 15287). NBR15287: Informação e documentação — Projeto de pesquisa — Apresentação. São Paulo: 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA (ABNT NBR 14724). NBR14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. São Paulo: 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA (ABNT NBR6022). NBR6022: informação e documentação – apresentação de artigo em publicação periódica científica impressa. São Paulo: 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA (ABNT NBR 6023). NBR6023: Informação e documentação - Referências – Elaboração. São Paulo: 2002. CRESWELL. J. W. Research design: qualitative, quantitative and mixed methods approaches. Thousands Oaks: Sage, 2002. GIL. A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. KOLLER, S. H.; COUTO, M. P. de P.; HOHENDORFF, J. (Orgs.) Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014. PEROVANO. Manual de Metodologia Científica para a Segurança Pública e Defesa Social. Curitiba: Juruá Editora, 2014.
Compartilhar