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ESTUDO DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA OFICINA MECÂNICA PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA 5S

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CÂMPUS TOLEDO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ANDRÉ LUÍS DA SILVA MACHADO
ESTUDO DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA OFICINA MECÂNICA PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA 5S
TOLEDO
7
2016
ANDRÉ LUÍS DA SILVA MACHADO
ESTUDO DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA OFICINA MECÂNICA PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA 5S
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Produção, do Câmpus Toledo, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção.
Orientador: Prof. Msc. Michelli Caroline Ferronato.
TOLEDO
2016
Dedico esse trabalho a todas as pessoas que de alguma forma me apoiaram.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, aos meus pais, Antônio e Geni, que nunca mediram esforços para que eu pudesse alcançar meus propósitos.
Meus irmãos, Alexsandro e Káthia, que sempre me deram apoio em todas as escolhas da minha vida.
À minha orientadora, Professora Michelli Caroline Ferronato, por todo tempo e disponibilidade em me orientar no desenvolvimento deste trabalho.
À Pontifícia Universidade Católica do Paraná pela estrutura cedida em minha formação.
A todos os professores que lecionaram ao longo da graduação e que foram fundamentais para que eu pudesse chegar até aqui.
Aos meus amigos que sempre me deram todo o incentivo necessário.
Aos colegas de turma por todos esses anos de estudos, companheirismo e por podermos trocar experiências profissionais e pessoais.
À empresa onde esse trabalho foi realizado, que possibilitou que fossem aplicados os conceitos apreendidos em sala, proporcionando experiência da prática profissional.
À todas as pessoas que passaram em minha vida ao longo da graduação e que foram importantes para que pudesse alcançar meus objetivos.
“Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu. ”
(ÉRICO VERÍSSIMO, 1938, p.154)
RESUMO
Os resíduos sólidos gerados pelas atividades de manutenção e reparação de veículos merecem atenção especial, pois comprometem a qualidade de vida e o meio ambiente. Diante deste problema e a necessidade de minimizar os impactos ambientais causados pelo incorreto tratamento dos resíduos, elaborou-se este estudo. O objetivo do trabalho foi estabelecer um sistema de gestão ambiental para resíduos de uma oficina mecânica localizada em Toledo-PR. Diante disto, realizou-se um diagnóstico em oficinas mecânicas na cidade, propondo adequações que atendessem as legislações. A metodologia aplicada foi a qualitativa, por meio de observações in loco e entrevista. Observaram-se procedimentos diários quanto ao manuseio, coleta, armazenamento e destinação dos resíduos sólidos. Com a realização do trabalho em campo foi possível identificar resíduos com alto potencial poluidor quando gerenciados inadequadamente. O trabalho demostrou que é possível diminuir o impacto causado pelos resíduos gerados, desde que ocorra um gerenciamento correto. A aplicação da metodologia 5S e a proposta de elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos, acompanhados pela prática da produção mais limpa, apresentados neste trabalho, constituem-se de ações simples, de baixo custo operacional, porém eficazes, pois tem contribuição para a diminuição da pressão sobre os recursos naturais. Apresentou-se também, um estudo acerca da viabilidade econômica deste projeto.
PALAVRAS-CHAVE: Resíduos sólidos. Plano de gerenciamento. Oficina mecânica.
ABSTRACT
Solid waste generated by maintenance and repair of vehicles deserve special attention, as they compromise the quality of life and the environment. Considering this problem and the necessity of reducing environmental impacts caused by the improper treatment of waste led to the development of this study. The objective of the study was to establish an environmental management system for waste from an automobile repair shop located in Toledo-PR. Therefore, a diagnostic was conducted in automobile repair shops in the city, proposing adjustments that fulfilled the laws. The applied methodology was qualitative, through on-site observations and interviews. There were observed daily procedures regarding handling, collection, storage and disposal of solid waste. With the completion of the field work it was possible to identify waste with high polluting potential when managed improperly. The study showed that it is possible to reduce the impact caused by the generated waste, as long as a correct management occurs. The implementation of the 5S methodology and the proposal of designing a waste management plan, followed by the practice of a cleaner production, presented in this study, consists of simple actions, with low operation cost, but effective, as it contributes to the reduction of pressure on natural resources. A study on the economic viability of this project was also presented.
KEY-WORDS: Solid waste. Management plan. Automobile repair shop.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 – Representação da classificação dos resíduos sólidos........................ 20
Figura 2 – Diagrama representando a geração de resíduos sólidos de um veículo automotor em oficina mecânica.............................................................................	26
Figura 3 – Localização do empreendimento..........................................................	29
Figura 4 – Acondicionamento incorreto de resíduos...........................................	33
Figura 5 – Ciclo de rerrefino do óleo lubrificante...................................................	35
Figura 6 – Escoamento do óleo dos filtros............................................................	36
Figura 7 – Embalagens de óleo lubrificante para reciclagem................................	37
Figura 8 – Método para contenção de óleo...........................................................	27
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Acondicionamento e destino final dos resíduos em oficina mecânica......................................................................................................	34
Lista de abreviaturas e siglas
	PGRS
	 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
	IBGE
	 Instituto Brasileiro de Geografía e Estatística
	ANFAVEA
	 Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
	ISO
	 International Standards Organization (Organização Internacional para Padronização)
	SGA
	 Sistema de Gestão Ambiental
	NBR
	 Norma Brasileira Regulamentar
	PNRS
	 Política Nacional de Resíduos Sólidos 
	PNMA
	 Política Nacional do Meio Ambiente
	ABNT
	 Associação Brasileira de Normas Técnicas
	PMGIRS
	 Plano Municipal e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
	ACIT
	 Associação Comercial e Empresarial de Toledo
	SINDIREPA
	 Sindicato das Reparadoras de Veículos e Acessórios do Paraná
	CEMA
	 Conselho Estadual do Meio Ambiente
	ANP
	 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
	EPC
	 Equipamento de Proteção Coletiva
	CONAMA
	 Conselho Nacional do Meio Ambiente
SUMÁRIO
1	Introdução	11
2	REFERENCIAL TEÓRICO	14
2.1	Gestão ambiental	14
2.2	Resíduos Sólidos: a gestão dos residuos urbanos	16
2.2.1	Geração e quantificação dos resíduos	17
2.2.2	Classificação de resíduos sólidos	18
2.2.2	Plano de gerenciamento de resíduos sólidos municipal	20
2.3	Diferencial competitivo	22
2.4	ferramentas da gestão ambiental	23
2.4.1	Metodologia 5S23
2.4.2	Plano de gerenciamento de resíduos sólidos	17
3	PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	27
3.1	Área de estudo	27
3.2	inventário e diagnóstico de resíduos	29
4	RESULTADOS E DISCUSSÃO	31
4.1	diágnostico do roteiro	31
4.2	Gravimetria	31
5	CONCLUSÃO	41
Referências	42
APÊNDICE A – Abordagem para coleta de dados	46
APÊNDICE B – modelo de gprs	47
	 
1 INTRODUÇÃO
	
O avanço tecnológico e a industrialização, somados ao crescente consumismo da população brasileira, acarretaram no aumento significativo da geração de resíduos sólidos em suas mais variadas formas que, quando tratados da maneira inadequada, geram problemas ambientais e sociais. 
Atividades relacionadas à reparação de veículos são responsáveis por gerar diferentes tipos de resíduos. O principal meio poluente encontrado nessa atividade está relacionado aos resíduos de hidrocarbonetos (petróleo e seus derivados). Esses materiais possuem propriedades físicas e químicas que, dependendo do formato de descarte, podem contaminar o lençol freático e, se despejados diretamente no esgoto, podem chegar até as estações de tratamento de efluentes, contaminando lagos e rios (RAMM et al., 2013).
Segundo Valente (2008), a utilização de veículos automotores como meio de transporte para pessoas e mercadorias depende de adequada manutenção. Ela visa garantir a disponibilidade da função de transporte de veículo automotor para atender a necessidade de locomoção de seu proprietário com confiabilidade, segurança, custo adequado e preservação do meio ambiente. 
A atividade de manutenção de veículos automotores é executada em oficinas de manutenção e reparação de veículos na forma de processos. Esses processos são produtores de resíduos causadores de impactos ambientais nocivos à saúde humana. Óleo lubrificante usado, combustível, fluídos químicos em geral, chapas metálicas, peças defeituosas, lixas e estopas usadas estão entre os resíduos gerados pela atividade (VALENTE, 2008).
Em virtude da atual tendência de aumento do número de veículos automotores, oficinas mecânicas necessitam da implantação de uma Política de Gestão de Resíduos Sólidos, visto que dificilmente as mesmas possuem licenciamento ambiental. É muito importante a capacitação dos funcionários, principalmente em orientá-los quanto aos procedimentos relacionados aos resíduos sólidos, pois o gerenciamento inadequado ocasiona impactos ambientais, na maioria deles, por falta de interesse dos gestores (SERAMIM et al., 2015).
A necessidade de buscar por alternativas que minimizem os impactos ambientais tem impulsionado as empresas na busca de soluções sustentáveis. Esta motivação é maior nos seguimentos de grande impacto ambiental. Com isso, a implantação do PGRS, resulta em um aumento do custo operacional de manutenção das práticas, no entanto, impactam positivamente na imagem da empresa perante seus consumidores. Um dos grandes desafios das empresas no século XXI é atender as necessidades da população conciliando o desenvolvimento com o respeito e a crescente pressão ambiental (LOPES et al., 2009).
Tendo em vista este contexto que é a realidade enfrentada no dia-a-dia das empresas especializadas em reparação e manutenção de veículos, fazem-se necessárias mudanças. 
Tem-se como hipótese que o segmento de oficina de manutenção e reparação de veículos carece de imediata adequação nos processos relacionados a questões ambientais, visto que os resíduos gerados dessa atividade são nocivos e, se não forem tratados corretamente, podem causar impactos ambientais negativos.
É possível justificar que as questões ambientais, no setor industrial e automotivo, vêm ganhando força nos últimos anos, apresentando-se como um fator de competição no comércio, pondo em desvantagem as empresas que não adotam práticas sustentáveis em relação a processos produtivos, produtos e serviços. Regulamentos e legislações também exigem que os resíduos sejam gerenciados desde a sua fonte até a disposição final. A aplicação de tecnologias apropriadas e ecológicas, com a redução da utilização de recursos naturais, de desperdício, da geração de resíduos e poluição, é uma ação de prioridade mundial, colaborando com as empresas a produzirem de maneira ecologicamente correta.
O PGRS visa a diminuição do impacto ambiental oriundo dos produtos e processos da empresa através da redução dos resíduos gerados e do correto tratamento e destinação final dos mesmos. Assim, o PGRS estabelece-se como uma importante ferramenta para a correta segregação e disposição dos resíduos sólidos. A técnica de Produção Mais Limpa (cleaner production) tem como objetivo a aplicação de uma estratégia ambiental preventiva e integrada, aplicada a processos, produtos e serviços para aumentar a eco eficiência e reduzir riscos ao homem e ao meio ambiente (CAMERA, 2010).
Ainda segundo Camera (2010), pode ser implantada pelas organizações como uma estratégia gerencial que permite obter crescimento econômico ao mesmo tempo em que são gerenciados os impactos ambientalmente negativos oriundos do processo produtivo. 
É neste contexto que o presente estudo visa a necessidade de elaboração e implantação de um PGRS em uma oficina mecânica, combinando com práticas de produção mais limpa.
O objetivo geral deste trabalho consiste em desenvolver um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de uma oficina mecânica de veículos automotores, visando o diagnóstico dos resíduos gerados com base nos requisitos legais e instrumentos normativos existentes. Especificamente, para alcançar o objetivo geral definiram-se os seguintes objetivos específicos:
Inventariar a origem, volume e destinação dos resíduos sólidos gerados na oficina mecânica; 
Elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos;
Sugerir melhorias na empresa estudada por meio do método 5S;
Definir arranjo físico do processo de manutenção e reparação de veículos;
Apresentar o gerenciamento de resíduos sólidos produzidos em oficinas mecânicas, fundamentadas na produção mais limpa.
O presente trabalho foi desenvolvido em uma oficina mecânica de pequeno porte, situada na região Oeste do Estado do Paraná, entre os meses de março e setembro de 2016. O mesmo está dividido em cinco seções, sendo a seção um, uma breve introdução da visão do atual cenário ambiental. Ainda nesta seção foram levantados os problemas que levaram ao desenvolvimento desta pesquisa, além de identificar quais são os benefícios da implantação deste trabalho.
Na seção dois, há definições dos conceitos utilizados no andamento deste trabalho, onde são apresentadas bibliografias que ajudaram na construir o conhecimento teórico da pesquisa para posterior aplicação na empresa do estudo.
Na seção três, verifica-se o detalhamento de como foi feito o levantamento dos dados da pesquisa, além da aplicação do trabalho na empresa.
Na seção quatro, temos os resultados e discussões da pesquisa, onde são apresentados de forma sucinta quais foram os ganhos obtidos com a implantação do estudo.
Por fim, na seção cinco está a conclusão final do trabalho.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 GESTÃO AMBIENTAL
 
Atualmente, a gestão ambiental faz parte do cotidiano das organizações, sendo um assunto de estrema relevância para aquelas que desejam permanecer no mercado. A responsabilidade social é incorporada na medida em que surge uma consciência ecológica e, então, a sustentabilidade aparece como necessidade. O desenvolvimento sustentável tem como base as ideias de crescimento econômico, igualdade social e a preservação ambiental. Sendo assim, para garantir tal desenvolvimento, as três ideias devem ser consideradas simultaneamente. Nesse contexto, poderá afirmar-se que a gestão ambiental ocorreu de forma sustentável (WINKELMANN, 2007).
Ao longo das últimas décadas, os resíduos sólidos sofreram mudanças na composição em que são constituídos. Atualmente, ele não está composto apenas por microrganismos causadores de doenças, mas também por substâncias tóxicas e perigosas. Isso, assimilado ao constante processo de transformação em que a sociedadevem passando, fez com que governos e organizações comunitárias dessem maior atenção as consequências ambientais decorrentes do comprometimento da qualidade de vida (FERREIRA, 2009). 
Com base em dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), sugere-se que houve, nos últimos anos, um aumento da circulação de veículos automotores terrestres, acoplado ao aumento populacional.
Na área de veículos automotores, especialmente automóveis, a atividade de manutenção atua basicamente de duas maneiras: preventiva e corretiva. A manutenção preventiva é executada, muitas vezes, baseada em informações contidas nos manuais dos veículos das montadoras. A manutenção corretiva, por sua vez, geralmente não é prevista pelo proprietário de um automóvel. Ela ocorre em virtude de uma quebra inesperada, por desgaste de um componente do veículo ou, no caso de acidentes, quando um ou mais veículos necessitarão de reparos para voltar a circular (JACOBY et al., 2015). 
O processo pode sofrer variação dependendo do porte da oficia mecânica. Estão relacionadas basicamente em dois tipos: concessionária e oficinas independentes. Concessionária é a empresa autorizada pela montadora de veículos automotores a comercializar sua marca. A oficina, independente, é quando não possui vínculo com grande montadora de automotores. Nesse caso, ela atende diferentes marcas, podendo, contudo, se especializar no reparo ou manutenção de uma determinada, ou ainda, ser especializada em um único processo (VALENTE, 2008).
Entende-se que uma pesquisa qualitativa, identificando gerenciamento de forma adequada os processos, possibilita uma melhor compreensão de um estudo no sentido de identificar os trabalhos executados em oficinas mecânicas para, com isso, relatar, comparar e sugerir possíveis adequações (JACOBY et al., 2015). A escolha do segmento para realização deste estudo foi fundamental, pois se trata de um setor que carece de maiores informações acerca da legislação de conteúdo ambiental.
O lixo originado nas atividades automotivas é bastante variado, incluindo grande quantidade de lixo tóxico que necessita de tratamento especial pelo seu alto potencial de envenenamento. Com isso, em 1996, a International Standards Organization (Organização Internacional para Padronização) – ISO, criou normas para a avaliação de responsabilidade ambiental das empresas (NEUMANN; SCALISE, 2015). Essas normas, denominadas ISO 14.000, foram classificadas em três áreas: normas de sistemas de gerenciamento, normas de operação e normas de sistemas ambientais:
ISO 14.001: Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) – Especificações para implantação e guia (NBR desde 02/12/1996).
ISO 14.004: Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) – Diretrizes gerais (NBR desde 02/12/1996).
ISO 14.010: Guia para auditoria ambiental – Diretrizes gerais (NBR desde 30/12/1996).
A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental contribuirá fortemente na gestão dos recursos sólidos advindos de seus serviços. Instrumentos como a Norma Brasileira Regulamentar (NBR ISSO 14.001) e a própria Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) podem servir de apoio para consolidação deste sistema. A proposta de se estabelecer um plano de gerenciamento constitui basicamente de ações simples, porém eficazes, pois contribuem para diminuição da pressão sob os recursos naturais. Os tipos de resíduos, desde que gerenciados corretamente, podem ser acondicionados de forma que facilite a sua destinação final e propicie a redução considerável dos riscos de contaminação do meio ambiente (BARROS, 2012).
A amplitude do conceito de gestão ambiental envolve diretamente questões estratégicas das organizações, abrangendo itens que, apesar de demandarem uma carga conceitual significativa, são efetivamente materializados através de posturas e ações altamente objetivas. A abordagem conceitual para gestão ambiental proposta por Lanna (1994) envolve, por sua vez, visão holística deste processo.
A fim de realizar uma abordagem adequada da gestão dos resíduos sólidos no Brasil, se faz premente diferenciar os conceitos de Gerenciamento e Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, conforme estabelece a PNRS (2010). Gestão e gerenciamento ambiental têm, portanto, um caráter bem diferenciado, ou seja, à medida que o processo de gerenciamento está associado com medidas de caráter mais tático na organização, enquanto a gestão ambiental implicará em processo de ordem mais estratégica. O processo de gestão sempre implicará na implantação de políticas ambientais, enquanto o gerenciamento não necessariamente. 
2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS: A GESTÃO DOS RESÍDUOS URBANOS
A geração de resíduos sólidos industriais perigosos no Brasil gira em torno de 2,9 milhões de toneladas por ano, sendo que somente 600 mil toneladas dos resíduos gerados recebem tratamento adequado, o que representa um porcentual menor de 25%, enquanto o restante é depositado indevidamente, sem qualquer tipo de tratamento. O Brasil se destaca entre os países em desenvolvimento como um dos mais geradores de resíduos, mesmo comprovada à importância sanitária e ambiental da gestão dos resíduos sólidos, observa-se que, no Brasil, esses índices estão abaixo do que é satisfatório (FERREIRA, 2009). 
 A estrutura estabelecida para a distribuição de responsabilidades na gestão e no gerenciamento de resíduos leva em consideração a cooperação e integração entre os atores da esfera pública que, nos termos da Constituição da República, tem competência concorrente para disciplinar o tema. No entanto, não deve haver interferência no âmbito de atuação de cada um, o que pode ser evitado com a compreensão clara dos temas específicos, conforme o perfil e a abrangência dos atos emanados por eles nas esferas federal, estadual e municipal (SILVA FILHO; SOLER, 2013).
Aos Estados deve caber o estabelecimento da regulação e dos planos estaduais, com o estabelecimento de metas e objetivos a serem alcançados, conforme a realidade regional e os ditames prevalentes na PNRS. Por fim, os municípios e o Distrito Federal são responsáveis pela operacionalização do sistema, pela entrega dos serviços necessários ao cumprimento da PNRS que são, notadamente, os serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com especial ênfase ao sistema de coleta seletiva. 
2.2.1 Geração e quantificação dos resíduos 
Os resíduos sólidos são oriundos de várias atividades em diversos ramos industriais, tais como metalúrgica, química, petroquímica, moveleira, papel, alimentícia, etc., podendo ser representados por resinas, tintas, microrganismos resistentes, metais pesados, dentre outros resíduos que podem aparecer devido aos mais variados processos produtivos (Brito et al. 2000).
Atividades desenvolvidas relacionadas a preparação de veículos automotores geram diferentes tipos de resíduos sólidos e efluentes que precisam de tratamento adequado. Alguns tipos de resíduos sólidos são: pneus, papelão, embalagens de óleos lubrificantes e estopas sujas, que são mantidas em contato com o principal contaminante, que são os derivados de petróleo (GERHARDT et al. 2014).
A degradação ambiental no Brasil cresceu muito e frequentemente nas últimas décadas, como resultado de modelos desenvolvimentistas do descaso e insensatez do poder público, além de não conscientização do povo em relação à necessidade de proteção dos recursos naturais. Embora o setor ambiental venha sendo estruturado nos planos federais, estaduais e municipais para cumprir preceitos constitucionais, ainda carece de medidas para a adoção de estruturas organizativas e de ter uma previsibilidade do fluxo de recursos e coordenação descentralizada da política ambiental brasileira (SEIFFERT, 2011). 
A Lei n° 6.938 foi publicada em 31 de agosto de 1981, e dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Nesta lei, meio ambiente foi definido como o conjunto de condições, leis, influências e interaçõesde ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Antes de se estabelecer essa Lei, a abordagem da política ambiental subordinava a questão da proteção ambiental ao desenvolvimento econômico. Por meio desse instrumento legislativo, essa política evoluiu para uma nova abordagem, em que se busca maior equilíbrio entre o ambiente e o desenvolvimento, fortalecendo a aplicação de medidas de controle e mitigação dos seus efeitos. 
Trata-se de um novo enfoque em que a qualidade ambiental passa a ser reconhecida como um fator importante para a qualidade de vida do ser humano. A partir daí, s órgãos ambientais de governo passaram a receber a atribuição de regular os efeitos nocivos do desenvolvimento econômico (NASCIMENTO NETO, 2013).
2.2.2 Classificação de resíduos sólidos
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR – 10.004/2004, resíduos sólidos são definidos como sendo resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. A Figura 1 representa um esquema da classificação dos resíduos sólidos segundo a fonte geradora.
 A Lei n° 12.305/2010, no Título III – Das diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos, classifica os resíduos sólidos nos seguintes termos:
Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:
I – quanto a origem:
resíduos sólidos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
resíduos sólidos urbanos: para fins de unificação da denominação e harmonização do conceito, os resíduos domiciliares e resíduos de limpeza urbana;
resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, comerciais ou de prestadores de serviço, que não se originem nos serviços de limpeza urbana, nos serviços de saneamento básico, nos serviços de saúde, na construção civil ou nos serviços de transporte;
resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, aquelas destinadas ao abastecimento de água e ao tratamento de esgotos.
resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; 
resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS);
resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; 
resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; 
resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; 
resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; 
II – quanto à periculosidade:
resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; 
resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. 
Parágrafo único.  Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal (BRASIL, 2010). 
Já a classificação dos resíduos quanto à periculosidade é definida como:
Classe I – Perigosos: Podem acarretar riscos à saúde pública ou meio ambiente.
Classe II – Não perigosos: A – Não inerte: podem ter propriedades, tais como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água; B – Inerte: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de qualidade da água, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. (Grito do autor)
A PNRS foi instituída por meio da Lei Federal Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto n. 7.404, de 23 de dezembro do mesmo ano. A PNRS deve ser entendida como um conjunto de disposições, princípios, objetivos e diretrizes a respeito dos resíduos sólidos. Estão sujeitas à observância as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos, e as que desenvolvam ações relacionadas a gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos (BARROS, 2012).
Figura 1- Representação da classificação dos resíduos sólidos.
Fonte: Cabral, 2007.
2.2.3 Plano de gerenciamento de resíduos sólidos municipal
Desde a década de 1980, quando os problemas de disposição dos resíduos sólidos se tornaram foco da atenção dos gestores públicos, os municípios se viram obrigados a adotar práticas mais eficientes de gerenciamento dos resíduos sólidos, buscando estratégias para fomentar o reaproveitamento e reciclagem do material coletado. Órgãos municipais brasileiros envolvidos com a questão de resíduos sólidos adotam basicamente dois modelos: um de gestão e outro de gerenciamento.
A política de gestão dos resíduos começou a ser elaborada no Brasil a partir dos anos de 1990, porém, as características basicamente orgânicas que os resíduos ofereciam naquela época não constituíam uma preocupação ou um perigo. Entretanto, a realidade de hoje expõe um quadro complexo e que tem levado estudos e pesquisas para definir medidas capazes de eliminar os resíduos de forma ecologicamente compatível. Com isso, surgiram alternativas como os aterros e a incineração, mesmo com suas limitações em razão à poluição do ar e os altíssimos custos (FERREIRA, 2009).
A gestão de resíduos sólidos envolve todo o controle técnico e administrativo de sua segregação, acondicionamento, coleta, transporte e tratamento, bem como a disposição final adequada e segura de todo o material. No município de Toledo, o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi instituído pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tendo como as principais Leis:
Lei n° 32/2011. Ratifica o Protocolo de Intenções visando à constituição de um consórcio intermunicipal para gerenciamento de resíduos sólidos;
Lei n° 2.098/2012. Aprova o Plano Municipal e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Munícipio de Toledo;
Lei n° 2.105/2012. Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Munícipio de Toledo.
 
A PNRS (2012) estabelece que seja condição dos municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlado, destinados a empreendimentos e serviços relacionados a limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
Essas políticas, expressas na legislação e na organização institucional correspondente, definem os instrumentos de intervenção do Estado na administração dos recursos e daqualidade do meio ambiente. São consideradas diretrizes prioritárias de política de gestão de resíduos ações como: evitar ou, nos casos em que for possível, diminuir sua produção; reutilizar, quando não for possível reciclar; utilizar a energia contida nos resíduos e soluções que possam tornar inertes os resíduos antes da disposição final (CAMERA, 2010).
2.3 DIFERENCIAL COMPETITIVO 
Consumidores estão optando por organizações que sigam posturas ambientais corretas e, com isso, cada vez mais preocupados com o futuro e interessados em saber a origem dos produtos e serviços que são oferecidos, sendo assim, mais conscientes e exigentes com o que se refere à preservação ambiental. No atual meio competitivo, uma postura proativa com relação ao meio ambiente tem se tornado um grande diferencial. A adoção das medidas socioambientais por parte das organizações pode levar a uma melhoria de imagem. Entretanto, projetos para adequações ambientais de produtos ou serviços necessitam de investimentos que talvez pequenas empresas não estejam preparadas (ARALDI et al., 2012).
A adequação ambiental pode trazer vantagens competitivas às organizações. Entretanto, cuidados com a viabilidade econômica destes projetos devem ser observados a fim de que não prejudiquem a empresa, pois em função da possibilidade de sucesso ou fracasso de determinado investimento, é essencial um equilíbrio na gestão dos recursos financeiros (JACOBY et al., 2015). 
Segundo Valente (2008), os riscos e efeitos da contaminação do meio ambiente por meio de algum dos itens descartados na prática dessa atividade são: a contaminação do solo, que afeta o humo, retirando a fertilidade do solo e se torna um agente nocivo à fauna e flora, além de transformar a terra contaminada em um alvo em potencial para incêndios, devido ao fato de se tratarem de materiais inflamáveis. 
Em sua maioria, há contaminação das águas, principalmente pelo derramamento acidental ou não desses itens na galeria de esgoto ou redes pluviais, que pode comprometer o serviço dessas estruturas, além de se tratar de materiais que se acumularão na parte de cima da lâmina d’água, comprometendo as vidas aquáticas e a contaminação do ar devido as partículas sólidas em suspensão, pois dificultam as trocas gasosas entre os organismos vivos e seu meio ambiente (Valente, 2008). 
Identificando os resíduos encontrados nas principais atividades desenvolvidas em oficinas mecânicas, é possível acompanhar o seu destino desde a armazenagem no estabelecimento até seu descarte final. Peças estragadas, baterias usadas, filtros de ar, papel, ferramentas estragadas, papelão, plástico, lâmpadas queimadas e estopas sujas de graxa são alguns dos resíduos gerados que na reparação de um veículo automotor em oficina mecânica. Os principais poluentes provenientes deste segmento são os derivados de petróleo que, neste caso, o mais usado é o óleo lubrificante enquadrado na Classe I como sendo um resíduo perigoso (RAMM et al., 2015). 
2.4 FERRAMENTAS DA GESTÃO AMBIENTAL
2.4.1 Metodologia 5S 
A metodologia 5S é um conceito que surgiu no Japão em meados do século XX e consiste, basicamente, no empenho das pessoas em organizar o local de trabalho por meio de manutenção apenas do necessário, da limpeza, da padronização e da disciplina na realização do trabalho, com o mínimo de supervisão possível (SEROZINI, 2013).
Muitas vezes, o 5S é visto como uma grande faxina, pelo fato das pessoas não conseguirem perceber sua abrangência. Limitando o programa a esta esfera física, perde-se grande parte do que este tem para oferecer: a mudança de valores. Na verdade, em sua essência, esse método explora três dimensões básicas: a dimensão física (layout), a intelectual (realização das tarefas) e a social (relacionamentos e ações do dia-a-dia). Estas três perspectivas se inter-relacionam e dependem uma da outra. Como em todo processo de mudança organizacional, o 5S exige transformações profundas e de base e, para que isso ocorra, é necessário que todos estejam engajados e tenham vontade de mudar (OLIVEIRA et al., 2015).
A proposta de implantação da ferramenta 5S tem como principal objetivo a mudança de atitude da empresa com relação as questões ambientais e conscientização dos funcionários, que seria obtida através do conceito da incorporação da preocupação ambiental em cada senso do 5S, buscando a racionalização dos processos e serviços, incluindo a minimização do desperdício através da adoção de medidas simples e de baixo custo de implantação (OLIANI et al., 2006).
Ainda segundo Oliani (2006), o Programa 5S deve ser utilizado como base para implementação de futuros sistemas de gestão de qualidade total dentro das empresas. É preciso demonstrar que se pode melhorar o ambiente de trabalho e, por consequência, melhorar o meio ambiente como um todo.
2.4.2 Plano de gerenciamento de resíduos sólidos
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2014), o PGRS é um instrumento de implementação da política nacional que contribui para um maior controle da destinação dos resíduos pelo poder público. A elaboração desses planos pelos órgãos administrativos contribuirá para aperfeiçoar as ações da coleta seletiva solidária, já implementada em muitas instituições. 
O art. 21 da Lei n° 12.305/2010 prevê o conteúdo mínimo para elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos, conforme apresentado a seguir:
I - descrição do empreendimento ou atividade; 
II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; 
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: 
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos; 
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador; 
IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores; 
V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes; 
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem;
VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31; 
VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos; 
IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama (BRASIL, 2010).
O plano de gerenciamento é uma ferramenta que auxiliará a empresa a alcançar um melhoramento na parte ambiental. Desenvolver e implantá-lo é fundamental para qualquer empresário que deseja maximizar as oportunidades de reduzir custos e riscos associados a gestão de resíduos sólidos.
Deve-se assegurar que todos os resíduos são gerenciados de forma apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, envolvendo as seguintes etapas: Geração (fonte); Caracterização (classificação, quantificação); Manuseio; Acondicionamento; Coleta; Transporte; Reuso/ Reciclagem; Tratamento e Disposição final (LOPES; KEMERICH, 2007).
Em geral, segundo Martins (2010), os principais resíduos encontrados na atividade de reparação de veículos, além dos hidrocarbonetos como óleo lubrificante, são as peças usadas, pneus, latarias, flanelas, estopas sujas papelões e embalagens. Na Figura 2 está representado um diagrama que demonstra as entradas e saídas do processo de reparar um veículo.
Figura 2 - Diagrama representando a geração de resíduos sólidos de um veículo automotor em oficina mecânica.
Fonte: Ramm et al, 2015.
A NBR- 12.235 (1992) define que a escolha do recipiente a ser utilizado é definida conforme o tipo de resíduos, ou seja, deve-se levar em contaas características do resíduo, as quantidades geradas, o tipo de transporte a ser usado, sua necessidade, seu tratamento e de que forma é a disposição adotada. Para que o acondicionamento de resíduos sólidos industriais ocorra de forma adequada, os recipientes a serem utilizados devem ser construídos com material compatível com os resíduos, ser estanques, ou seja, ter capacidade de conter os resíduos no seu interior sem causar vazamentos, apresentar resistência física a pequenos choques e ter durabilidade e compatibilidade com o equipamento de transporte, em termos de forma, volume e peso. 
A segregação interna dos resíduos sólidos é muito importante, pois tem como objetivos básicos evitar a mistura de resíduos incompatíveis, contribuir para garantia da qualidade dos resíduos que possam ser reutilizados ou reciclados e reduzir o volume de resíduos especiais que necessitam ser tratados. 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para realização desse estudo foi utilizada uma abordagem de pesquisa do tipo estudo do caso de caráter exploratório e descritivo, realizado em empresa de manutenção mecânica automotiva de pequeno porte, localizada no município de Toledo, no oeste do Paraná. 
Esta pesquisa consiste em uma abordagem tanto qualitativa, quanto quantitativa, pois procurou levantar a quantidade de resíduos gerados e outros elementos mensuráveis através de dados coletados em campo. Com a visita, foi possível identificar os pontos positivos e negativos praticados em relação ao manuseio, separação, armazenamento e coleta de resíduos, bem como se a estrutura física da oficina condiz com os serviços praticados e se a mesma está de acordo com as exigências legais. 
As informações coletadas com as visitas foram registradas por meio de anotações e fotografias que reviram para elaboração de um roteiro (APÊNDICE A). Foi realizado um primeiro contato com o proprietário para explicar as intenções da pesquisa e debater seus principais problemas enfrentados e relacionados às questões ambientais. 
Para o estudo, foi selecionada uma oficina mecânica através de uma pesquisa elaborada junto ao Núcleo Setorial de Oficinas Mecânicas, órgão mantido pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo – ACIT. É necessário que na cidade de Toledo as empresas que prestam serviços de reparação em veículos sejam associadas à ACIT, o que, segundo dados coletados no mês de maio de 2016, representam em torno de 200 associados. 
Além disso, é indicado que as empresas façam parte do Sindicato das Reparadoras de Veículos e Acessórios do Paraná – SINDIREPA. O referido sindicato possui várias unidades de representação em todo o país, sendo que no Paraná é composto por vários sindicatos regionais, com forte representatividade no Estado e em constante preocupação com que seus associados estejam adequados às legislações e questões ambientais.
3.1 ÁREA DE ESTUDO
Para realização desde estudo foi consultada uma empresa que atua em diversas atividades no segmento de manutenção e reparos em veículos automotores. O quadro de funcionários consiste basicamente em uma ou duas pessoas na área administrativa e até cinco na área de manutenção, podendo variar com a inclusão de mais uma ou duas pessoas, conforme as atividades que a oficina exerça. O estabelecimento estudado não atende apenas as regras e normas ambientais, porém, tem intenção de adequar estratégias para redução do consumo dos recursos.
A empresa pesquisada abrange a categoria de mecânica leve especializada em automóveis e utilitários. A jornada de trabalho é de quarenta horas semanais. O empreendimento este localizado próximo à via de acesso que liga o Munícipio de Toledo aos Municípios de Quatro Pontes, Marechal Cândido Rondon e demais localidades. A figura 3 representa a localização do empreendimento.
Figura 3 – Localização do empreendimento.
Fonte: Google maps, 2016.
Essa empresa não faz o comércio de peças e atua, exclusivamente, com serviços mecânicos. Os tipos de veículos consertados com maior frequência são os de pequeno porte, ou seja, veículos de passeio. Uma questão que impacta o gerenciamento de resíduos nesse segmento é a falta de mão-de-obra. Geralmente, são contratados jovens com a intenção de aprender uma profissão e o treinamento é feito diretamente na prática. 
3.2 INVENTÁRIO E DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
Inicialmente, realizaram-se visitas em seis empresas localizadas em diferentes pontos da cidade e que atuam no mesmo segmento para realização de uma avaliação prévia, a fim de conhecer o local, identificar os tipos de serviços prestados, dados gerais da empresa, conhecimentos e cuidados ambientais. Durante as visitas in loco, foi utilizado um roteiro para coleta das informações, apresentado no Apêndice A, baseado em informações sobre dados da empresa e noções ambientais. 
Este diagnóstico inicial dos empreendimentos, objetivou o gerenciamento do processo para finalmente construir um plano com sugestões e estabelecer de melhorias do gerenciamento de processos. Este diagnóstico inicial dos empreendimentos, seguido da quantificação dos resíduos gerados, possíveis impactos socioambientais, gerenciais e de processo, para finalmente construir um plano com sugestões de melhoria do gerenciamento dos resíduos.
Como isso, foram classificados os dados quantitativos dos resíduos por setores. Eles ficaram armazenados semanalmente e pesados ao final da semana, durante três meses, a fim de identificar o volume médio dos resíduos gerados. 
As ferramentas usadas estão descritas a seguir:
PGRS: O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, com sua elaboração, facilitará a visualização dos resíduos gerados nas empresas, sendo possível realizar modificação quando necessário, com o intuído de sempre melhorar o nível de qualidade ambiental. Essa ferramenta auxiliará a empresa a alcançar um melhoramento na parte ambiental, facilitando seu enquadramento nos requisitos perante as leis.
 	Para a elaboração do PGRS, foram seguidos os critérios sugeridos pela PNRS como, descrição do empreendimento ou atividade e o diagnóstico dos resíduos gerados. Com o auxílio da metodologia 5S, foi possível desenvolver ações preventivas e corretivas quanto à prevenção de acidentes, caso ocorra o gerenciamento incorreto dos resíduos. No (APÊNDICE B)) é possível observar o modelo do PGRS elaborado na empresa.
Metodologia 5S: Segundo Falconi (2004) esta metodologia não é somente um evento episódico de limpeza, mas uma nova maneira de conduzir a empresa com ganhos efetivos de produtividade. Essa ferramenta foi escolhida por tratar-se de um programa de melhorias com conceitos simples, de fácil compreensão e que se caracteriza por mudar o comportamento físico e mental das pessoas na relação com o ambiente de trabalho.
Como em todo processo de mudança organizacional, o 5S exige transformações profundas e de base. Para que isso ocorra, é necessário que todos estejam engajados e tenham vontade de mudar (OLIVEIRA et al., 2015). 
Pode ser implantado o referido planejamento neste trabalho, pois através do estudo foi demonstrada a necessidade de introduzir um programa que trouxesse mudanças e melhorias, possibilitando um padrão para as atividades diárias dos funcionários.
Posteriormente, foram traçadas estratégias de gestão por meio da metodologia 5S para empreendimento. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 DIAGNÓSTICO DO ROTEIRO
	O roteiro proposto serviu para identificar como está o cenário ambiental de algumas empresas na cidade de Toledo. Portanto, o questionário serviu como ferramenta aplicável ao ramo da atividade em questão.
	Através da aplicação do roteiro de diagnóstico inicial nas oficinas mecânicas em Toledo, foram levantadas situações que devem ser trabalhadas para melhorar a gestão de resíduos nessas empresas. Foi observado que mesmo descrita na Resolução n. 88 de 27/08/2013 do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMA, essa atividade como sendo fonte poluidora, o licenciamento ambiental ainda não é um documento de obrigatoriedade para o funcionamento destes estabelecimentos.4.2 GRAVIMETRIA
	Os locais destinados para coletas de resíduos gerados, muitas vezes, são improvisados e difícil acesso. A empresa estudada se atém em guardar os comprovantes de destinação de óleo lubrificante usado pois, conforme supracitado, este é o maior agente poluidor, motivo pelo qual é o que sofre maior fiscalização. Porém, possuem poucos registros de dados da geração de outros resíduos, como as sucatas, por exemplo. Na figura 4 é possível observar como se encontravam armazenados os resíduos gerados. 
	Assim como propôs Dacroce et al. (2015), a segregação dos resíduos provenientes dessa atividade deve ser realizada corretamente, pois evita a contaminação sem que comprometa sua qualidade, possibilitando que os resíduos recicláveis possam retornar para a cadeia produtiva ou para a fabricação de novos produtos. O descarte de resíduos de forma inadequada e sem devida licença é proibido. Além disso, misturar resíduos de classes diferentes pode tornar um resíduo não perigoso em perigoso, dificultando, desta forma, seu gerenciamento e aumentando os custos a ele associados. Como visto, muitos destes resíduos, como embalagens plásticas, papel e papelão, podem ser reciclados e reutilizados se segregados e armazenados corretamente.
	Figura 4 – Acondicionamento incorreto de resíduos 
				 
Figura 5 A				 	 Figura 5 B
 	 
	Figura 5 C					 Figura 5 D
 	Fonte: O autor, 2016.
Pelo fato do elevado nível contaminante e do impacto ambiental, o óleo e resíduos contaminados foram priorizados neste trabalho. Tanto na empresa estudada, quanto nas empresas em que foi apenas aplicado o questionário inicial para coleta de dados, foi possível observar que, ocorrendo trocas de óleo, todas costumam coletá-los corretamente, isto é, o óleo usado é acondicionado em um recipiente de fácil acesso para que seja descartado corretamente. A Tabela 1 representa o acondicionamento e destino final dos resíduos.
Tabela 1 - Acondicionamento e destino final dos resíduos em oficina mecânica. 
Fonte: O autor, 2016.
Enquanto o óleo contido nas embalagens é escoado em outro recipiente menor para que seja futuramente utilizado no processo, após o escoamento total das embalagens, as mesmas são destinadas para reciclagem. No caso da empresa estudada, isso é terceirizado. 
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, através da Portaria n. 81, de 30 de abril de 1999, estabelece definições para rerrefino e coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados. O processo de reciclagem de óleos lubrificantes, conhecido como rerrefino, representa uma interessante alternativa e vem sendo adotado por muitos países, inclusive o Brasil, com resultados positivos. A figura 5 representa este processo.
Contudo, a experiência tem mostrado que os mecanismos de mercado não são suficientes para garantir a existência, em termos sustentáveis, do processo de rerrefino de óleos lubrificantes, ou seja, sua coleta, reciclagem e comercialização.
Figura 5 - O ciclo de rerrefino do óleo lubrificante.
	Fonte: Tristão et al., 2005.
	Ao longo dos anos, o processo de rerrefino vem sendo uma solução desenvolvida para evitar a poluição, o desperdício e aumenta a produção de lubrificantes, além de economizar energia por essa capacidade de recuperação da matéria-prima nobre, que é o óleo lubrificante básico a também por proporcionar a reutilização desde em diversos processos e também porque por intermédio deste processo. (MIYAMURA; LIMA,2011).
	Segundo Alves (2011), com esse processo é possível a minimização da geração desse resíduo, uma vez que a energia gasta no rerrefino é um terço da energia despendida para produzir a mesma quantidade de óleo virgem.
	As estopas são utilizadas pelos funcionários para limpeza de peças que manipulam resíduos de óleos e são acondicionados em tomeis de 200 litros. A estocagem é feita dentro da empresa. A alternativa encontrada pela empresa foi encaminhá-los para outra empresa terceirizada, onde é feito o reaproveitamento devido ao seu poder calorífico em substituição aos combustíveis fósseis.
	Os filtros de óleo e correias são recolhidos pela empresa Sabiá Ecológicos junto às estopas e o óleo contaminado. Sua estocagem é feita em local coberto dentro da oficina, onde é realizada a separação das partes constituintes do filtro para posterior destinação de cada resíduo, de acordo com as especificações. Conforme apresentado na figura 6, todo óleo dos filtros é escorrido.
	Figura 6 – Escoamento do óleo dos filtros. 
 	
	Fonte: O autor, 2016.
	Grande parte da matéria-prima utilizada em oficinas mecânicas vem embalada em plásticos e sua destinação final é a reciclagem. Todo de óleo contido nas embalagens é escorrido e os recipientes são coletados pela empresa terceirizada e vão para reciclagem. O óleo é usado no processo, conforme demonstrado na figura 7. 
	Figura 7 – Embalagens de óleo lubrificantes para reciclagem
	Fonte: O autor, 2016.
	Conforme proposto pela NBR 10.004, o modo correto de armazenagem de papel e papelão é fazê-lo em local coberto, a fim de não entrarem em contato com outros resíduos, de modo que não haja contaminação. Nas empresas observadas, o papel e papelão são acondicionados em local coberto, mas, em alguns casos, acabam tendo contato com os resíduos contaminados.
	Esses materiais podem ser comercializados ou encaminhados para reciclagem. No caso da empresa onde o PGRS foi elaborado, os resíduos são recolhidos pela prefeitura através do Programa Lixo Útil.
 	Observou-se na empresa que uma maneira bastante usada para conter possíveis derramamentos de óleo lubrificante no processo de reparação de veículos é a absorção através de papelão e/ou estopas, gerando, assim, mais resíduos perigosos que poderiam ter sido reaproveitados. Uma solução encontrada foi a utilização de bandejas para contenção de óleo, que podem ser utilizadas tanto no processo de troca de óleo quanto no acondicionamento, evitando contato deste no piso, conforme mostra a Figura 8.
	Figura 8 – Método para contenção de óleo.
 
	Fonte: O autor, 2016.
	Segundo Ramm (2015), uma solução que diminuiria a contaminação pelo óleo lubrificante seria instalar caneletas no piso para que, no momento da lavagem do estabelecimento, a água contaminada fosse direcionada antes de chegar à rede pluvial. Além disso, diminuiria também possíveis os riscos de acidentes com os trabalhadores.
	Como medidas para a implantação da ferramenta 5S propostas neste trabalho, foram desenvolvidas algumas atividades na empresa, como a classificação das ferramentas por grau de usabilidade, do maior ao menor, deixando mais próximas do local onde o conserto acontecerá, diminuindo o tempo da execução da atividade e reduzindo a movimentação do usuário. 
	Foi possível notar a existência de uma variedade de peças de diferentes veículos na oficina que não eram utilizadas e acabavam interferindo no layout de trabalho. Foi estabelecido que, na oficina, apenas ferramentas úteis e necessárias às atividades seriam disponibilizadas para os serviços. 
Houve uma reorganização dos devidos locais para as ferramentas, traçando padrões para utilização das mesmas. Apesar do local onde é feita a manutenção dos veículos ter ferramentas bem expostas, não existia um padrão para utilizá-las, logo, ocorria perda de tempo no manuseio. As bancadas de ferramentas foram reorganizadas, ficando mais próximas dos elevadores onde os veículos são fixados para a manutenção, eliminando, deste modo, tempo de movimentação e liberando espaço dentro do layout, que poderá ser utilizado como área de espera de peças a serem processadas, suprimindo o acúmulo de peças e ferramentas na entrada da oficina.
Foi determinado que cada mecânico, ao final do expediente, é o responsável pela manutenção e limpeza da bancada de ferramenta e do elevador. É indispensável que o ambiente esteja sempre limpo, sem nenhum objeto que obstrua a movimentação nas atividades, e que cada colaborador tenha em mentea importância de manter seu setor sempre limpo.
Visando a saúde e bem-estar dos colaboradores, foi instalado um lavatório para que os mecânicos possam se higienizar na oficina quando necessário. 
Notou-se que no ambiente existia uma obstrução ao local onde estava instalado o extintor de incêndio, visto que é um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) indispensável em ambientes onde são encontrados materiais inflamáveis como gasolina, etanol e óleo diesel, os quais são manipulados constantemente na oficina. Com isso, foi delimitada uma área para que possa estar de livre acesso em caso de urgência. 
Para que ocorressem e sejam mantidos os possíveis resultados obtidos através das fases anteriores, foi orientado para os colaboradores que é de suma importância para manutenção do programa a conscientização de todos. Eles mostraram-se comprometidos, buscando um objetivo em comum, que é a melhoria continua dos aspectos organizacionais da empresa. Foi estabelecido que ocorrerão reuniões mensais demonstrando o crescimento da organização. A partir disso, foi importante formular novas metas e benefícios que proporcionem motivação aos subordinados. 
No diagnóstico, levantou-se que referente à destinação dos resíduos, o único que é destinado conforme previsto na legislação é o óleo lubrificante. Todas as empresas que geram esse resíduo devem encaminhar para outras empresas recicladoras licenciadas. Conforme previsto pelo CONAMA (2005), todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos.
	Essa pesquisa teve como objetivo aplicar o gerenciamento de resíduos, com a prática de Produção Mais Limpa em empresas de reparação de veículos, o que proporcionou um embasamento para decisões e sistematizou as etapas de elaboração do mesmo.
	Ainda que o gerenciamento de resíduos tenha sido realizado em um único empreendimento e apesar de se tratarem de empresas organizadas, mostra-se uma tendência de melhoria no setor. Foi observado que esta atividade impacta muito no meio ambiente, visto que é fonte geradora de resíduos de classe I e II. As empresas que atuam nesse segmento, em sua maioria, não procuram reaproveitar seus resíduos, sendo que muitas vezes não há um tratamento adequado e ocorre descarte como lixo comum. As estratégias de proteção ambiental para essa atividade ainda são insuficientes, visto que carece de inspeções governamentais. Um outro fator diz respeito ao aspecto econômico.
	As atividades existentes em oficinas mecânicas podem ocasionar a degradação ambiental e problemas à segurança e saúde dos trabalhadores em função dos resíduos gerados. Com uma preocupação cada vez maior com as questões ambientais, cria-se a necessidade de implantar o desenvolvimento econômico sustentável no setor. Buscando por oportunidades de melhorias econômicas e tecnológicas ambientais, tem se tornado necessário que o setor, entre outros fatores, desenvolva metodologias de prevenção à poluição, redução de custos com matéria-prima, gerenciamento de resíduos e etc. Neste contexto, insere-se a Produção Mais Limpa.
	Em uma visão global, a utilização de soluções fundamentadas na Produção Mais Limpa tem como objetivo o desenvolvimento sustentável, aplicando conceitos de se produzir mais com menos, sendo uma medida aplicável em processos e serviços. As oportunidades de melhorias sugeridas são a de destinação adequada dos resíduos perigosos, que visa à redução ou eliminação dos resíduos desde a escolha das matérias-primas e otimização dos processos até a reciclagem interna e externa, a posterior armazenagem e correta destinação final dos mesmos. 
	Sugiro para trabalhos futuros, o estudo da viabilidade econômica das empresas especializadas na reparação de veículos, sabendo-se que os mercados de negócios estão cada vez mais aprimorados, as tecnologias mais sofisticadas e a busca por serviços de boa qualidade mais concorridos, as empresas estão buscando aprimorar-se, investindo mais. 
	Sendo assim, uma análise de viabilidade econômica busca informações através dos índices de lucratividade e de rentabilidade, bem como a demonstração de resultado do exercício. A análise de viabilidade econômica tem a finalidade de apresentar de que forma os investimentos e lucros se comportaram.
O mercado como se conhece hoje, devido a suas características estruturais, exige em contrapartida à rentabilidade alto grau de excelência das empresas, as quais terão suas expectativas frustradas caso deslizes estratégicos ocorram. Para evitar potenciais insolvências operacionais, as conjunturas, atual e futura de mercado, devem ser analisadas previamente a qualquer decisão, tanto no nível microeconômico como no macroeconômico, já que esses dois níveis são interdependentes. (COSTA et al, 2010).
Os fatores mais importantes para que haja uma efetiva implantação e manutenção do PGRS, são a conscientização e o treinamento contínuo, pois somente através da equipe consciente e comprometida consegue-se atingir os objetivos pretendidos. Para tanto, deve haver a colaboração de todos e os treinamentos devem abordar temas relacionados às formas de tratamento e disposição final dos resíduos, bem como os procedimentos a serem adotados pela empresa. 
Em tempos de crise, um fato relevante na decisão de escolha do cliente é buscar a diferenciação no mercado e possuir uma boa imagem perante a sociedade. 
As empresas vêm demonstrando uma preocupação com a redução de desperdícios de matérias-primas, com a melhoria da qualidade dos produtos e em atender a demanda de clientes e consumidores. Um PGRS bem elaborado pode ser a melhor forma de reaproveitamento e tratamento do lixo, para que o mesmo tenha um destino satisfatório e possa beneficiar tanto a empresa, quanto a sociedade local e o meio ambiente, gerando lucratividade que pode ser revertido em outros projetos.
Cabe para estudos posteriores uma pesquisa sobre a percepção ambiental das empresas especializadas em reparação de veículos, considerando como hipótese que as adequações ambientais são um ponto favorável para a imagem de uma organização, sendo, também, fator importante para o marketing empresarial.
 
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5 CONCLUSÃO
Pode-se concluir, com o presente trabalho, que existe uma importância pela Produção Mais Limpa e do plano de gerenciamento de resíduos sólidos em oficinas mecânicas, orientando uma forma de minimizar a geração de resíduos provenientes desta atividade, sendo também uma estratégia de produzir de forma mais eficaz, sobretudo sem grandes investimentos e gerando menos resíduos. 
Os resíduos, se não gerenciados corretamente, causam problemas ambientais devido a sua alta concentração de poluentes. Diante dos resultados obtidos, foi possível constatar a necessidade de adequação das oficinas mecânicas. Conforme observado, é notória a falta de informação quanto aos destinos corretos e as consequências que podem refletir no meio ambiente.
Os principais pontos referentes aos problemas dos resíduos sólidos industriais são: ausência de controle oficial institucionalizado e atualizado sobre o problema, sendo que existem empresas prestadoras de serviço sem a qualificação necessária para tal; determinada atividade de trabalho com profissionais inexperientes; ausência, por parte da sociedade, quanto a importância da destinação final dos resíduos, como comprometimento com separação e acondicionamento correto em locais adequados; ausência de programa estadual de gerenciamento dos resíduos sólidos e a excessiva burocracia na busca e obtenção de autorizações oficiais.
Com auxílio da prática da Produção Mais Limpa, foi possível elaborar o Plano de Gerenciamento dos Resíduos. Desta maneira, com as vantagens que o programa pode trazer a empresa, espera-se estimular a consciência ambiental dos demais empresários. Assim, o funcionamento deste programa nas demais empresas pode proporcionar, além de conhecimento, obtenção de melhores resultados tantoambientais, quanto sociais e financeiros. 
9 referências 
ADACHI, Mireli Vanessa Fuck Rauber. Aplicação da logística reversa em resíduos de um hospital. 83f. 2009. Monografia (Graduação em Engenharia de Produção Agroindustrial) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Toledo, PR, 2009.
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Portaria n. 81, de 30 de abril de 1999. Estabelece definições para rerrefino e coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados. Brasília. Disponível em . <http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=anp:10.1048/enu> Acesso em 28 set. 2016.
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10 APÊNDICE A – ABORDAGEM PARA COLETA DE DADOS
Fonte: (Adaptado de RAMM et al., 2015).
11 APÊNDICE B – MODELO DE PGRS 
 
Fonte: O autor, 2016.

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