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EIZ-RE-G00-001 - PB Indaiazinho

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PCH INDAIZINHO 
 
 
REVISÃO DO PROJETO BÁSICO 
DE ENGENHARIA 
 
 
EIZ-RE-G00-001 
Volume 1 - Texto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEZEMBRO DE 2008 
BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 19/12/08 A EMISSÃO INICIAL MTS SSR DPP 
Rev. Data Tipo Descrição Por Ver. Apr. Aut. 
E M I S S Õ E S 
A - PRELIMINAR D - P/ COTAÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO 
B - P/ APROVAÇÃO E - P/ CONSTRUÇÃO H - CANCELADO 
TIPOS 
DE 
EMISSÃO 
C - P/ CONHECIMENTO F - CONFORME COMPRADO 
 
 NOME: DATA 
 
PROJ. MTS 19/12/08 
 
DES. AJB 19/12/08 
 
VERIF. SSR 19/12/08 
 
APROV. DPP 19/12/08 
EIZ-RE-G00-001 
 
 S.A. Serviços de Engenharia 
 
CÓDIGO ELETRÔNICO: 
EIZ-RE-G00-001.DOC 
 
 
FORMATO: A4 
 
 
PÁGINA 1 DE 159 
TÍTULO: 
PCH INDAIAZINHO 
REVISÃO DO PROJETO BÁSICO 
 DE ENGENHARIA 
DEZ2008 
 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
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0 
Folha 
i 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
ÍNDICE 
 PÁG 
1. APRESENTAÇÃO 1.1 
2. INTRODUÇÃO 2.1 
2.1 OBJETIVO 2.1 
2.2 ESTUDOS ANTERIORES 2.1 
2.3 PREMISSAS E CRITÉRIOS GERAIS 2.3 
3. SUMÁRIO E CONCLUSÕES 3.1 
3.1 PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES 3.1 
3.2 CONCLUSÕES 3.8 
3.3 FICHA TÉCNICA 3.9 
4. ATUALIZAÇÃO DOS DADOS E ESTUDOS BÁSICOS 4.1 
4.1 GERAL 4.1 
4.2 TOPOGRAFIA 4.1 
4.3 HIDROMETEOROLOGIA 4.3 
4.4 ESTUDOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS 4.27 
4.5 ESTUDOS ENERGÉTICO-ECONÔMICOS 4.45 
4.6 ELETROMECÂNICA 4.49 
4.7 PLANEJAMENTO CONSTRUTIVO 4.49 
5. REAVALIAÇÃO DA CONCEPÇÃO DO APROVEITAMENTO 5.1 
5.1 CONCEPÇÃO GERAL 5.1 
5.2 BARRAMENTO E MUROS 5.2 
5.3 VERTEDOURO 5.6 
5.4 DESVIO DO RIO 5.10 
 
 
 
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0 
Folha 
ii 
 
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5.5 CIRCUITO DE ADUÇÃO 5.12 
5.6 CASA DE FORÇA E CANAL DE FUGA 5.14 
5.7 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS MECÂNICOS 5.15 
5.8 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ELÉTRICOS 5.35 
5.9 SISTEMA DE TRANSMISSÃO ASSOCIADO 5.67 
5.10 OBRAS ACESSÓRIAS – TVR 5.67 
6. REAVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO 6.1 
7. CRONOGRAMA DE CONSTRUÇÃO 7.1 
8. OPE - ORÇAMENTO PADRÃO ELETROBRÁS 8.1 
9. EQUIPE TÉCNICA 9.1 
APÊNDICES 
A1. ART 
A2. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 
 
 
 
 
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0 
Folha 
1.1 
 
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1. APRESENTAÇÃO 
Este relatório apresenta a Revisão do Projeto Básico de Engenharia da Pequena 
Central Hidrelétrica Indaiazinho, aproveitamento localizado no rio Indaiá Grande, 
município de Cassilândia (MS), cujos trabalhos foram realizados pela HE Consultoria de 
Engenharia para a EMPA – Serviços de Engenharia. 
Os dados que serviram de orientação inicial para este projeto foram os constantes do 
Projeto Básico da PCH Indaiazinho, desenvolvido pela UHJ UNION Engenharia em 
NOV2004 e dos Estudos de Inventário Hidrelétrico do Rio Indaiá Grande – Revisão de 
Abril 2007, realizados pela TSG Engenharia e Projetos. 
Os Estudos de Inventário foram aprovados por meio do Despacho – ANEEL nº 1753 de 
04JUN2007. Os estudos do Projeto Básico foram aprovados por meio do Despacho – 
ANEEL nº 012 de 08JAN2008. 
Os trabalhos foram desenvolvidos em conformidade com as Diretrizes para Projetos de 
PCH (Eletrobrás, Janeiro/2000) e os Critérios para Aceite de Projeto Básico de PCH 
(ANEEL, versão 06MAI2008). 
O relatório final, composto por este Volume 1 (Texto) e pelo Volume 2 (Desenhos), 
complementados pelos anexos de CARTOGRAFIA E TOPOGRAFIA (Anexo A), 
ESTUDOS HIDROMETEOROLÓGICOS (Anexo B) e ESTUDOS GEOLÓGICO-
GEOTÉCNICOS (Anexo C), consolida as informações de campo e os trabalhos de 
escritório. 
O estudo propõe revisões na concepção geral do aproveitamento, abrangendo as áreas 
de Estruturas, Geologia-Geotecnia, Hidrologia, Hidráulica, Elétrica e Mecânica. Contém 
ainda, as justificativas técnico-econômicas do empreendimento, recomendações, 
desenhos, revisão do orçamento e outras informações necessárias à definição e 
justificativa de todas as soluções propostas para o aproveitamento. 
 
 
 
 
 
Número do Fornecedor 
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0 
Folha 
2.1 
 
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2. INTRODUÇÃO 
2.1 OBJETIVO 
Os estudos de Revisão do Projeto Básico de Engenharia da PCH Indaiazinho tiveram 
como objetivo básico consolidar os dados e estudos já realizados, incorporando os novos 
levantamentos topográficos e hidrométricos, e as novas investigações 
geológico-geotécnicas de campo. Esses estudos introduziram modificações no arranjo do 
aproveitamento, buscando simplificações construtivas e soluções mais econômicas. 
2.2 ESTUDOS ANTERIORES 
O trecho do rio Indaiá Grande, objeto de estudo deste relatório, vem sendo estudado 
desde SET2000 quando a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A. – ENERSUL 
apresentou os estudos de inventário hidrelétrico do rio Sucuriú, incluindo o rio Indaiá 
Grande, seu afluente pela margem esquerda, no Estado de Mato Grosso do Sul. Esses 
estudos identificaram, ao longo do rio Indaiá Grande, sete aproveitamentos, listados no 
Quadro 2.1, e foram aprovados por meio do Despacho Nº 023 de 23JAN2001. 
QUADRO 2.1 
ESTUDOS DE PARTIÇÃO DE QUEDA - ENERSUL 
PCH POTÊNCIA 
INSTALADA 
 (MW) 
N.A. RESERVATÓRIO 
(m) 
Córrego do Veado 4,10 585,00 
Salto do Meio 4,50 563,30 
Lajeado 11,10 542,00 
Jacá 12,80 485,00 
Indaiazinho 9,90 450,00 
Indaiá Grande 16,20 420,70 
Cachoeirinha 26,20 396,60 
 N.A. – Nível d’Água 
Em NOV2004, a Work - Administração de Bens e Participações Ltda. apresentou à 
ANEEL o Projeto Básico da Pequena Central Hidrelétrica Indaiazinho, com potência 
instalada de 11,5 MW e reservatório na El. 458,00 m, com área de 5,28 km². Em 
JUN2006, foi transferida a titularidade do Projeto Básico da PCH Indaiá Grande para a 
Natureza Ambiental Ltda. 
Em ABR2007, a TSG Engenharia e Projetos S/C apresentou à ANEEL a revisão dos 
estudos de Inventário Hidrelétrico do trecho do rio Indaiá Grande, entre a elevação 
360,60 m, que corresponde à elevação do reservatório do aproveitamento do rio Sucuriú, 
e a elevação 490,00 m. Nesse trecho do rio Indaiá Grande, os estudos revisaram os 
aproveitamentos listados no Quadro 2.2. Esses estudos foram aprovados pelo Despacho 
Nº 1753 de 04JUN2007. 
 
 
 
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Folha 
2.2 
 
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QUADRO 2.2 
REVISÃO DOS ESTUDOS DE PARTIÇÃO DE QUEDA - TSG 
PCH POTÊNCIA 
INSTALADA 
 (MW) 
N.A. RESERVATÓRIO 
(m) 
Jacá 10,55 485,00 
Indaiazinho 12,14 458,00 
Indaiá Grande 18,28 425,00 
Cachoeirinha 30,26 397,10 
Em JAN2008, o Projeto Básico apresentado pela Natureza Ambiental Participações e 
Consultoria Ltda., relativo à Pequena Central Hidrelétrica Indaiazinho, foi aprovado pelo 
Despacho Nº 012 de 08JAN2008. 
Finalmente, em MAI2008 foi transferida a titularidade do Projeto Básico da PCH Indaiá 
Grande e da PCH Indaiazinho para a EMPA S.A. - Serviços de Engenharia. 
A EMPA, então, empreendeu a revisão do Projeto Básico desses aproveitamentos , que 
compreendeu a verificação dos levantamentos e estudosbásicos, incluindo novas 
medições hidrométricas, extensas investigações geológico-geotécnicas e a revisão da 
base topográfica. 
A revisão da topografia incluiu novo transporte de Datum vertical e horizontal para os 
locais dos aproveitamentos, e também o levantamento topográfico e demarcação dos 
reservatórios nas cotas nominais definidas nos respectivos Projetos Básicos. 
Constataram-se, no entanto, dois problemas. Primeiramente, verificou-se que não foi 
utilizado um RN oficial do IBGE como partida para o transporte do Datum vertical feito no 
Projeto Básico, resultando uma diferença entre as cotas nominais dos marcos 
implantados em Indaiazinho da ordem de 1,2 m, para menos, conforme detalhado no item 
4.2. Em segundo lugar, verificou-se que essa variação não é constante – na área do 
reservatório a diferença é da ordem de 1 m, enquanto que a jusante, a diferença é de 
quase 3 m, também para menos. 
Ou seja, mantendo-se as cotas nominais do Projeto Básico, a área do reservatório 
levantada topograficamente resultou cerca de 40% superior à indicada no respectivo 
relatório: de 5,28 km² para 7,32 km². 
Tendo em vista o licenciamento ambiental, cuja licença provisória (LP) já fora concedida 
para o reservatório de 5,28 km², levantou-se no campo a cota que efetivamente 
corresponderia à área licenciada, obtendo-se para a El. 457,00 m uma área de 5,8 km², 
8% de diferença em relação à área licenciada. 
Portanto, a El. 457,00 m foi adotada como o novo N.A. máximo normal nominal. A jusante, 
o N.A. normal, agora corretamente referido ao Datum vertical Marégrafo de Imbituba, SC, 
passou a ser a El. 428,30 m, resultando uma queda bruta nominal de 
28,7 m, com incremento do teor energético estimado no Projeto Básico no mesmo local. 
 
 
 
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2.3 
 
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O Quadro 2.3 resume as diferenças explanadas acima. 
 QUADRO 2.3 
REVISÃO DAS CARACTERÍSTICAS NOMINAIS DA PCH INDAIAZINHO 
ETAPA DOS ESTUDOS 
ITEM PROJETO BÁSICO REVISÃO DO PROJETO 
BÁSICO 
Datum vertical Rede Geodésica GPS do 
Mato Grosso do Sul 
Marégrafo de Imbituba, SC 
Marco de origem do 
transporte do Datum 
vertical 
Vértice MS17 RN IBGE 1232D 
(Cassilândia) 
N.A. máximo normal (m) 458,00 457,00 
Área do reservatório (km²) 5,28 5,80 
N.A. normal de jusante (m) 431,00 428,30 
Queda Bruta do projeto (m) 27,00 28,70 
Potência Instalada (MW) 11,50 12,50 
Energia Assegurada (MW 
médios) 
8,12 9,19 
2.3 PREMISSAS E CRITÉRIOS GERAIS 
Foram adotados, como princípios norteadores dos estudos, os critérios e premissas 
descritos sucintamente a seguir. 
• Níveis d’Água do Reservatório 
Foi mantido o critério, adotado no Projeto Básico, de sobrelevação zero na passagem da 
cheia de projeto do vertedouro. Ou seja, foram mantidos os níveis máximo normal e 
máximo maximorum do reservatório coincidentes, sendo a vazão de projeto do vertedouro 
a correspondente ao pico da cheia de 1.000 anos de período de retorno. Portanto: 
N.A. Máximo Maximorum (cheia milenar): El. 457,00 m 
N.A. Máximo Normal: El. 457,00 m 
Para prover flexibilidade operacional, foi considerada uma depleção máxima de 1 m no 
reservatório, embora seja prevista a operação do reservatório a fio d’água. Portanto, 
resulta o seguinte nível mínimo: 
N.A. Mínimo Normal: El. 456,00 m 
 
 
 
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2.4 
 
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Para verificação da crista da barragem, a cheia com período de retorno de 10.000 anos foi 
adotada como máxima enchente no reservatório. Desprezou-se a pequena capacidade de 
laminação do reservatório para cálculo do nível d’água durante a cheia, obtendo-se: 
N.A. Máximo Excepcional (cheia decamilenar): El. 457,70 m 
• Níveis d’Água no Canal de Fuga 
Os níveis do canal de fuga foram atualizados em função dos novos levantamentos 
topográficos e hidrométricos realizados, resultando: 
N.A. Máximo Jusante (cheia milenar): El. 430,30 m 
N.A. Normal Jusante (100% das unidades operando a plena carga): El. 428,30 m 
N.A. Mínimo Jusante (uma unidade operando a plena carga): El. 427,80 m 
N.A. Mínimo Minimorum (uma unidade com 30% de sua plena carga): El. 427,30 m 
A borda livre da casa de força será de 1,20 m em relação ao nível d’água estimado para a 
cheia de recorrência milenar e com borda livre de 0,90 m em relação ao nível da cheia 
decamilenar. 
• Quedas de Projeto 
As quedas brutas de projeto foram atualizadas com base nos novos levantamentos 
topográficos e hidrométricos realizados durante os estudos, resultando: 
Queda bruta máxima (457,00 - 427,30): 29,70 m 
Queda bruta de projeto (457,00 - 428,30): 28,70 m 
• Motorização 
Em função da atualização das quedas de projeto, a potência instalada foi ajustada de 
11,5 MW (Projeto Básico) para 12,5 MW, permitindo a padronização dos equipamentos 
desta usina com aqueles da PCH Indaiá Grande. 
O tipo de turbina foi mudado de Francis com eixo horizontal para Kaplan com eixo vertical, 
alterando-se o número de unidades geradoras de três para duas. Manteve-se apenas um 
transformador elevador, conforme adotado no Projeto Básico. 
• Estudos Hidrológicos 
Para atendimento a diretriz da ANEEL, os dados hidrológicos apresentados até 2002 no 
Projeto Básico foram complementados com informações até 2006. Com base nos dados 
fluviométricos atualizados, a série de vazões médias mensais e as vazões extremas 
foram revisadas. 
 
 
 
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Folha 
2.5 
 
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A instalação de nova régua na região do canal de fuga, juntamente com medições 
hidrométricas subsidiaram a revisão da curva-chave do rio à saída do canal de fuga. 
• Base Cartográfica 
A base cartográfica foi verificada quanto ao atendimento aos critérios vigentes da ANEEL, 
no tocante aos marcos e vértices oficiais de referência, sendo implantados novos marcos 
de referência no local do aproveitamento. Uma nova base topobatimétrica na área do 
barramento foi levantada. O reservatório também foi levantado topograficamente. 
• Investigações Geológico-Geotécnicas 
As investigações geológico-geotécnicas realizadas no Projeto Básico foram 
complementadas com várias novas sondagens, para caracterização mais detalhada dos 
diferentes substratos rochosos, consistindo a principal condicionante para definição do 
arranjo geral do aproveitamento. 
• Eixo do Barramento e Arranjo Geral 
O eixo do barramento foi mantido praticamente na mesma região que foi adotada no 
Projeto Básico, bem como a concepção básica de arranjo com barragem de terra e 
enrocamento, e estruturas de concreto (circuito hidráulico de geração, muro de ligação e 
vertedouro) posicionados na margem esquerda. Porém, foram realizadas otimizações de 
arranjo e alinhamento do barramento visando o menor custo de implantação e o maior 
benefício energético, além de aumentar a segurança do empreendimento quanto às 
características dos substratos rochosos em função da presença do Arenito Botucatu. 
• Estravasor 
Foi mantida a concepção de vertedouro controlado por duas comportas segmento, dado o 
critério de sobrelevação zero para a cheia de projeto. 
O vertedouro foi dimensionado para o pico da cheia de 1.000 anos de recorrência 
 (334 m³/s), valor revisado no presente estudo. O vertedouro permite a passagem da 
cheia decamilenar (410 m³/s) com sobrelevação do nível do reservatório de 0,70 m. 
Em função das características morfológicas e hidráulicas do rio a montante da cachoeira, 
resultou técnico-economicamente mais vantajoso permitir a dissipaçãoda energia das 
vazões defluentes diretamente no maciço rochoso na margem esquerda, a montante da 
cachoeira. 
• Desvio do Rio 
As estruturas de desvio para a construção da barragem no leito do rio foram 
dimensionadas para a vazão com tempo de recorrência de 25 anos (período seco). 
A borda livre normal da ensecadeira a montante da barragem será de 1,00 m em relação 
ao nível estimado para a cheia de projeto. A jusante da barragem, não haverá 
necessidade de ensecadeira de proteção, em função da existência da cachoeira, 
 
 
 
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2.6 
 
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prevendo-se apenas pequeno cordão de enrocamento para proteção contra eventuais 
recirculações. 
A casa de força deverá ser protegida para a cheia de 50 anos de recorrência (período 
hidrológico completo), sendo deixado um septo em cota adequada para prover no mínimo 
1,00 m de borda livre em relação ao N.A. definido pela curva-chave no canal de fuga. 
O septo deverá consistir de material são impermeável, para impedir surgências 
provenientes do arenito Botucatu, presente sob o basalto são. 
 
 
 
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Folha 
3.1 
 
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3. SUMÁRIO E CONCLUSÕES 
3.1 PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES 
As modificações mais significativas geradas pela Revisão do Projeto Básico da PCH 
Indaiazinho são resumidas a seguir. Cada uma delas é tratada em mais detalhes em seus 
respectivos itens. 
3.1.1 Base Topográfica 
O vértice MS 17, utilizado nos levantamentos do Projeto Básico, não pertence à rede 
básica do IBGE. Portanto, foi necessário compor uma nova base topográfica para os 
estudos, compatível com a escala das obras, cobrindo a região das estruturas e a área do 
reservatório da PCH Indaiazinho. Esse trabalho, além de outros levantamentos 
topográficos necessários para os estudos, foram realizados pela empresa Marcos Lopes 
Consultoria Ltda. 
Os novos levantamentos foram referidos ao Datum SAD-69 (planimetria) e Marégrafo de 
Imbituba – SC (altimetria), programados segundo a Instrução de Serviço EIZ-IN-G13-001, 
de MAI08. O memorial descritivo de todos os levantamentos topográficos realizados 
(campo e escritório) é apresentado no Anexo A. 
3.1.2 Hidrologia 
• Vazões Médias Mensais 
A série de vazões médias mensais afluentes ao local do barramento da PCH Indaiazinho 
apresentada no Projeto Básico dispôs um período de dados de JAN/1931 a DEZ/2002. 
A série foi atualizada até o mês de DEZ/2006, resultando em um acréscimo de 4 anos de 
dados. 
• Vazões Extremas 
No Projeto Básico, os estudos de vazões máximas basearam-se nos postos fluviométricos 
Próximo Costa Rica (área de drenagem: Ad=1.280 km²), Porto das Pedras 
(Ad=3.870 km²), Alto Sucuriú (Ad=7.235 km²), São José do Sucuriú (Ad=18.090 km²) e 
Porto Galeano (Ad=19.260 km²), todos no rio Sucuriú. 
As vazões máximas em cada estação, resultantes do ajuste de uma distribuição 
estatística Exponencial, correlacionadas com as respectivas áreas de drenagem, 
apresentaram dispersões significativas, principalmente para as vazões com recorrência 
mais alta. 
Na revisão do Projeto Básico, as estações Próximo Costa Rica e Porto das Pedras foram 
efetivamente utilizadas na obtenção das vazões máximas por meio de metodologia de 
regionalização para a PCH Indaiazinho (Ad=2.172 km²), devido ao fato de que a área de 
drenagem do aproveitamento encontra-se em um valor intermediário dessas duas 
 
 
 
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Folha 
3.2 
 
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estações. A estação São José do Sucuriú foi utilizada para preenchimento eventual de 
falhas nas estações. 
O Quadro 3.1 apresenta as vazões máximas para a PCH Indaiazinho, definidas no Projeto 
Básico e na sua Revisão. Observa-se que as vazões revisadas são significativamente 
superiores àquelas definidas anteriormente. 
QUADRO 3.1 
VAZÕES MÁXIMAS 
PROJETO BÁSICO X REVISÃO DO PROJETO BÁSICO 
VAZÃO (m³/s) TR 
PROJETO BÁSICO REV. PROJETO BÁSICO 
10 164 180 
25 189 211 
50 208 234 
100 227 257 
500 271 311 
1.000 290 334 
10.000 353 410 
Os estudos hidrológicos completos são apresentados no capítulo 4. 
3.1.3 Geologia-Geotecnia 
A presença do arenito da Formação Botucatu sob o pacote basáltico que ocorre na área 
de implantação do empreendimento é um dos principais condicionantes 
geológico-geotécnicos do projeto, justificando ter-se incluído neste relatório uma 
descrição de seus aspectos regionais e ter-se promovido novas investigações de campo 
dirigidas especificamente para a sua caracterização local também. 
O arenito Botucatu é o mais importante aqüífero da América do Sul e abastece inúmeras 
regiões com água subterrânea, não só no Brasil como no Paraguai, Uruguai e Argentina. 
Em contrapartida, quando se trata de usinas hidrelétricas, já impôs vultosos gastos com 
rebaixamento de nível piezométrico nas escavações de várias obras situadas na Bacia 
Sedimentar do Paraná. Também já ocasionou problemas devidos a sua elevada 
erodibilidade, tanto interna (propensão a piping, ou erosão regressiva) como externa 
(propensão a ravinamentos), tendo-se refletido em importantes instabilizações de cortes 
no basalto a ele sobreposto, quando não na operação dos componentes hidráulicos das 
usinas. 
Face a isso, as novas investigações de campo na PCH Indaiazinho deram especial 
enfoque à caracterização do arenito Botucatu sob o ponto de vista de Geologia de 
Engenharia. Várias sondagens mistas e rotativas com ensaios de perda d’água foram 
conduzidas até sua porção superior, incluindo a instalação de um dispositivo para 
monitorar a variação temporal do nível piezométrico. 
 
 
 
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3.3 
 
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Outro aspecto que enriquece a versão anterior do Projeto Básico do empreendimento é o 
equacionamento dos materiais naturais de construção, destacando-se a coleta de 
amostras de solo e rocha para ensaios geotecnológicos de caracterização. 
 3.1.4 Arranjo Geral das Estruturas 
A posição relativa das estruturas foi mantida, em linhas gerais, conforme adotada no 
Projeto Básico: estruturas de concreto na margem esquerda (vertedouro, tomada d’água e 
casa de força) e barragem homogênea de solo para fechamento das ombreiras. 
No encontro com as estruturas de concreto, também foi mantida a transição da seção da 
barragem, de solo para enrocamento com núcleo argiloso, com o objetivo de reduzir as 
dimensões dos muros de encosto. 
As estruturas do vertedouro e da tomada d’água, antes separadas por um trecho de 
barragem de solo, foram posicionadas lado a lado, unidas por um muro de ligação de 
concreto, gravidade. Esta modificação eliminou o abraço da barragem em torno da 
tomada d’água, adotado no Projeto Básico, de compactação complexa e provável fonte de 
percolação no contato entre as estruturas de concreto e o maciço da barragem. 
Ao unirem-se as estruturas, os muros de encosto foram posicionados ao lado do 
vertedouro e da tomada d’água. Possibilitou-se, assim, a utilização de um único pórtico 
rolante para atender à tomada d’água e ao vertedouro. 
O novo alinhamento do eixo do barramento foi condicionado pela definição do 
posicionamento espacial da casa de força – estrutura com os mais baixos níveis de 
fundação – que passou por diversas etapas evolutivas. Em paralelo à obtenção dos 
resultados das investigações geológico-geotécnicas dirigidas ao arenito Botucatu, sua 
locação foi sendo reavaliada até a concepção final apresentada neste relatório. 
Para manter o adequado arranjo compacto caracterizado já na primeira versão do projeto, 
a posição dada à casa de força findou por condicionar em maior ou menorgrau as demais 
estruturas também (tomada d’água, vertedouro e o muro de ligação), inclusive da 
barragem de terra. 
Seu eixo foi adaptado a essa nova conformação, embora mantendo praticamente 
inalterado o ponto de fechamento junto às ombreiras. O vertedouro foi deslocado em 
direção do leito do rio e o circuito hidráulico de geração foi deslocado para montante e 
para as proximidades do vertedouro, com um muro de ligação separando o vertedouro da 
tomada d’água. No leito do rio, a barragem foi aproximada da crista da cachoeira, até o 
ponto considerado tecnicamente seguro. A Figura 3.1 contrasta os arranjos do Projeto 
Básico e da Revisão do Projeto Básico. 
 
 
 
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FIGURA 3.1 
COMPARAÇÃO ENTRE OS ARRANJOS GERAIS 
DO PROJETO BÁSICO E DE SUA REVISÃO 
3.1.5 Vertedouro 
A concepção do extravasor adotada no Projeto Básico foi preservada. Manteve-se um 
vertedouro de superfície com dois vãos controlados por comportas tipo segmento, cujo 
dimensionamento teve por premissa o extravasamento da cheia de projeto, de recorrência 
milenar, sem sobrelevação do nível normal do reservatório. 
Suas dimensões foram revistas para adequar as passagens hidráulicas ao aumento do 
valor do pico da cheia de projeto. Adicionalmente, foram efetuadas também verificações 
de sua capacidade em relação à cheia decamilenar, conforme destacado nos critérios 
gerais apresentados no capítulo 2. 
A estrutura de dissipação, anteriormente prevista como uma bacia plana curta foi 
modificada. Com o detalhamento topográfico e a correta caracterização hidráulica do rio a 
jusante do aproveitamento, verificou-se que esta estrutura não funcionaria 
adequadamente. Para manter a concepção adotada no Projeto Básico, o ressalto 
hidráulico deveria ser totalmente contido na bacia de dissipação que, portanto, deveria ter 
seu comprimento estendido de 16 m para 50 m, para garantir a estabilidade do ressalto 
hidráulico para a cheia de projeto. Os muros laterais também estavam 
sub-dimensionados, com 5,70 m de altura, quando deveriam ter 9,20 m. 
 
 
 
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Essas correções implicariam um aumento da ordem de 5.000 m³ no volume de concreto 
do vertedouro, resultando um aumento de pelo menos 3,7 milhões de reais no seu custo, 
sem levar em consideração as escavações adicionais. 
Assim, foram divisadas e desenvolvidas alternativas de dissipadores que minimizassem 
seu custo, mas que mantivessem o mesmo nível de segurança contra erosões 
regressivas e recirculações que pudessem vir a atingir as demais estruturas do 
barramento e do circuito hidráulico de geração. 
Foram estudadas e comparadas duas outras alternativas de dissipadores, buscando 
conciliar o melhor direcionamento da vazão restituída para a calha do rio, a área 
ensecada disponível para sua construção e a minimização do volume do muro de ligação 
entre o vertedouro e a tomada d’água. 
A primeira alternativa consistiu de um rápido com 82 m de comprimento, 12,8 m de 
largura e declividade de 1,45 %, seguido por um salto de esqui para realizar o lançamento 
da vazão restituída ao rio Indaiá Grande, pela margem esquerda. Essa alternativa 
implicou afastar as estruturas de concreto do rio para haver espaço para implantar o 
rápido fora da calha do rio. Em relação à bacia de dissipação, essa alternativa redundou 
em uma redução global do volume de concreto do vertedouro de 4.300 m³, ou seja, cerca 
de 50% do volume global. 
Na segunda alternativa, o vertedouro foi deslocado lateralmente cerca de 18 m em 
direção ao leito do rio, direcionando o fluxo para a calha do rio. O fluxo defluente é dirigido 
diretamente para a cachoeira, o que reconstitui, em parte, o comportamento natural do rio 
durante a passagem de cheias, percorrendo o maciço rochoso basáltico. Desta forma, o 
rápido foi encurtado, ou seja, substituído por uma laje com apenas 10 m de extensão, 
com muros laterais. À continuação do muro lateral esquerdo do vertedouro, um muro guia 
impedirá a propagação do fluxo defluente na direção da casa de força. 
Essa alternativa implicou em nova redução global de cerca de 1.000 m³ de concreto em 
relação à primeira alternativa de rápido, uma economia da ordem de 800 mil reais. Em 
função das características geológicas e morfológicas do rio a montante da cachoeira, a 
segunda alternativa representa um arranjo igualmente seguro em termos de dissipação de 
energia, tendo sido adotada na Revisão do Projeto Básico. 
Em termos de otimizações do vertedouro, a redução do custo do vertedouro entre a 
concepção do Projeto Básico, devidamente corrigida, para a concepção adotada foi de 
4,2 milhões de reais, ou seja, cerca de 64% de seu custo global. 
3.1.6 Circuito Hidráulico de Geração 
A potência instalada da PCH Indaiazinho foi revisada em relação ao Projeto Básico, ao 
levar-se em conta a adequação das quedas às diferenças topográficas detectadas no 
levantamento anterior do perfil do rio Indaiá Grande nesse trecho. 
 
 
 
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A motorização adotada, aliada às quedas da mesma ordem de grandeza em Indaiá 
Grande e Indaiazinho, permitiu soluções de potência e número de unidades para 
padronização dos equipamentos para os dois empreendimentos. 
As potências instaladas adotadas foram 20 MW para Indaiá Grande e 12,5 MW para 
Indaiazinho, que antes, em seus respectivos Projetos Básicos eram 18,3 e 11,5 MW. 
As potências instaladas e as áreas de reservatório levantadas topograficamente mantêm 
características que atendem ao critério de enquadramento como PCH estabelecido pela 
ANEEL. 
As características de queda e vazão em Indaiazinho permitem que, tecnicamente, seja 
possível a utilização de vários tipos de turbinas, mediante a variação do número de 
unidades de geração. De fato, consultas feitas aos fabricantes tiveram como resposta 
várias alternativas de tipos e números de unidades, desde turbinas Francis Horizontais, 
com sucção simples e dupla, até turbinas Kaplan com eixo vertical. 
A princípio, embora o senso comum indique que a alternativa original do Projeto Básico, 
com três unidades Francis Horizontais, seria economicamente mais interessante, a 
grande dispersão de preços das ofertas iniciais dos fabricantes levou à conclusão de que 
os estudos de Revisão do Projeto Básico deveriam prosseguir com foco na alternativa de 
equipamento que apresentasse a melhor adequação às queda e vazão de projeto, tanto 
em termos de flexibilidade operacional quanto em termos do mais alto rendimento médio 
global. 
Outro aspecto levado em conta na escolha do equipamento diz respeito à proximidade 
das cotas de fundação das estruturas ao topo do arenito Botucatu sob o basalto. As 
investigações geológicas realizadas possibilitaram a escolha da posição da casa de força 
de maneira que este aspecto não representasse condicionante à adoção de máquinas 
com eixo vertical, que têm cotas de fundação mais profundas, desde que não fossem 
adotadas submergências fora de sua faixa usual de dimensionamento. 
Somados esses aspectos à padronização das unidades em Indaiá Grande e Indaiazinho, 
a alternativa Kaplan com eixo vertical surgiu como a máquina mais adequada, adotada 
para a Revisão do Projeto Básico. É prevista a aquisição de cinco unidades iguais, três 
em Indaiá Grande e duas em Indaiazinho. 
A alteração do tipo e número de unidades implicou total reformulação da casa de força, 
sendo desenvolvido novo projeto civil, como descrito no capítulo 5. 
O desnível natural da cachoeira implica ser mais econômico manter as estruturas da 
tomada d’água e da casa de força separadas,estruturalmente independentes, com a 
adução feita por conduto forçado de aço. O tipo da caixa espiral das unidades, em aço, foi 
condicionado pela queda e tipo de adução. 
Foram estudadas duas alternativas para adução à casa de força: 
 
 
 
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- a primeira com uma única tomada d’água, equipada com comporta ensecadeira, sem 
comporta de emergência, alimentando um único conduto, bifurcado imediatamente à 
montante da casa de força, cada ramo com uma válvula tipo borboleta; 
- a segunda com duas tomadas d’água, equipadas com comporta de emergência e 
comporta ensecadeira, cada qual alimentando condutos forçados independentes para a 
respectiva unidade, sem válvula borboleta. 
À parte da maior flexibilidade para manutenção de cada circuito proporcionada pela 
separação dos circuitos desde o reservatório, que redunda em maior flexibilidade 
operacional, a comparação do custo global das alternativas indica que a alternativa com 
circuito independente para cada unidade é cerca de 40% mais econômica. O principal 
diferencial é o custo das válvulas borboleta, com diâmetro de 2,70 m, superior a dois 
milhões de reais, em comparação com o custo das comportas de emergência, estimadas 
em R$145.000,00 cada uma. Os custos de concreto e dos condutos forçados são muito 
próximos para as duas alternativas, nesta faixa de queda. 
3.1.7 Desvio do Rio 
As principais alterações introduzidas no esquema de desvio dividem-se entre as obras de 
proteção para a construção das estruturas que compõem o barramento e para a 
construção da casa de força e canal de fuga, como segue. 
• Obras do barramento 
O desvio do rio para construção da barragem em seu leito será pelo vertedouro, como 
previsto no Projeto Básico. Porém, ao invés de vãos rebaixados do vertedouro, as águas 
desviadas passarão por quatro galerias construídas no corpo da ogiva. 
As galerias permitirão maior flexibilidade para a conclusão da construção da ogiva do 
vertedouro, tendo sido adotadas em consenso com a EMPA. Serão dotadas de comportas 
corta-fluxo, para seu posterior fechamento após o enchimento do reservatório e adequada 
proteção para permitir seu tamponamento. 
Na primeira fase de desvio, que compreende os primeiros períodos seco e chuvoso, foi 
prevista uma ensecadeira longitudinal para proteção da área das estruturas de concreto 
na margem esquerda. O muro guia a jusante do vertedouro, concretado imediatamente 
após as escavações obrigatórias na área do vertedouro, servirá como muro de encosto 
para a ensecadeira, protegendo a área da casa de força. 
A ensecadeira longitudinal, em solo compactado protegido com enrocamento, será 
construída, em parte, sobre área de aluvião arenoso com espessura da ordem de 1,0 m. 
Para garantir estanqueidade, prevê-se a substituição do aluvião por solo residual de 
basalto, lançado e compactado em ponta de aterro imediatamente após a remoção do 
material arenoso. 
A ensecadeira de fechamento do rio, na segunda fase de desvio, atravessará o rio 
ortogonalmente, e abraçará uma extensão do muro de aproximação do vertedouro, em 
concreto massa, para fechamento da área da calha do rio. Originalmente prevista para ser 
 
 
 
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incorporada à barragem neste trecho, decidiu-se mantê-la destacada, para simplificar a 
intrincada geometria das vedações que seria necessária para prover estanqueidade no 
trecho da barragem em enrocamento, em espaço demasiadamente confinado para isto. 
• Obras da Casa de Força 
A proteção da casa de força durante sua escavação e construção foi objeto de análise 
tendo em vista a estanqueidade da área em relação ao arenito Botucatu. Sua posição, 
encaixada no basalto são, permitirá a escavação da área da estrutura de concreto e de 
parte do canal de fuga em material praticamente impermeável. 
Ao avançar-se as escavações do canal de fuga a menos de 100 m da margem do rio no 
trecho, entra-se em basalto alterado e o risco de surgências provindas do arenito aumenta 
gradativamente. 
No caso, duas alternativas de proteção foram consideradas. A primeira, consiste em 
manter um septo ainda em material denso, praticamente impermeável, durante o período 
de construção da casa de força, até que se complete a montagem das comportas 
ensecadeira dos tubos de sucção, quando se processaria o restante da escavação do 
canal de fuga, inclusive no trecho em aluvião arenoso. Essa alternativa tem por princípio 
evitar o abalo do material alterado durante as escavações, antes de avançar com as 
obras da casa de força, privilegiando a questão da estanqueidade. A sua desvantagem é 
a relativa proximidade das escavações com explosivos a cerca de 50 m das estruturas de 
concreto já concluídas. 
A segunda alternativa seria a escavação de praticamente todo o trecho rochoso do canal 
de fuga, e construção de uma ensecadeira transversal ao canal em solo compactado. 
Seria deixado um septo apenas para manter o aluvião junto ao rio confinado. Essa 
alternativa provavelmente demandaria bombeamento contínuo em maior ou menor 
volume, pois as escavações poderão aumentar as aberturas entre as fraturas. 
Para os estudos de Revisão do Projeto Básico, escolheu-se adotar a primeira alternativa, 
que permitirá trabalhar com elevada segurança em relação à estanqueidade. 
3.2 CONCLUSÕES 
Os estudos desenvolvidos para a Revisão do Projeto Básico de Engenharia da PCH 
Indaiazinho indicaram a viabilidade técnica e econômica da implantação do 
empreendimento. A base de dados geológico-geotécnicos – agora enriquecida com os 
resultados de diversas novas sondagens – permitiu a melhor caracterização 
hidrogeotécnica do arenito Botucatu e serviu de base aos estudos de arranjo 
subseqüentes, que procuraram minimizar os possíveis e indesejáveis efeitos nas 
escavações obrigatórias em rocha. 
Com uma capacidade instalada de 12,5 MW e energia assegurada de 9,19 MW médios, a 
PCH Indaiazinho contabiliza investimentos de cerca de 66,8 milhões de reais, incluindo o 
STA – Sistema de Transmissão Associado, correspondendo a um custo unitário de 
instalação de 5.341 R$/kW, referido a OUT2008. 
 
 
 
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Os custos do sistema de transmissão associado foram estimados em 1,77 milhões de 
reais, incluindo o ramal da linha de transmissão para interligação à Subestação 
Indaiazinho. 
Considerando a energia assegurada e os investimentos na usina, o custo de geração 
(ICB) atinge 108,10 R$/MWh, valor inferior ao custo de referência definido pela EMPA, de 
165,00 R$/MWh, indicando a atratividade da PCH Indaiazinho. 
Como evidenciam esses aspectos, trata-se, portanto, de empreendimento com elevada 
atratividade técnico-econômica. 
3.3 FICHA TÉCNICA 
 
 
 
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4.1 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D4. ATUALIZAÇÃO DOS DADOS E ESTUDOS BÁSICOS 
4.1 GERAL 
Os Estudos de Revisão do Projeto Básico da PCH Indaiazinho foram iniciados em 
ABR2008, mediante a análise geral do projeto existente e a Revisão dos Estudos de 
Inventário, posterior a ele (Desenho EIZ-DB-G00-002). No âmbito dessa atividade, foram 
avaliadas a concepção geral do empreendimento e a consistência dos dados básicos de 
topografia, hidrologia e geologia-geotecnia. 
Uma primeira visita de reconhecimento de campo foi realizada em 06ABR2008, em 
companhia de técnicos da EMPA, que permitiu uma visão geral das áreas das estruturas. 
Em 12AGO2008, foi realizada uma segunda visita ao local da futura obra, com objetivos 
diversos como: avaliação das estradas de acesso, confirmação da disponibilidade de 
jazidas próximas, inspeção dos pontos de marcação das sondagens e verificação do local 
de implantação do conjunto de réguas limnimétricas. Essa visita também foi 
acompanhada por técnicos da EMPA. 
Uma terceira visita conjunta de técnicos da EMPA e HE foi realizada em 25SET2008. 
Nessa visita houve a participação da MEK Engenharia, empresa contratada para a 
elaboração do Projeto Executivo. 
4.2 TOPOGRAFIA 
4.2.1 Levantamentos Realizados 
Com o objetivo de verificar e complementar a base cartográfica do Projeto Básico, foram 
realizados novos levantamentos para subsidiar os estudos atuais. O produto final dos 
serviços topográficos, incluindo as informações de acordo com as diretrizes da ANEEL, é 
apresentado no Anexo A deste relatório. 
Dentre os levantamentos topográficos e batimétricos realizados, destacam-se: 
• Amarração à rede oficial do IBGE 
O transporte de cotas para o local das seções e áreas levantadas, previstas para 
implantação das diversas estruturas que irão compor a PCH Indaiazinho, foi executado 
por meio de transporte eletrônico, tendo como base pontos de segurança (PS) 
implantados a partir do RN 1232-D (IBGE) existente na cidade de Cassilândia. 
As coordenadas da projeção UTM para o local em estudo foram determinadas a partir da 
Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo, a partir do “Vértice Geodésico da Rede GPS 
do Mato grosso do Sul – MS-17”. 
Foi possível observar uma diferença de 1,227 m para menos entre as altitudes médias 
definidas durante o Projeto Básico e durante a sua revisão, evidenciando a utilização de 
dois Data, o primeiro referente ao vértice MS17 e o segundo, do IBGE referente ao 
RN 1232 D, que serviu como base para os levantamentos posteriores. 
 
 
 
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Folha 
4.2 
 
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Esses transportes resultaram nas coordenadas e altitudes apresentadas no Quadro 4.1. 
QUADRO 4.1 
MARCOS INSTALADOS DURANTE A REVISÃO DO PROJETO BÁSICO 
PONTO ESTE NORTE ALTITUDE 
L 60 357.925,855 m 7.876.601,160 m 457,225 m 
L 70 357.859,968 m 7.876.469,165 m 453,292 m 
Os novos levantamentos foram referidos ao Datum SAD-69 (planimetria) e Marégrafo de 
Imbituba – SC (altimetria), programados segundo a Instrução de Serviço EIZ-IN-G13-001, 
de MAI08. O memorial descritivo de todos os levantamentos topográficos realizados 
(campo e escritório) é apresentado no Anexo A. 
• Levantamentos topobatimétricos 
Os trabalhos de campo compreenderam o levantamento planialtimétrico de 31 ha na área 
das estruturas do barramento, com precisão compatível para representação à escala 
1:1.000 e curvas de nível a cada metro, conforme mostra o Desenho 
EIZ-DB-G13-002. 
Foram também levantadas 6 seções topobatimétricas no rio Indaiá Grande, ao longo do 
futuro reservatório, para a sua caracterização hidráulica com o objetivo de subsidiar os 
estudos de remanso. Os extremos de cada seção foram identificados no campo por meio 
de marcos de concreto. Cada marco implantado foi amparado por outro de salvação, que 
foi enterrado no mesmo alinhamento da seção a um raio máximo de 20 metros. As seções 
são apresentadas nos Desenhos EIZ-DB-G13-003 a 006. 
As investigações geológico-geotécnicas realizadas durante os estudos de Revisão do 
Projeto Básico (29 sondagens) foram locadas e, após sua execução, levantadas para 
confirmar sua posição e cota. 
Com relação ao reservatório, foi realizado o levantamento e demarcação topográfica da 
linha de borda do reservatório em seu futuro N.A. máximo normal, na altitude 457,00 m, 
resultando seu perímetro da ordem de 19 km, conforme representado no Desenho 
EIZ-DB-G13-007. Foi também levantado e demarcado o limite da APP (Área de 
Preservação Permanente), materializada por uma linha paralela à futura linha d’água do 
N.A. máximo normal, a ela eqüidistante 100 metros. 
• Cadastro das benfeitorias 
Finalmente, foi realizado o cadastro das benfeitorias permanentes e renováveis em cada 
propriedade, instalações, construções, estradas, linhas de energia, bem como tipo de 
vegetação e solo, realizado durante o caminhamento para a execução da linha 
representativa do contorno do reservatório. Esse cadastro, associado à área delimitada, 
fornecerá subsídios para a avaliação e negociação das propriedades. 
 
 
 
 
 
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Folha 
4.3 
 
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4.2.2 Dados Complementares Consultados 
• Restituição aerofotogramétrica na área do reservatório da PCH Indaiazinho, em escala 
1:25.000, com curvas de nível de 5 em 5 m, realizada pela SATPLAN 
Aerofotogrametria, entre DEZ2004 e JAN2005 (Desenho EIZ-DB-G13-001). 
• Levantamento topográfico na área de implantação das obras da PCH Indaiazinho e 
edificações existentes, em escala 1:1.000 e curvas de nível a cada metro, realizado 
pela LANFRI Projetos e Agrimensura em SET2004. 
• Imagem de Satélite IKONOS II de 25JUL2008, de região no município de Cassilândia 
– Terra Vision Geotecnologia e Geoinformação. 
4.3 HIDROMETEOROLOGIA 
O rio Indaiá Grande é afluente do rio Sucuriú, formador da bacia do rio Paraná. O rio 
Indaiá Grande nasce próximo à divisa dos Estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, em 
torno da elevação 850,00 m. Tem um percurso total de aproximadamente 170 km de 
extensão, até a sua foz no rio Sucuriú, sendo o seu principal tributário. A área de 
drenagem da bacia do rio Indaiá Grande é de 4.048 km2 e pode ser visualizada no 
Desenho EIZ-DB-G28-801. 
O rio Indaiá Grande apresenta-se encaixado apenas junto às quedas d’água, sendo o 
restante de seu percurso em vales amplos, onde o rio torna-se meandrante. Esse trecho 
de baixa declividade apresenta terraços fluviais que são esporadicamente inundados. 
O regime fluvial do rio Indaiá Grande caracteriza-se pela sua regularização, não 
ocorrendo grandes picos de cheia e, nos períodos de estiagem, o rio permanece com uma 
vazão considerável. 
O Quadro 4.2 apresenta a relação das estações fluviométricas utilizadas nos estudos 
hidrológicos da Revisão do Projeto Básico e os respectivos períodos de observações. 
QUADRO 4.2 
ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS 
DISPONIBILIDADE DE DADOS 
63001000
63001200
63002000
CÓDIGO
PRÓXIMO COSTA RICA
PORTO DE PEDRAS
SÃO JOSÉ DO SUCURIÚ
POSTO
 
 
 
 
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0 
Folha 
4.4 
 
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As condições climáticas de Mato Grosso do Sul se assemelham, em grande parte, às do 
resto da região Centro-Oeste do Brasil, sendo as principais características apresentadas 
nos Desenhos EIZ-DB-G28-802 e 803. 
4.3.1 Série de Vazões Médias Mensais 
A série de vazões médias mensais afluentes ao local do barramento da PCH Indaiazinho 
apresentada no Projeto Básico, com período de dados de JAN/1931 a DEZ/2002, foi 
atualizada até o mês de DEZ/2006, resultando em um acréscimo de 4 anos de dados. 
Os valores médios mensais atualizados afluentes ao local do barramento foram obtidos a 
partir da transferênciados valores registrados no posto Porto das Pedras 
(código 63001200), no rio Sucuriú, pela proporcionalidade direta das respectivas áreas de 
drenagens, mesma metodologia adotada nos estudos de Projeto Básico. 
A partir das informações coletadas no banco de dados Hidroweb da ANA – Agência 
Nacional de Águas foi possível efetuar a atualização da série de vazões no posto Porto 
das Pedras, com dados fornecidos em forma consistida, no período de JAN/2003 a 
JUL/2005. Para o período de AGO/2005 a DEZ/2006, as vazões foram calculadas a partir 
das cotas médias diárias e medições de descarga líquida, fornecidas pela mesma agência 
para o referido posto. 
Com as medições de descarga líquida, foi elaborada a curva-chave para o posto Porto 
das Pedras e, com os valores de cotas médias diárias, foram obtidas as vazões médias 
diárias e, conseqüentemente, os valores médios mensais. A Figura 4.1 apresenta a 
curva-chave obtida, e o Quadro 4.3, a série de vazões médias mensais atualizada para o 
posto Porto das Pedras. 
Q = 0,3218 x h 1,0748
R 2 = 0,9884
0
50
100
150
200
0 50 100 150 200 250 300 350
h (cm)
va
zã
o 
(m
³/s
)
 
FIGURA 4.1 
CURVA-CHAVE NO POSTO PORTO DAS PEDRAS (63001200) 
FONTE: ANA-HIDROWEB 
 
 
 
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QUADRO 4.3 
SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS NO POSTO PORTO DAS PEDRAS 
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1931 89,4 92,7 91,8 78,6 68,3 62,1 56,8 53,3 52,5 58,6 67,4 79,8 70,9 
1932 89,4 92,7 91,8 78,6 68,3 62,1 56,8 53,3 52,5 58,6 67,4 79,8 70,9 
1933 89,4 92,7 91,8 78,6 68,3 62,1 56,8 53,3 51,1 59,0 53,7 72,9 69,1 
1934 89,4 92,7 91,8 78,6 68,3 48,3 46,5 44,8 47,8 47,2 50,0 97,5 66,9 
1935 88,4 117,2 94,1 89,9 78,2 68,6 63,9 59,0 59,2 66,5 63,2 67,5 76,3 
1936 70,3 82,1 114,5 81,8 71,2 63,5 58,9 59,3 59,8 56,3 66,1 104,3 74,0 
1937 118,0 101,8 89,8 83,4 78,8 70,3 63,4 58,9 55,4 73,1 78,9 112,7 82,0 
1938 100,3 113,9 94,7 79,4 74,5 67,9 63,1 61,9 61,3 78,5 73,0 92,0 80,1 
1939 93,4 99,6 77,3 71,4 66,7 60,5 57,8 54,2 52,4 53,0 67,3 94,4 70,7 
1940 110,8 122,3 112,5 88,9 77,1 70,3 64,7 59,8 58,5 61,1 84,4 74,4 82,1 
1941 82,4 68,0 65,9 61,7 51,8 49,5 48,8 43,5 51,5 47,1 72,8 68,9 59,3 
1942 66,2 74,4 87,1 75,8 64,8 56,9 52,5 47,2 48,4 46,4 53,1 73,5 62,2 
1943 93,7 86,1 82,8 69,8 59,5 56,3 50,9 46,1 42,6 58,5 72,5 68,2 65,6 
1944 67,8 77,5 82,4 72,4 59,2 54,1 49,2 44,5 41,7 53,2 66,7 64,3 61,1 
1945 63,3 91,4 86,9 82,5 68,2 61,5 55,6 49,4 43,5 64,1 78,8 87,1 69,4 
1946 88,9 85,2 95,5 79,8 68,7 64,5 61,7 55,6 52,1 56,1 57,8 61,9 69,0 
1947 94,8 103,2 135,7 99,5 83,3 75,7 71,6 68,9 67,9 65,8 74,4 93,3 86,2 
1948 92,4 93,9 97,6 79,9 71,1 65,5 57,7 52,8 47,6 51,3 73,9 75,6 71,6 
1949 81,9 97,8 85,8 70,7 70,7 59,1 53,9 48,7 43,3 50,6 57,4 76,4 66,4 
1950 82,7 94,2 86,1 72,9 62,0 56,6 51,8 46,4 40,9 59,2 80,7 80,6 67,8 
1951 98,4 99,2 94,8 77,7 71,4 65,8 60,8 56,2 50,9 53,2 60,4 64,2 71,1 
1952 75,1 91,2 98,8 76,6 66,4 63,7 57,6 51,3 49,3 62,6 68,9 61,2 68,5 
1953 58,9 65,6 76,5 71,9 56,8 50,8 48,5 43,6 43,2 55,8 62,5 68,1 58,5 
1954 62,9 79,9 59,9 51,8 73,1 62,6 55,9 51,8 50,2 52,4 51,4 62,1 59,5 
1955 87,3 71,4 83,1 71,3 61,6 58,0 52,8 49,9 48,5 49,7 62,4 76,9 64,4 
1956 62,4 68,9 74,1 61,5 68,6 66,6 54,2 55,5 50,2 45,7 61,5 76,3 62,1 
1957 87,4 94,2 89,9 88,9 74,7 66,2 63,0 56,9 58,1 52,0 61,8 73,9 72,3 
1958 83,1 87,4 87,1 81,1 77,8 70,2 68,4 61,1 60,6 63,6 62,4 75,5 73,2 
1959 92,1 77,4 96,8 81,3 68,7 64,3 58,8 57,5 51,2 56,2 66,9 68,9 70,0 
1960 79,3 83,3 79,3 67,6 63,1 59,9 54,7 47,7 42,1 58,9 67,7 83,6 65,6 
1961 94,4 86,1 93,5 79,6 71,4 63,8 58,5 53,4 47,8 51,1 58,5 65,4 68,6 
1962 88,9 92,8 89,4 72,9 66,0 65,5 58,9 55,9 53,7 64,1 79,9 102,0 74,2 
1963 122,5 106,0 85,9 72,1 67,5 63,9 61,3 57,7 56,3 61,6 65,5 52,6 72,7 
1964 102,6 117,5 93,4 69,5 69,6 61,2 64,8 53,5 50,8 64,3 74,6 88,0 75,8 
1965 117,4 122,6 111,7 92,7 83,0 64,8 58,2 54,6 52,1 53,4 94,5 102,3 83,9 
1966 118,2 110,0 88,2 78,1 75,3 60,6 54,0 55,8 58,1 68,0 79,7 83,9 77,5 
1967 91,9 88,2 87,9 78,2 69,6 67,8 62,0 57,1 60,3 57,7 68,2 77,6 72,2 
1968 78,2 82,4 80,1 64,2 61,3 56,9 53,3 55,3 48,9 58,4 63,6 77,2 65,0 
1969 87,8 86,6 82,6 67,8 60,5 60,3 54,7 54,3 49,9 49,6 62,5 64,7 65,1 
1970 73,4 85,8 83,4 68,9 53,1 48,0 47,9 46,5 46,9 60,1 51,8 53,7 60,0 
1971 59,6 58,9 68,2 58,3 48,6 47,1 40,0 38,4 35,8 48,5 48,4 75,4 52,3 
1972 72,4 82,3 77,6 69,5 58,4 52,1 52,5 45,2 45,2 73,4 83,1 79,4 65,9 
1973 95,9 98,8 87,1 92,3 72,9 67,2 63,1 56,8 54,6 63,0 68,3 99,8 76,6 
1974 101,4 85,6 90,8 83,2 69,4 65,8 60,9 57,6 51,7 61,8 57,9 78,8 72,1 
1975 78,0 75,9 68,6 80,5 63,3 56,6 55,6 49,6 44,8 50,5 67,1 71,5 63,5 
1976 79,9 99,6 92,6 80,4 68,5 62,5 57,0 54,2 64,5 67,8 78,8 87,1 74,4 
1977 96,1 81,4 75,2 81,4 65,4 64,6 55,7 51,4 54,7 57,5 70,7 88,4 70,2 
1978 96,3 81,2 75,6 68,6 65,8 65,1 57,7 52,7 53,3 57,9 71,4 77,9 68,6 
1979 81,5 86,6 74,6 66,1 59,7 56,0 54,4 50,0 54,8 54,1 66,9 86,9 66,0 
(Continua...) 
 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.6 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.3 
SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS NO POSTO PORTO DAS PEDRAS 
(...continuação) 
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1980 93,9 105,2 83,0 84,8 68,6 64,2 59,9 55,1 54,2 55,3 70,5 88,8 73,6 
1981 87,1 84,1 82,2 68,6 61,2 59,0 53,4 52,3 47,7 64,7 68,6 79,8 67,4 
1982 101,4 97,8 107,6 85,5 75,8 71,8 67,2 65,0 60,4 71,6 75,2 92,3 81,0 
1983 96,7 103,9 98,4 81,3 64,6 63,3 53,5 51,4 53,9 57,9 71,0 82,9 73,2 
1984 96,8 89,8 83,3 80,9 83,5 60,1 55,1 64,5 65,1 55,9 62,1 84,7 73,5 
1985 117,0 126,0 115,0 86,5 69,4 63,3 59,9 54,6 52,4 55,8 61,1 56,2 76,4 
1986 72,6 83,1 99,8 77,7 67,5 59,7 51,9 56,0 54,0 52,4 56,1 70,3 66,8 
1987 83,7 101,0 109,0 78,3 72,3 57,9 52,0 50,5 48,8 55,2 65,4 81,3 71,3 
1988 92,0 91,8 133,0 115,0 87,6 69,8 60,7 56,5 52,7 54,9 68,6 80,1 80,2 
1989 108,0 121,0 117,0 104,0 77,0 68,7 65,9 63,7 57,8 58,1 76,2 107,0 85,4 
1990 147,0 82,2 71,8 72,7 71,5 60,6 55,9 52,7 56,7 83,6 77,4 102,0 77,8 
1991 102,0 111,0 121,0 78,4 61,6 61,3 52,3 47,0 44,8 57,4 57,0 61,5 71,3 
1992 87,5 86,0 97,4 90,0 76,0 60,0 55,5 53,3 67,3 69,7 76,3 88,1 75,6 
1993 79,3 114,0 96,7 103,0 69,2 70,6 58,4 55,7 59,3 64,9 55,8 73,5 75,0 
1994 103,0 108,0 102,0 86,3 70,8 63,4 59,2 53,1 49,5 53,4 64,6 70,1 73,6 
1995 77,5 80,6 78,4 81,3 68,3 59,1 54,6 49,9 50,7 54,8 56,2 62,3 64,5 
1996 78,3 80,2 99,3 75,3 61,1 53,1 50,2 47,1 55,5 53,6 76,0 80,1 67,5 
1997 92,0 89,4 71,0 70,9 69,1 83,3 58,0 54,2 52,3 56,0 70,1 101,6 72,3 
1998 73,2 107,7 114,1 93,0 67,8 64,4 54,7 57,6 57,7 66,6 64,1 100,0 76,7 
1999 120,2 85,5 104,6 83,7 64,9 59,2 55,4 50,1 51,6 52,7 72,7 69,9 72,5 
2000 80,3 117,4 129,5 80,6 66,5 57,1 56,1 54,9 61,9 63,3 64,6 82,3 76,2 
2001 80,3 89,5 98,2 74,4 66,3 65,3 54,7 50,3 54,0 63,1 76,4 100,3 72,7 
2002 84,0 97,0 78,0 64,8 59,1 54,5 51,8 47,1 48,5 43,9 55,0 72,5 63,0 
2003 89,2 70,7 93,1 111,0 69,0 64,2 55,6 55,9 53,2 63,7 69,5 61,4 71,4 
2004 75,5 81,6 74,0 57,0 72,5 57,0 53,2 51,6 45,7 59,7 67,1 72,8 64,0 
2005 101,0 90,9 74,9 70,9 59,5 57,6 50,5 48,0 49,9 53,9 62,5 68,8 65,7 
2006 62,2 85,2 89,0 90,0 67,2 56,8 56,0 53,8 61,7 65,3 64,3 73,4 68,7 
Mínima 58,9 58,9 59,9 51,8 48,6 47,1 40,0 38,4 35,8 43,9 48,4 52,6 35,8 
Média 88,9 92,2 91,1 78,6 68,1 61,8 56,6 53,2 52,4 58,5 67,1 79,1 70,6 
Máxima 147,0 126,0 135,7 115,0 87,6 83,3 71,6 68,9 67,9 83,6 94,5 112,7 147,0 
Legenda: 84,0 Projeto Básico 
 89,2 ANA consistido 
 62,2 ANA calculado cota bruta 
 
As vazões médias mensais na PCH Indaiazinho foram geradas por meio da relação entre 
as respectivas áreas de drenagem do local do eixo (AD = 2.172 km²) e a da estação 
fluviométrica de referência, Porto das Pedras (AD = 3.870 km²): 
QPCH INDAIAZINHO = ADINDAIAZINHO / ADPORTO DAS PEDRAS x QPORTO DAS PEDRASou 
QPCH INDAIAZINHO = 0,5612 x QPORTO DAS PEDRAS 
 
A série de vazões médias mensais cobrindo o período de JAN/1931 a DEZ/2006 é 
apresentada no Quadro 4.4. 
 
 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.7 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.4 
SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS NA PCH INDAIAZINHO 
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1931 50,16 52,02 51,50 44,11 38,35 34,85 31,87 29,94 29,45 32,87 37,81 44,77 39,81 
1932 50,16 52,02 51,50 44,11 38,35 34,85 31,87 29,94 29,45 32,87 37,81 44,77 39,81 
1933 50,16 52,02 51,50 44,11 38,35 34,85 31,87 29,94 28,69 33,10 30,14 40,89 38,80 
1934 50,16 52,02 51,50 44,11 38,35 27,11 26,08 25,13 26,80 26,51 28,08 54,71 37,55 
1935 49,60 65,79 52,83 50,43 43,87 38,51 35,84 33,10 33,21 37,34 35,47 37,91 42,82 
1936 39,44 46,09 64,28 45,88 39,97 35,62 33,06 33,26 33,56 31,58 37,10 58,55 41,53 
1937 66,23 57,14 50,40 46,81 44,20 39,46 35,57 33,05 31,09 41,05 44,26 63,25 46,04 
1938 56,31 63,93 53,16 44,53 41,81 38,13 35,39 34,76 34,42 44,06 40,99 51,64 44,93 
1939 52,43 55,90 43,41 40,09 37,43 33,93 32,44 30,40 29,43 29,77 37,77 52,96 39,66 
1940 62,19 68,63 63,13 49,89 43,26 39,44 36,31 33,58 32,85 34,31 47,37 41,76 46,06 
1941 46,25 38,18 36,96 34,62 29,08 27,79 27,37 24,41 28,90 26,43 40,85 38,65 33,29 
1942 37,15 41,76 48,91 42,53 36,36 31,93 29,48 26,48 27,17 26,04 29,78 41,23 34,90 
1943 52,59 48,31 46,48 39,20 33,40 31,60 28,54 25,87 23,89 32,82 40,67 38,30 36,80 
1944 38,05 43,48 46,26 40,61 33,23 30,36 27,62 24,98 23,40 29,86 37,41 36,11 34,28 
1945 35,51 51,29 48,75 46,31 38,30 34,52 31,19 27,73 24,41 36,00 44,24 48,91 38,93 
1946 49,92 47,80 53,58 44,78 38,57 36,19 34,63 31,22 29,23 31,49 32,42 34,72 38,71 
1947 53,19 57,93 76,13 55,83 46,75 42,49 40,17 38,68 38,11 36,95 41,74 52,37 48,36 
1948 51,85 52,72 54,77 44,82 39,90 36,74 32,41 29,61 26,70 28,77 41,49 42,43 40,18 
1949 45,98 54,89 48,15 39,69 39,69 33,16 30,23 27,32 24,28 28,40 32,23 42,90 37,24 
1950 46,39 52,84 48,31 40,93 34,80 31,79 29,08 26,04 22,93 33,23 45,28 45,21 38,07 
1951 55,23 55,69 53,22 43,63 40,10 36,91 34,15 31,53 28,54 29,86 33,92 36,05 39,90 
1952 42,14 51,16 55,46 43,00 37,26 35,74 32,30 28,77 27,67 35,16 38,69 34,33 38,47 
1953 33,06 36,83 42,96 40,36 31,90 28,49 27,22 24,48 24,22 31,30 35,07 38,20 32,84 
1954 35,27 44,84 33,60 29,08 41,02 35,16 31,35 29,05 28,15 29,40 28,87 34,84 33,39 
1955 49,01 40,08 46,62 39,99 34,58 32,56 29,66 28,02 27,21 27,91 35,04 43,17 36,15 
1956 35,04 38,65 41,57 34,49 38,47 37,38 30,44 31,15 28,16 25,64 34,49 42,82 34,86 
1957 49,05 52,84 50,48 49,92 41,94 37,15 35,36 31,93 32,61 29,17 34,70 41,46 40,55 
1958 46,66 49,05 48,91 45,53 43,69 39,41 38,38 34,30 33,98 35,71 35,00 42,38 41,08 
1959 51,69 43,42 54,30 45,60 38,55 36,11 33,00 32,26 28,72 31,53 37,54 38,69 39,28 
1960 44,48 46,74 44,50 37,95 35,39 33,63 30,72 26,75 23,61 33,03 37,97 46,93 36,81 
1961 52,97 48,31 52,46 44,66 40,05 35,83 32,82 29,95 26,80 28,67 32,86 36,72 38,51 
1962 49,92 52,08 50,20 40,89 37,01 36,74 33,03 31,38 30,16 35,97 44,85 57,23 41,62 
1963 68,72 59,48 48,18 40,47 37,88 35,88 34,40 32,36 31,59 34,56 36,73 29,53 40,82 
1964 57,61 65,95 52,44 39,01 39,08 34,35 36,37 30,01 28,53 36,07 41,86 49,41 42,56 
1965 65,87 68,79 62,71 52,00 46,58 36,35 32,64 30,62 29,24 29,99 53,02 57,40 47,10 
1966 66,36 61,75 49,49 43,83 42,24 34,02 30,32 31,30 32,61 38,18 44,75 47,08 43,49 
1967 51,56 49,49 49,34 43,89 39,06 38,02 34,80 32,05 33,85 32,37 38,25 43,55 40,52 
1968 43,91 46,23 44,96 36,05 34,43 31,93 29,90 31,03 27,42 32,75 35,68 43,34 36,47 
1969 49,29 48,62 46,35 38,04 33,96 33,84 30,69 30,50 27,98 27,82 35,07 36,31 36,54 
1970 41,21 48,15 46,78 38,69 29,82 26,91 26,86 26,10 26,32 33,72 29,08 30,11 33,65 
1971 33,46 33,03 38,25 32,72 27,27 26,43 22,46 21,56 20,09 27,22 27,17 42,33 29,33 
1972 40,61 46,20 43,55 39,01 32,79 29,21 29,48 25,35 25,35 41,21 46,62 44,57 36,99 
1973 53,82 55,46 48,91 51,82 40,89 37,70 35,39 31,90 30,64 35,35 38,32 56,01 43,02 
1974 56,90 48,03 50,93 46,71 38,93 36,91 34,17 32,30 29,04 34,67 32,51 44,22 40,44 
1975 43,78 42,60 38,52 45,15 35,54 31,75 31,23 27,82 25,17 28,35 37,64 40,14 35,64 
1976 44,84 55,91 51,95 45,10 38,42 35,09 32,01 30,40 36,22 38,07 44,24 48,91 41,76 
1977 53,95 45,69 42,21 45,66 36,72 36,25 31,27 28,86 30,72 32,26 39,69 49,63 39,41 
1978 54,06 45,58 42,43 38,50 36,94 36,53 32,37 29,57 29,90 32,51 40,07 43,70 38,51 
1979 45,72 48,61 41,88 37,12 33,49 31,42 30,52 28,06 30,76 30,36 37,54 48,75 37,02 
 (Continua...) 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.8 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.4 
SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS NA PCH INDAIAZINHO 
(...continuação) 
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1980 52,72 59,05 46,59 47,58 38,52 36,05 33,63 30,92 30,40 31,03 39,55 49,84 41,32 
1981 48,91 47,17 46,13 38,47 34,36 33,13 29,99 29,35 26,75 36,33 38,50 44,78 37,82 
1982 56,89 54,89 60,40 48,00 42,55 40,30 37,70 36,48 33,89 40,16 42,21 51,82 45,44 
1983 54,25 58,31 55,22 45,65 36,23 35,52 30,02 28,85 30,23 32,50 39,83 46,55 41,10 
1984 54,33 50,40 46,75 45,40 46,86 33,73 30,92 36,20 36,54 31,37 34,85 47,54 41,24 
1985 65,67 70,72 64,54 48,55 38,95 35,53 33,62 30,64 29,41 31,32 34,29 31,54 42,90 
1986 40,75 46,64 56,01 43,61 37,88 33,51 29,13 31,43 30,31 29,41 31,49 39,46 37,47 
1987 46,98 56,69 61,18 43,95 40,58 32,50 29,18 28,34 27,39 30,98 36,71 45,63 40,01 
1988 51,63 51,52 74,64 64,54 49,16 39,17 34,07 31,71 29,58 30,81 38,50 44,96 45,03 
1989 60,61 67,91 65,67 58,37 43,22 38,56 36,99 35,75 32,44 32,61 42,77 60,05 47,91 
1990 82,50 46,13 40,30 40,80 40,13 34,01 31,37 29,58 31,82 46,92 43,44 57,25 43,69 
1991 57,25 62,30 67,91 44,00 34,57 34,40 29,35 26,38 25,14 32,22 31,99 34,52 40,00 
1992 49,13 48,27 54,66 50,51 42,65 33,67 31,15 29,91 37,77 39,12 42,82 49,45 42,43 
1993 44,51 63,98 54,27 57,81 38,84 39,62 32,78 31,26 33,28 36,42 31,32 41,25 42,11 
1994 57,81 60,61 57,25 48,44 39,74 35,58 33,23 29,80 27,78 29,97 36,26 39,34 41,32 
1995 43,50 45,24 44,00 45,63 38,33 33,17 30,64 28,01 28,45 30,76 31,54 34,97 36,19 
1996 43,95 45,01 55,73 42,26 34,29 29,80 28,17 26,43 31,15 30,08 42,65 44,93 37,87 
1997 51,62 50,19 39,85 39,76 38,76 46,76 32,55 30,41 29,37 31,44 39,33 57,03 40,59 
1998 41,11 60,42 64,06 52,17 38,04 36,13 30,70 32,30 32,36 37,40 35,98 56,10 43,06 
1999 67,48 48,00 58,73 46,97 36,40 33,23 31,10 28,11 28,95 29,57 40,81 39,23 40,71 
2000 45,08 65,88 72,70 45,26 37,34 32,05 31,50 30,78 34,76 35,52 36,24 46,18 42,78 
2001 45,07 50,25 55,10 41,75 37,21 36,64 30,69 28,25 30,33 35,40 42,85 56,28 40,82 
2002 47,16 54,45 43,78 36,37 33,17 30,56 29,06 26,45 27,24 24,64 30,84 40,71 35,37 
2003 50,06 39,68 52,25 62,30 38,73 36,03 31,20 31,37 29,86 35,75 39,01 34,46 40,06 
2004 42,37 45,80 41,53 31,99 40,69 31,99 29,86 28,96 25,65 33,51 37,66 40,86 35,91 
2005 56,69 51,02 42,04 39,79 33,39 32,33 28,34 26,97 28,02 30,24 35,10 38,60 36,88 
2006 34,89 47,81 49,93 50,52 37,71 31,91 31,41 30,18 34,61 36,66 36,08 41,19 38,57 
Mínima 33,06 33,03 33,60 29,08 27,27 26,43 22,46 21,56 20,09 24,64 27,17 29,53 20,09 
Média 49,90 51,74 51,13 44,11 38,24 34,70 31,75 29,86 29,43 32,82 37,67 44,40 39,65 
Máxima 82,50 70,72 76,13 64,54 49,16 46,76 40,17 38,68 38,11 46,92 53,02 63,25 82,50 
 Legenda: 84,0 Projeto Básico 
 89,2 Atualização 
 
Considerando a série atualizada com vazões médias mensais para a PCH Indaiazinho, 
definiu-se a curva de permanência de vazões, resultando nos valores constantes no 
Quadro 4.5. A curva é apresentada no Desenho EIZ-DB-G28-804. 
 
 
 
 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.9 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.5 
PERMANÊNCIA DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS 
% DO TEMPO VAZÃO (m3/s) 
0 82,5 
5 57,8 
10 53,0 
20 48,0 
3044,0 
40 40,2 
50 37,7 
60 35,2 
70 32,9 
80 31,0 
90 28,9 
95 27,2 
100 20,1 
4.3.2 Vazões Extremas 
Os estudos de vazões máximas para a determinação das cheias de projeto foram 
realizados a partir da análise dos parâmetros estatísticos das séries de vazões máximas 
diárias observadas nas estações fluviométricas disponíveis na bacia do rio Sucuriú. 
Das estações existentes na bacia do rio Sucuriú, foram consideradas as estações 
operadas pela ANA, conforme relação apresentada no Quadro 4.6. 
QUADRO 4.6 
ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS CONSIDERADAS NOS ESTUDOS 
CÓDIGO ANA NOME DA ESTAÇÃO RIO ÁREA DE DRENAGEM(km2) 
63001000 Próximo Costa Rica Sucuriú 1.280 
63001200 Porto das Pedras Sucuriú 3.870 
63002000 São José do Sucuriú Sucuriú 18.090 
As estações Próximo Costa Rica e Porto das Pedras foram efetivamente utilizadas na 
obtenção das vazões máximas por meio de metodologia de regionalização para a PCH 
Indaiazinho, devido ao fato de que a área de drenagem do aproveitamento encontra-se 
em um valor intermediário dessas duas estações. A estação São José do Sucuriú foi 
utilizada para preenchimento eventual de falhas nas estações. 
O Desenho EIZ-DB-G28-805 apresenta a localização dos postos utilizados para os 
estudos de vazões extremas. 
4.3.2.1 Vazões Máximas Período Completo 
Para cada estação foram pesquisadas as vazões máximas anuais, identificadas em cada 
ano hidrológico da série de dados, compreendendo o período de OUT a SET. 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.10 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
Com o objetivo de homogeneizar as séries, as falhas em cada estação foram preenchidas 
por meio de equações de correlação. As séries de máximos homogeneizadas para o 
período comum são apresentadas no Quadro 4.7 juntamente com as equações utilizadas 
para o preenchimento das falhas. 
QUADRO 4.7 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS NOS POSTOS 
PERÍODO COMPLETO – ANO HIDROLÓGICO OUT-SET 
PRÓXIMO COSTA 
RICA (PCR) 
PORTO DAS PEDRAS 
(PDP) 
SÃO JOSÉ DO 
SUCURIÚ (SJS) ANO HIDROLÓGICO 
AD = 1.280 km² AD = 3.870 km2 AD = 18.090 km2 
1983 1984 64,0 126,4 493,0 
1984 1985 104,0 211,0 734,0 
1985 1986 60,4 111,0 563,0 
1986 1987 74,9 149,0 722,0 
1987 1988 133,0 172,0 778,0 
1988 1989 85,3 165,0 598,0 
1989 1990 96,0 183,2 638,0 
1990 1991 98,3 187,3 722,1 
1991 1992 73,9 142,2 602,0 
1992 1993 80,8 145,0 595,0 
1993 1994 72,7 138,0 696,0 
1994 1995 52,1 110,0 805,0 
1995 1996 101,0 147,0 626,0 
1996 1997 86,1 160,0 717,0 
1997 1998 69,0 180,0 650,0 
1998 1999 92,2 180,0 796,0 
1999 2000 122,7 243,0 726,0 
2000 2001 68,5 131,0 507,0 
2001 2002 107,7 212,0 1.023,0 
2002 2003 91,2 178,0 583,0 
2003 2004 54,5 102,0 475,0 
2004 2005 80,6 156,0 696,0 
2005 2006 60,4 114,3 630,0 
2006 2007 61,7 116,9 793,9 
 Equações de Correlação 126 PDP = 1,7767 x PCR +12,666 
 74 PCR = 0,4836 x PDP + 5,1593 
 142 PDP = 0,1501 x SJS + 51,83 
 722 SJS = 1,4557 x PDP + 449,44 
As séries amostrais obtidas foram ajustadas às distribuições estatísticas Gumbel, 
Log-Normal II, Log-Pearson III e Exponencial. Tendo em vista a reduzida extensão da 
série observada de vazões, optou-se pela adoção da distribuição Exponencial, que 
conduz a resultados mais conservadores, para os quantis com tempo de recorrência 
superiores de 500 anos. Os Quadros 4.8 e 4.9 apresentam os quantis de vazões máximas 
resultantes do ajuste das distribuições estatísticas para as estações Próximo Costa Rica e 
Porto das Pedras, respectivamente. 
 
 
 
Número do Fornecedor 
EIZ-RE-G00-001 
Revisão 
0 
Folha 
4.11 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.8 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS EM PRÓXIMO COSTA RICA – PERÍODO COMPLETO 
DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA TR 
(ANOS) GUMBEL LOGNORMAL LOGPEARSON EXPONENCIAL 
2 79,8 80,5 80,0 76,5 
5 101,9 99,4 99,2 95,9 
10 116,5 111,0 111,4 110,5 
25 134,9 124,9 126,3 129,9 
50 148,6 134,7 137,1 144,6 
100 162,2 144,3 147,8 159,2 
500 193,6 165,7 172,5 193,3 
1.000 207,1 174,7 183,2 207,9 
10.000 252,0 204,5 219,8 256,6 
QUADRO 4.9 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS EM PORTO DAS PEDRAS – PERÍODO COMPLETO 
DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA TR 
(ANOS) GUMBEL LOGNORMAL LOGPEARSON EXPONENCIAL
2 151,3 152,8 152,6 145,6 
5 188,9 185,3 185,2 178,7 
10 213,9 205,0 205,2 203,7 
25 245,4 228,3 228,9 236,8 
50 268,8 244,7 245,7 261,9 
100 292,0 260,5 261,9 286,9 
500 345,7 295,7 298,3 345,1 
1.000 368,8 310,4 313,7 370,1 
10.000 445,4 358,6 364,2 453,3 
Os quantis de vazões máximas para o local da PCH Indaiazinho foram obtidos pela 
interpolação dos valores obtidos da distribuição Exponencial para as duas estações. 
O Quadro 4.10 relaciona os quantis de vazões de cheias estimados para o local da PCH 
Indaiazinho. Apresentam-se também as estimativas das vazões instantâneas, calculadas 
pela fórmula de Füller: 
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ +⋅= 3,0maxp A
66,21QQ 
onde Qp é a vazão de pico, Qmax, o quantil de máximo anual de vazão média diária e A, a 
área de drenagem (km2). Considerando-se a área de drenagem do local do eixo de 
Indaiazinho igual a 2.172 km2, resulta para o coeficiente de Füller o valor igual a 1,27. 
 
 
 
 
 
 
 
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Folha 
4.12 
 
David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
QUADRO 4.10 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS NA PCH INDAIAZINHO 
PERÍODO COMPLETO 
TR 
(ANOS) 
VAZÕES MÁXIMAS 
MÉDIAS 
(m3/s) 
VAZÕES MÁXIMAS 
INSTANTÂNEAS 
(m3/s) 
2 100 127 
5 124 157 
10 143 180 
25 167 211 
50 185 234 
100 203 257 
500 246 311 
1.000 264 334 
10.000 324 410 
4.3.2.2 Vazões Máximas Período Seco 
A metodologia para a obtenção dos máximos anuais para o período seco foi a mesma 
utilizada para o período completo, considerando os máximos anuais para os meses de 
MAI a OUT. O Quadro 4.11 apresenta as séries de máximos homogeneizadas para o 
período seco juntamente com as equações utilizadas para o preenchimento das falhas. 
QUADRO 4.11 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS NOS POSTOS 
PERÍODO SECO – ANO HIDROLÓGICO MAI-OUT 
PRÓXIMO COSTA 
RICA (PCR) 
PORTO DAS PEDRAS 
(PDP) 
SÃO JOSÉ DO 
SUCURIÚ (SJS) ANO 
AD = 1.280 km2 AD = 3.870 km2 AD = 18.090 km2 
1983 29,2 74,4 374,0 
1984 54,8 105,0 475,0 
1985 28,6 76,5 384,0 
1986 38,1 77,5 487,0 
1987 40,2 86,1 318,0 
1988 59,7 106,0 497,0 
1989 41,7 91,8 407,0 
1990 98,3 145,1 327,0 
1991 29,8 74,3 583,0 
1992 37,5 78,0 393,0 
1993 46,6 84,1 390,0 
1994 38,9 84,1 404,0 
1995 31,0 79,5 374,0 
1996 32,8 74,5 430,0 
1997 59,7 130,0 511,0 
1998 36,9 90,3 514,0 
(continua...) 
 
 
 
 
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QUADRO 4.11 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS NOS POSTOS 
PERÍODO SECO – ANO HIDROLÓGICO MAI-OUT 
 (...continuação) 
PRÓXIMO COSTA 
RICA (PCR) 
PORTO DAS PEDRAS 
(PDP) 
SÃO JOSÉ DO 
SUCURIÚ (SJS) ANO 
AD = 1.280 km2 AD = 3.870 km2 AD = 18.090 km2 
1999 28,6 71,1 312,0 
2000 38,9 84,1 426,0 
2001 46,7 94,0 400,0 
2002 39,7 85,1 454,0 
2003 41,7 87,7 413,0 
2004 46,2 93,4 407,0 
2005 32,5 76,0 374,0 
2006 43,5 90,0 384,9 
2007 42,3 88,5 448,0 
 Equações de Correlação 38,9 PCR = 0,7876 PDP - 27,374 
 74,4 PDP = 1,0228 PCR + 44,58 
 88,5 PDP = 0,0998 SJS + 43,777 
Os ajustes das séries dos postos utilizados às distribuições estatísticas constam nos 
Quadros 4.12 e 4.13. O Quadro 4.14 relaciona os quantis de vazões de cheias médias e 
instantâneas estimados para o período seco para o local da PCH Indaiazinho, a partir da 
distribuição Gumbel, por ser mais conservadora. 
QUADRO 4.12 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS EM PRÓXIMO COSTA RICA 
PERÍODOSECO 
DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA TR 
(ANOS) GUMBEL LOGNORMAL LOGPEARSON EXPONENCIAL
2 38,9 39,3 38,9 37,5 
5 48,2 47,1 47,0 45,7 
10 54,4 51,8 52,1 51,9 
25 62,2 57,3 58,5 60,0 
50 68,0 61,2 63,2 66,2 
100 73,7 64,9 67,8 72,4 
 
QUADRO 4.13 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS EM PORTO DAS PEDRAS 
PERÍODO SECO 
DISTRIBUIÇÃO ESTATÍSTICA TR 
(ANOS) GUMBEL LOGNORMAL LOGPEARSON EXPONENCIAL
2 86,0 88,3 84,9 83,2 
5 104,5 102,0 99,3 99,5 
10 116,8 110,0 110,7 111,8 
25 132,2 119,1 127,3 128,0 
50 143,7 125,5 141,2 140,3 
100 155,1 131,5 156,6 152,6 
 
 
 
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QUADRO 4.14 
VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS NA PCH INDAIAZINHO 
PERÍODO SECO 
TR 
(ANOS) 
VAZÕES MÁXIMAS 
MÉDIAS 
(m3/s) 
VAZÕES MÁXIMAS 
INSTANTÂNEAS 
(m3/s) 
2 53 67 
5 64 81 
10 72 92 
25 83 105 
50 92 116 
100 100 126 
4.3.2.3 Vazões Extremas Mínimas 
Devido às restrições ambientais impostas à operação dos aproveitamentos hidrelétricos, 
relacionadas à manutenção de vazões defluentes mínimas a jusante, torna-se importante 
caracterizar o regime de estiagem no trecho fluvial de interesse. 
A principal variável de referência para a caracterização das vazões mínimas de um rio é 
dada pela vazão Q7,10 – mínima com 7 dias de duração e 10 anos de período de retorno. 
Para o cálculo dessa vazão, foi utilizada a série de vazões médias diárias observadas na 
estação de Porto das Pedras, no período de 1984 a 2006, a partir da qual foram 
determinadas às séries de vazões médias de 7 dias de duração e selecionados os valores 
mínimos anuais. 
No processo de cálculo, os pontos amostrais foram arranjados em ordem crescente, para 
a elaboração de uma análise de freqüência amostral. As probabilidades amostrais foram 
calculadas pela posição de plotagem de Weibull, dada por: 
( )
1+n
ixX P i =≤ 
onde P(X ≤ xi) representa a probabilidade amostral de ocorrerem valores menores ou 
iguais à vazão mínima histórica de ordem i, sendo n o comprimento total da amostra. 
Por definição, o período de retorno amostral é calculado pelo inverso da posição de 
plotagem. 
Aos pontos amostrais foi ajustada a Distribuição de Valores Extremos Tipo III, conforme 
mostrado no Desenho EIZ-DB-G28-805. Os quantis de vazões mínimas, obtidos por esse 
processo de ajuste, foram transferidos para o local da PCH Indaiazinho, pela 
proporcionalidade entre as respectivas áreas de drenagem, e estão listados no 
Quadro 4.15. 
Assim, pode ser estimada em 25,6 m³/s, a vazão mínima Q7,10 no rio Indaiá Grande, no 
local da PCH Indaiazinho. 
 
 
 
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QUADRO 4.15 
QUANTIS DE VAZÃO MÍNIMA COM 7 DIAS DE DURAÇÃO 
PCH INDAIAZINHO 
TEMPO DE RETORNO 
(ANOS) 2 5 10 25 50 
Q7 (m3/s) 26,8 26,0 25,6 25,3 25,1 
4.3.3 Curvas-Chave 
4.3.3.1 Curva-Chave na Região do Barramento 
Com base nos levantamentos topobatimétricos na área do barramento, bem como a partir 
da caracterização da seção estabelecida no eixo do barramento, foi definida a 
curva-chave utilizando a equação de escoamento em canais livres, com a rugosidade 
calibrada sobre os pontos medidos topograficamente. A curva resultante é apresentada 
no Quadro 4.16 e na Figura 4.2. 
QUADRO 4.16 
CURVA-CHAVE NA REGIÃO DO BARRAMENTO – N.A. (m) x VAZÃO (m³/s) 
EL.(m) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 
443 0,0 
444 4,8 13,0 21,2 29,4 37,6 45,8 60,8 75,7 90,6 105,5 
445 120,5 154,7 188,9 223,2 257,4 291,7 339,0 386,4 433,8 
443,50
444,00
444,50
445,00
445,50
446,00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Q (m³/s)
N
.A
. (
m
)
 
FIGURA 4.2 
CURVA-CHAVE NA ÁREA DO BARRAMENTO 
O Desenho EIZ-DB-G28-808 apresenta a curva-chave na região do barramento de 
Indaiazinho. 
 
 
 
 
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David Prado Pulino - CREA n° SP-65658/D 
4.3.3.2 Curva-Chave na Região do Canal de Fuga 
Para a determinação da curva-chave no local do canal de fuga de Indaiazinho, utilizou-se 
a curva-chave definida no Projeto Básico e os levantamentos hidrométricos (medições de 
vazão e leituras de régua) realizados no local, especificados na Instrução de Serviço 
EIG-IN-G28-801 de AGO2008, para a sua calibragem. 
Os levantamentos hidrométricos realizados pela empresa Construserv são apresentados 
no Anexo B deste relatório. O Quadro 4.17 resume esses levantamentos. 
QUADRO 4.17 
MEDIÇÕES HIDROMÉTRICAS NA ÁREA DO CANAL DE FUGA 
DATA VAZÃO (m³/s) 
VEL. MÉD. 
(m/s) 
ÁREA 
(m²) 
LARGURA 
(m) 
PROF. MÉD 
(m) 
COTA 
(cm) 
18/08/2008 28,70 0,81 35,25 25,70 1,37 253 
30/09/2008 31,16 0,78 39,75 26,50 1,50 252 
07/11/2008 38,80 0,84 46,44 27,00 1,72 281 
03/12/2008 36,60 0,90 40,74 26,50 1,54 256 
Zero da régua: 425,38 m 
A curva-chave estabelecida é apresentada no Quadro 4.18 e na Figura 4.3. 
QUADRO 4.18 
CURVA-CHAVE NA ÁREA DO CANAL DE FUGA – N.A. (m) X VAZÃO (m³/s) 
EL.(m) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 
426 0,00 0,03 0,17 0,46 0,95 1,67 
427 2,7 3,9 5,5 7,5 9,8 12,6 15,7 19,3 23,4 28,0 
428 33,1 38,8 45,0 51,7 59,1 67,1 75,7 85,0 94,9 105,6 
429 116,9 129,0 141,8 155,4 169,7 184,9 200,8 217,6 235,2 253,6 
430 273,0 293,2 314,3 336,3 359,3 383,2 408,1 433,9 
426,00
426,50
427,00
427,50
428,00
428,50
429,00
429,50
430,00
430,50
431,00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Vazão (m³/s)
N
.A
. (
m
)
 
FIGURA 4.3 
CURVA-CHAVE NA ÁREA DO CANAL DE FUGA 
 
 
 
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4.17 
 
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O Desenho EIZ-DB-G28-808 apresenta a curva-chave na região do canal de fuga de 
Indaiazinho. 
4.3.4 Estudos de Enchimento 
Para a realização dos estudos de enchimento do reservatório da PCH Indaiazinho, foram 
utilizados os seguintes dados: 
• Série de descargas médias mensais afluentes (1931-2006); 
• Curvas cota x área x volume do reservatório de Indaiazinho (EIZ-DB-28-806), que no 
N.A. máximo normal (cota 457,00 m) possui volume total de 21,81 x 106 m³; 
• Vazão remanescente a ser mantida para jusante durante o enchimento, igual a 
16,1 m3/s, estabelecida como 80 % da vazão mínima média mensal (20,1 m³/s). 
Foram definidas as vazões para diversas permanências de vazões afluentes ao 
reservatório mês a mês, conforme apresentado no Quadro 4.19. 
Com base nas permanências de vazões foi possível estimar os tempos de enchimento 
associados a diferentes níveis de garantia, considerando o alcance ao N.A. máximo 
normal em cada mês, conforme apresentado no Quadro 4.20. 
O Desenho EIZ-DB-G28-806 apresenta as curvas de enchimento do reservatório para o 
mês de novembro (enchimento previsto) e para as condições média, favorável e 
desfavorável, correspondentes respectivamente, a 10, 50 e 90% de permanência 
inferiores. 
QUADRO 4.19 
PCH INDAIAZINHO – PERMANÊNCIA DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS 
VAZÃO MÉDIA MENSAL (m³/s) PERMANÊNCIA 
(%) 
 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
5 66,3 66,4 66,2 56,3 44,8 39,5 36,5 35,0 35,1 40,4 45,0 57,3 
10 61,4 64,0 63,6 51,2 43,2 38,9 35,5 33,2 33,9 37,7 44,2 56,2 
20 56,3 58,3 55,7 48,0 40,9 36,9 34,1 31,9 32,6 36,0 41,9 49,8 
30 53,1 55,2 53,9 45,7 39,8 36,2 32,9 31,3 30,7 34,9 40,0 47,3 
40 51,6 52,0 51,9 45,1 38,8 35,7 32,3 30,6 29,9 33,0 38,5 44,9 
50 49,9 50,7 50,3 44,1 38,3 34,8 31,4 29,9 29,3 32,4 37,7 43,4 
60 47,2 48,3 48,8 43,0 37,9 33,9 30,9 29,6 28,5 31,4 36,3 41,8 
70 45,1 47,5 46,5 40,5 36,8 33,2 30,4 28,3 27,7 30,3 35,1 40,4 
80 43,5 45,8 43,8 39,2 34,6 31,9 29,5 27,3 26,8 29,6 33,9 38,3 
90 38,7 43,0 41,7 37,5 33,4 30,5

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