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diferenças entre o controle difuso e o controle concentrado de constitucionalidade

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Quais as diferenças entre o controle difuso e o controle concentrado de constitucionalidade. Responda indicando de forma precisa a titularidade do exercício de cada um desses direitos, legitimação ativa, objetos passíveis de controle, ações ou mecanismos aptos ao exercício do controle e efeitos da decisão.
O sistema de controle de constitucionalidade brasileiro pode ser realizado de duas maneiras, de forma preventiva, quando e realizado antes da lei ou ato normativo entrar em vigor, e de forma repressiva, realizada quando a norma já vigora no ordenamento jurídico. A forma repressiva e composta por dois sistemas de controle, o controle difuso e o controle concentrado, ambos consideravelmente distintos entre si.
No controle difuso também conhecido como vias de defesa, qualquer juiz ou tribunal e competente para julgar desde que esteja no âmbito de suas atribuições, a decisão atinge apenas as partes do processo e o efeito em regra e Ex tunc, ou seja tem caráter retroativo, aplicando se desde o início do processo a que lhe deu causa. Possui legitimidade para propor esse tipo de ação qualquer pessoa que disponha de legitimo interesse, como disposto no código de processo civil. Segundo Gilmar Mendes, em seu texto Controle da Constitucionalidade no Brasil. “Ao contrário de outros modelos de direito comparado, o sistema brasileiro não reserva a um único tipo de ação ou de recurso a função primordial de proteção a direitos fundamentais, estando a cargo desse mister, principalmente, as ações constitucionais do habeas corpus, o habeas data, o mandato de segurança, o mandato de injunção, a ação civil pública, e a ação popular. ”
O habeas corpus, tem em seu cerne a proteção da liberdade de locomoção do indivíduo, contra qualquer medida restritiva advinda do poder público, atingindo qualquer medida de autoridade que possa gerar constrangimento para a liberdade de ir e vir; O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pertencentes a pessoa do requerente, registrados em bancos de dados de entidades governamentais ou registros públicos e para permitir a retificação de dados; O mandato de segurança, possui uma utilização ampla e abrangente e aplica-se quando não há possibilidade de amparo por habeas corpus ou habeas data, destina-se a proteção de direitos tanto do individual, quanto do coletivo, porem este atua no direito líquido e certo que venha sofrer por uma ação ou omissão de autoridade pública; O mandato de injunção tem por objeto o não cumprimento do dever constitucional de legislar, que venha inviabilizar o exercício de direitos relacionados a liberdade, a soberania, a cidadania, e a outros direitos assegurados constitucionalmente; A ação popular e um instrumento de defesa de interesse público e tem como objetivo a anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que há participação do Estado, como por exemplo o patrimônio histórico cultural e o meio ambiente; já a ação civil pública, e destinada a defesa do interesses difusos e coletivos relativos ao patrimônio publico, com atuação especial no direito do consumidor.
No controle concentrado, abstrato ou vias de ação, a competência e exclusiva do STF e tem por objetivo a obtenção de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, possui eficácia erga omnes, ou seja, vale para todos e seu efeito e Ex tunc, tem caráter retroativo. Possui legitimidade para propor ação de inconstitucionalidade todos aqueles abarcados pelo art.103 da Constituição, ou seja, o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Governador de Estado ou do Distrito Federal, o Procurador Geral da República, Conselho Federal da OAB, partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Os mecanismos aptos ao exercício do controle abstrato são as Ações Diretas de inconstitucionalidade (ADI), esse instrumento utiliza exclusivamente a própria Constituição como parâmetro de controle, para declarar inconstitucional as leis e/ou atos normativos Federais e Estaduais, Leis do Distrito Federal em âmbito estadual editadas a partir da Constituição Federal de 1988, que se mostrarem incompatíveis com o sistema, importante observar que normas anteriores a CF/88 não admitem ação direta de inconstitucionalidade, as decisões proferidas em ADI possuem eficácia ex tunc, erga omnes e efeito vinculante para todo pode judiciário e administrativo, sendo que não abrangem o poder legislativo; Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), e utilizada para declarar a constitucionalidade de Leis Federais quando há controvérsia ou dúvida relevante quanto a legitimidade da norma, afastando assim a insegurança jurídica, como na ADI, a ADC utiliza-se exclusivamente da Constituição vigente, e seus efeitos também são os mesmos, Ex tunc, erga omnes e vinculante; Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e utilizado para aferir inconstitucionalidade por omissão total ou parcial dos órgãos competentes na efetivação de uma norma constitucional, nesse caso a norma possui eficácia limitada, seja por falta de regulamentação ou porque o legislador ou autoridade competente não agiu, podendo ser órgãos federais ou estaduais, com atividades administrativas ou legislativas, desde que possam afetar de alguma maneira a efetividade das normas constitucionais; por último e não menos importante a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), seu objeto são leis municipais e normas pré constitucionais, tem caráter subsidiário e só e utilizada quando não couber ADI ou ADC, Tem como objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder público e quando houver relevante fundamento de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativos nas esferas federais, estaduais e municipais.

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