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Economia - 04 - O Modelo IS-LM

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Curso Intensivo Regular 
 
 
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MATERIAL 04 
 
ECONOMIA 
PROF. CARLOS RAMOS 
 
 1 
Economia – Módulo 04 
 
IV – O Modelo IS-LM - O equilíbrio simultâneo nos mercados de 
bens e serviços e de moeda 
 
O modelo IS-LM trata do equilíbrio do produto, incorporando os movimentos do 
mercado monetário. Trata-se de considerar os impactos causados pela variação da 
taxa de juros na economia. O pressuposto básico desse modelo é a existência de 
dois mercados distintos: 
• O mercado de bens e serviços, correspondente ao “lado real” da 
economia, no qual o equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada 
ocorre a partir da igualdade entre o investimento planejado pelas empresas e 
a poupança planejada pelos indivíduos, ou: 
Sp = Ip 
Considerando Sp = Poupança planejada e Ip = investimento planejado. Havendo 
essa coincidência de planos, ocorrerá o equilíbrio macroeconômico levando à 
igualdade: 
Y = DA 
• O outro mercado é o mercado de moeda, onde o equilíbrio se dá pela 
igualdade entre a demanda e a oferta de moeda, ou: 
M = L 
Considerando M = Oferta de Moeda e L = Demanda por moeda. 
Atenção: Não confundir esse “M”, que corresponde à Oferta Monetária, com o “M” 
relativo às importações de mercadorias. Normalmente se utiliza a mesma letra para 
essas duas variáveis. Por isso, observe sempre o contexto em que a notação está 
sendo usada para saber do que se trata (se importações ou oferta de moeda). 
O modelo IS-LM parte do princípio de que existem várias combinações possíveis de 
Renda (Y) e taxa de juros (i) que equilibram o mercado de bens de serviços. Além 
disso, existem várias outras combinações de Renda (Y) e taxa de juros (i) que 
equilibram o mercado monetário. Mas, existe somente uma combinação de Y e i 
que equilibra simultaneamente os dois mercados, correspondente ao chamado 
Equilíbrio Geral. 
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ECONOMIA 
PROF. CARLOS RAMOS 
 
 2 
O modelo ainda se preocupa em descrever os meios pelos quais a política fiscal 
e a política monetária afetam a economia. Vamos ver como isso acontece. 
 
A Curva IS - o Equilíbrio no mercado de bens 
 
A curva IS mostra as diversas combinações de taxas de juros e níveis de renda que 
permitem o equilíbrio do mercado de bens, ou seja, em que a despesa agregada se 
iguala à renda agregada. Nesse mercado o equilíbrio dá-se na igualdade entre a 
poupança (S) e o investimento (I). 
Vamos considerar por enquanto uma economia fechada e sem Governo. As nossas 
equações serão, portanto, as seguintes: 
Função Consumo: 
C = Ca + c.Y 
Função Investimento: 
I = Ia – h.i 
Onde: 
Ca = consumo autônomo (consumo mínimo) da coletividade, que ocorre mesmo que 
não haja renda; c = propensão marginal a consumir; Y = renda nacional 
O investimento agora é composto de duas partes: 
Ia = investimento autônomo, ou seja, a parcela do investimento que acontece com 
base nas expectativas dos empresários e -h.i = parcela do investimento afetada pela 
taxa de juros, sendo h a elasticidade do investimento à taxa de juros e i a própria 
taxa de juros. 
No modelo Keynesiano o investimento era totalmente autônomo, portanto 
determinado de forma exógena. Agora vamos incorporar ao nosso modelo a idéia de 
que, como boa parte dos investimentos (que são, por definição, despesas com a 
compra de bens de capital, construções, etc) são financiados através de recursos 
tomados no mercado monetário, deveremos considerar a influência da taxa de 
juros sobre os níveis desse investimento. 
Ao decidir pela realização de um determinado investimento, o empresário faz uma 
comparação entre a Eficiência Marginal do Capital, que corresponde à taxa de 
retorno dos ganhos futuros, e a taxa de juros, que representa o custo de aquisição 
dos recursos para fazer o investimento. Suponhamos que ao planejar, por exemplo, 
uma expansão de suas instalações, um empresário chegue aos seguintes valores: 
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 3 
• Taxa de retorno esperada para o projeto de expansão: 18% a.a. 
• Taxa de juros dos financiamentos bancários: 12% a.a. 
Nesse caso, haverá um ganho líquido para o empresário, de modo que ele terá 
incentivos para realizar o investimento. 
Enquanto isso, um outro empresário que deseje investir, mas cujos projetos 
apresentem uma taxa de retorno de, por exemplo, 8% a.a. não realizará tais 
investimentos, pois a taxa de juros dos financiamentos (que representa o custo do 
dinheiro) será maior do que o retorno esperado. 
Considerando a hipótese de uma única taxa de juros existente na economia, e 
levando em conta as premissas que dirigem o comportamento dos empresários 
nesse modelo, percebe-se que quando a taxa de juros se eleva, muitos 
investimentos deixam de ser realizados, em virtude do seu retorno ser menor do que 
o custo do dinheiro. 
Por outro lado, quando a taxa de juros se reduz, muitos investimentos passam a ser 
atrativos, pois possibilitam um ganho líquido para a empresa. Assim, podemos 
afirmar que a taxa de juros e o investimento têm uma relação inversamente 
proporcional. 
Vimos antes, no modelo keynesiano, que alterações no investimento levam à 
ampliação da renda, tanto pelo maior dispêndio autônomo como pelo efeito do 
multiplicador. 
Quando introduzimos agora no modelo a taxa de juros, influenciando o investimento, 
veremos que, reduções na taxa de juros levam ao aumento no investimento 
e, conseqüentemente ao aumento da renda. Isso pode ser visto na figura a 
seguir: 
 
Se a taxa de juros for igual a i1, haverá um certo 
nível de investimento I(i1), correspondente a 
uma renda de equilíbrio igual a Y1. 
Se a taxa de juros se reduz para i2, o 
investimento se eleva para I(i2), causando com 
isso aumento na renda de equilíbrio para Y2. 
Como o investimento é inversamente relacionado 
com a taxa de juros, a relação entre taxa de 
juros e renda que equilibra o mercado de bens é 
negativamente inclinada. Ou seja, ↑i → ↓I → 
↓Y. 
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 4 
A curva IS reúne todos os pontos de 
equilíbrio do mercado de bens, 
determinando para cada nível de renda 
a taxa de juros correspondente. 
Qualquer ponto ao longo da curva IS 
representa um equilíbrio no mercado de 
bens. 
Pontos fora da curva IS correspondem 
a desequilíbrios no mercado de bens. 
 
Pontos à direita (ou acima) da curva IS correspondem a situações de excesso de 
oferta de bens, porque o nível de produto é maior do que a demanda agregada 
correspondente àquela taxa de juros. 
Seguindo a lógica keynesiana, com preços constantes, havendo excesso de oferta, 
ocorrerá acúmulo de estoques, fazendo com que as empresas diminuam a produção. 
Pontos à esquerda (ou abaixo) da curva IS representam, por sua vez, excesso de 
demanda de bens, porque, nesse caso, o nível de produto é menor do que a 
demanda agregada correspondente àquela taxa de juros . 
Havendo excesso de demanda, os estoques diminuirão, forçando um aumento na 
produção. 
Assim, sempre que houver desequilíbrios no mercado de bens, o ajuste 
ocorrerá via quantidades, alterando o nível de produto (e de renda). 
A inclinação da curva IS reflete a resposta da renda às variações na taxa de juros. 
Ela é negativa, como dissemos, devido à relação inversa entre investimento e taxa 
de juros. A inclinação dependerá essencialmente de dois fatores: 
• Da sensibilidade (elasticidade) do investimento em relação à taxa de 
juros e; 
• Da propensão marginal a consumir (portanto, do multiplicador 
keynesiano). 
No que diz respeito ao primeiro, temos que, quanto maiora elasticidade do 
investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a curva IS, 
isto é, maior a sua inclinação, pois uma pequena variação na taxa induzirá a uma 
grande variação no investimento e, portanto, na renda agregada. 
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 5 
O oposto ocorrerá quando o investimento for pouco sensível à taxa de juros: 
variações na taxa de juros produzirão um pequeno impacto sobre o investimento e 
a renda, levando a uma IS pouco inclinada, próxima da vertical. 
No modelo Keynesiano simples, em que o investimento não dependia da taxa de 
juros, poderíamos visualizar uma curva IS totalmente vertical, ou seja, o 
investimento totalmente inelástico em relação à taxa de juros. 
Quanto ao multiplicador, temos a seguinte relação: se a propensão marginal a 
consumir for elevada e, portanto, o multiplicador for grande, então pequenas 
variações no investimento levarão a grandes expansões na renda, e vice-versa. 
Desse modo, quanto maior o multiplicador, maior será o impacto das 
variações na taxa de juros, sobre o nível de renda, ou seja, maior será a 
inclinação da IS (mais horizontal). O inverso ocorrerá com uma pequena 
propensão marginal a consumir. Observa-se, nos gráficos a seguir, que para a 
mesma queda na taxa de juros, de i1 para i2, a renda cresce mais no segundo caso, 
em que a IS é mais inclinada. 
 
Assim, variações na taxa de juros fazem a renda variar, fazendo o ponto de equilíbrio 
deslocar-se ao longo da curva IS. Além disso, a própria curva IS pode se 
deslocar inteiramente, para a direita ou para a esquerda. 
O que faz a própria curva deslocar-se para os lados? A posição da curva IS depende 
do volume de gastos autônomos, nos quais se incluem o consumo e o 
investimento autônomos, gastos públicos (G) e as exportações líquidas (X-M) . 
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 6 
Quanto maiores os gastos 
autônomos, mais para a direita se 
localizará a curva IS. Uma expansão 
nos gastos autônomos ou uma 
diminuição dos tributos desloca a IS para 
a direita (e para cima) e uma contração 
dos gastos ou um aumento nos impostos 
a desloca para a esquerda (e para 
baixo). O montante do deslocamento 
será dado pelo multiplicador vezes a 
variação na despesa. 
Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o deslocamento da renda de equilíbrio será 
determinado como no modelo keynesiano simples. 
 
A curva LM e o Equilíbrio no mercado monetário 
Passemos agora a analisar o “lado monetário” da economia. Vamos considerar que 
existam dois tipos de ativos na economia, nos quais os indivíduos alocam sua 
riqueza, ou seja, guardam seu poder de compra. Estes são moeda e títulos 
públicos. 
Vimos que a característica da moeda é possuir liquidez absoluta, mas não 
apresentar qualquer rendimento, isto é, sua posse não gera nenhum ganho adicional 
ao detentor. Os títulos, por sua vez, rendem juros, porém possuem uma liquidez 
inferior à da moeda, isto é, existe um custo de oportunidade ao transformá-los em 
moeda. 
Considerando que existe um determinado estoque real de riqueza na economia, 
composta pelas quantidades de moeda e de títulos públicos que existem naquele 
momento, se um dos dois mercados estiver em equilíbrio, o mesmo valerá para o 
outro. 
Se houver excesso de demanda por moeda, haverá excesso de oferta de 
títulos, e vice-versa. Assim, basta analisar um mercado para saber o que está 
acontecendo no outro. Podemos, então, desenvolver a análise em relação ao 
mercado monetário. 
A curva LM representa a relação entre a renda e a taxa de juros no mercado 
monetário. Nesse mercado, o equilíbrio se dá quando a demanda de moeda (L) se 
iguala à oferta de moeda (M). 
Já sabemos que a oferta de moeda (M) é determinada exógenamente, a partir das 
emissões feitas pelo Banco Central, e da aplicação dos instrumentos de política 
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monetária sobre o setor financeiro, restringindo a expansão dos meios de pagamento 
(reservas obrigatórias, controle e seleção do crédito, taxa de redesconto, etc). 
Assim, a oferta de moeda é dada, sendo totalmente inelástica em relação à taxa 
de juros. 
Por outro lado, a demanda por moeda resulta de três componentes: a demanda por 
moeda pelos motivos transação e precaução (dependentes do nível da renda) e a 
demanda por moeda pelo motivo especulação (fazendo com que a demanda por 
moeda seja inversamente proporcional à taxa de juros). 
Assim, temos, de um lado, a oferta de 
moeda, controlada pelo Banco Central, 
totalmente inelástica à taxa de juros. 
A curva da oferta de moeda será 
representada graficamente através de 
uma constante, sendo simbolizada por 
uma reta vertical, paralela ao eixo da 
taxa de juros. 
 
 
Enquanto isso, a demanda de moeda depende 
de duas variáveis: a renda e a taxa de juros. 
Vimos anteriormente que os indivíduos 
demandam moeda para satisfazer os motivos 
transação, precaução e especulação. Os dois 
primeiros motivos estão ligados ao nível da 
renda; o último se relaciona com o nível da taxa 
de juros. 
Assim, a curva de demanda terá a aparência 
descrita no gráfico ao lado. 
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O equilíbrio no mercado monetário 
ocorre quando a demanda por moeda 
se iguala à oferta de moeda. A última 
como já dito, pode ser considerada 
constante. 
Para que o equilíbrio ocorra, como a 
demanda por moeda responde 
positivamente à renda e negativamente 
à taxa de juros, elevações na renda 
devem ser acompanhadas por aumentos 
nas taxas de juros, de modo a 
compensar o impacto expansivo sobre a 
demanda por moeda decorrente do 
maior nível de renda. 
 
Se por algum motivo a Renda (Y) se eleva (por exemplo, em decorrência de um 
aumento nos gastos do Governo), a curva inteira de demanda por moeda (L) se 
desloca para a direita. 
Aumentos na Renda fazem com que se elevem as necessidades de moeda pelos 
indivíduos, para atender aos motivos transação e precaução. Se a demanda por 
moeda aumentou, e a oferta de moeda é a mesma, o resultado é uma maior 
escassez de dinheiro disponível para empréstimos. O resultado será um aumento 
da taxa de juros (que representa o custo de obtenção da moeda pelos agentes 
econômicos deficitários). 
Por outro lado, se a Renda (Y) se reduz, ocorrerá uma diminuição das 
necessidades dos agentes econômicos pelos motivos transação e precaução, levando 
a curva de demanda por moeda a se deslocar inteiramente para a esquerda. O 
resultado é que “sobram” mais recursos disponíveis para empréstimos no setor 
financeiro, o que leva a taxa de juros a baixar. 
Assim, ao contrário da curva IS, o que ocorre na curva LM é uma relação 
diretamente proporcional entre a taxa de juros (i) e o nível da renda (Y). Por isso a 
curva LM é positivamente inclinada. 
Qualquer ponto ao longo da curva LM corresponde a uma situação de equilíbrio no 
mercado monetário, enquanto pontos fora da curva mostram uma situação de 
desequilíbrio. 
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No caso de pontos à direita 
(abaixo), haverá excesso de 
demanda por moeda. Para pontos à 
esquerda (acima), haverá excesso 
de oferta de moeda. 
 
O excesso de demanda, como no ponto A da figura, pode ser explicado da seguinte 
forma: dada a oferta de moeda e o nível de renda correspondente ao ponto A, os 
indivíduos demandam moeda em excesso, pois a taxa de juros estáabaixo do 
equilíbrio, gerando excesso de demanda por moeda. O inverso ocorre no ponto B, 
em que há um excesso de oferta. 
O ajustamento nesse mercado é feito por meio da taxa de juros. Quando há 
excesso de demanda por moeda, há excesso de oferta de títulos, ou seja, os bancos 
não conseguem captar recursos e passam a elevar a rentabilidade dos papéis para 
estimular os agentes a se desfazerem da liquidez (moeda). 
O inverso acontece quando há excesso de oferta de moeda: os indivíduos querem 
direcionar todos os recursos para os títulos, gerando um excesso de demanda por 
estes e provocando uma queda na taxa de juros, o que conduz o mercado monetário 
ao equilíbrio. Essa é a segunda regra de ajustamento: desequilíbrios no mercado 
monetário são corrigidos por variações na taxa de juros. Quando há excesso de 
oferta, a taxa de juros diminui, e quando há excesso de demanda, a taxa 
de juros eleva-se. 
 
Inclinação da curva LM 
Como dissemos, a inclinação da LM é positiva, pois, dada a oferta de moeda, 
quando um dos componentes da demanda por moeda (transação e precaução, ou 
portfólio) se eleva, o outro deve se reduzir. 
Assim, se tivermos uma elevação da renda, que provoca o aumento da demanda por 
moeda para transação, a taxa de juros deve se elevar para diminuir a demanda por 
moeda pelo motivo portfólio, isto é, deve-se desestimular os indivíduos a reter 
moeda como ativo. Portanto, a inclinação da LM nos mostra qual deve ser a variação 
na taxa de juros para compensar uma determinada variação no nível de renda. 
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Os fatores que afetam a inclinação da curva LM são as elasticidades da demanda por 
moeda em relação à renda e à taxa de juros. Quanto maior a sensibilidade da 
demanda por moeda em relação à renda, maior será a inclinação da curva 
LM, uma vez que uma pequena variação na renda levará a uma grande expansão na 
demanda por moeda, exigindo maior elevação na taxa de juros para compensá-la. 
Por outro lado, quanto maior a elasticidade de demanda por moeda em 
relação à taxa de juros, menor será a inclinação. Se a demanda por moeda for 
muito sensível à taxa de juros, qualquer variação nesta exigirá mudança significativa 
na renda para compensá-la; ou inversamente, qualquer alteração no nível de renda 
exigirá uma pequena mudança na taxa de juros para manter o mercado monetário 
em equilíbrio. 
A posição da curva LM é determinada pela oferta real de moeda. Como estamos 
considerando o nível de preços constante, essa oferta é afetada, basicamente, 
pela política monetária, ou seja, alterações na oferta e na demanda de moeda. 
Expansões na oferta de moeda 
deslocam a LM para a direita (para 
baixo) e contrações da oferta de 
moeda a desloca para a esquerda 
(para cima). 
Um aumento na oferta de moeda 
faz com que, para um certo nível 
de renda inicial, se gere um 
excesso de oferta de moeda, 
levando à queda na taxa de juros. 
 
Assim, com maior quantidade de moeda, teremos para qualquer nível de renda, 
menor taxa de juros que equilibra o mercado monetário, correspondendo ao 
deslocamento para a direita (para baixo) da curva LM, o que pode ser visto na figura 
anterior. 
O inverso ocorreria com uma redução na oferta de moeda em que, para qualquer 
nível de renda, requerer-se-ia maior taxa de juros para equilibrar o mercado 
monetário, o que corresponderia a um deslocamento para a esquerda da curva LM. 
Se o Banco Central alterar o estoque de moeda da economia, a taxa de juros irá 
variar. Uma política monetária expansionista, por exemplo, realizada com a 
compra de títulos públicos no mercado, resultará em diminuição da taxa de juros. 
Por outro lado, uma política monetária restritiva, realizada com a venda de 
títulos públicos, fará aumentar a taxa de juros. 
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Mantida a demanda de moeda, uma diminuição na sua oferta é representada por um 
deslocamento da curva vertical para a esquerda. A taxa de juros sobe. 
O Equilíbrio Geral 
 
Denomina-se equilíbrio geral o equilíbrio simultâneo nos dois mercados: o mercado 
de bens e serviços e o mercado monetário. 
Ao longo da curva IS uma economia 
encontra-se em equilíbrio no 
mercado de bens e ao longo da 
curva LM ela se encontra em 
equilíbrio no mercado monetário, 
mas somente num ponto (Yo;io) ela 
se encontra em equilíbrio geral. 
Para determinarmos o nível de 
renda e da taxa de juros que 
equilibram simultaneamente os 
mercados de bens e de moeda, 
basta juntarmos a IS e a LM 
conforme figura a seguir. 
 
 
Efeitos das Políticas Monetária e Fiscal 
Segundo a teoria das Finanças Públicas, cabe ao Governo realizar determinadas 
funções econômicas, que são: melhorar a alocação de recursos, manter a 
estabilidade econômica e promover a distribuição da renda. No que se refere à 
segunda dessas funções, denomina-se política de estabilização a aplicação, por 
parte do Governo, de instrumentos tais que lhe permita alcançar certos objetivos 
econômicos, como o combate a inflação e ao desemprego e o crescimento da renda. 
Os instrumentos mais comuns são as políticas monetária e fiscal. Elas são 
utilizadas para o controle da demanda agregada, que na visão keynesiana é a 
variável estratégica que determina o nível de produção da economia. A política 
monetária utiliza a oferta de moeda, e a política fiscal usa as despesas e 
receitas do Governo para essa finalidade. 
 
 
 
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Política Monetária 
É definida como o controle da oferta de moeda, para atingir os objetivos da 
política econômica global. É também definida como a atuação das autoridades 
monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito 
de controlar a liquidez do sistema econômico. Já vimos os instrumentos que o 
Governo utiliza para reduzir ou ampliar a oferta monetária. Vamos agora analisar os 
efeitos dessas ações. 
Uma política monetária 
expansionista (com objetivo de 
combater o desemprego) tem os 
efeitos de aumentar a renda e 
diminuir a taxa de juros, enquanto 
que uma política monetária 
restritiva (com objetivo de diminuir 
os níveis de preços ou inflação) tem 
os efeitos de diminuir a renda e 
aumentar a taxa de juros. 
 
A política monetária expansionista 
desloca a LM para a direita. A 
renda sobe e a taxa de juros cai. O 
contrário acontece quando a 
política monetária é restritiva. 
 
 
A seqüência é a seguinte: uma expansão da oferta de moeda provoca uma redução 
na taxa de juros, o que estimula o investimento privado; isso significa aumento da 
demanda agregada, estimulando assim o setor produtivo. Como conseqüência, a 
renda se eleva, e a política monetária consegue, nessa situação, alcançar seu 
objetivo. A política monetária contracionista (restritiva) age no sentido oposto: reduz 
a oferta de moeda, o que leva a um aumento da taxa de juros, inibindo os 
investimentos, e desse modo reduzindo também a demanda agregada, e por fim a 
renda. 
 
 
 
 
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 13 
Política Fiscal 
Política fiscal é a manipulação dos tributos e gastos pelo Governo para regular as 
atividades econômicas, já que este detém o controle direto sobre o nível de 
tributação e dos gastos públicos. 
Em princípio o Governo pode expandir sua demanda agregada em qualquer época, 
aumentando o montante de recursos que injeta o fluxo do setor privado através de 
suas compras de bens e serviços ou diminuindoo montante que retira desse fluxo 
via tributação. Da mesma forma ele pode contrair a demanda agregada em qualquer 
época, diminuindo seus gastos, com repercussão na demanda por bens e serviços no 
setor privado, ou aumentando o nível da tributação, o que provocaria um efeito 
similar sobre o setor privado. 
Os efeitos dos gastos públicos e da tributação dependem, em primeiro lugar, de 
quanto é injetado ou retirado da economia. Uma vez que o nível de renda da 
economia depende da demanda agregada, o Governo pode, claramente, aumentar 
ou diminuir o nível de renda através de sua política fiscal. Assim, a política fiscal 
torna-se o mais importante instrumento de política econômica do Governo. Ela opera 
de forma a manter um tolerável nível de estabilização econômica e de emprego. 
Em geral, a política fiscal atua como um movimento anticíclico para controlar o nível 
de renda. Assim, a política fiscal do Governo funciona nas seguintes bases: 
a) Se há necessidade de expandir a renda, pode-se recorrer a aumentos nos 
gastos do Governo ou redução nos tributos (ou ainda aumentar o déficit 
fiscal); 
b) Num período de pressão inflacionária há necessidade de contrair a renda; o 
Governo pode reduzir os gastos públicos ou aumentar a tributação (ou ainda 
aumentar o superávit fiscal); 
Nos dois casos, o Governo pode ainda simultaneamente alterar os níveis de 
gastos e de tributação. 
Como visto, o gasto público é um elemento direto de demanda que afeta o volume 
dos gastos autônomos. 
Os impostos, por sua vez, afetam indiretamente a demanda ao alterar a renda 
disponível e, conseqüentemente o consumo. Portanto, os impostos afetam a 
propensão marginal a consumir, isto é, a parcela de renda que é destinada ao gasto 
e, portanto, o valor do multiplicador. Quanto maior o volume de impostos, menor 
será a renda disponível, o consumo e a renda. 
Vejamos os efeitos da política fiscal empregando os conceitos do modelo IS-LM: 
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 14 
Uma política fiscal expansionista 
(com objetivo de diminuir o 
desemprego) tem o efeito de 
aumentar a renda e também 
aumentar a taxa de juros, 
enquanto que uma política fiscal 
contracionista (com objetivo de 
diminuir os níveis de preços ou 
inflação) tem o efeito de diminuir 
a renda e também diminuir a 
taxa de juros. 
 
 
 
Uma política fiscal expansionista desloca a IS para a direita. A renda sobe e a taxa 
de juros também. 
Por que a taxa de juros sobe? A explicação está no fato de que, ao aumentar a 
renda, cresce a demanda de moeda para transações. Se a oferta de moeda for 
mantida constante, a taxa de juros refletirá a escassez e subirá. 
Esse incremento na taxa de juros resultará em queda nos investimentos privados, o 
que significa que a renda crescerá menos do que determinaria o multiplicador das 
despesas do Governo. Esse fenômeno é conhecido como crowding-out ou efeito-
deslocamento. Entende-se que nesse caso o Governo está ocupando um espaço 
maior na economia, em relação ao setor privado. 
 
A interação das Políticas Monetária e Fiscal 
As políticas monetária e fiscal devem ser integradas, pois a aplicação de uma delas 
pode resultar em efeitos não desejados, que a outra pode corrigir. Como exemplo, 
suponha que Governo decida aumentar os gastos públicos para incrementar o 
emprego. Como já vimos, tal medida tende a elevar as taxas de juros, inibindo 
investimentos. 
Nesse caso, o Banco Central pode intervir, através de uma política monetária 
expansionista, evitando o aumento da taxa de juros. Podemos ver esse efeito no 
gráfico a seguir: 
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Outro exemplo é a decisão de 
aumentar impostos para 
financiar o déficit público. 
Nesse caso, a renda e a taxa 
de juros caem. Para diminuir a 
queda na renda, o Banco 
Central pode aumentar a 
quantidade de moeda para 
estimular a demanda. 
 
 
Um aumento nos impostos faria a IS deslocar-se para a esquerda; a queda na renda 
pode ser evitada por um aumento na quantidade de moeda, deslocando LM para a 
direita. 
Eficácia ou Ineficácia das Políticas Fiscal e Monetária - As três áreas da 
curva LM 
Uma análise mais rigorosa divide a curva LM em três partes distintas, conforme o 
gráfico a seguir: 
 
A parte horizontal da curva LM representa a 
área keynesiana, que Keynes disse ocorrer na 
economia durante a Grande Depressão do 
mundo capitalista na década de 30. A área 
vertical, ou clássica, está conforme os 
princípios da teoria clássica. Enquanto isso, a 
área intermediária é considerada normal. 
Cada uma dessas partes da curva são 
importantes, na medida em que, conforme 
onde se situar essa economia, a aplicação das 
políticas fiscal e monetária de estabilização 
resultam em efeitos distintos sobre o produto 
e a taxa de juros. São 4 casos possíveis: 
 
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1) Na área keynesiana a política monetária 
é ineficaz. 
A taxa de juros é tão baixa que as pessoas já 
retêm bastante moeda e a taxa não pode baixar 
mais, por mais moeda que seja despejada na 
economia, o que impede que os investimentos e 
o consumo sejam incrementados, Essa situação 
é também conhecida como “armadilha de 
liquidez”. O efeito de uma política monetária 
expansionista, ao elevar a oferta de moeda, é 
deslocar a curva LM para a direita. Como a taxa 
de juros já está muito baixa, não há qualquer 
efeito sobre a mesma, portanto não ocorre 
nenhum estímulo aos investimentos produtivos. 
A renda não cresce. 
 
 
2) Na área clássica a política monetária é 
plenamente eficaz 
A política monetária expansionista age 
aumentando a renda e diminuindo a taxa de 
juros. Segundo a teoria clássica, as pessoas não 
retêm moeda em razão da taxa de juros, o que 
significa, que todo incremento em sua oferta é 
canalizado para a demanda agregada, que se 
beneficia da queda na taxa de juros. O aumento 
da oferta da moeda provoca queda na taxa de 
juros e conseqüentemente estimula os 
investimentos, provocando aumento da 
demanda agregada. A renda cresce. 
 
 
 
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3) Na área keynesiana, a política 
fiscal é plenamente eficaz. 
O aumento nas despesas do Governo 
resulta em um aumento integral na 
renda, pois a economia possui alta 
liquidez e a taxa de juros não sobe, 
não prejudicando os investimentos. 
A seqüência, portanto, é essa: 
aumento nos gastos do governo (ou 
redução nos tributos) representa 
aumento na demanda agregada, 
estimulando o setor produtivo da 
economia. 
Mesmo com o acréscimo da renda e da 
demanda por moeda para transações, 
como a taxa de juros é muito baixa 
(existe muita liquidez) a mesma não se 
eleva, portanto não ocorre o crowding-
out. 
 
4) Na área clássica, a política 
fiscal é ineficaz. 
Nesse caso, o aumento das despesas 
do Governo encontra a economia 
com alta taxa de juros e sem liquidez 
que permita chancelar esse aumento. 
O resultado é um aumento na taxa 
de juros suficiente para diminuir os 
investimentos, de modo a anular 
todo o efeito inicial do aumento das 
despesas. É o crowding-out 
completo. 
Na área clássica a política fiscal é 
completamente ineficaz, sem 
aumento na renda, mas aumentando 
a taxa de juros. 
 
 
 
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Questões de Concursos 
 
01. (ESAF) No que se refereao equilíbrio do produto nacional e da taxa de juros em uma 
economia, é correto afirmar: 
a) uma política monetária contracionista levaria a uma redução na produção e na taxa de 
juros. 
b) um aumento na tributação, tudo mais constante, provocaria redução na produção e 
aumento na taxa de juros da economia. 
c) uma política fiscal expansionista, de redução do superávit ou aumento do déficit do 
governo, provocaria aumento no produto nominal e na taxa de juros. 
d) uma política fiscal, conduzida para reduzir o déficit do governo, provocaria, tudo mais 
constante, aumento na taxa de juros de equilíbrio e redução no produto nominal. 
e) uma política monetária expansionista levaria a um aumento na taxa de juros e redução na 
produção. 
 
02. (ESAF) No modelo IS-LM, para uma economia fechada, 
a) se o equilíbrio se der no chamado trecho clássico da curva LM, e a curva IS for 
negativamente inclinada, aumentos na oferta de moeda, tudo o mais constante, seriam 
incapazes de contribuir para o aumento do produto e da renda. 
b) a curva IS seria uma reta paralela ao eixo da taxa de juros se os investimentos forem 
elásticos com relação a variações na taxa de juros, tudo o mais constante. 
c) a curva IS é horizontal, no chamado trecho keynesiano. 
d) se o equilíbrio se der no chamado trecho keynesiano da curva LM, e a curva IS for 
negativamente inclinada, aumentos na oferta de moeda, tudo o mais constante, seriam 
incapazes de contribuir para o aumento do produto e da renda. 
e) se o equilíbrio se der no chamado trecho keynesiano da curva LM, aumentos no 
dispêndio do governo, tudo o mais constante, seriam incapazes de contribuir para o 
aumento do produto e da renda. 
 
03. (ESAF) Dado o gráfico seguinte, referente à situação de equilíbrio, numa economia 
fechada: 
a) uma redução de tributos, tudo o mais constante, 
promoveria aumento da renda nominal. 
b) a única maneira de se promover aumento da renda 
nominal seria por meio de uma política monetária 
expansionista. 
c) a única maneira de se promover aumento da renda 
nominal seria por meio de uma contração dos meios de 
pagamento. 
d) a única maneira de se promover aumento da renda 
nominal seria por meio de uma política fiscal 
expansionista. 
e) uma redução de tributos, tudo o mais constante, não 
 
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promoveria aumento da renda nominal. 
 
04. (ESAF) Numa economia fechada e com governo, em que o equilíbrio do produto e da 
renda ocorre, em dado momento, abaixo do nível de pleno emprego, esse nível de renda 
pode crescer se, tudo mais mantido constante, 
a) o governo reduzir os gastos públicos. 
b) diminuir o volume de meios de pagamento, desde que os investimentos apresentem 
alguma elasticidade com relação a variações na taxa de juros e o equilíbrio inicial não se dê 
em uma situação de armadilha de liquidez. 
c) diminuir a oferta de moeda da economia. 
d) crescer o volume de meios de pagamento, desde que os investimentos sejam inelásticos 
com relação a variações na taxa de juros e o equilíbrio inicial não se dê em uma situação de 
armadilha de liquidez. 
e) crescer o volume de meios de pagamento, desde que os investimentos apresentem 
alguma elasticidade com relação a variações na taxa de juros e o equilíbrio inicial não se dê 
em uma situação de armadilha de liquidez. 
 
05. (ESAF) Em relação ao modelo IS-LM, podemos afirmar que 
a) a eficácia da política fiscal está diretamente relacionada à elasticidade da demanda por 
moeda em relação à taxa de juros. 
b) quanto maior a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros, menor a eficácia 
da política monetária. 
c) a política fiscal independe do multiplicador de gastos. 
d) a política fiscal será mais eficiente se for válida a teoria quantitativa da moeda. 
e) quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros, maior a 
eficácia da política monetária. 
 
06. (ESAF) A curva IS, dentro do modelo IS-LM, pode deslocar-se para a esquerda caso 
a) as firmas invistam menos, dado um aumento na taxa de juros. 
b) o governo aumente as transferências previdenciárias. 
c) haja um aumento do crédito ao consumidor e um conseqüente crowding-out. 
d) as firmas invistam menos, independentemente da taxa de juros, por serem pessimistas 
suas expectativas com relação ao futuro. 
e) as firmas invistam mais, devido à ocorrência de uma inovação tecnológica, que aumenta, 
em termos discretos, a rentabilidade marginal do investimento. 
 
07. (ESAF) Uma diminuição da oferta de dinheiro, no modelo IS-LM, provocaria um 
deslocamento 
a) da IS para a esquerda e uma queda das taxas de juros e da renda. 
b) da LM para cima e para a esquerda, um aumento da taxa de juros e uma diminuição da renda. 
c) da LM para a esquerda e uma diminuição da taxa de juros e do nível da renda. 
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d) da LM para a esquerda e uma diminuição da renda, sem alterações nos juros, dada uma queda no 
crédito bancário. 
e) da IS para a esquerda, acompanhado de um aumento nos juros e de uma diminuição da renda. 
 
08. (ESAF) Considerando o modelo IS/ LM com os casos denominados de "clássico" e de 
"armadilha da liquidez", podemos afirmar que 
a) no "caso clássico", deslocamentos da curva IS só alteram o nível do produto uma vez que 
a taxa de juros é fixa. 
b) tanto no "caso clássico" como no caso da "armadilha da liquidez”, elevações nos gastos 
públicos causam alterações no produto. A diferença entre os dois casos está apenas na 
possibilidade ou não de alterações nas taxas de juros. 
c) no caso da "armadilha da liquidez", a política fiscal é totalmente inoperante, ocorrendo o 
oposto no "caso clássico". 
d) tanto no "caso clássico" como no caso da "armadilha da liquidez" o nível do produto é 
dado. A diferença está apenas nos efeitos dos deslocamentos da curva IS sobre as taxas de 
juros. 
e) o "caso clássico" ocorre quando a demanda por moeda é totalmente insensível à taxa de 
juros; já o caso da "armadilha da liquidez" ocorre quando a demanda de moeda é 
infinitamente elástica em relação à taxa de juros. 
 
09. (ESAF) De acordo com o modelo IS/LM, e em uma economia fechada, uma política 
monetária exercida através da compra de títulos pelo governo e venda (equivalente) de 
moeda, coeteris paribus, promove um deslocamento da curva LM e alterações na taxa de 
juros (i) e na renda (Y). Indique a opção que apresenta essas alterações em função da 
referida política monetária. 
a) LM para a esquerda, i redução e Y redução. 
b) LM para a direita, i aumento e Y redução. 
c) LM para a direita, i aumento e Y aumento. 
d) LM para a direita, i redução e Y aumento. 
e) LM para a direita, i aumento e Y redução. 
 
10. (ESAF) Considerando o modelo IS/LM, teoricamente, é possível identificar alguns casos 
em que a política fiscal ou política monetária são totalmente ineficazes no que diz respeito 
aos seus efeitos sobre o produto. Tais casos são conhecidos como o "caso clássico" e o 
"caso da armadilha da liquidez". Pode-se então afirmar que 
a) no "caso da armadilha da liquidez" as alterações nas taxas de juros elevam a eficácia da 
política monetária sobre o produto. 
b) o "caso clássico" refere-se à situação em que se observa desemprego com abundância 
de liquidez, com taxas de juros e velocidade-renda da moeda muito baixas. 
c) no "caso da armadilha da liquidez" observa-se desemprego com aperto de liquidez, com 
taxas de juros e velocidade-renda da moeda altas. 
d) no "caso clássico" o multiplicador keynesiano funciona plenamente, já que não ocorrem 
alterações nas taxas de juros. 
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e) no "caso clássico" uma política fiscal pura não tem qualquer efeito sobre o produto. Já no 
"caso da armadilha da liquidez" uma política monetária pura é inoperante no que diz respeito 
a seus efeitos sobre o produto. 
 
11. (ESAF) Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar que 
a) no chamado caso da "armadilha da liquidez", em que a LM é horizontal, uma elevação 
dos gastos públicos eleva a renda sem afetar a taxa de juros. 
b) excluídos os casos "clássico" e da "armadilha da liquidez", numa economia fechada a 
elevação dos gastos públicos eleva a renda. Esta elevação, entretanto, é menor comparada 
com o resultado decorrente do modelo keynesiano simplificado, em que os investimentos 
não dependem da taxa de juros. 
c) no chamado caso "clássico", em que a LM é vertical, uma elevação dos gastos públicos 
só afeta as taxas de juros. 
d) se a IS é vertical, a política fiscal não pode ser utilizada para elevação da renda. 
e) na curva LM, a demanda por moeda depende da taxa de juros e da renda. 
 
12. (ESAF) Considere o modelo IS/LM. Suponha a LM horizontal. É correto afirmar que 
a) a situação descrita na questão refere-se ao chamado "caso clássico". 
b) uma elevação das exportações não altera o nível do produto. 
c) uma elevação dos gastos públicos eleva tanto as taxas de juros quanto o nível do 
produto. 
d) uma política fiscal expansionista eleva o produto, deixando inalterada a taxa de juros. 
e) não é possível elevar o nível do produto a partir da utilização dos instrumentos 
tradicionais de política macroeconômica. 
 
13. (ESAF) Na construção do modelo IS/LM sem os casos clássico e da armadilha da 
liquidez, a demanda por moeda 
a) é sempre maior do que a oferta de moeda, uma vez que o equilíbrio no mercado de bens 
resulta num produto que é necessariamente menor do que o de pleno emprego. 
b) depende somente da renda: quanto maior a renda, maior a demanda por moeda. 
c) é sempre menor do que a oferta de moeda, o que garante que a curva LM seja 
positivamente inclinada. 
d) depende apenas da taxa de juros: quanto maior a taxa de juros, maior a demanda por 
moeda. 
e) depende da renda e da taxa de juros: quanto maior a renda maior a demanda por moeda, 
ao passo que quanto maior a taxa de juros menor a demanda por moeda. 
 
14. (ESAF) A interferência do governo, via política fiscal (por exemplo, aumento dos gastos 
públicos), retirando recursos do setor privado e diminuindo a participação dos investimentos 
privados, denomina-se 
a) efeito-preço total 
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b) efeito-renda 
c) efeito-deslocamento 
d) efeito-substituição 
e) efeito-marginal 
 
15. (ESAF) No modelo IS/LM para uma economia fechada, indique as conseqüências de um 
aumento dos gastos públicos, coeteris paribus, sobre o deslocamento da curva IS, sobre a 
renda real (Y) e sobre a taxa real de juros (i). 
a) IS - esquerda; Y - redução; e i - elevação. 
b) IS - direita; Y - elevação; e i - elevação. 
c) IS - esquerda; Y - elevação; e i - redução. 
d) IS - direita; Y - redução; e i - redução. 
e) IS - esquerda; Y - elevação; e i - elevação. 
 
16. (ESAF) No modelo IS/LM um aumento dos gastos públicos (política fiscal expansionista) 
promove um deslocamento da curva IS, e um aumento da oferta de moeda (política 
monetária expansionista) promove um deslocamento da curva LM, respectivamente, para 
a) direita e direita 
b) esquerda e esquerda 
c) direita e esquerda 
d) esquerda e direita 
e) baixo e cima 
 
17. (ESAF) Considere o modelo IS/ LM com as seguintes hipóteses: ausência dos casos 
"clássico" e da "armadilha da liquidez"; a curva IS é dada pelo "modelo keynesiano 
simplificado" supondo que os investimentos não dependam da taxa de juros. Com base 
nestas informações, é incorreto afirmar que 
a) um aumento nos investimentos autônomos eleva o produto. 
b) uma política monetária contracionista reduz o produto. 
c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto. 
d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros. 
e) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros. 
 
 
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 23 
Gabarito 
 
 
01 – C 
02 – D 
03 – A 
04 – E 
05 – A 
06 – D 
07 – B 
08 – E 
09 – D 
10 – E 
11 – D 
12 – D 
13 – E 
14 – C 
15 – B 
16 – A 
17 – B

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