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Resenha Crítica: Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos- Lei 9.433/97

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DEISIANE VIEIRA DOS SANTOS
MARIANNE SILVA SOUZA
Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos- Lei 9.433/97
Itabuna 
Abril– 2018
Deisiane Vieira dos Santos
Marianne Silva Souza
Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos- Lei 9.433/97
Trabalho apresentado ao curso de Direito como requisito avaliativo para a disciplina de Direito Ambiental, como pressuposto a obtenção de nota. Ministrado pela professora Lisdeili Nobre.
Itabuna
2018
A evolução histórica da gestão de recursos hídricos no Brasil se desenvolveu lado a lado da história evolutiva do pensamento jurídico-ambiental. Ao contrário do que se imaginava, existiu no Brasil - Colônia, ainda que sob um ponto de vista de exploração desregrada, certas formas de gestão dos recursos hídricos as quais evoluíram e se transformaram ao que hoje conhecemos como Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH.		Com o advento da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, consolidou-se um sistema jurídico de proteção ambiental integrado.	É o artigo 225 da Norma Constitucional vigente a fundamental diretriz da relação equilibrada entre o homem e o meio ambiente. Segundo esse artigo, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.									Referindo-se à água como um dos elementos do meio ambiente, Machado (2013, p. 499) ensina que se aplica a esse bem o enunciado no caput do art. 225 da CF de 1988, ou seja, necessária a regulação do seu uso comum pelo povo com observância a seu equilíbrio ecológico às presentes e futuras gerações, para as quais sem a água não existe vida.					Um recurso é uma matéria-prima ou um bem que dispõe de uma utilidade em prol de um objetivo. De um modo geral trata-se de algo que satisfaz uma necessidade ou que permite a subsistência/sobrevivência. Hídrico, por sua vez, é aquilo que está relacionado com a água.				Os recursos hídricos são os corpos de água que existem no planeta, desde os oceanos até aos rios passando pelos lagos, os arroios e as lagoas. Estes recursos devem ser preservados e utilizados de forma racional, uma vez que são indispensáveis para a existência da vida.					O problema é que, embora na sua maioria sejam recursos renováveis, a sobre-exploração e a contaminação que provocam diversas atividades humanas fazem que os recursos hídricos estejam em risco. A sua capacidade de regeneração muitas vezes não é suficiente face ao ritmo de uso.			Uma das grandes dificuldades que enfrenta a Humanidade é a falta de água doce. Mais de 97% da água da Terra é a água salgada, cujo aproveitamento é complexo, por isso a água doce, que é utilizada para o consumo humano e um sem-fim de atividades, é tão importante.			A construção de presas e o tratamento de águas residuais são algumas das estratégias que são levadas a cabo para obter recursos hídricos que se possam aproveitar. O desafio é que tudo aquilo que se realiza para conservar a água doce seja suficiente para travar o abuso e a eliminação desta.		De acordo com a consultoria legislativa, a parcela de água doce acessível à humanidade, no estágio tecnológico atual e à custos compatíveis com seus diversos usos, é denominado “recursos hídricos”. Em outras palavras, os recursos hídricos são as águas superficiais e subterrâneas disponíveis para uso. A Lei nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997, também conhecida como “Lei das Águas”, institui a Política Nacional dos Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh) baseando-se nos seguintes princípios:
A água é um bem de domínio público
A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico
Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.
A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas
A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
 A Política Nacional de Recursos Hídricos, também conhecida como Lei das Águas, é uma legislação específica que define como o Estado brasileiro fará a apropriação e o gerenciamento dos recursos hídricos nacionais. Tal regramento já estava previsto na Constituição Federal de 1988, em seu 21º artigo, inciso XIX, quando se propõe “instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso”. A instituição da Política Nacional de Recursos Hídricos se dá pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Ela apresenta 57 artigos, divididos em seis seções e quatro títulos. Seu texto sofreu algumas alterações em 2000 e em 2010, essa última pela Lei nº 12.334, à cerca da política de barragens no país.									A Lei das Águas coloca em seu artigo 1º que a água é um recurso natural limitado, de domínio público, mas dotado de um valor econômico. Por ser limitado prevê-se que, em casos de escassez de água no país, seu uso deve ser prioritariamente destinado ao consumo humano e animal. O artigo ainda coloca a bacia hidrográfica como unidade territorial a ser adotada para a implementação da Política Nacional de Recursos de Hídricos e termina colocando que a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.								Com isso, determina que a água não pode ser privatizada. Sua gestão deve ser descentralizada e baseada em usos múltiplos. Isto é, deve utilizá-la para abastecimento, irrigação, indústria, e afins e contar com intensa participação da sociedade e do governo.						Instituída pela lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997, que ficou conhecida como Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) estabeleceu instrumentos para a gestão dos recursos hídricos de domínio federal (aqueles que atravessam mais de um estado ou fazem fronteira) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).									Conhecida por seu caráter descentralizador, por criar um sistema nacional que integra União e estados, e participativo, por inovar com a instalação de comitês de bacias hidrográficas que une poderes públicos nas três instâncias,  usuários e sociedade civil na gestão de recursos hídricos, a PNRH é considerada uma lei moderna que criou condições para identificar conflitos pelo uso das águas, por meio dos planos de recursos hídricos das bacias hidrográficas, e arbitrar conflitos no âmbito administrativo.		A lei nº 9.433/97 deu maior abrangência ao Código de Águas, de 1934, que centralizava as decisões sobre gestão de recursos hídricos no setor elétrico. Ao estabelecer como fundamento o respeito aos usos múltiplos e como prioridade o abastecimento humano e dessedentação animal em casos de escassez, a Lei das Águas deu outro passo importante tornando a gestão dos recursos hídricos democrática.						O acompanhamento da evolução da gestão dos recursos hídricos em escala nacional é feito por meio da publicação do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, que a cada quatro anos faz um balanço da implementação dos instrumentos de gestão, dos avanços institucionais do Sistema e da conjuntura dos recursos hídricos no País.				De acordo com a lei nº 9.433/97, os principais objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos são: assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentesdo uso inadequado dos recursos naturais; incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais, garantir a disponibilidade de água à atual e às futuras gerações, utilizar de forma racional e integrada os recursos hídricos, baseado na ideia de desenvolvimento sustentável, e prevenir e defender o país contra possíveis eventos hidrológicos. 					Entre suas principais diretrizes de ação estão: a gestão dos recursos hídricos e sua adequação às diversidades do Brasil, a integração de tais recursos junto à gestão ambiental, à do uso do solo e à dos sistemas estuarinos e zonas costeiras, e a articulação do planejamento com o de outros setores usuários e o planejamento de diferentes níveis federativos.	No artigo 5º da Lei das Águas são apontados os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos que, além dos próprios planos para a gestão da água no Brasil, estão também previstos a outorga e cobrança pelo uso dos recursos hídricos. No inciso VI, coloca-se que um de seus instrumentos é o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, que coleta e divulga dados sobre a quantidade e a qualidade da água do país.			Já o sétimo artigo da Lei 9.433/97 aponta o conteúdo mínimo necessário para os Planos de Recursos Hídricos. Além de diagnosticar a situação dos recursos hídricos, o plano também deve analisar alternativas de crescimento demográfico, atividades produtivas e de padrões de ocupação do solo. Até porque a escassez de água potável, cada vez mais comum pelo mundo, se deve pela falta de políticas públicas adequadas, mas também, pela ocupação e uso irregular do solo e de insumos agrícolas e industriais.											A Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n. 9.433/97, se não solucionou totalmente os problemas concernentes ao uso e aproveitamento de nossos recursos hídricos, é considerada um marco no aperfeiçoamento da gestão e planejamento desses recursos em nosso ordenamento.										Como vimos, a gestão de recursos hídricos como meio de concretização da Política Nacional de Recursos Hídricos, sustenta-se em dois grandes pilares: planejamento de uso e aproveitamento das águas e participação dos setores usuários na tomada de decisões, portanto, é por meio desse sistema de normatização que são definidos pelos setores – usuários e órgãos do SNGRH todas as bacias hidrográficas e seus corpos d'água, suas características, como quantidade e qualidade, e suas prioridades de uso e aproveitamento conforme a multiplicidade de demandas por esses recursos.											Assim, Gestão de Recursos Hídricos é decisão política, motivada pela crescente escassez de água ou por sua variada disponibilidade no planeta, pelo uso e aproveitamento de forma incompatível com a quantidade e qualidade dos recursos hídricos e, sobretudo, pela necessidade de preservação do planeta para as presentes e futuras gerações.
Referências Bibliográficas
https://jus.com.br/artigos/50056/consideracoes-sobre-a-politica-nacional-de-recursos-hidricos
https://www.infoescola.com/meio-ambiente/politica-nacional-de-recursos-hidricos/

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