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organismos trangenicos, clonagem animal

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Organismos transgênicos
 Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Por exemplo: o tecido muscular está constituído por células especializadas em contração, os miócitos. O tecido ósseo está constituído por osteoblastos, o tecido nervoso por neurônios, e assim por diante. Produtos transgênicos, também conhecidos como organismos geneticamente modificados (OGM) são, segundo definição do Ministério da Agricultura, todo e qualquer organismo que teve seu material genético (DNA) modificado por meio de técnicas aplicadas pela engenharia genética, em laboratórios. Dentre os OGM, encontramos aqueles que receberam genes selecionados de outro ser vivo, podendo até mesmo ter origem em outra espécie. A técnica da transgenia tem como objetivo principal selecionar plantas e animais mais resistentes a doenças, pragas, agrotóxicos e mudanças climáticas, e que sejam também mais nutritivos e produtivos. O milho e a soja estão entre os alimentos mais consumidos de origem transgênica. Há ainda o algodão geneticamente modificado, que é amplamente produzido em agriculturas de todo o mundo. O salmão transgênico foi o primeiro produto de origem animal a ser liberado para o consumo humano
Clonagem Animal
 Com mais de 100 clones entregues, a In Vitro Clonagem Animal trabalha produzindo clones de bovinos, equinos, ovinos e caprinos. A técnica de clonagem animal proporciona não só a multiplicação de animais geneticamente superiores, como também colabora significativamente no processo de melhoramento, uma vez que prolonga a contribuição genética destes comprovados animais no plantel. A clonagem torna-se fundamental nos casos em que os grandes animais caçadores já morreram, ou não se reproduzem mais. Além disso, a técnica cria um novo mercado, que, portanto, disponibiliza qualidade genética a um maior número de criadores. Cada vez mais a clonagem é utilizada como uma importante ferramenta nos grandes criatórios. O armazenamento de material genético é feito por meio de linhas celulares congeladas é um excelente seguro biológico, uma vez que as células podem ser mantidas congeladas, por um baixo custo e por tempo indeterminado, até a decisão pela clonagem. Para este armazenamento é necessário fazer uma biópsia de pele (normalmente na região do pescoço ou na base da cauda) do animal. A biópsia é processada no laboratório para produzir uma linha celular. As células podem ser utilizadas diretamente para clonagem ou podem ser congeladas em nitrogênio liquido até o momento da geração dos embriões. 
 Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original. Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou tronco. Por essa razão são denominadas células-tronco. 
 No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora. Nos últimos anos o assunto “células-tronco” tem sido muito debatido, e é objeto frequentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes, e pode-se esperar um novo tipo de Medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje é uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser extrapolados para a espécie humana. Experiências clínicas têm, entretanto, mostrados resultados alentadores. 
Experiências com células-tronco
Células-tronco, segundo a definição científica, são aquelas que têm o potencial de se transformar em diferentes tecidos do corpo humano. No imaginário popular, elas são muito mais que isso. São sementes mágicas capazes de regenerar corações combalidos, reverter os sinais implacáveis da passagem do tempo, construir órgãos inteiros sob encomenda. Para os primeiros pacientes tratados em experiências realizadas no Brasil, as novas pesquisas são a materialização de uma segunda chance de vida. Na maioria dos casos, essas pessoas não tinham outro recurso terapêutico. Sofriam de doenças graves, enfrentaram inúmeros tratamentos sem sucesso, tinham perdido a capacidade de planejar o futuro. Até que descobriram cientistas que estão tentando entender como funcionam as células-tronco. Decidiram apostar, embora os estudos envolvam riscos conhecidos e desconhecidos. Muitos pacientes voltaram à vida normal e recuperaram a esperança. Nem todos tiveram a mesma sorte. Desde que a imprensa começou a dar grande destaque às experiências com células-tronco, o público tem interpretado potencialidades como fatos concretos, inegáveis, ao alcance da mão. É por isso que, a cada reportagem sobre experiências em humanos desenvolvidas no Brasil, o e-mail e o telefone dos pesquisadores ficam congestionados. Os pacientes têm pressa. Oferecem-se como cobaias dizendo que não têm nada a perder. E sempre há o que perder. Na melhor das hipóteses, perde-se tempo. Na pior delas, vida. É compreensível que pessoas desesperadas vasculhem a internet em busca de experiências e aceitem correr riscos. Mas a pesquisa com células-tronco ainda está em sua infância. Há mais dúvidas que certezas. Por enquanto, os únicos estudos clínicos disponíveis no Brasil e no exterior são realizados com células-tronco adultas, aquelas que são extraídas da medula óssea ou do sangue do próprio paciente. A razão: a experiência com transplantes de medula para tratamento de leucemia, realizados com sucesso desde os anos 60, dá aos médicos alguma segurança para desbravar essa área.
Projeto Genoma
 Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc. 
 Um cromossomo é comparável a um livro de receita de proteínas, e o núcleo de uma célula humana é comparável a uma biblioteca, constituída por 46 volumes, que contêm o receituário completo de todas as proteínas do indivíduo. O conjunto completo de genes de uma espécie, com as informações para a fabricação dos milhares de tipos de proteínas necessários à vida, é denominado genoma. Atualmente, graças a modernas técnicas de identificação dos genes, os cientistas mapearam o genoma humano através do Projeto Genoma Humano. 
 Os trabalhos do projeto foram dados comoconcluídos em 2003. Com a tecnologia da época, estimou-se que todos os genes (em torno de 25.000) haviam sido sequenciados. Deve-se lembrar de que nem todo o DNA humano foi sequenciado. Estimativas atuais concluem que apenas cerca de 2% do material genético humano é composto de genes, enquanto que a maior parte parece não conter instruções para a formação de proteínas, e existe provavelmente por razões estruturais. Muito pouco dessa maior parte do material genético tem sua sequência conhecida. Por limitações tecnológicas, partes do DNA que possuem muitas repetições de bases nitrogenadas também ainda não foram totalmente sequenciadas. Essas partes incluem, por exemplo, os centrômeros e os telômeros dos cromossomos. De todos os genes que tiveram sua sequência determinada, aproximadamente 50% codificam para proteínas de função conhecida. Apesar dessas lacunas, a conclusão do genoma já está facilitando o desenvolvimento de fármacos muito mais potentes, assim como a compreensão de diversas doenças genéticas humanas.
Explicação científica em nível celular para a eficácia da massagem no alívio da dor e na recuperação muscular.
Massagistas agora poderão dizer, com base científica, por que a atividade que exercem funciona no alívio da dor e na recuperação muscular. E isso tem a ver com ‘ligar’ e ‘desligar’ genes, segundo estudo. Parte dos profissionais de saúde vê a massagem com ceticismo – afinal, qual a base científica para os tais benefícios relatados? Porém, não faltam relatos sobre os benefícios e a eficácia da técnica em sua ação contra a dor. Agora, veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem. E a história das razões do estudo – relatada pelo serviço noticioso scienceNow (01/02/12) – começa quando Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster (Canadá), passou a se submeter a massagens por indicação médica, depois de acidente esportivo. O fato de as sessões trazerem alívio para a dor chamou a atenção do pesquisador. Haveria base celular para o que ele sentia? Tanopolsky, coincidentemente, trabalha com metabolismo celular. O cientista reuniu colegas e decidiu investigar. Arrebanharam-se 11 jovens, submetidos a exercícios extenuantes. Dez minutos depois da prática esportiva (pedalar), uma das pernas foi submetida à massagem. Os pesquisadores colheram amostras do quadríceps (músculo da parte anterior da coxa) das duas pernas em três ocasiões: antes do exercício, 10 minutos depois e 3h mais tarde Primeiramente, eles constataram o que já se sabia: depois do exercício, as células apresentam mais evidências de inflamação e de sinais de autor reparo dos danos do que antes. A surpresa veio quando se analisaram as células do tecido massageado: elas tinham 30% a mais de genes reparadores envolvidos no processo de transformar nutrientes em energia, bem como 300% menos de proteínas que ‘ligam’ genes envolvidos na inflamação. Simplificadamente: os genes reparadores estavam ‘ligados’ e os relacionados à inflamação ‘desligados’. Quanto à crença de que a massagem difunde, para outras regiões, o ácido lático do músculo dolorido, a equipe não achou evidências – esse, até agora, era o argumento ‘científico’ mais usado para justificar os efeitos da massagem.
Interações entre proteínas que participam do processo de morte celular
 A morte celular programada, chamada tecnicamente apoptose, é um fenômeno fisiológico essencial para a manutenção da vida. Um estudo publicado na edição de janeiro da Molecular Cell descreve como a molécula ARTS controla esse processo e atua na modulação de tumores. ARTS é uma proteína mitocondrial que, ao se ligar a outra molécula, chamada XIAP, desencadeia o processo de apoptose. Embora a interação entre essas duas moléculas já fosse conhecida, ainda não se sabia ao certo como ela se dava. 
“Identificar esse mecanismo e seu possível apelo farmacológico é o que despertou interesse nesse trabalho”, afirma o bioquímico brasileiro Ricardo Corrêa, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham e um dos autores do artigo. A molécula XIAP é responsável por controlar as capazes, enzimas ativadoras do processo de morte celular. Para permitir que a apoptose ocorra, a molécula ARTS ‘sequestra’ a proteína XIAP e inibe sua ação anti-apoptótica. Os pesquisadores observaram que, para realizar essa dupla ação, a ARTS conta com a ajuda de uma terceira proteína, a Siah-1. Com características pró-apoptóticas, ela é capaz de diminuir os níveis de XIAP no organismo.
Promessas da genética forense na perícia criminal
 À exceção de gêmeos univitelinos, cada ser humano é geneticamente diferente e único. Portanto, quando se investiga em detalhe uma amostra biológica com DNA (como sangue, sêmen, saliva, cabelo, osso, dente), a revelação que se tem é de que ela pertence a um indivíduo específico. O princípio básico dessa análise é que, nas populações humanas, as pessoas apresentam em um local qualquer do genoma (conhecido como locus genético; loci, no plural) fatores genéticos distintos (que daqui em diante chamarei de ‘polimorfismos genéticos’). Esses fatores existem em razão simplesmente da variabilidade genética normal, e determinadas regiões do DNA dessas pessoas são diferentes. Quando estudados em número adequado, tais polimorfismos podem diferenciar amostras biológicas de dois indivíduos quaisquer. É importante mencionar aqui que os polimorfismos genéticos investigados atualmente na prática forense não revelam quaisquer características físicas da amostra analisada, à exceção do sexo do indivíduo (masculino ou feminino). Vale lembrar, porém, que às vezes o polimorfismo pode estar presente em trechos codificantes, a exemplo de genes para certas enzimas.
O genoma humano apresenta diferentes classes de polimorfismos genéticos. Um deles, usado rotineiramente na prática forense, é o STR (do inglês short tandem repeat). São blocos de 2 a 6 nucleotídeos que se repetem centenas de vezes consecutivamente (um atrás do outro), podendo diferenciar dois indivíduos quaisquer pelo número dessas repetições na pessoa analisada.
Outro exemplo de polimorfismo – conhecido como SNPs (do inglês single nucleotide polymorphisms) – decorre da mudança de uma única letra (nucleotídeo) do DNA em um ponto específico. Muitos SNPs hoje investigados pela comunidade científica podem estar relacionados com características físicas humanas normais ou patológicas. Com o avanço no conhecimento de dados genéticos funcionais (estudo do efeito de polimorfismos específicos com características humanas diversas), é possível, com certa probabilidade, indicar se a amostra analisada possui algum traço específico, como se fosse um ‘retrato molecular’ (por analogia com a conhecida expressão ‘retrato falado’). Embora a acurácia ainda seja baixa para o uso na prática criminal, o futuro reserva grandes possibilidades de emprego dessa tecnologia no âmbito da justiça.
Estresse crônico afeta seres humanos em nível molecular, encurtando o tamanho dos telômeros
Estudos recentes mostraram que, além das marcas mais visíveis no corpo, o estresse crônico nos afeta em nível molecular, encurtando o tamanho dos telômeros, o que parece valer também para outros animais. Os telômeros são as regiões que se encontram nas extremidades dos cromossomos. Devido às peculiaridades da enzima DNA polimerase envolvida na duplicação do DNA, que ocorre antes da divisão celular, se não houver ajuda de outra enzima, a telomerase, haveria um encurtamento progressivo dos cromossomos à medida que as gerações de células se sucedessem. Se isso ocorresse, os cromossomos atingiriam prematuramente um limite crítico de tamanho que os tornaria instáveis, o que comprometeria o funcionamento das células e as levaria à morte. Sem a telomerase, a DNA polimerase só é capaz de realizar a replicação até quase o final da cadeia, deixando um pequeno trecho sem cópia nova. A telomerase evita essa situação esticando um pouco mais as extremidades do DNA, o que permite então a duplicação integral das cadeias. Entretanto, nemmesmo a telomerase evita que, ao longo da vida de um indivíduo, o DNA vá diminuindo gradualmente. Esse processo (a diminuição dos telômeros) é um entre tantos outros que refletem em nível molecular o desgaste ocorrido nas células e que leva à parada de suas funções. A telomerase comporia assim um sistema de reparo do DNA, mas nem sempre atuante. Ou seja, as nossas células seguem ao longo de suas vidas um programa que compreende o equilíbrio entre reações de preservação e de desgaste do material genético. No final, prevalece o desgaste e a senescência daí decorrente.

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