Buscar

RDDP-12-EDIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 252 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 252 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 252 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Debates em Direito Público
Revista de Direito dos Advogados da União
ano 12 - n. 12 - outubro de 2013 
DEBATES EM DIREITO PÚBLICO
REVISTA DE DIREITO DOS ADVOGADOS DA UNIÃO
ano 12 - n. 12 - ISSN 1677-8146
Brasília – outubro 2013
Periodicidade: anual
Tiragem: 1.250 exemplares
Edição: Associação Nacional dos Advogados da União
SHS Qd. 06 Conj. A Bl. “C” Salas 504/505 – Edifício Brasil 21 
CEP 70316-109 – Brasília, DF
Todos os e-mails desta página estão protegidos contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-los.
Conselho editorial
Erico Ferrari Nogueira (Presidente)
Armando Miranda Filho
Boni de Moraes Soares
Ciro Carvalho Miranda
Leonardo Albuquerque Marques
Luciano Medeiros de Andrade Bicalho
Luís Henrique Martins dos Anjos
Marcelo Ribeiro do Val
Milton Nunes Toledo Junior
Rodrigo Pereira Martins Ribeiro
Rogério Telles Correia das Neves
Valeschka e Silva Braga.
diretoria da anaUni – Biênio 2013/2015
Presidente: Rommel Madeiro de Macedo Carneiro (CONJUR/MJ) 
presidencia@anauni.org.br
Vice-Presidente: Carlos Luiz Weber (PU/GO) 
vice.presidencia@anauni.org.br
secretário-Geral: Marcos Luiz da Silva (PU/PI) 
secretaria.geral@anauni.org.br
diretora Financeira: Gabriela Moreira Feijó (CONJUR/MS) 
adjunta: Maria Clarice Maia Mendonça (CONJUR/MJ) 
financeiro@anauni.org.br
diretor administrativo: Roque José Rodrigues Lage (CONJUR/MJ) 
adjunto: Marcos Henrique de Oliveira Góis (CONJUR/MDIC) 
administrativa@anauni.org.br
diretor de atividades legislativas: Tiago Bacelar Aguiar Carvalho (PGU) 
adjunto: Rogério Pereira (CONJUR/MJ) 
legislativa@anauni.org.br
diretor Jurídico: Bruno Moreira Fortes (CONJUR/ME) 
adjunto: Marco Antônio Perez de Oliveira (PRU – 3ª Região) 
juridico@anauni.org.br
diretor de Comunicação: Leonardo Albuquerque Marques (PU/MA) 
comunicacao@anauni.org.br
diretor social: Rogério Sóther (PRU – 5ª Região) 
adjunta: Márcia Bezerra David (PRU – 4ª Região) 
social@anauni.org.br
assessoria Parlamentar – anaUni 
parlamentar@anauni.org.br
assessoria de imprensa – anaUni 
Jornalista Responsável: (61) 8536.3112 
imprensa@anauni.org.br
Conselho FisCal da anaUni – Biênio 2013/2015
Titular: Cristiano Soares Barroso Maia
Titular: Fábio Gomes Pina
Titular: Everton Pacheco Silva
Suplente: Dario Dutra Sátiro Fernandes
Suplente: Max Casado de Melo
 
Conselho de ÉtiCa, disCiPlina e PrerroGatiVas – 
Biênio 2013/2015
Presidente: Carlos Luiz Weber
Membro: César Jackson Grisa Júnior
Membro: Francisco Sales de Argolo
Membro: Marina Maniglia Puccinelli
Membro: Roberto de Aragão Ribeiro Rodrigues
 
deleGados estadUais da anaUni – Biênio 2013/2015
aCre – Delegado Titular: Bruno Gomes Bahia.
alaGoas - Delegado Titular: Gerson José Cajueiro Camerino
aMaPÁ - Delegado Titular: Utan Lisboa Galdino
aMaZonas - Delegado Titular: Claudio Silvino Braga
Bahia - Delegado Titular: Bruno Leonardo Guimarães Godinho / 
Delegado Suplente: Cristiano Oliveira Sampaio Santos
CearÁ - Delegada Titular: Karla Simões Nogueira Vasconcelos / 
Delegada Suplente: Cristiane Caracas de Souza Cidade
distrito Federal - Delegado Titular: Adriana Pereira Franco / 
Delegada Suplente: Flávia do Espírito Santo Batista
esPÍrito santo - Delegado Titular: Marcos Dupin Coutinho
GoiÁs - Delegado Titular: Luís Fernando Teixeira Canedo / 
Delegado Suplente: Fábio Adriano Pereira de Morais Afonso
MaranhÃo - Delegado Titular: Alessandro Neres Lindoso / 
Delegado Suplente: Gustavo André dos Santos
Mato Grosso - Delegada Titular: Marina Maniglia Puccinelli / 
Delegado Suplente: Bruno Scomparim Pereira
Mato Grosso do sUl - Delegada Titular: Erika Swami Fernandes
Minas Gerais - Delegado Titular: Cil Farne Guimarães
ParÁ - Delegada Titular: Maria Carolina Golin de Oliveira / 
Delegado Suplente: Francisco Alexandre Colares Melo Carlos
ParaÍBa - Delegado Titular: Antônio Inácio Pimentel Rodrigues de Lemos / 
Delegado Suplente: Petrov Ferreira Baltar Filho
ParanÁ - Delegado Titular: Vitor Pierantoni Campos
PernaMBUCo - Delegado Titular: Herbert Caetano Barreto / 
Delegado Suplente: Marcelo Medicis Maranhão e Silva
PiaUÍ - Delegado Titular: Reginaldo de Castro Cerqueira Filho / 
Delegado Suplente: Ricardo Resende de Araújo
rio de Janeiro - Delegado Titular: Roberto de Aragão Ribeiro Rodrigues / 
Delegado Suplente: Eugênio Muller Lins de Albuquerque
rio Grande do norte - Delegado Titular: Maria Heloísa de Sena Pinheiro / 
Delegado Suplente: Marcio Lopes da Costa
rio Grande do sUl - Delegado Titular: César Jackson Grisa Júnior / 
Delegado Suplente: Sandra de Cássia Viecelli Jardim
santa Catarina - Delegado Titular: Luciano Cardoso Backer / 
Delegado Suplente: Rafael Mendes dos Santos
sÃo PaUlo - Delegada Titular: Teresa Villac Pinheiro Barki / 
Delegada Suplente: Cristiana Mundim Mello
serGiPe - Delegado Titular: Francisco de Sales de Argolo / 
Delegado Suplente: Lyts de Jesus Santos
toCantins - Delegado Titular: João Gomes Dutra Neto / 
Delegado Suplente: André Luís Rodrigues de Souza
Sumário
Apresentação ................................................................................................................ 7
Evolução dos controles de juridicidade no Estado Democrático de Direito – 
A busca do equilíbrio entre o político e o jurídico: revisitando a missão da 
Advocacia de Estado
diogo de Figueiredo Moreira neto .......................................................................... 9
1 Introdução .......................................................................................................... 9
2 Origem do conceito da divisão tripartite de poderes ........................................... 10
3 Releitura do conceito de separação de poderes como uma separação de 
 funções ............................................................................................................. 11
4 A multiplicação democrática dos controles da sociedade sobre o Estado ............ 12
5 Essencialidade do novo conceito dos controles independentes, formais e 
 informais, exercidos pela sociedade à plenitude da democracia na 
 pós-modernidade .............................................................................................. 15
6 Conclusão ......................................................................................................... 16
Current Constitutional Developments in Latin America
dante Figueroa ........................................................................................................ 19
1 Introduction ...................................................................................................... 19
2 What is New in Constitutional Law in Latin America? ......................................... 20
2.1 Re-foundational Aspirations .............................................................................. 21
2.2 Rupture in the Historical Relationship between the Catholic Church and 
 the State ........................................................................................................... 22
2.3 Moralistic Overtone in the New Constitutional Principles .................................... 23
2.4 Promotion of Indigenous Causes ........................................................................ 23
2.4.1 Constitutional Recognition of the Multiplicity and Plurality of the New Nations... 24
2.4.2 Official Language .............................................................................................. 25
2.4.3 Aboriginal Medical Practices .............................................................................. 25
2.4.4 Creation of Parallel Judicial Systems for Aboriginal Peoples ................................. 26
3 The Traditional Family ........................................................................................ 26
4 Political Participation and Political Parties and Movements................................. 26
5 Personal Freedoms ............................................................................................. 27
6 Reforms in Criminal Procedure and Sentencing ................................................. 28
7 Changes Affecting the Branches of Government................................................. 32
7.1 Executive Branch ................................................................................................... 32
7.1.1 Presidential Reelection ........................................................................................ 32
7.1.2 Other Amendments Concerning the Executive Branch ........................................ 33
7.1.3 Constitutional Issues Concerning the Executive Branch ....................................... 34
7.2 Legislative Branch .............................................................................................. 36
7.3 Judicial Branch ................................................................................................... 36
8 Constitutional Emergencies ................................................................................ 38
9 Economic Model ............................................................................................... 39
10 Fight against Narcotrafficking and Organized Crime ........................................... 40
11 Fight against Government Corruption ................................................................ 41
12 International Law and International Relations ..................................................... 41
13 Constitutional Amendment Procedures .............................................................. 44
14 Conclusion ........................................................................................................ 45
Acesso à informação e transparência governamental – Situando o debate na 
Administração Pública brasileira
Patrícia lima sousa, antonio augusto ignacio amaral ....................................... 47
1 Introdução ........................................................................................................ 47
2 Patrimonialismo, burocracia e reformas gerenciais na Administração Pública 
 brasileira: situando a accountability nesses modelos ........................................... 48
3 Transparência governamental no Brasil e o advento da Lei de Acesso 
 à Informação ..................................................................................................... 53
4 Implementação da LAI e desafios para a Administração Pública .......................... 59
5 Acesso à informação e accountability vertical ..................................................... 61
6 Considerações finais .......................................................................................... 63
 Referências ........................................................................................................ 64
Reflexões sobre controle, legalidade e discricionariedade
eugenio Müller lins de albuquerque .................................................................... 65
 Introdução ........................................................................................................ 65
1 Controle da Administração Pública ..................................................................... 67
1.1 Controle de legalidade e de mérito. Atos vinculados e discricionários ................. 67
1.2 Controle interno. Controle externo ..................................................................... 70
1.3 Controle jurisdicional ......................................................................................... 71
1.4 Considerações sobre a Advocacia Pública e Controle .......................................... 73
2 Transformações no Direito Administrativo .......................................................... 76
2.1 Crise da lei formal .............................................................................................. 77
2.2 Constitucionalização do Direito Administrativo ................................................... 78
2.3 Pós-positivismo. Normatividade dos princípios ................................................... 80
2.4 Fim da dicotomia atos vinculados versus discricionários. Graus de vinculação 
 dos atos administrativos à juridicidade. Sistematização dos parâmetros de 
 controle judicial dos atos administrativos ........................................................... 82
3 Controle do ato administrativo pelo Advogado Público ...................................... 84
3.1 Estado Democrático de Direito. Administração gerencial .................................... 85
3.2 Controle de legalidade. Evolução. Controle de juridicidade ................................. 88
3.3 Controle de juridicidade dos atos discricionários e Advocacia Pública .................. 90
3.4 Missão do Advogado Público e controle jurisdicional. Princípio da eficiência. 
 Prevenção da improbidade. Controle de juridicidade e resgate do processo 
 administrativo ................................................................................................... 92
3.5 Limites ao controle dos atos discricionários pelo Advogado Público .................... 94
 Conclusões ........................................................................................................ 96
 Referências ....................................................................................................... 98
Tombamento de bens públicos e abrangência de interesses – É possível a 
aplicação da regra contida no artigo 2º, §2º do Decreto-Lei nº 3.365/1941?
Márcio Fernando Bouças laranjeira ..................................................................... 101
1 Introdução ...................................................................................................... 101
2 Do tombamento segundo a legislação pátria ................................................... 103
3 Da abrangência de interesses e o tombamento de bens públicos ...................... 110
4 Conclusão ....................................................................................................... 119
 Referências ...................................................................................................... 122
Autorização Ambiental de Funcionamento e lavras ilegais de minério
Valkiria silva santos Martins ................................................................................ 125
1 Introdução ...................................................................................................... 125
2 Sustentabilidade – Mineração para esta geração e as futuras............................ 126
3 Legislação minerária pertinente ao tema .......................................................... 133
4 Licenciamento ambiental para lavra de minério ................................................ 135
5 Autorização Ambiental de Funcionamento como instituto diferenciado do 
 licenciamento ambiental .................................................................................. 138
6 Procedimento simplificado na contramão do desenvolvimento sustentável ....... 141
7 AAF em atividades minerárias – Lavra ilegal por nulidade ................................. 146
8 Conclusão ....................................................................................................... 151
 Referências ..................................................................................................... 153
Suspensão de liminar – Instrumento político ou jurídico?
Marco aurélio Ventura Peixoto ............................................................................ 157
1 Introdução ...................................................................................................... 157
2 Contextualização histórica e previsões legais .................................................... 158
3 Naturezajurídica ............................................................................................. 162
4 Legitimidade e competência ............................................................................ 164
5 Requisitos para a utilização do instituto ........................................................... 166
6 A discutível possibilidade de utilização concomitante da suspensão e do 
 agravo ............................................................................................................. 168
7 Efeitos da decisão que defere a suspensão ....................................................... 170
8 O agravo interno/regimental como via recursal................................................. 172
9 A possibilidade de renovação do pedido junto às instâncias superiores ............. 173
10 Suspensão coletiva .......................................................................................... 175
11 Questionamentos quanto à constitucionalidade e o perigo do uso político ....... 176
12 Conclusão ....................................................................................................... 178
Desmilitarização da polícia – A Proposta de Emenda à Constituição 
nº 102/2011, do Senado Federal, é constitucional?
daniel Pinheiro de Carvalho ................................................................................. 181
 Introdução ...................................................................................................... 181
1 Breve histórico sobre as polícias militares no Brasil............................................ 182
2 Teor da PEC nº 102/2011 ................................................................................. 184
3 Exclusividade da investigação criminal pela polícia unificada e fim do controle 
 externo exercido pelo Ministério Público .......................................................... 188
4 Provimento dos cargos das carreiras policiais unificadas ................................... 195
4.1 Da inconstitucionalidade da regra que permite a ascensão funcional ................ 195
4.2 Da inconstitucionalidade da transposição entre cargos com atribuições, 
 estrutura remuneratória e requisitos de ingresso distintos ................................ 200
5 Da inconstitucionalidade da cláusula que assegura aos inativos e pensionistas 
 das carreiras policiais as garantias da paridade e da integralidade, por ofensa 
 ao direito à igualdade ...................................................................................... 202
6 Da desmilitarização da polícia ostensiva e unificação das polícias ..................... 203
 Conclusão ....................................................................................................... 204
 Referências ..................................................................................................... 206
O conflito entre o regulamento autônomo e a lei
Felipe nogueira Fernandes ................................................................................... 209
1 Introdução ...................................................................................................... 209
2 O poder regulamentar ..................................................................................... 211
3 Espécies de regulamentos ................................................................................ 211
4 O regulamento autônomo no direito brasileiro ................................................. 213
5 Conclusão ....................................................................................................... 224
 Referências ...................................................................................................... 225
A judicialização de políticas públicas relativas à segurança pública é o melhor 
caminho?
andré Petzhold dias .............................................................................................. 227
1 Introdução ...................................................................................................... 227
2 Do estado de natureza à reunião em sociedade (Estado Político) ...................... 229
3 Visão atual do Estado Liberal e sua atuação ..................................................... 231
4 Segurança pública na CF 88 – Preâmbulo, artigos 5º, 6º e 144 ........................ 234
5 Características do direito à segurança pública .................................................. 238
6 Políticas públicas – Conceito, características e consequências de sua 
 formulação e implementação coercitiva pelo Poder Judiciário ........................... 242
7 Necessidade de constante atualização de políticas de segurança pública .......... 244
8 Rigidez das fases procedimentais como incompatibilidade ............................... 246
9 Institutional choice – O Judiciário é a melhor instituição para decidir sobre 
 políticas de segurança pública? ........................................................................ 248
10 Considerações finais ........................................................................................ 249
 Referências ...................................................................................................... 249
Apresentação
A publicação da 12. ed. da Revista Debates em Direito Público traduz 
uma nova fase no processo de seleção de seus textos. A partir desta edição 
a Revista passou a utilizar o sistema double blind review para avaliação dos 
artigos. O emprego desse sistema significa maior objetividade na análise 
e avaliação dos textos e, consequentemente, um passo importante para 
melhor qualificação acadêmica da Revista.
Mantendo o nível do debate jurídico-acadêmico das edições an -
te riores, esta edição inicia-se com as transcrições das palavras do Dr. 
Diogo de Figueiredo Moreira Neto, a partir da Conferência apre sen tada 
ao XIII ENAU — Encontro Nacional dos Advogados da União —, em 
Brasília, 08 de novembro de 2012, que trataram da evolução do con-
trole de juridicidade no Estado Democrático de Direito. Em seguida, o 
Dr. Dante Figueroa trata das tendências e novidades constitucionais no 
contexto da América Latina.
Em sequência, a Dra. Patrícia Lima Sousa e o Dr. Antonio Augusto 
Ignacio Amaral analisam o acesso à informação e transparência governa-
mental na Administração Pública brasileira. O Dr. Eugenio Müller Lins 
de Albuquerque, por sua vez, traz reflexões sobre controle, legalidade 
e discricionariedade. Já o Dr. Márcio Fernando Bouças Laranjeiras 
aborda em seu artigo a questão do tombamento dos bens públicos e a 
abrangência e o alcance da regra contida no Decreto-Lei nº 3.365, de 
1941. Em seguida, a Dra. Valkiria Silva Santos Martins disserta sobre a 
autorização ambiental de funcionamento e as lavras ilegais de minério.
Já o Dr. Marco Aurélio Ventura Peixoto nos oferece contribuição 
relevante sobre a suspensão de liminar e as polêmicas decorrentes desse 
instituto. De outra parte, o Dr. Daniel Pinheiro de Carvalho aborda tema 
relacionado à desmilitarização da polícia, a partir da análise da Proposta 
de Emenda à Constituição nº 102, de 2011, do Senado Federal. O Dr. 
Felipe Nogueira Fernandes, por sua vez, dedica-se a tema importante 
no âmbito da Administração Pública ao analisar eventual conflito nor-
mativo entre lei e regulamento autônomo emanado por Chefe do Poder 
Executivo. Por fim, o Dr. André Petzhold Dias tece explanações sobre a 
judicialização de políticas públicas relativas à área de segurança pública.
Feitas as apresentações, aproveito a oportunidade para deixar 
consignado meu agradecimento ao Presidente da Associação Nacional 
dos Advogados da União, Dr. Rommel Madeiro de Macedo Carneiro, 
pela confiança na assunção dessa função; ao ex-presidente do Conselho 
Editorial, Dr. Francisco Alexandre Colares Melo Carlos, pelo repasse 
das informações necessárias para a condução destemister; aos autores e 
membros do Conselho Editorial, pela paciência, agilidade e excelência de 
suas contribuições; e, por derradeiro, à Editora Fórum, pela qualidade, 
profissionalismo e seriedade na condução deste trabalho.
Erico Ferrari Nogueira
Presidente do Conselho Editorial
Evolução dos controles de juridicidade 
no Estado Democrático de Direito – 
A busca do equilíbrio entre o político 
e o jurídico: revisitando a missão da 
Advocacia de Estado1
Diogo de Figueiredo Moreira Neto
Professor Titular da Universidade Candido Mendes. Procurador do estado do Rio de Janeiro.
Palavras-chave: Separação de poderes. Democracia na pós-modernidade. 
Controle de juridicidade.
Sumário: 1 Introdução – 2 Origem do conceito da divisão tripartite de 
poderes – 3 Releitura do conceito de separação de poderes como uma 
separação de funções – 4 A multiplicação democrática dos controles da 
sociedade sobre o Estado – 5 Essencialidade do novo conceito dos controles 
independentes, formais e informais, exercidos pela sociedade à plenitude 
da democracia na pós-modernidade – 6 Conclusão
1 Introdução
Na origem, a distinção entre interesses individuais e interesses coletivos, 
que ditará a necessidade de priorizar uns ou outros, conforme as circuns-
tâncias. Em consequência, surgem as confrontações entre a liberdade, con-
gênita ao indivíduo, e a autoridade, conata ao grupo, que, com o tempo, 
passam a informar o que hoje se considera, respectivamente, conforme 
a prevalência que se atribua à primeira ou à segunda, respectivamente, 
a tônica dos regimes democráticos ou dos autocráticos.
Paralelamente, será o enriquecimento do discurso dos valores que 
definirá, no espaço e no tempo, as inúmeras espécies históricas de re­
gimes: tanto as efetivamente vivenciadas como aquelas hipoteticamente 
concebidas, que se inclinam, ora com predomínio dos valores referidos 
ao indivíduo, ora com prelazia dos valores referidos ao grupo.
Em todas essas experiências, porém, encontram-se sempre valores 
predominantes que, uma vez incorporados à ordem jurídica em sua milenar 
1 Conferência apresentada ao XIII Encontro Nacional dos Advogados da União (ENAU), em Brasília, 08 de 
novembro de 2012.
10 Diogo de Figueiredo Moreira Neto
evolução, ditam os limites de direito entre os protagonistas da política — a 
sociedade e o Estado — que nos chegaram à Modernidade.
Não obstante a diversidade de combinações políticas historica-
mente experimentadas, ou mesmo as meramente concebidas, é possível 
distinguir um bloco de valores convergentes para a caracterização da 
justiça, assim entendida como síntese axiológica de um hipoteticamente 
justo equilíbrio que se deva alcançar entre os poderes individuais entre si, 
destes com os coletivos e entre os próprios coletivos, incluídos aqueles 
que passaram a ser formalmente atribuídos ao Estado e, por isso, cate-
gorizados como poderes estatais.
Assim é que, perseguindo o ideal de justo equilíbrio entre interesses, 
além da demarcação precisa dos limites jurídicos, tanto da ação dos po-
deres conferidos ao Estado como dos poderes retidos pelos indivíduos, 
tornou-se necessário definir um sistema de controle voltado à observância 
desses limites, assim erigido a tema nuclear para o Direito Público desde o 
surgimento do Estado moderno.
Neste ensaio, já posto sob a óptica pós-moderna, releva apreciar 
a obsolescência, entre outros conceitos que se tornaram míticos com a 
Modernidade, destacadamente, o da divisão de poderes, provocada pelo 
ressurgimento e da expansão contemporânea dos direitos humanos e da 
democracia, que vieram reorientar e redefinir todo o sistema de contro-
le estatal, no centro do qual passou a desempenhar papel essencial a 
Advocacia de Estado.
2 Origem do conceito da divisão tripartite de poderes
Em breves traços, remonta a Aristóteles a mais antiga discrimina­
ção das funções públicas atribuídas à polis: a deliberação sobre os assuntos 
públicos, a administração de sua realização e a administração da justi-
ça. Esse mesmo esquema tripartite se repetiu com Maquiavel, com sua 
separação de funções parlamentares, reais e judiciais. Foi, porém, com 
Locke, que essa discriminação de funções se converteu no embrião da 
teoria da separação de poderes, que se integraria, com Montesquieu, com 
sua observação, no Livro VI do Espírito das leis, sobre a experiência in-
glesa, ao destacar o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, como poderes 
independentes e harmônicos.
Evolução dos controles de juridicidade no Estado Democrático de Direito – A busca do equilíbrio... 11 
Assim, a expressão “poder” na língua inglesa, tal como recolhida 
por Montesquieu, tornar-se-ia sinédoque amplamente difundida para 
o enunciado da vitoriosa fórmula política destinada a incrementar a 
eficiência da governança pública pela especialização funcional e, simulta-
neamente, promover a limitação do poder, por sua compartimentação, que, 
até então, estivera fortemente concentrado nos reis e caracterizando, 
por longo tempo, a hegemonia do absolutismo.
O amadurecimento dessa concepção se processou através das três 
grandes Revoluções Liberais: iniciou-se com a Revolução Gloriosa (1688-
1689), a que se deve a contribuição do modelo inglês da independência do 
Parlamento ante a Coroa; prosseguiu com a Revolução Americana (1775-
1783), com a contribuição da independência da Suprema Corte dos Estados 
Unidos da América; e concluiu-se com a Revolução Francesa (1789-1799), 
que conferiu independência à Administração Pública.
Esse modelo, que, com algumas variações, seguiria a linha fundada 
nos conceitos de independência e de harmonia entre os poderes, inspirou a 
grande maioria das Constituições que se seguiram e resistiu, até mesmo, 
ao fatídico renascer absolutista do século XX.
3 Releitura do conceito de separação de poderes como uma 
separação de funções
A necessidade de expandir o modelo tripartite assomou justamente 
com a geral convicção de que a fórmula não havia logrado proteger as 
sociedades das autocracias absolutistas que haviam proliferado e tornado 
o século XX em um sinistro intermezzo histórico de holocausto e sangue.
Com efeito, havia se confiado que as limitações introduzidas pelo 
modelo tripartite, dotadas dos contrapontos parlamentar e judicial insti-
tuídos, seriam suficientes para refrear a histórica tendência à hipertrofia 
patológica dos governantes executivos, constantemente intentada por 
Chefes de Estado carismáticos e manipuladores perversos das raras ins-
tituições de controle político, então extremamente vulneráveis, quando 
não apenas decorativas.
Mas os horrores de duas Guerras Mundiais, a que se seguiria ain-
da uma “Guerra Fria”, mas não menos letal e angustiante, no curso das 
quais a pessoa humana de pouco ou nada valia ante os despóticos donos 
do poder, exauriu essa ingênua confiança, tendo sido a dura lição de 
12 Diogo de Figueiredo Moreira Neto
que necessitaram os povos exaustos e exangues da Europa, a começar 
dos mais atingidos sacrificados — Itália e Alemanha — para conseguir 
ultrapassar o modelo superado.
Era necessário recomeçar pela revisão do vínculo entre sociedade e 
Estado, não mais como uma relação de sujeição, mas como uma relação 
de serviço, devolvendo ao indivíduo a condição de cidadão e não de 
súdito, mudança se processou, a partir do término da Segunda Guerra 
Mundial, com o processo juspolítico de transformação do modelo tri-
partite clássico, na busca do almejado equilíbrio entre o poder político e 
seu controle jurídico.
Como o simples controle político, que havia sido alcançado com a 
instituição dos processos eletivos para a escolha dos governantes se tinha 
mostrado insuficiente, a sociedade demandava novos canais instituciona li­
zados de controle, notadamente para evitar uma perigosa recidiva das devas-
ta doras ideologias autoritárias e totalitárias do séculoXX, garan tindo 
o primado da pessoa humana e, paralelamente, canalizando ordei ra mente 
as emergentes e crescentes demandas das sociedades pós-modernas.
Esse novo modelo haveria, assim, de multiplicar e de aperfeiçoar 
os canais participativos da cidadania, para tanto instituindo novas funções 
constitucionalmente independentes da sociedade, que operassem harmonicamente 
dentro do próprio aparelho de Estado. 
4 A multiplicação democrática dos controles da sociedade sobre o 
Estado
O atingimento do almejado equilíbrio — entre os poderes individu-
ais entre si, destes com os coletivos e entre os próprios coletivos, incluídos 
aqueles formalmente atribuídos ao Estado e, por isso, categorizados como 
poderes estatais — necessitava não apenas de uma ampliação dos controles 
sociais sobre o Estado, como a garantia de sua efetividade, o que só se obteria 
satisfatoriamente dotando­os de novas expressões próprias do poder estatal, 
quebrando e expandindo o provecto — e já mítico — conceito tripartite.
Porém essas novas funções a serem introduzidas não deveriam estar 
atreladas a orientações e interesses partidários, senão que, por serem lídi-
mas expressões de valores fundantes da sociedade como um todo, deveriam, 
à semelhança das funções jurisdicionais, ser exercidas com independência 
político­partidária, ou seja, como funções neutrais.
Assim, no novo modelo, o controle sobre o Estado administrador se 
desdobra: o antigo, exercido pelos tradicionais controles internos a cargo 
das funções legislativas e executivas, ambas política e partidariamente 
orientadas e cometidas a órgãos próprios do Estado, e o novo, secundo, 
exercido por controles externos a cargo de funções de fiscalização, promoção e 
defesa de interesses constitucionalmente assegurados, tanto cometidas e 
exercidas formalmente, por órgãos independentes da sociedade, política 
e partidariamente neutrais, instituídos no próprio aparelho de Estado, como, 
informalmente, pela cidadania, fora do aparelho de Estado.
Como se depreende, a pluralização, bem como a especialização 
desses novos controles — politicamente neutros e capilarmente dissemi-
nados por todo o corpo social —, passa a desempenhar papel essencial, 
não apenas para manter a legalidade estrita da ação estatal, como, inova-
doramente, também a sua legitimidade e licitude, atuando como sistemas 
formais e informais de proteção da juridicidade.
Assim é que a Constituição brasileira ostenta hoje rica diversificação 
de funções de controle neutrais, além da tradicionalmente exercida pelo 
Judiciário, com suas características próprias de ser passivo e terminativo. 
São elas:
1. As funções neutrais constitucionalmente independentes de fisca-
lização contábil, financeira e orçamentária, para a tutela da lega-
lidade, legitimidade e economicidade da gestão administrativa,2 
e da impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da 
gestão pública, categorizadas como atividades de zeladoria e 
controle, cometidas ao sistema de Tribunais de Contas;3 4 
2. As funções neutrais constitucionalmente independentes de con-
trole da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário 
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, de custódia 
da autonomia da instituição, do cumprimento do estatuto da 
magistratura e da observância dos princípios da Administração 
Pública, de promoção de justiça em casos de crime contra 
Administração Pública e abuso de autoridade e atribuições 
2 Art. 70, caput, CF.
3 Arts. 70 a 75, CF.
4 Art. 37, caput, CF.
Evolução dos controles de juridicidade no Estado Democrático de Direito – A busca do equilíbrio... 13 
14 Diogo de Figueiredo Moreira Neto
correlatas,5 categorizadas como de zeladoria, controle e promoção 
de justiça e cometidas ao Conselho Nacional de Justiça;
3. As funções neutrais constitucionalmente independentes de con-
trole da atuação administrativa e financeira do Ministério Público 
e do cumprimento dos deveres funcionais dos seus membros, de 
custódia da autonomia funcional e administrativa dessa institu-
ição e da observância dos princípios da Administração Pública, 
e atribuições correlatas,6 categorizadas como de zeladoria e 
con trole e cometidas ao Conselho Nacional do Ministério Público;
4. As funções neutrais constitucionalmente independentes e defi-
nidas como essenciais à justiça, categorizadas como de controle, 
zeladoria e promoção de interesses juridicamente qualificados 
de toda natureza, cometidas, respectivamente, conforme a espe-
cificidade dos interesses, aos membros de quatro complexos or-
gânicos distintos: do Ministério Público,7 da Advocacia de Estado,8 9 
da Advocacia10 e da Defensoria Pública;11 e
5. As funções neutrais constitucionalmente independentes, cate-
gorizadas como de controle, zeladoria e promoção de interesses 
específicos relativos à inconstitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo federal ou estadual ou à constitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal,12 bem como em concursos públicos de 
ingresso na magistratura,13 no Ministério Público14 e nas procu-
radorias dos Estados e do Distrito Federal,15 cometidas à Ordem 
dos Advogados do Brasil.
5 Art. 103-B, §4º, CF.
6 Art. 130-A, §2º, CF.
7 Art. 129, CF.
8 Art. 131, CF (da União) e art. 132, CF (dos Estados e do Distrito Federal).
9 Não obstante a Constituição nomear apenas a advocacia de Estado da União, dos Estados-membros e 
do Distrito Federal, também a advocacia de Estado dos Municípios e a das autarquias de todos os 
níveis federativos estão nela implícitas: 1º - porque, sendo idênticas as funções, impõe-se a isonomia de 
tratamento; 2º - porque o constituinte não teve intenção em discriminar, fechando um elenco taxativo, 
mas somente de dar destaque institucional às nominadas; 3º - porque todos seus exercentes, uma vez 
providos por investidura pública, como tal, gozam da mesma fé pública, que impõe ser reconhecida, como 
comanda o art. 19, II, CF.
10 Art. 133, Constituição da República Federativa do Brasil.
11 Art. 134, Constituição da República Federativa do Brasil.
12 Art. 103, VII, Constituição da República Federativa do Brasil.
13 Art. 93, I, Constituição da República Federativa do Brasil.
14 Art. 129, §3º, Constituição da República Federativa do Brasil.
15 Art. 132, caput, Constituição da República Federativa do Brasil.
5 Essencialidade do novo conceito dos controles independentes, 
formais e informais, exercidos pela sociedade à plenitude da 
democracia na pós-modernidade
Redirecionados todos os controles examinados de proteção à pessoa 
humana, com sua vida e dignidade, resulta que a sua expressão política 
democrática tornou-se constitucionalmente essencial.
Com efeito, leitura atenta da Carta põe este valor em evidência, 
não obstante a inversão operada pelo constituinte no artigo 1º, pois, 
se o fundamento sine qua non é a dignidade humana (art. 1º, II), tanto o 
fundamento da cidadania, que equivocadamente o antecede (art. 1º, II), 
como o do pluralismo político, que acertadamente lhe sucede (art. 1º, V) 
são seus evidentes consectários.
Assim, é da existência desse duplo fundamento — da cidadania e 
do pluralismo — que se há de dessumir a existência de uma democracia, 
tal como afirmada na própria caracterização constitucional dada ao Estado 
brasileiro: como Democrático (art. 1º, caput).
Mas, em que pese essa clara afirmação, à efetiva realização da demo­
cracia opõe-se a resistência dos restolhos da herança absolutista trazida da 
Modernidade, ainda mais agravada por nossa tradição ibérica, proclive 
à imperatividade, às imunidades e privilégios do poder.
O controle do Estado por seus próprios órgãos politicamente deci-
sórios — parlamentares e executivos — portanto, um controle interno, por 
serem político­partidariamente comprometidos, obviamente não logra atender 
às qualidades de generalidade e de neutralidade exigidas por umEstado 
Democrático, instituído sobre o fundamento da igualdade política dos 
cidadãos, o que deles faz, a cada um, órgãos aptos a exercer o controle.
Por outro lado, como o controle externo exercido pelo Poder Judiciário, 
que é tradicionalmente neutral, só atua provocado, a solução constitucional 
voltou-se à pluralização dos órgãos de fiscalização e de promoção, bem como 
à criação de instâncias administrativas intermédias de controles especializados, 
todas dotadas de iniciativa própria e de independência funcional.
Com esses avanços e aperfeiçoamentos, integra-se no País um 
sistema nacional democratizado de controles, já não apenas do Estado (os tra-
dicionais), como no Estado (os novos), que cumprem harmonicamente a 
elevada missão de acrescer à democracia formal, que é a referida à escolha 
Evolução dos controles de juridicidade no Estado Democrático de Direito – A busca do equilíbrio... 15 
16 Diogo de Figueiredo Moreira Neto
dos agentes políticos eletivos, a democracia substancial, que é a referida à 
escolha das ações públicas.
Esse valioso processo democratizante, para o qual tanto tem contri-
buído os novos órgãos constitucionalmente independentes, só não tem 
progredido mais, pela falta de hábito de o cidadão lutar pelos próprios 
direitos, notadamente os coletivos e difusos, não obstante o grande avanço 
nesse sentido já registrado desde a vigência da Constituição de 1988.
Por outro lado, permanece a velha resistência aos controles, por parte 
dos detentores do poder político, por motivos mais históricos que ju-
rídicos, porém que mais se agravam com o fenômeno, universalmente 
observado por juristas e cientistas sociais de diferentes especializações, 
da imbricação paulatina da política e do direito, de modo que a atividade 
política se vai tornando cada vez menos infensa aos controles jurídicos, e 
a atividade jurídica, cada vez mais pervasiva das imunidades da política.
É o que ocorre, exemplificativamente, com a crescente preocupação 
como o controle da gestão pública, não apenas em seu iter administrativo, 
mas em todo o seu percurso, ou seja: desde o planejamento, passando 
pela orçamentação e pela execução, até o atingimento concreto do resultado.
Observe-se que desde a sua formulação — política e administrativa 
— desse assim caracterizado complexo processual das políticas públicas, ele 
se tornou constitucionalmente sujeito aos controles instituídos de juridi­
cidade, que se estendem desde suas fases híbridas iniciais — quais sejam 
as do planejamento e da orçamentação, pois que demandam ambas atos 
coordenados materialmente administrativos e formalmente legislativos 
— até a sua fase executiva, que é puramente administrativa, compreen-
dendo, como entende a mais recente doutrina administrativista, o seu 
consequente resultado.
6 Conclusão
Em suma, as funções essenciais à justiça apresentam-se, nesta exposi-
ção, como órgãos da sociedade inseridos no aparelho de Estado, para o exercício 
de diversificadíssimas funções de controle de juridicidade — de fiscalização, de 
promoção e de defesa —, cobrindo todo o espectro de direitos garantidos pela 
Constituição.
Sua missão é tanto mais importante e delicada quando a esfera de 
atuação cometida à Advocacia de Estado envolve, necessariamente, todo o 
complexo parlamentar e executivo da gestão pública, não mais se restringindo, 
como no passado, à sua mera fase administrativa, envolvendo, portanto, 
todo o espectro do controle de juridicidade, ou seja: do planejamento, da 
orçamentação, da execução e, notadamente, da efetivação de seu resultado.
Por isso, em razão de seu campo de atuação jurídica se ter tornado 
profundamente imbricado com a atuação política — já que esta não mais 
poderá se processar nem fora nem, muito menos, acima do Direito — a missão 
da Advocacia de Estado se apresenta, cada vez mais, como imprescindível à 
realização neutral da justiça e, em consequência, da democracia.
Eis porque atentarão contra a pureza e a elevação constitucional 
dessa missão, que lhes é constitucionalmente cometida, aos Advogados de Estado, 
pela sociedade, tanto o receio de seus membros de desagradar quaisquer agentes 
políticos que se sintam contrariados, como, e com mais razão, a pretensão 
destes de dirigir ou condicionar espuriamente a ação dos Advogados de Estado 
de modo a que atuem em contrariedade de sua consciência jurídica e de sua 
independência funcional.
Nada, portanto, deverá desviá-los dos interesses públicos primários 
da juridicidade, para atender a interesses públicos secundários, quando 
não a interesses públicos terciários, partidariamente orientados, sempre 
que afrontem o direito, a justiça e a democracia, pois que estes valores 
fundamentais nesses agentes têm a sua primeira e essencial linha de defesa.
Violado está, em suma, o próprio conceito de Estado Democrático 
de Direito, se não existir recíproco respeito e acatamento a todos os insti-
tutos de controle de juridicidade constitucionalmente instituídos para 
sua defesa.
Teresópolis, primavera de 2012.
Evolução dos controles de juridicidade no Estado Democrático de Direito – A busca do equilíbrio... 17 
Current Constitutional Developments 
in Latin America
Dante Figueroa
Professor da Georgetown University de Washington DC, Washington College of Law, na cadeira 
de International Business Transactions in Latin America and Latin American Law. Senior Legal 
Information Analyst on Latin American Law. Consultor da Library of US Congress. Advogado 
no Chile, em New York e Washington DC.
Abstract: This article seeks to identify the new constitutional philosophies 
underlying the most important constitutional changes that have occurred 
in Latin America since 1999, when the new Constitution of Venezuela was 
passed. This brief examination does not address every Latin American 
country, or every aspect of constitutional law. The countries sampled 
have been selected based on their strong departure from constitutional 
tradition; the far-reaching effects of their political, social, and economic 
aims; or because of the high geopolitical relevance of such jurisdictions. 
The areas of focus cover the economic, social, and political bases of the 
State; the organization of the State and the distribution of power among 
the branches of government; and the constitutional protection of perso-
nal freedoms. The article also highlights some new areas of attention on 
constitutional drafting in the region, including the rights of indigenous 
peoples, third-generation rights, and the validity and influence of inter-
national law at the domestic level.
Key words: Constitutional Law. Latin America Constitutional Systems. 
Historical and comparative aspects. 
Summary: 1 Introduction – 2 What is New in Constitutional Law in 
Latin America? – 3 The Traditional Family – 4 Political Participation and 
Political Parties and Movements – 5 Personal Freedoms – 6 Reforms in 
Criminal Procedure and Sentencing – 7 Changes Affecting the Branches 
of Government – 8 Constitutional Emergencies – 9 Economic Model – 10 
Fight against Narcotrafficking and Organized Crime – 11 Fight against 
Government Corruption – 12 International Law and International 
Relations – 13 Constitutional Amendment Procedures – 14 Conclusion
1 Introduction
Latin America is an area of the world in constant change, sometimes 
peaceful, and sometimes not. Political and social changes ultimately find 
their way into the constitutional framework of Latin American jurisdic-
tions. An examination of constitutional law developments in the region 
since 1999, when the new Venezuelan Constitution was passed, shows that 
there are many common aspects to these constitutional developments. 
20 Dante Figueroa
Accordingly, this article seeks to identify the new constitutional philoso-
phies underlying the most important changes that occurred inthis period 
of time and determine their commonalities.
This brief examination does not address every Latin American 
country, or every aspect of constitutional law. The countries sampled 
have been selected based on their strong departure from constitutional 
tradition; the far-reaching effects of their political, social, and economic 
aims; or because of the high geopolitical relevance of such jurisdictions. 
The areas of focus cover the economic, social, and political bases of the 
State; the organization of the State and the distribution of power among 
the branches of government; and the constitutional protection of per-
sonal freedoms. The article also highlights some new areas of attention 
on constitutional drafting in the region, including the rights of indige-
nous peoples, third-generation rights, and the validity and influence of 
international law at the domestic level. 
In this context, this survey focuses on the new constitutions of 
Venezuela (1999); Ecuador (2008); and Bolivia (2009). It also encompas s-
es constitutional amendments passed in Mexico in 2008, 2009, and 2011, 
related to constitutional guarantees, criminal justice, government cor-
ruption, kidnapping, organized crime, secular character of the country, 
and human rights. The study further explores the constitutional changes 
that occurred in Colombia in 2009 and 2012 related to the recognition 
of third-generation rights, to political parties and movements, to the 
peace process, and to military jurisdiction. Reference is also made to 
Peru’s constitutional amendment of 2009 concerning the organization 
of the legislative branch. Furthermore, two constitutional decisions con-
cerning presidential succession, one from Nicaragua (2009), and another 
from Colombia (2010), are examined. Similarly, this survey analyzes the 
Ecuadorian Referendum of 2011 that introduced amendments to the 
judicial branch. Finally, the constitutional aspects of the political trial 
against former president Lugo (2012) and the succession of Hugo Chavez 
after his death (2013) will be examined. 
2 What is New in Constitutional Law in Latin America?
A first glance at recent constitutional law developments shows 
several trends, described below:
Current Constitutional Developments in Latin America 21 
2.1 Re-Foundational Aspirations 
It was the Constitution of Venezuela of 1999 that set the stage for 
new political aspirations to rebuild society. Its preamble declares that the 
supreme goal of the Venezuelan people is to 
refound the Republic to establish a society that is democratic, participatory, 
and protagonist, multiethnic and pluricultural in a State of justice, federal 
and decentralized, that consolidates the values of freedom, independence, 
peace...1
Following this trend, the Constitution of Bolivia of 2009 provided 
in its preamble,
[W]e left behind our colonial, republican, and neoliberal past. We assume 
the historic challenge to build collectively our Social Unitarian State of 
Communal Plurinational Law, that integrates and articulates the purpose 
of advancing toward a Bolivia that is more democratic, productive, and that 
carries, inspires, and is engaged in peace.2 
The preamble continues, saying straightforwardly that “we ... build 
a new State ... [and] we ... refound Bolivia.”3
Coupled with the refoundational aim is a strong reaction against 
perceived “foreign influence.” This has been an issue long present in 
Latin American constitutionalism, but only recently has it emerged so 
strongly. In Bolivia, again, the Constitution expressly includes a prohi-
bition against the installation of foreign military bases in the national 
territory.4 Renewed efforts at implementing Simón Bolívar’s aspiration 
of making Latin America a single political unit in the form of Latin 
American integration are also noticeable in recent constitutions.5
1 1999 CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA BOLIVARIANA DE VENEZUELA (hereinafter, 1999 CONST. OF 
VENEZUELA), Gaceta Oficial del jueves 30 de diciembre de 1999, No 36.860, available at: <http://www.
asambleanacional.gob.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=24728&Itemid=238&lang
=es>. All translations in this article are those of the author unless otherwise stated.
2 REPÚBLICA DEL BOLIVIA CONSTITUCIÓN DE 2009 (hereinafter, 2009 CONST. OF BOLIVIA), available at: 
<http://consuladoboliviano.com.ar/portal/node/119>.
3 Id.
4 Id. art. 10(III).
5 2008 CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA DEL ECUADOR (hereinafter, 2008 CONST. OF ECUADOR) pmbl., 
available at: <http://www.asambleanacional.gov.ec/documentos/Constitucion-2008.pdf>; 2009 CONST. 
OF BOLIVIA art. 265(I). 
22 Dante Figueroa
2.2 Rupture in the Historical Relationship between the Catholic 
Church and the State
With a few historical exceptions,6 Catholicism has been the constitu-
tionally-enshrined official religion of most Latin American countries since 
their independence. Profession of the Catholic faith was even required 
in some cases for high officials to assume office.7 Venezuela signaled a 
departure in 1999 when it established that, “the State shall guarantee 
freedom of religion and cult”,8 and that “freedom of conscience and faith 
and in the teaching of religion shall be recognized and guaranteed... 
without any dogmatic imposition”.9
Bolivia’s 2009 Constitution, in turn, recognizes “freedom of religion 
and spiritual beliefs”,10 and that the “State is independent from religion”.11 
The Constitution goes a step further in replacing the Catholic religion 
as the moral foundation of the Bolivian society by affirming that the 
“state assumes and promotes as ethical principles of the plural society, 
aboriginal mottos such as: ‘don’t be lazy, a liar, or a thief ’”.12
Ecuador’s Constitution, in this vein, recognizes “all diverse forms 
of religiosity and spirituality, and the wisdom of all cultures”.13 It too 
reaffirms the “right to practice, keep, change, or profess publicly or 
privately, each one’s religion or beliefs [and asserts the State’s duty] to 
protect voluntary religious practices, as well as the expressions of those 
who do not profess any religion”.14
Following this trend, in 2012 Mexico — a country with one of 
the most catholic societies in the world — amended Article 40 of its 
Constitution15 establishing that Mexico is a “secular”16 country. When 
6 E.g., the case of Mexico under Porfirio Díaz, who served as the country’s President in the early nineteenth 
century.
7 E.g., the case of former President Carlos Saúl Menem of Argentina, first elected to the Presidency in 1989, 
who converted from Islam to Catholicism in order to be sworn in because the Constitution of Argentina 
then required the President be a Catholic. Constitutional amendments adopted in 1994 eliminated this 
requirement.
8 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 59.
9 Id. art. 86.
10 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 4 (emphasis added). 
11 Id.
12 Id. art. 8.
13 2008 CONST. OF ECUADOR, pmbl.
14 Id. art. 66, No. 8.
15 Mexico’s Official Gazette of the Federation, available at: <http://www.dof.gob.mx/nota_detalle.php?cod
igo=5280961&fecha=30/11/2012>.
16 Article 40 of the Mexican Political Constitution states that “it is the will of the Mexican people to constitute 
itself as a representative, democratic, secular, and federal Republic, comprised by free and sovereign states 
Current Constitutional Developments in Latin America 23 
discussing the bill at the Mexican House of Representatives, one represen-
tative argued that “granting an express secular character to our Mexican 
State would both continue and confirm the path that our legislators posed 
when drafting the Constitution of 1857, reaffirmed by the legislators of 
the Constitution of 1917, because it has been proved, in our collective 
experience and in the experience of other nations, that secularism is an 
effectiveformula for coexistence of pluralism”.17 
2.3 Moralistic Overtone in the New Constitutional Principles
Recent constitutional developments in Venezuela and Ecuador, to 
name the principal players, are imbued with philosophical and ethical 
calls to goodness, harmony, social integration, virtue, and other moralistic 
goals. The Constitution of Ecuador, for example, created an institutional 
apparatus called “National Equality Councils,” and other special mecha-
nisms “for the control of public ethics and individual moral behavior”.18
In 1999 Venezuela had already institutionalized a fourth branch 
of government attached to the traditional three, called the “Citizens’ 
Power” (Poder Ciudadano), whose responsibility is to “prevent, investigate, 
and punish conduct that violates public ethics and administrative morals 
[and to] promote education as a creative process of the citizenry, as well 
as solidarity, liberty, democracy, social responsibility, and labor”.19 The 
Citizens’ Power is exercised by the Republican Moral Council, composed 
of the National People’s Defender, the Attorney General, and the General 
Comptroller.20
2.4 Promotion of Indigenous Causes
The promotion of the causes of indigenous peoples is an area 
where much innovation has occurred in Latin American constitutional 
law. The pantheistic philosophical bases of this new movement are clearly 
concerning its internal regime; but united in a federation established in accordance with the principles of 
this fundamental law”. 
17 Ruperto Patiño, La Reforma del Artículo 40 Constitucional [The Amendment of Article 40 of the 
Constitution], Biblioteca Jurídica virtual del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM 418, available 
at: <http://biblio.juridicas.unam.mx/libros/7/3101/28.pdf>.
18 Id. art. 176.
19 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 274.
20 Id. art. 273, para. 2.
24 Dante Figueroa
stated in the constitutions of Ecuador and Bolivia.21 The preamble of the 
Ecuadorean Constitution “celebrates the ‘Pacha Mama’” — an indigenous 
concept referring to planet earth — of which, it says, “we are all a part”. 
The Constitution of Bolivia, in turn, deifies the planet earth under the 
term, “sacred Mother Earth”.
This ideological conception is intimately connected with a clear 
repudiation of the “colonial, republican, and neoliberal State”.22 The 
Venezuelan charter “condemns all forms of imperialism, colonialism, 
and neocolonialism”,23 while the Ecuadoran Constitution galvanizes 
the “Ecuadoran people” as the “heirs of the social fights for the libera-
tion from all forms of domination and colonialism”.24 The Bolivian 
Constitution openly speaks about the existence of original indigenous 
farming peoples (pueblos indígenas originarios campesinos), who existed 
“prior to the colonial Spanish invasion”.25 
Several consequences emanate from these new developments:
2.4.1 Constitutional Recognition of the Multiplicity and Plurality of 
the New Nations
The recognition of racial diversity in the country has accompanied 
the recognition of the primacy of the aboriginal element. In Bolivia, at 
least, new electoral districts have been formed to guarantee the repre-
sentation of indigenous populations.26 The territorial and administrative 
decentralization of the Bolivian State is guaranteed at the regional, local, 
municipal, and other autonomous levels, and is to be achieved based 
on the presence of indigenous populations.27 The self-government of 
local indigenous populations is now constitutionally protected and 
encouraged.28 
21 See 2009 CONST. OF BOLIVIA, ch. IV, “Rights of Original Indigenous Farming Peoples and Nations”.
22 Id., pmbl.
23 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 416, para. 8. This language is repeated in article 255(2) of the Constitution 
of Bolivia, which states that one of the principles guiding the negotiation and execution of international 
treaties is “[t]he rejection and condemnation of all forms of... colonialism, neocolonialism, and imperialism”.
24 2009 CONST. OF BOLIVIA, pmbl.
25 Id. art. 30, §2.
26 Id. art. 146(VII). It is also worth mentioning that in Bolivia’s neighboring country, Peru, a constitutional 
amendment bill that would create the Special Electoral District for Native Communities and Original Peoples 
is pending before the Peruvian Congress. See Bill 04332/2010-CR, of Sept. 23, 2010.
27 2009 CONST. OF BOLIVIA arts. 270, 303(2) & 391(3).
28 Id. art. 2.
Current Constitutional Developments in Latin America 25 
Venezuela recognizes the preservation of indigenous peoples’ 
social, political, and economic organizations, as well as their culture, 
traditions and ancient customs, languages, and religions.29 This consti-
tutional recognition extends to their “ethnic and cultural identity, values, 
spiritualities, and sacred and cult places”.30 The Venezuelan Constitution 
also guarantees aboriginal representation in the National Assembly and 
at other subnational levels.31 Finally, the composition of the National 
Assembly includes representation quotas for indigenous communities.32 
2.4.2 Official Language
Consistent with tradition, in 1999 Venezuela recognized Castilian 
as the official language of the country. However, it stated that indigenous 
languages are “also of official use”.33 Bolivia went a step further and 
stated that, besides Castilian, thirty-seven other indigenous languages 
are “official languages of the State” as well.34 The actual implications of 
these innovations remain to be seen.35
2.4.3 Aboriginal Medical Practices
Venezuela gave constitutional recognition to indigenous medical 
practices, and prohibited the registration of patents involving their 
ancestral resources and their knowledge related to genetic resources.36 
Traditional and natural aboriginal medical practices are also included 
in the governmental guarantee of the right to health care in Bolivia.37 
The Constitution of that country also protects the “original and ancestral 
29 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 119. In the context of advancing the indigenous cause, the Constitutional 
Court of Colombia rendered a decision in 2010 approving an affirmative action program implemented 
by a Colombian university for persons with indigenous ancestry. Case T-110/10, Acción de tutela contra 
la Universidad Industrial de Santander, Ministerio de Educación y el ICETEX, available at: <http://www.
corteconstitucional.gov.co/relatoria/2010/t-110-10.htm>.
30 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 121.
31 Id. art. 125.
32 Id. The Seventh Transitory Provision of the Constitution enumerates the criteria for the election of indigenous 
members of the National Assembly, and of State and Municipal Legislative Councils.
33 Id. art. 9.
34 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 5(I).
35 In Peru, a constitutional amendment bill that would amend article 48 of the Constitution to officially 
recognize aboriginal languages is pending before the Peruvian Congress. See Bill 03649/2009-CR, of 
Nov. 5, 2010. 
36 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 124.
37 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 35(II).
26 Dante Figueroa
coca, in its natural nonnarcotic state, as cultural patrimony, [as a] natural 
renewable resource of Bolivia, and as a factor of social cohesion”.38
2.4.4 Creation of Parallel Judicial Systems for Aboriginal Peoples
In an unprecedented move, the Bolivian Constitution created an 
independent judicial system parallel to, and with the same hierarchical 
level of, the ordinary judicial system called “Original Farming Indigenous 
Jurisdiction” (jurisdicción indígena originario campesina), which is in charge 
of providing civil and criminal justice for indigenous peoples.39 Several 
important questions — such as who is subject to this system, how to 
differentiate indigenous from non-indigenous parties, and whether in-
digenous persons enjoy more privileges than non-indigenouspersons 
— remain unresolved by the Constitution and need to be developed 
through implementing legislation.40 Indigenous representation at the 
Pluri-National Constitutional Tribunal is mandated by the Constitution.41
3 The Traditional Family
Even the most progressive of the Latin American constitutional 
regimes have provided constitutional protection to the traditional family 
as the fundamental nucleus of society.42 Venezuela and Bolivia provide 
constitutional recognition of marriage as between a man and a woman.43 
Both countries also recognize stable, de facto unions between a man and 
a woman as having the same legal consequences as marriage.44 
4 Political Participation and Political Parties and Movements 
Political participation is an area where constitutional activity is 
exceedingly strong in Latin America. Two innovations are worth men-
tioning in this field. First, in 2003 Colombia amended its Constitution 
to set minimum requirements for political entities to gain legal existence 
38 Id. art. 384.
39 Id. art. 179(I), (II).
40 For more information on this new judicial system, see Bret Gustafson, Manipulating Cartographies: 
Plurinationalism, Autonomy, and Indigenous Resurgence in Bolivia, 82 ANTHROPOLOGICAL Q. 985(32) 
(Sept. 22, 2009).
41 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 199(II). 
42 Id. art. 62.
43 Id. art. 63(I); 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 77.
44 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 63(II); 1999 CONST. OF VENEZUELA art. 77.
Current Constitutional Developments in Latin America 27 
(2 percent of legally issued votes),45 with some exceptions for electoral 
districts holding minorities. The measure is effective for elections taking 
place from 2011 onwards.46 The same amendment provided for partial 
government financial contributions to political parties and movements 
with legal existence,47 and leaves it to the legislature to establish limits 
on electoral campaign expenditures by political parties and movements, 
and on private contributions to political elections.48 Second, Bolivia’s 
Constitution recognized the right of expatriates to vote in presidential 
elections, and in other elections, as determined by law.49
5 Personal Freedoms
Latin American countries have faced endemic problems related 
to corruption and the violation of human rights and freedoms. Recent 
efforts show a clear intent to tackle these phenomena. In the case of 
Mexico, multiple constitutional amendments were enacted in 2009.50 
These reforms instituted constitutional due process protections, modeled 
after the Fourteenth Amendment to the U.S. Constitution, concerning 
the person, family, and other matters covered by the constitutional right 
to privacy. Pioneering in Latin America, Mexico recognized a right of 
protection over personal information held by the government. For this 
purpose, it created the writ of habeas data (although not so named in 
Mexico), which allows persons to challenge the information gathered by 
the government about them, with certain exceptions.51 The amendment 
of 2009 requires the finding of probable cause for the issuance of judicial 
arrest orders.52 
45 CONSTITUCIÓN POLÍTICA DE LA REPÚBLICA DE COLOMBIA DE 1991 (hereinafter, 1991 CONST. OF 
COLOMBIA) art. 108, available at <http://www.senado.gov.co/.../images/stories/Informacion_General/ 
constitucion_politica.pdf>.
46 Id. art. 108, para. 1, as amended by Legislative Act No. 1 of 2003.
47 Id. art. 109, para. 1.
48 Id. art. 109, para. 4.
49 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 27.
50 CONST. OF MEX. art. 16, as amended Aug. 24, 2009, available at <http://www.ordenjuridico.gob.mx/
Constitucion/cn16.pdf (official website)>.
51 Exceptions are based on considerations of national security, public policy, public safety and health, or the 
protection of third parties’ interests. See CONSTITUCIÓN POLÍTICA DE LOS ESTADOS UNIDOS MEXICANOS, 
as amended, Diario Oficial de la Federación, 5 Febrero de 1917 (hereinafter, CONST. OF MEXICO), art. 
16, para. 2, available at http://constitucion.gob.mx/index.php?idseccion=168&ruta=1. “Writ of habeas 
data” is the generally accepted name of the action aimed at protecting this new right in Latin America. 
Other Latin American countries, including Brazil and Colombia, have a similar writ.
52 Id. art. 16, para. 3.
28 Dante Figueroa
Constitutional amendments have also entered the era of the pro-
tection of third generation rights — namely, environmental, cultural, 
educational, and economic rights. Venezuela, again, set the tone in 1999 
when it guaranteed the right to universal health care and social security,53 
and it also included an extensive list of labor, employment, and social 
security guarantees,54 and the human right to a “democratic, free, and 
mandatory” education.55 Mexico, for its part, guarantees the constitu-
tional right to the enjoyment of culture, cultural rights, and cultural 
manifestations.56 Colombia mandates the State to provide health care 
and environmental clean-up.57 Ecuador’s Constitution contains an entire 
section on consumers’ rights.58 Finally, Bolivia crystallized the State’s 
obligation to guarantee food safety by means of “healthy, adequate, and 
sufficient nutrition for all the population”.59 Bolivia’s constitutional rights 
in the areas of education, health care, labor, consumerism, and social 
security are crafted along the lines of the Venezuelan Constitution as 
well. Interestingly, the Bolivian Constitution prohibits the privatization 
or concession of public health goods or services, or of social security 
benefits.60
6 Reforms in Criminal Procedure and Sentencing 
Perhaps the most meaningful criminal procedure reform in Latin 
America took place in Chile in 2005, with the complete replacement of 
the ancient inquisitorial criminal procedure system by an accusatorial 
system.61 Mexico followed suit and in 2008 welcomed a new accusatorial 
system as well.62 Mexico’s new procedure is generally conceived along the 
lines of U.S. criminal procedure, with the notable exclusion of a jury.63 
53 1999 CONST. OF VENEZUELA arts. 83-85.
54 Id. arts. 87-97.
55 Id. art. 102.
56 CONST. OF MEXICO as amended by Decree of April 30, 2009.
57 1991 CONST. OF COLOMBIA art. 49.
58 2008 CONST. OF ECUADOR arts. 52-55.
59 2009 CONST. OF BOLIVIA art. 16.
60 Id. arts. 38(I), 45(VI).
61 See Kirtland C. Marsh, To Charge or Not to Charge, That is Discretion: The Problem of Prosecutorial 
Discretion in Chile, and Japan’s Solution, 15 PAC. RIM L. & POL’Y J. 543 (2006); Rafael Blanco et al., Reform 
to the Criminal Justice System in Chile: Evaluation and Challenges, 2 Loy. U. Chi. Int’l L. Rev. 253 (2005); 
Carlos de la Barra, Chile: Adversarial vs. Inquisitorial Systems: The Rule of Law and Prospects for Criminal 
Procedure Reform in Chile, 5 SW. J.L. & TRADE AM. 323 (1998).
62 CONST. OF MEXICO art. 20.
63 For more on the differences between the civil law inquisitorial criminal system and the Anglo-American 
accusatorial criminal procedure, see Rogelio Pérez-Perdomo & John Henry Merryman, “Civil Procedure”, in 
Current Constitutional Developments in Latin America 29 
The amendment also included sweeping procedural guarantees during 
criminal prosecutions — including the constitutional right to be released 
on bail and restrictions on incommunicado detentions — and renewed 
efforts to prosecute organized crime.64 This new criminal system is to be 
implemented gradually, along with the implementation of a new juvenile 
criminal system.65
The Mexican amendments include the prohibition against station-
ing military personnel in private homes without the authorization of the 
homeowner, with certain exceptions.66 They also allow Mexican nationals 
serving sentences in foreign countries to be brought to Mexican territory 
to complete their sentences, with their prior consent and in accordance 
with internationaltreaties.67 Finally, the Constitution abolished the death 
penalty and prohibited severe corporal punishment, excessive fines, 
confiscation, and any other unusual and far-reaching (trascendentales) 
punishments.68 
Pursuant to Article 22 of its Constitution,69 and in an effort to put an 
end to its internal armed conflict — that has lasted almost half a century, 
leaving millions of casualties — Colombia passed a new legislation in 
2012,70 named “Legal Framework for Peace” that created the transitory 
Article 66 of the Colombian Constitution. This new legislation allows 
the Colombian Government to establish a transitional criminal justice 
system for judging members of illegal armed groups (among them left-
wing guerillas and right-wing paramilitary groups) and government 
agents for crimes committed during the armed conflict.71 This initiative 
THE CIVIL LAW TRADITION: AN INTRODUCTION TO THE LEGAL SYSTEMS OF EUROPE AND LATIN AMERICA 
112-24 (J. Merryman et al. eds., 2007). See also Robert Kossick, Litigation in the United States and Mexico: 
A Comparative Overview, 31 U. MIAMI INTER-AM. L. REV. 23 (2000).
64 CONST. OF MEXICO art. 20(B)(II).
65 Id. art. 18.
66 Id. art. 16, para. 17.
67 Id. art. 18, para. 7.
68 Id. art. 22, para. 1.
69 Article 22 of the Colombian Constitution states that “the peace is a right and a binding duty”. 
70 Legislative Act Nº 1 of 2012, Colombian Official Gazette No. 48.508 of July, 31, 2012, available at: <http://
www.secretariasenado.gov.co/senado/basedoc/cp/acto_legislativo_01_2012.html>.
71 First paragraph of Transitory Article 66 of the Colombian Constitution prescribes that “the instruments of 
transitional justice will be exceptional and will have the main goal of facilitating the end of the internal 
armed conflict and achieving a stable and long-lasting peace, with guarantees of non-recurrence and 
safety for all Colombians; to guarantee in the greatest possible extent, the rights of victims to the truth, 
justice, and compensation.
A statutory law can authorize that, within the framework of a peace agreement, a different treatment be 
given to the different illegal armed groups that have participated in the internal armed conflict, and also 
to the agents of the State, regarding their participation in that conflict”.
30 Dante Figueroa
is intended to solve the legal situation of thousands of persons that had 
demobilized from these armed groups, by prioritizing the prosecution 
of the most serious cases, which would incentivize more demobilization 
of members of those groups.72 
The new constitutional provision, in its paragraph fourth, allows 
Congress to pass legislation: (i) to determine selection criteria for the 
criminal investigation against the main responsible of crimes against 
humanity, genocide, and war crimes that were systematically perpetrat-
ed; (ii) establishing the conditions and requirements under which the 
suspension of the execution of sentence would proceed; (iii) establishing 
cases where extrajudicial sanctions, alternative penalties, and special 
ways of execution and compliance of the penalties may be applied; and 
(iv) allowing the conditional waiver of criminal prosecution of all cases 
that were not selected.73 
This amendment has been criticized both for Colombian jurists 
and Human Rights Organizations because it is considered that it allows 
Congress to enact statutes that leave unpunished crimes when committed 
by people that were not the main responsible — but who had direct parti-
cipation on those crimes — which violates international human rights law 
and humanitarian law.74 Moreover, on April 5, 2013, Colombia’s General 
Attorney filed a constitutional lawsuit requesting the Constitutional Court 
72 Press Conference Room of the Colombian Senate, Acto legislativo que establecerá un nuevo marco legal 
para la paz fue radicado en el Congreso [Legislative Act that will establish a New Legal Framework for 
Peace is now being discussed in Congress], available at: <http://www.senado.gov.co/sala-de-prensa/
noticias/item/12294-acto-legislativo-que-establecera-un-nuevo-marco-legal-para-la-paz-fue-radicado-en-
el-congreso>. 
73 In order to apply the above-mentioned measures, the fifth paragraph of Article 66 of the Colombian 
Constitution sets that the beneficiaries must comply the following requirements: “leave the weapons, 
assume their responsibility, contribute to establishing the truth and to the integral compensation of 
victims, release the kidnapped people, and remove the minors that were illegally recruited and are 
under the control of armed groups outside the law”. In addition, paragraph tenth of the same provision 
establishes that “the application of transitional justice instruments to armed groups outside the law that 
had participated in hostilities, will be limited to those who demobilize collectively within the framework 
of a peace agreement, or individually according to the procedures established under the authorization of 
the National Congress”.
74 Comisión Colombiana de Juristas, Comentarios al “marco jurídico para la paz” [Comments on the “Juridical 
Framework for Peace”], available at: <http://www.coljuristas.org/documentos/actuaciones_judiciales/
comentarios_marco_juridico_2012-06-04.pdf>; See also Letter from José Miguel Vivanco, on behalf of 
Human Rights Watch, to the Presidents of the Colombian Senate and House of Representatives on May 
1, 2012, available at: <http://www.hrw.org/sites/default/files/related_material/Carta%20de%20HRW%20
sobre%20Marco%20Juridico%20para%20la%20Paz.pdf>.
Current Constitutional Developments in Latin America 31 
to declare the unconstitutionality of certain terms mentioned above 
(“main responsible”, “systematically perpetrated”, and “all cases”) since 
the current provision would violate international obligations of Colombia 
regarding the investigation and sanction of international crimes, which 
could activate the jurisdiction of the International Criminal Court.75 
Furthermore, in 2012 Colombia passed another amendment to the 
Constitution (particularly to Articles 116, 152, and 221) that expanded the 
military criminal jurisdiction.76 The amendment basically creates a new 
tribunal — Tribunal de Garantías Penales (Criminal Guarantees Tribunal) 
— that is in charge of (i) controlling the fulfillment of guarantees in 
any criminal investigation or procedure against a member of the public 
force; (ii) controlling the criminal accusation against members of the 
Public Force, in order to guarantee the fulfillment of the material and 
substantive admissibility requirements to initiate a criminal trial; and 
(iii) solving the jurisdiction disputes between ordinary tribunals and military 
criminal tribunals.77 Therefore, a previous procedure was established to 
control the criminal accusation against a member of the military.
In addition, new Article 221 of the Colombian Constitution estab-
lishes that the violations to International Humanitarian Law will always 
be under the jurisdiction of the military courts, unless the violations are: 
(1) crimes against humanity; (2) genocide; (3) forced disappearances; 
(3) extrajudicial executions; (4) sexual violence; (5) torture; or (6) forced 
displacement. These and other reforms introduced by this constitutional 
amendment have been criticized by the Inter-American Commission 
on Human Rights (IACHR) who stated that “on the basis of the inter-
American standards that require States to judge human rights violations 
in courts of ordinary jurisdiction, various countries of the region have 
adopted reforms to significantly restrict the scope of military jurisdiction 
75 Procuraduría General de la Nación, Procurador general de la Nación, Alejandro Ordóñez Maldonado, 
solicita a la Corte Constitucional que se declaren inexequibles expresiones del Marco Jurídico para la Paz 
[The

Continue navegando