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1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Ao tratar dos temas das fontes do direito ou do controle da constitucionalidade das leis, Hespanha vê o grupo de juristas como participante da luta política, na luta pelo poder de dizer o direito: "A questão da criação do direito (ou da legitimação de normas de comportamento como normas jurídicas) tinha ganho, no século XIX, uma nova centralidade, em virtude do destaque dado a princípios como o de primado do direito ou de Estado de direito." HESPANHA, António Manuel. Um poder pouco mais que simbólico: juristas e legisladores em luta pelo poder de dizer o direito. Curitiba: Juruá Editora, 2008. p. 151. Sobre o processo de consolidação dessa nova configuração do campo jurídico brasileiro no período do século XVIII da colônia, veja as afirmações a seguir. I. A consolidação do Estado de direito se dá pelo aprimoramento das estruturas políticas coloniais, seu afastamento das normas religiosas, fruto da secularização do poder, em curso desde os meados do século XVIII. II. Os juristas acolhem a doutrina de que mais importante é a vontade de quem ordena e não o conselho de quem dispõe da autoridade do saber, reforçando a supremacia da autoridade das maiorias parlamentares e a autoridade do rei. III. Uma vez que o Estado tinha novas estruturas jurídicas com a mudança para o Rio, sem a perda de prestígio de Salvador, é notório que a política tinha que obedecer aos processos jurídicos. Os campos político e jurídico aparecem largamente sobrepostos, como lugar das lutas simbólicas pela apropriação da competência de constituir direito, como visto na Conjuração Baiana. Agora assinale a alternativa correta. I apenas I e II II apenas II e III I e III Respondido em 21/04/2023 22:41:39 Explicação: A resposta correta é; I e III 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 O processo de conquista-colonização europeia na América não só forjou novos espaços de poder e dominação, como também atuou nas fissuras das relações já estabelecidas e reforçou ideias parcialmente desenvolvidas nas relações de poder entre os próprios povos do continente. Pesquisas apontam que ideias dicotômicas, como os povos das "terras altas" dos Andes serem mais desenvolvidos e refinados, e os povos das "terras baixas" na costa leste serem inferiores, "sem fé, sem lei, sem rei", estiveram presentes em alguns dos primeiros relatos europeus, mas também foram parcialmente desenvolvidas no próprio período anterior à chegada dos europeus. Entre as medidas que jurídico-administrativamente ignoravam a necessidade de debater a presença ameríndia, podemos citar: I. Ordenações Manoelinas II. Distribuição de Sesmaria e Capitanias Hereditárias III. Direito a Livre escravização Agora assinale a alternativa correta. I apenas I e III II apenas I e II II e III Respondido em 21/04/2023 22:43:10 Explicação: A resposta correta é: I e II 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre a tensão relacional entre o direito laico e o direito canônico no Brasil podemos afirmar que: O direito canônico e o direito aristocrático têm origens na colonização brasileira, sendo um arranjo local. O direito canônico influencia a institucionalização jurídica brasileira. O direito canônico é entendido como um inimigo do direito laico. O direito canônico predomina na justiça brasileira durante o período imperial. A laicização do direito foi inicializada com o Império e finalizada na República. Respondido em 21/04/2023 22:44:11 Explicação: A resposta correta é: O direito canônico influencia a institucionalização jurídica brasileira. 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro. Ao período que sucedeu a esse ato chamou-se Regência, durante o qual o país foi governado por políticos em nome do imperador, à época com apenas cinco anos de idade. Algumas reformas institucionais marcaram esse período, que estendeu-se de 1831 a 1840. Entre elas está a criação das Assembleias Provinciais, que substituíram, com mais poderes, os antigos Conselhos Gerais. Essa mudança foi implantada por meio da: Dissolução dos Conselhos Gerais. Criação do Código de Processo Criminal. Promulgação do Ato Adicional. Criação da Guarda Nacional. Dissolução das Assembleias Provinciais. Respondido em 21/04/2023 22:44:43 Explicação: A resposta correta é: Promulgação do Ato Adicional. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FUNCAB/2010 - Adaptada) O período da ditadura militar no Brasil vai de 1964 a 1985, sendo seu primeiro presidente o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, indicado pela junta militar que governara o país na primeira quinzena após o golpe. Sobre o seu período presidencial, analise as afirmativas abaixo, assinalando as ações realizadas durante a sua gestão. I. O Congresso Nacional foi convocado para a promulgação de nova Constituição, elaborada pelo Poder Executivo. II. Foi criado o bipartidarismo, sistema em que apenas dois partidos foram autorizados a funcionar oficialmente: Movimento Democrático Brasileiro e Aliança Renovadora Nacional. III. No transcorrer desse período, houve forte contestação popular, culminando com a passeata dos "Cem Mil", promovida pela União Nacional dos Estudantes no estado do Rio de Janeiro. Marque a alternativa que apresenta as afirmativas corretas. Apenas I e II. Apenas I. Apenas II e III. I, II e III. Apenas I e III. Respondido em 21/04/2023 22:45:45 Explicação: Os primeiros anos do regime também foram caracterizados pela edificação de seu aparato jurídico, o que daria aos governos militares autoridade para reprimir a sociedade civil e perseguir adversários políticos. Dentre os atos praticados, encontra-se a edição de atos instituicionais. ATO INSTITUCIONAL N° 1 (9 DE ABRIL DE 1964) Delineou os fundamentos da LSN, que seria publicada em março de 1967, e permitiu ao governo cassar direitos políticos por um prazo de dez anos, além de suspender a Constituição por seis meses. ATO INSTITUCIONAL N° 2 (27 DE OUTUBRO DE 1965) Foi formulado como uma resposta ao resultado das eleições realizadas no início de outubro de 1965, nas quais a oposição ao regime conseguiu importantes vitórias. As principais determinações do AI-2 foram o aumento do poder do chefe do Executivo, a extinção do pluripartidarismo e a regulamentação das eleições indiretas para o cargo de presidente e vice-presidente da República. ATO INSTITUCIONAL N° 3 (5 DE FEVEREIRO DE 1966) Seu principal objetivo era regular as eleições e o funcionamento da política formal. O AI-3 estabeleceu o bipartidarismo, segundo o qual seriam reconhecidos dois partidos políticos oficiais: a Arena, o partido do governo, e o MDB, que seria a oposição institucional. O AI-3 ainda determinou que as escolhas dos governadores dos estados e dos prefeitos das capitais se dariam por indicação. Os governadores seriam indicados pelo presidente da República; os prefeitos das capitais, pelos governadores. ATO INSTITUCIONAL N° 4 (7 DE DEZEMBRO DE 1966) Suspendeu definitivamente a Constituição e convocou uma Assembleia Nacional Constituinte originária para a elaboração de uma nova. Todos esses atos institucionais prepararam o caminho para a promulgação de uma nova Constituição, o que aconteceu em 1967. A nova Carta suspendeu o texto constitucional vigente à época, que, como sabemos, datava de 1946 e estava fundada nos valores da democracia liberal. Eis algumas das principais características da Constituição de 1967: Concentra no Poder Executivo na maior parte do poder de decisão; Confere somente ao Executivo o poder de legislar em matéria de segurança e orçamento; Estabelece eleições indiretas para presidentecom mandato de cinco anos; Apresenta tendência à centralização, embora pregue o federalismo; Estabelece a pena de morte para crimes de segurança nacional; Restringe ao trabalhador o direito de greve; Amplia a justiça militar; Abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento. Uma vez passado esse primeiro momento, o regime, já tendo o perfil institucional e jurídico edificado, passava a cumprir outra etapa. Teve início, desse modo, o segundo momento da história da ditadura, que se arrastaria até 1974. Alguns autores o chamam de ¿terrorismo de Estado¿ e anticomunismo. Foram anos marcados por muita violência. A passeata dos "Cem Mil" (junho de 68) não ocorreu sob o governo de Castelo Branco, mas de Costa e Silva. 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FCC/2018) Referindo-se à Constituição de 1891, José Afonso da Silva faz o seguinte comentário: "O coronelismo fora o poder real e efetivo, a despeito de as normas constitucionais traçarem esquemas formais da organização nacional com teoria e divisão de poderes e tudo. A relação de forças dos coronéis elegia os governadores, os deputados e os senadores. Os governadores impunham o presidente da República. Nesse jogo, os deputados e senadores dependiam da liderança dos governadores. Tudo isso forma uma Constituição material em desconsonância com o esquema normativo da Constituição então vigente e tão bem estruturada formalmente". (Curso de direito constitucional positivo . São Paulo: Malheiros, 2008. p. 80) Ao retratar a distância entre os preceitos constitucionais e a política real, o texto permite considerar que o coronelismo prevaleceu na política após a proclamação da Republica. Sobre o tema abordado é correto afirmar que: o federalismo republicano deixou às claras que o poder do exército impunha, na ¿Primeira República¿, uma relação direta de poderes locais com o legislativo, por meio da ação dos coronéis. o constitucionalismo republicano cumpriu suas funções essenciais, isto é, foi eficaz em regular o poder realmente existente, garantindo a independência do chefe da nação, isolando-o das pressões estaduais e das ingerências dos coronéis. a relação direta entre os poderes locais, submetidos às práticas coronelísticas, impediu que representantes de São Paulo exercessem a presidência da República nas primeiras décadas após sua instauração. o federalismo instituído garantiu as bases do domínio oligárquico, fundado na propriedade da terra e no controle eleitoral da população rural pelos chefes políticos locais. na federação instituída pela Constituição de 1891, para não haver conflitos entre as diversas esferas do poder estadual foi estimulada a participação das forças militares municipais, controladas por seus coronéis, por representarem o maior poder local. Respondido em 21/04/2023 22:46:47 Explicação: Já nos primeiros momentos do governo de Deodoro da Fonseca, estava claro o conflito travado entre militares positivistas e liberais federalistas. Os militares defendiam a implementação de uma ditadura para modernizar o país. A palavra ¿modernização¿ era entendida aqui como industrialização e urbanização. Já os liberais federalistas, liderados por Rui Barbosa, preferiam a descentralização administrativa e a instituição de uma democracia liberal baseada na representação política e em eleições diretas. Contudo, o próprio Rui Barbosa reconhecia as limitações que essa estrutura jurídica encontrava para, de fato, regular a vida social e política. Após ter rompido com o Marechal Floriano Peixoto (1839-1895), sucessor de Deodoro da Fonseca, ele se aproximou de lideranças monarquistas. Passando a fazer uma oposição ao governo militar, Barbosa reconhecia não ser aquela a ¿república dos seus sonhos¿. A dissonância entre a legislação democrática e liberal e uma realidade social e política autoritária caracterizada pelas práticas oligárquicas e pela violência manifestada no ¿voto de cabresto¿ constitui uma das principais características da Primeira República brasileira. 7a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (VUNESP/2017) Nas últimas décadas, houve um crescente reconhecimento dos direitos humanos e sociais, expresso, sobretudo, por meio de conquistas legais. No entanto, verifica-se um movimento por meio do qual a sociedade passa a incumbir o judiciário na tarefa de efetivar tais direitos por meio de ações públicas e da recorrência aos juizados especiais. Esse fenômeno, denominado judicialização da questão social, transfere para o Poder Judiciário a responsabilidade de realização da cidadania social em substituição aos poderes que legislam e executam as políticas públicas. Reconhecer a atribuição do Poder Judiciário de responder aos desdobramentos da questão social pode ser positivo na medida em que a força da lei será aplicada, no entanto, a centralidade desta instância estatal na gestão de conflitos promove respostas: justas e equilibradas. individuais e focalizadas. autocráticas e acessíveis. corretivas e estruturais. burocráticas e centralizadas. Respondido em 21/04/2023 22:47:41 Explicação: Na medida em que as políticas públicas não são realizadas pelos Poderes majoritários - Executivo e Legislativo - o Judiciário é acionado para lidar, muitas vezes, com questões de ordem individual e focalizada, já que visam responder a uma determinada ação judicial. "O fenômeno da judicialização da questão social ocorre em uma superposição de responsabilidades do Judiciário às demais instâncias da esfera pública. Esta forma de acesso à justiça se dá, via de regra, de forma individual e por um segmento seletivo de sujeitos ¿ os que conhecem ou conseguem acessar este canal jurídico. Mas a efetivação dos direitos dependerá de outros fatores que não somente o seu reconhecimento, como a capacidade de atendimento e de financiamento à demanda apresentada. Diante deste quadro, discute-se este processo de efetivação de direitos que, ao privilegiar cada vez mais a via judicial, rebate no descomprometimento do Estado com o enfrentamento da questão social e na despolitização da esfera pública. Esta conjuntura adversa desafia os assistentes sociais a fazerem sentido ético-político em suas respostas profissionais às demandas de judicialização da questão social que se apresentam cotidianamente ao Poder Judiciário" (AGUINSKU, Beatriz. Judicialização da questão social: rebatimentos nos processos de trabalho dos assistentes sociais no Poder Judiciário. KATÁLYSIS v. 9 n. 1 jan./jun. 2006 Florianópolis SC 19-26). 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 2º, o princípio da separação de Poderes. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto afirmar: O Poder Executivo, o Judiciário e o Ministério Público Federal são Poderes harmônicos e dependentes entre si. O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si. O Poder Executivo e o Poder Legislativo nos Estados são dependentes entre si. O Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público são Poderes da União, independentes e harmônicos. O Judiciário e o Executivo são Poderes harmônicos e dependentes nos Estados da Federação. Respondido em 21/04/2023 22:48:52 Explicação: A resposta correta é: O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si. 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre os direitos indígenas, assinale a alternativa incorreta: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições. São reconhecidosaos índios sua organização social, seus costumes, suas línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Os indígenas são grupos que merecem tutela constitucional, assim como outros grupos de indivíduos. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. Respondido em 21/04/2023 22:50:15 Explicação: Aresposta correta é: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições. 10a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A Constituição da República de 1988 ficou conhecida como a "Constituição cidadã" e é amplamente elogiada no mundo todo por sua forte proteção aos direitos fundamentais. Esse alto nível da dogmática jurídica brasileira observável no processo constituinte é uma decorrência da superação da mentalidade vivenciada durante a ditadura militar, oriunda do Golpe de 1964, notadamente em relação à posição social da mulher. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta: A Constituição expressamente estabelece que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, o que torna inconstitucionais demandas feministas de adoção de políticas de ação afirmativa em favor das mulheres. A promoção constitucional da isonomia entre homens e mulheres não implica plena equiparação, considerando que o homem possui o dever legal de proteger a mulher em situações de perigo ou naquelas situações em que se demonstre vulnerável, em razão de mais fraca condição biológica. O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo pelo Judiciário. Na interpretação da igualdade constitucional entre homens e mulheres, é imperioso considerar a disposição do preâmbulo, que afirma ser a atual Constituição promulgada sob a proteção de Deus, o que torna a Bíblia sagrada um dos livros de doutrina úteis à hermenêutica constitucional. Ao propor que homens e mulheres são iguais, a Constituição não menciona quaisquer outros gêneros - razão pela qual esse dispositivo implica a inconstitucionalidade de leis que promovam o reconhecimento formal de transgêneros como sujeitos de direitos. Respondido em 21/04/2023 22:51:08 Explicação: A resposta correta é: O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo pelo Judiciário.
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