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CICLO DA ÁGUA
A água
 É um elemento composto por dois átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O. É uma das substâncias mais abundantes em nosso planeta e pode ser encontrada em três estados físicos: sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios), e gasoso (vapor d’água na atmosfera).
 Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água. No entanto, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em geleiras (geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena porcentagem de águas superficiais para as atividades humanas.
 O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, sendo comemorado no dia 22 de março.
Importância para a vida
 A água é de fundamental importância para a vida de todas as espécies.
 Aproximadamente 80% de nosso organismo é composto por água. Boa parte dos pesquisadores concorda que a ingestão de água tratada é um dos mais importantes fatores para a conservação da saúde, é considerada o solvente universal, auxilia na prevenção das doenças (cálculo renal, infecção de urina, etc.) e proteção do organismo contra o envelhecimento.
Composição dos seres vivos
 O total de água corporal varia de pessoa para pessoa, sendo esse valor afetado por diversos fatores.
Pequeno, grande ciclo, e abastecimento do lençol freático
 O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, consiste no processo dinâmico de diferentes estágios da água. Para melhor compreensão deste ciclo podemos iniciar sua explicação através da evaporação da água dos oceanos. 
 O vapor resultante das águas oceânicas é transportado pelo movimento das massas de ar. Sob determinadas condições, o vapor é condensado, formando as nuvens, que por sua vez podem resultar em precipitação. 
 A precipitação pode ocorrer em forma de chuva, neve ou granizo. A maior parte fica temporariamente retida no solo, próxima de onde caiu, e finalmente retorna à atmosfera por evaporação e transpiração das plantas. 
 Uma parte da água resultante, escoa sobre a superfície do solo ou através do solo para os rios, enquanto que a outra parte infiltra profundamente no solo e vai abastecer o lençol freático.
Porcentagem de água na terra
 Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água.
 Atualmente 70% da água potável é destinada para a agricultura;
 22% para as industrias;
 E apenas 8% usado para o consumo humano.
Distribuição da Água no Brasil e no mundo
 O Brasil é um país privilegiado com relação a disponibilidade de água, detém 53% do manancial de água doce na América do Sul e possui o maior rio do planeta (Amazonas).
 A água doce disponível em território brasileiro está regularmente distribuída em 72% dos mananciais que estão presentes na região amazônica, restando 27% na região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste do país.
No mundo a água é distribuída em:
97,5% da água é salgada e está nos oceanos;
2,5% é doce e está distribuída da seguinte forma:
29,9% em aquíferos e águas subterrâneas;
68,9% calotas polares;
0,3% em rios e lagos;
0,9% na atmosfera.
Aquífero Guarani
O aquífero Guarani é talvez o maior manancial transfronteiriço de água doce subterrânea no planeta, estendendo-se desde a Bacia Sedimentar do Paraná até a Bacia do Chaco-Paraná.
Está localizado no centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude Sul e 47º e 65º de longitude Oeste, subjacente a quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Tem extensão total aproximada de 1,2 milhões de km², sendo:
840 mil km² no Brasil;
225,500 mil km² na Argentina; 
58,500 mil km2 no Paraguai;
e 58.500 km2 no Uruguai.
A porção brasileira integra o território de oito Estados: 
MS (213.200 km2);
RS (157.600 km2);
SP (155.800 km2);
PR (131.300 km2);
GO (55.000 km2);
MG (51.300 km2);
SC (49.200 km2);
e MT (26.400 km2). 
A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em 15 milhões de habitantes.
O termo aquífero Guarani é uma denominação unificadora de diferentes formações geológicas que foi dada pelo geólogo uruguaio Danilo Anton em homenagem à grande Nação Guarani, que habitava essa região nos primórdios do período colonial. 
O aquífero foi inicialmente denominado de aquífero gigante do Mercosul, por ocorrer nos quatro países participantes do referido acordo comercial.
O aquífero se constitui pelo preenchimento de espaços nas rochas (poros e fissuras), convencionalmente denominadas Guarani. 
As rochas do Guarani constituem-se de um pacote de camadas arenosas depositadas na bacia geológica do Paraná, entre 245 e 144 milhões de atrás.
A espessura das camadas varia de 50 a 800 metros, estando situadas em profundidades que podem atingir até 1800 metros. Em decorrência do gradiente geotérmico, as águas do aquífero podem atingir temperaturas relativamente elevadas, em geral entre 50 e 85ºC.
A proteção contra os agentes de poluição que comumente afetam os mananciais de água na superfície, que decorre de mecanismos naturais de filtração e autodepuração bio-geoquímica que ocorrem no subsolo, resulta numa água de excelente qualidade. 
A qualidade da água e a possibilidade de captação nos próprios locais onde ocorrem as demandas fazem com que o aproveitamento das águas do aquífero Guarani assuma características econômicas, sociais e políticas destacadas para abastecimento da população. 
Aspectos relativos ao desenvolvimento e uso das funções do aquífero são ainda incipientes. 
O uso da energia termal de suas águas poderá resultar, eventualmente, em economia de energia de outras fontes e em processos de cogeração de energia elétrica. 
Atualmente, destaca-se o uso energético em balneários e indústrias agropecuárias.
Um dos principais problemas existentes é o risco de deterioração do aquífero em decorrência do aumento dos volumes explorados e do crescimento das fontes de poluição pontuais e difusas. Essa situação exige gerenciamento adequado por parte das esferas de governo federal, estadual e municipal sobre as condições de aproveitamento dos recursos do aquífero.
No Estado de São Paulo, o Guarani é explorado por mais de 1000 poços e ocorre numa faixa no sentido sudoeste-nordeste. 
Sua área de recarga ocupa cerca de 17.000 Km² onde se encontram a maior parte dos poços. Esta área é a mais vulnerável e deve ser objeto de programas de planejamento e gestão ambiental permanentes para se evitar a contaminação da água subterrânea e sobre exploração do aquífero com o consequente rebaixamento do lençol freático e o impacto nos corpos d'água superficiais.
Chuva Ácida
Chuvas ácidas são chuvas, ou qualquer outra forma de precipitação que, ao contrário do normal, têm características ácidas. Estas são prejudiciais para as plantas, animais e edifícios.
Isto é maioritariamente causado por emissões humanas de azoto (N2) e enxofre (S), compostos que reagem na atmosfera produzindo ácidos. 
O acréscimo de acidez da chuva provém da reacção dos poluentes atmosféricos primários, tais como os óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de azoto/nitrogénio (NOx), que juntamente com a água formam no ar ácidos fortes – ácidos sulfúrico e nítrico.
As principais fontes destes poluentes são os transportes, indústrias e centrais eléctricas (principalmente as de carvão). 
Efeitos
 Águas superficiais e animais aquáticos
Tanto as concentrações de baixo pH, como as maiores concentrações de alumínio na superfície da água que ocorrem como resultado das chuvas ácidas, são prejudiciais aos peixes e outros animais aquáticos. A níveis de pH abaixo de 5, a maioria dos ovos de peixe não conseguem incubar e o plâncton também pode não conseguir desenvolver-se com esse grau de acidez. A níveis mais baixos até peixes adultos podem morrer.
Saúde Humana
As chuvas ácidas têm-se mostrado associadas a algumas doenças que põem em causa a saúde humana:
Nariz e Garganta: Maior tendência para asma e sinusite
Olhos: Maior probabilidade
de conjuntivite
Brônquios: Maior predisposição à broncopneumonia
Pulmões: Riscos de enfisema
Coração: Mais doenças cardiovasculares
RESOLUÇÃO DESTE PROBLEMA E MEDIDAS 
PARA DIMINUIR A OCORRÊNCIA DAS CHUVAS ÁCIDAS
Utilizar transportes coletivos: reduz a emissão de gases poluentes
Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidroeléctrica, geotérmica, maremotriz, eólica e eventualmente nuclear;
Purificar os escapes dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico;
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre;
Utilizar purificadores nas indústrias para transformar grande parte das emissões de SO2 em substâncias menos poluentes.
Etapas de Tratamento da água
 Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e metais.
  Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento.
 *Fator pH –O índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido e um pH acima de 7 é básico ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5.
 Coagulação – Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar.
 Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.
 Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior.
  Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques  formados por  pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
  Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações.
  Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor.
  Fluoretação – O flúor também é adicionado à agua. A substância ajuda a prevenir cáries.
Eutrofização
 Fenômeno no qual o ambiente aquático caracteriza-se por uma elevada quantidade de nutrientes – principalmente nitratos e fosfatos. Este fenômeno é resultante da poluição das águas por ejeção de adubos, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio que provocam o aumento de minerais e, consequentemente, a proliferação de algas microscópicas que localizam-se na superfície.
 Desse modo, cria-se uma camada espessa de algas que impossibilitam à entrada de luz na água e impedem a realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas, o que ocasiona a morte das algas, a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Consequentemente começa a faltar oxigênio na água o que gera a mortandade dos peixes e outros organismos aeróbicos.
 Na ausência do oxigênio, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (que causa o cheiro forte característico do fenômeno).
 A eutrofização causa a destruição da fauna e da flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto.
 Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
Influência do desmatamento
 Artigo publicado na edição de fevereiro do Journal of Hydrogoly, mostra a influência histórica do desmatamento na evapotranspiração e no volume de água na Bacia Amazônica, mostrando as expectativas para o futuro. O trabalho, realizado pelos pesquisadores Michael Coe, do The Wooks Hole Research Center, Marcos Costa, da Universidade de Viçosa, e Britaldo Soares-Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais, mostra que, na ausência de alterações de escalas continentais das precipitações, o desmatamento em larga escala pode ter um impacto significante na quantidade de água na bacia,o que parece já ter acontecido nos rios Tocantins e Araguaia, onde houve uma alteração de 25% no volume de água com uma pequena mudança na precipitação. 
 Conforme o estudo, um grande índice de desmatamento (mais de 30%), causado pelas diferenças na estrutura física e pela substituição da paisagem natural por culturas e pastagens, trariam alterações no balando hídrico da mesma magnitude de mudanças dos processos locais na superfície terrestre, mas com sinal oposto. 
Um problema adicional, é que as mudanças no balanço hídrico causadas pelas alterações atmosféricas não estão limitadas às bacias onde o desmatamento ocorreu, mas influenciam toda a circulação atmosférica da Amazônia. Como resultado, mudanças na vazão e no desenvolvimento aquático causadas pelo desmatamento serão significativas no futuro e será difícil determinar quanto das alterações se referem a desmatamentos locais ou do total de desmatamento de toda a Bacia Amazônica.
Medidas para fazer consumo sustentável
 
 Possíveis atitudes para reduzir o desperdício de água:
- Aproveitar as águas da chuva, armazenado-as de maneira correta;
- Fechar a torneira enquanto escova os dentes;
- Reaproveitar o papel. Isso é muito importante, pois para produzir papel gasta-se muitos litros de água;
- Acabar com o pinga-pinga da torneira. Uma torneira gotejando, gasta, em média, 46 litros de água por dia;
- Reduzir o consumo doméstico de água potável;
- Não contaminar os cursos d’água;
 - Agir como consumidores conscientes e exigir que as empresas produzam detergentes e produtos de limpeza que diminuam a poluição do meio ambiente (biodegradáveis);
- Evitar o desperdício, cuidando dos vazamentos de água, e não lavar as calçadas utilizando água potável;
- Ao tomar banho, devemos desligar o chuveiro ao ensaboar, pois uma ducha chega a gastar mais de 16 litros de água por minuto.
Todas essas mudanças de hábitos são pequenas, no entanto, geram grandes diferenças. Faça você a sua parte, contribua para a preservação do bem mais valioso da Terra

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