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* SUS Princípios do SUS * PORTARIA No.2488 DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATENÇÃO PRIMÁRIA X ATENÇÃO BÁSICA * Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. Tem o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. Atenção Básica * Exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigido às populações de territórios definidos onde assume-se a responsabilidade sanitária. * Utiliza tecnologias do cuidado complexas e variadas que auxiliam no manejo das necessidades de saúde, através de identificação de critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e acolhimento ético. * O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema público de saúde brasileiro, daí o nome "único", unifica o sistema de saúde no Brasil. Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde. Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” e está regulado pela Lei nº. 8.080/1990,2 a qual operacionaliza o atendimento público da saúde. * Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme rege o artigo 195 da Constituição. Fazem parte do Sistema Único de Saúde, os centros e postos de saúde, os hospitais públicos - incluindo os universitários, os laboratórios e hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa acadêmica e científica, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz - e o Instituto Vital Brazil. * Princípios: Universalidade Integralidade Equidade Descentralização Participação social * Universalidade a partir da definição do artigo 196, que considerou a saúde como um “direito de todos e dever do Estado”. Dessa forma, o direito à saúde se coloca como um direito fundamental de todo e qualquer cidadão, sendo considerado até mesmo cláusula, ou seja, não pode ser retirada da Constituição em nenhuma hipótese, por constituir um direito e garantia individual, conforme a Seção Do Processo Legislativo, artigo 60, parágrafo 4, inciso IV. Por outro lado, o Estado tem o dever de garantir os devidos meios necessários para que os cidadãos possam exercer plenamente esse direito, sob pena de o estar restringindo e não cumprindo a sua função. * Integralidade conforme o artigo 198, no seu inciso II, confere ao Estado o dever do “atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais” em relação ao acesso que todo e qualquer cidadão tem direito. Por isso, o Estado deve estabelecer um conjunto de ações que vão desde a prevenção à assistência curativa, nos mais diversos níveis de complexidade, como forma de efetivar e garantir o postulado da saúde. Percebe-se, porém, que o texto constitucional dá ênfase às atividades preventivas, que, naturalmente, ao serem realizadas com eficiência, reduzem os gastos com as atividades assistenciais posteriores. * Equidade O princípio da equidade está relacionado com o mandamento constitucional de que “saúde é direito de todos”, previsto no já mencionado artigo 196 da Constituição, visto que a própria Constituição, em Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, artigo 5º, institui que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Logo, todos os cidadãos, de maneira igual, devem ter seus direitos à saúde garantidos pelo Estado. Entretanto, as desigualdades regionais e sociais podem levar a inocorrência dessa isonomia, afinal uma área mais carente pode demandar mais gastos em relação às outras. Por isso, o Estado deve tratar "desigualmente os desiguais", concentrando seus esforços e investimentos em zonas territoriais com piores índices e déficits na prestação do serviço público. Em Dos Princípios Fundamentais, artigo 3º, incisos III e IV, a Constituição configura como um dos objetivos da República “reduzir as desigualdades sociais e regionais” e "promover o bem de todos". * Descentralização Está estabelecido em Da Saúde, artigo 198, que “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo [...]”. Por isso, o Sistema Único de Saúde está presente em todos os níveis federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios - de forma que o que é da alçada de abrangência nacional será de responsabilidade do Governo Federal, o que está relacionado à competência de um Estado deve estar sob responsabilidade do Governo Estadual, e a mesma definição ocorre com um Município. Dessa forma, busca-se um maior diálogo com a sociedade civil local, que está mais perto do gestor, para cobrá-lo sobre as políticas públicas devidas. * Participação social Também está prevista no mesmo artigo 198, inciso III, a “participação da comunidade” nas ações e serviços públicos de saúde, atuando na formulação e no controle da execução destes. O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela já citada Lei nº 8.142/90.7 Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências da Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto. Busca-se, portanto, estimular a participação popular na discussão das políticas públicas da saúde, conferindo maior legitimidade ao sistema e às ações implantadas. * Não obstante, observa-se que o Constituinte Originário de 1988 não buscou apenas implantar o sistema público de saúde universal e gratuito no país, em contraposição ao que existia no período militar, que favorecia apenas os trabalhadores com carteira assinada. Foi além e estabeleceu também princípios que iriam nortear a interpretação que o mundo jurídico e as esferas de governo fariam sobre o citado sistema. E a partir da leitura desses princípios, nota-se a preocupação do Constituinte em reforçar a defesa do cidadão frente ao Estado, garantindo meios não só para a existência do sistema, mas também para que o indivíduo tenha voz para lutar por sua melhoria e maior efetividade. * * HISTÓRICO 1991 - PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 1994 - PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 2000 – SAÚDE BUCAL NO PSF 2006 – EQUIPES DE APOIO 2007 – SAÚDE NA ESCOLA 2008 – NASF * QUAL É A FUNÇÃO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA? CADASTRAMENTO E DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DA COMUNIDADE ESTABELECIMENTO DE UM PLANO DE AÇÃO EM RELAÇÃO AS PRIORIDADES LOCAIS IDENTIFICADAS PRESTAR ASSISTÊNCIA CONTÍNUA À COMUNIDADE DA QUAL SE TORNA RESPONSÁVEL, ACOMPANHANDO INTEGRALMENTE TODOS OS CICLOS DE VIDA * ESPECIFICIDADES DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Equipe multiprofissional Número de ACS deve ser capaz de cobrir 100% da população cadastrada (750 pessoas/ ACS e 12 ACS/equipe) Responsabilidade no máximo por 4000 pessoas Cadastramento do profissional em apenas 1 equipe * QUEM SÃO OS COMPONENTES DE UMA ESF? EQUIPE MÍNIMA: 1 MÉDICO GENERALISTA, 1 ENFERMEIRO, 1 AUXILIAR OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM 6 A 12 AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EQUIPE AMPLIADA (PARA NO MÁXIMO 2 ESF):1 CIRURGIÃO-DENTISTA, 1 TÉCNICO DE HIGIENE DENTAL E 1 ATENDENTE DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO * Equipes transitórias 1 médico 20 horas Restante da equipe 40 horas 60% de repasse do incentivo financeiro No máximo 2.500 pessoas 10 a 50% de equipes de acordo com o quantitativo populacional do município * COMO DEVE SE INICIAR A IMPLANTAÇÃO DO PSF NO MUNICÍPIO? INICIALMENTE EM ÁREAS DE MAIOR RISCO OU DEFICIENTES DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NÃO MANTER UNIDADES TRADICIONAIS NA MESMA ÁREA PARA QUE NÃO HAJA DUPLICIDADE/CONCORRÊNCIA DE SERVIÇOS * QUAIS SÃO AS APTIDÕES FUNDAMENTAIS PARA AS PESSOAS QUE ATUAM NAS USF? REPENSAR PRÁTICAS, VALORES E CONHECIMENTOS - AUMENTO DA COMPLEXIDADE DAS AÇÕES DESENVOLVIMENTO DE NOVAS HABILIDADES * COMO A EQUIPE PLANEJA SUAS AÇÕES? CONHECENDO OS FATORES DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DO INDIVÍDUO, DAS FAMÍLIAS E DA COMUNIDADE ESTABELECENDO PRIORIDADES ENTRE OS PROBLEMAS DETECTADOS E TRAÇANDO ESTRATÉGIAS PARA A SUA SUPERAÇÃO CONHECENDO O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ÁREA ADSCRITA À USF * Como a equipe promove e vigia a saúde? AO ENTENDER A SAÚDE COMO PRODUÇÃO SOCIAL AO COMPREENDER O PROCESSO DE RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA AO CONHECER OS FATORES QUE DETERMINAM A QUALIDADE DE VIDA DA COMUNIDADE ADSCRITA AO DESENVOLVER AÇÕES INTERSETORIAIS AO ESTIMULAR O CONTROLE SOCIAL AO SE ARTICULAR COM A REDE DE REFERÊNCIA * COMO SE FAZ UM TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM EQUIPE? CONHECENDO E ANALISANDO O TRABALHO DE TODA A EQUIPE IDENTIFICANDO ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS E TRANSVERSAIS DO GRUPO COMPARTILHANDO CONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES * COMO SE FAZ UMA ABORDAGEM INTEGRAL DA FAMÍLIA? COMPREENDENDO A FAMÍLIA DE FORMA INTEGRAL E SISTÊMICA, COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E DE GRUPO, DINÂMICO E PASSÍVEL DE CRISES IDENTIFICANDO A RELAÇÃO DA FAMÍLIA COM A COMUNIDADE IDENTIFICANDO OS PROCESSOS DE VIOLÊNCIA NO MEIO FAMILIAR E ABORDANDO-OS DE FORMA INTEGRAL E ORGANIZADA, COM PARTICIPAÇÃO DAS DIFERENTES DISCIPLINAS E SETORES E DE ACORDO COM OS PRECEITOS ÉTICOS E LEGAIS EXISTENTES * Equipes de Atenção básica para populações específicas Equipes de consultórios na rua Equipes de saúde da família para o atendimento da população ribeirinha Equipes de saúde da família fluviais Academia da saúde Programa saúde na escola Programa de atenção domiciliar * FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica Evolução da Implantação de Equipes de Saúde da Família - BRASIL, 1998/2005 * Evolução da Implantação das Equipes Saúde da Família BRASIL - 1998 - SETEMBRO/2010 * FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família e ACS BRASIL - dezembro/2013 Nº ESF – 34. 715 Nº MUNICÍPIOS - 5. 346 56,37% DA POP BRASILEIRA (109.341.094) Nº ACS – 488.745 Nº MUNICÍPIOS - 5.436 64,87% POP BRASILEIRA (125.584.425) ESB – 23.150 NASF – 2.767 ESF/ACS/SB ACS SEM ESF, ACS E ESB ESF ESF/ACS
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