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Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 1 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 4,0 m 2,0 m 2,0 m A B C D E 4,0 m 10 kN 80 kN 40 kN/m 80 kN/m 10 kN/m 2,0 m 10 kN 20 kN 4,0 m 2,0 m A B D E 4,0 m 80 kN 40 kN/m 80 kN/m 2,0 m M = 40 kN.m 1 2 ED C 1. Traçar os diagramas de esforços solicitantes (esforço cortante e momento fletor) da viga abaixo por meio do método dos deslocamentos. Considerar EI constante. Deslocabilidade interna (𝑑𝑖): 2 (𝜃𝐵 𝑒 𝜃𝐶, rotações nos nós internos B e C) Deslocabilidade externa (𝑑𝑒): 0 (não possui deslocamentos lineares) Obs: o nó D não deve ser considerado como nó interno, pois o trecho DE está em balanço e pode ser “retirado” (exclusivamente para a análise de esforços) fazendo-se a equivalência estática, como pode ser visto no item a seguir. 1.0 Sistema principal com carregamento externo (0) Nesta etapa devem-se bloquear todas as deslocabilidades existentes na estrutura, sejam rotações ou deslocamentos lineares. A estrutura com todas as deslocabilidades bloqueadas é chamada de Sistema Principal. As rotações devem ser bloqueadas por meio de chapas, e os deslocamentos lineares por meio de um apoio do 1º gênero. Neste exemplo a viga possui apenas duas incógnitas de rotação, dessa maneira, como mostra a figura 1.1, coloca-se chapas nos nós B e C, sendo as chapas 1 e 2 respectivamente. Figura 1.1. Sistema Principal com carregamento externo Ao se colocar as chapas nos nós B e C, todas as barras devem ser analisadas isoladamente para o cálculo dos momentos de engastamento perfeito, lembrando de substituir as chapas por engastes, dessa maneira, as barras serão analisadas como vigas biengastadas (barras AB e BC) e engastada e apoiada (barra CD) de acordo como mostra a figura 1.2. Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 2 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 M = 40 kN.m ED 10 kN 20 kN 4,0 m A B 40 kN/m 2,0 m B C 80 kN 2,0 m C D 80 kN/m 4,0 m + 53,333 q.l 12 =+ AB 2 - 53,333 q.l 12 =- AB 2 + 40 P.l 8 =+ BC - 40 P.l 8 =- BC Caso da coluna 1, linha 1 da tabela 1.1 Caso da coluna 1, linha 2 da tabela 1.1 Caso da coluna 2, linha 6 da tabela 1.2 Caso da coluna 2, linha 7 da tabela 1.2 + 85,333 q.l 15 =+ CD 2 - 20M 2 =- ED 4,0 m 2,0 m A B C D E 4,0 m 80 kN 40 kN/m 80 kN/m 2,0 m M = 40 kN.m 1 2 + 53,333 - 53,333 + 40 - 40 + 85,333 - 20 ED + 65,333 - 40 Figura 1.2. Momentos de engastamento perfeito (análise isolada por barra). Ainda na figura 1.2, na análise da barra CD, observa-se que além do carregamento distribuído triangular, apenas o momento de 40 kN.m oriundo da equivalência estática do balanço (trecho DE) geram momentos no engaste em C. A fim de simplificar a resolução e torná-la mais prática, nos próximos exemplos resolvidos, os momentos de engastamento perfeito serão apresentados como mostra a figura 1.3. Figura 1.3. Momentos de engastamento perfeito (apresentação simplificada) Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 3 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 4,0 m A B C D E 4,0 m 1 2 4,0 m 4,0 m A B B C 4,0 m 2EI l = = 2 4 0,5 AB 4EI l = =4 4 1,0 AB 4EI l = =4 4 1,0 BC 2EI l = = 2 4 0,5 BC Caso da coluna 2, linha 1 da tabela 2 Caso da coluna 1, linha 1 da tabela 2 1.1 Sistema auxiliar (1) Antes de explicar o que será feito nesta etapa, deve-se saber que é necessário um sistema auxiliar para cada incógnita do problema, ou seja, um sistema auxiliar para cada deslocabilidade bloqueada na estrutura do Sistema Principal. Para este exemplo, como há duas incógnitas de rotação, serão necessários dois sistemas auxiliares. Sendo assim, nesta etapa aplica-se um giro unitário no nó 1 (nó B) da estrutura do sistema principal como mostra a figura 1.4, ao fazer isso, apenas as barras AB e BC serão flexionadas (linha tracejada fina), sendo estas as únicas barras solicitadas nesta análise. Observa-se que nos sistemas auxiliares o carregamento externo não é considerado. Figura 1.4. Giro unitário no nó 1 (nó B) Aqui as barras também são estudadas isoladamente, porém serão analisadas apenas as barras AB e BC por serem elas as únicas solicitadas, e para facilitar as “contas” desta etapa, nos casos em que o valor de EI for constante (igual para a estrutura inteira), pode-se substituí-lo por 1, pois EI se auto-cancelará no cálculo dos momentos finais, não alterando seus valores. A figura 1.5 mostra esta análise detalhadamente. Figura 1.5. Momentos gerados no engaste devido ao giro unitário no nó B Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 4 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 4,0 m A B C D E 4,0 m 1 2 4,0 m 4,0 m A B C D E 4,0 m 1 2 4,0 m 4EI l = =4 4 2EI l = = 2 4 1,0 0,5 BC BC 4EI l = =4 4 1,0 AB 2EI l = = 2 4 0,5 AB 11 21 Da mesma maneira como no item 1.0, a fim de simplificar a resolução e torná-la mais prática, nos próximos exemplos resolvidos, os momentos devido ao giro unitário, serão apresentados como mostra a figura 1.6. Figura 1.6. Momentos devido ao giro unitário no nó B (apresentação simplificada) 1.2 Sistema auxiliar (2) Nesta etapa aplica-se um giro unitário no nó 2 (nó C) da estrutura do sistema principal como mostra a figura 1.7, ao fazer isso, apenas as barras BC e CD serão flexionadas (linha tracejada fina), sendo estas as únicas barras solicitadas nesta análise. Lembra-se que nos sistemas auxiliares o carregamento externo não é considerado. Figura 1.7. Giro unitário no nó 2 (nó C) Aqui as barras também são estudadas isoladamente, porém serão analisadas apenas as barras BC e CD por serem elas as únicas solicitadas, e para facilitar as “contas”, conforme já foi explicado no item 1.1, o valor de EI será substituído por 1. A figura 1.8 mostra esta análise detalhadamente. Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 5 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 B C 4,0 m C D 4,0 m 2EI l = = 2 4 0,5 BC 4EI l = =4 4 1,0 BC 3EI l = =3 4 0,75 CD Caso da coluna 2, linha 1 da tabela 2 Caso da coluna 1, linha 2 da tabela 2 4,0 m A B C D E 4,0 m 1 2 4,0 m 3EI l = =3 4 0,75 CD 4EI l = =4 4 1,0 BC 2EI l = = 2 4 0,5 BC 12 22 Figura 1.8. Momentos gerados no engaste devido ao giro unitário no nó C Conforme já foi mencionado, a fim de simplificar a resolução e torná-la mais prática, nos próximos exemplos resolvidos, os momentos devido ao giro unitário, serão apresentados como mostra a figura 1.9. Figura 1.9. Momentos devido ao giro unitário no nó C (apresentação simplificada) 1.3 Cálculo dos 𝜷′𝒔 Os 𝛽′𝑠 que contêm o zero no índice (𝛽10, 𝛽20, 𝑒𝑡𝑐 … ) são os termos de carga, o restante (𝛽11, 𝛽12, 𝛽21, 𝑒𝑡𝑐 … ) são os coeficientes da matriz de rigidez. De uma forma prática, eles são a soma de todos os momentos ou forças em um determinado nó. Para este caso: Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 6 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 O 𝛽10 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema principal (0). O 𝛽11 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema auxiliar (1). O 𝛽12 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema auxiliar (2). O 𝛽20 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema principal (0). O 𝛽21 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema auxiliar (1). O 𝛽22 é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema auxiliar (2). Seguindo a convenção de sinais adotada, os 𝛽′𝑠 calculados são estes: 𝛽10 = − 53,333 + 40 = − 13,333 𝛽11 = 1,0 + 1,0 = 2,0 𝛽12 = 0,5 𝛽20 = − 40 + 65,333 = 25,333 𝛽21 = 0,5 𝛽22 = 1,0 + 0,75 = 1,75 1.4 Montagem do sistema de equações Uma dica para a montagem das equações é sempre fixar o primeiro índice dos 𝛽′𝑠 e aumentar gradativamente o segundo ao realizar a soma, sendo que os 𝛽′𝑠 dos sistemas auxiliares (𝛽11, 𝛽12, 𝛽21, 𝑒𝑡𝑐 … ) devem ser multiplicados pelas suas respectivas incógnitas. 𝛽10 + 𝛽11𝜃𝐵 + 𝛽12𝜃𝐶 = 0 𝛽11𝜃𝐵 + 𝛽12𝜃𝐶 = −𝛽10 𝛽20 + 𝛽21𝜃𝐵 + 𝛽22𝜃𝐶 = 0 𝛽21𝜃𝐵 + 𝛽22𝜃𝐶 = −𝛽20 2,0𝜃𝐵 + 0,5𝜃𝐶 = − (−13,333) 2,0𝜃𝐵 + 0,5𝜃𝐶 = + 13,333 0,5𝜃𝐵 + 1,75𝜃𝐶 = − (25,333) 0,5𝜃𝐵 + 1,75𝜃𝐶 = − 25,333 Resolvendo o sistema por meio da calculadora, obtém-se: 𝜽𝑩 = 𝟏𝟏,𝟎𝟕𝟕 𝑬𝑰 𝒓𝒂𝒅 e 𝜽𝑪 = −𝟏𝟕,𝟔𝟒𝟏 𝑬𝑰 𝒓𝒂𝒅 Obs: Não esquecer que o coeficiente EI ainda existe e deve ser colocado na resposta. Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 7 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 1.5 Cálculo dos momentos finais Barra AB Para comprovar o que foi dito nos sistemas auxiliares em relação ao valor de 𝐸𝐼, será considerado o produto 𝐸𝐼 apenas para este cálculo de momento, os próximos serão feitos de maneira direta. 𝑀𝐴 𝑓 = 𝑀𝐴0 + 𝑀𝐴1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐴2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐴 𝑓 = 53,333 + 0,5𝐸𝐼 𝑥 ( 11,077 𝐸𝐼 ) + 0 𝑥 ( −17,641 𝐸𝐼 ) 𝑀𝐴 𝑓 = 53,333 + 0,5𝐸𝐼 𝑥 ( 11,077 𝐸𝐼 ) 𝑀𝐴 𝑓 = 53,333 + 5,539 𝑴𝑨 𝒇 = 𝟓𝟖, 𝟖𝟕𝟐 𝒌𝑵. 𝒎 ↶ Giro anti-horário 𝑀𝐵 𝑓 = 𝑀𝐵0 + 𝑀𝐵1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐵2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐵 𝑓 = − 53,333 + 1,0 𝑥 (11,077) + 0 𝑥 (−17,641) 𝑀𝐵 𝑓 = − 53,333 + 11,077 𝑴𝑩 𝒇 = − 𝟒𝟐, 𝟐𝟓𝟔 𝒌𝑵. 𝒎 ↷ Giro horário Barra BC 𝑀𝐵 𝑓 = 𝑀𝐵0 + 𝑀𝐵1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐵2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐵 𝑓 = 40 + 1,0 𝑥 (11,077) + 0,5 𝑥 (−17,641) 𝑀𝐵 𝑓 = 40 + 11,077 − 8,821 𝑴𝑩 𝒇 = 𝟒𝟐, 𝟐𝟓𝟔 𝒌𝑵. 𝒎 ↶ Giro anti-horário 𝑀𝐶 𝑓 = 𝑀𝐶0 + 𝑀𝐶1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐶2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐶 𝑓 = − 40 + 0,5 𝑥 (11,077) + 1,0 𝑥 (−17,641) 𝑀𝐶 𝑓 = − 40 + 5,539 − 17,641 𝑴𝑪 𝒇 = − 𝟓𝟐, 𝟏𝟎𝟐 𝒌𝑵. 𝒎 ↷ Giro horário Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 8 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 Barra CD 𝑀𝐶 𝑓 = 𝑀𝐶0 + 𝑀𝐶1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐶2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐶 𝑓 = 65,333 + 0 𝑥 (11,077) + 0,75 𝑥 (−17,641) 𝑀𝐶 𝑓 = 65,333 − 13,231 𝑴𝑪 𝒇 = 𝟓𝟐, 𝟏𝟎𝟐 𝒌𝑵. 𝒎 ↶ Giro anti-horário 𝑀𝐷 𝑓 = 𝑀𝐷0 + 𝑀𝐷1 . 𝜃𝐵 + 𝑀𝐷2 . 𝜃𝐶 𝑀𝐷 𝑓 = − 40 + 0 𝑥 (11,077) + 0 𝑥 (−17,641) 𝑴𝑫 𝒇 = − 𝟒𝟎 𝒌𝑵. 𝒎 ↷ Giro horário Barra DE De forma simplificada, o momento final para o nó D pode ser considerado o mesmo da equivalência estática, feita no item 1.0, com o sinal contrário, pois esse momento atua diretamente no nó D, sendo o contrário da convenção adotada, em que se consideram os momentos na extremidade das barras. Para obter o 𝑀𝐷 𝑓 já com o seu sinal correto, devemos considerar a barra DE engastada no ponto D, conforme mostrado na figura 1.10. A reação momento 𝑀𝐷 𝑓 , calculada a seguir, estará atuando na extremidade da barra, o que está de acordo com a convenção adotada. Figura 1.10. Esquema da barra DE engastada no nó D com reação momento 𝑀𝐷 𝑓 𝑀𝐷 𝑓 = 10 𝑥 2,0 + (10 𝑥 2,0) 𝑥 2,0 2 𝑀𝐷 𝑓 = 20 + 20 𝑴𝑫 𝒇 = 𝟒𝟎 𝒌𝑵. 𝒎 ↶ Giro anti-horário 𝑴𝑬 𝒇 = 𝟎 (Pois é a extremidade livre do balanço). E 10 kN f 2,0 m 10 kN/m D MD Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 9 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 lado superior lado inferior lado superior lado inferior (a-1) (a-2) (b-2) (b-1) lado superior lado inferior comprimido tracionado lado superior lado inferior tracionado comprimido A B C D 52,102 52,102 4058,872 42,256 42,256 E 1.6 Esquema dos momentos na viga Na figura 1.11, mostra-se o esquema de todos os momentos finais calculados,apenas para melhor visualização de como será o traçado do diagrama de momentos fletores. Não é necessário apresentar o momento em D da barra DE, pois possui o mesmo valor numérico, em valor absoluto, do momento em D da barra CD. Figura 1.11. Esquema de momentos em kN.m Lembra-se que o diagrama de momentos fletores deve ser traçado do lado tracionado da barra (convenção brasileira). Com o intuito de esclarecer qual será o lado tracionado, faz-se uma rápida análise das barras mostradas na figura 1.12, onde a barra (a-1) quando submetida aos momentos na extremidade, flexiona-se da maneira mostrada na figura 1.12 (a-2), tracionando o lado superior e comprimindo o lado inferior. No caso da barra (b-1) quando submetida aos momentos na extremidade, flexiona-se da maneira mostrada na figura 1.12 (b-2), tracionando o lado inferior e comprimindo o lado superior. Figura 1.12. Lado tracionado e comprimido das barras O diagrama de momentos fletores será traçado no item 1.8 após o cálculo das reações de apoio, pois estas são necessárias para o cálculo dos momentos máximos positivos. Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 10 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 4,0 m 2,0 m A B C D 4,0 m 80 kN 2,0 m 52,102 52,102 40 160 kN160 kN RESULTANTE (carregamento retângular) 58,872 42,256 42,256 10 kN 20 kN 160 2 160 2 80 2 4 58,872 4 58,872 4 42,256 52,102 80 2 160 x 2 4 42,256 4 52,102 52,102 4 52,102 4 40 + 30 RESULTANTE 4 42,256 4 42,256 4 4 160 x 4 40 3 4 4 1 3 x 4,0 2 3 x 4,0 x 1 3 4 4 x VA = 84,154 kN VB = 113,385 kN VC = 152,154 kN VD = 80,308 kN RESULTANTE (carregamento triângular) 40 x 4,0 = 80 x 4,0 2,0 = E 4,0 m 2,0 m 2,0 m A B C D E 4,0 m2,0 m 52,102 40 58,872 42,256 29,652M =máx 80 q.l 8 =AB 2 35,225M =máx 80 P.l 4 =BC 80 q.l 16 =CD 2 5 q.l 8 =DE 2 Parábola do 2º grau Parábola do 3º grau Parábola do 2º grau 32,821M =máx 2,104 m 1,757 m 1.7 Cálculo das reações de apoio Na figura 1.13, mostra-se o cálculo detalhado das reações de apoio. Figura 1.13. Cálculo das reações de apoio 1.8 Traçado do diagrama de momentos fletores (DMF) Na figura 1.14, mostra-se o traçado do diagrama de momentos fletores. Figura 1.14. Diagrama de momentos fletores (DMF) em KN.m Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 11 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 3 x4 x5 4,0 m 2,0 m 2,0 m A B C D E 4,0 m 10 kN 80 kN 40 kN/m 80 kN/m 10 kN/m 2,0 m x1 x2 x 1.9 Cálculo dos esforços cortantes Antes de calcular os esforços cortantes deve-se dividir a viga em trechos, cada trecho iniciando com sua própria abscissa (𝑥1, 𝑥2, 𝑥3, 𝑒𝑡𝑐 … ). E essa divisão deve ser feita da seguinte maneira: Todo carregamento concentrado, seja uma força ou momento, separam um trecho do outro. Todo início e fim de carregamento distribuído também separam um trecho do outro. Todo apoio, seja do 1º ou do 2º gênero, também separam um trecho do outro. Dessa maneira, obtém-se a viga com os trechos indicados na figura 1.15. Figura 1.15. Viga separada em trechos Será calculado o esforço cortante no início e no fim de cada trecho obedecendo a legenda e a convenção mostradas a seguir. Legenda: 𝑄𝑖,𝑗 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑗 𝑄𝑓,𝑗 → 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑚 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑗 Convenção: 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜. 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖 − ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜. Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 12 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 x1 x2 x3 x4 x5 A B C D E VA = 84,154 kN VB = 113,385 kN VC = 152,154 kN VD = 80,308 kN 80 kN 160 kN160 kN 10 kN20 kN RESULTANTE RESULTANTE RESULTANTE Q Qi,1 f,1 Q Qi,2 f,3 Q Qi,4 f,4 Q Qi,5 f,5 Qf,2 Q i,3 Na figura 1.16, mostra-se o esquema para o cálculo dos esforços cortantes indicando a posição exata de todos os termos que serão calculados (𝑄𝑖,1, 𝑄𝑓,1, 𝑒𝑡𝑐 … ). Figura 1.16. Esquema para cálculo dos esforços cortantes 1.9.1 Trecho 1 𝑄𝑖,1 = 𝑉𝐴 = 84,154 𝑘𝑁 𝑄𝑓,1 = 𝑄𝑖,1 − 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝐴𝐵 = 84,154 − 160 = − 75,846 𝑘𝑁 1.9.2 Trecho 2 𝑄𝑖,2 = 𝑄𝑓,1 + 𝑉𝐵 = − 75,846 + 113,385 = 37,539 𝑘𝑁 𝑄𝑓,2 = 𝑄𝑖,2 = 37,539 𝑘𝑁 1.9.3 Trecho 3 𝑄𝑖,3 = 𝑄𝑓,2 − 80 = 37,539 − 80 = − 42,461 𝑘𝑁 𝑄𝑓,3 = 𝑄𝑖,3 = − 42,461 𝑘𝑁 1.9.4 Trecho 4 𝑄𝑖,4 = 𝑄𝑓,3 + 𝑉𝐶 = 109,693 𝑘𝑁 𝑄𝑓,4 = 𝑄𝑖,4 − 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝐶𝐷 = 109,693 − 160 = − 50,307 𝑘𝑁 Teoria das Estruturas II - 2018/2 Universidade Federal do Amazonas 13 Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 20/08/2018 A B C D E 84,154 75,846 37,539 42,461 109,693 50,307 30 10 40 q.l 8 =CD Horiz. Parábola do 2º grau 2,104 m 1,757 m 4,0 m 2,0 m 2,0 m4,0 m2,0 m 1.9.5 Trecho 5 𝑄𝑖,5 = 𝑄𝑓,4 + 𝑉𝐷 = − 50,307 + 80,308 = 30, 001 ≅ 30 𝑘𝑁 𝑄𝑓,5 = 𝑄𝑖,5 − 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝐷𝐸 = 30 − 20 = 10 𝑘𝑁 1.10 Traçado do diagrama de esforços cortantes (DEC) Na figura 1.17, mostra-se o traçado do diagrama de esforços cortantes. Figura 1.17. Diagrama de esforços cortantes (DEC) em kN Algumas observações podem ser feitas sobre o diagrama traçado acima: No trecho AB, tem-se um carregamento distribuído retangular, dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma função do 1º grau, resultando em uma reta decrescente como gráfico. No trecho BC, tem-se uma carga concentrada aplicada no meio do vão, dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma função constante para as duas metades da barra BC, resultando em uma reta como gráfico, sendo essa reta paralela ao eixo da viga. No trecho CD, tem-se um carregamento distribuído triangular decrescente, dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma função do 2º grau, resultando em uma parábola do 2º grau. Pelo fato de ser decrescente, ele será zero em D, e nesta posição o ângulo que o diagrama faz com a horizontal deve ser zero, deixando o diagrama na horizontal. E por fim, no trecho DE, caso análogo ao trecho AB, tem-se um carregamento distribuído retangular, dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma função do 1º grau, resultando em uma reta decrescente como gráfico.
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