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Elementos de Economia - Livro-Texto Unidade III

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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Unidade III
Nesta unidade continuaremos com o estudo da microeconomia, porém, agora tomando contato 
com a Teoria da Firma desdobrada em Teoria dos Custos e Teoria da Produção, consideradas as decisões 
empresariais de produção. Outro assunto, também objeto de estudo da Teoria Microeconômica, são as 
estruturas de mercado. Vamos lá, então.
5 TEORIA DA FIRMA
A Teoria da Firma, modelo teórico de suporte aos questionamentos levantados pela Teoria 
Microeconômica, analisa o comportamento dos produtores e vendedores de mercadorias diante do 
processo de produção. Segundo Ferguson (1983), vários livros‑textos conceituam produção como 
“a criação de utilidades”, sendo utilidade a capacidade de um bem ou serviço de satisfazer uma 
necessidade humana.
Partindo da noção de que as empresas são agentes maximizadores de resultados, a Teoria da 
Firma procura estudar e responder como as firmas combinam a utilização dos fatores de produção 
necessários à criação de “coisas úteis” e o quanto gastam para produzir bens e serviços. Desta forma, 
subdivide‑se em Teoria da Firma e Teoria dos Custos de Produção. Do mesmo modo, a Teoria da Firma 
preocupa‑se, por convenção, mais com dar explicações referentes à produção de bens materiais do 
que com a prestação de serviços.
5.1 Teoria da Produção
Nas partes iniciais de nossa descoberta da Teoria Econômica, vimos que uma das funções básicas 
a ser desempenhada pelas empresas capitalistas está em prover a sociedade daquilo que necessita, 
ou seja, as empresas devem produzir mercadorias que sejam úteis e que atendam às necessidades de 
consumo dos indivíduos.
Nestes termos, para que as empresas exerçam seu papel de produtoras de mercadorias, devem 
decidir em primeiro lugar que tipo de mercadoria deve ser produzida e em quais quantidades. Como se 
não bastasse essa decisão bastante difícil, cabe a elas ainda a decisão de como efetuar a produção das 
mercadorias que foram escolhidas.
 Lembrete
Lembre‑se de que estamos retornando ao problema econômico 
fundamental: o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir, 
agora, pelo olhar das empresas, da oferta.
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Unidade III
Responder à parte do problema econômico fundamental em nada parece uma tarefa fácil para as 
empresas, principalmente em relação à forma como deve se dar a produção das mercadorias. Determinar 
como as mercadorias serão produzidas implica a escolha e utilização de uma técnica de produção por 
vezes muito específica, bem como a determinação de que tipo de fator de produção deve ser utilizado 
e em quais quantidades. Nestes termos, provoca problemas de escolha, já que escolher uma técnica de 
produção ou a utilização de algum fator de produção em um determinado período de tempo acarreta a 
renúncia de outras técnicas disponíveis, assim como renúncia da utilização de outros fatores.
 Lembrete
Observe que o que expomos anteriormente remete ao custo de 
oportunidade já estudado.
A Teoria da Produção dá suporte às análises das relações entre produzir mercadorias e a utilização 
dos insumos necessários à produção e, por fim, mas não menos importante, a Teoria da Firma dá suporte 
à análise da demanda das empresas com relação aos fatores de produção que utilizam. Nesse aspecto, 
as empresas desempenham duplo papel: um, de consumidores de meios de produção, e outro, de 
fornecedores de bens.
Procedendo então algumas definições interessantes e necessárias ao perfeito entendimento da 
Teoria da Produção, estabeleceremos que as empresas, ou as firmas, são aquelas unidades técnicas que 
produzem bens, ou seja, aqueles agentes que transformam fatores de produção, bens intermediários, 
portanto, em bens finais de consumo durável, não durável ou até em bens de capital.
Dessa forma então, se a produção, como disse Ferguson (1983), é “a criação de utilidades”, 
chamaremos daqui em diante de produção o ato de transformar fatores adquiridos pelas empresas 
em produtos para venda ao mercado. Sendo o processo de produção representado por uma técnica de 
combinação e utilização de meios de produção com o objetivo de fabricar um bem, então podemos 
designar uma função de produção:
Função de produção = Q = ƒ (x1, x2, x3, x4,..., xn)
Onde:
Q = quantidade de produção.
x1, x2, x3, x4,..., xn = quantidades utilizadas de cada um dos fatores de produção envolvidos.
Sabendo‑se que a produção dos mais variados bens depende, em maior ou menor grau, da existência 
de fatores de produção fixos e de fatores de produção variáveis, podemos reescrever nossa função de 
produção anteriormente apresentada da seguinte forma:
Função de produção = Q = ƒ (x1, x2)
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Onde:
Q = quantidade de produção.
x1 = quantidades utilizadas de um fator de produção fixo ou quantidades utilizadas de fatores de 
produção fixos.
x2 = quantidades utilizadas de um fator de produção variável ou quantidades utilizadas de fatores 
de produção variáveis.
Efetuadas as simplificações, devemos definir o que é fator de produção fixo e fator de produção 
variável.
Por fatores de produção fixos entenderemos aqueles cujas quantidades utilizadas não sofrem 
variações decorrentes das modificações nos níveis de produção. Ou seja, independentemente da 
produção, eles existem. É o exemplo das máquinas e equipamentos que as empresas compram, 
bem como das instalações imóveis em que estão as empresas, sejam em instalações próprias ou 
de terceiros.
Figura 40 – O maquinário de uma empresa é um fator de produção fixo
Por fatores de produção variáveis entendemos aqueles cujas quantidades utilizadas sofrem variações 
de acordo com as modificações nos níveis de produção. Ou seja, as quantidades utilizadas modificam‑se 
na medida em que há variação na produção, tanto para maior quantidade produzida quanto para menor. 
Exemplos mais usuais para o caso de fatores de produção variáveis são as matérias‑primas, a mão de 
obra direta empregada na produção e a energia elétrica empregada.
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Unidade III
Figura 41 – A mão de obra é um fator de produção variável
É necessário ainda diferenciar os períodos de produção. Há a produção de curto prazo, na qual, na 
função de produção, há pelo menos um fator de produção fixo e os demais variáveis. Também existe 
a produção de longo prazo, na qual, na função de produção, todos os fatores de produção tornam‑se 
variáveis.
Realizando uma análise de produção de curto prazo, na qual na função de produção há pelo menos 
um fator de produção fixo, sendo os demais variáveis, se um empresário qualquer desejar aumentar 
sua produção,deverá fazê‑lo aumentando as quantidades utilizadas do fator de produção variável. De 
forma análoga, se necessitar diminuir as quantidades produzidas, deverá promover uma diminuição por 
meio do desemprego de fatores variáveis. Portanto, se a curto prazo as quantidades produzidas sofrem 
variação através dos fatores variáveis, temos que:
∆Q = ƒ (∆x2)
Onde:
∆Q = variação da quantidade produzida.
(∆x2) = variação da quantidade utilizada do fator de produção variável.
Neste caso, a quantidade produzida, para que possa variar, depende da variação da quantidade 
utilizada do fator variável, já que não há variação das quantidades utilizadas do fator de produção fixo. 
Mais do que essa simples noção, a variação da produção, apesar da contribuição das modificações das 
quantidades dos fatores de produção variáveis, depende também da capacidade produtiva das unidades 
utilizadas de fatores fixos.
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Figura 42 – Combinação de fatores de produção: fixos e variáveis
Diante disto, podemos deduzir mais algumas relações importantes para o estudo da Teoria da 
Produção. Tratam‑se dos conceitos de produto total, produto total do fator variável, produtividade 
média do fator variável e, por fim, produtividade marginal do fator variável (PASSOS; NOGAMI, 2003).
•	 Produto total: quantidade do produto que se obtém diante da utilização de fatores de produção 
fixos e variáveis.
•	 Produto total do fator variável: é a quantidade do produto que se obtém diante da utilização 
do fator variável, mantendo‑se fixa a quantidade dos demais fatores de produção. Pode ser 
representado por:
∆Q = ƒ (∆x2)
Como é necessário ter em mente que existe certa proporção razoável na combinação da utilização 
de quantidades de fatores de produção variáveis para uma mesma quantidade de fatores de produção 
fixos, devemos conhecer a medida de contribuição dos fatores de produção variáveis para a produção 
total, e essa medida será dada pela produtividade média do fator variável. Portanto,
Pme = Q/x2
Onde:
Pme = produtividade média do fator variável.
Q = quantidade de produto.
x2 = quantidade utilizada do fator variável.
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Unidade III
Mas não basta apenas conhecer a contribuição média de cada um dos fatores de produção variáveis 
que são utilizados conjuntamente com os fatores fixos, pois para cada nível de produção que cresce ou 
decresce, ocorre inclusão ou exclusão de fatores variáveis durante a produção. Dessa forma, devemos 
conhecer outra medida, mais importante do que a produtividade média do fator variável. Essa nova 
medida é a produtividade marginal do fator variável, que será descoberta a partir de:
Pmg = ∆Q/∆x2
Onde:
Pmg = produtividade marginal do fator variável.
∆Q = variação do produto.
∆x2 = variação das quantidades utilizadas de fator variável.
Entenderemos por Pmg a relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade 
utilizada de fator variável (WESSELS, 2002). Afirmamos anteriormente que essa medida tem maior 
importância do que Pme por conta de um fenômeno verificado nas relações de produção e este 
fenômeno é explicado pela Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes. Essa lei explica que quando 
aumentamos a quantidade de um fator na produção mantendo constantes os demais fatores empregados, 
a produtividade marginal desse fator variável passa a diminuir a partir de certo ponto. Exemplo: imagine 
uma fábrica de roupas que possa ter sua atividade produtiva assim sistematizada:
•	 capital: máquinas de costura;
•	 trabalho: mão de obra empregada na fábrica (costureiras); e
•	 sede: local onde estão reunidos capital e trabalho para produção de roupas.
 Observação
Está claro que uma fábrica de roupas utiliza muito mais fatores do que 
os anteriomente selecionados. Nossa seleção busca apenas a simplificação 
da explicação.
O capital e a sede são exemplos de fator de produção fixo, constante, enquanto a mão de obra é 
variável. Primeiro, vamos variar o que é mais fácil, ou seja, o trabalho, mantendo constantes o estoque 
de capital e o tamanho da sede. No início, cada costureira que é admitida adiciona, por meio de seu 
trabalho, uma produção marginalmente crescente. Por exemplo: cinco trabalhadores produzem em média 
mais que produzem três, pois há a possibilidade de um aperfeiçoamento da divisão técnica da produção. 
Mas, se procedermos uma divisão das tarefas de produção, teríamos outro resultado, conforme segue.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Enquanto três trabalhadoras operam três máquinas, a quarta organiza a matéria‑prima a ser utilizada 
pelas operadoras das máquinas e a quinta organiza a produção daquelas três trabalhadoras. Nesse 
trecho, portanto, a produção total descreveria taxas crescentes pelo acréscimo de mais trabalhadoras, 
uma vez que a produtividade marginal delas seria crescente.
A partir de um ponto, cada nova trabalhadora adicionada ao processo de produção também 
representaria um aumento à produção total. Contudo, essa adição passaria a ter um acréscimo 
marginalmente decrescente. Esta nova trabalhadora inserida no processo de trabalho aumentaria a 
produção total, mas um pouco menos que a trabalhadora previamente inserida. Ou seja, nessa fábrica 
hipotética, enquanto três costureiras operariam três máquinas, duas organizariam a matéria‑prima e 
outras duas passariam a organizar toda a produção.
Supondo que a velocidade de produção das máquinas, caracterizadas aqui enquanto fator fixo de 
produção, seja menor que a capacidade de organização das trabalhadoras em empreender a entrada de 
matéria‑prima e saída de produção total de roupas, a adição dessas duas novas trabalhadoras ajudaria, 
mas essa contribuição não mais seria tão determinante quanto a contribuição das duas primeiras 
trabalhadoras. Nesse momento, portanto, a produção total cresceria a taxas decrescentes em decorrência 
do acréscimo de mais trabalhadoras, uma vez que a produtividade marginal delas seria decrescente. Por 
fim, o acréscimo de mais uma costureira nesse ritmo decrescente de produtividade marginal levaria a 
um ponto em que o ingresso de mais trabalhadoras, em vez de aumentar a produção total, a reduziria.
Ainda nesse contexto, imagine que o número de empregados na entrada e na saída da produção 
comece a gerar um perigoso congestionamento (por falta de espaço, uma vez que a sede teria tamanho 
constante) e/ou ociosidade (pelo fato de o número de máquinas ser constante) responsáveis por levar 
à ineficácia de suas funções. Nesse contexto, portanto, a produção total decresceria a taxas crescentes 
pelo acréscimo de mais trabalhadores, uma vez que a produtividade marginal deles seria negativa e 
crescente nesses termos.
Mais um exemplo. Vamos variar outro fator de produção, o capital, e manteremos constante tanto o 
número de costureiras, daqui em diante chamadas simplesmente de trabalhadoras, quanto o tamanho 
da sede.
No início, cadanova máquina inserida no processo de produção adiciona, com seu trabalho, 
uma produção marginalmente crescente. Exemplificando, cinco máquinas produzem em média mais 
que duas, pois há também a possibilidade de um aperfeiçoamento da divisão técnica da produção. 
Poderíamos admitir que, enquanto duas máquinas produzem uma cor de tecido, outras três produzem 
sem precisar alternar a entrada de matéria‑prima. Nesse momento, portanto, a produção total cresceria 
a taxas crescentes pelo acréscimo de mais máquinas, uma vez que a produtividade marginal delas seria 
crescente.
A partir de certo instante, cada nova máquina que entrasse no processo de produção também 
contribuiria com um aumento da produção total. Contudo, essa adição passaria a ter um acréscimo 
marginalmente decrescente. Ou seja, ela aumentaria a produção total, mas um pouco menos que a 
máquina inserida antes dela. Dizendo de outra forma, se uma nova máquina exigisse que um trabalhador 
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tivesse que se dividir entre mais de uma máquina, aumentando a chance de erros por parte desse 
trabalhador, a produção total cresceria a taxas decrescentes pelo acréscimo de mais máquinas, uma vez 
que a produtividade marginal delas seria decrescente.
Por fim, o acréscimo de mais uma máquina nesse ritmo decrescente de produtividade marginal levaria 
a um ponto em que o ingresso de mais uma máquina, em vez de aumentar a produção total, a reduziria. 
Exemplificando, poderia haver um problema de espaço na sede, diminuindo ou limitando o espaço de 
circulação de matéria‑prima ou até mesmo sacrificando o espaço utilizado pelos próprios trabalhadores. 
Portanto, a produção total decresceria a taxas crescentes pelo acréscimo de mais máquinas, uma vez 
que a produtividade marginal delas seria negativa e crescente nesses termos.
Passemos então a um novo exemplo, agora variando outro fator de produção que não é tão fácil 
quanto os demais, o tamanho da sede, e mantendo constantes o número de trabalhadoras e o estoque 
de capital. Vejamos o que ocorre nessa situação.
No início, cada m² ampliado permite uma produção marginalmente crescente. Ou seja, pode 
haver mais espaço para armazenamento de matéria‑prima e aumento do espaço para circulação das 
trabalhadoras, contribuindo, assim, para a maior eficácia da divisão técnica da produção. Nesse trecho, 
portanto, a produção total cresceria a taxas crescentes pelo acréscimo de mais m² ao tamanho da sede, 
uma vez que a produtividade marginal desse espaço seria crescente.
Desse ponto em diante, cada m² ampliado também adicionaria um aumento da produção total. 
Contudo, essa produção passaria a ter um acréscimo marginalmente decrescente. Ou seja, esse novo m² 
auxiliaria o aumento da produção total, mas um pouco menos que o m² inserido anteriormente.
Poderíamos representar esse evento exemplificando que começaria a haver uma distância entre as 
máquinas, desperdiçando então m2 disponíveis para serem utilizados. A produção total cresceria a taxas 
decrescentes pelo acréscimo de mais m², uma vez que a produtividade marginal deles seria decrescente.
Por fim, o acréscimo de mais um m² nesse ritmo decrescente de produtividade marginal levaria 
a um estágio em que o ingresso de mais um m², em vez de aumentar a produção total, a reduziria. 
Por exemplo, haveria um problema de distância na sede entre as máquinas que tornaria o tempo de 
produção mais lento pela demora da circulação dos insumos, entendidos como a matéria‑prima e as 
trabalhadoras. Portanto, a produção total decresceria a taxas crescentes pelo acréscimo de mais m², uma 
vez que a produtividade marginal desses m² seria negativa e crescente nesses termos.
Em suma, a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes dá conta de apresentar que fica cada vez 
mais difícil aumentar a produção total pelo aumento do emprego de apenas um fator de produção. Ou 
seja, a atividade de produzir bens e serviços – qualquer que seja o bem ou serviço – guarda uma relação 
de eficácia na proporção dos recursos produtivos empregados.
Reafirmando, a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes explicita que, a cada introdução de um novo 
fator de produção variável para uma mesma quantidade de fator de produção fixo, o último fator aduzido 
representará contribuição menor para a produção total do que todos os outros introduzidos antes dele.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
A partir dos exemplos, podemos sintetizar as características dos estágios de produção, conforme 
figura a seguir.
Quadro 3 – Estágios de produção
Produção total (PT) Produtividade média do fator variável (PMe)
Produtividade marginal do 
fator variável (PMg)
1) Estágio I crescente a taxas crescentes crescente crescente
1) Estágio II crescente a taxas decrescentes decrescente decrescente
1) Estágio III decrescente a taxas crescentes decrescente é negativamente crescente
Demonstrando graficamente:
I
I
II
II
III
III
A
A
B
B
C
C
Pme
Pmg
Estágio da
produção
Quantidade do
fator variável
Quantidade do
fator variável
Estágio da
produção
Prod. média (Pme)
Prod. marginal (Pmg)
Produção total (PT)
A ‑ ponto de inflexão da produtividade marginal, ou seja aqui a produtividade marginal é máxima!
B ‑ ponto de inflexão da produtividade média, ou seja aqui a produtividade média é máxima!
C ‑ ponto de inflexão da produção total, ou seja aqui a produção total é máxima!
Figura 43 – Produto total, produtividade média, produtividade marginal
Dado que nossa firma é racional, ou seja, é maximizadora, ela vai querer produzir no ponto em que 
sua produção total é máxima, ou seja, no ponto C.
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Unidade III
Utilizando um exemplo numérico sobre a Teoria da Produção proposto por Passos e Nogami (2003, 
p. 226) e com adaptação nossa, fixaremos melhor todos estes conceitos. Vamos a ele.
Suponhamos uma fazenda produtora de trigo em uma área cultivável de 10 hectares, que utilize 
como fator de produção apenas a terra (fator fixo) e a mão de obra empregada (fator variável).
Figura 44 – Produção de trigo
 Observação
Nossa intenção será, então, descobrir como a produção de trigo se 
modifica na medida em que o número de trabalhadores varia.
Determinando então uma função para esta produção, teríamos:
Qt = ƒ (x1, x2)
Onde:
Qt = quantidade produzida de trigo.
x1 = 10 hectares de terra.
x2 = quantidade de mão de obra.
De forma análoga, Qt = ƒ (T, L), onde T = terra e L = trabalho.
Como já sabemos que no curto prazo a produção somente varia se existir variação nas quantidades 
utilizadas de fator de produção variável, portanto,
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
∆Qt = ƒ (∆L)
Vejamos então o exemplo:
Tabela 20 – Produção de trigo
Produção de trigo com um fator de produção variável
Situação
T
(em mil metros)
L
(em unidades)
Qt
(em quilos)
Pme = Qt/L
(em quilos)
Pmg = ∆Qt/∆L
(em quilos)
1 10 0 0 ‑ ‑
2 10 1 10 10 10
3 10 2 22 11 12
4 10 3 39 13 17
5 10 4 52 13 13
6 10 5 60 12 8
7 10 6 60 10 9
8 10 7 56 8 ‑4
9 10 8 48 6 ‑8
Fonte: Passos; Nogami (2003, p. 226).
Podemos verificar a partir da tabela apresentada que a primeira coluna, T, representa a quantidade 
de terra disponível ao cultivo, e dessa forma apresenta o mesmo valor, 10 mil metros, para cada nível de 
produção. Portanto, a terra é o fator fixo de produção. A segunda coluna representa a adição de mão de 
obra, L no processo produtivo, variando então de 0 a 8 trabalhadores. A mão de obra é fator variável de 
produção. Na terceira coluna, do produto total, Qt, estão listadas as possíveis quantidades de produção 
de trigo para cada nível de utilização de L, dado fixo T. Verifica‑se, então, que as quantidades produzidas 
aumentam na medida em que são aumentadas também as quantidades utilizadas de trabalho. Efetuando, 
então, a leitura da tabela, temos:
•	 situação 1: nenhum trabalhador inserido no processo de produção, produção igual a zero;
•	 situação 2: um trabalhador inserido no processo de produção de trigo, produção igual a 10 quilos 
de trigo;
•	 situação 3: dois trabalhadores inseridos no processo de produção de trigo resulta numa produção 
de 22 quilos de trigo;
•	 situação 4: três trabalhadores inseridos no processo, 39 quilos de produção;
•	 situação 5: quatro trabalhadores conseguem produzir conjuntamente o total de 52 quilos de 
trigo.
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Unidade III
 Observação
Observe que: 1 está para 10; 2 está para 22; 3 está para 39; e 4 está para 
52. Isso acontece por um motivo que veremos daqui uns instantes.
Vamos continuar lendo a tabela concentrando a atenção nos números das colunas L e Qt.
•	 situação 6: 5 pessoas produzem em conjunto 60 quilos de trigo;
•	 situação 7: os mesmos 60 quilos de trigo são produzidos por 6 trabalhadores;
•	 situação 8: 7 trabalhadores são responsáveis pela produção de 56 quilos de trigo;
•	 situação 9: 8 trabalhadores produzem em conjunto menos quilos de trigo do que 3 pessoas.
 Lembrete
Lembre‑se da definição da Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes 
e veja se há alguma relação com a última leitura da tabela que fizemos. 
Mais trabalhadores, menor produção.
O fato é que quando se mantém fixo um fator de produção – no caso o espaço – ao mesmo tempo 
em que são acrescentadas novas quantidades de fator variável – no caso, as pessoas – a produtividade 
dos últimos que foram inseridos decresce em relação aos anteriores. Como é possível verificar isso? 
Olhando para a coluna Pme e relacionando‑a com a leitura das colunas L e Qt. Vejamos.
Um trabalhador consegue produzir sozinho 10 quilos de trigo. Portanto, a produção é somente 
fruto de seu trabalho (claro que combinado ao uso da terra, mas deixemos isso de lado). O fato é que 
se trabalhou a terra sozinho, foi responsável pelo produto total que, no caso, são 10 quilos de trigo. Se 
dividirmos o produto total pela quantidade de trabalho empregado, o resultado será a produção média 
do trabalho. É justamente isto que mostra a coluna da Pme: produtividade média.
Vejamos quando é adicionada mais uma unidade de L. O que acontece com Qt e com Pme?
T = 10
L = 2
Qt = 22
Pme = 11
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Rapidamente é possível perceber que mais pessoas trabalhando produzem quantidades maiores: duas 
pessoas, 22 quilos de trigo. Quanto produziu, em média, cada um? A resposta é 11 quilos, o que mostra 
que cada um dos trabalhadores produziu o mesmo que o outro. Em termos percentuais, a quantidade de 
trabalhadores variou em 100% (passou de um para dois, portanto dobrou) e a quantidade total produzida de 
trigo sofreu elevação de 120%, ou seja, mais que dobrou. E quanto à produtividade média? Com a inserção 
de mais uma unidade de trabalho, ela passou de 10 para 11, o que representa variação percentual de 10%.
E quando três trabalham juntos?
T = 10
L = 3
Qt = 39
Pme = 13
Com relação à situação anterior, a introdução de mais uma unidade de trabalho fez variar em 17 
unidades a produção total de trigo e aumentou em duas unidades o que foi produzido em média por cada 
um dos trabalhadores. Isso parece interessante. Vejamos as relações percentuais, pois elas têm muito a nos 
dizer: a variação de L foi de 50%, a variação de Qt foi de 77,27% e a variação de Pme foi de 18,18%.
Exemplo de aplicação
Faça aqui anotações do que compreendeu dos números que foram apresentados. 
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Vejamos as informações da situação 5.
T = 10
L = 4
Qt = 52
Pme = 13
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Unidade III
Na situação 5, em relação à situação 4, mais uma unidade de trabalho foi inserida. Há, dessa vez, 
quatro pessoas trabalhando na produção de trigo. A quantidade total de trigo produzida foi de 52 quilos 
(13 quilos a mais do que na situação 4). A produtividade média (o que corresponde de produção a cada 
trabalhador) foi de 13 quilos. Em termos percentuais, houve crescimento de 33,33% na quantidade de 
trabalhadores e também na quantidade total de trigo produzida. Quanto à produtividade média, ela se 
manteve no mesmo patamar da situação 4: não há qualquer variação percentual, o que significa que a 
introdução do quarto trabalhador não influenciou nem positivamente nem negativamente o resultado 
individual.
O que nos mostram as informações da situação 6?
T = 10
L = 5
Qt = 60
Pme = 12
Na situação 6, com relação à situação 5, mais uma unidade de trabalho foi inserida. Agora são cinco 
pessoas trabalhando na produção de trigo. A quantidade total de trigo produzida foi de 60 quilos (8 
quilos a mais do que na situação 5). A produtividade média, o que corresponde de produção a cada 
trabalhador, foi de 12 quilos.
 Observação
Pense: mais pessoas produzem mais! Porém, em média, podem produzir 
menos do que produziriam se menos pessoas estivessem envolvidasno 
processo de produção. Isso é possível?
Em termos percentuais, houve crescimento de 25% na quantidade de trabalhadores e de 15,38% na 
quantidade total de trigo produzida. Veja que mais pessoas produziram relativamente menos. Quanto 
à produtividade média, houve uma queda de 8,33%, passando de 13 quilos de trigo em média por 
trabalhador na situação 4 para 12 quilos de trigo em média por trabalhador na situação 5. Vejamos, por 
fim, a situação 7.
T = 10
L = 6
Qt = 60
Pme = 10
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Em relação à situação 6, a produção mantém‑se constante em 60 quilos de trigo, mas há queda 
acentuada na quantidade de produção por trabalhador: 25%.
Exemplo de aplicação
Com as situações 8 e 9 você já é capaz de fazer o mesmo que fizemos anteriormente. Mãos à obra.
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Agora, vamos olhar novamente para a tabela concentrando atenção nas colunas L, Qt, Pme e Pmg.
 Lembrete
L, Qt, Pme e Pmg correspondem, respectivamente, à quantidade de 
trabalho, quantidade total de quilos de trigo produzido, produtividade 
média e produtividade marginal.
As colunas de Pme e de Pmg, se relacionadas com a coluna L, ou seja, se verificarmos o comportamento 
da produtividade média e da produtividade marginal dos fatores variáveis em relação à utilização das 
quantidades crescentes dos fatores variáveis L, perceberemos a ocorrência da lei dos rendimentos 
decrescentes.
 Saiba mais
A lei dos rendimentos marginais decrescentes foi também explicada por 
David Ricardo em sua exploração da renda da terra. Você pode conhecer a 
abordagem de Ricardo no livro:
RICARDO, D. Princípios de economia política e tributação. Tradução 
Paulo Henrique Ribeiro Sandroni. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
Temos certeza de que a leitura será prazerosa.
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Unidade III
Relacionando Primeiro as colunas de Pme e L, vemos que conforme aumenta a quantidade utilizada 
do fator de produção variável, ocorre um aumento da produtividade média de cada trabalhador. Isso 
ocorre quando L varia de 0 até 3. Ao introduzir um quarto trabalhador, a produtividade média de cada 
um deles permanece igual à produtividade média verificada até o terceiro. A partir da adição do quinto 
trabalhador, a produtividade média de todos decresce.
Relacionando as colunas Pmg e L, percebemos mais ainda a ocorrência da citada lei. A produtividade 
marginal é crescente até a introdução do terceiro trabalhador. Dali para frente, ela decresce até ser 
negativa, como no caso do sétimo e do oitavo trabalhador. Estes resultados negativos sugerem que 
os trabalhadores, ao serem inseridos no processo de trabalho, concorrem com a mesma quantidade 
de fatores fixos, de modo que em nada contribuem para a produção total. Muito pelo contrário, 
os resultados negativos indicam que os últimos trabalhadores introduzidos atrapalharam o bom 
desempenho dos já existentes.
Depois da leitura da tabela, podemos representar as curvas de produto total, produtividade média e 
produtividade marginal conforme se segue:
Qt
Pme
Pme
Pmg
g
L
Pmg
Figura 45 – Produto total, produto médio, produto marginal
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Conforme ensina Wessels (2002, p. 74),
A lei dos rendimentos (marginais) decrescentes afirma que em algum momento, 
quando a firma obtém mais de um insumo variável, enquanto outros insumos 
permanecem inalterados, o produto marginal do insumo variável começará a 
se reduzir, de forma que as unidades subsequentes adicionem menos produção 
do que as antecedentes. Rendimentos marginais é uma velha expressão para o 
produto marginal. [...] Essa lei aplica‑se apenas ao curto prazo e somente quando 
alguns insumos permanecem inalterados. Não precisa se aplicar ao longo prazo. 
A prova dessa lei é o que se segue. Se supusermos que ela não se aplica, então, 
o produto marginal se elevaria continuamente e o custo marginal, reduzir‑se‑ia. 
Assim, dada essa hipótese, deveríamos ver somente uma fábrica produzindo 
cada bem. Acrescentar outra fábrica dividiria a produção e aumentaria os custos 
marginais. Então, apenas uma fábrica estaria em cada ramo da indústria, pois 
essa é forma mais econômica de produzir toda a sua produção. Por exemplo, todo 
o aço seria produzido em uma fábrica se a lei dos rendimentos decrescentes não 
fosse aplicável. Naturalmente, não é esse o caso. Assim, a hipótese está errada. 
Ao contrário, o produto marginal deve começar a declinar em algum momento! 
Isso completa a prova.
Muito bem. Visto, então, como se dá o processo de combinação de fatores de produção para a 
obtenção de quantidades produzidas, torna‑se necessário observar como as empresas se comportam 
diante não só do problema da combinação dos fatores, mas diante dos custos destes fatores. Para tanto, 
passaremos à análise dos custos de produção.
5.2 Teoria dos Custos
Lembrando que o objetivo principal de uma firma está em maximizar seus resultados e que esta 
maximização passa não só pela maximização da produção, conforme apresentada na Teoria da Produção, 
mas também pela minimização dos custos de produção, é destes últimos que trataremos agora.
Estudar a Teoria dos Custos é descobrir como são formados os custos de produção de uma empresa 
e de que forma eles se comportam em relação à produção total de mercadorias. Retomando a função 
de produção apresentada quando da descrição da Teoria da Produção, temos que:
Função de produção: Q = ƒ (x1, x2)
Onde:
Q = quantidade de produção.
x1 = quantidades utilizadas de um fator de produção fixo, ou, quantidades utilizadas de fatores de 
produção fixos.
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x2 = quantidades utilizadas de um fator de produção variável, ou, quantidades utilizadas de fatores 
de produção variáveis.
Desta forma, se para produzir determinada quantidade de mercadorias Q, é imperativa a utilização 
de fatores fixos x1 e fatores variáveis x2, e que as empresas, para aplicaremesses fatores em sua produção, 
devem adquiri‑los no mercado de fatores, as empresas então incorrem em custos de produção.
Assim, definiremos como custo total de produção, o total de despesas realizadas pelas firmas com a 
utilização dos fatores, ou seja, a despesa total com a aquisição de fatores fixos e fatores variáveis. Então:
CT = CF + CV
Onde:
CT = custo total de produção.
CF = custo fixo.
CV = custo variável.
Da mesma forma que a Teoria da Produção, que está dividida em curto e longo prazo, a Teoria dos 
Custos também apresentará custos de curto e de longo prazo. De forma análoga àquela teoria, serão 
considerados custos de curto prazo aqueles que apresentarem pelo menos existência de um custo 
fixo, os demais serão considerados variáveis. Serão considerados custos de longo prazo aqueles nos 
quais todos os custos de produção foram variáveis. Passemos a definir os diversos custos de produção.
O primeiro deles será o custo médio (Cme), também chamado de custo total médio. Essa categoria 
de custo representa o custo unitário de cada mercadoria, ou seja, o quanto custou para produzir cada 
unidade do produto. Ele será calculado a partir da divisão dos custos totais de produção pela quantidade 
produzida.
Custo médio = Cme = CT/Q ou Cme = (CF+CV)/Q
Uma segunda categoria de custo bastante importante é o custo variável médio (Cvme). Este custo 
representa a participação dos custos variáveis de produção em cada unidade do produto. Ele é descoberto 
quando dividimos os gastos totais com todos os fatores de produção variáveis pelas quantidades produzidas.
Custo variável médio = Cvme = CV/Q
Outro custo a conhecer é o custo fixo médio (Cfme) que, por sua vez, representa o quanto de custo 
fixo há em cada unidade do produto. Dividindo‑se as despesas com fatores fixos de produção pelas 
quantidades totais produzidas, chegamos ao resultado deste tipo de custo.
Custo fixo médio = Cfme = CF/Q
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Por fim, mas não menos importante, temos o custo marginal (Cmg). Entende‑se por custo marginal 
o incremento no custo total causado pela produção de uma unidade a mais. Este tipo de custo 
será conhecido a partir da divisão entre a variação dos custos totais de produção pela variação das 
quantidades produzidas. Então,
Custo marginal = Cmg = ∆CT/∆Q
Tomando como exemplo o modelo proposto por Wonnacott e Wonnacott (1994), vejamos uma 
tabela de custos.
Tabela 21 – Custos de curto prazo para empresa hipotética
Q CF CV CT Cme Cvme Cfme Cmg
0 35 0 35 ‑ ‑ ‑ ‑
1 35 24 59 59 24 35 24
2 35 40 75 37,5 20 17,50 16
3 35 60 95 31,67 20 11,67 20
4 35 85 120 30 21,25 8,75 25
5 35 115 150 30 23 7,00 30
6 35 155 190 31,67 25,83 5,83 40
7 35 210 245 35 30 5,00 55
Fonte: Wonnacott; Wonnacott (1994, p. 534).
O que a tabela de custos nos mostra? Basicamente, a relação entre as quantidades produzidas, Q, e 
os custos envolvidos. Inicialmente os custos envolvidos são os fixos, (CF), e os variáveis (CV). O custo total 
(CT) é a soma dos fixos com os variáveis, custo médio (Cme) é a divisão do custo total pelas quantidades 
produzidas. O custo variável médio (Cvme) é derivado do custo variável e obtido pela divisão do custo 
variável pela quantidade produzida. O custo fixo médio (Cfme) é obtido dividindo‑se o custo fixo pela 
quantidade produzida e, por último, o custo marginal (Cmg), é obtido pela divisão da variação do custo 
total pela variação da quantidade. Os custos fixos representam a utilização de fatores fixos de produção 
enquanto os custos variáveis revelam o quanto se gasta pelo uso de fatores variáveis. O custo total é a 
soma dos dois custos tratados.
 Lembrete
Perceba que na medida em que há elevação na quantidade produzida, 
o custo fixo mantém‑se constante e o custo variável se eleva. Explicamos 
isto quando do tratamento dos fatores de produção.
Observe agora a coluna de custo total: na medida em que há crescimento das quantidades produzidas 
o custo total também cresce. Por qual motivo? Simplesmente pelo motivo de que maiores quantidades 
de produção demandam maiores quantidades de fatores de produção variáveis e, portanto, maior gasto 
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com eles. A produção de uma única unidade gera um custo fixo de R$ 35,00 e custo variável de R$ 
24,00, além de custo total de R$ 59,00. Acompanhando a leitura das colunas de quantidade, custo 
fixo e variável, bem como do custo total, é possível perceber que, na medida em que são elevadas as 
quantidades de produção, o custo total também se eleva.
O custo médio, Cme, inicia sua aparição na tabela sem nenhum valor (o que está indicado com um 
traço). O motivo disso é que se não houve produção, não há necessidade de fator de produção variável 
(entendendo aqui que esse tipo de produção hipotética leva em consideração como fator variável apenas 
a matéria‑prima). Assim, produção igual a zero resulta em zero na utilização de fator de produção 
variável e, por conseguinte, não há como avaliar o custo médio. Você até pode pensar em termos de 
custo fixo, mas se não houve produção, não há como ratear o custo fixo em zero unidades de produção.
Uma unidade de produção gera um custo médio idêntico ao seu custo total. A produção de 2 
unidades gera um custo total de R$ 75,00 e um custo médio de R$ 37,50. O custo médio apresenta 
trajetória decrescente até a unidade 4, mantém‑se constante em R$ 30,00 na unidade 5 e apresenta 
crescimento da unidade de produção 6 em diante. Qual o motivo disto? É o crescimento dos custos 
variáveis diante do crescimento do volume de produção.
A coluna de custo variável médio apresenta trajetória muito parecida à de custo médio. O custo 
variável médio indica quanto de custo variável há em cada unidade de produção e como o custo 
médio é bastante influenciado pelo custo variável; o custo variável médio acompanha a trajetória. 
Observe que ele inicia com um valor elevado, R$ 24,00, decresce, mantêm‑se constante, volta a crescer 
a taxas crescentes. Isso acontece em função da lei dos rendimentos marginais decrescentes tratada em 
parágrafos anteriores.
O custo fixo médio, por seu turno, apresenta trajetória contrária à do custo variável médio. O fato é 
que o custo fixo médio reflete o quanto de custo fixo há em cada unidade de produção. Portanto, quanto 
maior for a quantidade de produção utilizando mesma quantidade de fatores fixos, mais haverá diluição 
do uso desse tipo de fator e, portanto, seu custo será menor. Observe que o custo fixo médio inicia sua 
contagem com um valor elevado, R$ 35,00 quando é produzida apenas uma unidade e decresce na 
medida em que maiores quantidades são apresentadas.
A coluna de custo marginal, Cmg, apresenta informações também interessantes. O custo marginal 
reflete a variação do custo total diante da variação nas quantidades produzidas. Quando não há 
produção, não há o que se considerar quanto ao custo marginal. Uma unidade de produção gera valor 
idêntico ao custo variável bem como ao custo variável médio. Duas unidades de produção geram um 
custo marginal de R$ 16,00, ou seja, produto de uma queda. O motivo é a melhoria na performance do 
custo variável. Quando a produção passa para três unidades, o custo marginal cresce e, aqui, já ocorrem 
os rendimentosmarginais decrescentes: menor contribuição dos fatores variáveis e de seus valores 
monetários na medida em que houve nova inserção de fatores variáveis.
Exemplo de aplicação
Você pode continuar o raciocínio com as demais unidades e ver as relações com o custo marginal.
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Vimos até então que o objetivo principal das empresas está centrado na maximização de seus resultados, 
ou seja, na maximização de seus lucros. Para tanto, é necessário minimizar os gastos com a produção. Cada 
empresa procede de forma diferente com relação à combinação de seus fatores de produção e também diante 
das despesas com eles. Da mesma forma, cada empresa adota estratégias diferentes de como determinar o 
preço de suas mercadorias diante de seu objetivo de maximizar resultados, ou seja, diante do objetivo de 
obtenção de lucro. Mas como as empresas chegam a seu lucro? Vamos efetuar uma primeira aproximação.
Entenderemos por lucros a diferença entre o que a empresa recebe por suas vendas e suas despesas 
de produção. O que a empresa recebe por suas vendas será estabelecido pela multiplicação das 
quantidades de mercadorias vendidas pelos seus respectivos preços. Suas despesas de produção serão 
conhecidas pela soma de tudo que as empresas empregaram de fatores de produção fixos e variáveis. 
Por simplificação, incluiremos nestes custos fixos e variáveis alguns impostos com os quais as empresas 
arcam diretamente com a produção, mas não o detalharemos neste momento. Então,
RT = P x Q
Onde:
RT = receita total de vendas.
P = preço unitário do bem.
Q = quantidade vendida do bem.
LT = RT – CT
Onde:
LT = lucro total.
RT = receita total de vendas.
CT = custo total de produção.
Se o lucro total for maior do que zero, a empresa apresentará lucro. Isso mostrará que suas receitas 
totais de vendas foram maiores do que seus custos totais de produção. De outra forma, se o lucro total 
for menor do que zero, a empresa apresentará prejuízo, pois seus custos totais de produção excedem as 
receitas totais de vendas.
A magnitude desse lucro, ou do prejuízo, não depende somente de fatores internos às empresas, 
como, por exemplo, decidir que tipo de fator de produção empregar, quanto gastar com fatores de 
produção e quanto cobrar por seus produtos. A maximização de seus lucros depende também de em qual 
ambiente econômico as empresas estão estabelecidas e o quanto sua atividade produtiva é influenciada 
por outras empresas de um mesmo setor ou de outros setores.
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Unidade III
De outra forma, alcançar e manter lucros depende das relações internas às empresas quanto à sua 
produção, mas depende fundamentalmente de em qual ramo de atividade a empresa está inserida, 
do tipo de produto que faz e do comportamento da concorrência. Estamos, portanto, tratando das 
estruturas de mercado.
6 ESTRUTURAS DE MERCADO
O tema “estruturas de mercado” aborda a forma como as empresas estão divididas nos diversos 
ramos de atividade econômica. Ele envolve analisar o tipo de produto que produzem, bem como o 
comportamento de seus concorrentes. Por fim, neste tópico conheceremos qual a estratégia que as 
empresas utilizam para determinar seus lucros.
As várias formas ou estruturas de mercado em que as empresas se encontram dependem 
fundamentalmente de três características:
•	 número de empresas que compõe esse mercado;
•	 tipo de produto;
•	 existência ou não de barreiras ao acesso de novas empresas.
São basicamente quatro as estruturas de mercado predominantes: o mercado de concorrência 
perfeita, o de monopólio, a concorrência monopolística e o oligopólio. Vamos conhecê‑los?
6.1 Concorrência perfeita
Um mercado de concorrência perfeita é um tipo de mercado em que há grande número 
de vendedores e de compradores, de tal sorte que cada um deles, isoladamente, detém poder 
insignificante, não afetando os níveis de oferta e de demanda de mercado e, consequentemente, 
o preço de equilíbrio. Para que um mercado seja de concorrência perfeita, algumas características 
devem ser reunidas, dentre elas:
•	 grande quantidade de compradores para grande quantidade de vendedores;
•	 produto homogêneo;
•	 mercado transparente;
•	 total liberdade de entrada e saída de agentes, tanto compradores quanto vendedores;
•	 mercado atomizado;
•	 empresas seguidoras de preços de mercado.
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Figura 46 – A feira livre é um exemplo de mercado em concorrência perfeita
A feira livre é um exemplo de mercado em que se encontram aqueles que oferecem produtos e 
aqueles que têm a intenção de comprar produtos. É do encontro entre essas diferentes expectativas que 
se formam os preços. Nesse tipo de mercado, a longo prazo, não existem lucros extraordinários (receitas 
superando os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita 
do empresário.
 Observação
Do ponto de vista da Teoria Microeconômica, a estrutura de mercado 
de concorrência perfeita trata‑se de uma construção teórica e simplificada 
da realidade, por assumir que, a partir da construção de modelos simples, 
pode‑se explicar a realidade mais complexa.
Construção teórica ou não, o fato é que uma empresa atuando como concorrente perfeita também 
terá o objetivo de lucro. Melhor ainda: terá como objetivo a maximização de seu lucro e, desta forma, 
precisará decidir quais quantidades produzidas serão necessárias para atingir o objetivo. Como se trata 
de um mercado em que há muitos vendedores de um mesmo produto, a margem de manobra quanto ao 
preço de venda da mercadoria fica bastante prejudicada, sendo desta forma o preço estabelecido pelo 
mercado. Vejamos:
Neste tipo de mercado, a curva de demanda tem a configuração de uma reta, mostrando o preço 
estabelecido pelo mercado, e todas as firmas componentes desse mercado tornam‑se tomadoras de 
preços. Nenhuma firma isoladamente tem condições de alterar o preço ou praticar preço superior ao 
estabelecido pelo mercado. Contudo, a esse preço dado pelo mercado, ela poderá vender quanto puder, 
limitada apenas por sua estrutura de produção e custos.
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Unidade III
Q’ Q’Q
D
D
EE
O
P P Cmg
(b)(a)
P’
Q
Figura 47 – Curvas de demanda e oferta em concorrência perfeita
Em concorrência perfeita, como a quantidade demandada e a quantidade ofertada do bem dão‑se 
por muitos compradores e por muitos vendedores, o preço é estabelecido a partir do encontro das 
curvas de demanda e de oferta. No gráfico (b), a curva de demanda se transforma na própria curva 
do preço que foi obtida no pontode equilíbrio conforme o demonstrado no gráfico (a). Portanto, o 
preço do bem é estabelecido pelo mercado e a partir deste estabelecimento, as firmas seguem o preço 
definido. Desta forma, são também chamadas de seguidoras de preços ou tomadoras de preços. Cabe 
às empresas administrar sua função custo para que haja lucros normais. A função custo deste tipo de 
empresa é representada pela curva de custo marginal, Cmg, e o ponto de equilíbrio nesse mercado 
passa a ser determinado pela intersecção das curvas de demanda e de custo marginal. Assim, cabe uma 
pergunta: onde reside o ganho da empresa em mercado de concorrência perfeita? A resposta é: reside 
nas quantidades que ela consegue comercializar ou na oportunidade de oferecer alguma diferenciação 
naquilo que comercializa.
 Observação
Veja que alface é um produto homogêneo. Porém, dentro da 
homogeneidade do bem, há algumas ramificações: alface lisa, crespa, 
romana, americana, mimosa, roxa. Ou seja: referem‑se ao mesmo bem, mas 
são diferentes.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Figura 48 – O mercado produtor de laranjas funciona praticamente em uma estrutura de concorrência perfeita
6.2 Monopólio
O mercado de monopólio apresenta condições diametralmente opostas às da concorrência perfeita. 
Nele, existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta e, de outro, todos os 
consumidores. Não há, portanto, concorrência nem produto substituto. Neste caso, ou os consumidores 
se submetem às condições impostas pelo vendedor ou simplesmente deixarão de consumir o bem ou 
serviço. O fornecimento de energia elétrica nas cidades é um exemplo de empresa em monopólio.
Para existirem monopólios, devem haver barreiras que impeçam a entrada de novas firmas no 
mercado. Essas barreiras podem advir de diversas situações, sendo o monopólio puro ou natural uma 
delas. Esse caso ocorre quando o mercado, por suas próprias características, exige a instalação de grandes 
plantas industriais que operam normalmente com economias de escala e custos unitários bastante 
baixos, possibilitando à empresa cobrar preços baixos por bem ou serviço, o que acaba praticamente 
inviabilizando a entrada de novos concorrentes.
Podemos elencar ainda como barreiras:
•	 elevado volume de capital requerido para montar uma indústria monopolista;
•	 as marcas e patentes;
•	 o controle de matéria‑prima específica;
•	 as instituições.
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A legislação brasileira proíbe a existência de monopólio, permitido‑a apenas para aqueles segmentos 
de mercado nos quais, para o perfeito funcionamento, deveria haver apenas uma empresa. São os 
chamados monopólios institucionais ou estatais considerados estratégicos ou de segurança nacional 
como, por exemplo, a energia elétrica e o petróleo.
Figura 49 – Cabos de alta tensão
Diferentemente da concorrência perfeita, em mercados monopolizados, como existem barreiras à 
entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo. Vejamos a 
demanda do monopolista, onde:
P = preço.
Q = quantidade.
Cmg = custo marginal.
D = demanda.
Rme = receita média.
OM = quantidade ofertada pelo monopolista.
Pm = preço cobrado pelo monopolista.
Qm = quantidade demandada pelos consumidores.
Pmáx = preço maximizador de lucros.
Qmáx = quantidade maximizadora de lucros.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Pm
Pmáx
Qmáx Qm Q
D = Rme
Cmg
Rmg
P
OM
E
Figura 50 – Demanda do monopolista
Precisamos interpretar a leitura do gráfico para bem podermos entendê‑lo. A curva de demanda do 
monopolista representada por D reflete o quanto o monolista necessita atender à demanda de mercado, 
vez que se trata da única empresa a oferecer o bem ou a prestar o serviço. Assim, a curva de demanda 
também reflete a receita média do monopolista, Rme, representando a receita por unidade de produto 
vendido. Ela é calculada pelo emprego da seguinte expressão:
Rme = RT / Q
Onde:
Rme = receita média.
RT = receita total de vendas.
Q = quantidade vendida do bem ou serviço.
Nessa estrutura de mercado, a curva de demanda da empresa é a própria curva de demanda do 
mercado como um todo e é representada pela letra D no gráfico. Como a empresa é exclusiva no 
mercado, não está sujeita aos preços vigentes. Isso não significa, contudo, que poderá aumentar os 
preços indefinidamente.
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Unidade III
A curva de custo marginal reflete as mesmas relações daquelas apresentadas para o caso da 
concorrência perfeita. Agora aparece mais uma curva, a receita marginal, Rmg. Ela apresenta o acréscimo 
de receita na medida em que são aumentadas as quantidades comercializadas e pode ser obtida pelo 
emprego da expressão:
Rmg = ∆RT/∆Q
Onde:
Rmg = receita marginal.
∆RT = variação da receita total.
∆Q = variação da quantidade.
Conforme o gráfico anterior, o monopolista não utiliza a igualdade entre a oferta e a demanda para 
determinar os preços e a quantidade de equilíbrio. A maximização dos lucros é obtida igualando‑se o 
custo marginal (Cmg) à receita marginal (Rmg). Essa quantidade representada por Qmáx. combina com o 
Pmáx. Os dois significam, respectivamente, quantidade maximizadora de lucros e preço maximizador de 
lucros. Nesse ponto, o lucro econômico é normal devido à igualdade entre Rmg e Cmg. O que se gasta a 
mais para produzir é exatamente o volume de receita auferida pela venda de unidades adicionais. Bem 
sabemos que uma situação como essa não deve perdurar em situação de monopólio puro, haja vista a 
existência de apenas uma unidade empresarial de oferta.
Assim, a empresa em monopólio exercerá seu poder de influência de mercado e adotará uma política 
de preços mais elevados do que aquele que gera o lucro normal. Ela procurará algum ponto em que o 
lucro extraordinário esteja presente. Esse ponto é representado no gráfico em OM, oferta de monopólio, 
em que Pm, preço cobrado pelo monopolista, combina com Qmáx. O que isso significa? Significa que a 
empresa em monopólio oferece menores quantidades do que aquelas requeridas pela demanda cobrando 
um preço mais elevado do que o real necessário. Assim, a empresa em monopólio é conhecida como 
ditadora ou estabelecedora de preços.
Conforme Silva e Luiz (2010, p. 186),
O monopólio puro é um tipo extremo de mercado, em que apenas uma 
empresa vende um produto para o qual não existem bons substitutos. 
A importância dessa empresa no mercado é absoluta, pois com o 
encerramento de suas atividades o mercado deixaria de existir, pelo fato de 
o bem fabricado por ela não mais ser ofertado. O produtoofertado nesse 
mercado é diferenciado, não homogêneo, não havendo possibilidade de ser 
substituído por outros satisfatoriamente. O monopólio puro também é uma 
situação de mercado dificilmente encontrada no mundo real. Na iniciativa 
privada, esse tipo de mercado não é encontrado pelo fato de ser impossível 
para qualquer empresa que esteja operando nesse regime impedir a entrada 
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
de outra empresa no mercado ofertando um produto similar ao seu. Os 
únicos casos de monopólio puro são encontrados no setor público, como 
o abastecimento de água de uma cidade, que está a cargo do governo 
estadual ou da prefeitura. Nesse caso, temos realmente um monopólio puro, 
pois a companhia que fornece a água é a única naquele mercado, ou seja, na 
cidade, e a água não tem nenhum substituto próximo satisfatório.
 Saiba mais
Sobre o monopólio ou situação de monopólio leia o texto:
LASORSA, B. Cinco maneiras de se criar um monopólio. Instituto Ludwig 
Von Mises Brasil, 7 nov. 2013. Disponível em: <http://www.mises.org.br/
Article.aspx?id=1728>. Acesso em: 7 fev. 2014.
Vale a leitura e a visita ao site que, além dessa matéria, apresentará 
outros textos relacionados ao assunto.
6.3 Oligopólio
O oligopólio é um tipo de estrutura caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam 
a oferta de mercado. Pode caracterizar‑se como um mercado em que há pequeno número de empresas, 
como a indústria automobilística, ou, então, em que há grande número de empresas, mas é dominado 
por poucas, a exemplo da indústria de bebidas. A aviação aérea é outro exemplo de oligopólio.
Figura 51 – A aviação aérea comercial é um exemplo de oligopólio
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Unidade III
Conforme Silva e Luiz (2010, p. 186),
O oligopólio é um regime de mercado intermediário entre a concorrência 
pura e o monopólio puro. No oligopólio, temos um número de produtores 
pequeno o suficiente para que cada empresa seja importante, de modo que 
as ações de uma afetam as demais e os preços dos bens por elas produzidos. 
Além disso, esses bens, apesar de perfeitamente substituíveis entre si, são 
diferenciados, permitindo que o consumidor saiba exatamente qual empresa 
produziu determinado produto.
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços podem ser fixados entre as empresas 
por meio de conluios ou cartéis. Normalmente, as empresas discutem suas estruturas de custos, embora 
o mesmo não ocorra com relação a sua estratégia de produção e de marketing. Há uma empresa líder 
que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das demais e há empresas satélites 
que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um modelo chamado de liderança de preços.
Ainda para Luiz e Silva (2010, p. 186),
Esse regime de mercado [o oligopólio] talvez seja o mais comumente encontrado 
na vida real. Os exemplos que podem ser citados são vários, indo desde bens de 
consumo duráveis, como os eletrodomésticos em geral e os automóveis, até 
bens de consumo não duráveis, como sabão em pó e pasta de dente. O que 
caracteriza, à primeira vista, um caso concreto de oligopólio é a marca do 
produto. De fato, as geladeiras, por exemplo, são conhecidas pelo consumidor 
por suas marcas, que identificam sua origem e a empresa que as produziu. E 
embora todas as geladeiras prestem o mesmo tipo de serviço e satisfaçam às 
mesmas necessidades, cada consumidor individualmente prefere esta ou aquela 
marca. O mesmo acontece com o sabão em pó e os automóveis.
Quanto aos objetivos da empresa oligopolista de maximização de lucros, a Teoria Microeconômica 
apresenta duas correntes: aquela oferecida pela teoria marginalista e aquela oferecida pela organização 
industrial (PASSOS; NOGAMI, 2003).
Pela abordagem marginalista, a maximização de lucros se dá por:
LT = RT – CT
Onde:
LT = lucro total.
RT = receita total.
CT = custo total.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
 Observação
De acordo com essa abordagem, basta então que os custos de produção 
sejam menores do que as receitas de vendas para que haja lucros para a 
empresa oligopolista.
A abordagem da organização industrial não enfatiza a maximização de lucros pura e simples, mas, 
sim, a maximização de mark‑up. A Teoria do Mark‑up repousa na constatação empírica de que as 
empresas não conseguem prever adequadamente a demanda por seu produto e, portanto, suas receitas, 
mas conhecem seus custos. Como têm poder oligopolista, podem então fixar os preços com base nos 
custos. É importante notar que ela é diferente da Teoria Marginalista, que afirma que a empresa, para 
fixar seu preço no lucro máximo, precisa prever também as receitas, o que envolve conhecer a demanda 
por seu produto para igualar suas receitas marginais aos custos marginais.
Para que a empresa chegue a seu preço de venda, deverá tem em mente seus custos de produção e 
qual será sua taxa de mark‑up. Dessa forma, o preço será composto por:
p = (1 + m)c
Onde:
p = preço do produto.
m = taxa de mark‑up, que é uma porcentagem sobre os custos diretos.
c = custo direto unitário.
Portanto, o mark‑up será dado pela diferença entre a receita de vendas e os custos diretos.
mark‑up = RT – custos diretos
 Observação
A taxa de mark‑up deve cobrir, além dos custos diretos, os custos fixos, 
e atender a certa taxa de rentabilidade desejada pela empresa oligopolista.
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Unidade III
Figura 52 – Algumas marcas de empresas que trabalham em regime de oligopólio
6.4 Concorrência monopolista
Essa é uma estrutura intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não deve ser 
confundida com o oligopólio. Nessa situação, há número relativamente grande de empresas com poder 
concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características 
físicas, embalagens ou prestação de serviços.
Figura 53 – Restaurantes são exemplos de concorrência monopolística
As empresas em concorrência monopolista detêm alguma margem de manobra para fixação dos 
preços, que, contudo, não é muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado. Essas 
características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o 
mercado seja competitivo.
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ELEMENTOS DEECONOMIA
Conforme explicam Silva e Luiz (2010, p.187),
A concorrência monopolística é uma situação de mercado em que há um 
número suficientemente grande de produtores, de modo que cada produtor 
individualmente não é importante. Todos eles produzem um mesmo produto, 
mas na mente dos consumidores cada um deles é diferente dos demais, de 
acordo com a empresa que o produz. Neste caso, temos um elemento da 
concorrência perfeita, que é o razoável número de empresas produzindo o 
mesmo bem, de modo que a saída de uma empresa do mercado não tem 
efeito sobre as demais. Temos, também, uma característica do oligopólio, 
que é o fato de cada produto ser diferente dos demais – pelo menos na 
mente do consumidor ‑, apesar de altamente substituíveis entre si. Como 
exemplos, temos as fábricas de roupas da moda, os produtos têxteis e a 
prestação de serviços em grandes cidades.
O quadro a seguir sumariza as principais estruturas de mercado e suas características.
Quadro 4 – Resumo das características das estruturas de mercado
Estrutura Número de empresas
Diferenciação do 
produto
Condições de 
entrada e saída
Influência sobre 
o preço Exemplos
Concorrência
perfeita
Muitas Produtohomogêneo Fácil
Nenhuma, pois 
são tomadoras de 
preços
Alguns produtos 
agrícolas
Monopólio Uma Produto único sem substituto próximo Difícil Forte
Serviços de energia 
elétrica
Concorrência
monopolista
Muitas Produtodiferenciado Fácil Leve
Comércio varejista, 
restaurantes, 
farmácias etc.
Oligopólio Poucas Homogêneo ou diferenciado Difícil Considerável
Homogêneo: 
alumínio
diferenciado, 
automóveis
Fonte: Passos; Nogami (2003).
 Resumo
Nessa unidade, continuamos com assuntos relacionados ao estudo da 
microeconomia, porém tendo contato com a Teoria da Firma, desdobrada em 
Teoria dos Custos e Teoria da Produção, nas quais foram consideradas as decisões 
empresariais de produção. Outro assunto também abordado pelo estudo da 
Teoria Microeconômica foram as estruturas de mercado. O que aprendemos?
Vimos que a Teoria da Firma está dividida em Teoria da Produção e Teoria 
dos Custos. Na Teoria da Produção, aprendemos a distinção entre produção 
de curto e de longo prazo bem como quais as características se fatores de 
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Unidade III
produção fixos e fatores de produção variáveis. Observamos que a junção 
dos dois culmina na função de produção e que dela saem os conceitos 
de produto total, produto médio e produto marginal. Quando a unidade 
tratou do produto médio e marginal, descrevemos a lei dos rendimentos 
marginais decrescentes, da qual você não pode se esquecer. Um exemplo 
numérico acerca da produção de trigo foi trabalhado no intuito de reforçar 
o entendimento dessa lei.
Por sua vez, a Teoria dos Custos apresentou a função custo total, além de 
outras categorias de custos. Na Teoria da Firma, trabalhamos a ideia de que 
para uma empresa produzir qualquer tipo de bem ela incorre em despesas de 
produção. Essas despesas são provenientes da aquisição de fatores de produção 
de que a empresa necessita. Como a empresa também é um agente econômico 
racional, seu intento é utilizar a menor quantidade possível de fatores de 
produção para que se obtenha a produção desejada. Dessa forma, ela age como 
maximizadora de resultados, o que requer gastos menores com as despesas de 
produção. Daí a importância do entendimento dos custos de produção.
Dedicamos nossos estudos também às estruturas de mercado, 
notadamente, ao reconhecimento de como são estabelecidos os preços 
de mercado por diferentes empresas em diferentes situações de produção 
e concorrência. A concorrência perfeita foi o primeiro mercado a ser 
estudado, por apresentar‑se mais simples do que os demais. Vimos que o 
conceito refere‑se à situação de grande quantidade de empresas oferecendo 
o mesmo tipo de bem para grande quantidade de consumidores de forma 
que cada agente participe de uma pequena parcela do mercado. A principal 
característica desse tipo de mercado é a ausência de poder de decisão dos 
agentes individuais, mas forte em termos coletivos.
O monopólio, estrutura de mercado extremamente diferente da 
concorrência perfeita, também foi considerado. Neste, o poder de mercado 
está nas mãos do ofertante, pois é único em seu mercado específico. Nesse 
sentido, sua existência é importante para a sociedade quanto à oferta 
do bem específico. Porém, causa ineficiência em termos de alocação de 
recursos pela geração do peso morto ao consumidor.
O oligopólio é outra estrutura de mercado em que existem poucas 
grandes empresas dominando a oferta de um bem ou serviço que pode ser 
padronizado ou diferenciado. A concorrência acirrada entre os participantes 
é forte, principalmente na oferta, o que faz com que a empresa oligopolista 
tenha que administrar de forma eficiente sua estrutura de custos para bem 
poder precificar o que vende ou produz. Por fim, a concorrência monopolista 
– ou monopolística para alguns autores – coloca‑se entre a concorrência 
perfeita e o monopólio, reunindo características dos dois mercados.
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ELEMENTOS DE ECONOMIA
Até este momento, trabalhando com a Teoria Microeconômica, 
preocupamo‑nos com a abordagem de equilíbrio parcial, analisando 
determinado mercado sem considerar os efeitos que esse mercado pode 
ocasionar sobre os demais. A preocupação central estava em descobrir o 
comportamento dos preços de uma mercadoria, quantidades produzidas 
de outra ou a determinação de condições de lucratividade por empresas 
estabelecidas em diferentes mercados.
Contudo, devido à grande variedade de mercadorias produzidas e 
à grande quantidade de consumidores dos produtos feitos por todas as 
empresas, devemos voltar nossa atenção para outra abordagem. Além 
disso, quase nada foi dito sobre governo ainda. A outra abordagem a que 
nos referimos é tratada pela Teoria Macroeconômica.
 Exercícios
Questão 1. A existência de muitos ofertantes e muitos demandantes caracteriza a concorrência 
perfeita como uma particular estrutura de mercado. Contudo, há também mercados que operam com 
base em uma estrutura do tipo concorrência imperfeita. O oligopólio é uma estrutura de mercado do 
grupo de concorrência imperfeita. Nessa estrutura:
I − A quantidade de ofertantes e demandantes é imensa, o que impede a ação hegemônica no 
mercado de qualquer agente.
II − O consumidor, na verdade, é quem estabelece o preço que irá vigorar no mercado.
III − Os preços dos bens, em geral, são estabelecidos mediante acordos e associações entre os seus 
fabricantes.
Está correto o que se afirma em:
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
Resposta correta: alternativa C.
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Unidade III
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: essa é uma característica da concorrência perfeita, e não do oligopólio. 
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa:

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