Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA II – CABEÇA – RESUMO Considerações Gerais: Parte superior do corpo, fixada ao tronco pelo pescoço. Abriga o encéfalo, sendo o local de nossa consciência, criatividade, tomada de decisão, etc. Possui receptores sensitivos especiais – olhos – orelha – boca – nariz (permitem a interação com o meio) A cabeça consiste no encéfalo e seus revestimentos protetores, as orelhas e a face que possui algumas aberturas e passagens, com glândulas lubrificantes e válvulas para fechar algumas delas, os aparelhos mastigatórios e as órbitas que abrigam o aparelho visual. Crânio: É o esqueleto da cabeça, formado por uma série de ossos que dão origem a duas partes: o neurocrânio e o viscerocrânio. - neurocrânio – revestimento ósseo do encéfalo e seus revestimentos membranáceos, as meninges cranianas, contendo também as partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo. Possui um teto na fórmula de cúpula (calota craniana) a calvária e um assoalho ou base do crânio. O neurocrânio é formado por uma série de 8 ossos: 4 ossos ímpares: frontal – etmoidal – esfenoidal – occipital e 2 conjuntos de ossos bilaterais: temporal e parietal. Os ossos que formam a calota craniana são basicamente ossos planos (frontal – parietal – temporal) e ossos que formam a base do crânio são basicamente irregulares. A maioria dos ossos da calota craniana é unida por suturas entrelaçadas, porém na infância, alguns ossos (esfenóide e occipital) são unidos por cartilagem hialina. O viscerocrânio (esqueleto facial) compreende os ossos da face que formam a parte anterior do crânio e consistem nos ossos que circundam a boca (maxila e mandíbula), o nariz e maior parte das órbitas. 15 ossos irregulares: 3 ossos ímpares – mandíbula – etmóide – vômer 6 ossos que ocorrem como pares bilaterais: maxilar – conchas nasais inferiores – zigomáticos – palatinos – nasais – lacrimais As maxilas formam a maior parte do esqueleto superior formando o esqueleto da arcada dentária superior e a mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior que é móvel por que se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares – ATM. Vários ossos do crânio são pneumáticos: frontal – temporal – esfenóide – etmóide, ou seja, que contém espaços aéreos, provavelmente para reduzir seu peso. Forame Magno - Estruturas que atravessam o forame magno: - medula espinhal - as meninges do encéfalo e medula espinhal - artérias vertebrais - artérias espinais posteriores e anteriores - nervo acessório – NC XI Forames etmoidais - artéria – veia – nervos etmoidais Canal óptico: - Nervo óptico NC II - artérias oftálmicas Forame jugular – Estrutura que passa pelo forame jugular: - veia jugular interna - nervo glossofaríngeo – NC IX - nervo vago – NC X - nervo acessório – NC XI - seio sigmóide - ramos meníngeos das artérias faríngea ascendente e occipital Meato acústico interno – estruturas que atravessam o meato acústico interno: - nervo facial – NC VII - nervo vestibulococlear – NC VIII Canal carótico – estruturas que atravessam o canal carótico: - artéria carótida interna Forame estilomastóideo – estruturas que atravessam o forame estilomastóideo: - nervo facial – NC VII - artéria estilomastóidea Estruturas que atravessam o forames da lamina cribiforme do osso esfenóide: - nervos olfatórios – NC I Fissura orbital superior: estruturas que atravessam a estrutura - veias oftálmicas - nervo oculomotor – NC III - nervo troclear – NC IV - nervo trigêmeo – NC V1 - nervo abducente – NC VI - fibras simpáticas Forame redondo: - nervo trigêmeo – NC V2 Forame oval: -nervo trigêmeo – NC V3 -artéria meníngea acessória Forame espinhoso: - vasos meníngeos médios - ramo meníngeo do ramo mandibular do nervo trigêmeo NC V3 Sulco do nervo petroso maior - nervo petroso maior - ramo petroso da artéria meníngea média Forame do nervo hipoglosso: - nervo hipoglosso – NC XII Forame mastóideo - veia emissária mastóidea e ramos meníngeos da artéria occipital Estrutura do couro cabeludo: Formado por pele (geralmente com pelos) e tecido subcutâneo que cobrem o neurocrânio, a partir das linhas nucais superiores até as margens supra-orbitais do osso frontal. Lateralmente, o couro cabeludo se estende sobre a fáscia temporal até os arcos zigomáticos. Formado por 5 camadas, cujas três primeiras estão intimamente ligadas: - Pele: fina, exceto na região occipital, contendo muitas glândulas sebáceas e sudoríparas. - Tecido conjuntivo: forma a camada subcutânea densa e ricamente vascularizada -Aponeurose epicrânica: lamina tendínea larga e forte que cobre a calvária e serve como fixação para ventres musculares que convergem da fronte e do occipúcio – o músculo occipitofrontal – e dos ossos temporais de cada lado – os músculos temporoparietal e auricular superior. O ventre frontal do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo anteriormente, enruga a fronte e eleva a sobrancelha. O ventre occipital do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo posteriormente, alisando a pela da fronte. O músculo auricular superior eleva a orelha. - Tecido conjuntivo frouxo: uma camada esponjosa incluindo espaços virtuais que podem ser distendidos por líquido em virtude de lesão ou infecção. Permite livre movimento do couro cabeludo propriamente dito (3 primeiras camadas). - Pericrânio: camada densa de tecido conjuntivo que forma o periósteo externo do neurocrânio. Face: Superfície anterior da cabeça desde a fronte até o queixo e de uma orelha a outra. São supridos pelo nervo facial NC VII Músculos da face (expressão facial) e do couro cabeludo: - Estão no tecido subcutâneo, da parte anterior e posterior do couro cabeludo, da face e do pescoço. - A maioria dos músculos se fixa ao osso ou a fáscia e produz seus efeitos por tração da pele. - músculo occipitofrontal (ventre frontal e occipital) - músculo orbicular do olho (parte orbital e palpebral) - músculo corrugador do supercílio - músculo prócero - músculo levantador do lábio superior - músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz - músculos zigomáticos menor e maior - músculo bucinador - músculo masseter - músculo orbicular da boca - músculo nasal (parte transversa e alar) - músculo risório - músculo abaixador do septo nasal - músculo abaixador do lábio inferior - músculo abaixador do ângulo da boca - músculo platisma Nervos da face: A inervação cutânea (sensitiva) da face é realizada principalmente pelo nervo trigêmeo (NC V)¸enquanto a inervação motora dos músculos faciais é realizada pelo nervo facial (NC VII). Nervos cutâneos da face: - Os nervos cutâneos do pescoço superpõem-se àqueles da face. - Os ramos cutâneos de nervos cervicais do plexo cervical estendem-se sobre a face posterior do pescoço e do couro cabeludo. - O nervo auricular magno (C2/C3) inerva a parte inferior da orelha e grande parte da região parotídea da face (a área sobre o ângulo da mandíbula). - O nervo trigêmeo – NC V, origina-se na superfície lateral da ponte do mesencéfalo por duas raízes: motora e sensitiva. A raiz sensitiva consiste nos processos de neurônios pseudo-unipolares localizados em um gânglio sensitivo (o gânglio trigeninal) na extremidade distal da raiz que é evitada pelos axônios neuronais multipolares que formam a raiz motora. O NC V é o nervo sensitivo da facial e o nervo motor para os músculos da mastigação e vários músculos pequenos (milo-hióideo e ventre anterior do digástrico) Os processos periféricos dos neurônios do gânglio trigeminal constituem três divisões do nervo: - nervo oftálmico – NC V1 - nervo maxilar – NC V2- nervo mandibular – NC V3 As duas primeiras divisões do nervo trigêmeo (oftálmica e mandibular) são completamente sensitivos, mas também recebe fibras motoras (axônios) da raiz motora do NC V que supre principalmente os músculos da mastigação. Nervo Oftálmico: NC V1 Divisão superior do nervo trigêmeo. Origina-se no gânglio trigeminal como um nervo completamente sensitivo Entra na órbita através da fissura orbital superior e trifurca-se em nervo frontal, nasociliar e lacrimal. Com exceção do nervo nasal externo, os ramos cutâneos do NC V1 chegam à pele da face através da abertura da órbita. O nervo frontal, o maior produzido pela trifurcação de NC V1, segue ao longo do teto da orbita, bifurcando-se a meio caminho em direção a sua abertura para formar os nervos supra-orbital e supratroclear, distribuídos para a fronte e para o couro cabeludo. O nervo nasociliar que é ramo intermédio do NC V1, envia ramos para o bulbo do olho e divide-se na orbita em nervo etmoidal posterior, nervo etmoidal posterior e nervo infratroclear. O nervo infratroclear é o principal ramo cutâneo do nervo nasociliar O nervo etmoidal anterior segue seu trajeto atravessando as cavidades cranianas e nasais. O ramo terminal do nervo etmoidal anterior é o nervo nasal externo que é um nervo cutâneo que supre o nariz externo. O nervo lacrimal, o menor ramo da trifurcação do NC V1, é basicamente ramo cutâneo, mas também possui algumas fibras secretomotoras, enviadas através de um ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo maxilar para a inervação da glandular lacrimal. Nervo maxilar – NC V2 O nervo maxilar (NC V2), divisão intermediária do trigêmeo, se origina como um nervo totalmente sensitivo: - O NC V2 segue anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame redondo na base da asa maior do osso esfenóide. - Entra pela fossa pterigopalatina onde emite ramos para o gânglio pterigopalatino e continua entrando na orbita pela fissura orbita inferior. O nervo maxilar dá origem ao nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco infra-orbital como nervo infra- orbital O nervo zigomático segue lateralmente pela parede da orbita e dá origem a dois dos três ramos cutâneos no NC V2: o nervo zigomático facial e o nervo zigomaticotemporal O nervo zigomático temporal envia ramo comunicante que leva fibras secretomotoras para o nervo lacrimal. O trajeto do nervo infra-orbital dá origem a ramos palatinos para a mucosa do seio maxilar e dentes posteriores. Chega a pele da face atravessando o forame infra-orbital, na superfície infra-orbital da maxila Esses três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área da pele derivada das proeminências maxilares embrionárias. Nervo mandibular: - Divisão maior e inferior do nervo trigêmeo, formado pela união de fibra sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz motora do nervo NC V no forame oval na asa maior do osso esfenóide, onde o NC V3 emerge do crânio. O nervo mandibular possui três ramos que suprem a área da pele derivada da proeminência mandibular embrionária. Também envia fibras motoras para os músculos da mastigação; O NC V3 é a única divisão do NC V que possui fibras motoras Os principais ramos cutâneos do NC V3 são: bucal, mentual e auriculotemporal. Na pele, o nervo auriculotemporal passa profundamente a glândula parótida, conduzindo fibras secretomotoras para ela a partir de um gânglio associado a esta divisão do NC V. Nervos do couro cabeludo: A inervação do couro cabeludo anterior as orelha se faz através de todas as três divisões do NC V, o nervo trigêmeo. Posteriormente as orelhas a inervação provém dos nervos cutâneos espinhais C2/C3. Ramos anteriores: - nervo auricular magno – ascende verticalmente ao músculo ECM, posteriormente a veia jugular externa, suprindo a pele que cobre o ângulo da mandíbula. - nervo occipital menor - segue a margem posterior do músculo ECM, ascendendo posterior à orelha, suprindo o couro cabeludo posterior à orelha. Ramos posteriores: - nervo occipital maior – emerge entre o axis e o músculo obliquo inferior da cabeça, depois perfura o trapézio, suprindo a região occipital do couro cabeludo. - nervo occipital terceiro – perfura o trapézio, suprindo o couro cabeludo na região occipital inferior e suboccipital. Nervos motores da face: Os nervos motores da face são o nervo facial para os músculos da expressão facial e a raiz motora do nervo trigêmeo/nervo mandibular para os músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigóideo lateral e medial) Esses nervos também suprem alguns músculos mais profundos, relacionados à boca, orelha média e pescoço. Nervo facial: Emerge do sulco bulbo-pontino! Possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva/parassimpática (sendo a ultima o nervo intermédio). A raiz motora do nervo VII supre os músculos da expressão facial, incluindo os músculos superficiais do pescoço (platisma), músculos auriculares, músculos do couro cabeludo, etc. Após o trajeto tortuoso no osso temporal, o NC VII emerge do crânio através do forame estilomastóideo. Imediatamente dá origem ao nervo auricular posterior, que passa postero-superiormente à orelha para suprir o músculo auricular posterior e o ventre occipital do músculo occipitofrontal. O tronco principal do NC VII segue anteriormente e é englobado pela glândula parótida, na qual forma o plexo parotídeo, que dá origem à 5 ramos terminais do nervo facial: -temporal – zigomático – bucal – marginal da mandíbula – mentual, todos os nomes relacionados à região que inervam. O ramo temporal – emerge da margem superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático para suprir os músculos auricular superior e anterior, ventre frontal do músculo occipitofrontal e principalmente a parte superior do músculo orbicular do olho. O ramo zigomático – inervam a região inferior do músculo orbicular do olho e alguns músculos faciais inferiores à órbita. O ramo bucal – passa externamente ao músculo bucinador para suprir esse músculo e os músculo do lábio superior (fibras inferiores do músculo levantador do lábio superior e parte superior do músculo orbicular da boca) O ramo marginal da mandíbula – inerva o músculo risório e os músculos do lábio inferior e do queixo, cruzando a margem inferior da mandíbula, profundamente ao músculo platisma chegando à face. O ramo cervical – segue inferiormente a partir da margem inferior da glândula parótida e passa posteriormente a mandíbula para suprir o músculo platisma. Vascularização superficial da face e do couro cabeludo: Ricamente suprida por artérias superficiais e veias externas Ocorrem anastomoses entre os ramos terminais das artérias e veias A maioria das artérias da face são ramos ou derivados de ramos da artéria carótida externa A maioria das veias faciais externas é drenada por veias que acompanham as artérias da face. Artérias superficiais faciais: - Artéria facial: responsável pelo principal suprimento arterial da face (músculos da expressão facial e face), sendo um ramo colateral da artéria carótida externa, ascendendo profundamente à glândula submandibular e espirala-se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente anterior ao músculo masseter. - Cruza a mandíbula, o músculo bucinador e a maxila, seguindo sobre a face medial até o ângulo medial do olho (canto). - Situa-se profundamente ao músculo zigomático maior e levantador do lábio superior. - A artéria facial envia ramos para os lábios superior e inferior, artéria labial superior e artéria labial inferior, segue ascendendo à superfície lateral do nariz, anastomosando-se com a artéria dorsal do nariz, ramo da artéria oftálmica. Na sua parte final lança um ramo denominado artéria nasal lateral (irriga a pele da asa e dorso do nariz) e suaparte terminal da artéria facial é denominada artéria angular (parte palpebrar inferior e parte superior da bochecha) Artéria temporal superficial: Irriga os músculos da face e pele das regiões frontal e temporal. Menor ramo da artéria carótida externa, o outro é a artéria maxilar. A artéria temporal superficial emerge na face entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha, entra na fossa temporal e termina no couro cabeludo, dividindo-se em ramo frontal e parietal, ramos que seguem próximos ao ramo do nervo auriculotemporal. Artéria facial transversa: Ramo da artéria temporal superficial na glândula parótida e cruza a face superficialmente ao músculo masseter. Divide-se em muitos ramos que irrigam a glândula parótida e o ducto parotídeo, masseter e a pele da face. Anastomosa-se com ramos da artéria facial. Artérias supra-orbital e supratroclear, ramos da artéria oftálmica (ramo da artéria carótida interna) acompanham os nervos de mesmo nome, irrigando músculos e pele do couro cabeludo. A artéria mentual, único ramo superficial derivado da artéria maxilar, emerge do forame mentual e segue até o queixo, irrigando os músculos faciais e a pele do queixo. Artérias do couro cabeludo: - Possui rico suprimento sanguíneo. - As artérias seguem na segunda camada do couro cabeludo (tecido subcutâneo) entre a pele e a aponeurose epicrânica. Anastomosam-se livremente entre si. O suprimento arterial provém das artérias carótidas externas através das artérias occipital, auricular posterior e temporal superficial e das artérias carótidas internas através das artérias supra-orbital e supratroclear. As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue ao neurocranio, sendo suprido basicamente pela artéria meningea média. Veias externas da face: - A drenagem da face pode ser feitas por vias superficiais e profundas. Veia facial: - Seguem o trajeto das artérias faciais, são veias sem válvulas que proporcionam a drenagem superficial primária da face. - As tributárias da veia facial incluem veia facial profunda que drena o plexo venoso pterigóideo da fossa infratemporal. - Inferiormente a margem inferior da mandíbula, a veia facial se une a um ramo comunicante anterior da veia retromandibular. - A veia facial drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna (VJI). - No ângulo medial do olho (canto) a veia facial se comunica com a veia oftálmica superior, que drena para o seio cavernoso. Veia retromandibular: - Veia profunda da face formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar -Segue posteriormente ao ramo da mandíbula, dentro da substancia da parótida, superficialmente a artéria carótida externa e profundamente ao nervo facial - Quando emerge do pólo inferior da mandíbula, a veia retromandibular se dividem em ramo anterior que se une a veia facial e um ramo posterior que se une a veia auricular posterior, inferiormente a parótida, para formar a veia jugular externa que segue inferior e superficialmente no pescoço para drenar na veia subclávia. Veias do couro cabeludo: - A drenagem do couro cabeludo é feita através das veias acompanhantes das artérias do couro cabeludo, as veias supra-orbitais e supratrocleares, drenando a parte anterior do couro cabeludo e a fronte, além das pálpebras (superior e inferior) e conjuntiva. - As veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam o couro cabeludo anterior e posterior à orelha - As veias occipitais drenam a região occipital do couro cabeludo. - A drenagem venosa de partes profundas do couro cabeludo é feita através das veias occipitais profundas que são tributárias do plexo venoso pterigóideo. Drenagem linfática da face e do couro cabeludo: Não há linfonodos no couro cabeludo e com exceção da região parotídea/bucal não há linfonodos na face. A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drena para o anel superficial (colar pericervical) de linfonodos – submentual – submandibular – parotídeo – mastóideo – occipital – localizado na junção da cabeça e outros vasos faciais. Os vasos linfáticos da face acompanham outros vasos faciais. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias e os linfáticos profundos acompanham as artérias. Todos os vasos linfáticos da cabeça drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos, uma cadeia de linfonodos que acompanha a veia jugular interna no pescoço. A linfa desses linfonodos profundos segue até o tronco linfático jugular que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à veia jugular interna ou veia braquiocefálica no lado direito. A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, incluindo as pálpebras drena para os linfonodos parotídeos superficiais. A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para os linfonodos cervicais profundos. A linfa proveniente do lábio superior e as partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos submandibulares A linfa proveniente do queixo e da parte central do lábio inferior drena para os linfonodos submentuais. Glândula parótida: É a maior dos três pares de glândulas salivares. A glândula parótida é encontrada durante a dissecação do trígono submandibular do pescoço. As glândulas submandibulares são encontradas ao dissecar o assoalho da boca. A glândula parótida é revestida por uma cápsula fascial resistente, a bainha parotídea. Possui um formato irregular devido a área ocupada pela glândula, o leito parotídeo, é anterior inferior ao poro acústico externo, estando entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide. O ápice da glândula parótida situa-se posterior ao ângulo da mandíbula e sua base está relacionada ao arco zigomático. O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da margem anterior da glândula. Na margem anterior do músculo masseter, o ducto segue medialmente e perfura o bucinador e entra na cavidade oral através de uma pequena abertura oposta ao 2 dente molar maxilar. Incrustado na substância da glândula parótida: - plexo parotídeo do nervo facial NC VII - veia retromandibular - artéria carótida externa - Na bainha da parótida e na glândula estão os linfonodos parotídeos. Inervação da glândula parótida e estruturas relacionadas: - O NC VII não inerva a glândula parótida - O nervo auriculotemporal, ramo do nervo mandibular (NC V3) está intimamente relacionado à parótida. - O nervo auricular magno, ramo do plexo cervical formado por fibras de C2 e C3, inerva a bainha parotídea. - O componente parassimpático do nervo glossofaríngeo (NC IX) envia fibras secretores pré-sinápticas para o gânglio ótico. As fibras parassimpáticas pós-sinápticas são conduzidas do gânglio até a glândula pelo nervo auriculotemporal. A estimulação das fibras parassimpáticas produz a saliva. As fibras simpáticas são derivadas dos gânglios cervicais através do plexo nervoso parotídeo externo sobre a artéria carótida externa, quando ativas reduzem a secreção da glândula. Fibras nervosas sensitivas seguem até a glândula através dos nervo auricular magno e auriculotemporal. ANATOMIA II – “PESCOÇO” Estruturas superficiais do pescoço: Esternocleidomastóideo e trapézio: O esternocleidomastóideo é um músculo que se estende obliquamente no pescoço, desde a junção esternoclavicular até o processo mastóideo. Apresenta duas cabeças de origem, arredondada tendínea e esternal, com origem na parte anterior do manúbrio e outra achatada e clavicular, com origem na parte superior do terço medial da clavícula. O músculo esternocleidomastóideo insere-se na superfície lateral do processo mastóideo e na metade lateral da linha nucal superior, no osso occipital. O músculo esternocleidomastóideo é cruzado pelo músculo platisma, veia jugular externa e nervos auricular magno e transversodo pescoço. O esternocleidomastóideo cobre: - os grandes vasos do pescoço - o plexo cervical - porção de vários outros músculos: (esplênio – digástrico – levantador da escápula – escalenos – esterno- hióideo – esternotireóideo e omo-hióideo e a cúpula da pleura) O músculo esternocleidomastóideo é o músculo chave do pescoço, pois divide a área quadrilátera lateral do pescoço e trigonos anterior e posterior. Trapézio: Origina-se no terço medial da linha nucal superior da protuberância occipital externa, processo espinhoso das ultimas vértebras e todas as vértebras torácicas e as fibras originadas na região occipital inserem-se na borda posterior e superior do terço lateral da clavícula. Os restantes das fibras inserem-se no acrômio e na espinha da escápula. Ambos os músculos são Inervados principalmente pelo nervo acessório NC XI. Há também uma inervação proprioceptiva e motora, através dos nervos cervicais C2 e C3 (esternocleidomastóideo) e C3 e C4 (trapézio). Ações do esternocleidomastóideo e do trapézio: - O trapézio eleva e gira a escápula e é o único músculo que pode ser relaxado. - O músculo esternocleidomastóideo realiza movimentos de flexão, extensão e rotação. Trigonos do pescoço: Quadrilátero do pescoço: Limites: - Superior: borda inferior da mandíbula e uma linha que vai do ângulo da mandíbula até o processo mastóideo. - Inferior: face superior da clavícula - Anterior: linha mediana anterior do pescoço - Posterior: borda anterior do trapézio Essa área é dividida pelo músculo esternocleidomastóideo em dois trigonos, um anterior ao músculo e outro posterior ao músculo. Trígono posterior do pescoço: - Limites: - Inferior: face superior do terço intermédio da clavícula - Posterior: borda anterior do trapézio - Anterior: borda posterior do esternocleidomastóideo O trigono posterior está cruzado pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo. Divide em duas áreas menores: - trigono occipital - trigono supraclavicular Teto do trigono posterior: - camada de revestimento da fáscia e o músculo platisma Assoalho do trigono posterior: - esplênio da cabeça - levantador da escápula - escaleno médio - escaleno posterior - primeira digitação do serrátil anterior Conteúdo do trígono posterior: - nervo acessório - linfonodos - plexo braquial - terceira parte artéria subclávia - nervo dorsal da escápula – músculo rombóide - nervo torácico longo – músculo serrátil anterior O nervo acessório cruza o ponto médio do trigono posterior e localiza-se sobre a o músculo levantador da escápula, estando localizado no teto fascial do trigono. O nervo acessório compreende a porção craniana e espinhal, ambas passam pelo forame jugular, onde trocam fibras. A porção craniana (ramo interno) se junta ao nervo vago (NC X) e o ramo externo corre em direção posterior e inferior, para se distribuir no esternocleidomastóideo e trapézio. Acima do ponto médio da borda anterior do esternocleidomastóideo, o nervo acessório cruza o trigono posterior do pescoço, localizando-se sobre o levantador da escápula. Cerca de 5 cm acima da clavícula passa profundamente a borda anterior do trapézio. Ramos superficiais do plexo cervical do pescoço: - Está localizado profundamente na parte superior do pescoço, coberto pela veia jugular interna e pelo esternocleidomastóideo. - Ele é formado pelos quatro ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais. Os ramos superficiais ou cutâneos do plexo são os nervos occipital menor, auricular magno, e transverso do pescoço (C2 E C3) e os nervos supraclaviculares (C3, C4). Todos esses ramos superficiais emergem próximo ao ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo. Nervo occipital menor: O nervo occipital menor faz a volta em torno do nervo acessório ao longo da borda posterior do esternocleidomastóideo, corre atrás da orelha e inerva a pele e a face lateral e da superfície crânica da cabeça. Nervo auricular magno: Passa em torno da borda posterior do esternocleidomastóideo e ascende obliquamente, através deste músculo até a glândula parótida, se dividindo e inervando a pele sobre a glândula e sobre o processo mastóideo, além das duas superfícies da orelha. Nervo transverso do pescoço (cervicais transversos): Passa em torno do ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo e cruza este músculo profundamente ao platisma. Seus ramos inervam as regiões lateral e anterior do pescoço. Nervos supraclaviculares: Emergem como um tronco abaixo da borda posterior do esternocleidomastóideo, o tronco se divide em nervos supraclaviculares anterior, médio e posterior, cruzam a clavícula superficialmente e inervam a pele do ombro do plano mediano. Veia jugular externa: - drena grande parte da face e do couro cabeludo e uma fração significante de sangue cerebral - Começa abaixo ou no interior da glândula parótida, sendo formada principalmente pela união da veia retromandibular com a veia auricular posterior, sendo variável seu modo de formação. - Corre em direção posterior e inferior, cruzando obliquamente o esternocleidomastóideo, coberta pelo platisma. - Perfura a fáscia do trigono posterior do pescoço e termina na veia subclávia ou na veia jugular interna. - Se estende em direção posterior e inferior a partir do ângulo da mandíbula até o ponto médio da clavícula. - Visível sobre o esternocleidomastóideo. Trígono anterior do pescoço: - Superior: borda inferior da mandíbula e uma linha que vai do ângulo da mandíbula até o processo mastóideo. - Anterior: a linha mediana anterior do pescoço - Posterior: borda anterior do esternocleidomastóideo - O trigono anterior é cruzado pelo músculo digástrico, estilo-hióideo e ventre superior do omo-hióideo. Divisão do trigono anterior: - Trígono digástrico ou submandibular: - borda inferior da mandíbula - ventre anterior e posterior do digástrico - Trígono submentual: - corpo do osso hióideo - ventres anteriores direito e esquerdo do digástrico - Trígono carotídeo: - ventre posterior do digástrico - ventre superior do omo-hióideo - borda anterior do esternocleidomastóideo Assoalho do trigono carotídeo: - parte do tireo-hióideo - parte do hioglosso - parte do músculo constritor médio da faringe - parte do músculo constritor inferior da faringe Conteúdo do trigono carotídeo: - artéria carótida comum - artéria carótida interna - artéria carótida externa - veia jugular interna (todas cobertas pela borda anterior do esternocleidomastóideo) - * tributária da VJI - * ramos da carótida externa - * porções dos três últimos nervos cranianos - * laringe, faringe e nervos laríngicos - Trigono muscular: - ventre superior do omo-hióideo - linha mediana do pescoço - borda anterior do esternocleidomastóideo (esterno-hióideo e esterno-tireóideo formam seu assoalho) Teto do trigono anterior - fáscia e músculo platisma Assoalho do trigono anterior - milo-hióideo - hioglosso Conteúdo do trígono anterior: - nervo glossofaríngeo - nervo vago - artéria facial (profundo à glândula) - veia facial (superficial à glândula) - artéria carótida externa (porção) - glândula parótida (porção) - glândula submandibular - artéria carótida interna - veia jugular interna Músculos infra-hióideos: - Esterno-hióideo (parte posterior do manúbrio e da extremidade medial da clavícula) - Omo-hióideo (dois ventres unidos por um tendão intermediário, originando-se na borda superior da escápula, próximo a incisura supra-escapular e se insere na borda inferior do corpo do osso hióideo) - Esterno-tireóideo (coberto pelo esterno-hióideo, origina-sena parte posterior do manúbrio e a partir das cartilagens costais superiores, inserindo-se numa linha obliqua sobre a lâmina da cartilagem tireóide. - Tireo-hióideo (continuação superior do esterno-tireóideo, originando-se na linha obliqua da cartilagem tireóidea e inserido na borda inferior do corno maior do osso hióide. Inervação: - O omo-hióideo, esterno-hióideo e esternotireóideo são inervados pela alça cervical. - O tireo-hióideo é inervado principalmente diretamente por um ramo do nervo hipoglosso. (Atuam como um grupo para deprimir a laringe, o osso hióideo e o assoalho da boca, além de aliviar a pressão no ápice do pulmão e sobre a VJI. Estruturas profundas do pescoço: - As principais artérias da cabeça e pescoço são as artérias carótidas comuns direita e esquerda, cada uma das quais se divide em artéria carótida externa, que irriga as estruturas externas do crânio, face e grande parte do pescoço e artéria carótida interna, que irriga estruturas do interior da cavidade craniana e da órbita. Artéria carótida comum: - A artéria carótida comum direita origina-se no ponto de divisão do tronco braquiocefálico (atrás da junção esternoclavicular direita), enquanto que a esquerda é ramo do arco da aorta, apresentando uma porção torácica antes de atingir o pescoço atrás da juntura esternoclavicular esquerda. - Cada artéria carótida comum se divide freqüentemente ao nível da borda superior da lamina da cartilagem tireóide, isto é, ao nível da 4ª vértebra cervical. - O ponto de divisão é 3 cm abaixo da borda inferior da mandíbula. - Geralmente há uma dilatação na artéria carótida interna, o seio carótico, inervado pelo nervo glossofaríngeo e nervo vago. Relações superficiais: -A artéria carótida comum é cruzada pelo omo-hióideo ao nível da cartilagem cricóidea à nível da 6* vértebra cervical. -Abaixo do omo-hióideo, a artéria está disposta profundamente aos músculos, esterno-hióideo, esterno-tireróideo, esternocleidomastóideo e platisma. - Em sua parte superior a artéria carótida comum localiza-se coberta pela borda anterior do esternocleidomastóideo A raiz superior da alça cervical localiza-se superficialmente à artéria, freqüentemente fora da bainha carotídea. A veia jugular interna localiza-se na face lateral Relações superficiais: - tronco simpático - músculos pré-vertebrais - processos transversos das vértebras cervicais (4ª a 6ª vértebra cervical). Artéria carótida externa: - Estende-se do nível da borda superior da lâmina da cartilagem tireóidea. - Ela se divide no interior da glândula parótida em artéria temporal superficial e artéria maxilar. - É antero-medial à carótida interna Relações superficiais: - Começa no trigono carotídeo, onde está parcialmente coberta pelo esternocleidomastóideo e cruzada pelo nervo hipoglosso e veias lingual e facial. - Passa profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico e estilo-hióideo. - Penetra na glândula parótida Ramos da artéria carótida externa: - Artéria tireóidea superior: tem origem abaixo do corno maior do osso hióide, coberta pelo esternocleidomastóideo, possui um ramo importante: artéria laríngea superior. -Artéria lingual: origina-se a nível ou acima do osso hióide Artéria facial: Se volta em torno da borda inferior da mandíbula e na borda anterior do masseter, seguindo em direção superior e para frente na face, terminando no ângulo medial do olho, anastomosando-se com os ramos da artéria oftálmica. Irriga os músculos da expressão facial e a veia facial localiza-se atrás da artéria. A artéria facial da origem as artérias labiais superior e inferior e ao ramo nasal lateral, terminando com artéria angular. Artéria occipital: origina-se na parte posterior da artéria carótida externa e pode ser dividida em três porções: anterior, profunda e posterior ao esternocleidomastóideo. No trigono carotídeo, o nervo hipoglosso passa em torno da artéria occipital na sua origem. A artéria passa posterior e superior, profundamente a borda inferior do ventre posterior do digástrico. Cruza a veia jugular interna, carótida interna e os três últimos nervos cranianos. Profundamente ao esternocleidomastóideo, a artéria occipital ocupa o sulco occipital do osso temporal, medialmente ao processo mastóideo. Aí a artéria está coberta pelos músculos associados ao processo mastóide (ECM, esplênico da cabeça, longo da cabeça e digástrico). Posterior ao esternocleidomastóideo, a artéria occipital perfura o trapézio estando acompanhada do nervo occipital maior e divide-se em ramos para o couro cabeludo. Artéria auricular posterior: Origina-se na parte posterior da artéria carótida externa e acima do ventre posterior do digástrico, correndo posterior e superior, superficial ao processo estilóide e coberta pela glândula parótida, termina entre o processo mastóide e a orelha, dividindo-se em ramo frontal e occipital, além de dar origem à artéria timpânica posterior. Artéria faríngea ascendente: Origina-se na parte póstero-medial da artéria carótida externa, ascendendo entre a parede da faringe e a artéria carótida interna. Artéria maxilar e artéria temporal superficial – a artéria carótida externa divide-se nesses dois ramos terminais. Artéria carótida interna: - começa à nível da borda superior da lâmina da cartilagem tireóide. - penetra o crânio através do canal carótico e termina na fossa craniana média dividindo-se em artérias cerebrais anteriores e médias. - possui o seio carótico, cujas parede possui receptores de pressão que são estimulados com a alteração da pressão sanguínea. - A artéria carótida interna não dá nenhum ramo no pescoço. Seu trajeto pode ser considerado em quatro partes: cervical – petrosa – cavernosa – cerebral. - Origina-se no trigono carótico, onde está parcialmente coberta pelo ECM e cruzada pelo nervo hipoglosso (NC XII). Passa posteriormente ao ventre posterior do digástrico e do estilo-hióideo e está cruzada pelas artérias auricular posterior e occipital. A artéria carótida externa está antero-medial à artéria carótida interna no início, e num ponto mais superior se torna lateral. A veia jugular interna e o nervo vago localizam-se em posição lateral a artéria carótida interna. Na base do crânio a veia jugular interna se localiza posteriormente à artéria, estando separadas pelos últimos nervos cranianos. Cada artéria carótida é cruzada pelo omo-hióideo correspondente, oposto à cartilagem cricóidea (6ª vértebra cervical). Nervo glossofaríngeo: Aferente da língua e da faringe e sensível para o estilo-faríngeo e para a glândula parótida. Emerge da medula espinhal, passando pelo forame jugular onde apresenta dois gânglios: um superior (jugular) e um inferior (petroso), que contém corpos celulares de fibras aferentes, depois passa entre a veia jugular interna e a artéria carótida interna, descendo anterior a artéria carótida interna e curvando em direção anterior em torno do estilofaríngico, correndo pela borda posterior do hioglosso. Nervo vago: - Predominantemente aferente - NC X - Apresenta extensa distribuição na cabeça e no pescoço e no tórax e abdome. - Apresenta fibras aferentes e eferentes para a faringe e laringe. - Emerge da medula espinhal e passa através do forame jugular. No forame apresenta dois gânglios: um superior (jugular) e outro inferior (nodoso), que contém corpos celulares de nervos aferente e numerosas conexões com os nervos cranianos VII, IX, XI, XII e os cervicais C1 e C2. Abaixo do gânglio inferior o vago recebe o ramo interno no nervo acessório NC XI, cujas fibras se distribuem juntamente com o vago. O vago desce no interior da bainha carotídea, entre a VJI e, sucessivamente as artérias carótidas interna e comum. O vago passa entre a veia jugularinterna e a primeira parte da artéria torácica. Os ramos da cabeça e do pescoço do nervo vago são: Originados do gânglio superior: ramo meníngico e ramo auricular Originados do gânglio inferior: ramos faríngicos – laríngico superior e laríngeo recorrente (que inerva a mucosa da laringe e todos os músculos da laringe, exceto o músculo cricotireóideo). Suas fibras são derivadas da parte craniana do nervo acessório, originando-se em níveis diferentes dos dois lados do corpo. O nervo direito origina-se anteriormente a primeira parte da artéria subclávia, passando em torno deste vaso. O nervo esquerdo origina-se no tórax, sobre o lado esquerdo do arco da aorta, passando em torno deste vaso. Ambos os nervos ascendem no interior do sulco traqueoesofágico, na altura do primeiro ou segundo anel da traquéia. Envia um ramo para laringofaringe e está intimamente relacionado com a glândula tireóide. Lesão no nervo laríngeo recorrente causa uma afonia e deconforto respiratório. Nervo acessório: Formado pela união parte craniana (interna) e da parte espinhal (externa). As raízes cranianas emergem da face lateral da medula espinhal, logo abaixo das raízes do vago. Atravessam o forame jugular onde trocam fibras ou se unem por uma longa distância. Abaixo do forame jugular a porção cranina ou interna se junta ao nervo vago, abaixo do gânglio inferior do vago. A porção espinhal ou externa distribui-se ao esternocleidomastóideo e ao trapézio. Corre em direção posterior, superficialmente a VJI, perfurando ou não o esternocleidomastóideo, cruza o trigono posterior do pescoço acima do ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo. 5 cm acima a cima da clavícula passa profundamente a borda anterior do trapézio e forma um plexo com C3 e C4. Nervo hipoglosso: - principal nervo motor da língua. - suas raízes emergem da medula espinhal entre a pirâmide e a oliva, passando pelo canal do hipoglosso do osso occipital. - desce atrás da artéria carótida interna e dos nervos glossofaríngeo e vago, depois desce entre a artéria torácica interna e veia jugular interna, anterior ao vago. - forma uma alça em direção anterior em torno da artéria occipital, depois cruza as artérias carótida interna, externa e lingual. - Localiza-se sobre o hioglosso e passa profundamente ao milo-hióideo e ao digástrico, estando abaixo do ducto submandibular e nervo lingual. Conteúdo da bainha carotídea: - artéria carótida comum - artéria carótida interna - nervo vago - veia jugular interna - linfonodos cervicais profundos Artéria subclávia: A principal artéria que leva sangue para o membro superior é conhecida como subclávia, axilar e braquial nas diferentes partes de seu trajeto. O território irrigado pela subclávia estende-se até o telencéfalo, parede abdominal e dedos. A artéria subclávia esquerda origina-se diretamente do arco da aorta, enquanto a subclávia direita do tronco braquiocefálico. A artéria subclávia esquerda, por esta razão, apresenta uma porção torácica. O trajeto da artéria subclávia pode ser considerado em três porções: Primeira porção: da origem do vaso até a borda medial do músculo escaleno anterior Segunda porção: posterior ao músculo escaleno anterior Terceira porção: da borda lateral do músculo escaleno anterior até a borda externa da primeira costela, onde a artéria subclávia passa a ser denominada artéria axilar. A veia subclávia passa anteriormente ao escaleno anterior e une-se na borda medial deste músculo com a veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica, assim é coextensiva somente com a 2ª e 3ª parte da artéria subclávia. A primeira parte da artéria subclávia direita e a parte cervical da primeira parte da artéria subclávia esquerda formam um arco de direção posterior e lateral atrás da juntura esternoclavicular. A artéria subclávia (3ª parte) é mais superficial e está localizada principalmente no trigono supraclavicular. Ramos: - artéria vertebral - artéria torácica interna - artéria escapular descendente - tronco tireocervical - tronco costocervical A artéria vertebral irriga a parte posterior do encéfalo. Origina-se na primeira parte da subclávia, medialmente ao escaleno anterior, ascende através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, correndo atrás da massa lateral do atlas e entra na cavidade craniana através do forame magno. Na borda inferior da ponte, une-se com o vaso do lado oposto e dá origem à artéria basilar (que se divide em duas artérias cerebrais posteriores). O trajeto da artéria vertebral é dividido em partes: cervical – vertebral – suboccipital – intracraniana. A parte cervical da artéria vertebral ascende atrás da artéria carótida comum através de um espaço piramidal entre o escaleno anterior e o longo do pescoço. A parte vertebral ascende através dos forames transversos das seis primeiras vértebras Tronco tireocervical: Origina-se da primeira parte da artéria subclávia e divide-se em três ramos: - tireóidea inferior - cervical ascendente - cervical transversa - supra-escapular Tronco costocervical: Origina-se na parte posterior da primeira porção da subclávia (lado esquerdo do corpo) e parte posterior da segunda porção da subclávia (lado direito do corpo), se divide em: - artéria cervical profunda - artéria intercostal suprema (dois primeiros espaços intercostais) Artéria dorsal da escápula: origina-se na segunda ou terceira parte da artéria subclávia, correndo tanto entre o tronco superior e médio, quanto entre os troncos médio e inferior do plexo braquial. Ao atingir a borda medial da escápula, a artéria dorsal da escápula desce junto com o nervo de mesmo nome e dá origem a ramos para o músculo rombóide. Veia jugular interna: Drena o encéfalo, o pescoço e a face Tem inicio no forame jugular, e é uma continuação do seio sigmóide. Desce pela bainha carotídea e termina atrás da porção medial da clavícula, unindo-se com AA subclávia para formar a veia braquiocefálica. Os linfonodos cervicais profundos localizam-se ao longo do trajeto da veia jugular interna. Na base do crânio a artéria carótida interna localiza-se anteriormente à veia jugular interna (canal carótico é anterior ao forame jugular) e os dois vasos estão separados neste ponto pelos quatro últimos nervos cranianos. Tributárias da VJI: - lingual - faríngicas - tireóidea superior e média - seio petroso inferior Ducto linfático direito, ou do lado esquerdo o ducto torácico abrem-se comumente na veia jugular interna ou na junção da mesma com a subclávia. O ducto torácico recebe a linfa da maior parte do corpo, incluindo o lado esquerdo da cabeça e do pescoço. O ducto linfático direito recebe linfa do lado direito da cabeça e do pescoço, do membro superior direito e do lado direito do tórax. Plexo cervical: Os ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais unem-se para formar o plexo cervical, enquanto que os quatro inferiores e grande parte do primeiro torácico, se unem para formar o plexo braquial. Está localizado anteriormente ao músculo levantador da escápula e escaleno médio e coberto pela veia jugular interna e esternocleidomastóideo. Os ramos do plexo cervical inervam a pele da parte posterior da cabeça, do pescoço e do ombro, além do diafragma. Ramos superficiais: C2 e C3 - occipital menor - auricular magno - transverso do pescoço Supraclaviculares: C3 e C4 Ramos profundos: C3 e C4 - para o esternocleiomastóideo: C2 e C3 - trapézio - levantador da escápula - escalenos Os ramos cutâneos emergem do ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo. O plexo braquial está entre o escaleno médio e o anterior. Nervo frênico:-Inerva o diafragma e as membranas serosas do tórax e abdome. Ele tem origem principalmente do 4° nervo cervical, mas comumente apresenta duas raízes, uma principal vinda do 4° nervo cervical e uma raiz acessória vinda do 5° nervo cervical. É formado na borda lateral do escaleno anterior e corre verticalmente em direção inferior através da parte anterior deste músculo, cruzado pelas artérias cervicais transversas e supra-escapular, passando depois entre as artérias e veias subclávias, percorrendo o tórax em direção ao diafragma. No lado esquerdo cruza a primeira parte da artéria subclávia e o direito a segunda parte. Contém tanto fibras aferentes como eferentes. Membro Superior - Resumo Braço: - Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior do braço, supridos pelo nervo músculo cutâneo, e um extensor, o tríceps braquial, localizado no compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. Um auxiliar do tríceps posicionado distalmente, o ancôneo, também está situado no compartimento posterior Bíceps braquial: Origem: A cabeça curta tem origem no processo coracóide da escápula e a cabeça longa tem origem no tubérculo supraglenoidal da escápula. Fixação: Na tuberosidade do rádio através da aponeurose do músculo bíceps braquial. Supina e flete o antebraço Uma faixa membranosa que sai do tendão do bíceps braquial denominada aponeurose do músculo bíceps braquial, atravessa a fossa cubital e funde-se à fáscia do antebraço, conferindo proteção para as estruturas dessa fossa. Braquial: Situado posterior (profundamente) ao bíceps. É o principal flexor do antebraço Origem: processo coracóide da ulna Fixação: metade distal da face anterior do úmero Flete os braços em todas as posições Coracobraquial: Origem: no processo coracóide da escápula Fixação: terço médio da face medial do úmero. Ajuda a fletir e aduzir o braço É perfurado pelo nervo musculocutâneo O nervo mediano e a artéria braquial podem seguir profundamente ao coracobraquial e serem comprimidos por ele. Tríceps braquial: Possui três cabeças: longa – lateral e medial É principal extensor do antebraço Origem: A cabeça longa tem origem no tubérculo infraglenoidal da escápula e a cabeça lateral tem origem no face posterior do úmero (superior ao sulco do nervo radial) Fixação: Extremidade proximal do olecrano e da ulna Inervado pelo nervo radial. Ancôneo: Auxilia o tríceps na extensão do antebraço Origem: no epicôndilo lateral do úmero Fixação: face lateral do olecrano e parte superior da face superior da ulna Inervado pelo nervo radial Nervos do Braço: São ramos terminais dos fascículos do plexo braquial, acompanham a artéria axilar e a parte mais superior da artéria braquial e descem no braço. O nervo mediano e ulnar passam diretamente ao antebraço, mas o nervo radial emite ramos musculares e cutâneos no braço. Nervo músculocutâneo: É um ramo do fascículo lateral, geralmente perfura o músculo coracobraquial. Desce entre os bíceps, superficialmente, e o braquial profundamente e atinge a face lateral do braço. Inerva o bíceps braquial, o braquial e o coracobraquial, além de raras vezes inervar o braquiorradial, depois se convertendo a nervo cutâneo lateral do antebraço, que atravessa a fáscia bem lateralmente ao tendão do bíceps, acima do cotovelo. Depois divide-se em ramos anterior e posterior, dos quais um ou ambos passam posterior à veia cefálica. Nervo mediano: Formado por raízes do fascículo lateral e medial do plexo braquial. Continua no lado lateral da artéria braquial. Mais ou menos na metade do braço cruza gradualmente a artéria braquial pela frente, descendo medialmente a este vaso. Na fossa cubital está localizado atrás da veia intermédia do cotovelo, coberto pela aponeurose do bíceps braquial (bicipital), penetrando depois entre as duas porções do pronador redondo. Nervo ulnar: Ramo do fascículo medial do plexo braquial desce medialmente a artéria axilar e continua no contorno medial da artéria braquial Na metade do braço atravessa o septo intermuscular medial e desce com a artéria colateral ulna superior e o nervo colateral ulnar, atingindo a parte posterior do epicôndilo medial, dando um ramo para a juntura do cotovelo, penetrando no antebraço entre as duas porções do músculo flexor ulnar do carpo. Nervo radial: Ramo do fascículo posterior desce por trás da artéria axilar e braquial e segue posteriormente junto com a artéria braquial profunda. O nervo radial curva-se ao redor do úmero coberta pela cabeça lateral do tríceps. Passa pelo sulco do nervo radial e perfura o septo intermuscular lateral do braço e dirige-se anteriormente para a fossa cubital, onde à nível ou abaixo do epicôndilo lateral divide-se em ramos superficial (sensitiva) e profundo(motora). Supre todos os músculos do compartimento posterior do braço e antebraço Artérias do braço: Artéria braquial: Continuação da artéria axilar a partir da borda inferior do redondo maior. O nervo mediano situa-se lateralmente, o nervo ulnar e cutâneo medial do antebraço medialmente e o nervo radial posteriormente. O nervo axilar deixa a axila através do espaço quadrangular e não mantém relação com a artéria braquial. Sua parte superior está medialmente ao úmero, mas sua parte inferior está na frente deste osso. Posteriormente, encontra-se sobre os tríceps e o braquial O nervo mediano cruza em frente da artéria, vindo de lateral para medial No cotovelo está situada no centro da fossa cubital, sendo cruzada pela aponeurose do bíceps separando-a da veia intermédia do cotovelo. A artéria braquial divide-se no nível da fossa cubital em artérias radial e ulnar para irrigar o antebraço e a mão. Os principais ramos da artéria braquial originadas de sua face medial são: - artéria braquial profunda - artéria colateral ulnar superior - artéria colateral ulnar inferior As artérias colaterais ajudam a formar a rede articular do cotovelo, juntamente com as artérias recorrentes das artérias radial – ulnar e interossea que seguem superior, anterior e posterior a articulação do cotovelo. Essas artérias anastomosam-se com ramos descendentes da artéria braquial profunda e com as artérias colaterais ulnares. Artéria braquial profunda: Maior artéria da braquial, tendo origem alta. Acompanha o nervo radial ao longo do sulco do nervo radial, seguindo posteriormente ao redor do corpo do úmero, termina dividindo-se em artéria colateral media e radial que participam da rede articular do cotovelo. Artéria colateral ulnar superior: Origina-se da face medial da artéria braquial perto do meio do braço e acompanha o nervo ulnar posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar posterior (ramo da artéria ulnar) Artéria colateral ulnar inferior: Origina-se da artéria braquial 5 cm acima da prega do cotovelo Depois segue inferiormente passando pelo epicôndilo medial anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar anterior (ramo da artéria ulnar). Circulação colateral do cotovelo: Anteriormente ao epicôndilo lateral a artéria colateral radial une-se com a artéria recorrente lateral (ramos da artéria radial). Por trás do epicôndilo lateral a artéria colateral média une-se com a artéria recorrente interossea (derivada da artéria interossea posterior que é ramo junto com a artéria interossea anterior de um tronco denominado artéria interossea comum que é ramo da artéria ulnar) Anteriormente ao epicôndilo medial a artéria colateral ulnar inferior une-se com a artéria recorrente ulnar anterior. Por trás do epicôndilo mediala artéria colateral ulnar superior une-se com a artéria recorrente ulnar posterior Ocorrem também conexões transversas: ex: entre a artéria colateral média e posterior com a artéria colateral ulnar inferior Fossa cubital: Depressão na face anterior do cotovelo: Limites: Superior: linha imaginária que une o epicôndilo medial e o lateral Medialmente: a massa de músculos flexores do antebraço originados no epicôndilo medial, mais especificamente, o pronador redondo. Lateralmente: a massa de músculos extensores do antebraço, originados no epicôndilo lateral e da crista supra- epicondilar, mais especificamente, o braquiorradial. Assoalho: músculo supinador e o braquial Teto: formado pela continuidade da fáscia do braço e do antebraço reforçadas pela aponeurose do bíceps braquial, tecido subcutâneo e pele. Conteúdo da fossa cubital: - Parte terminal da artéria braquial e o inicio dos ramos ulnar e radial. - Veias acompanhantes (profundas) das artérias - Tendão do músculo bíceps braquial - nervo mediano - nervo radial e a divisão em ramos superficial e profundo Superficialmente, no tecido subcutâneo sobre a fossa estão a veia intermédia do cotovelo situada anteriormente à artéria braquial e os nervos cutâneos medial e lateral do antebraço, relacionados à veia basílica e cefálica. O antebraço: Constituído por um grupo anterior e posterior. Os do grupo anterior são os flexores e pronadores Os do grupo posterior são os extensores e supinadores Músculos da região anterior do antebraço: - 5 músculos superficiais e 3 profundos - O grupo superficial origina-se no epicôndilo medial, sendo inervado pelo nervo mediano. - O grupo profundo é inervado pelo nervo interósseo anterior, ramo do nervo mediano. Os músculos dos dois grupos que não são inervados pelo mediano, o são pelo nervo ulnar Grupo superficial: Pronador redondo: tem origem na crista supra-epicondilar do úmero e uma porção mais profunda do processo coronóide da ulna, descendo lateralmente para se inserir na face lateral do rádio. Inervação: nervo mediano Flexor radial do carpo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial. Insere-se principalmente na face anterior do 2° e 3° dedos. Inervação: nervo mediano Flete a mão Palmar longo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial, inserindo-se na face anterior do retináculo dos flexores e no ápice da aponeurose palmar. Inervação: nervo mediano Mantém tensa a aponeurose palmar nos movimentos da mão Flexor ulnar do carpo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial e uma porção originada do olecrano e borda posterior do corpo da ulna, inserindo-se no pisiforme, hámulo do hamato e base do 5° metacárpico. Inervação: nervo ulnar Flexor das mãos Flexor superficial dos dedos: uma poção forte origina-se no tendão comum do epicôndilo medial e outra mais fraca origina-se na borda superior da borda anterior do rádio, sendo unidas por uma porção fibrosa que cobre o nervo mediano, fixando-se no 2° 3° 4° e 5° dedos. Inervação: nervo mediano Flete a falange medial sobre a proximal Grupo profundo: Flexor profundo dos dedos: origem na superfície anterior da ulna e processo coronóide e segue descendo para se fixar profundamente aos tendões do músculo flexor superficial dos dedos até chegar a base das falanges distais do 2° 3° 4° e 5° dedos. Inervação: a parte lateral é suprida pelo nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano e a parte medial é suprida pelo nervo ulnar. Flete a falange distais sobre as médias Flexor longo do polegar: origina-se na superfície anterior do rádio e da porção adjacente da membrana interóssea. Em geral também tem origem no epicôndilo medial, e desce para se fixar na face palmar na base da falange distal. Inervação: nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano Flete a falange distal do polegar Pronador quadrado: origina-se da superfície anterior e borda distal da ulna e insere-se na superfície anterior na borda anterior do terço inferior do rádio. Inervação: a parte lateral é suprida pelo nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano. Pronador do antebraço Músculos da região posterior do antebraço: São os músculos extensores 7 músculos superficiais e 5 profundos A maior parte do grupo superficial origina-se na face posterior do epicôndilo lateral do úmero por um tendão comum, sendo inervados pelo nervo radial ou por seu ramo profundo (ou pelo nervo interósseo posterior) - Grupo superficial: - Braquiorradial: - tem origem na crista supracondilar lateral do úmero e insere-se na face lateral do rádio acima do processo estilóide. - Inervado pelo nervo radial - Flete o braço - Extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo: O longo origina-se na parte inferior da crista supracondilar lateral e insere-se na face posterior da base do 2° metacárpico. O curto tem origem no epicôndilo lateral pelo tendão comum e insere-se na face posterior da base do segundo e terceiro metacárpicos. - Inervados pelo nervo radial ou pelo ramo profundo desse nervo. Extensores da mão. - Extensor dos dedos: - origina-se no epicôndilo lateral pelo tendão comum onde vão descer até chegar no dorso da mão onde insere-se nos 2° 3° 4° dedos. - inervado pelo ramo profundo do nervo radial - Extensor do dedo mínimo: - origina-se do tendão comum do epicôndilo lateral e vai até a aponeurose do dedo mínimo. - inervado pelo ramo profundo do nervo radial - entende a falange do dedo mínimo - Extensor ulnar do carpo: - origina-se do tendão comum do músculo epicondilar lateral e inserindo-se na face medial da base do quinto metacárpico. - Inervado pelo ramo profundo do nervo radial - Ancôneo: - origina-se no dorso do epicôndilo lateral, inserindo-se na face posterior da ulna - inervação feira pelo nervo radial. - Estabilizador das junturas Grupo profundo: - Supinador: - tem origem no epicôndilo lateral do úmero. - inervado pelo ramo profundo do nervo radial Abdutor longo do polegar: - originam-se da parte superior da face posterior da membrana interóssea - insere-se do lado das bases do primeiro metacárpico - inervado pelo nervo interósseo posterior - Estende o polegar Extensor curto do polegar: - origina-se na face posterior do rádio, inserindo-se na base da falange proximal - suprido pelo nervo interósseo posterior Tabaqueira anatômica: Abdutor longo do polegar Extensor longo do polegar Extensor curto do polegar Nervo do antebraço: Nervo mediano: abandona a fossa cubital geralmente passando entre as duas porções do pronador redondo, no antebraço e mão está acompanhando a artéria mediana. Ramos: - musculares: deixa o nervo mediano pelo seu lado medial, inervando o pronador redondo. O flexor radial do carpo, o palmar longo e o flexor superficial dos dedos. - nervo interósseo anterior: desce na frente da membrana interóssea entre as margens do flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar. Nervo ulnar: penetra no antebraço entre as porções de origem do flexor ulnar do carpo. Situa-se então sobre o flexor profundo dos dedos coberto pelo flexor ulnar do carpo. No terço médio do antebraço encontra-se com a artéria ulnar que o acompanha lateralmente, para baixo. Nervo radial: Após perfurar o septo intermuscular lateral no braço, o nervo radial, situa-se profundamente entre o braquial e o braquiorradial, se dividindo em ramo profundo e superficial abaixo do epicôndilo lateral. O ramo superficial é cutâneo, acompanhando a artéria radial, que se situa lateralmente, inervando-a. O ramo profundo é muscular e dirige-se lateralmente ao rádio entre as camadas superficial e profunda do supinador, inervando-o.Em seu trajeto descíduo, acompanha a artéria interóssea posterior, onde no restante de seu trajeto é denominado nervo interósseo posterior, inervando o supinador, extensor radial curto do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar do carpo. O nervo interósseo posterior inerva os músculos da tabaqueira anatômica, abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor longo do polegar. Artérias do antebraço: - Artéria radial: menor ramo terminal da artéria braquial tem origem na fossa cubital, ao nível do colo do rádio. Na parte distal do antebraço, a artéria radial é superficial e se encontra na face lateral do flexor radial do carpo, o qual serve de guia para ela, na sua região proximal dá origem a um ramo denominado artéria recorrente radial que participa da circulação colateral do cotovelo. - Artéria ulnar: maior ramo terminal da artéria braquial tem origem na fossa cubital, ao nível do colo do rádio. Dirige-se para baixo e medialmente no terço superior do antebraço, depois se situa sobre o flexor profundo dos dedos. O nervo mediano cruza a artéria ulna na porção proximal desse músculo, sendo separado também pelo pronador redondo. Nos dois terços distais do antebraço o nervo ulnar situa-se medialmente à artéria, sendo ambos cobertos pelo flexor ulnar do carpo. Ramos: - artéria recorrente ulnar anterior - artéria recorrente ulnar posterior - artéria interóssea comum - artéria interóssea anterior - artéria interóssea posterior - artéria recorrente interóssea Membro Superior - Ombro e Axila - Possui quatro segmentos: - Ombro - inclui as regiões peitoral – escapular e supraclavicular - construído sobre a metade do cíngulo do membro superior - o cíngulo do membro inferior (escápulas - clavículas e manúbrio do esterno) Braço - primeira porção do membro superior - situado ao longo do úmero - estende-se entre o ombro e o cotovelo Antebraço - segunda porção do membro superior - situado ao longo da ulna e rádio - estende-se entre o cotovelo e o punho Mão - parte distal do membro superior - formada ao redor do carpo – metacarpo e falanges - formada pelo punho – palma – dorso e dedos *esqueleto axial – crânio – coluna vertebral – caixa torácica *cíngulo do membro superior – clavículas – escápulas – manúbrio do esterno Ossos do membro superior: - O cíngulo do membro superior e os ossos da parte livre do membro superior formam o esqueleto apendicular superior. - O esqueleto apendicular superior articula-se com o esqueleto axial apenas na articulação esternoclavicular. - As escápulas e clavículas são sustentadas e estabilizadas, além de movimentadas por músculos toracoapendiculares que se fixam às costelas, esterno e vértebras. Clavícula: Une o membro superior ao tronco Sua extremidade esternal articula-se com o manúbrio do esterno na articulação esternoclavicular Sua extremidade lateral articula-se com o acrômio da escápula na articulação acromioclavicular. Sua face superior situada logo abaixo da pele e do platisma é lisa e a face inferior é áspera por que ligamentos fortes unem-na a 1ª costela perto de sua extremidade esternal (possui na clavícula uma impressão do ligamento costoclavicular que permite essa ligação). O tubérculo conóide perto da extremidade acromial da clavícula permite a fixação do ligamento conóide (inferior e posterior) , a parte medial do ligamento coracoclavicular pelo qual o restante do membro superior é suspenso pela escápula. A linha trapezóidea, a qual se fixa o ligamento trapezóideo, é a parte lateral do ligamento coracoclavicular. O sulco do músculo subclávio no terço medial do corpo da clavícula é o local de fixação do músculo subclávio. Trajeto anterior ao ângulo superior da escápula até chegar ao esterno. Escápula: - É um osso plano triangular situado sobre a face póstero-lateral do tórax sobre a 2ª -7ª costelas - A face posterior é dividida desigualmente por uma crista óssea espessa que se projeta a espinha da escápula, em uma pequena fossa supra-espinal e uma fossa infra-espinal muito maior. A espinha da escápula ainda possui uma crista da espinha da escápula lateralmente ao tubérculo deltóide. - A face anterior ou costal forma uma fossa subescapular - Essas superfícies ósseas largas das três fossas oferecem fixação para músculos. O corpo da escapula possui forma triangular e possuindo ângulo superior, inferior e lateral e ainda margem medial ou vertebral – lateral ou axilar e margem superior A espinha se torna lateralmente mais espessa dando origem ao acrômio (possui um ângulo) que se articula com a extremidade acromial da clavícula. O tubérculo deltóide da espinha da escápula indica o ponto medial de fixação do músculo deltóide. A articulação do ombro (glenoumeral) situa-se logo abaixo a articulação acromioclavicular. Súpero-lateralmente, a face lateral da escápula possui uma cavidade glenoidal que recebe a cabeça do úmero e articula-se com ela. O processo coracóide, é superior a cavidade glenoidal e projeta-se ântero-lateralmente. A cabeça da escápula é o ângulo lateral da escápula e a cavidade glenoidal é sua principal característica. O colo da escápula fica entre a cabeça e o corpo da escápula. A margem superior da escápula é marcada pela incisura da escápula. Úmero: - maior osso do membro superior - articula-se com a escápula e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo - A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoidal da escápula - O colo anatômico separa a cabeça dos dois tubérculos (maior e menor) - Indica a linha de fixação da cápsula articular do úmero. - O colo cirúrgico do úmero (comum de fraturas) está distal a cabeça e aos tubérculos. - Os tubérculos maior e menor oferecem fixação e alavanca para alguns músculos, o maior fica na margem lateral do úmero e o menor projeta-se para a região do osso. - O sulco intertubercular ou bicipital separa os tubérculos e permite a passagem do tendão da cabeça longa do bíceps braquial. - O corpo do úmero tem duas características proeminentes: a tuberosidade para o músculo deltóide, lateralmente e o sulco do nervo radial (obliquo) posteriormente, no qual se situa o nervo radial e a artéria braquial profunda, quando passam anteriormente a cabaça longa e entre as cabeças medial e lateral do tríceps braquial. A extremidade inferior do úmero de alarga formando as cristas supraepicondilares medial e lateral e termina epicôndilo medial (origem dos músculos flexores – local do nervo ulnar) e lateral (origem dos músculos extensores) permitindo a fixação de músculos A extremidade distal do úmero, incluindo a tróclea, capítulo, fossa do olecrano, fossa coronóidea e fossa radial formam o côndilo do úmero. Capítulo – face articular que se articula com o rádio Tróclea – face articular que se articula com a ulna (na incisura troclear da ulna) Fossa coronóidea – recebe o processo coronóide da ulna durante a flexão completa do cotovelo. Fossa do olecrano – recebe o olecrano da ulna na extensão completa do cotovelo. Fossa radial – acomoda a margem da cabeça do rádio quando o antebraço é totalmente fletido. Ossos do antebraço: - Dois ossos do antebraço - Realizam movimentos de supinação e pronação (devido o radio poder girar sobre a ulna). Ulna: - osso que estabiliza o antebraço - mais medial e mais longo dos dois ossos do antebraço - articula-se com o úmero e com a cabeça do radio em sua porção proximal - articula-se com o úmero através do olecrano e do processo coronóide que se projeta anteriormente - a incisura troclear articula-se com a tróclea do úmero.- abaixo da incisura troclear está a tuberosidade da ulna para a fixação do tendão do músculo braquial - Na face lateral do processo coronóide há uma concavidade lisa e arredondada a incisura radial que se articula com a cabeça do rádio. - Inferior e lateralmente a incisura radial está a crista do músculo supinador. - Entre a crista do músculo supinador e o processo coronóide está a fossa do músculo supinador, locais de fixação do músculo supinador. Na região distal há uma alargamento pequeno, denominado cabeça da ulna, com um pequeno processo estilóide da ulna (medialmente) , a ulna não participa da articulação radiocarpal. Rádio: - localiza-se lateralmente, sendo o mais curto dos dois ossos do antebraço. - Sua extremidade proximal inclui cabeça, colo e tuberosidade voltada medialmente. - A cabeça do rádio articula-se com o capítulo do úmero durante a flexão e extensão do cotovelo. - O colo do rádio está logo abaixo da cabeça. - A tuberosidade do radial situa-se na parte medial do osso. Na extremidade distal encontra-se medialmente a incisura ulnar do rádio que acomada a cabeça da ulna. - Lateralmente, localiza-se o processo estilóide do rádio. - Na região dorsal da parte distal do rádio está o tubérculo dorsal do rádio, localizado entre os sulcos superficiais para a passagem dos tendões dos músculos do antebraço. - Os dois ossos são unidos através de uma membrana interóssea do antebraço. Mão: - O punho ou carpo é formado por oito osso da mão dispostos em duas fileiras proximal e distal de quatro osso, conferindo flexibilidade ao punho. Ossos proximais: - escafóide (barco) – articula-se com o rádio - semilunar (forma de meia-lua) – articula-se com o rádio - piramidal (pirâmide) – articula-se com o disco articular da articulação radioulnar distal. - pisiforme (forma de ervilha) – localizado na face palmar do piramidal Ossos distais: - Trapézio – (quatro faces) – articula-se com o 1° e 2° metacarpais - Trapezóide – (articula-se com o 2° metacarpal) - Capitato – (articula-se com o 3° metacarpal) - Hamato – (articula-se com o 4° e 5° metacarpais) – tem um processo – (hamulo do hamato) Os ossos metacarpais formam o esqueleto da palma da mão entre o carpo e as falanges, é formado pelos cinco ossos metacarpais. Cada metacarpal possui base – corpo e cabeça. O 3° metacarpal é destingido por um processo estilóide. Cada dedo possui três falanges, exceto o polegar (1º) que tem apenas duas Cada falange tem base (proximal) – corpo (medial) e cabeça (distal). Estruturas superficiais dos membros superiores: - Profundamente à pele está o tecido subcutâneo (fáscia superficial) contendo gordura e fáscia muscular, profunda, circundando os músculos. Fáscia do membro superior: - A fáscia da região peitoral está fixada à clavícula e ao esterno. - A fáscia peitoral reveste o músculo peitoral maior e é contínua inferiormente com a fáscia da parede anterior do abdome. - A fáscia peitoral deixa a margem lateral do músculo peitoral maior e torna-se fáscia axilar que forma o assoalho da axila. - Profundamente a fáscia peitoral e ao músculo peitoral maior, ou camada de fáscia, a fáscia clavipeitoral que reveste o músculo subclávio e o músculo peitoral menor, tornando-se contínua com a fáscia axilar. - A parte da fáscia clavipeitoral entre o peitoral menor e o subclávio, denominada membrana costocoracóide é perfurada pelo nervo peitoral lateral que supre principalmente o músculo peitoral lateral. - A parte da fáscia clavipeitoral inferior ao peitoral menor, o ligamento suspensor da axila, sustenta a fáscia axilar, e traciona juntamente com a pele abaixo dela para cima durante abdução do braço, formando a fossa axilar. Os músculos escapuloumerais que cobrem a escápula e formam o volume do ombro também são revestíveis por fáscia muscular. A fáscia deltóide desce sobre a face superficial a partir da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Inferiormente é contínua com a fáscia peitoral e posteriormente com a fáscia infra-espinhal. Os músculo que cobrem as superfícies anterior e posterior da escápula são cobertos superficialmente por fáscia muscular, que está fixada às margens da escapula e posteriormente à espinha da escápula. As fáscias infra-espinhal e supra-espinhal sobre os músculos supra-espinhal e infra-espinhal densa, na face posterior da escápula são densas e opacas e para ver o músculo deve-se retira-las. fáscia do braço ou fáscia braquial envolve o braço com uma manga justa profundamente à pele e ao tecido subcutâneo. É continua superiormente com as fáscias deltóide, peitoral, axilar e infra-espinal. A fáscia braquial está fixada inferiormente aos epicôndilos do úmero e ao olecrano da ulna e é continua com a profunda fáscia do antebraço. Dois septos intermusculares, os septos intermusculares medial e lateral, estendem-se da superfície profunda da fáscia do braço até o centro do corpo e as cristas supra-epicondilares medial e lateral do úmero. Esses septos dividem o braço em compartimentos fasciais anterior (flexor) e posterior (extensor) cada um contendo músculos que têm funções semelhantes e inervação comum. São importantes, pois direcionam e disseminam infecções e hemorragias. No antebraço compartimentos fasciais semelhantes são circundados pela fáscia do antebraço e separados pela membrana interóssea que une o radio e a ulna. Na parte posterior e distal do rádio e da ulna a fáscia do antebraço forma uma faixa transversal espessa, denominada retináculo dos extensores que mantém os tendões dos músculos extensores em posição e anteriormente forma também um espessamento denominado fáscia carpal palmar. Em nível mais profundo continua como retináculo dos flexores onde se estende entre as proeminências dos ossos carpais externos e converte a concavidade anterior do carpo em túnel do carpo através do qual passam os tendões dos músculos flexores e o nervo mediano. Nervos cutâneos do membro superior: C3 e C4 suprem a base do pescoço, estendendo-se lateralmente sobre o ombro C5 supre o braço lateralmente (superior ao membro abduzido) C6 supre o antebraço lateralmente e o polegar C7 supre os três dedos médios e o meio da superfície posterior do membro C8 supre o dedo mínimo, a região medial da mão e o antebraço (inferior ao braço estendido) T1 supre o meio do antebraço até a axila T2 pequena parte do braço e a pele da axila T1 e T2 (relacionados com a mediação das dores em um infarto, sendo que a essa dor pode irradiar para baixo da região medial do braço esquerdo) A maioria dos nervos cutâneos do membro superior é derivada do plexo braquial, uma importante rede de nervos formada pelos ramos anteriores dos nervos espinais C5 – T1. Porém os nervos do ombro são derivados do plexo cervical, uma rede de nervos que consiste em uma série de alças nervosas formadas entre ramos anteriores adjacentes dos nervos espinhais C1 – C4. O plexo cervical situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo na face ântero-lateral do pescoço. São basicamente nove nervos cutâneos que inervam o braço e antebraço: (ver plexo braquial) Veias superficiais do membro superior: - As principais veias superficiais do membro superior são a veia cefálica e basílica que se originam no tecido subcutâneo no dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. - A veia cefálica ascende a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e da superfície antero-lateral da região proximal do antebraço e do braço, sendo freqüentemente visível através da pele. - A veia cefálica comunica-se com a veia intermédia do cotovelo que passa obliquamente através da face anterior do cotovelo na fossa cubital e se une a veia basílica. Depois segue superiormente
Compartilhar