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Adam Smith

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Adam Smith
1723-1793
Considerado o pai da economia, sua principal obra intitula-se A riqueza das nações.
O argumento central desta obra gira em torno de três teses principais: 
a de que toda riqueza tem origem no trabalho humano; 
o trabalho torna-se mais produtivo com a divisão do trabalho; 
num mercado livre, os interesses pessoais (mesmo egoístas) de compradores e vendedores levam a um ajustamento automático da produção, do consumo e dos preços – é a “mão invisível” do mercado. 
Por que Smith acreditava na autorregulação do mercado? 
Porque tinha crença a crença de que o “consumo é o único fim e propósito de toda a produção”.
Para compreender por que uma crença leva à outra, analisemos algumas passagens de sua obra magna, A riqueza das nações, escrita em 1776. 
A Riqueza das Nações – Capítulo I
Para Smith, a origem das riquezas é o trabalho humano, e só o trabalho humano.
Mas o aumento da riqueza tem sua causa na divisão do trabalho
A divisão do trabalho se exprime em dois tipos de especialização:
Ramos de produção
Divisão de tarefas num mesmo ramo
Para ele, foi a divisão do trabalho social que levou ao desenvolvimento da indústria, ao mesmo tempo que esta estimula a divisão do trabalho.
Isto aumenta a produtividade e, portanto, a geração de riqueza de uma nação e seus indivíduos
Para defender estas ideias, ele compara indústria e agricultura:
Nesta, a divisão de tarefas num ramo de produção é muito difícil
Smith, porém, não deixou de ver, já em sua época, que também na agricultura se investia capital e isso aumentava a produtividade agrícola;
Tal aumento, contudo, não era tão grande quanto na indústria:
Pois nesta havia grande especialização (ramos e tarefas), o que era mais difícil na agricultura
Para Smith, aliás, o aumento de produtividade agrícola nos países mais ricos devia-se mais ao aumento da área produzida e ao enriquecimento da terra (fertilização) do que ao aumento de produtividade decorrente da divisão do trabalho 
Tanto assim que, dizia ele, os preços dos cereais de países economicamente diferentes eram relativamente parecidos:
Isso queria dizer que as produções nesses países se equivaliam em termos de oferta dos produtos no mercado e, portanto, não havia grandes diferenças, em termos de aumento de produtividade agrícola, entre países mais ricos e menos ricos;
A diferença aparecia mais no caso da indústria
Com a divisão do trabalho, o aumento da produção é colossal.
E para Smith há três fatores básicos que estão implicados nesse aumento:
Destreza e habilidade do trabalhador
Economia de tempo
Invenção de maquinaria 
Se, contudo, isolarmos qualquer um dos três elementos, veremos que ele não dá conta, por si só, de explicar o aumento:
Apenas a conjugação dos três é que explica; mas esta conjugação só foi possível graças a divisão do trabalho
Por exemplo: se um mesmo trabalhador realiza todas as etapas de produção de um determinado artigo – ainda que se dedique apenas a este e não a outro –, ele não consegue adquirir destreza maior em nenhuma das etapas e, assim, perde-se muito tempo, mesmo quando as etapas são realizadas num mesmo espaço... 
A divisão do trabalho também explica a presença do terceiro fator (a invenção de máquinas):
Máquinas artesanais, “engenhocas”, sempre foram produzidas por trabalhadores, ao longo da história
Mas para Smith foi a divisão do trabalho que impulsionou a criação de maquinaria:
A tese, aqui, é a de que, realizando tarefas simples, trabalhadores acabavam por se concentrar em encontrar soluções que facilitassem mais ainda tais tarefas.
Neste caso, o tédio e o acaso desempenharam igualmente seus papeis (ler pág. 17). 
No entanto, Smith sabia que, com a divisão do trabalho, três fatores aparecem na explicação do desenvolvimento da maquinaria:
A própria produção de máquinas torna-se um ramo específico da economia;
Com isso, os trabalhadores do ramos ganham maior destreza, habilidade e engenhosidade na fabricação das máquinas
E, sobretudo, aparece agora o setor próprio dos “filósofos” – “filosofia natural” –, que buscam pensar especificamente as leis da física (da mecânica, da dinâmica, da estática, da termodinâmica etc.).
Ou seja: Smith já chamava a atenção para a forte relação entre economia, ciência e tecnologia
O que nos interessa mais aqui, porém, é o fato de que ele atribuía o desenvolvimento dessas três áreas de atividade humana a um mesmo fator: a divisão social do trabalho
No últimos dois parágrafos do Capítulo I, vemos as conclusões filosóficas e sociológicas de Smith:
Ele acreditava que tudo isso criava a “possibilidade de estender o bem-estar até às camadas mais baixas do povo”
Porque todo trabalhador tornava-se capaz de produzir excedente, levando todos a trocarem seus excedentes uns com os outros, por preços muito próximos
Gerava-se, assim, uma “abundância geral”, isto é, um bem-estar para todos. 
Uma observação importante: como, para Smith, só o trabalho é produtor de riquezas, todo mundo, na economia, é trabalhador
A diferença é que uns são empreendedores, e outros, fornecedores de mão de obra
Ele nota o quanto é grande a cadeia de tipos de trabalho envolvida na produção de um simples casaco
A civilização depende, assim, da “cooperação de milhares”
E essa cooperação gera uma riqueza muito maior do que a encontrada em sociedades mais simples, isto é, em sociedades onde a divisão do trabalho é muito baixa ou inexistente.
Por isso, o camponês europeu é mais sofisticado do que um rei africano (p. 18)
A Riqueza das Nações – Capítulo II
Qual a causa, entretanto, da própria divisão do trabalho?
Para Smith, ela resultou, lenta e gradualmente, de uma tendência humana natural para a troca: 
para ele, a natureza humana nos proporcionou razão e linguagem, e disso resultou a tendência a “trocar uma coisa por outra”
Outra ideia de Smith é que quanto mais desenvolvida a sociedade em termos de civilização, maior a interdependência entre os indivíduos: 
assistência e cooperação são essenciais à vida civilizada
mas isso não deriva de um cálculo ou de uma decisão racional: o próprio modo de vida civilizado exigiu assistência e cooperação, além ou aquém das vontades individuais.
Capítulo III:
Neste capítulo Smith extrai uma consequência necessária da tese do capítulo anterior:
Se a origem da divisão do trabalho encontra-se numa tendência humana natural à troca, então a dimensão e o desenvolvimento (i. e., a extensão e a complexidade) do mercado de trocas determina a divisão do trabalho (sua extensão e complexidade).
Assim, quanto maior o mercado, maior a divisão do trabalho. 
A ideia, aqui, é que o mercado estimula a produção porque aumenta a demanda: o aumento da demanda determina que se produzam, por exemplo, cada vez mais pregos, o que exige uma especialização a fim de atender a demanda através do aumento da produção...
Donde o papel das cidades e da urbanização: 
Smith sugere que é para aí que as indústrias vão, porque aí elas encontram trabalhadores que exercem funções diversas
Da mesma forma, os trabalhadores se dirigem para ela porque sabem que aí poderão exercer funções simples e especializadas
Uma coisa, portanto, leva à outra
Mas antes das duas há que haver o próprio desenvolvimento urbano, o nascimento e crescimento das cidades
Smith busca então as causas que determinaram tal florescimento
E chega à conclusão que foi o comércio marítimo que determinou o surgimento das primeiras cidades, as quais, por isso mesmo, apareceram primeiro em regiões litorâneas – só mais tarde se desenvolveriam as cidades do interior... 
Capítulo IV
É importante notar que o pensamento de Adam Smith supõe uma “sociedade comercial”, uma sociedade inteira de trabalhadores produtores e mercadores, trocando entre os excedentes de seus trabalhos
Esta ideia está ligada à tese de que, se os homens são naturalmente destinados à troca, eles só trocam o excedente de seus trabalhos
Mas é justamente a divisão do trabalho que faz aumentar esse excedente
E todos os membros da sociedade estão implicados nesse processo dedivisão do trabalho.
Logo, todo mundo pode, em princípio, produzir excedente para trocar.
É nesse momento, em que trata do nascimento dos mercados, que Smith fala-nos sobre o desenvolvimento da moeda, pois ela será a mercadoria que fará a mediação nas trocas dos excedentes
Quase no fim do capítulo, Smith faz uma importante distinção, que marcaria a história da economia e da teoria do valor-trabalho:
Trata-se da distinção entre valor de troca e valor de uso das mercadorias (p. 31)
No capítulo seguinte, ele trata da determinação última do valor de troca de uma mercadoria
Capítulo V:
É neste capítulo que aparece a famosa tese da economia clássica de que o valor de uma mercadoria é determinado pelo trabalho necessário para produzi-la. É a teoria do valor-trabalho.
Smith afirma que o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias
Quanto vale uma mercadoria? Ela vale o quanto ela precisou de trabalho manual e intelectual para ser fabricada.
Mas como medir esse “quanto”?
Uma das formas é mensuração do tempo.
É que toda mercadoria é produto do trabalho humano; precisou deste trabalho para existir.
Assim, quando trocamos mercadorias, trocamos trabalhos (“trabalho objetivado”, como dirá Marx no século seguinte)
Comprar mercadoria, diz Smith, é comprar trabalho dos outros; é poupar-se do trabalho que seria necessário para produzi-las.
Nas trocas, porém, ou seja, no comércio, essa determinação do valor pelo trabalho não aparece
Além disso, seria difícil medir o trabalho apenas pelo tempo gasto na produção: 
Isso seria abstrato; haveria de se considerar a dureza do trabalho, sua dificuldade, ou mesmo a formação anterior do trabalhador necessária à fabricação da mercadoria
Então, como os homens realizam os valores de troca das mercadorias? No fundo, a pergunta é: como se formam os preços?
Somente no mercado, diz Smith. No mercado os preços se ajustam porque o que está posto e pressuposto nas trocas é que uma mercadoria é avaliada pela quantidade de outras mercadorias pelas quais ela pode ser trocada.
E como toda mercadoria é produto de um trabalho humano, o que se trocam, no fim das contas, são trabalhos humanos objetivados em produtos. 
Eis por que os preços tendem a se ajustar uns aos outros, aproximando-se de seu valor “natural”, determinado pela quantidade e qualidade de trabalho empregado na “fabricação” das mercadorias trocadas.
Contudo, as trocas são feitas, em geral, pela mediação de uma mercadoria específica cujo único valor de uso é servir de meio de troca: o dinheiro. E isso traz alguns problemas… 
O problema não é tanto na realização das trocas em si: 
aí, a tendência é que a quantidade de dinheiro recebida na venda de uma mercadoria seja medida em termos da quantidade de outras mercadorias que essa quantia em dinheiro pode comprar…
O pobrema maior é que o próprio dinheiro, sendo uma mercadoria, é passível de ganhar ou perder valor.
E esse problema fica maior ainda quando sabemos que os salários dos trabalhadores são pagos em dinheiro (p. 35). 
E Smith frisa que se: 
para o trabalhador às mesmas quantidades de trabalhos envolvidas nas trocas correspondem praticamente os mesmos valores ao longo do tempo e em diferentes lugares, 
para o empregador, mesmas quantidades de trabalho não implicam os mesmos valores.
Assim, para o empregador, os salários podem variar, tornando-se maiores ou menores, conforme (basicamente, nos tempos de Smith) o mercado de trocas (ler p. 35)
O trabalhador, portanto (mas isso Smith não destaca), sofre com dois problemas:
a variação do valor nominal da mercadoria que recebe em troca do seu trabalho; 
2. a variação dos próprios salários, devido ao mercado de trocas;
Em todo caso, o trabalho ser a única medida de valor “rigorosa e universal” de todas as mercadorias (p. 37).
É ao trabalho que corresponde o valor real de todas as mercadorias. O preço no mercado corresponde apenas ao valor nominal das mercadorias
A discussão que se segue no capítulo V não é casual: ela é um grande problema no capitalismo, de Adam Smith aos dias de hoje.
De fato, se as mercadorias possuem uma valor real e ou outro nominal, toda a questão é como manter ou controlar o valor nominal da mercadoria que serve de meio universal de troca, a moeda?
Essa é uma grande questão porque se o próprio dinheiro é uma mercadoria, como determinar seu próprio preço? 
Smith escreve num tempo em que ainda se podia controlar melhor o valor do dinheiro, através da quantidade de metais preciosos contidos na moeda-mercadoria…
Ele nem sonhava como o dinheiro se tornaria tão abstrato quanto nos tempos atuais; mas já sabia que a economia monetária e o problema cambia (diferença de preços entre moedas de diferentes lugares) era um dos grandes nós do capitalismo para si mesmo….

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