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Atendimento Pré Hospitalar - Livro-Texto Unidade IV

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Unidade IV
7 EmErgências EnvolvEndo EnvEnEnamEnto
Entende‑se por envenenamento as alterações no organismo causadas por substâncias tóxicas ou 
veneno.
Intoxicações ou envenenamento podem ocorrer por acidentes (animais peçonhentos, 
acidentes de trabalho ou domésticos), tentativas de suicídio (ingestão de medicamentos, uso 
abusivo de drogas e/ou álcool, exposição a gases) e, mais raramente, por homicídios (SIATE/
CBPR, 2006).
Venenos e substâncias tóxicas penetram no organismo por diversas vias de administração, podendo 
ser ingeridos, inalados, absorvidos pela pele e pelas mucosas e injetados (em acidentes com animais 
peçonhentos ou usuários de drogas injetáveis, por exemplo).
 observação
Leve para o atendimento médico de urgência/hospital qualquer objeto 
que possa conter amostra do veneno (roupas, frascos, vômito etc.).
A primeira ação a ser realizada no atendimento à vítima de envenenamento é verificar a 
segurança do local, se há mais pessoas intoxicadas, a via de administração do veneno e o veneno 
em questão. Chame a vítima pelo nome, verificando seu nível de consciência e seus sinais vitais 
da vítima. Caso seja necessário, inicie as manobras de abertura de vias aéreas e de reanimação 
cardiopulmonar (RCP).
7.1 acidentes com animais peçonhentos
Animais peçonhentos são aqueles capazes de produzir e inocular veneno em suas vítimas. Sua 
importância epidemiológica dá‑se pelas 22 mortes ocorridas em consequência de 15.834 casos de 
acidentes com esses animais, apenas no ano de 2006 (SINITOX, 2008).
Esses acidentes são subdivididos conforme o animal causador, sendo os três de maior 
importância epidemiológica: ofidismo (serpentes), escorpionismo (escorpiões) e araneísmo 
(aranhas) (FUNASA, 2001).
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 observação
É de extrema importância a identificação do animal agressor para 
administração do soro específico (antiofídico, antiescorpiônico ou 
antiaracnídico). Sempre que possível, encaminhá‑lo, de forma segura, ao 
local de atendimento hospitalar.
7.1.1 Ofidismo ou acidentes por picada de cobra
Conforme o Instituto Butantan (2013), os acidentes ofídicos são divididos em quatro subtipos:
• Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): os sinais e sintomas mais 
comuns são dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento 
pelos orifícios da picada. Pode haver sangramentos nas gengivas, na pele e na urina. É possível 
evolução com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.
• Acidente laquético (causado por surucucu): “[...] quadro semelhante ao acidente botrópico, 
acompanhado de vômitos, diarreia e queda da pressão arterial” (INSTITUTO BUTANTAN, 2013).
• Acidente crotálico (causado por cascavel): parestesia local, sem lesão evidente; sonolência, 
visão turva ou diplopia, mialgia generalizada e colúria.
• Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração 
importante; as manifestações do envenenamento caracterizam‑se por visão turva ou diplopia, 
ptose palpebral e rebaixamento do nível de consciência (sonolência).
Quadro 1 – Serpentes
Serpentes Nome científico Locais mais frequentes
Jararaca Bothrops sp Todo o território nacional
Cascavel Crotalus sp Territórios abertos
Surucucu Lachesis sp Floresta Amazônica
Coral verdadeira Micrurus sp Litoral Sul da Bahia e Mata Atlântica
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Figura 17 – Cobra
 lembrete
Cobras venenosas podem ser reconhecidas pela sua anatomia: presença 
de fosseta loreal e cauda afilada, podendo esta última ser lisa, de escamas 
eriçadas ou com guizo/chocalho.
7.1.2 Escorpionismo ou acidentes por picada de escorpião
Os escorpiões de importância médica estão distribuídos por todo o país, e os acidentes com esses 
animais possuem boa evolução, na maioria dos casos (INSTITUTO BUTANTAN, 2013).
O principal sintoma é a dor local, que pode ser acompanhada por parestesias. Nos acidentes 
moderados e graves, observados principalmente em crianças, após intervalo de minutos até poucas 
horas (duas, três horas), podem surgir manifestações sistêmicas, como hipotermia ou hipertermia, 
sudorese profusa, náuseas, vômitos, sialorreia, arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, 
insuficiência cardíaca congestiva, choque, taquipneia, dispneia, edema pulmonar agudo, agitação 
psicomotora, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores. A presença desses sinais e sintomas 
sugere diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou encontro com 
escorpião (FUNASA, 2001).
Quadro 2 – Escorpiões
Escorpiões Nome científico Locais mais frequentes
Escorpião‑amarelo Tityus serrulatus Região Sudeste
Escorpião‑negro Tityus bahiensis Sul, Sudeste e Centro‑Oeste
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Figura 18 – Escorpião
7.1.3 Araneísmo ou acidentes por picada de aranha
No Brasil, conforme dados do Instituto Butantan (2013), há seis gêneros de aranhas de importância 
médica: aranha‑armadeira (Phoneutria nigriventer); aranha‑de‑grama (Lycosa erythrognatha); 
aranha‑marrom (Loxosceles gaucho); flamenguinha (Latrodectus curacaviensis); aranha‑caranguejeira 
(Pachistopelma rufonigrum); e aranha‑de‑teia (Nephila clavipes). Neste livro‑texto estudaremos as 
aranhas que possuem veneno potencialmente letal ao ser humano. São elas:
• Lycosa erythrognata (aranha‑marrom): comuns na região Sul. Os acidentes ocorrem, 
comumente, enquanto o indivíduo está dormindo ou se vestindo, sendo o tronco, o abdome, 
a coxa e o braço os locais de picada mais comuns, pois essa aranha provoca acidentes quando 
comprimida.
• Phoneutria nigriventer (aranha‑armadeira, aranha‑da‑banana, aranha‑macaca): comum 
na região Sudeste, principalmente nos meses de abril e maio. O acidente ocorre, em geral, no 
momento em que o indivíduo vai calçar o sapato ou a bota.
• Latrodectus (viúva‑negra): “[...] encontradas predominantemente no litoral nordestino, causam 
acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de contrações musculares, agitação e 
sudorese” (INSTITUTO BUTANTAN, 2013).
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Os sintomas dependerão da espécie do aracnídeo agressor, sendo os mais comuns: dor imediata 
no local da picada, edema e eritema. Conhecidas popularmente como aranhas‑marrons, as aranhas 
do gênero Loxosceles são as que possuem maior importância médica. Os sinais e sintomas podem 
evoluir nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, causando lesões cutâneas variadas. “Além do 
comprometimento cutâneo, observam‑se manifestações clínicas em virtude de hemólise intravascular, 
como anemia, icterícia e hemoglobinúria, que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas” (FUNASA, 
2001, p. 54).
 lembrete
Os acidentes com aranhas‑caranguejeiras não possuem importância 
médica. Com grandes ferrões, a picada é dolorida, mas causa, geralmente, 
apenas irritação local e dor.
Primeiros socorros:
• lavar o local da picada com água abundante ou água e sabão;
• elevar o membro afetado;
• hidratar a vítima com goles de água potável;
• encaminhar a vítima para atendimento médico;
• em caso de acidente com escorpião, fazer compressas mornas e administrar analgésicos para 
alívio da dor,até a vítima chegar a um serviço de saúde.
 observação
Nunca corte nem fure o local da picada! Nunca faça torniquete nem 
garroteie o membro afetado! Se possível e seguro, leve o animal agressor 
para identificação do soro específico para tratamento. Caso não seja viável, 
anote as principais características, como coloração, tamanho e forma.
Quadro 3 – Aranhas
Aranhas Nome científico Locais mais frequentes
Aranha‑marrom Loxosceles sp Região Sul
Aranha‑armadeira Phoneutria sp Região Sudeste
Viúva‑negra Latrodectus sp Litoral do Nordeste
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Figura 19 – Aranha
7.1.4 Ferroadas de água‑viva
Ao mencionar animais peçonhentos – aqueles que inoculam seu veneno na vítima, prejudicando‑a –, 
a maioria das pessoas recorda‑se de cobras, aranhas e escorpiões.
Contudo, não são somente esses animais que apresentam riscos aos humanos. Devemos lembrar 
também dos himenópteros (abelhas, vespas‑amarelas, vespões, marimbondos e formigas); dos 
lepidópteros (lagartas ou taturanas e mariposas); dos coleópteros (besouros); dos peixes e dos 
celenterados (anêmonas, hidras, caravelas e medusas, popularmente conhecidas como águas‑vivas).
Figura 20 – Água‑viva
O filo Coelenterata é composto por animais simples, de estrutura radial, que apresentam tentáculos 
que se inserem em volta da cavidade oral. Esses tentáculos capturam presas e apresentam células 
portadoras de um minúsculo corpo oval chamado nematocisto, capaz de injetar veneno por um 
microaguilhão que dispara quando a célula é tocada. Ele compreende três classes:
• Classe Anthozoa: anêmonas e corais. As anêmonas lembram flores aquáticas.
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• Classe Hydrozoa: são as hidras (pólipos fixos) e as colônias de pólipos de diferenciação maior 
(caravelas).
• Classe Scyphozoa: medusas, formas livres, popularmente conhecidas como águas‑vivas.
Acidentes com anêmonas e corais são pouco frequentes e de pouca gravidade; o contato é rápido 
e existem poucos nematocistos. Os mais relevantes ocorrem com as caravelas e águas‑vivas. As 
primeiras apresentam um balão flutuador de coloração azul‑purpúrica, de onde partem inúmeros 
tentáculos.
A frequência dos acidentes é maior no verão, quando podem atingir a praia em grande número, 
provocando centenas de ocorrências. A caravela é, sem dúvida, a responsável pelo maior número dos 
acidentes e por aqueles de maior gravidade desse gênero no Brasil. As medusas (águas‑vivas) também 
provocam acidentes. Elas preferem águas de fundo arenoso e estuários de rios, recolhendo‑se em águas 
profundas nas horas mais quentes do dia.
Procedimentos
• Repouso do segmento afetado e retirada de tentáculos aderidos: não usar água doce para lavar 
o local nem esfregar panos secos. Os tentáculos devem ser retirados suavemente, levantando‑os 
com a mão enluvada, pinça ou bordo de faca. O local deve ser lavado com água morna (se possível).
• Inativação do veneno: o uso de ácido acético a 5% (vinagre comum), aplicado na região por no 
mínimo 30 segundos, inativa o veneno local.
• Retirada de nematocistos remanescentes: deve‑se aplicar uma pasta de bicarbonato de sódio, 
talco e água do mar no local, esperar secar e retirar com o bordo de uma faca. Aplicar também 
bolsa de gelo ou compressas de água morna por 5 a 10 minutos. Deve‑se ir ao médico, visto que 
ele receitará medicamentos para alívio prolongado da dor e dos sintomas.
 lembrete
Para inativar a carga de veneno e impedir mais envenenamento, as 
ferroadas de água‑viva devem ser lavadas abundantemente com ácido 
acético de 4% a 6% (vinagre) assim que possível, por no mínimo 30 
segundos. Logo após a remoção ou desativação dos nematocistos, a dor 
das ferroadas de água‑viva deve ser tratada com imersão em água quente.
Há duas ações necessárias para o tratamento das ferroadas de água‑viva: prevenir mais descarga de 
nematocistos e aliviar a dor. Diversos tratamentos tópicos têm sido usados, mas uma avaliação criteriosa 
da literatura mostra que o vinagre é o mais eficaz para inativar os nematocistos. Imersão em água 
quente, o máximo que se possa tolerar (cerca de 20 minutos), é o tratamento mais eficaz para a dor.
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 saiba mais
SIATE/ CBPR. Capítulo 23: intoxicações exógenas, envenenamentos 
e acidentes com animais peçonhentos. In: ___. Manual do atendimento 
pré‑hospitalar. [s.d.]. Disponível em: <http://www.defesacivil.pr.gov.br/
arquivos/File/primeiros_socorros_2/cap_23_intoxicacoes_exogenas.pdf>. 
Acesso em: 26 maio 2014.
8 intoxicação E EnvEnEnamEnto
Intoxicação consiste em uma série de efeitos sintomáticos produzidos quando uma substância 
tóxica é ingerida ou entra em contato com a pele, os olhos ou as membranas mucosas, ou ainda caso 
seja inalada ou injetada (BRAZ; SANTORO, 2011). De acordo com o Manual de Primeiros Socorros do 
Ministério da Saúde (BRASIL, 2003), em intoxicações deve‑se dar prioridade à parada cardiorrespiratória. 
Não se deve fazer a respiração boca a boca caso o acidentado tenha ingerido o produto – para esses 
casos, utilizam‑se máscara ou outro sistema de respiração adequado.
Entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de 3.000 causam a maioria 
das intoxicações acidentais ou premeditadas. Contudo, praticamente qualquer substância ingerida 
em grande quantidade pode ser tóxica e configurar envenenamento, como produtos domésticos, 
agrícolas, químicos e industriais, plantas, substâncias alimentícias, alimentos mal condicionados e 
medicamentos.
A identificação do produto tóxico e a avaliação exata do perigo envolvido são fundamentais 
para um tratamento eficaz. A intoxicação pode ser um acidente ou uma tentativa de 
assassinato ou suicídio. As crianças, especialmente aquelas com menos de 3 anos de idade, são 
particularmente vulneráveis à intoxicação acidental, assim como as pessoas idosas (porque 
se confundem com seus medicamentos) e os trabalhadores da indústria (pela exposição a 
produtos químicos tóxicos).
 saiba mais
Todas as informações sobre o tratamento de intoxicações podem ser 
obtidas no Centro de Controle de Intoxicações (CCI) de sua região, cujo 
número telefônico encontra‑se no catálogo local ou pode ser obtido com o 
auxílio da telefonista. Também é possível telefonar para 0800‑772‑6001, a 
ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede 
Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat).
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8.1 considerações para o atendimento básico
Toda vez que estiver diante de um caso de alguém com intoxicação, procure manter a calma e verificar:
• Quem é a vítima?
• O que foi tomado, inalado ou entrou contato com a pele?
• Qual a quantidade?
• Quanto tempo ela se expôs ao produto?
• Qual a história da vítima?
• Qual o local onde foi encontrada a vítima e o que já foi feito com ela?
Os objetivos dos primeiros socorros nessas situações são:
• suporte às funções vitais (circulação e respiração);
• diminuição do contato (atuando com medidas gerais de desintoxicação);
• aquecimento da vítima;
• prevenção de novos agravos (convulsões e estados de agitação).
Como proceder em uma situação de intoxicação:
• cheque a segurança da cena;
• identifique o veneno e a forma de administração;
• faça a abordagem primária;
• realize a CBA, com atenção para as vias aéreas livres;
• se a vítimaainda está consciente:
— coloque‑a em posição semissentada e em repouso;
— ofereça água em quantidade moderada, exceto em caso de ingestão por soda cáustica e 
derivados do petróleo, cuidando para não provocar engasgamento (não dê leite);
— induza o vômito em crianças até 1 hora após a ingestão e até 3 horas em adultos.
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• se inconsciente ou sonolenta:
— coloque‑a na posição lateralizada para evitar aspiração de vômitos;
— não dê líquidos e não induza o vômito.
• mantenha a vítima aquecida;
• se possível, recolha parte do vômito para análise da causa da intoxicação;
• chame pelo atendimento pré‑hospitalar da sua cidade (Samu ou bombeiros) para transportar a 
vítima rapidamente para um hospital, levando quaisquer materiais ou frascos que você suspeite 
ser a causa da intoxicação.
8.2 sintomas
Os sintomas de intoxicação dependem do produto tóxico, da quantidade de tempo de exposição e 
de características da pessoa que o ingeriu (fatores genéticos, idade, doenças preexistentes e tolerância 
individual).
Os sintomas podem ser pouco importantes, mas desagradáveis (por exemplo, prurido, boca seca, 
visão borrada e dor), ou graves (por exemplo, confusão mental, coma, arritmias cardíacas, dificuldade 
respiratória e agitação intensa). Alguns produtos tóxicos causam poucos sintomas evidentes até que 
tenham provocado uma lesão permanente na função de órgãos vitais (por exemplo, fígado ou rins). Por 
essa razão, os sintomas de intoxicação são tão numerosos quanto a quantidade de produtos tóxicos 
existentes.
Na intoxicação alimentar, os sintomas ocorrem após a ingestão de alimentos contaminados por 
micro‑organismos. O botulismo é uma forma grave de intoxicação alimentar, devendo haver vigilância 
contínua.
8.3 sinais e sintomas mais comuns
• Queimaduras ou manchas em mucosas, ou sensação de queimação.
• Hálito com cheiro de veneno.
• Salivação excessiva ou espuma pela boca, com dificuldade para engolir.
• Dor na boca e/ou vômito.
• Respiração anormal e pulso alterado.
• Suor acentuado.
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• Tremores, agitação ou apatia.
• Dor de cabeça (cefaleia).
• Alteração de consciência; alterações das pupilas.
• Convulsão.
• Choque.
Quadro 4 – Sinais e sintomas dos principais agentes
Composto Via de absorção Sinais e sintomas
Anticoagulante Oral Vômitos iniciais, hemorragias nasal e gástrica, hematúria e enterorragia
Alimentar Oral Enjoo, dor abdominal, diarreia, sudorese excessiva, palidez e febre
Brometo de metila (inseticida) Dérmica e respiratória lrritação cutânea com formação de vesículas e irritação ocular, do trato respiratório e pulmonar
Clorofenóis (agrotóxicos) Oral, dérmica e inalante Fraqueza, mal‑estar, miose, vômitos e dificuldades respiratórias
Clorados orgânicos Oral, dérmica e inalante Cefaleia persistente, contrações musculares, tremores e convulsões
Monóxido de carbono Oral, dérmica e inalante Sudorese, sialorreia, hipersecreção brônquica e depressão dos centros respiratórios
Depressores do sistema nervoso 
central (álcool, barbitúricos, sedativos, 
tranquilizantes, inalantes ou solventes)
Oral, injetável e inalante
Sonolência, alteração de comportamento, depressão 
respiratória, broncoespasmo e pupilas reagindo 
lentamente à luz
Estimulantes do sistema nervoso central 
(cocaína, crack, anfetaminas, heroína) Oral, injetável e inalante
Náuseas, dor abdominal, sudorese, hipertermia, 
rubor facial, taquipneia e distúrbios cardiovasculares
Alucinógenos (LSD, ecstasy e maconha) Oral e inalante
Alteração de comportamento, alucinações, 
taquicardia, náuseas, suor intenso e desidratação, 
convulsões e coma
8.4 metas para a atenção básica
• Em casos de intoxicação por contaminação da pele e mucosas, o local deve ser lavado 
abundantemente com água corrente.
• Guarde material de limpeza fora do alcance de crianças.
• Identifique as caixas dos medicamentos e mantenha‑as em local fechado e seguro.
• Mantenha os alimentos nas condições de refrigeração indicadas pelo fabricante e despreze o que 
estiver fora da validade.
• Não use produtos cujas latas estejam amassadas, velhas ou estufadas.
• Não coma frutos do mar se não conhecer a procedência.
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• Não reutilize embalagens.
• Utilize sempre alimentos frescos.
• Feche o gás do botijão ou do aquecedor todas as noites.
• Ao utilizar produtos de limpeza, mantenha portas e janelas abertas; não os misture (principalmente 
cloro e amônia).
• Não deixe o carro ligado em ambientes fechados.
 observação
Se você suspeita que a vítima inalou um veneno, cuidado ao aproximar‑se 
dela, caso contrário você poderá se intoxicar também. Observe se sua roupa 
está molhada, pois muitos venenos inalatórios (sprays) não têm cheiro e 
podem ainda estar sendo absorvidos pela pele.
• Para provocar o vômito, podem ser utilizados o carvão ativado e o xarope de ipeca, encontrados à 
venda nas farmácias e drogarias. Lembre‑se de que não se deve utilizar qualquer tipo de carvão, 
como o de churrasco.
Jamais provoque vômitos:
— em crianças menores de 6 meses ou em idosos;
— em vítimas inconscientes e/ou em convulsões, pelo perigo de aspiração de secreções e 
engasgamentos;
— em vítimas com sangramento oral;
— em vítimas com forte dor, sensação de ardência ou queimação na boca e/ou garganta;
— em vítimas que ingeriram:
– derivados de petróleo;
– alvejantes de uso doméstico (água sanitária);
– soda cáustica;
– ácidos em geral;
– amônia ou iodo.
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8.5 reações alérgicas (incluindo reações adversas aos anestésicos locais)
A reação alérgica é uma manifestação do organismo em consequência do contato com determinada 
substância, geralmente inofensiva, que desencadeia uma série de reações químicas envolvendo o 
aparelho imune e implica o surgimento de alterações nos diversos sistemas do nosso corpo.
As reações podem ser causadas por qualquer substância, dependendo da suscetibilidade de cada 
pessoa ao contato com os diferentes tipos de sólidos, líquidos, gases e até radiação, como luz elétrica e 
solar. Também podem ser causadas pelo contato com animais ou ingestão de determinados alimentos 
e medicamentos.
Por se tratar de uma situação potencialmente grave, abordaremos as principais manifestações 
alérgicas e sua classificação, assim como o tratamento e a prevenção para elas.
8.6 considerações para o atendimento básico
Podemos dividir didaticamente as reações alérgicas em três grupos, de acordo com sua gravidade.
As reações leves são aquelas nas quais o contato da substância com a pele provoca alterações 
cutâneas locais. Entre elas, temos:
• vermelhidão (eritema);
• inchaço (edema);
• coceira (prurido);
• aumento da temperatura na região;
• dor local.
As reações moderadas são aquelas em que ocorre contato com a substância, seja por ingestão, 
inoculação (em caso de animais) ou contato com a pele. Após o contato, ocorre uma resposta orgânica 
que pode afetar diversos órgãos. Podemos definir os sintomas a partir dos sistemas que a reação alérgica 
afeta:
• Pele: eritema, edema e prurido difuso pelo corpo, principalmente em região anterior do tórax e 
pescoço.
• Sistema digestivo: náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.
• Sistema nervoso: tonteira e vertigem.
• Sistema cardiovascular: taquicardia e aumentoda pressão arterial.
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Geralmente as reações moderadas afetam apenas um dos sistemas mencionados e têm uma boa 
evolução, sendo o quadro revertido após a retirada do contato com o agente alergênico causal.
As reações graves são aquelas em que ocorre uma evolução rápida e progressiva de uma reação 
moderada, podendo atingir meios de um sistema em poucos minutos. Essa situação é agravada por 
um edema das vias aéreas com posterior obstrução; além disso, ocorre uma queda abrupta da pressão 
arterial que pode levar ao choque e, em alguns casos, a uma redução do nível de consciência e parada 
cardiorrespiratória. Essa grave e letal situação é chamada de anafilaxia, que pode evoluir para sua 
forma mais grave, o choque anafilático.
É importante ressaltar que as reações alérgicas moderadas a determinadas substâncias podem, em 
exposições posteriores, desencadear reações anafiláticas. Isso ocorre, pois, após o primeiro contato com 
o alérgeno, o sistema imune intensifica e aprimora o grau de resposta à substância, levando a um 
quadro grave de exposições subsequentes. Reconhecer os agentes alergênicos de cada indivíduo é de 
grande importância para a saúde.
Quadro 5 – Principais substâncias que podem causar reações alérgicas
Contato com a pele lngestão lnalação
Plantas venenosas Camarão e frutos do mar Poeira
Arranhaduras de animais Pólen Mofo
Pólen Amendoim Pelos de animais
Látex de luvas Medicamentos –
Metais Contrastes para exames –
lnoculação de vespas e abelhas – –
Anestésicos locais (prilocaína, articaína e benzocaína) – –
8.7 reações alérgicas relacionadas ao uso de anestésicos locais, 
principalmente em consultórios dentários
Grande parte dos eventos considerados alérgicos decorre de reações tóxicas aos anestésicos locais 
diretamente nos sistemas nervoso central (SNC) e cardiovascular. Os anestésicos locais podem desencadear 
reações alérgicas dos tipos I (hipersensibilidade imediata) e IV (dermatite de contato). As manifestações 
clínicas sugestivas de hipersensibilidade incluem prurido, urticária, broncoespasmo e angioedema. Na 
maioria dos casos, esses eventos ocorrem até uma hora após a exposição. Outras ocorrências, como 
dispneia, hipertensão arterial ou síncope, também podem estar presentes; entretanto, podem envolver 
outros mecanismos.
Deve‑se ter cuidado com os pacientes asmáticos alérgicos, principalmente aqueles dependentes de 
corticosteroides, pois geralmente apresentam alergia aos sulfitos encontrados nas soluções contendo 
aminas simpatomiméticas (sendo indicadas, nesse caso, soluções com felipressina).
Uma reação adversa, que pode acontecer com o paciente quando do uso dos anestésicos locais e que 
os cirurgiões‑dentistas não estão habituados a lidar e observar como rotina, é a meta‑hemoglobinemia. 
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Unidade IV
Trata‑se de uma cianose, que ocorre na ausência de anormalidades cardíacas e/ou respiratórias, podendo ser 
congênita ou adquirida. Os anestésicos que mais causam a meta‑hemoglobinemia são a prilocaína, a articaína 
e a benzocaína (uso tópico), os quais devem ser evitados em grandes cirurgias, em portadores de insuficiência 
cardíaca e respiratória ou doenças metabólicas e em gestantes, por causa do risco de o feto vir a contrair 
a doença. O paciente apresenta‑se letárgico, com os leitos ungueais e as mucosas cianóticas, dificuldades 
respiratórias e a pele em tom cinza pálido. Seu tratamento se dá por meio da administração intravenosa de 
azul de metileno a 1% (1,5 mg/kg), podendo a dose ser repetida a cada 4 horas até que a cianose seja debelada.
8.8 condutas
O tratamento das reações alérgicas pode ser dividido de acordo com a classificação vista 
anteriormente. Independentemente da gravidade, o primeiro passo é identificar o agente causador e 
afastá‑lo imediatamente do contato com o paciente.
Em reações alérgicas leves, a maioria dos casos cessa sem maiores complicações apenas com a 
primeira medida. Entretanto, se não houver melhora ou ocorrer piora dos sintomas após a retirada 
do agente, deve‑se procurar atendimento médico. Nas reações moderadas, o atendimento médico 
é necessário para o alívio dos sintomas. Apesar de normalmente haver uma melhora rápida após a 
exposição, há risco de evoluir para formas mais graves.
Em reações graves, a procura pela unidade de saúde deve ser imediata, por causa da evolução rápida 
e potencialmente fatal desses eventos, podendo levar ao choque, coma e morte.
8.9 metas para a atenção básica
O mais importante é a prevenção de novos episódios de reação alérgica. Para isso, deve‑se evitar 
o contato com o agente causador quando este é conhecido. Outra medida importante é a utilização 
de cartões ou braceletes identificando as substâncias que causam alergia e o que deve ser feito nesses 
casos. A identificação deve estar sempre em posse do paciente, o que é importante porque, em situações 
nas quais esses indivíduos sejam encontrados apresentando um quadro de reação alérgica, as medidas 
iniciais podem ser tomadas até que haja atendimento médico especializado.
Nesses casos, a vítima terá consigo orientações sobre a conduta inicial a ser estabelecida; ela deve 
ser seguida e, posteriormente, a pessoa deve ser levada a uma unidade de saúde ou uma ambulância 
deve ser acionada.
 resumo
Nesta unidade, foi possível constatar que cuidados adequados e 
específicos para cada situação de emergência, com os profissionais de saúde 
devidamente preparados e constantemente atualizados, não só auxiliam 
para minimizar os problemas decorrentes de situações de urgência, como 
também podem salvar vidas.
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Atendimento Pré-hosPitAlAr
Estudamos também a intoxicação e o envenenamento, abordando o 
atendimento básico às vítimas e os sinais e sintomas dos principais agentes. 
Quanto ao envenenamento por animais peçonhentos, foram estudados os 
três animais de maior relevância para a saúde púbica (serpentes, escorpiões 
e aranhas), além de outros menos recorrentes, como a água‑viva, mas não 
menos perigosos.
As reações alérgicas também são ocorrências importantes e devemos 
saber reconhecê‑las e agir rapidamente. As substâncias químicas presentes 
nos ambientes de trabalho são muitas, e informação e conhecimento ainda 
são as principais ferramentas de prevenção.
 Exercícios
Questão 1. A ressuscitação cardiopulmonar é o tratamento inicial em casos de morte súbita. Para 
um atendimento adequado, é necessário conhecer as diferenças entre PC (parada cardíaca) e PR (parada 
respiratória). Identifique nas alternativas a seguir os sinais que não estão relacionados à parada cardíaca:
A) Pupilas dilatadas.
B) Não resposta aos chamados.
C) Pele fria e amarelada.
D) Cianose (arroxeamento dos lábios e extremidade dos membros).
E) Pulso carotídeo ausente.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: pupilas dilatadas são sinais percebidos nos dois tipos de parada.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: sinal presente somente durante a parada cardíaca.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: sinal presente somente em quadros de parada cardíaca.
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Unidade IV
D) Alternativa correta.
Justificativa: a dificuldade para realização das trocas gasosas pode ocasionar cianose, o que configura 
um sinal grave de parada respiratória.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa:num quadro de parada respiratória, o pulso ainda permanece presente nos primeiros 
minutos como um evento compensatório.
Questão 2. As lesões por queimaduras de todas as naturezas podem ser prevenidas facilmente. Tal 
prevenção consiste basicamente em manter distância ou contato restrito com a fonte geradora de lesão.
Com relação às queimaduras, é incorreto afirmar que:
A) O uso do filtro solar é indispensável em toda situação na qual o indivíduo irá expor‑se ao sol.
B) Toda fonte potencial de lesão (ferro de passar, água fervente, fogão, micro‑ondas, fósforo, produtos 
químicos etc.) não representa perigo para as crianças.
C) Deve‑se ter cuidado ao acender churrasqueiras.
D) Não se deve soltar pipa em locais que tenham fios de alta tensão.
E) Deve‑se ter o máximo de cuidado ao manusear objetos ou substâncias inflamáveis.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
DADOS‑NACIONAIS.JPG. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/dados‑nacionais>. 
Acesso em: 19 maio 2014.
Figura 2
SAMU‑20120105‑171317.JPG. Disponível em: <http://www.anapolis.go.gov.br/portal/arquivos/noticias/
samu‑20120105‑171317.JPG>. Acesso em: 22 fev. 2013.
Figura 3
IMGP6673.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/769127>. Acesso em: 22 
fev. 2013.
Figura 4
ESTRELA da vida. Grupo Unip‑Objetivo.
Figura 5
ESTRELA da vida. Disponível em: <http://www.policiamilitar.pr.gov.br/arquivos/File/3gb/EstreladaVida.pdf>. 
Acesso em: 20 maio 2014.
Figura 6
BASTÃO com a serpente enrolada. Disponível em: <http://www.policiamilitar.pr.gov.br/arquivos/
File/3gb/EstreladaVida.pdf>. Acesso em: 20 maio 2014.
Figura 7
CORRENTE de sobrevida. In: AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines CPR – ECC 2010. Destaques 
das diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Dallas: AHA, 2010. p. 2. Disponível 
em: <http://www.heart.org/idc/groups/heart‑public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/
ucm_317343.pdf>. Acesso em: 20 maio 2014.
Figura 8
ACESSO rápido e RCP. Grupo Unip‑Objetivo.
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Figura 9
ACESSO rápido e RCP. Grupo Unip‑Objetivo.
Figura 10
BLOOD_PRESSURE.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/57678>. Acesso 
em: 22 fev. 2013.
Figura 11
DSCF2650M.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/76426>. Acesso em: 22 
fev. 2013.
Figura 12
BROKEN_FINGERS_4765 (3).JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/
display/682155>. Acesso em: 22 fev. 2013.
Figura 13
_MG_2855.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/785607>. Acesso em: 22 
fev. 2013.
Figura 14
SW_HANDAPPROACHESBURNER_CS4282.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/
display/178793>. Acesso em: 22 fev. 2013.
Figura 15
SUNBURN.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/829313>. Acesso em: 22 
fev. 2013.
Figura 16
LASKE, T.G.; SKADSBERG, N.D.; IAIZZO, P.A. A novel ex vivo heart model for the assessment of 
cardiac pacing systems. Journal of Biomechanical Engineering, v. 127, n. 6, nov. 2005. p. 192.
Figura 17
SNAKE_IN_WATER_100403.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/118637>. 
Acesso em: 22 fev. 2013.
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Figura 18
COHDRANKNBLKWDW6.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/622968>. 
Acesso em: 22 fev. 2013.
Figura 19
MF629.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/759575>. Acesso em: 22 fev. 
2013.
Figura 20
DSC_2956.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/81235>. Acesso em: 22 
fev. 2013.
REFERêNCIAS
Textuais
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency 
cardiovascular care. 2010. Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/122/18_suppl_3.toc>. 
Acesso em: 20 fev. 2013.
BOMBEIROS EMERGÊNCIA. Ferimentos e fraturas. [s.l.]. Disponível em: <http://www.
bombeirosemergencia.com.br/fraturasferimentos.html>. Acesso em: 26 maio 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da unidade de emergência/hospital: São Rafael – Monte 
Tabor. 10. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
___. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Diretrizes e recomendações para o 
cuidado integral de doenças crônicas não transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e 
assistência. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
___. Conselho Federal de Medicina (CFM). Parecer 47/95 do Conselho Federal de Medicina, 
aprovado dia 25/10/95. Brasília, 1995. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/pareceres/
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___. Conselho Federal de Medicina (CFM). Parecer 15/98 do Conselho Federal de Medicina, 
aprovado dia 8/7/98. Brasília, 1998. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/pareceres/
cfm/1998/15_1998.htm>. Acesso em: 22 maio 2014.
___. Conselho Federal de Medicina (CFM). Parecer Consulta nº 36.171/1993. Dispõe sobre se pode ser 
um paciente, grave ou não, transferido sem pessoal técnico na ambulância. Aprovado na 1.583ª R. P. 
de 22 mar. 1994.
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___. Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução CFM nº 1451/95. Brasília, 1995. Disponível em: 
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1995/1451_1995.htm>. Acesso em: 18 fev. 2013.
___. Ministério da Saúde. Manual de primeiros socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 
2003. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/
manualdeprimeirossocorros.pdf>. Acesso em: 22 maio 2014.
___. Ministério da Saúde. Portaria nº 824, de 22 de julho de 2013. Habilita Centros de Especialidades 
Odontológicas (CEO) a receberem os incentivos financeiros destinados ao custeio mensal dos 
serviços especializados de saúde bucal. Brasília, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
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BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo patologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
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Feridas: fundamentos e atualizações em Enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis, 2007. p. 526‑62.
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PIRES, M. T. B.; STARLING, S. V. Manual de urgências em pronto‑socorro. 8. ed. Rio de Janeiro: 
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detalhe=558&tipo_detalhe=s>. Acesso em: 23 maio 2014.
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cardiopulmonar. J. Pediatr., Rio de Janeiro, v. 83, n. 2, maio 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021‑75572007000300008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 
jan. 2013.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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