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Sociologia da Comunicação - Slides de Aula Unidade I

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Unidade I
SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
Profa. Dra. Neusa Meirelles Costa
O que é comunicação? 
Toda comunicação é uma relação social, que se 
dá em sociedade, em uma cultura e condições 
históricas. “Sacaram?” 
 Entre a palavra e o gesto ao lado criou-se a mediação 
simbólica, cultural, articulando significados.
 Nesse exemplo, foram articuladas duas modalidades de 
discurso: o texto (a palavra) e a representação imagética 
de um gesto (o dedo polegar para cima).
http://cnews.com.br/content/imag
es/sites/cnews/g_80029.jpg
O que se pode entender por comunicação social?
 A comunicação que circula na sociedade urbanizada pelo 
capitalismo industrial, de trabalhadores assalariados, 
alfabetizados em sua maioria, e que reivindicavam 
atenção do Estado. 
 Essa sociedade é constituída por gente que vive, trabalha, fala 
e escreve, ela será o objeto de análise das nascentes ciências 
humanas, e público da imprensa diária. 
O que se pode entender por comunicação social?
 Nos jornais do séc. XIX, na França, além das “atualidades” e 
do sensacionalismo, apareciam os primeiros folhetins; 
Eles garantiam para os jornais:
 A fidelidade dos leitores, interessados na “continuação” 
da estória, 
 Elevação da renda com as tiragens. 
 Esse modelo de comunicação social que a Sociologia da 
Comunicação vai eleger como objeto de estudo.
Comunicação social e meios de comunicação social
 Os agentes dessa modalidade de comunicação são os 
“meios” ou “veículos” (embora essa denominação 
seja um tanto limitadora);
 Eles divulgam um mesmo conteúdo, intencionalmente 
preparado, e o destinam à toda sociedade e seus segmentos;
 Os “meios” ficam interpostos entre o conteúdo que produzem 
e a recepção, e têm uma história que antecede aos hoje 
conhecidos: rádio, telefone, cinema, TV , Internet etc.
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
Foram os folhetins dos jornais que deram origem ao que os 
especialistas denominam cultura de massa, associada a uma 
sociedade de massas. Traços centrais:
 Cultura de massa: vem da ampliação do alcance da 
comunicação, do conteúdo simplificado, da superficialidade;
 Sociedade de massas: homogeneidade, semelhança, 
consumo, facilmente conduzida, indiferente à cultura, 
mediocridade e esnobismo.
 Mas por quê?
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
 Sociedade de massa remete a um modelo de sociedade 
industrial, caracterizado pelos “ganhos de escala” na 
produção, utilização intensiva do fator trabalho, e pela 
expansão do consumo dos produtos em série: 
o mesmo carro, rádio e jornal (fordismo).
 Outro modelo, posterior, é keynesiano, segundo o qual o 
trabalho intensivo com apoio e participação do Estado, 
resultava no chamado “pleno emprego”, e na expansão 
da sociedade de consumo.
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
 Esses modelos societários (trabalho intensivo, emprego, 
renda média) supostamente conduziriam a certa uniformidade 
de expectativas no consumo de mercadorias e bens, uma 
“uniformização” pela média dos gostos, expectativas, 
padrões e valores; 
 Eles levariam a uma sociedade de ampla classe média urbana, 
ou uma sociedade de massa alimentada em suas expectativas 
por meios de comunicação que atingem a todos com o mesmo 
conteúdo: os mesmos filmes, programas de rádio, 
e depois de televisão.
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
 Os meios de comunicação são realmente de massa, uma vez 
que o sinal que atinge a todos é exatamente igual, mas...
 Na recepção esse sinal de massa é diferenciado pelo leitor, 
ouvinte ou telespectador; 
 A sociedade não “é” uma “massa” uniforme, mas diferenciada 
em segmentos, nichos, particularidades das mais comuns, 
como idade, sexo, a outras mais complexas, como valores, e 
até mesmo, estímulo da própria comunicação publicitária. 
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
 Embora a “Comunicação de massa”, ou para a massa seja 
padronizada, com aspectos do cotidiano como temas 
principais, “pauta”, com fotos, caricaturas e charges, 
“notícias” locais e mundiais.(modelo ainda adotado 
em todos os meios), esse conteúdo é decodificado 
pelo repertório do receptor; 
 Então a sociedade não “é” uma “massa” homogênea, ela é 
segmentada em públicos distintos, mas...
Comunicação social e sociedade de massas: refinando 
conceitos
 No modelo societário contemporâneo predomina o 
individualismo, associado ao consumo, e o desinteresse 
pelo social, para que não afete a vida individual, privada;
 Essa indiferença induz maior disposição em tomar 
como verdades confiáveis os conteúdos dos meios 
de comunicação: do mesmo modo que são aceitas 
as notícias sobre a moda, são aceitas as notícias 
políticas. Esse é o risco para a democracia.
Meios de comunicação: produção
Os meios combinam formas discursivas distintas, portanto 
realizam uma comunicação social transdiscursiva. 
Veja o gráfico:
fotografia
Meios, mediação simbólica e Sociologia da 
comunicação
Observe as mediações (articulações) realizadas pelos meios de 
comunicação:
´
Meios, mediação simbólica e Sociologia da 
comunicação
 Os dois gráficos apontam que a comunicação realizada 
pelos meios é intencional e elaborada para um dado 
receptor (público);
 Ela é sempre uma mediação, e simbólica porque é 
consistente com a matriz cultural, e porque antecipa 
o repertório do receptor;
 Essa mediação simbólica é produzida jogando com a 
diversidade de formas discursivas, por isso, é possível 
passar a “imagem” de um perfume no comercial da TV.
Interatividade
Sobre o conceito de sociedade de massas aponte 
a alternativa correta: 
a) Massa como uniformidade, não se aplica a uma 
sociedade individualista.
b) Os meios de comunicação são massivos, e produzem 
para a massa. 
c) Da amplitude e universalidade da comunicação dos meios 
de comunicação resulta a sociedade de massa.
d) A recepção do sinal da comunicação só depende do 
equipamento utilizado.
e) Todos os receptores se apropriam do mesmo conteúdo 
das mensagens.
Sociologia da comunicação - Meios e mediação 
simbólica
A Sociologia da comunicação estuda o conteúdo difundido 
pelos vários meios com relação:
 Às condições de elaboração das mensagens,
 À adequação (mediação) do conteúdo ao meio e ao receptor 
(sociedade ou público escolhido).
 Às condições de recepção, e implicações sociais do conteúdo.
Sociologia da comunicação 
Meios e mediação simbólica 
As questões propriamente sociológicas relacionadas aos meios 
de comunicação começam pela produção da mensagem: 
 A tendência da produção é construir a mensagem 
da forma mais simples, exatamente para poder 
atingir um ‘público’ maior;
 Uma novela brasileira, por exemplo, pode ser entendida 
por crianças e adultos que tenham domínio de nossa 
língua falada, embora a compreensão de adultos 
e de crianças possa ser diferente.
Sociologia da comunicação 
Meios e mediação simbólica 
Estabelecida a contradição entre o meio de comunicação (que é 
de massa) e o social (que é segmentado), o caminho encontrado 
tem variado conforme o meio:
 A televisão simplifica o conteúdo, ou reserva os mais 
complexos para os chamados “programas culturais”, 
sabidamente de menor audiência;
 Nas rádios a segmentação não é por programa, mas por 
emissora: uma que ‘só toca notícia’, enquanto outras se 
dedicam ao rock, outras à música brasileira etc. 
Sociologia da comunicação 
Meios e mediação simbólica 
 A fotografia depende da destinação: para jornal ou revista 
sensacionalista, são focalizadosos detalhes do “evento”: o 
sangue, destroços etc. Há fotógrafos que evitam “clicar” o 
rosto das mães quando sabem da morte de seus filhos, outros 
fazem desse momento um “diferencial” em suas fotos (uma 
questão de ética);
 O sensacionalismo se reflete nas manchetes dos jornais: 
corpo da fonte e texto. Notícias Populares não podia ser 
dobrado: vertia sangue, e as manchetes, eram tão “relativas” 
que dependiam da interpretação. 
Sociologia da comunicação 
Meios e mediação simbólica 
 A Internet tem caráter próprio: ela é individualizada por 
natureza, mas também os provedores vão adquirindo um 
‘perfil’ próprio, quando dão ênfase a certo tipo de notícia, 
 Youtube, Orkut e as “redes sociais” instauraram um espaço 
de visualização e devassa da vida privada, igualmente com 
características sensacionalistas.
SC: Mediação e repertório cultural
 Na produção de uma matéria para jornal ou revista de larga 
circulação, na construção de uma peça publicitária, cartaz ou 
filme, ou ainda em um programa de TV, aquele que produz a 
comunicação antecipa ou supõe um perfil cultural do receptor;
 O processo não é objetivo, pode até ser carregado de 
preconceitos, contudo é utilizado;
 Repertório cultural é, pois, a bagagem cultural de um público, 
ao qual se destina a mensagem, seja ela qual for.
SC: Mediação e repertório cultural
 O repertório permite compreender criticamente o que 
apresentado na tela, no cartaz, ou no texto: ele é o 
“fora da tela” que permite “entender” um filme;
 Nesse repertório estão subentendidos os valores sociais, 
ideias correntes na sociedade, ou em segmentos sociais 
específicos;
 A mensagem (supostamente) se torna mais aceita quando 
existe esse mútuo entendimento. 
SC: Mediação e repertório cultural
Na Publicidade, o “fora da tela” aparece articulando valores 
sociais a produtos:
 “Gosto de tirar vantagem de tudo, certo”? (individualismo, 
competição).
 “Ontem é passado, eu nunca penso no passado, o único dia 
que importa é hoje” (negação da história, imediatismo).
 As duas peças distam em 30 anos, mas supostamente 
a classe média brasileira que consumia cigarros, 
e a que hoje compra aparelhos de barba se 
mantêm individualista e imediatista.
SC: mediação e repertório na imagem publicitária
 Cartaz do filme (repare na imagem) crítica à tortura, ainda na 
Ditadura Militar;
 Walita, anos 60 “Quem tem walita, tem tudo!” 
(valores, Consumo/felicidade)
 O “Papa” e a Bombril (oportunidade)
http://imagens.us/marcas/bo
mbril/bombril%20(1).jpg
https://1.bp.blogspot.com/_bP-
XzCGugbg/RxTvyxOQBJI/AAAAAAA
AAC0/_ssYGHScHy0/w1200-h630-p-k-
no-nu/Eletros+Walita+1960.jpg
https://upload.wikimedia.o
rg/wikipedia/pt/c/c4/Pra_fr
ente_Brasil_filme.jpg
SC: Produtos culturais
 O que se deve entender por Produto Cultural?
Toda a produção dos meios de comunicação. Simples? 
Não, complexo:
 Um livro de arte, uma exposição de pintura, um DVD, filme 
seriam produtos culturais?
 Sim, a produção desses itens (edição, distribuição e 
comercialização), mas não a criação do livro, dos quadros, da 
música: essa criação se insere em campos distintos da arte. 
SC: Produtos culturais
 Quanto ao filme, ele remete a uma forma especial de “autoria”, 
distinta da música e do livro: ele é resultado de um trabalho 
de equipe, poderá ser copiado para vários exibidores, 
mas em todas as exibições será o mesmo filme;
 Ele se insere em um campo da arte que permite a reprodução 
(reprodutividade técnica), poderá ser considerado obra de 
autor (tanto quanto os quadros), mas diferente destes, o filme 
poderá ser exibido, copiado e continuar o mesmo, o que não é 
válido para os quadros.
SC: Produtos culturais
 Produtos culturais são, portanto resultantes da atividade dos 
meios de comunicação social;
Dessa condição advêm características peculiares 
aos produtos culturais:
 Características:
a) Integram a cultura em todos os campos, mas são superficiais, 
generalizam;
b) Pressupõem confiabilidade do receptor;
c) Pressupõem anuência e passividade do receptor, 
dada a suposta confiabilidade;
SC: Produtos culturais
Características específicas:
a) Têm por finalidade entreter, informar, orientar, convencer e 
dirigir o receptor (exercem controle e influência).
b) Simplificam o conteúdo e generalizam.
c) Têm finalidade econômica (para empresa), são tomados 
como culturais na sociedade.
d) Na falta de repertório, o conteúdo é tido como a verdade
(quando é apenas uma versão). 
e) Constituem a Indústria Cultural.
SC: Indústria e produtos culturais
 Concluindo...
 A indústria cultural tem finalidade econômica, e não cultural. 
 A divulgação das modalidades de cultura é produto, meio para 
realizar a lucratividade;
 Os produtos fornecem elementos para formação cultural, mas 
não substituem o repertório cultural resultante da formação.
 Há riscos na divulgação da intolerância e de preconceitos.
Interatividade
Segundo o que foi visto, qual seria o foco principal 
de estudo da SC?
a) Os índices de audiência.
b) A publicidade.
c) Os produtos da indústria cultural.
d) Elaboração, recepção e efeitos sociais da indústria cultural.
e) A sociedade que recebe os produtos da indústria cultural.
SC: Principais abordagens
 Mas Como a SC estuda a comunicação social?
A SC abrange três grandes áreas:
a) Como se apresentam os produtos culturais, quais 
adequações aos distintos meios, ao receptor (sociedade) e 
às condições sociais de recepção;
b) Como é recebido o produto, quais reflexos ele produz na vida 
das pessoas e na sociedade,
c) Com quais intenções e finalidades, são produzidos?
SC: Principais abordagens
Dessas questões resultam dois grandes campos de 
investigação:
1. Estudo da comunicação social, formas, conteúdos, e 
interação entre eles, relações entre modalidades de produção 
cultural, níveis de cultura: erudita, popular e “de massa”; 
 Nesse campo é importante entender o que vem a ser 
“modalidades de produção cultural e os chamados “níveis”:
SC: Principais abordagens
 As “modalidades” não representam grande problema: artes 
plásticas, ciências, culinária, música, design são modalidades 
dentre muitas outras;
 Quanto aos “níveis” o conceito é severamente questionado, 
especialmente pelo preconceito nele subentendido, conforme 
será exposto em outro momento;
 Contudo, da relação entre essas formas culturais resultaram 
algumas produções especiais, e conceitos a seguir:
SC: Principais abordagens
 Cultura erudita: a especializada, em geral arte; cultura 
popular: criação do povo, ao longo da história; de “massa”, 
a criada elaborada pelos meios de comunicação;
 Kitsch: é a provocação do efeito, e o “enfeite”, imitação, 
o mau gosto na arte;
 Midcult: grosso modo, a cultura para a classe média, 
apresentada como cultura;
 Brega: o que é popular, excessivo;
 Cult: aquele item, filme ou disco original, representante 
de certo momento ou trajetória;
 Pastiche: a imitação de uma obra;
SC: Principais abordagens
2.Estudo dos meios de comunicação, formas peculiares de 
produção e circulação das mensagens, reflexos sobre a 
sociabilidade em face dos padrões associados à sociedade 
industrial, de consumo e da chamada “pós-industrial” ou 
contemporânea; 
 Pode-se notar que temas presentes no campo anterior 
reaparecem nesse, especialmente no que diz respeito às 
formas de produção da comunicação social.
SC: Tendências de abordagem
Os dois campos se comunicam, em relação aos temas tratados, 
mas as abordagens de investigação diferem: 
a) Examinam criticamente os efeitos na sociedade e 
peculiaridades de elaboração, da chamada“cultura de 
massas” (Análise crítica e estudos posteriores); 
b) Examinam a recepção das mensagens do ponto de vista de 
seu alcance prático ou pragmático (Funcionalismo). 
SC: Análise Crítica 
(Escola de Frankfurt)
A expressão “teoria crítica” utilizada para indicar a reflexão da 
Escola de Frankfurt, tem como referência o ambiente cultural, 
político e social da Alemanha nazista: 
 A suposta “racionalidade”, de “verdades incontestáveis”, 
o apego à “ciência” e à tecnologia. 
 Aspectos francamente estimulados pelos meios de 
comunicação, pelo rádio nos discursos inflamados de Hitler, 
pela mobilização partidária, cinema, desfiles, bandeiras etc. 
SC: Análise Crítica 
(Escola de Frankfurt)
 Para análise crítica,
 Os “frankfurtianos” utilizaram a revisão do marxismo, e a 
incorporaram na análise da comunicação social pelos meios 
de massa; 
 A “novidade” residia em investigar o discurso deliberado dos 
meios de comunicação na expansão do poder, da indústria e 
do Nazismo; 
SC: Análise Crítica 
(Escola de Frankfurt)
Para os frankfurtianos duas questões se colocavam, 
exigindo resposta: 
 Como o pensamento racional, base da sociabilidade moderna, 
se afastava da moral e da ética na condução da prática política? 
 Quais condições e interesses levaram o homem moderno a 
perder a individualidade, consciência social, e a se tornar 
parte de uma “massa”? 
SC: Análise Crítica 
(Escola de Frankfurt)
 O Nazismo instaurara um padrão de sociedade pela 
mobilização emocional, mas com um discurso de 
convencimento racional sobre a justeza “histórica” dos 
objetivos visados pelo Terceiro Reich, e sobre a “verdade 
científica” da supremacia racial ariana;
 A mobilização emocional sustentava um discurso de 
“racionalidade científica”, e esta adoção da racionalidade 
econômica e da eficiência administrativa, da qual os campos 
de extermínio eram um exemplo (mas não divulgado).
SC: Análise Crítica 
(Escola de Frankfurt)
Indústria Cultural, características: 
a) Quebra de espontaneidade; 
b) Colagem de elementos culturais; 
c) Integração deliberada do público;
d) Integração da arte superior e inferior, 
e) O consumidor não é “rei”, mas target; 
f) Seleção de “produtos” pelo efeito; 
g) Os produtos são mercadorias; 
h) A IC induz a anuência do consumidor; 
i) Expansão da IC depende de processos sociais.
Escola de Frankfurt, tendências
 Indústria cultural e produto 
cultural. 
 (Leia o texto)
 Adorno: não há arte na indústria 
cultural.
 Benjamin: novas artes existem 
era da reprodutividade técnica 
(cinema).
 Habermas: a ética na 
comunicação
Adorno Horkheimer
Benjamin Habermas
SC: Abordagem funcionalista
Pragmática e quantitativa
 O funcionalismo foi uma tendência muito em voga na 
Sociologia dos anos 40-50, cujo propósito era o de 
descrever e explicar o comportamento social partindo 
da relação (função) ou correlação entre variáveis 
(aspectos) com base empírica; 
 No campo da comunicação,(audiência e publicidade) 
tratava-se de investigar, com caráter pragmático o 
aparecimento, circulação, permanência ou não das 
mensagens, uma dinâmica nem sempre integrada 
ou funcional, mas latente, ou ainda disfuncional.
SC: Abordagem funcionalista 
Pragmática e quantitativa
Questão central: Como induzir indivíduos ao consumo, ao voto, 
à adoção de posturas e opiniões? 
Formação de 
Opinião (com 
Katz)
Preparação e 
análise de 
discurso
Interatividade
Qual seria a dimensão especial da comunicação social que 
constitui objeto central da SC?
a) o fato de ela estudar as relações entre imagem, som e texto.
b) a dimensão histórica.
c) a atualidade da comunicação social.
d) a dimensão ideológica da comunicação.
e) a construção intencional da comunicação ampliada. 
SC: Desenvolvimento das tendências, funcionalismo
 Funcionalismo: a abordagem quantitativa 
(Lazarsfeld) foi ampliada. 
 Persiste a suposição de que exista um ambiente de 
sociabilidade comum a todos, ou acessível a todos.
 A sociedade seria então um conjunto de agentes de uma 
mesma ordem social, participando, ou esperando participar, 
da cultura e da sociedade em igualdade de condições.
 As distinções teriam origem psicológica. 
SC: Desenvolvimento das tendências, funcionalismo
 Ora, essa é a concepção de uma sociedade 
e cultura de massas;
 As diferenças na sociedade de mercado seriam 
motivacionais? Essas questões dentre outras 
fundamentam a crítica à tendência; 
 Os rigores estatístico e da lógica de pesquisa desenvolvidos 
pelos autores citados não têm sido observados em algumas 
das pesquisas na área. 
SC: Desenvolvimento, análise crítica
 Tendência crítica: incorporou elementos das tendências das 
Ciências da Linguagem, da Sociologia e áreas correlatas. 
 Atualmente encontra-se a perspectiva crítica nas análises 
sobre os conteúdos produzidos pelos meios de comunicação, 
e poderes exercidos.
SC: Desenvolvimento, análise crítica
 As ciências, a partir das últimas décadas do século XX, 
deixam de manter fronteiras rígidas, e os estudos 
interdisciplinares, em coerência com os “objetos” de 
investigação; 
 A reflexão sobre o processo de comunicação intencional e 
ampliada, central à SC incorpora estudos de outras áreas, e 
delas se aproxima; 
 Vários autores, de tendências diversas, focalizam a produção 
do conhecimento e comunicação na sociedade pós-moderna, 
assentada sobre consensos provisórios e fugazes.
SC: Tendências atuais
 Reflexão de filósofos e sociólogos
Desses autores ficaram trajetórias distintas, todas apontando 
para a presença fundamental dos meios de comunicação na 
vida contemporânea, conforme apontado a seguir:
SC: Tendências atuais
 O trabalho de Lyothard instaura a preocupação com a 
sociabilidade contemporânea, ou “pós-moderna”, como ele a 
define. Ela não se pauta no modelo societário do capitalismo 
industrial, ela é tecnológica, centrada na aparência, na 
comunicação e no espetáculo (Dabord);
 Os meios de comunicação representam uma modalidade de 
capital simbólico, instauram a verossimilhança, sucedâneo 
para a “verdade” do conhecimento. Além disso, a televisão 
cria (ou estimula) a passividade, o descompromisso 
com o saber, aponta Bourdieu;
SC- Tendências atuais
 A dimensão passiva da sociabilidade contemporânea é central 
ao trabalho de Baudrillard, na formação de uma grande 
maioria silenciosa, articulada pelo individualismo, em 
substituição à concepção de “social”, relacionado à 
sociedade industrial;
 A preocupação de Foucault nas últimas obras foi a construção 
do sujeito, que se constrói por suas práticas, tangenciando 
modelos que a sociedade estabeleceu, um “sujeito de si”, de 
sua sexualidade, um sujeito ético; 
SC- Tendências atuais
As práticas que instauram conceitos e relações pelo discurso 
estão presentes nas primeiras obras de Foucault, mas Bakhtin 
empresta à questão outro entendimento, trabalhando 
sobre a linguagem:
 Para ele, nada está fora da linguagem, daquela falada 
ou escrita, mas que possui o poder de instaurar um 
acontecimento, ou ser ela própria um acontecimento; 
 Essa noção de movimento e de produção do conhecimento 
pela linguagem, é fundamental à SC. 
SC- Tendências atuais
Esses autores refletem sobre o conteúdo e modalidades de 
comunicação produzidas pelos meios massivos:
 Não se pode condenar a chamada “cultura de massa”, 
mas também não se pode absolvê-la, cabe ao sujeito 
a análise (Eco)
SC- Tendências atuais
 Chomsky alerta para os consensos planejados pelos meios de 
comunicação, os quais são úteis para as condições e valoresdesses meios, mas são aparentes e podem ser enganosos;
 A tendência à construção de uma realidade de aparência, 
de banalidade, entretenimento, é reafirmada por Barbero, 
exatamente na discussão sobre as mediações realizadas 
na prática da comunicação pelos vários meios 
e a construção da realidade pelo discurso. 
SC- Tendências atuais
 Por seu turno, se as verdades comunicadas são incorporadas 
na prática da sociabilidade e nas relações com o Outro, cabe 
ao sujeito a crítica, o reconhecimento de si, as escolhas 
especialmente entre valores que se apresentam flutuantes, 
nessa vida líquida contemporânea, conforme Bauman;
 Mas será esse sujeito habilitado para essa crítica? 
Possivelmente não, aponta Morin, para tanto ele deveria ter 
formado seu pensamento não na linearidade, mas na 
complexidade das incertezas.
Conclusão
 As tendências da SC apontam para a importância da análise 
do conteúdo da comunicação social, não apenas para aquele 
conteúdo elaborado pela indústria cultural, mas também para 
uma “peculiar discursividade” presente nas letras de música, e 
nos discursos das minorias participativas, nas redes sociais;
 A fluidez da vida contemporânea remete, portanto para a 
crítica, aquela capaz de repor a ética, quando o mundo dos 
objetos e simulacros insiste na estética.
Interatividade
Qual das duas tendências apontadas oferece condições para 
análise da comunicação social no Brasil?
a) A primeira porque quantifica.
b) Os funcionalistas, por causa da pesquisa de mercado e 
consumo.
c) A análise crítica contemporânea.
d) A Escola de Frankfurt, porque relaciona comunicação à 
expansão do capitalismo.
e) Qualquer uma, todas são válidas. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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