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FUNDAMENTOS DE ENF3RMAEM

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FLORENCE NIGHTINGALE
Desde jovem Florence escolheu servir a profissão de enfermeira, sempre atenta e prestativa com todos a sua volta. A decisão de dedicar-se inteiramente a profissão não agradou a sua mãe e seu pretendente. Porém o trabalho feito por Florence Nightingale foi mundialmente reconhecido, e sem a participação dela, muitas coisas estariam faltando para completar a Enfermagem Moderna. A família de Florence era muito rica e tinha muitos contatos, tinha só uma irmã, toda família morava na Itália. Ela tinha muitos conhecimentos sobre todos os assuntos, e opinava as vezes. Florence ficou contra o papel tradicional das mulheres da época, entretanto participava das festas, jantares, ela pouco se divertia, aparentemente não gostava daquilo, o modelo de casamento era para todas as mulheres, elas teriam que ter filhos e ficar em casa para cuidar exclusivamente dos assuntos familiares. Ela sentia que teria que fazer alguma coisa, um dia visitou uma mulher queimada e gostou de ajudar mais uma vez um doente, e o lugar de todos os doentes mais graves era o hospital de sua cidade, então decidiu conferir de perto o que acontecia lá estava com intuito de servir a ele, quando chegou e viu que, o papel de enfermeira era exercido por mulheres ajudantes, e muitas vezes trabalhavam como cozinheiras e prostitutas. Florence ficou espantada com as condições de tratamento médico dos pobres doentes, ela sabia exatamente o que devia fazer, pois num local como aquele sem higiene alguma, não dava para ninguém se curar, pelo contrário, as pessoas que iam para lá, iam para morrer. Comunicou a família a vontade de ser enfermeira e cuidar dos feridos dos hospitais ou de onde fosse aceita. Mas isso está completamente fora do esperado para uma família tão tradicional como a dela, sua mãe fez escândalo, chorou muito, pois não queria que sua filha fosse para aquele lugar, porque sabia exatamente o que acontecia realmente lá, as prostitutas, o desrespeito, etc. Deixou a decisão nas mãos do pai de Florence, e ela correu até onde ele estava, onde era proibida a entrada de mulheres, e conseguiu todo o apoio do pai que a amava muito. Florence também tinha um pretendente que queria casar-se com ela, e sabendo da vontade de prestar cuidados para os hospitais, ele ficou do lado dela para se especializar, o pedido de casamento foi recusado. Florence sempre teve em mente que o casamento não fazia parte da sua vida, ela queria liberdade para desenvolver um trabalho direcionado ao cuidado e atender um chamado de divino. Passou por períodos de angústia, solidão, recusando os padrões da mulher imposta pela sociedade.
Para especializar-se visitou um hospital de freiras católicas, ficou mais impressionada ainda pelo ato do cuidar e pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e práticas de saúde, higiene, prevenção e profilaxia das freiras. Quando retornou para a cidade onde havia aquele hospital horroroso, ela convocou uma reunião e expôs suas propostas. Propostas que pareciam impossíveis de serem cumpridas, mas no fim das contas Florence foi aceita no hospital como administradora, e ao passar do tempo ela foi se tornando a principal defensora de melhorias no tratamento médico, com espírito de liderança estabelecia para a enfermagem as normas, e rotinas. A sua fama foi se espalhando, e em determinada época, quando aconteceu a terrível guerra da Criméia onde haviam milhares de soldados feridos que necessitavam de tratamento, foi convidada para ir para a Guerra da Crimeia cuidar dos soldados feridos. Florence aceitou ir como enfermeira voluntaria, teve que enfrentar mais uma sua família, que concordou com a decisão dela. Florence contratou uma equipe de enfermeiras voluntárias treinadas por ela mesma. Quando chegam no alojamento dos feridos seus olhos viram o pior lugar do mundo, quase um inferno, se não fosse o mesmo, todo fechado com muita sujeira, ratos, desorganização, feridos espalhados sem nenhum cuidado. A vontade imediata de Florence, foi prestar cuidados junto com toda equipe de enfermagem, mas o chefe não aceitou, disse que não havia nada que uma mulher pudesse fazer no meio de tantos homens, mas a moça insistiu e começou com a limpeza, a organização o planejamento e obteve vitória, pois aquele lugar antes e o que se transformou quando Florence e sua equipe colocaram as mãos, não parecia o mesmo, e com esses pequenos atos valorizavam a limpeza do ambiente e a alimentação consegui reduzir significativamente o número de mortes dos soldados. Florence tinha espírito tranquilizador, passava para os doentes tranquilidade e paz além de os confortar na hora da morte. Florence era muito atenta a tudo que acontecia a sua volta, saia de leito em leito com uma lamparina acesa para ver de perto cada um dos feridos.
Ela conquistou grande reconhecimento mundial e principalmente do pais onde nasceu. Esteve doente, mas curou-se. Porem a doença afetava sua visão, então quis retornar para casa, junto de sua mãe, seu pai e sua irmã, recebeu todo carinho e amor.
ANA NERI
Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil, prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai.
Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava sempre no mar. Ana Néri acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou viúva com 29 anos, quando em 1843, seu marido morreu a bordo do veleiro Três de Maio, no Maranhão.
Ana Néri teve três filhos, que criou sozinha, após a morte do marido. O cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo. Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai e os filhos de Ana Néri foram convocados para lutar no campo de batalha. Sensibilizada com a dor da separação dos filhos, no dia 8 de agosto, Ana Néri escreveu uma carta ao presidente da província oferecendo seus serviços de enfermeira para cuidar dos feridos de Guerra do Paraguai, enquanto o conflito durasse. Seu pedido foi aceito.
Em 1865, Ana Néri partiu de Salvador em direção ao Rio Grande do Sul, onde aprendeu noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo. Com 51 anos, foi incorporada ao Décimo Batalhão de Voluntários.
Ana Néri começou seu trabalho nos hospitais de Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas realizando os trabalhos de enfermagem. Mais tarde, ajudou os feridos em hospitais de Salto, Humaitá e Assunção. Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua dedicação ao trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde passou. Ana Néri, com seus próprios recursos, montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo exército brasileiro. Ali, Ana Néri perdeu seu filho Justiniano. No final da guerra, em 1870, Ana voltou ao Brasil com três órfãos de guerra para criar. Foi condecorada com as medalhas de prata Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. Recebeu do imperador D. Pedro II, por decreto, uma pensão vitalícia com a qual educou sua família.
Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio de 1880. A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil foi fundada por Carlos Chagas em 1923 e em 1926 recebeu o nome de Ana Néri, em homenagem à primeira enfermeira brasileira. O dia do enfermeiro é comemorado em 20 de maio.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
ALUNA – ANDRÉA SUZANNE MORAES DOS SANTOS
PROF. CRISTIANA BRAGA
MANAUS - 2019

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