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metodos contraceptivos

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METODOS CONTRACEPTIVOS
 Antes de iniciar o uso dos métodos contraceptivos é essencial consultar o médico e não fazer o uso por conta própria, aliás, cada organismo reage de uma maneira. Com base no histórico clinico e do exame físico geral e ginecológico do paciente, o medico pode orientar o melhor método de um modo individualizado. 
 Como métodos contraceptivos nós temos: 
DIU (Dispositivo Intrauterino)
- Como funciona? Pequenas peças de plástico no formato de “T” ou numero “7”, com cerca de 2,5 a 3cm introduzidas no interior do útero, podem ser utilizadas com hormônio ou ter parte de cobre. O DIU com hormônio libera pequenas quantidades de progesterona no interior do útero provocando alterações e dificultando a entrada e sobrevivência de espermatozoides. Já o DIU com cobre atua matando os espermatozoides e impedindo a fertilização.
- Qual sua eficácia? Usado corretamente o risco de gravidez é de 0,3% para o de cobre e 0,1% para o hormonal.
- Como se utiliza? Ambos são colocados pelo ginecologista e podem durar alguns anos.
- Qual sua vantagem? Ambos permanecem dentro do útero e garante excelente eficácia contraceptiva. O DIU hormonal tem efeito colateral de reduzir a menstruação, e pode ser útil para mulheres com cólica e fluxo menstrual intenso. 
- Desvantagem? O DIU de cobre pode aumentar o fluxo e provocar cólicas. Estes efeitos não são observados com o DIU hormonal, porem, este pode provocar dor mamária, oleosidade da pele e cistos ovarianos. Ambos não previnem IST’s. 
Diafragma
- Como funciona? É de silicone, com formato de disco maleável, introduzido na vagina de maneira a formar uma barreira na frente do colo uterino para não ocorrer entrada de espermatozoides. É introduzido previamente ao ato sexual, em conjunto com gel e creme espermicida, para melhorar sua eficácia. 
- Qual sua eficácia? Se corretamente usado, risco de gravidez é de 15%
- Como se utiliza? O disco é dobrado com os dedos e introduzido facilmente na vagina, á maneira de um absorvente interno, pela mulher. É necessária a orientação do ginecologista para uso adequado e correto. 
- Qual sua vantagem? Liberdade para a mulher controlar a contracepção, não aparece após sua acomodação e não é percebido pelo parceiro durante o ato sexual. 
- Desvantagem? Deve ser retirado após 6 horas da ultima relação, apresenta eficácia inferior a outros métodos, pode causar infecção urinaria, irritação local, alergia, necessidade de complementação do gel espermicida após cada relação e menor proteção contra IST’s. 
Camisinha Feminina
- Como funciona? Bolsa de plástico leve e frouxa, que se adapta a vagina e protege o colo do útero, as paredes vaginais e se exterioriza na vulva, ficando aparente. A penetração se faz no interior deste dispositivo, prevenindo IST’s. 
- Qual sua eficácia? Se corretamente, risco de gravidez de 5%.
- Como se utiliza? A própria mulher introduz a camisinha com o auxilio dos dedos, se assemelha com um absorvente interno. Não deve ser utilizada ao mesmo tempo com preservativo masculino e pode ser introduzida algumas horas antes do contato sexual, mas substituída após cada relação. 
- Qual é a sua vantagem? A própria mulher pode utilizar quando necessário e protege contra IST’s. 
- Desvantagem? A presença do dispositivo pode inibir o contato sexual, além de ter eficácia inferior a outros métodos, pode causar irritação local e alergia. 
Contraceptivo Hormonal – ORAL
- Como funciona? Chamadas também de pílulas anticoncepcionais, podem ser combinadas com os hormônios estrogênio e progesterona, ou apenas progesterona. A principal ação é por interferência na ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo uterino, dificultando entrada e sobrevivência dos espermatozoides. 
- Qual sua eficácia? Se corretamente, risco de 0,3%
- Como se utiliza? Ingestão diária de comprimidos. Dependendo do tipo, da combinação hormonal e marcas de cada pílula apresentara diferentes intervalos entre as cartelas. 
- Qual sua vantagem? Elevada eficácia contraceptiva, efeitos colaterais desejáveis, como redução do fluxo menstrual e cólica, redução de acne e oleosidade da pele.
- Desvantagem? Pode provocar dor mamaria, tontura, dor de estomago, alterações de humor e libido, ganho de peso, trombose, derrame e não protegem contra IST’s.
Contraceptivo Hormonal – INJETÁVEL
- Como funciona? Associação dos hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona. A diferença com a pílula é que há um maior efeito sobre o endométrio e o muco do colo uterino. 
- Qual sua eficácia? Se corretamente, risco de gravidez é de 0,3% por ano de uso.
- Como se utiliza? Pode ser mensal (associação dos hormônios estrogênio e progesterona, onde se aplica uma dose por meio IM, mantem o fluxo menstrual no intervalo das injeções), trimestral (apenas progesterona, com aplicação a cada três meses, suspende a menstruação). 
- Qual a sua vantagem? Apresenta elevada eficácia, não necessita de ingestão diária de comprimidos, e no caso de injeção trimestral, a suspenção da menstruação pode ser útil a mulheres com cólicas e fluxos elevados.
- Desvantagem? Ganho de peso, dor mamaria, dor de cabeça, sangramento irregular, não protege contra IST’s, não pode ser aplicado em mulheres que fazem uso de anticoagulantes pelo risco de formar hematomas no local da injeção.
Contraceptivo Hormonal – IMPLANTES
- Como funciona? Pequenos tubos de 3cm, que contem progesterona e são inseridos na pele (especialmente no braço). Podem atuar por três anos liberando hormônio. Promove interferência na ovulação. Maior atuação no endométrio e no mudo, dificultando sobrevivência e entrada dos espermatozoides. 
- Qual sua eficácia? Se corretamente, risco de gravidez de 0,5%
- Como se utiliza? O medico realiza anestesia na pele por onde introduz uma agulha especial para inserção do implante.
- Qual sua vantagem? Elevada eficácia sem necessidade de lembrar-se de tomar comprimidos diariamente, suspende a menstruação, auxiliando no controle da cólica.
- Desvantagem? Ganho de peso, dor mamaria, dor de cabeça, sangramento irregular, queda de cabelo, diminuição do libido, depressão e não protege contra IST’s. 
Contraceptivo Hormonal – ANEL VAGINAL
- Como funciona? Anel de silicone maleável com cerca de 4cm, contem o estrogênio e progesterona. É introduzido na vagina onde se acomoda e permanece por três semanas, liberando localmente seus hormônios que serão absorvidos pela mucosa vaginal para a circulação sanguínea. Os efeitos são os mesmos da pílula.
- Qual sua eficácia? Se corretamente, o risco de gravidez é de 0,5% por ano de uso.
- Como se utiliza? A própria mulher introduz o anel no interior da vagina, semelhante a um absorvente interno.
- Qual a sua vantagem? Mesmos efeitos da pílula sem ter que tomar comprimidos diariamente.
- Desvantagem? Pode provocar os mesmos da pílula, além de irritação vaginal e corrimento, não protege contra IST’s. 
Contraceptivo Hormonal – ADESIVO CUTÂNEO 
- Como funciona? Pequenos selos adesivos, com cerca de 2cm, que se colocam firmemente a pele, e liberam estrogênio e progesterona que são absorvidos e liberados na circulação sanguínea, atuam como os orais.
- Qual a sua eficácia? Se corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%.
- Como se utiliza? A própria mulher coloca o selo, que é trocado a casa semana, sobre a pele de regiões de pouco atrito como nádegas, lombar e ombro. 
- Qual a sua vantagem? Elevada eficácia com facilidade de uso, sem a necessidade de se lembrar de utilizar.
- Desvantagem? Apresenta os mesmos riscos dos outros métodos hormonais, além de provocar irritação na pele e não protege contra IST’s.
Relação Entre Métodos Contraceptivos e a Trombose
 O uso de métodos anticoncepcionais combinados, compostos de estrogênio e progesterona, realmente podem aumentar o risco de trombose venosa, mas esse é um evento bastante raro. Abaixo dos 30 anos, a trombose venosa ocorre em 1 a 2 em cada 10.000 mulheres não usuárias de métodoshormonais combinados e em cada 2 a 4 mulheres usuárias desses métodos. Assim, é possível verificar que o uso desses métodos pode aumentar o risco, mas mesmos assim, o evento continua sendo bastante incomum de ocorrer. Outra modernidade dos tempos atuais e que inclusive muitas mulheres já são adeptas é a suspensão da menstruação.
 Todos os métodos hormonais podem ser utilizados para suspender a menstruação. Os métodos combinados (estrogênios e progesteronas) devem ser utilizados sem intervalo para terem esse efeito. Já os métodos somente com progesterona já têm esse tipo de uso, sem intervalo, o que, em geral, provoca a suspensão do fluxo menstrual. Ambos os modelos são seguros, não há qualquer problema em não menstruar. Mulheres que têm muita cólica menstrual, muito fluxo menstrual ou tensão pré-menstrual intensa podem se beneficiar bastante dessa opção.
Qualquer mulher pode suspender a menstruação?
 A restrição para uso dos métodos contraceptivos hormonais é a mesma, utilizando ou não a opção de suspender a menstruação.
Quem tem mioma ou endometriose pode se beneficiar com a suspensão? 
 Mulheres com endometriose, em geral, têm muita cólica menstrual e aquelas com mioma podem apresentar muito fluxo durante o período menstrual, levando até à quadros de anemia. Dessa forma, não menstruar é um benefício para aliviar a dor e para resolver a perda sanguínea dessas pacientes.
Há restrição de idade?
 A idade não é uma restrição para uso de métodos contraceptivos hormonais. Apenas há preferência de prescrição de métodos com doses menores de estrogênios ou compostos exclusivos de progesterona para mulheres acima dos 40 anos.
Ablação do endométrio
 É a retirada e cauterização do tecido endometrial, procedimento realizado por histeroscopia, onde coloca-se uma ótica fina acoplada a uma câmera de vídeo dentro do útero. Pode ser realizado em mulheres jovens, desde que não haja mais desejo de gravidez.
Fica a dica! Independente do seu método, o uso do preservativo é indispensável.

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