produção textual individual 20178

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO GEOGRAFIA
ROGÉRIO JOSÉ DA SILVA
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Seabra 2018
ROGÉRIO JOSÉ DA SILVA
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Trabalho de Produção Textual Individual apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Geografia.
Orientador: Prof. José Adir Lins Machado, Julho Zamariam, Lilian Gaviolli de Jesus, Sérgio Nabarro, Thiago Augusto Domingos, Heloiza Bezerra. Tutor a Distância: Diego Armando dos Santos
Seabra 2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A Cartografia é uma disciplina geográfica com viés cada vez mais crítico, na verdade a geografia ao longo da história acompanha essa tendência, tendo em vista diversos fatores interferentes na construção do pensamento geográfico.
Podemos dizer, portanto, que esses fatores determinantes estão em constante transformação, concomitante à questão da Globalização e tendências tecnológicas cada vez mais apuradas, assim como o pensamento crítico transformado conforme as mudanças ocorridas desde o início da Filosofia Moderna até os tempos atuais, passando por diversas mudanças ao longo do tempo.
Pode-se atestar também a importância ímpar da análise crítica sobre os dados, como um pressuposto fundamental para a realização de uma argumentação verdadeiramente analítica, deixando cada vez mais pra trás, as análises meramente ilustrativas e enciclopédicas do período inicial do pensamento geográfico.
Os mapas e a cartografia constituem a um só tempo, linguagem e prática histórica, podendo revelar diferentes visões de mundo, à medida que carregam um simbolismo que pode estar associado ao conteúdo neles representado, a saber, processos de poder, de saber, de vigilância e de influência política.
A cartografia procura levantar e representar as informações primárias do espaço, descobrindo melhores formas para tal emprego. Assim, enquanto a preocupação da cartografia está relacionada à representação, tendo no mapa como um desfecho final em si (BARBOSA, 1967), a geografia se preocupa com o uso do mapa na análise do espaço geográfico, e para isso o mapa constitui-se como um meio, um instrumental metodológico
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DESENVOLVIMENTO
A análise restrita a meras memorizações, com informações conteudistas, em nada ajuda para se atingir a criticidade dos fatos estudados. Há de se respaldar o estudo com base em todo um contexto social, econômico, político e cultural.
Posto isto, temos o método cartográfico como uma importante ferramenta para se compreender a realidade circundante, além de tomarmos posição sobre os problemas sociais e econômicos pertinentes em nosso meio.
O contexto dos elementos cartográficos apresentados acima revela uma condição que permeia também em grande parte de nossa sociedade. Podemos enquadrar nessa situação, a teoria neomalthusiana, que diz (sob forte crítica dos reformistas) que o aumento da população, derivaria em um aumento dos problemas sociais, inclusive a fome.
Interpretamos nos mapas de população e desnutrição, o maior exemplo disso, vemos o Bairro de Vila Mariana, no Noroeste da cidade, com grande contingente populacional, sendo assim, os casos de desnutrição, bem como os níveis de violência estão mais alterados em relação aos demais bairros do Município de Milton Santos.
Por outro lado, percebemos Vila Mariana com certa contingência de renda per capita maior em sua população, proveniente certamente, de um grau maior de instrução de seus habitantes. Podemos colocar o bairro de Vila Nova com certa equivalência no que diz respeito às questões levantadas pela Prefeitura. Há um equilíbrio no tocante ao tamanho de sua população, aos casos de crimes e casos de desnutrição, tendo em si, uma boa renda per capita anual.
Há de se ressaltar, no entanto, que bairros como o de Nova Esperança, no sudoeste da cidade, apesar de ter uma população relativamente baixa, apresenta índices preocupantes de crimes violentos anuais, neste exemplo, a teoria neomathusiana não confere. Pode-se relacionar, no entanto, relações sociais coexistentes nesta área municipal. Educação que não chega à maior parte dos habitantes, saúde precária, enfim vários pressupostos que atingem as relações sociais. Situação essa, preocupante, pois se percebe que, apesar de uma população pequena (a menor da cidade) permeia um grande contingente na questão criminal.
Novo Horizonte, no sul da cidade, tem a menor renda per capita local, fator este de extrema importância para uma equivalência na distribuição de renda. Talvez, refere-se ao fato de haver menos emprego nessa região (fato problemático
em todo o país).
De modo geral, podemos considerar o município de Milton Santos com certas desigualdades, tanto no ponto de vista populacional, quanto às questões sociais. Áreas com maior nível populacional, com contingentes criminais altos e áreas pouco habitadas também em crises de saúde e menor renda per capita.
	PLANO DE AULA
	Identificação Escola: Colégio Estadual Coronel Horácio de Mattos Professor: Rogério J. da Silva
Disciplina: Geografia
Série: 2º Ano B
	Tema
	Cartografia e Geografia Crítica.
	Objetivos
	Compreender	o	espaço	municipal	através	de	dados
pesquisados em diversas áreas.
	Conteúdos
	Cartografia; Análise do espaço geográfico; Geopolítica;
	Estratégias
	Entrevistas com autoridades municipais (secretários, prefeito, etc); Buscar dados a respeito de questões intermunicipais; Buscas pela internet das realidades locais, estaduais, nacionais (contextualização da pesquisa);
Seminário abrangendo toda a escola.
	Recursos
	Data show, cartolinas (realização de seminário);
Livros	didáticos	(Conteúdos	cartográficos,	mapas exemplares);
Acesso à internet (Pesquisas relacionadas).
	Avaliação
	Compreensão e participação individual com embasamento teórico e prático a respeito do que foi estudado; Participação irrestrita no seminário e percurso didático proposto; Compreensão das questões sociais estabelecidas no
território de análise.
	Referências
	VASENTINI,	José	William;	VLACH,	Vânia.	Geografia
Crítica: O Espaço Brasileiro; Ática.
CONCLUSÃO
Por quaisquer meios que um mapa seja apresentado, em papel ou na tela de um computador, sua função primordial é a comunicação. Deve transmitir uma mensagem de natureza espacial. Para tanto, um mapa precisa fornecer poucas informações de cada vez.
Assim, tanto os autores de mapas quanto seus leitores devem estar sempre armados de espírito crítico para decodificar o mapa, o que ele representa e o que está por trás de sua elaboração. Por ser um meio persuasivo de transmissão de informações, a confecção de mapas traz uma pesada responsabilidade, já que suas potencialidades e seus erros tendem a se perpetuar em uma imagem cristalizada, sobretudo quanto se trata de obras voltadas para formação de alunos.
Analisando em si, os mapas apresentados, podemos atrelar diversas vertentes aos resultados obtidos. A primeira delas, uma questão de contingência populacional resultando a níveis altos de crimes e casos de desnutrição, vem daí uma posição a ser apurada mais detalhadamente. Obter resultados mais precisos como: satisfação da população com a saúde local, saneamento básico, desemprego e outros, irão ajudar numa tática cartográfico-social mais precisa.
Da mesma forma, a questão da Renda per capita, precisa ser estudada de forma mais restrita. Podemos observar, conforme o mapa, que nos bairros mais populosos a renda per capita é maior. Porém, só com o estudo apurado do desemprego local e da taxa de miséria, podemos ver mais claramente a homogeneização da sociedade, concluindo as causas pelas quais não há uma correlação entre os níveis de Renda e Casos de desnutrição, por exemplo.
Portanto, podemos resumir que há uma desigualdade social presente na Cidade de Milton Santos, motivo pelo qual, há diferençasimportantes nos números dos dados apresentados. Todavia, há de se compreender que é fundamental, para se resultar numa sociedade mais igualitária, incorporar políticas públicas essenciais para minimizar o impacto das questões sociais presentes em um determinado lugar. Investir em emprego, saúde, programas sociais, saneamento básico, educação, e outros tantos itens fundamentais para se obter oportunidades iguais a todos.
REFERÊNCIAS
LACOSTE, Yves. A Geografia. Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 3ª Edição. Campinas: Paripus; 1989.
VETTORAZZI, Carlos A. FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA. 85 f.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Disponível em:
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Topo/leb450/Vettorazzi/LEB4 50_aula2_cartografia.pdf>. Acesso em: 15 set. 2018.
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA, ano desc. IBGE. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv44152_cap2.pdf > Acesso em: 11 out. 2018.