Buscar

01-Introdução - Engenharia Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
DOMINA CONCURSOS 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2 
 
1 Construção civil. 1.1 Planialtimetria. 1.2 Infraestrutura territorial. 1.3 Sistemas, métodos e processos de construção 
civil. 1.4 Edificações. 1.5 Terraplenagem. 1.6 Estradas. 1.7 Tecnologia dos materiais de construção civil. 1.8 
Resistência dos materiais de construção civil. 1.9 Patologia das construções. 1.10 Recuperação das construções. 
1.11 Equipamentos, dispositivos e componentes (hidrossanitários, de gás, de prevenção e combate a incêndio). 1.12 
Instalações. 
1- Construção Civil 
Na engenharia e na arquitetura, a construção é a execução do projeto previamente elaborado, seja de uma 
edificação ou de uma obra de arte, que são obras de maior porte destinadas a infraestrutura 
como pontes, viadutos ou túneis. É a execução de todas as etapas do projeto da fundação ao acabamento, 
consistindo em construir o que consta em projeto, respeitando as técnicas construtivas e as normas técnicas 
vigentes. 
No Brasil, o termo reforma é o mais utilizado quando se trata de fazer alguma ampliação, inovação, ou restauração, 
ou apenas uma pintura, ou a troca de um piso cerâmico de um imóvel, seja comercial, industrial ou residencial. Os 
termos construção e obra também são utilizados. 
Construção civil é o termo que engloba a confecção de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações 
de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas, onde participam engenheiros civis e arquitetura em 
colaboração com técnicos de outras disciplinas. 
 
Um prédio com andaimes na fachada. 
 
 
Edifício em construção na cidade de São Paulo. 
 
Os termos construção civil e engenharia civil são originados de uma época em que só existiam apenas duas 
classificações para a engenharia sendo elas civil e militar, cujo conhecimento, por exemplo de engenharia militar, era 
destinada apenas aos militares e a engenharia civil destinada aos demais cidadãos. Com o tempo, a engenharia civil, 
que englobava todas as áreas, foi se dividindo e hoje conhecemos vários divisões, como por exemplo a engenharia 
elétrica, mecânica, química, naval, etc. Exemplos como engenharia naval, dão origem à construção naval, mas 
ambas eram agrupadas apenas na grande área da civil. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3 
 
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta as normas e o Conselho Regional de 
Engenharia e Agronomia (CREA) fiscaliza o exercício da profissão e a responsabilidade civil. Toda a obra de 
construção civil deve ser previamente aprovada pelos órgãos municipais competentes, e sua execução 
acompanhada por engenheiros ou arquitetos registrados no CREA. 
 
Obras de ampliação da Estrada de Ferro Carajás. Brasil. 
Em Portugal os técnicos responsáveis pelos projectos de construção civil (excetuando o caso dos projectos de 
edifícios de pequena dimensão, os quais podem ter como responsáveis técnicos habilitados com o antigo curso de 
Construtor Civil e Mestrado, agora designados por Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia) têm que ser 
titulares de um curso superior, bacharelato ou licenciatura e têm que estar, respectivamente, inscritos na Ordem dos 
Engenheiros Técnicos (OET) ou na Ordem dos Engenheiros (OE). Para projectos de grande responsabilidade, o 
bacharelato não é considerado formação suficiente, e a legislação portuguesa exige que o responsável técnico seja 
titular de uma licenciatura em Engenharia Civil. 
Dentre as matérias necessárias para a graduação em Engenharia Civil estão: 
 Resistência de materiais 
 Tecnologia dos materiais de construção 
 Mecânica Newtoniana 
 Mecânica dos Sólidos 
 Mecânica dos Solos 
 Geotecnia 
 Cálculos I, II e III, 
 Técnicas de construção 
entre outras. 
Em termos práticos a Engenharia Civil divide-se em dois grandes ramos principais: 
Obras de construção civil 
 Que engloba basicamente as edificações de moradia, comerciais e de serviços públicos. 
Obras de construção pesada 
 Que engloba as obras de construção de portos, pontes, aeroportos, estradas, hidroelétricas, túneis, etc …, obras 
que em geral só são contratadas por empresas e órgãos públicos. 
Em alguns casos, as edificações tem tal vulto e complexidade que são classificadas como obras pesadas, estando 
tipicamente enquadradas neste caso as edificações industriais. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4 
 
Essa classificação em dois ramos, embora não exista nenhuma diferenciação na formação dos engenheiros nas 
universidades, é em geral aceita e bem compreendida por todos os engenheiros no Brasil. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 5 
 
1.1 Planialtimetria 
 
É a junção da palavra plani + altimetria 
Plani- Mapa que representa toda superfície terrestre em um plano retangular. 
Altimetria - é a operação que mede as altitudes de pontos em um terreno. 
 
A Planialtimetria representa as informações planimétricas e altimétricas em uma única planta, carta ou mapa. 
 
A planta planialtimétrica é fornece o maior número possível de informações da superfície representada para efeitos 
de estudo, planejamento e viabilização de projetos. 
 
A planimetria permite representar os acidentes geográficos (naturais ou artificiais) do terreno em função de suas 
coordenadas planas (x, y). 
 
A altimetria, por sua vez, fornece um elemento a mais, que é a coordenada (z) de pontos isolados do terreno (pontos 
cotados) ou de planos horizontais de interseção com o terreno (curvas de nível). 
O levantamento planialtimétrico é um documento que descreve o terreno com exatidão e nele são anotadas as 
medidas planas, ângulos e diferenças de nível (inclinação). 
Levantamento Planialtimétrico O levantamento planialtimétrico de uma determinada área visa obter com precisão, 
usando-se métodos e instrumentos adequados, os elementos que permitam a elaboração das plantas topográficas 
com um número suficiente de coordenadas de pontos da superfície do terreno. 
 
Sempre partindo de uma origem pré-definida e algumas vezes com auxílio de equipamentos como o GNSS (Global 
Navigation Satellite Systems), os levantamentosplanialtimétricos são executados com equipamento topográfico de 
extrema precisão como a Estação Total. 
Os Levantamentos Planialtimétricos são realizados de acordo às especificações do contratante que conforme sua 
necessidade definirá a escala final do produto. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6 
 
1.2 Infraestrutura territorial 
Propõe-se aqui o desenvolvimento de uma engenharia que teria por objeto a concepção, a implantação, a operação 
e a avaliação, em um determinado território (território programático), de programas compostos de uma forma 
conseqüente de subprojetos, públicos e privados de infra-estruturas, plantas produtivas e projetos integrativos, com 
o objetivo de produzir uma determinada meta de desenvolvimento econômico. Basicamente, o programa conteria 
planos e projetos com respeito a: 
– configuração geral do território, 
– acessibilidade e mobilidade nesse território, 
– outras infra-estruturas (notadamente, energia, água, saneamento, comunicações, defesa civil, entre outras), 
– uma série de negócios comerciais ligados à implantação e à exploração das infra- estruturas (terminais, 
estações, serviços diversos, etc.) e aos seus benefícios diretos (indústrias fornecedoras ou imediatamente 
usuárias das obras e dos serviços de infra- estrutura) e 
– uma série de políticas integrativas que catalisem o processo de crescimento, versando sobre políticas de 
incentivo ao empreendedorismo, à educação e capacitação, saúde,habitação, cultura, esporte e lazer, 
segurança, promoção social e gestão ambiental 
O que se objetiva, por meio da integração de todas essas ações, é um resultado sinergético em termos de 
crescimento da renda que seja suficiente para financiar o conjunto em médio prazo. A construção e a avaliação do 
projeto conjugado, denominado de programa territorial, exige um procedimento complexo rigoroso, e para tal fim foi 
lançado mão da metodologia de Engenharia (daí o nome de Engenharia Territorial selecionado para essa estratégia). 
A elaboração desse projeto se complementa com a efetivação das seguintes atividades: 
a) A Engenharia Financeira, que possui os braços de análise de bancabilidade, análise de sustentabilidade 
fiscal (para os investimentos públicos) e o modelo de mobilização econômica-financeira, como se irá discutir 
adiante (Seção 4); a 
b) Gestão do Projeto, que assegure efetivamente a condução eficiente do complexo de projetos; a 
c) Gestão Política, que assegure a construção do consenso mínimo para a concepção e execução dos projetos 
acordados; a 
d) Gestão Jurídica, que consagra o consenso e as obrigações e direitos das partes sobretudo a partir de uma 
rede de contratos eficazmente concebidos, gerenciados e arbitrados; e, por fim, a 
e) Gestão de Conhecimento, que desenvolve, reúne e distribui de forma sistemática e eficiente as informações 
e os conhecimentos necessários para a concepção e execução dos elementos anteriormente listados. 
Cabe estabelecer relações entre o termo de “Engenharia Territorial” e os de “planejamento” ou ordenamento 
territorial, que são bem vizinhos, na medida em que estes visam igualmente definir diretrizes e ações em um 
território com vistas a alcance de objetivos, entre os quais também o crescimento econômico. Por princípio, a 
Engenharia Territorial se submete à visão, aos objetivos, às metas e às diretrizes do Planejamento e do 
Ordenamento Territorial. Entretanto, a Engenharia Territorial foca mais especificamente o crescimento econômico, 
utilizando-o como alavanca para o financiamento das intervenções definidas em um projeto. Ela se propõe, na 
verdade, como um instrumento que visa melhorar o desempenho econômico do planejamento territorial e de seus 
projetos componentes, otimizando os efeitos de crescimento econômico e seu processo de financiamento. Portanto, 
essa Engenharia visa embutir no Planejamento/Ordenamento Territorial um “motor de crescimento”. 
Por último, há de se qualificar o termo crescimento econômico. Como estabelecido, o projeto de Engenharia 
Territorial se compromete a produzir um resultado necessário nesse sentido. De início há de se reportar à 
diferenciação entre os termos crescimento e desenvolvimento econômicos. Enquanto que o primeiro pode se dar 
apenas quantitativamente, o segundo está geralmente relacionado a mudanças estruturais no processo econômico 
(Furtado 1977). Contudo, um processo intenso e prolongado de crescimento dificilmente pode se dar sem essas 
mudanças, pelo que ele implica quase que forçosamente em algum tipo de desenvolvimento, independente de sua 
avaliação política e moral (ibid.). 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 7 
 
Evidentemente, existem diversas estratégias de desenvolvimento, com traços históricos, sociais e políticos 
diferenciados. Sabidamente, a história do Brasil é repleta de ondas de desenvolvimento que pouco têm contribuído 
para transformá-lo em uma sociedade mais justa (ibid.). Algumas dessas ondas têm sido também instáveis e 
precárias, a fase de crescimento redundando pouco depois de sua decolagem em uma recessão (p. ex, o ciclo 
amazônico da borracha). Por isso, a estratégia que se vislumbra com a aplicação de Engenharia Territorial haverá 
de apresentar uma qualidade desejada por seus promotores e politicamente consensuada entre os agentes 
relevantes, especialmente no que diz respeito à sua estabilidade e às suas metas sociais e de preservação 
ambiental. 
A natureza de engenharia do projeto de Engenharia Territorial é o objeto da presente seção. Esse tratamento direto 
de Engenharia constitui, portanto, o cerne da inovação aqui pretendida. Como ato de Engenharia, a Engenharia 
Territorial parte de um problema prático concreto a ser resolvido, que foi acima exposto e é novamente precisado 
abaixo, para qual busca, desenvolve e implementa uma solução. 
O problema: quando da introdução ao presente documento, alegou-se primeiramente a importância das infra-
estruturas para o crescimento e desenvolvimento econômico, mas se aportaram logo as limitações das abordagens 
existentes para o seu financiamento (público e privado). Isso posto, propõe-se, além dessas abordagens tradicionais, 
a estratégia da capitalização do crescimento econômico, onde a respectiva captura fiscal cobriria, em um fluxo de 
caixa controlado, os empenhos fiscais. 
Essa explanação produziu uma curiosa mudança no foco do problema: enquanto que na colocação inicial, o 
crescimento é declarado como objetivo da infra-estrutura e o financiamento desta, como problema de partida, na 
introdução da noção de capitalização do crescimento, a qual pressupõe que é o crescimento que irá financiar a infra-
estrutura, este é visto como estratégia de solução, e não apenas como objetivo final. Aparentemente, cria-se aqui 
uma dicotomia do tipo ovo-galinha: a infra-estrutura é um instrumento para o crescimento, mas o crescimento é um 
instrumento para o financiamento da primeira. 
Tal dicotomia aponta, então, para a necessária ampliação do problema de Engenharia, que emerge da tríade de 
questões infra-estrutura – financiamento – crescimento econômico. Em um primeiro momento, poderíamos afirmar 
como síntese, que a Engenharia Territorial haveria por finalidade tornar mais eficiente o funcionamento conjugado 
desses três elementos: ela partiria de um projeto contendo ações e objetos, particularmente de infra-estruturas; após 
sua concepção trataria de implementá-lo, em especial financiá-lo; subsequentemente, produzir-se-ia o crescimento 
econômico, que viabilizaria o financiamento; entretanto, a sua previsão também instruiria, retroativamente, o 
desenho do projeto. Todavia, o crescimento econômico permanece como problema original, e é a esse que a 
Engenharia Territorial tem de se reportar, e a forma como ela otimiza a articulação entre projeto, financiamento e o 
crescimento há de se considerar como estratégia de solução para a questão primeira. 
 
Enquanto disciplina, a Engenharia Territorial tem uma característica eminentemente multidisciplinar, dado que além 
da especificação de projetos de infra-estrutura, ela vai versar sobre planejamento e ordenamento territorial, 
planejamento dos transportes, políticas públicas diversas, desenvolvimento econômico, análise financeira, 
processos políticos, gestão de projetos e análise jurídica, só para citar alguns dos campos envolvidos. Seu objeto é 
a concepção e a gestão dos projetos territoriais acima definidos e sua avaliação quanto ao desempenho financeiro 
e de contribuição para o crescimento econômico. Embora intimamente relacionado com o planejamento territorial e 
com as estratégias de financiamento de infra- estruturas mediante captura de valor (nos moldes de, p.ex., Transit 
Oriented Development), a Engenharia Territorial visa aprofundar o estudo do desenvolvimento do projeto e sua 
relação mais específica com o crescimento e a análise financeira, elaborando para tal fim modelagens apropriadas. 
Como instrumentos ela se serve de modelos matemáticos, técnicas de projeto, tecnologia das infra-estruturas, 
técnicas de gestão de projeto, análise de atores e advocacy, análises jurídicas e desenho contratual, entre outras 
ferramentas. 
No que tange o desenho de programas territoriais, atual prioridade de pesquisa, a metodologia de Engenharia 
desenvolvida com lastro em literatura selecionada (Krick 1978, Dym 1994, Ertas e Jones 1993,Pahl et al. 2005, 
Mitcham 1994) prevê sua construção ao longo das seguintes fases (ver Fig.1): 
a) definição e consolidação do problema a tratar pelo programa: A Engenharia Territorial foi inicialmente 
desenvolvida para viabilizar projetos ambiciosos de infra-estrutura mediante a sua inserção em um programa 
territorial mais amplo e que aportasse o crescimento da renda. Em recentes desenvolvimentos (a publicar 
proximamente), concluiu-se que a Engenharia Territorial pode ter outros problemas de partida, como a agregação 
de valor e dinamização de todo um complexo de negócios e de uma economia regional, na medida em que financia 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8 
 
não apenas esses negócios mas também as infra-estruturas agregadoras de valor. Portanto, é em função dessa 
definição que os projetos constituintes serão considerados e selecionados, e a construção do programa será 
procedida. De qualquer forma, a construção do problema deriva-se de uma visão inicial sobre o desenvolvimento de 
uma área geral, construção essa que deverá se lastrear em técnicas rigorosas de formulação de problemas. 
 
b) delimitação do território do programa: Essa delimitação poderá já estar previamente definida em virtude de planos 
e estudos preliminares e decisões institucionais, ou terá ainda ser estabelecida a partir de uma metodologia 
apropriada, especialmente em virtude do problema definido. Em princípio, ela deverá obedecer a critérios de 
regionalização funcional (Rivas et al. 2007) e ser construída a partir de pólos de crescimento (cidades) e de seu raios 
de influência; ou de um mapeamento dos fluxos relevantes de interação (p.ex. de determinadas cargas ou de 
passageiros); ou ainda levar em consideração os limites técnicos da análise espacial dos programas em função de 
sua complexidade crescente na medida em que o território abranja áreas maiores. Critérios secundários para a 
delimitação poderão ser características de homogeneidade econômica (tecido industrial, acessibilidade), ou natural 
(biomas, topografia). Em alguns casos, um projeto estruturante já definido ou um conjunto de projetos e sua 
respectiva área de influência poderão determinar os limites do território do projeto. 
 
 
c) consolidação de uma lista de requisitos do programa: Esses se decompõem em requisitos externos (impostos 
pelas diretrizes e metas do planejamento de ordem superior, pelos clientes, pela legislação, e por outros fatores 
ambientais e sociais incontornáveis) e internos (que derivam na própria natureza e das partes constituintes do 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9 
 
programa, tais como o crescimento econômico, os aspectos técnicos envolvidos das infra-estruturas e das atividades 
produtivas e das políticas integrativas). 
d) estruturação analítica da solução: Passa-se, então à construção de ferramentas analíticas para a compreensão 
dos fluxos entre as atividades e respectivas relações e a elaboração e análise de soluções. De uma maneira geral, 
um programa territorial se compreende como um grande momento e instrumento de articulação social e econômica, 
pelo que uma forma direta de analisar a estrutura das ações é a sua descrição como uma rede de cadeias produtivas 
entrelaçadas. Assim sendo, o conjunto de projetos de infra-estruturas, de plantas produtivas, de espaços de 
urbanização e ações públicas integradoras deve ser compreendido e inserido no enorme grafo de fluxo de atividades, 
que será a base das ferramentas analíticas a construir. Essa construção, complexa, exige a análise de cada elo das 
diversas cadeias, determinando os seus insumos (recursos humanos, materiais, financeiros), suas orientações 
(demandas, normas e orientações, em especial os indicadores desenvolvidos na fase do estabelecimento dos 
requisitos) e os produtos resultantes. 
e) construção e análise da solução: Uma vez montada e testada a ferramenta, trata-se de utilizá-la para alocar nas 
cadeias e no espaço os elementos atualmente presentes na área de influência, ou seja, as infra-estruturas, os 
espaços urbanizados, as plantas produtivas das cadeias selecionadas e as ações públicas relevantes para o 
programa. Inicialmente, há de se partir da analise da estrutura espacial já existente no território, portanto do tecido 
produtivo, das atividades dinâmicas, das aglomerações produtivas e de ações (clusters) e dos pólos e eixos de 
desenvolvimento identificáveis, e da respectiva área funcional ou de influência. Há de se analisar, igualmente, como 
estão estruturadas as cadeias produtivas, qual o respectivo grau de completude no território (ou seja, quais elos 
estão presentes no território, quais insumos, produtos e serviços provêm ou se processam fora do território). 
Subseqüentemente, analisam-se os processos logísticos, a eficiência no fornecimento dos insumos e na venda dos 
produtos-chave, assim como os gargalos produtivos e logísticos resultantes que afetam as atividades inseridas nas 
cadeias selecionadas, confrontando-se os resultados com os parâmetros de desempenho listado na fase da 
elaboração dos requisitos. Ressalte-se que tal análise não se deve ater à situação presente: simulações de seu 
desenvolvimento para diferentes horizontes têm de ser realizadas, nessa etapa. Aspectos ambientais, sociais, 
econômicos e financeiros há de ser igualmente considerados. Um aspecto especial na análise dos processos 
logísticos é o estudo dos seus efeitos na consolidação do tecido produtivo. Há de se verificar, nesse âmbito, em que 
medida os elementos da rede de infra-estrutura afetam os custos e a rentabilidade das cadeias produtivas de forma 
significativa Construído esse cenário de partida (portanto, sem elementos novos), repetem-se os procedimentos já 
incluindo a) os projetos já estabelecidos nos procedimentos de planejamento e de decisão públicos e nas decisões 
privadas, para as infra-estruturas, b) os decorrentes espaços de urbanização, c) as plantas produtivas e d) as ações 
públicas. 
Obtém-se assim um cenário futuro a partir dos projetos já estabelecidos. Para a etapa seguinte, a lista de projetos 
seria complementada mediante técnicas de projeção e participativa, buscando-se projetos suplementares que 
agreguem crescimento econômico e sobretudo se insiram em um projeto paisagístico-ambiental para a área de 
influência. Esse quadro suplementar será submetido a uma análise semelhante à prevista para os cenários anteriores 
(cenário de partida e o cenário com os projetos já estabelecidos externamente). Uma vez testados os cenários, há 
de se detalhar, em um processo participativo, o cenário desejado final (minuta do Programa), e submetê-lo a uma 
discussão ampla (instrumentos para tal fim poderiam ser a edição de livro branco ou verde, a realização de 
audiências públicas, entre outros). Eventuais adaptações seriam submetidas aos processos de análise descritos 
para os cenários anteriores. 
Até esse ponto, obter-se-á, portanto, um programa territorial preliminar. Passada essa fase, trata-se de detalhar a 
solução e seu processo de implementação, o que significa definir a Engenharia Financeira, o processo de gestão do 
projeto, do encaminhamento político, o desenho de eventuais reformas legais, dos contratos e dos procedimentos 
de arbitragem dos mesmos; assim como da gestão da informação e das respectivas ferramentas. Aspectos especiais 
nesse contexto seriam o monitoramento e a gestão dos riscos, assim como a capacitação dos atores. Conforme 
proposto em Aragão 2008, a construção da Engenharia Financeira se comporia em três fases: primeiramente, seriam 
selecionados os projetos financeiramente auto-sustentáveis, cuja Engenharia Financeira adotaria a estrutura de um 
project finance. Esses projetos poderão, para garantir a bancabilidade, se beneficiar de um aporte público. Em 
seguida, há de se testar em que medida os aportes públicos, tanto para projetos bancáveis quantopara os projetos 
puramente públicos (incluindo as políticas integrativas) são fiscalmente sustentáveis a partir dos retornos fiscais 
imediatos ou previsíveis em função da agregação de valor. Em uma terceira etapa, caso a sustentabilidade ainda 
não seja garantida, projetos adicionais deverão propelir adicionalmente o crescimento econômico, de forma que a 
respectiva captura fiscal possa garantir a sustentabilidade fiscal. A Figura 1 apresenta o fluxograma genérico da 
construção de um programa territorial, adicionando, ainda, a fase da Engenharia Financeira. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 10 
 
1.3 Sistemas, métodos e processos de construção civil 
A construção civil, assim como a maioria das indústrias, evoluiu bastante ao longo do tempo e hoje existem muitas 
técnicas construtivas que utilizam tecnologia de ponta aliada a uma boa gestão de recursos. Porém, ainda nos dias 
de hoje é possível encontrar muitas obras utilizando processos construtivos defasados, de produção altamente 
artesanal e improvisada. (SANTIAGO,2008) Neste capítulo são descritos alguns dos principais processos 
construtivos utilizados atualmente nas diferentes etapas de uma obra tradicional de edificação, bem como os 
problemas inerentes a esses processos. 
A locação da obra faz parte dos serviços preliminares de uma obra e é o primeiro processo executivo importante de 
uma edificação. Seu objetivo é a correta transferência do projeto em papel para o terreno. As principais técnicas 
utilizadas são a locação por gabarito ou cavalete, sendo esta última recomendada apenas para obras de menor porte 
como: garagens, barracões, ampliações ou obras com poucos elementos a serem locados. Esses processos 
costumam ter o auxílio de equipamentos topográficos como o teodolito ou estação total para assegurar a precisão na 
locação dos elementos principais. Tais processos são extremamente artesanais, gerando diversos focos de erro. Em 
uma etapa tão importante como esta, um erro na locação poderá resultar em problemas estruturais, diminuição de 
dimensões internas e/ou externas entre outros problemas que fazem a obra ficar mais cara ou em casos extremos 
causa a sua demolição. No processo de locação por gabarito, crava-se no solo cerca de 50cm, pontaletes de pinho 
de (3"x3" ou 3"x4") ou varas de eucalipto a uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura 
construção, que posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes. Nos pontaletes serão pregadas tábuas na 
volta toda da construção (geralmente de 15 ou 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados 
nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com 
letras e algarismos respectivos pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos. Conforme 
ilustrado na figura 1, nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao 
de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção. 
 
 
Após a materialização e garantia de esquadro do gabarito e dos eixos principais, é possível locar os elementos de 
fundação através de trena, medindo as distâncias desses elementos para os eixos de acordo com o projeto de 
locação das fundações. Posicionam-se pregos nas tábuas, após medida a distância para o eixo, indicando a 
nomenclatura de cada elemento de fundação abaixo do prego na própria tábua. Por fim, da mesma forma que os 
eixos principais foram materializados os eixos dos elementos de fundação serão criados através dos pregos 
colocados, pendurando um prumo de centro no encontro das linhas para fincar a estaca referente ao eixo da 
fundação. 
A figura 2 exibe o esquema de locação das estacas através do gabarito. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 11 
 
 
Existem diversos tipos de situações que podem gerar erros nesse processo, a começar por um mal planejamento ou 
a ausência deste. É necessário estudar o projeto de fundação antes de iniciar a locação da mesma, antecipando 
potenciais riscos de retrabalho. Deve-se levar em conta as diferenças de cota dos blocos de fundação na hora de 
escolher o tipo de processo que será executado. Muitas vezes acaba-se por trocar para o processo de cavalete no 
meio da locação por causa do maior alcance dos níveis dos blocos que este confere. Em alguns casos acabam 
sendo usados equipamentos de topografia na locação de grande parte ou toda a fundação, quando o gabarito e o 
cavalete não conseguem alcançar toda a área e todos os níveis a serem locados Além disso, muitas vezes há a 
necessidade de um acesso para escavadeiras e equipamentos em geral durante a locação, o que acaba não sendo 
previsto e ocorre o retrabalho para a criação deste acesso, que foi impedido pelo gabarito. 
Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se 
possa transferir para a edificações pontos de referência definitivos. Este processo é praticamente todo manual, por 
isso a produtividade e a qualidade final da locação acabam se tornando altamente dependente da capacidade de 
interpretação de medidas por parte do ser humano, o que acaba gerando repetidos problemas como fundações 
localizadas de forma imprecisa, gabarito fora de esquadro e nível, linhas de eixo não perpendiculares entre si, entre 
outros. O treinamento da mão-de-obra quanto ao processo como um todo, bem como a interpretação das 
ferramentas de medida é obrigatório e imprescindível, pois como já foi esclarecido, a locação errada de elementos 
estruturais podem comprometer a viabilidade da obra. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 12 
 
Fôrmas para concreto armado 
As fôrmas são as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a dar forma e suporte aos elementos de 
concreto até a sua solidificação. Além da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido difundido, 
ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos de madeira com peças metálicas, plásticos, 
papelão e pré-moldados (UEPG,2014). Em geral as fôrmas são classificadas de acordo com o material e pela 
maneira com que são utilizadas, levando em conta o tipo de obra. Na tabela 1 são mostradas as possibilidades de 
uso das fôrmas. 
 
A execução das fôrmas começa basicamente com a transferência dos eixos principais e do nível para a correta 
locação dos pilares. Os pilares são locados através da fixação dos gastalhos na laje e então os painéis de fôrmas 
com tamanhos pré-definidos pelo projeto de fôrma serão encaixados formando o corpo do pilar. A armadura do pilar é 
colocada juntamente com os espaçadores que irão garantir o cobrimento e a dimensão correta do pilar. O último 
painel é fechado e as formas são então alinhadas, niveladas e travadas. 
A figura 3 ilustra o esquema de forma de pilar de madeira: 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 13 
 
As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas pilares, vigas e 
lajes para serem concretadas ao mesmo tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares 
com apoios intermediários em garfos ou escoras. 
Em geral, os painéis de fundo de viga são colocados primeiro, apoiando-se sobre a cabeça do pilar ou sobre a borda 
da fôrma do mesmo. Como já dito, os painéis de fundo de viga serão então apoiados sobre garfos ou escoras e 
nivelados para a posterior fixação dos painéis laterais. Após essa etapa, a armadura das vigas é posicionada e a 
forma é travada e alinhada. 
A figura 4 mostra o esquema de forma de viga: 
 
Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do tipo de laje que vai ser executada e 
geralmente fazem parte do conjunto de atividades da execução das fôrmas de vigas e pilares.A exceção de lajes 
pré-moldadas que são lançadas a posteriori da concretagem das vigas é usual, nos demais casos, (pré-fabricadas, 
moldadas in loco, celulares etc.) providenciar a execução dos moldes em conjunto com as vigas, para serem 
solidarizadas na concretagem. Para a fôrma da laje deve-se posicionar primeiramente o escoramento e em seguida 
lançar o assoalho, verificando o seu nivelamento e travando nas vigas e na periferia, locando e fixando em seguida 
as caixas de passagem. 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 14 
 
A figura 5 apresenta um esquema de forma de laje : 
 
Antigamente a montagem das formas ficava a cargo da experiência dos mestres e encarregados de obra, que 
solicitavam o material e sabiam aonde fazer o escoramento e como fazer uma montagem segura das formas apenas 
pelo tempo de prática. 
Atualmente existe um projeto de forma e escoramento contendo todas as especificações de materiais a serem 
utilizados bem como o modo de montagem das fôrmas, com o objetivo de organizar o espaço de trabalho e a 
logística de entrega e armazenamento de material. Os projetos também têm a finalidade óbvia de otimizar a 
produtividade da execução bem como a qualidade final da fôrma que receberá o concreto. 
Na prática, assim como antigamente, ocorrem diversos problemas no processo construtivo das fôrmas. Peças com 
dimensionamento errado devido a interpretação equivocada do projeto resultando em peças com fissuras, formas 
desalinhadas devido a problemas de corte dos painéis de madeira, falta de peças de travamento causando abertura 
das formas e consequente desperdício de concreto na hora do lançamento são alguns dos problemas intrínsecos a 
execução de formas. 
O fato de operários ainda hoje serrarem peças de madeira para conseguir “encaixalas” na estrutura da forma e 
ocorrer abertura de fôrmas por falta de pregos ou travamento mostra o quão artesanal e improvisado ainda é o 
processo construtivo que é utilizado em grande parte das obras de edificação no Brasil. 
O Brasil tem um alto conhecimento a respeito das estruturas de concreto armado e faz uso constante deste tipo de 
sistema construtivo em obras de edificações. Existem hoje edifícios construídos com peças de concreto armado pré-
fabricadas, onde existe um alto grau de industrialização no processo, conferindo maior produtividade e qualidade ao 
produto final. O que chama atenção é a utilização ainda intensiva de estruturas de concreto armado moldadas in loco, 
pois trata-se de um sistema que traz alto desperdício de forma, armação e concreto, baixa produtividade e grandes 
problemas de logística de estocagem e transporte de material. 
Na visão moderna da industrialização dos processos, esse tipo de sistema acaba se tornando ultrapassado e 
estruturas como as metálicas ou as de concreto pré-fabricadas acabam ganhando força mundo afora. Esses tipos de 
estrutura conferem maior agilidade a todo o processo de produção, com menores índices de desperdício e garantem 
uma qualidade superior ao produto. O Brasil acaba esbarrando em uma barreira cultural, onde existe uma resistência 
a mudanças e novas tecnologias, além de possuir pouca estrutura para formar profissionais qualificados e em 
quantidade suficiente para suprir a demanda cada vez mais alta de processos industrializados. 
Alvenaria de vedação 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 15 
 
Entende-se por “alvenaria” a associação de um conjunto de unidades (tijolos, blocos, pedras, etc.) e ligante (s) que 
resulta num material que possui propriedades mecânicas intrínsecas capaz de constituir elementos estruturais. Nas 
alvenarias antigas, as unidades de alvenaria eram, vulgarmente, a pedra ou o tijolo cerâmico, eventualmente 
reforçadas com estrutura interna de madeira (VALLE,2008). 
A alvenaria pode ter função estrutural ou apenas de vedação, sendo que a primeira não será tratada neste tópico 
pois se restringe a projetos estruturais arquitetônicos específicos e quantidade limitada de andares, além de exibir 
basicamente os mesmos problemas da alvenaria de vedação. 
Tem um papel fundamental no isolamento térmico e acústico dos ambientes, além de conferir estanqueidade. A 
alvenaria também deve apresentar boa resistência mecânica para absorver potenciais impactos e o peso de suportes 
como estantes, armários, etc. O seu desempenho no cumprimento dessas funções está ligado diretamente ao 
processo executivo, quantidade e qualidade do material e da mão-de-obra empregados. 
O processo construtivo da alvenaria de vedação é simples, porém requer alguns cuidados para não serem 
produzidas paredes desniveladas e desalinhadas, fora de esquadro ou sem resistência mecânica. A marcação da 
primeira fiada, como é conhecida a primeira linha de blocos, deve ser feita com cuidado e profissional qualificado pois 
irá determinar o esquadro e as dimensões corretas dos cômodos. Os blocos são alinhados e recebem a argamassa 
para o assentamento, tendo como referência uma linha de nylon presa ao escantilhão, conforme ilustrado na figura 6. 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16 
 
Os blocos das próximas fiadas são empilhados da mesma forma, recebendo argamassa para o assentamento. Para 
ocorrer uma melhor fixação entre a alvenaria e a estrutura, são colocadas telas de aço a cada 2 ou 3 fiadas que são 
presas nos blocos e nos pilares. Por fim, é deixada uma última camada de cerca de 3 centímetros que receberá 
argamassa posteriormente (é necessário carregar 2 pavimentos acima primeiro para não ocorrem trincas na 
alvenaria), etapa denominada de aperto da alvenaria. Onde haverá uma abertura para a fixação das esquadrias, são 
colocadas as vergas e contravergas, blocos compridos de concreto que tem a finalidade de distribuir e absorver as 
tensões criadas pela abertura, conforme ilustrado na figura 7. 
 
O processo construtivo da alvenaria de vedação é um dos processos onde ocorre maior desperdício de recursos. A 
produtividade e qualidade deste processo está intimamente ligada a logística de armazenamento e transporte de 
materiais e a racionalização desse processo tem sido um dos focos de investimento do setor da construção civil nos 
últimos anos. 
Além disso, a capacitação de profissionais se tornou um diferencial para as empresas que prestam esse serviço, uma 
vez que o processo construtivo em si é completamente manual. Outro ponto importante é o fato de que a alvenaria 
depende de outros serviços como instalações elétricas e hidráulicas e a própria estrutura. 
A logística do canteiro de obras deve ser muito bem estudada pois são diversos materiais que chegam e saem e 
devem ser armazenados em locais de fácil acesso para o posterior transporte e execução do serviço. Seguindo na 
mesma linha, a produção da alvenaria esbarra muitas vezes na falta de material para produção da argamassa ou até 
mesmo blocos no local do serviço. Esse tipo de problema é causado por falha na logística, onde o material pode não 
ter sido entregue, está em local de difícil acesso ou não pode ser transportado por falta de equipamentos no 
momento. 
O armazenamento e transportes incorreto pode causar a quebra de blocos, outro grande problema desse processo 
construtivo. A busca por soluções econômicas faz com que muitas empresas comprem material de qualidade inferior, 
o que também acaba causando desperdício como quebra de blocos e excesso de argamassa. 
Contudo, existem outros motivos para o desperdício de material e mão-de-obra e isso passa diretamente pelo 
controle da produção. Muitas empresas resolvem economizar na parte de gestão do processo e soluções como a 
utilização de projetos de arquitetura ao invés de projetos próprios de alvenaria para realizar o serviço ainda são 
encontradas no mercado. Informações importantes contidas em um projeto de alvenaria como a modulação dos 
blocos, espessurada argamassa, quantidade de telas, espessura do aperto e blocos com entradas para instalações 
acabam não sendo fornecidas, gerando improvisos com quebra de blocos para “encaixa-los” nas paredes de 
alvenaria ou instalação de caixas de luz e espessuras excessivas de argamassa, além de quantidade excessiva de 
telas. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 17 
 
Junto a isso, existem muitas empresas que não tem encarregados qualificados para fazer uma boa gestão da equipe 
e da quantidade de material utilizado, sem falar da falta de pedreiros e ajudantes de qualidade no mercado. O 
resultado se reflete no já citado alto índice de desperdício de material e baixa produtividade e qualidade do serviço. 
Outro problema com a falta de mão-de-obra qualificada é o retrabalho gerado pela péssima qualidade do serviço 
executado em muitas obras. Esse desperdício é visto na figura 8, onde a alvenaria é quebrada para a fixação das 
caixas e eletrodutos. 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 18 
 
Instalações hidráulicas 
As instalações hidráulicas segundo MIGOTT et al (2014), dizem respeito as instalações de dutos condutores de 
fluídos, o tipo de instalação varia dependendo do fluído e de sua finalidade. Os casos mais comuns e erroneamente 
considerados como sendo os únicos tipos de instalações hidráulicas são: o abastecimento de água e o sistema de 
esgoto, mas a variedade é muito maior, existem ainda o sistema de prevenção de incêndio, o recolhimento de águas 
pluviais e a distribuição de gás. 
Esse processo construtivo sofre uma grande interferência de outros subsistemas como a alvenaria, instalações 
elétricas, ar-condicionado e até a própria estrutura. Além disso, existem problemas referentes ao uso incorreto pós-
ocupação e problemas inerentes ao material utilizado. As falhas de execução das instalações são o outro gerador de 
problemas e podem causar sérios atrasos na obra, com um alto grau de retrabalho e mudanças no projeto já com a 
execução em andamento. 
O processo construtivo envolve muitos cuidados a respeito da conexão entre a tubulação, a fixação desta a estrutura 
bem como a disposição em relação aos outros elementos como instalações elétricas, alvenaria e ar-condicionado. A 
fixação provisória das prumadas é feita muitas vezes com o auxílio de arame, que quando não é retirado após a 
fixação definitiva, sofre corrosão ao longo do tempo e danifica a tubulação. A fixação em alturas diferentes das 
previstas em projeto também são uma grande fonte de retrabalho e influenciam na produtividade do processo. Outro 
grande problema é a colagem incorreta ou incompleta das conexões causando vazamentos nos testes de pressão e 
até mesmo após a ocupação do proprietário, gerando infiltrações e consequentemente grandes prejuízos materiais, 
conforme ilustrado na figura 9. 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 19 
 
Instalações elétricas 
Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e componentes elétricos essenciais ao funcionamento 
de um circuito ou sistema elétrico. As instalações elétricas são projetadas de acordo com normas e regulamentações 
definidas, principalmente, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT. A legislação pertinente visa a 
observâncias de determinados aspectos, bem como, Segurança, Eficiência e Qualidade Energética, etc 
(FERREIRA,2010). 
A maior complexidade do projeto comparado a outros subsistemas, bem como os riscos inerentes a esse processo, 
fazem com que as instalações elétricas exijam profissionais com boa qualificação técnica. Porém, a falta de mão-de-
obra especializada na construção civil faz com que muitas empresas disponham apenas da experiência prática de 
seus funcionários na execução deste serviço. 
O processo construtivo das instalações elétricas se faz presente em diferentes etapas da obra e a falta de 
fiscalização ao longo do processo pode causar diversos transtornos para a construtora. 
Na primeira etapa, onde são colocadas as tubulações secas antes da concretagem, deve-se ter cuidado para não 
danificar o material antes da concretagem, o que pode acarretar na obstrução da tubulação. Na segunda etapa, a 
passagem na alvenaria é um dos maiores focos de desperdício de material e retrabalho. O rasgo muitas vezes não é 
feito de forma correta (talhadeira a cerca de 45º ou serra circular) e danifica uma região da alvenaria muito maior que 
a prevista inicialmente. As caixas muitas vezes não são posicionadas no local correto, gerando retrabalho. Após o 
revestimento e antes da pintura ocorre a enfiação dos cabos que devem ter o caminho através dos eletrodutos 
desobstruído e devem ser lubrificados para a passagem correta, o que muitas vezes não ocorre ocasionando na 
perda de produtividade desta etapa. Após a pintura, a fixação de tomadas, interruptores e espelhos deve ser feita de 
forma a não danificar os cabos. 
Esquadrias 
 As esquadrias são os elementos de fechamentos de vãos nas edificações, fornecendo segurança e permitindo a 
circulação de pessoas, iluminação e ventilação (QUALHARINI,2014). 
Os problemas no processo construtivo de esquadrias começam ainda na fase de produção do material, que deve ter 
uma fiscalização adequada pois se as peças não forem suficientemente precisas podem acarretar problemas de 
infiltração de água. O armazenamento na obra muitas vezes não é feito de forma correta, causando danos ao 
material. É recomendável não empilhar o material, manter fora de contato com o chão e materiais como a madeira, 
que ainda vão receber algum tipo de tratamento, devem ser estocados longe de qualquer agente agressor. 
Em relação ao processo de execução, ocorrem muitos erros de alinhamento e nivelamento do contramarco por 
fixação insuficiente antes do chumbamento e erros de leitura de nível e régua, o que acaba causando retrabalho e 
perdas na produtividade. A consequência de uma execução incorreta desta etapa é uma fachada com janelas tortas 
ou desalinhadas e espessura de revestimentos internos e externos não compatíveis com a da esquadria. 
Uma das funções primordiais das esquadrias é a estanqueidade ao ar e a água. Problemas desta natureza 
costumam ocorrer nas junções entre esquadria e contramarco, peitoril e contramarco ou esquadria e vidro. Nesses 
locais, o material selante deve ser de qualidade e a aplicação feita em todas as regiões tradicionalmente 
problemáticas. A falha nessa etapa do processo pode causar problemas sérios de infiltração ou ruídos devido ao 
vento (LAVERDE,2007). 
Existem esquadrias de materiais que não precisam de um tratamento contra agentes biológicos (como o PVC). 
Entretanto, materiais como alumínio e a madeira devem receber algum tipo de tratamento e se este não for bem feito 
causará a degradação prematura do material e consequente prejuízo ao proprietário. 
 
A figura 10 apresenta uma comparação entre uma esquadria de madeira com tratamento e sem tratamento após 5 
anos de utilização: 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 20 
 
 
Revestimentos 
Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre 
superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas. Nas 
edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos: revestimento de paredes, revestimento de pisos e 
revestimento de tetos ou forro (ZULIAN et al.,2002). Este tópico tratará sobre o revestimento de paredes. O 
revestimento de paredes tem por finalidade nivelar e regularizar toda a superfície após o término da alvenaria. Além 
disso exerce um papel importante na isolação térmica e acústica e na resistência mecânica da parede. Nos 
revestimentos argamassados, a composição da argamassa deve ser precisa e sua preparação deve ser feita por um 
profissional qualificado,pois diversos problemas como fissuras, descolamento do revestimento e manchas na 
superfície da parede podem ser consequência de um preparo incorreto da argamassa. Na figura 11, é possível 
enxergar fissuras em um revestimento argamassado, causadas por alta retração. 
 
A execução de revestimento argamassado é um processo que apresenta muito desperdício de material e problemas 
de fixação a superfície, que acabam por influenciar na produtividade deste serviço. Para evitar esse tipo de problema, 
algumas práticas são importantes dentro do processo construtivo: deve-se molhar e limpar toda a superfície antes da 
aplicação da argamassa para evitar descolamento, aplicar em camadas de espessuras não maiores que 1,5 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 21 
 
centímetros e esperar o total assentamento da argamassa de alvenaria antes do início da aplicação do revestimento 
(ZULIAN et al.,2002). 
Além dos revestimentos argamassados existem os do tipo não-argamassados, que vem a ser a cerâmica, pastilha, 
mármore, entre outros. A execução de assentamento ou fixação são específicos para cada tipo de material. Um dos 
grandes problemas deste tipo de revestimento é o correto armazenamento e transporte do material, pois a cerâmica 
e o mármore, por exemplo, têm um alto custo e não podem ser danificados ou furtados (como ocorre 
frequentemente) durante o processo. Deve existir um controle rigoroso sobre esse tipo de material, que deve 
permanecer em local seguro e somente transportado para o pavimento na hora da aplicação. 
O projeto de paginação é sempre recomendado para a economia de material e otimização da produtividade. As 
juntas entre as peças devem ser feitas com argamassa específica, com espessuras de acordo com o tipo e dimensão 
do material empregado, para absorver as tensões entre as peças e compor de forma homogênea toda a superfície da 
parede. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 22 
 
Edificações 
Verificar pasta Anexos contidas no material. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 23 
 
Terraplanagem 
Terraplenagem ou terraplanagem é uma técnica construtiva que visa aplainar e aterrar um terreno. "Terrapleno", 
literalmente, significa "terra cheia, cheio de terra". Geralmente esta movimentação de solo tem o objetivo de atender 
a um projeto topográfico, como barragens, edifíciosa. 
O termo se aplica geralmente à construção de estradas e planagem de terrenos para edificação (ou construção de 
algo plano, como um estacionamento, um campo de futebol ou um aeroporto). Não me ocorre tradução melhor, 
porém observo que, em inglês, 'earthworks' é um termo mais abrangente, que inclui movimentação de terra para 
construção de plataformas elevadas, diques, canais, fossos, estruturas defensivas etc. Não existiria, em engenharia 
civil, um termo mais apropriado? 
Segundo o dicionário Caldas Aulete, terraplenagem é tornar o local plano adicionando terra e terraplanagem é tornar 
o local plano removendo terra. Tal afirmação é proveniente do termo "Terrapleno" demonstrado anteriormente. 
Entretanto, na engenharia é comum o uso dos dois termos independentemente de se estar adicionando ou 
removendo a terra. 
Estradas 
Anos de investimentos precários em infraestrutura de transporte associados à retomada de crescimento econômico 
têm feito com que, nos últimos anos, não faltem oportunidades de trabalho para engenheiros de estradas. Desde 
1994, quando foram abertas as primeiras concessões no País, esta atividade só cresce. A procura por profissionais 
capacitados é tanta que muitas empresas têm recorrido à contratação de projetos no exterior, especialmente na 
França e em Portugal. 
Para atender a essa demanda e ajudar a suprir as deficiências ainda flagrantes na malha rodoviária brasileira, o 
engenheiro que concebe estradas tende a ser cada vez mais valorizado. Porém, engana-se quem pensa que este 
profissional tem vida fácil. As exigências sobre os projetos têm aumentado gradativamente, incorporando múltiplas 
disciplinas e conceitos que até pouco tempo não eram prioridade, caso da integração com as comunidades 
existentes, da preservação ambiental e da preocupação com o controle de ruídos. 
As estradas deixaram de ser concebidas apenas com o intuito de ligar duas localidades e permitir o máximo fluxo de 
tráfego possível entre elas. Hoje, o projetista tem, sob sua responsabilidade, o desenvolvimento de traçados e 
estruturas que devem ser capazes de garantir a segurança e conforto dos motoristas, sempre com a melhor relação 
custo-benefício e o menor impacto ambiental. A atenção à durabilidade e à necessidade de manutenções são outros 
aspectos a serem incorporados neste trabalho, sobretudo porque interrupções para a realização de serviços sempre 
geram algum impacto aos usuários. 
Caminho certo 
Fazer parte desse mercado requer do profissional flexibilidade, criatividade, disposição para viajar a lugares remotos, 
além de liderança e habilidade para o trabalho em equipe. "Entre os conhecimentos técnicos necessários, fora os 
fundamentos da engenharia obtidos na faculdade, é recomendável o domínio de disciplinas como Topografia, 
Geotecnia, Hidrologia, Terraplenagem, Pavimentação e Obras-de-Arte", revela o engenheiro Piotr Slawinski, 
projetista da Projconsult. 
No contexto atual, torna-se igualmente importante desenvolver boa capacidade de visualização tridimensional, ter 
raciocínio ágil e conseguir aproveitar bem os recursos oferecidos pelos softwares de desenho e de projetos que estão 
em evolução a cada ano. "O projetista também precisa ter profundo conhecimento sobre as normas de projeto de 
estradas, que variam em cada órgão público, e se interessar pela busca de aprimoramento constante", destaca o 
engenheiro João Vicente H. G. K. Wanka, projetista da Engevix. 
Wanka conta que, há dez anos, após iniciar sua carreira como estagiário em projetos de drenagem, decidiu 
complementar sua formação estudando a fundo as normas e os softwares específicos para a concepção de estradas. 
A iniciativa ocorreu em resposta à necessidade da empresa na qual trabalha. 
Até com base em sua experiência pessoal, Wanka afirma ser fundamental ao engenheiro de projetos saber identificar 
as oportunidades que aparecem. "Uma boa rede de relacionamentos é desejável, principalmente para os projetistas 
autônomos", recomenda, ressaltando, ainda, a importância de estar sempre aberto à troca de experiências com 
outros colegas para enriquecimento profissional. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 24 
 
O engenheiro José Alberto Moita, gestor de obras da Engelog, braço de engenharia do Grupo CCR, concorda que o 
sucesso nessa carreira passa, inevitavelmente, pela dedicação e pelo aprendizado constante, sobretudo com o apoio 
de profissionais mais experientes. Mas acrescenta, entre os requisitos importantes aos projetistas de estradas, a 
experiência em campo, complementar à formação acadêmica. 
Isso porque um projeto de estradas completo não é algo que se faça apenas dentro do escritório. Além do 
acompanhamento da execução, assim como ocorre com outros projetos de engenharia, a solução mais adequada na 
concepção de estradas é aquela que leva em consideração uma ampla gama de informações sobre o local de 
implantação. "Sem conhecer o local da obra, fica muito difícil para o projetista propor soluções factíveis, já que o 
papel aceita tudo", afirma Moita, na posição de contratante de projetos de estradas. "Se o projeto prevê o uso de 
pedras, é importante que o projetista confira se há pedreiras na região. Se propõe o uso de bate-estaca, tem que 
ponderar os transtornos às edificações vizinhas", exemplifica o engenheiro da CCR. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 25 
 
Tecnologia dos Materiais de Construção Civil 
Agregados 
 Pode ser definidocomo um material granular, sem forma e volume definidos, de actividade química praticamente 
nula (inerte) e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. 
 2.1 Britas 
 As britas provêm da desagregação das rochas em jazigos e que após passar em peneiras, são classificadas de 
acordo com sua dimensão média, variável de 2,38 a 50,80 mm. 
 
São classificadas em brita número zero, um, dois e três, e são normalmente utilizadas para a confecção de concretos, 
podendo ser obtidas de pedras graníticas e ou calcárias. Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente 
menor preço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Classificação de acordo com a granulometria das britas 
 
Pó de pedra tamanho menor que (areia) 2,38 mm 
Pedra 0 2,38 a 9,50 mm 
Pedra 1 4,76 a 19,10 mm 
Pedra 2 9,5 a 38,10 mm 
Pedra 3 19,1 a 50,80 mm 
 
 
 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 26 
 
2.3 Aplicação. 
 
Para concreto armado a escolha da granulometria baseia-se no facto de que o tamanho da brita não deve exceder 1/3 
da menor dimensão da peça a betonar. As mais utilizadas são as britas número 1 e 2. 
 Este material pode ser utilizado também solto sobre pátios de estacionamento e também como isolante térmico 
em pequenos terraços. 
 
 Cascalho ou pedra-de-mão, são os agregados de maiores dimensões sendo retidos na peneira 76mm (pode 
chegar até a 250mm). Utilizados normalmente na confecção de concreto ciclópico e calçamentos. 
 A aplicação desses materiais é variada podendo ser citado o uso em lastro de vias férreas, bases para 
calçamento (lastro), adicionadas aos solos ou materiais betuminosos para construir os pavimentos, na confecção de 
argamassas e concretos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utilização da brita em vários casos como: 
- Lastro de vias-férreas. 
- Confecção do betume asfáltico. 
- Regularização e pavimentação de vias. 
 
 
 
3. Areia 
 Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, conhecido também por inerte fino. 
Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação das rochas por erosão, por acção do vento ou da água. Através de 
processos de sedimentação pode ser transformada em arenito. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 27 
 
 É utilizada nas obras de engenharia civil, em aterros, execução de argamassas, concretos e também na 
fabricação de vidros. O tamanho de seus grãos tem importância nas características dos materiais que a utilizam como 
componente. 
 Constituída por fragmentos de mineral ou de rocha, cujo tamanho é variável. 
 É empregue no fabrico de argamassa, fabrico de cimento. 
 As areias são formadas por grãos de um diâmetro inferior a 5 mm, resultantes do desagregamento de diversas 
rochas. Empregam-se no fabrico de cimento e argamassas. 
 As areias de maneira geral, podem ser encontradas nos rios, no mar, nas minas, por meio da trituração de 
rochas ou ser areia virgem. 
3.1 Classificação quanto ao tamanho. 
Para a sua utilização as areias classificam-se em: 
Areia fina – aquela cujos grãos passam por um crivo com uma malha de 1 mm de diâmetro e ficam retidos por outro 
de 0,25 mm. 
Areia média – é aquela cujos grãos passam por um crivo de 2,5 mm de diâmetro e são retidos por outro de 1 mm. 
Areia grossa – aquela cujos grãos passam por um crivo 5 mm e são retidos por outro de 2,5 mm. 
3.2 Classificação quanto a origem. 
Quanto a sua procedência as areias classificam-se em: 
- areia do rio; areia do mar; areia do areeiro; areia virgem e areia artificial. 
 
 
 
 
 
 
Areia (imagem ampliada por microscópio) 
 
 
 
 
 
 
Areia com granulometria de1mm (imagem ampliada por microscópica) 
 
3.3 Aplicação 
A areia é muitas vezes misturada com tinta para criar um acabamento texturado para paredes e tectos ou uma 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 28 
 
superfície não escorregadia ao chão, na fabricação do betão, é usado nas fábricas de tijolo como aditivo à mistura de 
argila para o fabrico de tijolos. 
 
4. Aglomerantes 
 
São produtos activos empregues para a confecção de argamassas e betão. Os principais são cimento cal e gesso. 
Apresentam-se sob a forma de pó, e quando misturados com a água formam pasta que endurecem pela secagem 
como consequência de reacções químicas. Com o processo de secagem os aglomerantes aderem nas superfícies com 
as quais foram postas em contacto. 
 
4.1 Gesso 
 
 É obtido da pedra natural do gesso, formada por sulfato de cálcio desidratado. Depois de arrancada a pedra 
das pedreiras, tritura-se e submete-se a coação para lhe extrair, total ou parcialmente, a água de cristalização que 
contém no estado natural, convertendo-a em sulfato de cálcio hemihidratado. Por fim o produto final é moído, e tem-se 
uma substância geralmente branca, compacta, resistente mas não macia que se risca com uma unha. São 
armazenados em silos ou depósitos elevados protegidos da humidade. 
 
4.1.1 Aplicação 
 
 O gesso é um material que resiste mal a acção dos agentes atmosféricos, pelo que se emprega de preferência 
em obras de interiores. Adere pouco às pedras e à madeira e oxida o ferro. Constitui um bom isolante acústico. 
Em alvenaria : confecção de argamassas simples ou compostas, construção de muros, tabiques e pilares, pavimentos, 
arcos e abóbadas, tectos lisos, rebocos, revestimento de estuques, estucagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bloco de Gesso (parede divisória) 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 29 
 
 
 
Na fabricação de pedras artificiais e pré-fabricados: ladrilhos e blocos, mosaicos, placas entalhadas, para tectos 
falsos, paredes, muros, painéis em ninho de abelha, etc. 
 
Em decoração: artesanato: artesanato, frisos, tectos, florões, motivos decorativos, etc. 
 
4.1.2 Tipos de Gesso 
 
Considerados como gesso de uso corrente para a construção: 
- Gesso branco ou de 1ª: é proveniente da rocha de gesso mais pura. A sua percentagem de sulfato de cálcio 
hemidratado nunca é inferior a 66 %. 
- Gesso negro ou de 2ª: é obtido da rocha de gesso menos pura. Contém como mínimo 50 % de sulfato de cálcio 
hemihidratado. 
 
4.2 Cal 
 
É um produto obtido através da calcinação (aquecimento prolongado de um material a alta temperatura) ou 
decomposição das rochas calcárias aquecidas a temperaturas superiores a 900ºC pelo qual obtém-se a chamada cal 
viva, composta fundamentalmente por óxido de cálcio. 
 
4.2.1 Tipos de Cal 
 
A cal classifica-se segundo o seu emprego na construção de cal dolomítica, gorda e hidráulica. 
 
Cal dolomítica – denomina-se também cal cinzenta ou cal magra. É uma cal aérea com uma percentagem de óxido 
de magnésio superior a 5%. Ao apaga-la forma uma pasta cinzenta, pouco espessa, que não reúne condições 
satisfatórias para ser na usada na construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 30 
 
 
 
Cal dolomítica 
 
Cal gorda – é uma cal aérea que contém como percentagem máxima 5% de óxido de magnésio. Depois de apagada 
dá uma pasta, fina espessa, macia e untuosa. 
Cal hidráulica – é um material aglomerante, pulverulento e parcialmente apagado, que além de endurecer e secar ao 
ar não o faz debaixo de água. 
Obtém-se calcinando rochascalcárias a uma temperatura elevada para que se forme o óxido de cálcio livre, necessário 
para permitir que se apague e ao mesmo tempo deixa uma certa quantidade de silicatos de cálcio anidros que 
proporcionam ao pó as suas propriedades hidráulicas. 
 
4.3 Cimento 
 
É um material que raras vezes se emprega só, amassado com água forma uma pasta pura. O seu uso mais indicado 
é em combinação com outros materiais na confecção de aglomerados, especialmente argamassas e betões. Quando 
amassado com água, o cimento seca e endurece tanto ao ar como debaixo de água. 
A pega sofre influência de diversos factores, sendo retardada pelas baixas temperaturas, pelos sulfatos e cloretos de 
cálcio. É acelerada pelas altas temperaturas e pelos silicatos e carbonatos. 
A pega (endurecimento) é um fenómeno físico-químico através da qual a pasta de cimento se solidifica. 
Terminada a pega o processo de endurecimento continua ainda durante longo período de tempo, aumentando 
gradativamente a sua dureza e resistência. 
 O cimento comum é chamado PORTLAND, havendo diferentes tipos no mercado: 
 
 Cimento de pega normal: encontrado comummente à venda; 
 Cimento de pega rápida: só a pedido; 
 Cimento branco: usado para efeito estético (azulejos, etc.). 
 
4.3.1 Tipos de cimentos 
 
 Cimento portland 
 Cimento siderúrgico 
 Cimento puzolâmico 
 Cimento de adição 
 Cimento aluminoso 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 31 
 
Cimento Portland 
 
De todos os cimentos, são estes os que têm maior aplicação nas construções. Distinguem-se dois tipos de cimentos 
portland: 
 
 O corrente ou normal. 
 O resistente a águas selinitosas. 
 
Ambos se obtêm por meio da pulverização conjunta do material básico o clinker e uma pequena proporção de gesso 
ou pedra natural de gesso para retardar a sua secagem. 
Chama-se clinker ao produto resultante da calcinação, feita a uma temperatura próxima da de fusão, de misturas 
íntimas de calcários e argilas em proporções exactas. 
O cimento portland, resistentes as águas celinitosas, apresenta, em relação ao portland corrente, um baixo conteúdo 
de aluminato tricálcico, sendo capaz de resistir à acção agressiva do sulfato de cálcio. 
O cimento portland corrente designa-se por cimento P e o resistente às águas selinitosas como PAS. 
 
 
Cimentos Siderúrgicos 
 
 Portland siderúrgico designado cimento PS 
 Portland de alto forno designado cimento PHA 
 Siderúrgico – sobresulfatado designado cimento SF. 
 
Estes cimentos obtêm-se a partir de escórias. Trata-se dos resíduos, sub-produtos ou desperdício da fabricação do 
ferro. 
O cimento PS (portland siderúrgico), obtém-se por uma mistura íntima da escória e clinker numa proporção de 70 %, 
como mínimo de clinker. 
O resto é escória granulada e sulfato de cálcio, e é válido para o cimento portland de alto forno. 
O cimento SF (siderúrgico-sobresulfatado) obtém-se por uma mistura íntima de escória e sulfato de cálcio numa 
proporção tal que o produto resultante contenha de 5 a 12 % de trióxido de enxofre e com uma adição de cal, clinker e 
cimento portland em quantidade total superior a 5 %. 
 
Cimento Puzolâmicos 
 
São o produto resultante de uma mistura íntima de puzolana e clinker, com a adição eventual de gesso ou anidrita para 
regular a secagem. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 32 
 
Chama-se puzolana ao produto natural de origem vulcânica capaz de fixar a cal à temperatura ambiente e formar 
materiais com propriedades hidráulicas. 
Cimento de Adição 
 
São cimentos preparados por misturas íntimas de clinker e outros materiais, cujas resistências mecânicas, regularidade 
e homogeneidade podem ser inferiores aos cimentos tipo portland ou siderúrgicos. 
 
Cimentos Aluminoso 
 
São os cimentos obtidos por uma mistura de materiais aluminosos e calcários com uma percentagem total de óxido de 
alumínio de 32 % como mínimo. 
 
5. Argamassas 
 
Uma Argamassa de Construção é um produto que resulta da mistura de um agente ligante com uma carga de 
agregados. São conhecidas há mais de 8000 anos, sendo tradicionalmente utilizadas para montar paredes e muros e 
para revestir paredes. 
Devem ser resistentes para suportarem esforços, cargas e choques. Devem resistir também aos agentes atmosféricos 
e ao desgaste. 
Quando enterradas ou submersas devem resistir a ação da água. Em geral, a resistência das argamassas aumenta 
com o passar do tempo. Argamassas de cimento e areia após um mês atingem 1/3 da resistência final e a metade 
aproximadamente após 3 dias. O aumento a partir deste prazo é bem mais lento, desenvolvendo-se durante anos. 
 
5.1 Tipos de Argamassa e sua aplicação 
 
 Argamassas de Assentamento de Alvenaria: 
 
São utilizadas para elevar muros e paredes, assentar tijolos e blocos, impermeabilizar superfícies, regularizar paredes, 
pisos e tetos, dar acabamento às superfícies. Encontram-se disponíveis no mercado em Saco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 33 
 
Argamassa para Revestimento: 
 
Usualmente são aplicadas três camadas de argamassa em uma parede a ser revestida: 
 Chapisco: primeira camada fina e rugosa de argamassa aplicada sobre os blocos das paredes e nos tectos. 
Sem o chapisco, que é a base do revestimento, as outras camadas podem descolar e até cair. 
 
 Emboço: sobre o chapisco é aplicada uma camada de massa grossa ou emboço, para regularizar a 
superfície. 
 
 Reboco: é a massa fina que dá o acabamento final. Em alguns casos não é usado o reboco, por motivo de 
economia. Geralmente tem em seu traço areias mais finas, pois servem para dar o acabamento ao 
revestimento. 
 
Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser o único revestimento. 
Por sobre as argamassas de revestimentos podem ser aplicados outros acabamentos como textura, massa corrida, 
pintura, areias quartzo, estuque. 
 
 
 
 
Argamassa para Assentamento de Revestimentos 
 
Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas são aplicados sobre o emboço. Para esta aplicação, também são 
utilizadas argamassas. 
No piso, utiliza-se uma camada de contra piso (camada de argamassa de regularização ou de nivelamento) e pode-se 
dar o acabamento a esta camada. Produto industrial, no estado seco, composto de cimento portland, agregados 
minerais e produtos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa viscosa, plástica e aderente, 
empregada no assentamento de placas cerâmicas para revestimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 34 
 
 
 
 Revestimento de piso (assentamento de ladrilho) 
 
 
 Argamassas para juntas: 
 
São utilizadas para preencher as juntas entre os elementos dos revestimentos. Podem ter funções estéticas 
(apresentando uma cor semelhante ao elemento de cerâmica) ou funcionais (tendo propriedades impermeabilizantes). 
Encontram-se disponíveis no mercado em Saco. 
 
 Argamassas para Regularização de Pavimentos (Betonilhas): 
 
São utilizadas na regularização de pavimentos, por exemplo de betão, e podem servir de revestimento para uma grande 
variedade de tipos de pavimentos, como azulejo, pavimento flutuante, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 35 
 
Como se vê, 5000 anos foram necessários para transformar a mesma matéria prima, calcário que nos primórdios das 
eras nasceu para a construção como ״cal ״, em cimento, que hoje tem uso indispensável em quaisquer um dos 
modernos uso das argamassasde assentamento. 
 
 
5.2 Propriedades das Argamassas 
 
 Trabalhabilidade, ou seja a facilidade que se tem em poder manusear, preparar e aplicar em obra. 
 
 Absorção da água, capacidade de absorver a água que se lhe adiciona. 
 
 Resistência mecânica final, após a sua secagem adquire estabilidade volumétrica. 
 
 Aderência a outros materiais antes da secagem. 
 
 Estanqueidade. 
 
 Retenção de água. 
 
 
 
 
6. Betão 
 
O betão é um material resultante da mistura de cimento, água, areia e cascalho, que ao secar e endurecer adquire uma 
consistência similar à das melhores pedras naturais. 
Quando armado com ferragens passivas recebe o nome de betão armado e quando for armado com ferragens activas 
(pré-alongamento ou pré-esforçadas) toma o nome de betão protendido ou betão pré-esforçado. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1 Propriedades: 
 
 Possui uma resistência que é comparada a das pedras naturais, quando os materiais empregues na sua 
fabricação forem bem doseados (traço). O seu peso específico varia em função do traço, ou seja é directamente 
proporcional ao traço (traço forte maior peso específico – traço fraco menor peso específico). Com aumento da 
temperatura o betão dilata-se, acontece o contrário quando a temperatura baixa, e nesta ordem de ideia pode-se dizer 
que o betão possui a capacidade de reagir elasticamente com a variação de temperatura, obviamente pode-se dizer 
que o mesmo resiste bem quando exposto ao fogo. 
 
6.2 Tipos de Betão: 
 
 Betão ordinário – Este betão denomina-se simplesmente betão. À sua denominação junta-se o nome do 
aglomerante quando é necessário distingui-lo. Isto acontece especialmente com os betões cujo aglomerante 
não é um cimento portalnd, mas por exemplo cimento de escórias, dizendos-se então que é um betão de 
cimento de escórias. 
 
 
 Betão ciclópico – Chama-se assim ao betão que tem incorporadas na sua massa pedras de medidas não 
inferiores a 25 cm, de forma que o conjunto não perca a sua resistência se aqueles não estiverem em contacto. 
 
 
 Betão de cascalho – Este é o betão cujos inertes são total ou parcialmente restos de betão e ladrilhos 
triturados. 
 
 Betão roubado – Recebe este nome o betão em que inicialmente se colocam na obra os inertes maiores e se 
deita ou se injecta posteriormente argamassa ou massa. 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 37 
 
 Betão blindado – É um material usado em pavimentos, composto de uma camada inferior de betão ordinário 
e outra superior de pedras embutidas com uma face sensivelmente plana, que forma a superfície de pavimento, 
isto é, sobre a qual se pisa. 
 
 Betão celular – Chama-se assim ao betão com ar incorporado, numa pequena percentagem por volume, 
uniformemente distribuído na massa em forma de bolhas cujo tamanho está calculado entre 0,1 e 0,25 mm. 
 
 Betões leves – O betão ordinário tem um peso notavelmente elevado: é de cerca de 2200 kg/m³. A fim de 
reduzir tão importante carga morta e para assegurar por sua vez o isolamento térmico e acústico, fabricam-se 
betões leves pelo empregue de inertes porosos ou provocando artificialmente a sua porosidade. 
 
Existe uma distinção entre os betões leves naturais e os betões leves artificiais. 
 
O peso, a resistência e o isolamento dependem da porosidade do inerte e da quantidade do cimento. 
O emprego de inertes muito porosos e de grão uniforme com uma escassa adição de areia, ou se possível do 
mesmo material poroso, diminui o peso próprio e aumenta o poder isolante. 
 
Betão leve (natural) 
 
Betão de pedra pomes: A pedra pomes é de origem vulcânica, porosa e ligeira. Existem jazigos em que se 
encontra no estado da areia, de zero a sete mm. A pedra-pomes, gerada após rápido resfriamento em contacto 
com a água formando uma rocha cheia de poros ou buracos devido à saída de gases. Parece uma "espuma 
endurecida". 
 O peso deste material é de cerca de 700 Kg/m³. Para camadas isolantes, a dosagem é de uma parte de cimento 
portland para 8 a 10 de pomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pedra de pomes Sintoporita ou pedra de pomes artificial 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 38 
 
Esta pedra absorve muita água, o que atrasa a secagem do betão. Assim, substitui-se às vezes por pedra pomes 
artificial, a chamada sintoporite. Este material obtém-se pelo processo de fabricação do ácido fosfórico. 
 
Betão de lava: Como inerte emprega-se a lava, material vulcânico parecido com a pedra pomes. É de cor castanha 
ou avermelhada e desagrega-se previamente em trituradoras. 
Tem o inconveniente de por vezes conter sais nocivos. 
Ao confeccionar o betão é necessário muita água, que é absorvida pela lava. O betão resultante é um bom isolante 
térmico. 
 
Betão de escórias: As escórias ou resíduos da combustão de fornalhas industriais, altos fornos, fábricas de gás, etc., 
podem empregar-se, sobre tudo os mais duros, como inertes na fabricação de betões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Betão de Escória Bloco em betão de Escória 
 
 
Betão leve (artificiais) 
 
Betão celular: fabrica-se misturando um betão de secagem rápida e em auto clave uma solução saponácea, para 
formar uma abundante espuma viscosa, que deixa na massa endurecida uns vazios ou células independentes. 
A consistência da espuma e a dose que desta se deve juntar podem ser muito variadas. Geralmente para a fabricação 
de elementos isolantes aplica-se 1,5 % de espuma de sabão, sem areia, obtendo-se um peso de 300 quilos por metros 
cúbico. Quanto ao volume dos vazios chega a ser 90 % do total. 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 39 
 
Embora o betão celular possa ser preparado junto da obra, a maior parte das vezes emprega-se em forma de blocos 
ou placas, que chegam já endurecidos à obra. 
 
Betão esponjoso: Este betão foi inventado por um sueco, Alex Erikson, com o nome de betão gás e fabrica-se 
adicionando à massa de betão ainda fresco, pó de alumínio ou de carbonato de cálcio, ou ainda água oxigenada com 
cloreto de cálcio. Estas substâncias libertam gases que produzem poros maiores e mais irregulares que os de betão 
celular. 
Deve-se amassar com água quente e o processo de esponjamento dura aproximadamente uma hora. 
 
Betão de aparas: Fabrica-se empregando como inertes serradura e aparas de madeira, cortiça etc. Estes inertes 
devem tornar-se obrigatoriamente impermeáveis e imputrescíveis, isto é, devem mineralizar-se. Para isso submergem-
se numa massa fina de cal, de cimento, argila ou betume. Amassa-se depois com cimento portland e areia. 
Emprega-se de preferência na fabricação de painéis e blocos prensados, e são de notável poder isolante do calor. 
 
7. Rochas 
 
As rochas são classificadas segundo a sua origem e estão divididas nos seguintes grupos: rochas eruptivas, 
sedimentares e metamórficas. 
 
7.1 Tipos de rocha 
 
 Rochas Eruptivas 
 
São conhecidas por rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis, que significa fogo) 
são um dos três principais tipos de rocha onde falarei dos mais utilizadas na construção. 
Dentro destas rochas encontramos uma subdivisão devido a sua formação que é feita no exterior (extrusiva) ou no 
interior (intrusiva). 
 
As rochas extrusivas: 
Rochas plutónicas ou intrusivas – Granito e a Sienito 
Rochas vulcânicas ou extrusivas – Periodito, Basalto, e o Tranquito 
 
 
 
 DOMINA CONCURSOS 
 
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR

Continue navegando