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Material Recuperação de Empresas

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RECUPERAÇÃO JUDICIAL
	O DL 7661/45 trazia a chamada concordata. A concordata só tratava do crédito quirografário. Se o problema do empresário fosse crédito trabalhista, ele jamais conseguiria pagar crédito trabalhista por meio de concordata. Se o problema fosse crédito com os bancos, ele jamais poderia negociar junto aos credores bancários porque crédito com garantia real não entrava na concordata. Então, ele só podia pagar “fornecedor” que, geralmente, é quirografário.
	O segundo problema é que a concordata era chamada de favor legal. Porque se pedia concordata e o juiz só tinha que analisar se quem pediu preenchia os requisitos. Feito isso, o juiz concedia a concordata, ainda que o credor não concordasse com ela.
	O terceiro problema da concordata: o devedor só podia fazer parcelamento ou pedir a remição parcial da dívida. Era preciso encontrar outros meios de superação de dívida.
	A recuperação é melhor porque envolve vários créditos e não só os quirografários. 
	Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: VIII - redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
	Então é possível estabelecer um plano de recuperação judicial, uma forma de superar a crise tratando do crédito trabalhista, fazendo compensação de hora, redução de salário, de jornada, etc. 
	Além disso, na recuperação, o credor participa da aprovação da recuperação. 
	 Quanto aos meios de superação da crise, destaca-se o seguinte dispositivo:
	Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
	I - concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
	II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
	III - alteração do controle societário;
	IV - substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
	V - concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;
	VI - aumento de capital social;
	VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
	VIII - redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
	IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
	X - constituição de sociedade de credores;
	XI - venda parcial dos bens;
	XII - equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
	XIII - usufruto da empresa;
	XIV - administração compartilhada;
	XV - emissão de valores mobiliários;
	XVI - constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
	Se o empresário acha outra solução que não está na lei, é possível Uma empresa pediu recuperação e encontrou uma forma alternativa ao art. 50 de pagar a dívida. Ela concedeu um imóvel durante três anos para um grupo de credores para que eles tivessem direito ao aluguel.
	O inciso III indica a alteração do controle societário. Transferem-se ações para um credor que passa a ser sócio majoritário e assume a administração. Transferência do controle acionário é uma solução moderna.
	
1.	Finalidade da recuperação judicial – art. 47
	
	Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
	A finalidade da recuperação judicial é a chamada preservação da empresa. Manutenção de empregos, manutenção da fonte produtora, preservação dos interesses dos credores e manutenção do desenvolvimento regional.
	
2.	Requisitos da recuperação judicial – art. 48
	Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
	I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
	II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
	III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
	IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
	
Ser devedor em atividade regular há mais de 2 anos - Só o devedor pode pedir a recuperação judicial. Credor pode pedir falência. Mas só devedor empresário ou sociedade empresária que está em atividade regular há mais de 2 anos pode pedir recuperação. Sociedade em comum (que não foi registrada) não pode pedir recuperação judicial.
Não ser falido - Se já foi falido, é necessário ter suas obrigações declaradas extintas por sentença transitada em julgado.
Não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial – São 5 anos contados da obtenção da concessão e não da data do pedido. Pode pedir nova recuperação, mas só depois de 5 anos contados da obtenção da concessão.
Não ter, há menos de 8 anos, obtido concessão de recuperação judicial especial 
Não ter sido condenado por crime falimentar – antes da nova lei, se houvesse condenação por estelionato, apropriação indébita e furto, não se poderia pedir concordata. Com a nova lei, a única limitação é condenação por crime falimentar. 
3.	Créditos sujeitos aos efeitos da recuperação judicial – art. 49
	Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
4.	Créditos excluídos do plano de recuperação judicial
Crédito tributário – Não pode fazer parte do plano de recuperação. É a conclusão do art. 6.º, § 7º, c/c art. 57. 
	Art. 6º, § 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica.
	Art. 57. Após a juntada aos autos do plano aprovado pela assembléia-geral de credores ou decorrido o prazo previsto no art. 55 desta Lei sem objeção de credores, o devedor apresentará certidões negativas de débitos tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.
Casos do art. 49, § 3º - Créditos decorrentes de:
Propriedade fiduciária
Arrendamento mercantil (leasing)
Compra e venda com reserva de domínio
Compra e venda de bem imóvel com cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade
	
	Art. 49, § 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazode suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.
Créditos posteriores ao pedido de recuperação
ACC – Adiantamento de Contrato de Câmbio
5.	Procedimento do Plano de Recuperação Judicial
Petição Inicial de Recuperação Judicial – Art. 51
	Requisitos:
É na petição inicial que você tem que expor as causas da crise (“estou em crise em razão da concorrência, da pirataria, da crise econômica”). 
Depois, vai ter que demonstrar que está em crise através de demonstrativos contábeis dos últimos três exercícios sociais.
E, por fim, uma relação de credores, completa com nome, endereço, valor e origem do crédito.
O despacho do juiz
	Se o juiz verificar que a inicial preencheu os requisitos do art. 51, vai deferir o processamento da recuperação judicial. É o despacho de processamento. Ele não está aprovando o plano. Não há plano ainda. O despacho tem dois objetivos:
	É no despacho de processamento que vai haver a nomeação do administrador judicial – Enquanto que na falência o administrador é nomeado numa sentença, aqui ele é nomeado no despacho de processamento.
	O despacho de processamento provoca a suspensão de todas as ações e execuções contra o devedor pelo prazo de 180 dias.
	Ações que não suspendem – São as ações que discutem os créditos que estão excluídos da recuperação. 
A expedição de edital
	Esse despacho terá que ser publicado em um edital (art. 52, § 1º). E três coisas devem conter o edital:
Pedido do autor
Os termos da decisão que deferiu o processamento
A relação de credores – É a relação que estava lá na petição inicial	
	§ 1º O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:
	I - o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação judicial;
	II - a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito;
	III - a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, na forma do art. 7º, § 1º, desta Lei, e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei.
Habilitação de crédito – art. 7º, § 1º
	
	§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
	
	Passado o prazo de 15 dias, automaticamente, começa a contagem de um novo prazo: 45 dias para uma nova relação de credores. Art. 7º, § 2º:
	§ 2º O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.
	
	Começa, portanto, a contagem do prazo de 45 dias para que o administrador judicial (não é mais o juiz) nomeado no despacho de processamento, providencie uma nova relação de credores. Essa nova relação vai conter a relação dos credores que já estão no edital (que foram relacionados pelo próprio devedor) e aqueles que habilitaram os seus créditos.
	Depois que o juiz proferiu o despacho de processamento e esse despacho foi publicado, o devedor terá prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial.
	Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e deverá conter:
	I - discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo;
	II - demonstração de sua viabilidade econômica; e
	III - laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
	O prazo é de 60 dias contados da publicação da decisão que deferiu o processamento (da publicação do despacho de processamento). Se não for apresentado o plano dentro do prazo legal improrrogável, o juiz convolará aquela recuperação judicial em falência.
Objeção e aprovação dos credores do plano de recuperação
	O plano foi apresentado e os credores foram comunicados. O credor vai ter acesso ao plano de recuperação e se não concordar, ele pode apresentar uma objeção ao plano. Basta ser credor, ainda que seja minoritário. E o prazo para isso é de 30 dias contados da publicação da relação do art. 7.º, § 2º:
	Art. 55. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação de credores de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei.
	Passado o prazo de 30 dias sem objeção, isso significa que os credores aprovaram o plano. 	Se algum credor apresentar objeção:
	Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.
	Isso significa que se houve objeção, o juiz vai convocar uma assembleia geral de credores. Lá pode ser modificado o plano pode ser reprovado ou aprovado. Se o plano for reprovado, ocorrerá o que diz o §4º, do art. 56:
	§ 4º Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia-geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor.
Decisão concessiva do juiz
	Após a aprovação do plano pelos credores, o juiz dará uma decisão concessiva, uma vez preenchidos os requisitos do art. 57:
	Art. 57. Após a juntada aos autos do plano aprovado pela assembléia-geral de credores ou decorrido o prazo previsto no art. 55 desta Lei sem objeção de credores, o devedor apresentará certidões negativas de débitos tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.
	O empresário está em crise, o plano já está aprovado pelos credores. O juiz só vai conceder a recuperação se ele apresentar a CND. Ele pode dever para qualquer credor, menos para a Fazenda Pública. E a certidão positiva com efeito de negativa? Ele pode ter conseguido um parcelamento. Nesse particular, a posição do TJ/SP, TJ/RJ e TJ/MG é a de que, mesmo sem CND, a recuperação é concedida em razão do princípio da preservação da empresa, pois a Fazenda Pública tem um meio próprio de obtenção do crédito, que é a execução fiscal. 
	Três situações a saber sobre a decisão concessiva:
A decisão concessiva implica em novação – Art. 59
	Art. 59. O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1º do art. 50 desta Lei.
	Você extingue a dívida anterior para criar uma nova dívida. Então, a decisão concessiva tem essa finalidade.
A decisão concessiva é um título executivo judicial – Art. 59, § 1º
	§ 1º A decisão judicial que conceder a recuperação judicial constituirá título executivo judicial, nos termos do art. 584, inciso III, do caput da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
Da decisão concessiva cabe agravo de instrumento que poderá ser interposto por qualquer credor e pelo membro do MP – Art. 59, § 2º
	§ 2º Contra a decisão que conceder a recuperação judicial caberá agravo, que poderá ser interposto por qualquer credor e pelo Ministério Público.
	Isso é a chamada de recuperação judicial, também chamada de recuperação judicial comum. 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL ESPECIAL – ARTS. 70 a 72
	Art. 70.As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.
	§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei.
	§ 2º Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos habilitados na recuperação judicial.
	Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:
	I - abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei;
	II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. (doze por cento ao ano);
	III - preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;
	IV - estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
	Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.
	Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei.
	Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55 desta Lei, de credores titulares de mais da metade dos créditos descritos no inciso I do caput do art. 71 desta Lei.
	Plano especial de recuperação: É aquele especialmente voltado para as microempresas e empresas de pequeno porte. Trata-se de opção de devedor.
	A recuperação judicial especial é parecida com a comum, mas tem algumas diferenças:
	O art. 71 da lei diz que a recuperação judicial especial só vai envolver o crédito quirografário. Aqui, haverá petição inicial do mesmo modo (e é idêntica), com a diferença de que só vai relacionar credores quirografários. A petição vai para o juiz que dá o despacho de processamento, nomeia administrador judicial e suspende as ações, mas só aquelas que envolvam créditos quirografários. Também tem edital e haverá relação de credores no edital, mas também só haverá credor quirografário. Também é possível habilitar crédito. Mas só vai poder habilitar o credor quirografário. E vai apresentar o plano no mesmo prazo, mas o plano está pré-pronto. Qual é o plano?
Pagamento em até 36 parcelas iguais, mensais e sucessivas com correção e juros de 12% ao ano.
O pagamento da 1ª parcela deverá ser feito em até 180 dias.
O juiz aprova o plano mesmo diante de objeções (desde que não ultrapasse 50% dos créditos).
	Na judicial comum, se o credor não concordar com o plano, o credor apresenta objeção e se tem objeção, o juiz convoca assembleia geral de credores. Aqui, cuida-se de microempresa e empresa de pequeno porte. Assembleia geral de credores custa caro (120 mil reais só a assembleia), porque tem que alugar o espaço, providenciar a estrutura. Então, a lei, no caso da microempresa e empresa de pequeno porte, autoriza o juiz a aprovar o plano mesmo tendo objeção ao plano. Se houver muitas objeções: 
	Parágrafo único, art.72. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55 desta Lei, de credores titulares de mais da metade dos créditos descritos no inciso I do caput do art. 71 desta Lei.
	
	Se mais da metade dos créditos quirografários apresentarem objeção, o juiz decreta a falência. Dificilmente o credor quirografário vai se opor porque receberá com juros, o que é melhor do que o juiz decretar falência.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL – ARTS. 70 a 72
	
	É acordo privado, firmado diretamente com os seus credores. O devedor trata diretamente com os credores. Seria uma espécie de “confissão de dívida”.
	Créditos excluídos da recuperação extrajudicial (não podem ser negociados diretamente com o credor): 
	
Todos os créditos excluídos da judicial comum (tributário, contrato de câmbio, etc.)
Crédito trabalhista

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