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SIMULADO LÍNGUA PORTUGUESA

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SIMULADO DE PORTUGUÊS 
Prof. Fernando Pestana 
 
 
Texto I 
 
Em 05 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Língua Portuguesa e da 
Cultura da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). A data foi 
oficializada em 2009, com o propósito de promover o sentido de comunidade e de 
pluralismo dos falantes do português. 
Na ocasião, governos e sociedade civil celebram a relevância do idioma 
como parte da identidade dos povos lusófonos (em ordem alfabética: Angola, 
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São 
Tomé e Príncipe, Timor Leste). 
A comemoração possibilita chamar atenção para as questões idiomáticas e 
culturais da lusofonia, gerando uma integração entre os povos desses nove países. 
O Dia Internacional coloca em evidência o fato de que o português é a 
quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental 
e a mais falada no hemisfério sul. 
 
(Texto adaptado de http://redebrasilcultural.itamaraty.gov.br/noticias2/31-pdlc/255-5-de-maio-o-dia-
internacional-da-lingua-portuguesa) 
 
1. Pode-se afirmar corretamente que 
 
(A) o objetivo da comemoração mencionada no texto diz respeito à produção de 
conteúdo em Língua Portuguesa. 
(B) há um engajamento de todas as esferas sociais na maior solenização dos 
usuários do idioma português. 
(C) os nove países lusófonos se integram sobretudo por causa da unidade 
ortográfica que os rege. 
(D) Portugal, sem dúvida, é o país mais importante dos mencionados na lista de 
países lusófonos. 
(E) a data foi sancionada com o fito de fomentar o senso de comunhão dos 
indivíduos dos países lusófonos. 
 
2. “Em 05 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Língua Portuguesa e da 
Cultura da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). A data foi 
oficializada em 2009, com o propósito de promover o sentido de comunidade e de 
pluralismo dos falantes do português.” 
 
A respeito do parágrafo acima, aponte a afirmação incorreta. 
 
(A) As palavras “comunidade” e “pluralismo” são formadas pelo mesmo processo. 
(B) Há duas construções diferentes de voz passiva cujos agentes da ação verbal 
estão implícitos. 
(C) O uso da vírgula, em suas duas ocorrências, não é obrigatório. 
(D) O termo “do português” completa o sentido do substantivo “falantes”. 
(E) O segmento “o sentido de comunidade e de pluralismo” poderia ser reescrito, 
sem incorreção gramatical, suprimindo-se a segunda preposição “de”. 
 
3. “O Dia Internacional coloca em evidência o fato de que o português é a quinta 
língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a 
mais falada no hemisfério sul.” 
 
A reescritura, sem desvio gramatical e sem alteração de sentido, encontra-se em: 
 
(A) O Dia Internacional evidencia o fato de o Português ser não só a quinta língua 
mais falada no planeta, mas também a terceira mais falada no hemisfério 
ocidental; ademais, é a mais falada em todo o hemisfério sul. 
(B) O Dia Internacional põe em evidência o português ser não somente o quinto 
idioma mais falado no mundo, quanto o terceiro mais falado no hemisfério ocidental 
— além do mais, é o que mais se fala no hemisfério sul. 
(C) O Dia Internacional destaca o fato de que o português é a quinta língua mais 
falada no mundo, e a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada 
no hemisfério sul. 
(D) Coloca-se em evidência o fato de que o português, no Dia Internacional, é a 
quinta língua mais falada no mundo, bem como a terceira mais falada no hemisfério 
ocidental e, portanto, a mais falada no hemisfério sul. 
(E) O Dia Internacional coloca em evidência o fato que o português é a quinta 
língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e, 
adrede, mais falada no hemisfério sul. 
 
 
Texto II 
 
 
 
4. Segundo ensina a gramática tradicional do português brasileiro, o verbo “variar” 
se conjuga como “negociar” e outros verbos terminados em “iar”, portanto a forma 
conjugada correta no diálogo acima é esta: “varia”, e não “varêia”. Marque a frase 
que apresenta correta conjugação verbal. 
 
(A) Não posso permitir que você medie essa descabida discussão. 
(B) Os alunos ansiam por uma resposta definitiva dos mestres. 
(C) Deixem que elas intermedeiem a negociação entre as partes. 
(D) Incendiem tudo! Nada aqui deve ser reaproveitado por nós. 
(E) A sociedade espera que freiemos os preços dos alimentos. 
 
5. A crítica contida na charge está relacionada 
 
(A) à despreocupação com o preparo em todos os idiomas. 
(B) ao não domínio de sua própria língua nativa. 
(C) à falta de preparação para o mercado de trabalho. 
(D) à incapacidade de se expressar em português. 
(E) à pouca fluência em outras línguas além das elencadas. 
 
 
Texto III 
 
Língua Portuguesa 
 
Última flor do Lácio, inculta e bela, 
És, a um tempo, esplendor e sepultura: 
Ouro nativo, que na ganga impura 
A bruta mina entre os cascalhos vela... 
 
Amo-te assim, desconhecida e obscura, 
Tuba de alto clangor, lira singela, 
Que tens o trom e o silvo da procela 
E o arrolo da saudade e da ternura! 
 
Amo o teu viço agreste e o teu aroma 
De virgens selvas e de oceano largo! 
Amo-te, ó rude e doloroso idioma, 
 
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" 
E em que Camões chorou, no exílio amargo, 
O gênio sem ventura e o amor sem brilho! 
 
(Olavo Bilac, 1865-1918) 
 
6. Nos dois primeiros versos da primeira estrofe, há duas figuras de linguagem que 
fazem referência à língua portuguesa. Que figuras são essas? 
 
(A) Metonímia e ironia. 
(B) Prosopopeia e sinestesia. 
(C) Catacrese e eufemismo. 
(D) Símile e antítese. 
(E) Metáfora e paradoxo. 
 
7. Em vários momentos, o eu lírico do poema explicita seus próprios sentimentos e 
usa a interlocução como um recurso discursivo para louvar a Língua Portuguesa. 
Que trecho apresenta isso ao mesmo tempo? 
 
(A) “Amo o teu viço agreste e o teu aroma” 
(B) “O gênio sem ventura e o amor sem brilho!” 
(C) “Que tens o trom e o silvo da procela” 
(D) “A bruta mina entre os cascalhos vela...” 
(E) “De virgens selvas e de oceano largo!” 
 
 
Texto IV 
 
Homenagem à Língua Portuguesa 
 
Volta e meia alguém olha atravessado quando escrevo “leiaute”, “becape” ou 
“apigreide” – possivelmente uma pessoa que não se avexa de escrever “futebol”, 
“nocaute” e “sanduíche”. 
Deve se achar um craque no idioma, me esnobando sem saber que “craque” 
se escrevia “crack” no tempo em que “gol” era “goal”, “beque” era “back” e 
“pênalti” era “penalty”. E possivelmente ignorando que esnobar venha de “snob”. 
Quem é contra a invasão das palavras estrangeiras (ou do seu 
aportuguesamento) parece desconsiderar que todas as línguas do mundo se tocam, 
e que falar seja um enorme beijo planetário. 
As palavras saltam de uma língua para outra, gotículas de saliva circulando 
em beijos mais ou menos ardentes, dependendo da afinidade entre os falantes. E o 
português é uma língua que beija bem. 
Quando falamos “azul”, estamos falando árabe. E quando folheamos um 
almanaque, procuramos um alfaiate, subimos uma alvenaria, colocamos um fio de 
azeite, espetamos um alfinete na almofada, anotamos um algarismo. 
Falamos francês quando vamos ao balé usando um paletó marrom, quando 
fazemos um croqui ou uma maquete com vidro fumê; quando comemos uma 
omelete ou pedimos na boate um champanhe ao garçom; quando nos sentamos no 
bidê, viajamos na maionese, ou quando um sutiã (sob o edredom) provoca uma 
gafe – ou um frisson. 
Falamos tupi ao pedir um açaí, um suco de abacaxi ou de pitanga; quando 
vemos um urubu ou um sabiá, ficamos de tocaia, votamos no Tiririca, botamos o 
braço na tipoia, armamos um sururu, comemos mandioca (ou aipim), regamos uma 
samambaia, deixamos a peteca cair. Quando comemos moqueca capixaba, tocamos 
cuíca, cantamos a Garota de Ipanema. 
Dá pra imaginar a Bahia sema capoeira, o acarajé, o dendê, o vatapá, o 
axé, o afoxé, os orixás, o agogô, os atabaques, os abadás, os babalorixás, as 
mandingas, os balangandãs? Tudo isso veio no coração dos infames “navios 
negreiros”. 
As palavras estrangeiras sempre entraram sem pedir licença, feito uma 
tsunami. E muitas vezes nos pegando de surpresa, como numa blitz. 
Posso estar falando grego, e estou mesmo. Sou ateu, apoio a eutanásia, 
gosto de metáforas, adoro bibliotecas, detesto conversar ao telefone, já passei por 
várias cirurgias. E não consigo imaginar que palavras usaríamos para a pizza, a 
lasanha, o risoto, se a máfia da língua italiana não tivesse contrabandeado esse 
vocabulário junto com a sua culinária. 
Há, claro, os exageros. Ninguém precisa de um “delivery” se pode fazer uma 
“entrega”, ou anunciar uma “sale” se se trata de uma “liquidação”. Pra quê sair pra 
night de bike, se dava tranquilamente pra sair pra noite de bicicleta? 
Mas a língua portuguesa também se insinua dentro das bocas falantes de 
outros idiomas. Os japoneses chamam capitão de “kapitan”, copo de “koppu”, pão 
de “pan”, sabão de “shabon”. Tudo culpa nossa. Como o café, que deixou de ser 
apenas o grão e a bebida, para ser também o lugar onde é bebido. E a banana, tão 
fácil de pronunciar quanto de descascar, e que por isso foi incorporada tal e qual a 
um sem-fim de idiomas. E o caju, que virou “cashew” em inglês (eles nunca iam 
acertar a pronúncia mesmo). 
“Fetish” vem do nosso fetiche, e não o contrário. “Mandarim”, seja o idioma, 
seja o funcionário que manda, vem do portuguesíssimo verbo “mandar”. O 
americano chama melaço de “molasses”, mosquito de “mosquito” e piranha, de 
“piranha” – não chega a ser a conquista da América, mas é um começo. 
Tudo isso é a propósito do 5 de maio, Dia da Língua Portuguesa, cada vez 
mais inculta e nem por isso menos bela. Uma língua viva, vibrante, maleável, 
promíscua – vai de boca em boca, bebendo de todas as fontes, lambendo o que vê 
pela frente. 
Mais de oitocentos anos, e com um tesão de vinte e poucos. 
 
(Eduardo Affonso) 
 
8. “Mais de oitocentos anos, e com um tesão de vinte e poucos.” 
 
O primeiro conectivo “e” estabelece a mesma relação de sentido que o conectivo 
destacado em 
 
(A) ... no tempo em que “gol” era “goal”, “beque” era “back” e “pênalti” era 
“penalty”. 
(B) Posso estar falando grego, e estou mesmo. 
(C) ... cada vez mais inculta e nem por isso menos bela. 
(D) Como o café, que deixou de ser apenas o grão e a bebida... 
(E) As palavras estrangeiras sempre entraram sem pedir licença, feito uma 
tsunami. E muitas vezes nos pegando de surpresa, como numa blitz. 
 
9. O uso estilístico da vírgula é percebido em que trecho? 
 
(A) ... folheamos um almanaque, procuramos um alfaiate, subimos uma alvenaria, 
colocamos um fio de azeite, espetamos um alfinete na almofada, anotamos um 
algarismo. 
(B) O americano chama melaço de “molasses”, mosquito de “mosquito” e piranha, 
de “piranha”... 
(C) Há, claro, os exageros. 
(D) Volta e meia alguém olha atravessado quando escrevo “leiaute”, “becape” ou 
“apigreide”... 
(E) Dá pra imaginar a Bahia sem a capoeira, o acarajé, o dendê, o vatapá, o axé, o 
afoxé, os orixás, o agogô, os atabaques, os abadás, os babalorixás, as mandingas, 
os balangandãs? 
 
10. “Tudo isso é a propósito do 5 de maio, Dia da Língua Portuguesa, cada vez 
mais inculta e nem por isso menos bela. Uma língua viva, vibrante, maleável, 
promíscua – vai de boca em boca, bebendo de todas as fontes, lambendo o que vê 
pela frente.” 
 
Sobre este parágrafo, afirma-se incorretamente: 
 
(A) Ocorre intertextualidade no primeiro período. 
(B) O uso do adjetivo “promíscua” é contextualmente justificado, pois remete 
também a “mistura” e “confusão”. 
(C) A expressão “Tudo isso”, por ter valor anafórico, resume o desenvolvimento da 
temática do texto. 
(D) O sujeito oculto das formas verbais “vai”, “bebendo”, “lambendo” e “vê” tem 
como referente o “Dia da Língua Portuguesa”. 
(E) No lugar do travessão, o uso do pronome relativo “que” manteria a correção 
gramatical, sem alterar o sentido básico original. 
 
 
=================================================== 
 
GABARITO 
 
1- E 
2- D 
3- A 
4- C 
5- B 
6- E 
7- A 
8- C 
9- B 
10- D 
 
=================================================== 
 
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