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TRBALHO IMPERIALISMO

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: TEORIAS ECONÔMICAS E SERVIÇO SOCIAL
PROFESSORA: NÁDIA FIALHO
IMPERIALISMO E NOVO IMPERIALISMO
Cássia Juliana da Silva;
Jane Nazaré Tavares;
Karina Rosa Cabral;
Luani Letícia Boaes e
Maria Luciene Moura
BELÉM, 2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................
CONTEXTO HISTÓRICO.....................................................................................
PRINCIPAIS NOMES DO IMPERIALISMO.........................................................
PRINCIPAIS IDEIAS DO IMPERIALISMO..........................................................
O NOVO IMPERIALISMO.....................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................
INTRODUÇÃO
O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo.
Esta prática está registrada na história da humanidade através de muitos exemplos de impérios que se desenvolveram e, em muitos casos, foram aniquilados ou substituídos por outros. No entanto, o conceito, derivado de uma prática assente na teoria econômica, só surgiu no início do século XX.
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.
A concepção de neo-imperialismo foi realizada por economistas ingleses e franceses no início do século XIX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais: o investimento de capital externo e a propriedade econômica monopolista. “Um país imperialista era um país que dominava economicamente o outro”, e desse modo a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, assim como a "absorção" dos países dominados pelos monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores, levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.
Os países imperialistas dominaram muitos povos de várias partes do planeta, em especial dos continentes africano e asiático. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população desses países se sobrepunham tendo como afirmativa que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso. Dessa forma, tinham 3 visões explicativas: oetnocentrismo, baseado na idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos, indígenas e africanos, exemplos clássicos), da mesma forma o racismo e odarwinismo social que interpretava a teoria da evolução duma forma errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.
Assim, no final do século XIX e o começo do século XX, os países imperialistas se lançaram numa corrida por matéria-prima, mercados consumidores e países com uma fragilidade política, com o intuito de colonizar, o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista.
CONTEXTO HISTÓRICO
A Europa no séc. XIX era centro do capitalismo mundial tendo os maiores países industrializado como França, Inglaterra, e os recém-nascidos como Alemanha e Itália,unificados tardiamente.Fora da Europa ascendia os EUA E o Japão.
A nova fase capitalista consistia, nas fusões de empresas que passaram a exercer o monopólio comercial por baixarem os preços, eliminando as pequenas empresas das concorrências. Foi marcada também pelo progresso da siderúrgica, pela conversão do ferro em aço. No campo econômico, o capitalismo junto com a revolução industrial chegou ao estágio monopolista e financeiro.
Entre 1880 e 1914 parte do mundo, exceto da Europa e das Américas, foram divididas em territórios, dominados pela Europa Ocidental e Estados Unidos, organizando grandes impérios coloniais, que possuíam em comum a acumulação capitalista. Este momento ficou conhecido como imperialista, com causas diversas, mas todas relacionadas com o desenvolvimento do capitalismo industrial nos países imperialistas.
Com a evolução industrial, houve a necessidade de conquistar novas terras, mercados consumidores para se consumir o excedente da produção, e de matérias primas. Muitas das quais se produziam em condições mais vantajosas fora da Europa. 
A repartição do mundo entre um pequeno número de Estados foi a expressão mais espetacular da crescente divisão do planeta em fortes e fracos, em “avançados” e “atrasados”. Entre 1876 e 1915, cerca de um quarto do território do globo foi distribuído e redistribuído, como colônia, entre meia dúzia de Estados. Principalmente a Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e Japão 
Mas, o ponto crucial da situação econômica global foi que certo número de economias desenvolvidas sentiu ao mesmo tempo a necessidade de novos mercados. A conseqüência lógica foi a repartição das partes não ocupadas do terceiro Mundo.
Os motivos estratégicos para a colonização se mostravam mais evidente na Grã – Bretanha, que possuía colônias que permitiam o controle do acesso a várias regiões terrestres e marítimas britânicos. Alguns historiadores tentaram explicar os motivos da expansão britânica na África em termos de defender as rotas para Índia e suas vias de acesso, contra ameaças potenciais. Mas não invalidava uma analise econômica do imperialismo. A disputa pela África Ocidental e pelo Congo, em todo caso, foi basicamente econômica. 
Além desses fatores econômicos, essas conquistas estão ligadas também, aos sentimentos nacionalistas. Adquirir colônias se tornou um símbolo de status em si, independente de seu valor. Formar impérios coloniais significava demonstrar a grandeza das nações, as glorias das nações, o prestigio político europeu e a influência que a nação podia e devia exercer no mundo
Mas o imperialismo tinha razões mais sutis e menos transparentes, a conquista militar e política era induzida pela exportação de capitais que não rendiam juros suficientes na Europa. Esse tipo de dominação ficou conhecido como imperialismo financeiro, comandado por poderosos monopólios de banqueiros, investidores e industriais.
.
PRINCIPAIS NOMES DO IMPERIALISMO
Rosa de Luxemburgo
Escritora e ativista política polonesa nascida em Zamosc, região então pertencente ao império russo, hoje Polônia, uma das fundadoras da Liga Espartaquista, que defendia uma política antimilitarista e revolucionária, de primordial importância na história do movimento operário europeu. Filha de judeus de classe média, foi perseguida por precoces atividades políticas e emigrou para a Suíça (1889), onde se doutorou em direito e em ciência política. 
Após contatos com socialistas russos, como Georgy Plekhanov e Pavel Axelrod, fundou o Partido Social Democrata, mais tarde Partido Comunista da Polônia. Após casar com Gustav Lübeck, adquiriu a cidadania alemã e estabelecendo-se em Berlim (1898) e iniciou a publicação de suas obras. De volta a Varsóvia (1905) foi presa e logo depois da libertação, voltou para a Alemanha, publicou , em que acentuou a importância da condução partidária e da iniciativa revolucionária do proletariado. Atacou o capitalismo imperialista, e com Karl Liebknecht e outros radicais, participou da fundadora da Liga Espartaquista. 
Presa por suas atividades oposicionistas (1915/1916), após sua última libertação (1918) participou da fundação do Partido Comunista Alemão e acabou fuzilada em Berlim, por causa da insurreição espartaquista. Escreveu extensa obra sobre a economia capitalista e sobre os problemasinerentes à participação do proletariado no sistema político das sociedades burguesas, entre elas Sozialreform oder Revolution? (1889), Massenstreik, Partei und Gewerkschaften (1906), Die Akkumulation des Kapitals (1913), Die Krise der Sozialdemokratie (1916) e a póstuma Die russische Revolution (1922).
Rudolf Hilferding
Nascido em Viena, 10 de Agosto de 1877 – 11 de Fevereiro de 1941, foi um economista austríaco marxista, importante teórico revisionista[1] e destacado líder da social-democracia alemã durante a República de Weimar, e médico. 
Nascido de uma próspera família judaica formou-se em medicina na Universidade de Viena e, após obter seu doutorado, em 1901, começou a trabalhar em Viena como pediatra. Todavia, sem grande entusiasmo pela profissão, passava a maior parte do seu tempo livre estudando economia política, seu verdadeiro interesse. Ainda assim, não deixaria a medicina até obter sucesso com os primeiros trabalhos publicados.
Uma vez filiado ao Partido Social-Democrata (SPD) da Áustria, em 1902 contribuía para o jornal Die Neue Zeit , o mais importante do movimento socialista da época, no qual escrevia sobre economia, a pedido de Karl Kautsky, - na época, o mais importante teórico marxista. Hilferding e Kautsky tornaram-se grandes amigos, além de terem afinidades políticas. Mais tarde, nos anos 1920s, Hilferding será o sucessor de Kautsky como principal teórico do SPD. 
Finalmente, em 1906, abandona a medicina e, atendendo ao chamado de August Bebel, começa a ensinar Economia e História do pensamento económico no centro de treinamento do SPD, em Berlim. Porém, pouco depois é obrigado a deixar o emprego, em virtude da promulgação de uma lei que restringia o exercício do magistério aos cidadãos alemães. Foi substituído por Rosa Luxemburgo após ser acusado de evicção, pela polícia prussiana em1907.
Depois de se tornar um importante jornalista ligado do SPD, Hilferding participou da Revolução de Novembro na Alemanha (1918-1919), tornando-se Ministro da Fazenda em 1923 e de 1928 a 1929.
Em 1933, após a ascensão de Hitler ao poder, Hilferding transferiu-se para Zurich e posteriormente para Paris, onde morreu depois de ser detido pela Gestapo em 1941. 
Hilferding foi um dos proponentes de uma leitura "econômica" de Karl Marx, identificando-se com o chamado Austromarxismo.[11] Foi o primeiro a levar adiante a teoria do "capitalismo organizado".
Participou também do "Debate da Crise" - rebatendo a teoria de Marx acerca da instabilidade e eventual colapso do capitalismo, argumentando que a concentração do capital estaria caminhando para a estabilização.
Editou importantes publicações como Vorwärts, Die Freiheit e Die Gesellschaft. Seu trabalho mais famoso é Das Finanzkapital ("O capital financeiro" ), uma das mais influentes e originais contribuições ao marxismo econômico que exerceu grande influência sobre vários autores, dentre os quais Lenin, em seus escritos sobre o imperialismo. 
Lenin
Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido como Lênin, foi um importante revolucionário, líder da Revolução Russa de 1917, e estadista russo. Vladimir Ilyitch Ulianov nasceu em Simbirsk, na Rússia, no dia 22 de abril de 1870. Entre os seis filhos da família, o jovem se tornou conhecido como Lênin. Desde adolescente teve contato com ideologias políticas, especialmente por causa da influência de seu irmão Alexandre Uilánov. Este, aos 21 anos fazia parte de um grupo de estudantes niilistas em São Petersburgo. O irmão de Lênin integrou um grupo de extrema esquerda chamado Pervomartovtsi, o qual foi responsável pela tentativa de assassinato do czar Alexandre III. Uilánov foi preso juntamente com o restante do grupo, sendo condenado à morte em 1887, quando Lênin tinha apenas 17 anos. O ocorrido deixou Lênin muito impressionado e convencido de que o anarquismo não oferecia a melhor alternativa para se derrubar o czarismo na Rússia.
No mesmo ano da morte do irmão, Lênin começou a alterar o destino de sua vida. Em 1887 mudou-se para Kazan, onde foi cursar a faculdade de Direito. No decorrer dos estudos que o jovem Lênin teve contato com as ideologias que realmente marcariam suas ações futuras. E, principalmente, tornou-se um marxista. Após se formar, Lênin dedicou-se ao estudo dos problemas econômicos da Rússia, tendo como base orientadora os escritos de Marx e Engels. 
Lênin consolidou sua ideologia, acreditando e seguindo o marxismo, e passou a combater os populistas. Seu retorno definitivo e triunfal para Rússia ainda demoraria muito tempo para acontecer. Após formado, passou um tempo na Suíça, em 1895, onde fez contato com exilados russos, dentre os quais estava Plekanov. Quando voltou para Rússia, com a intenção de dar vida ao Partido Social Democrata Russo, acabou sendo preso e exilado na Sibéria, local onde permaneceu por três longos anos.
Ainda assim, em congresso do Partido Social Democrata Russo, a corrente da qual Lênin fazia parte conseguiu se impor graças a uma pequena maioria. Em 1905 eclodiu uma revolução na Rússia, sem liderança definida ou objetivos bem claros, mas que serviu para abalar a sustentação do czarismo no país e fragmentar o prestígio do então czar Nicolau II. Nesta ocasião, o partido de Lênin entrou em desacordo sobre as posturas que deveriam ser tomadas no movimento revolucionário e acabou se sucedendo um racha. A corrente interna que contava com a participação de Lênin ficou caracterizada por acreditar que as mudanças na Rússia deveriam acontecer através da ação revolucionária, dando origem ao Partido Bolchevique, de cunho mais radical. Já a oposição acreditava que o processo deveria ser mais moderado e contando com a atuação da burguesia, o que deu origem ao Partido Menchevique.
Após a Revolução Russa de 1905, Lênin teve que fugir novamente da Rússia, já que o czar Nicolau II se aproveitou da fragmentação dos reformadores para reafirmar seu poder na Rússia. A partir de 1909 Lênin fica fora da Rússia por mais cinco anos, vivendo na Europa Ocidental.
Alguns anos mais tarde, em 1917, a inconformidade com o czarismo se acentuou na Rússia e o processo revolucionário tomou rumos mais organizados para efetivação. Em fevereiro do mesmo ano, o Partido Menchevique começou a implementar medidas que causariam a mudança da tradicional estrutura do país. Entretanto, o grupo mais radical não estava satisfeito com alterações, queria mais radicalização e impactantes mudanças na Rússia. Essa era a postura do Partido Bolchevique, liderado por Lênin. Em outubro de 1917, os bolcheviques assumiram o controle da revolução e o poder russo. Lênin foi eleito presidente do Conselho dos Comissários do Povo, combateu com voracidade os adversários do povo. Em meio ao processo revolucionário, o czar Nicolau II foi punido com a morte.
Em alguns momentos, Lênin utilizou de mecanismos da economia de mercado, mas era ação integrante de sua política comunista na Rússia que influenciou o restante do mundo, mesmo que fosse necessário “recuar um passo para avançar dois”, como costumava dizer. Lênin participou da fundação da União Soviética e criou uma corrente teórica chamada leninismo que influenciou partidos comunistas em todos os lugares.
No mesmo ano da criação da União Soviética, 1922, Lênin contraiu uma doença que o levaria à morte em 21 de janeiro de 1924. Seu corpo foi embalsamado e permanece até hoje exposto em seu mausoléu na Praça Vermelha, em Moscou.
Bukharin
 PRINCIPAIS IDEIAS DO IMPERIALISMO
Rudolf Hilferding lançou o seu livro O capital financeiro nele percebia na formação e afirmação dos cartéis e dos trustes a particularidade do capitalismo do início do século XX, que tendiam a monopolizar o mercado. Crucial seria o papel dos bancos – também eles em processo de crescimento e fusão – na constituição das grandes empresas monopólicas. A virtual fusão do capital industrial em processo de concentração e centralização com o capital bancário constituíam o capital financeiro. A implicação desse processo seria a diminuição da concorrência no mercado internoe o aumento de preços, além da introdução de importantes elementos de planejamento empresarial. 
A grande contribuição de Hilferding é mostrar a relação do imperialismo com o que ele considera a principal marca do capitalismo moderno: o processo de monopolização que, por um lado, elimina a livre concorrência através da formação de cartéis e trustes, e por outro, leva a uma relação cada vez mais "íntima" do capital industrial com o capital bancário, formando o que ele chama de "capital financeiro".
A formação do "capital financeiro" seria um patamar superior dentro deste processo. Com o desenvolvimento do capitalismo, haveria um crescimento contínuo do dinheiro à disposição dos bancos, que o fornecem na forma de créditos para os industriais. O controle destes fundos massivos está nas mãos dos bancos. Assim, se acentua cada vez mais a dependência dos industriais em relação aos bancos. Uma parte cada vez maior do capital empatado na indústria não pertence aos industriais que o aplicam. Estes têm acesso ao grande volume de capital exigido por intermédio dos bancos. Por seu lado, os bancos têm que investir uma parte cada vez maior do seu capital na indústria, e se transformam cada vez mais em capitalistas industriais. Desta forma, o capital investido na indústria toma cada vez mais a forma do "capital financeiro" — capital à disposição dos bancos que é usado pelos capitalistas industriais. Este "capital financeiro" atinge o seu apogeu com a monopolização tanto dos bancos como da indústria, quando os mesmos magnatas passam a dominar acionariamente tanto os grandes bancos quanto as grandes empresas industriais.
 Bukharin, membro da direção do Partido Bolchevique russo, assume uma compreensão essencialmente "Hilferdingista" do imperialismo. Assim como o economista austríaco, ele também considera que o predomínio dos monopólios reduz e até elimina a concorrência das sociedades capitalistas nacionais. Esta análise é desenvolvida repetidas vezes ao longo do seu livro publicado em 1916, intitulado de "O Imperialismo e a Economia Mundial".
Todas as peças desse sistema, altamente organizado (cartéis, bancos, empresas estatais), sofrem um processo contínuo de integração, que se acentua a medida que se desenvolve. Assim, as diversas esferas do processo de concentração e de organização estimulam-se reciprocamente e criam poderosa tendência à transformação de toda a economia nacional em uma gigantesca empresa combinada sob a égide dos magnatas da finança e do Estado capitalista.
Em outro livro escrito em 1927, "O Imperialismo e a Acumulação do Capital", Bukharin chega às mesmas conclusões de Hilferding em relação à possibilidade de diminuir e até eliminar as crises nos marcos das economias capitalistas modernas, onde a classe capitalista se une num truste unificado e gera uma economia ao mesmo organizada e dividida em classes antagônicas. 
Bukharin considerava que a concorrência eliminada da economia nacional se transferia para a arena da economia mundial. Por isso considerava inevitável, na época do imperialismo, a eclosão de guerras gigantescas sucessivas entre os "trustes capitalistas nacionais". Na verdade, ele inclusive vinculava a perspectiva de uma vitória revolucionária à eclosão dessas guerras. 
Em 1913, Rosa Luxemburgo, expoente da nova esquerda, no seu livro A acumulação do capital, discutiu o tema do imperialismo a partir da tentativa de resolver o problema da reprodução ampliada do capital, que não estaria suficientemente explicitado no segundo livro O capital, de Marx. O argumento de Rosa se desenvolve com a constatação de que a reprodução ampliada ocorre a partir da extração do valor-trabalho na fábrica, na mina e na empresa agrícola, o que conforma o proletariado industrial das economias capitalistas. No entanto, decisivo é também o valor adquirido por meio da incorporação de espaços naturais e sociais pré-capitalistas. Essas seriam as zonas agrícolas de economia camponesa e artesanal, sobreviventes da época feudal, a comuna oriental camponesa, que ainda sobrevivia na Rússia e, principalmente, a ampla zona colonial do mundo.
A tese essencial de Luxemburgo era de que seria possível a acumulação do capital num meio puramente capitalista. Criticando os esquemas de reprodução ampliada do capital formulados por Marx no segundo livro do Capital, ela conclui que a contradição entre produção e consumo na sociedade capitalista forçava a burguesia a encontrar compradores fora do meio capitalista para realizar o seu capital. O capitalismo viveria, assim, uma crise de realização permanente, que o forçaria a estar sempre procurando conquistar e criar mercados para os seus produtos em áreas não-capitalistas. O sistema padeceria de um mal semelhante ao "subconsumo crônico" apontado por Sismondi e Hobson. Esta crise de "realização" seria o impulso econômico fundamental do imperialismo. O próprio imperialismo não passaria de uma fase do capitalismo onde se esgota a partilha territorial das áreas não-capitalistas, e por isso há uma luta de morte entre as potências capitalistas pelo controle e domínio dessas regiões. O fato é que todo o edifício da teoria de Rosa Luxemburg sobre o imperialismo está construído sobre bases nada sólidas. Sua argumentação fundamental gira em torno de uma compreensão anti-dialética dos esquemas de reprodução ampliada de Marx. 
No fundo, a autora não concebe os esquemas em movimento. Não vê o processo de reprodução e acumulação passando de uma fase para outra, de um ciclo para o próximo. Por isso fica presa a uma concepção de "crise permanente" de realização no capitalismo, sem conseguir dar conta do caráter cíclico das crises desse sistema.
A mais famosa e influente interpretação marxista do imperialismo foi realizada por Lênin em seu estudo de 1919, intitulado O Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo, definia esse processo assim: “O imperialismo é um capitalismo na fase de desenvolvimento, quando tomou corpo a dominação dos monopólios e do capital financeiro, ganhou significativa importância a exportação de capitais, quando se iniciou a partinha do mundo pelos trustes internacionais e terminou a repartição de toda a terra entre os países capitalistas mais importantes.” 
 O que demonstra um período de guerras e revoluções como conseqüência da luta entre os países imperialistas, entre os monopólios internacionais, pelos mercados externos e melhores condições para arrancar lucros maiores. Os monopólios foram um fenômeno característico da economia americana e alemã dessa época, e, de forma intensa, na Grã – Bretanha e França. 
A característica mais importante da etapa imperialista do desenvolvimento do capitalismo era a total submissão das economias capitalistas ao domínio dos monopólios, tendência que Marx já havia previsto com muita lucidez. Para Lênin monopólio não é sinônimo de indústrias subordinadas a uma única empresa, conforme a definição econômica moderna. Ao falar em monopólios, Lênin referia-se ás indústrias dominadas por trustes, cartéis, combinações ou poucas empresas grandes.
Em meio a este acirrado debate no início do século, a formulação da teoria do imperialismo por Lênin veio superar as formulações dos seus autores contemporâneos. Em síntese, sua análise do imperialismo o caracteriza como uma fase no desenvolvimento do capitalismo que tem cinco traços fundamentais são eles:
1- A concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios, os quais passam a desempenhar um objetivo decisivo na vida econômica.
2. A fusão do capital bancário com o capital industrial, e a criação, baseada no capital financeiro.
3. A exportação de capitais, adquire uma grande importância .
4. A formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si.
5. O termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes.
O gigantesco salto teórico dado por Lênin ao formular sua teoria do imperialismo fundamentou todo o processo de ascenso do movimento revolucionáriomundial na primeira metade do século XX. Mas além da impressionante validade que a teoria leninista sobre o imperialismo continua mantendo nos dias de hoje, ela também nos traz, importantes ensinamentos do ponto de vista do método da produção teórica na ciência do marxismo. A "chave" do grande sucesso teórico de Lênin é saber estar aberto para o que de mais avançado se produz nos diversos campos do conhecimento humano e, ao mesmo tempo, submeter essa produção a uma triagem na análise de classe, baseada nos conceitos fundamentais da teoria marxista. È uma postura avessa tanto ao dogmatismo, quanto ao ecletismo.
 O NOVO IMPERIALISMO 
Segundo Harvey este novo imperialismo se afirma não apenas a partir de uma forma de acumulação puramente econômica– o que ele chamou de opressão via capital– mas, sobretudo, por meio de uma acumulação– via expoliação – que, chamada por Marx de primitiva, encontra-se ainda presente nos dias atuais, renovando suas antigas práticas, através, por exemplo, da privatização dos recursos e substituição da agropecuária familiar pelo agro-negócio. 
Além disso, o novo imperialismo também se afirma por meio da “coerção consentida”, tanto no plano interno, pela sociedade norte-americana, quanto no externo, com base na defesa dos princípios de liberdade e democracia.
Por outro lado, Harvey aponta que se evidenciam cada vez mais resistências contra essa hegemonia, como é o caso dos movimentos anti-globalização, que se colocam contra o domínio norte americano: a hegemonia dos EUA nunca esteve tão ameaçada como agora.
A verdade é que hoje, mais do que nunca, o conceito do imperialismo como uma etapa do capitalismo e da História da humanidade continua sendo um conceito fundamental. Ao articular a História dos impérios com a História das empresas, o conceito de “imperialismo” pôs a descoberto o poder crescente das empresas monopolistas e do capital financeiro. Também reformulou a luta antiimperialista combinando a luta das nações oprimidas com a luta das classes exploradas.
Se hoje estamos assistindo à construção de um império mundial pelo complexo militar-empresarial dos Estados Unidos (e a palavra império lhes parece grata desde a rainha Vitória), tal projeto de Império corresponde às mais avançadas políticas imperialistas e capitalistas: combina a força crescente das megaempresas e das potências, em que se apoiam e de que se servem, com as novas formas de dominação e exploração dos povos e dos trabalhadores.
De fato, o projeto mencionado articula cada vez mais o imperialismo ao capitalismo, até tornar cada um deles incompreensível sem o outro. Ainda mais, permite explorar as contradições na construção do império mundial norte-americano em pugna inevitável com outros impérios dada sua crescente apropriação e dominação de territórios, recursos e populações, bem como o fato de que apareça como o beneficiário principal da nova acumulação original e ampliada de capitais, formulando problemas de insegurança às grandes potências e às potências intermediárias.
A luta contra o imperialismo e o capitalismo, encarada como uma luta pela democracia, pela libertação e pelo socialismo, corresponde, por sua parte, a um fenômeno alternativo de sistemas emergentes, e, tanto por suas tendências naturais como pelas que serão encaminhadas para atingir tais objetivos, pode ter um crescimento exponencial que inclua a própria população dos Estados Unidos, sem mencionar a do resto do mundo. Nesse futuro o exemplo de Cuba, longe de ser “excepcional”, tem características universais que se tornarão cada vez mais evidentes conforme se descubra nela a necessidade ético-política que todo movimento pela libertação, pela democracia e pelo socialismo deve priorizar na organização de seu pensamento e de suas ações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período que se estende do final do século XIX ao principio do século XX testemunhou a partilha imperialista da maior parte das regiões economicamente desenvolvidas do mundo. As populações dessas regiões foram submetidas a mais dura e cruel exploração, em proveito dos lucros das grandes corporações sediadas nos países capitalistas avançados. 
O imperialismo nada mais é do que roubar a propriedade alheia para si, é a junção de governo com empresários que resolve não competir apenas no mercado, mas também obter renda “roubando”.
Um exemplo do imperialismo hoje são as ações de governos que tomam para si o direito de subjugar outros povos e estabelecer seu poder como legitimo em novos territórios. Os EUA são mais liberais que outros países em vários aspectos, mas possuem uma política externa imperialista, com poder militar em todo o mundo.
As ações imperialistas devem ser estudadas à luz de um processo de intervenção estatal, pois representam um processo de roubo de renda alheia, ou seja, de agressão aos direitos de propriedade.
BIBLIOGRAFIA
BRUIT, Hector H. O imperialismo; 2. Ed. São Paulo: Editora da Universidade de Campinas, 1987
HOBSBAAWN, E. A Era dos Impérios: (1875-1914). 8° Edição Paz e Terra: Rio de Janeiro,2003.
CASANOVA, Pablo G. O imperialismo Hoje: 9.Ed. da Universidade Federal Fluminense,2005.
HARVEY, David. O Novo Imperialismo: 2. Ed. São Paulo: Loyola, 2005

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