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Economia Política - Slides de Aula Unidade I

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Prof. Claudio Ditticio
UNIDADE I
Economia Política
 Já se foi o tempo em que a economia era um assunto de interesse basicamente de 
pessoas ligadas ao mundo dos negócios, finanças ou que atuassem em unidades 
de governo.
 Basta ver a profusão de notícias e informações nos diferentes tipos de mídias 
(escrita, falada etc.) abordando fatos e repercussões econômicas e seus impactos 
sobre a sociedade.
Assunto de interesse geral
 As necessidades do cotidiano tornam obrigatório o conhecimento de economia, 
independentemente da área profissional ou da formação acadêmica. 
 Todos nós nos deparamos com aspectos relacionados à formação de preços, às 
estruturas de mercado, às questões de escassez de bens e serviços, à inflação, ao 
desempenho de determinados setores da economia e aos níveis de crescimento e 
desenvolvimento das nações.
Forte influência na sociedade como um todo
 A Ciência Econômica investiga como fatores escassos de produção são 
alocados para a produção de bens e serviços que se destinam a 
saciar necessidades ilimitadas. 
 A “economia de mercado” indica a forma pela qual, nas sociedades capitalistas, a 
reprodução material das sociedades passou a acontecer por meio de instituições 
orientadas para objetivos econômicos.
Do que trata a Ciência Econômica
 Toda a organização da produção é delegada aos mercados, que se autorregulam: 
indivíduos perseguindo apenas seu interesse pessoal ofertam e demandam 
mercadorias, fazendo com que esses bens alcancem um preço determinado. 
 As decisões sobre o que e quanto produzir serão tomadas com base nos preços 
informados pelos mercados, que sinalizam as expectativas de ganho em cada 
processo produtivo.
A economia baseada nos livres mercados
 “Muitos consideram o Riqueza das nações [...] obra que marca uma mudança na 
natureza da reflexão sobre os temas econômicos, não tanto pela criação de novos 
conceitos, mas pelo estabelecimento de um novo arranjo [...] [destes], sob um 
novo ponto de vista. 
 Importa, sobretudo, que a economia tenha ganhado a forma de uma disciplina 
autônoma, desligada da ética e da filosofia política, no interior das quais 
a escolástica e as doutrinas do direito natural ainda a enquadravam.”
(CERQUEIRA, 2001, p. 397)
A economia baseada nos livres mercados
 Aristóteles distinguiu as finanças da gestão doméstica e da comercial, tomando o 
dinheiro como unidade de troca. 
 Conforme a sua teoria, as finanças eram naturais, implicavam a aquisição de bens 
para garantir a autossuficiência, considerando as necessidades práticas; a gestão 
doméstica e o comércio permitiam alcançar a riqueza como um fim, sem limites 
(DN, 2011). 
 Nessa época, a atividade econômica era vista integrante da Filosofia, da moral e 
da ética; o que predominou durante toda a Idade Média.
Estudar economia não é algo novo!
 A compreensão do contexto histórico que trará o nascimento das Ciências 
Econômicas traz à tona uma questão de fundamental importância: se a economia 
é decorrente do esforço de se distinguir da história, da sociologia, da ética, da 
filosofia moral e da política; poderíamos ser levados a crer na existência de uma 
distância entre ela e essas outras áreas, especialmente do ponto de vista da 
delimitação do seu objeto de estudo ou da determinação de sua metodologia de 
investigação.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 Na Europa do medievo, o mundo era bem diferente daquele que hoje conhecemos: 
em vez de trabalhadores livres, políticos, organizações não governamentais, 
supermercados e shopping centers; havia reis, senhores feudais, cavalheiros, 
servos e clérigos. Assim estava organizada a sociedade durante o Feudalismo e 
essa estrutura iria sofrer abalos contínuos até a degradação total, num processo 
que levaria alguns séculos para se completar.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 Sobre o período medieval, a imagem mais comumente lembrada é a do feudo, 
grande propriedade trabalhada por camponeses que aravam não apenas a terra 
arrendada, mas também a do senhor.
 Nesse sistema, que sobreviveria na Europa até o século XVIII, o castelo era o 
centro do mundo: ali morava o senhor e sua família. O feudo, unidade 
autossuficiente, era o espaço em que ocorriam as relações de vassalagem entre o 
servo e o seu senhor.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 O feudo tinha suas próprias regras e leis, que regiam tudo e todos. O senhor 
feudal era quem decidia sobre casamentos, litígios e conflitos. Ele resolvia o quê, 
como plantar e quanto colher. Em algumas regiões da Europa, o senhor feudal 
tinha o direito “da primeira noite”, ou seja, podia desvirginar a noiva que morasse 
em sua propriedade ou que fosse esposa de alguém que morasse nas suas terras.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 Havia moedas, claro, e em grande variedade: cada uma tinha valor apenas 
numa determinada região – não havia referência cambial com outras moedas 
de outras regiões. 
 Por que haveria de existir referência, afinal? A vida econômica ocorria dentro 
dos muros do próprio feudo, não havendo quaisquer relações comerciais com 
o que era exterior.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 Os cruzados precisavam de provisões e, no trajeto em direção ao Oriente, foram 
sendo criados entrepostos comerciais e feiras. 
 No decorrer dos séculos, esse comércio cresceria cada vez mais, surgindo, em 
torno dele, as primeiras cidades. 
 Os senhores feudais, donos das terras onde se realizavam as feiras, tinham direito 
a receber comissões pelos negócios lá efetuados; eram receptivos às atividades 
comerciais porque elas traziam lucro e prosperidade. 
Economia na Antiguidade e na Idade Média
 Devagar, apareciam pequenas aberturas na estrutura feudal de imobilidade social: 
surgiam comerciantes e “banqueiros”; crescia uma população urbana que não se 
encontrava aprisionada pela vassalagem e tampouco tinha uma relação visceral 
com a terra.
Economia na Antiguidade e na Idade Média
Historicamente, a queda do sistema feudal ocorreu primordialmente devido:
a) Ao início das Cruzadas.
b) Ao uso de máquinas.
c) À indignação do povo.
d) Às guerras civis.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Interatividade
 A moderna noção de que qualquer transação comercial é lícita desde que seja 
possível realizá-la não fazia parte do pensamento medieval. O homem de negócios 
bem-sucedido de hoje, que compra pelo mínimo e vende pelo máximo, teria sido 
duas vezes excomungado na Idade Média.
 “O comerciante, porque exercia um serviço público necessário, tinha direito a uma 
boa recompensa e a nada mais do que isso” (HUBERMAN, 1986).
A rejeição ao lucro
Conforme afirma Huberman (1986, p. 47):
 “A Igreja ensinava que, se o lucro do bolso representava a ruína da alma, o bem-
estar espiritual é que estava em primeiro lugar. ‘Que lucro terá o homem se ganhar 
todo o mundo e perder sua alma?’ Se alguém obtivesse, numa transação, mais do 
que o devido, estaria prejudicando a outrem, e isso estava errado. São Tomás de 
Aquino, o maior pensador religioso da Idade Média, condenou a ‘ambição do 
ganho’. Embora se admitisse, com relutância, que o comércio era útil, os 
comerciantes não tinham o direito de obter numa transação mais do que o justo 
pelo seu trabalho.”
Aceitação do lucro
 Diferentemente dos teólogos católicos, propensos a considerar a atividade humana 
como coisa fútil e vã, os calvinistas santificavam e aprovavam o esforço humano 
como uma espécie de indicador de valor espiritual. Cresceu entre eles a ideia de 
um homem dedicado ao seu trabalho, “vocacionado” para ele. 
 Disso resulta a fervorosa entrega de cada um à sua própria vocação que, muito ao 
contrário de evidenciar umafastamento dos fins religiosos, passou a ser 
considerada uma evidência da dedicação à vida.
A influência do protestantismo
Essa moral criaria o que Max Weber, no século XIX, ao estudar a fundo a ligação 
entre a religião e o capitalismo, identificou como o espírito do capitalismo:
 “De fato [...] ganhar mais e mais dinheiro, combinado com o afastamento estrito de 
todo prazer espontâneo de viver é, acima de tudo [...] pensado tão puramente 
como um fim em si mesmo, que do ponto de vista da felicidade ou da utilidade 
para o indivíduo, parece algo transcendental e completamente irracional [...].
A influência do protestantismo
 [...] O homem é dominado pela geração de dinheiro, pela aquisição como propósito 
final da vida. A aquisição econômica não mais está subordinada ao homem como 
um meio para a satisfação de suas necessidades materiais. Essa inversão daquilo 
que chamamos de relação natural, tão irracional de um ponto de vista ingênuo, é 
evidentemente um princípio guia do capitalismo, tanto quanto soa estranha para 
todas as pessoas que não estão sob a influência capitalista.” 
(WEBER, 1996, p. 21)
A influência do protestantismo
 A origem da riqueza se deve ao acúmulo de ouro e prata, obtido com as 
exportações (as importações representavam o envio de metal para outras nações). 
 Como uma determinada nação deveria proceder para obter esse superávit? 
Quanto mais poderosa ela fosse, quanto mais numerosas fossem suas rotas 
comerciais, quanto maior a dependência de suas colônias em relação à metrópole, 
maiores seriam as possibilidades de acumular ouro e prata (BRUE, 2006).
Mercantilismo
 Era necessário um Estado forte. O espírito nacionalista associado a instituições 
militares capazes de dar conta da ação expansionista seriam fundamentais. 
 Um governo centralizado bastante forte era outra exigência e o controle 
governamental bastante rigoroso deveria apoiar as políticas e as metas 
mercantilistas, via concessão de monopólios, edição de leis protecionistas, 
elaboração e fiscalização de normas de produção e a distribuição de mercadorias. 
Havia controle rigoroso (ou proibição) das importações e fixação de preços dos 
produtos nacionais no mercado interno.
Mercantilismo
 Obras de Quesnay e Turgot – reação às práticas mercantilistas (excesso de 
regulamentação e de normatização da ação governamental).
 Os fisiocratas introduziram a ideia de ordem natural, influenciados pela mecânica 
newtoniana e os desenvolvimentos da medicina – manter tudo em equilíbrio 
responsável por manter os planetas no céu, realizar o movimento circular do 
sangue e também da harmonia econômica terrestre. 
Fisiocratas
 A oposição à regulamentação e à intervenção do Estado na economia explica o 
lema fisiocrata: laissez-faire, laissez-passer (deixe fazer, deixe passar). 
 É importante salientar a importância que a agricultura tem no pensamento 
fisiocrático: é a responsável pela produção de riqueza via geração de excedente –
o comércio e as indústrias estéreis, apesar de úteis.
Fisiocratas
 O uso intensivo de maquinário nas fábricas – fruto de um incessante processo de 
inovação tecnológica – e a expansão de uma classe trabalhadora, explorada e 
assalariada, caracterizavam uma crescente atividade econômica já bem distante 
da economia comercial e mercantil dos séculos XVII e XVIII.
Surgimento do trabalhador urbano
 As degradadas e sujas cidades inglesas viam circular trabalhadores esfomeados 
e que viviam em condições totalmente inadequadas; ao mesmo tempo, 
os pensadores e a elite empresarial discutiam o terrível destino que aguardava 
a humanidade (em especial, a fome resultante da explosão populacional 
e da escassez de terras aráveis e produtivas); outros pensadores e capitalistas 
buscavam alternativas que pudessem criar um sistema social justo dentro 
(e a partir) do contexto de industrialização e da economia de mercado.
Surgimento do trabalhador urbano
 Em Nova Lanark, havia duas perfeitas fileiras de casas de trabalhadores com dois 
quartos em todas elas; havia ruas com o lixo cuidadosamente empilhado, à espera 
de remoção, em vez de estar espalhado em asquerosa imundície. E, nas fábricas, 
uma cena ainda mais incrível apresentava-se aos olhos dos visitantes.
Os pensamentos socialistas
 As crianças, agora, trabalhavam em fábricas, sob a direção de um supervisor cujo 
emprego dependia da produção que pudesse arrancar de seus pequenos corpos, 
com horários e condições estabelecidos pelo dono da fábrica, ansioso por lucros. 
Até mesmo um senhor de escravos das Índias Ocidentais poderia surpreender-se 
com o longo dia de trabalho das crianças. Um deles, falando a três industriais de 
Bradford, disse: “Sempre me considerei infeliz pelo fato de ser dono de escravos”.
Os pensamentos socialistas
A evolução da industrialização deu causa:
a) Ao desenvolvimento da agricultura manufatureira.
b) Ao desemprego.
c) À CLT.
d) À explosão da moeda metálica.
e) À globalização.
Interatividade
 A Revolução Industrial pode ser descrita como “uma série contínua de 
transformações que perdurou além mesmo do século XIX, em vez de como uma 
modificação feita de uma só vez” (DOBB, 1987, p. 269). No entanto, “uma vez 
vinda a transformação crucial, o sistema industrial embarcou em toda uma série de 
revoluções na técnica de produção, como traço notável de uma época do 
capitalismo amadurecido” (DOBB, 1987, p. 270).
Efeitos da Revolução Industrial
 As invenções provocavam a especialização do trabalho que, assim dividido, 
facilitava a introdução de inovações, caracterizando um processo cumulativo e 
irreversível em termos do aumento da produtividade, da concentração da produção 
e da acumulação.
Efeitos da Revolução Industrial
 A força de trabalho não apenas era uma mercadoria, mas uma mercadoria 
disponível e disposta a se empregar em troca de salários extremamente baixos. 
Os cercamentos de terra e o êxodo da população rural disso resultante também 
fariam aumentar o número de trabalhadores dispostos a trabalhar em troca de 
qualquer salário. A acumulação do capital, portanto, excedia o crescimento da 
oferta de trabalho.
Força de trabalho como mercadoria
 Adam Smith (1723-1790) é o precursor dos autores clássicos, desenvolvendo um 
padrão de análise a ser reproduzido por seus sucessores. Para Smith, a riqueza 
de uma nação é medida pela produção total anual de um país, que será 
consumida por um determinado número de pessoas.
Riqueza de uma nação
 Assim, a riqueza é dada pela relação entre a produção anual e a população. A 
divisão do trabalho gera a riqueza e esse processo (o de consecutivas divisões e 
especializações) só encontra limites no tamanho do mercado: a divisão do trabalho 
ocorrerá até o limite das possibilidades do tamanho do mercado.
Riqueza de uma nação
 Para Smith, o sistema econômico tende ao equilíbrio natural, tal como observado 
na natureza física, e é resultado do comportamento egoísta que, direcionado ao 
bem-estar individual, gera o bem-estar social.
Riqueza de uma nação
 O exemplo utilizado por Adam Smith em A riqueza das nações é o da fábrica de 
alfinetes. Por meio das atividades observadas nessa fábrica, ele explica como a 
divisão de trabalho acaba por gerar riqueza a partir do aumento da produtividade.
Riqueza de uma nação
 David Ricardo.
 Thomas R. Malthus.
 John Stuart Mill.
Escola Clássica
Fonte: livro-texto
 David Ricardo.
 Thomas R. Malthus.
 John Stuart Mill.
Escola Clássica
Fonte: livro-texto
Crescimento populacional
Produção de alimentos
Fome, doenças, crises sociais, políticos, mortes
Capacidade de produção de alimentos
Figura 1 – O modelo malthusiano 7 Marx, acrescentando, faz uma previsão: o capitalismo será destruído por si 
mesmo. A produção não planejada, a desorganização do sistema, as constantes 
oscilações de preços, tudo estaria conspirando para a inexorável crise. 
O pensamento de Marx
 O sistema, simplesmente, era complexo demais; desencaixava-se de maneira 
constante, perdia o ritmo, produzia determinada mercadoria em excesso e outra 
de menos. Dentro de suas grandes fábricas, ele precisaria não apenas criar a base 
técnica para o socialismo — produção racionalmente planejada —, mas teria, além 
disso, que criar uma classe bem treinada e disciplinada que viria a ser o agente 
do socialismo, o amargurado proletariado. 
O pensamento de Marx
 Para Marx, a diferença entre dinheiro recebido pela troca das mercadorias 
produzidas e dinheiro gasto com salários era denominada “mais-valia”, gerada 
no processo de produção e que tinha como origem o fato de os capitalistas 
comprarem um conjunto de mercadorias (fatores de produção, incluindo 
o trabalho que o operário vendia como mercadoria) por um valor abaixo 
daquele representado pelo conjunto de mercadorias vendidas 
(resultantes do processo produtivo).
O pensamento de Marx
 Também chamada de Marginalista, tinha como centros o indivíduo e a firma e, 
como formas de investigação, a abstração teórica e a argumentação lógica: 
produzir-se-á ou se consumir-se-á a partir da análise do custo ou do benefício que 
a última unidade (produzida ou consumida) proporciona; as ações dos indivíduos e 
das firmas proporcionam o equilíbrio entre o consumo e a oferta; o modelo de 
estrutura de mercado adotado é aquele representado pela concorrência perfeita. 
A Escola Neoclássica
 A demanda é o elemento mais relevante na determinação dos preços; a 
determinação do valor dos bens se dá pela sua utilidade; a racionalidade conduz 
as ações dos agentes econômicos e a liberdade de mercado é essencial para o 
equilíbrio de mercado. 
 O pensamento neoclássico tiraria de cena as questões incômodas de valor de 
troca, de salário e de mais-valia da análise econômica; sendo uma real alternativa 
teórica aos estudos marxistas.
A Escola Neoclássica
O autor da teoria da divisão do trabalho foi:
a) Max Weber.
b) Karl Marx.
c) Adam Smith.
d) São Tomás de Aquino.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
Interatividade
 A crise de 1929 traria outros ingredientes para a análise do pensamento 
econômico e a Escola Neoclássica teria que proporcionar soluções antes não 
cotejadas no seu desenvolvimento teórico.
A Crise de 1929/1930
Vejamos um texto publicado na revista Veja sobre o famoso outubro 
daquele ano:
 “Um alvoroço incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a 
atenção do comissário de polícia da cidade, Grover Whalen, na última quinta-feira, 
dia 24. Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso começou a escapar do 
edifício. Alguns minutos depois, já não era possível identificar se o bramido vinha 
de dentro ou de fora da Bolsa.”
A Crise de 1929/1930
Para Dobb (1987, p. 322), o que desmontava era o sonho de um paraíso econômico:
 “Os próprios fatos desses anos sombrios, com suas falências repentinas, fábricas 
abandonadas e filas de gente a pedir pão, forçaram nos espíritos já refeitos a 
conclusão de que algo – muito mais fundamental do que uma adaptabilidade lenta 
de desordenadas relações de preços – devia estar errado no sistema econômico, 
e que a sociedade capitalista teria sido tomada por algo com todos os sinais de 
ser uma doença crônica que ameaçava tornar-se fatal.”
A Crise de 1929/1930
 Desde muito, o governo americano incentivava o cidadão a participar do mercado 
acionário. Seria nesse tipo de mercado que agentes superavitários encontrariam 
formas alternativas de valorizar suas riquezas, deixando-as à disposição dos 
empresários, que investiriam mais e mais na produção de coisas úteis. Ao final do 
processo, o empresário vendia sua produção e repassava parte dos lucros aos 
agentes superavitários que acreditaram no “negócio”. 
A Crise de 1929/1930
 Na ânsia capitalista de querer acumular mais e mais capital, algumas pessoas 
chegaram a hipotecar seus imóveis para arriscar os lucros extraordinários do 
mercado financeiro. Já se deve ter percebido a cilada: para que lucros maiores 
fossem repartidos entre mais pessoas, maiores deveriam ser os lucros das 
empresas; para aumentar os seus lucros, as empresas deveriam diminuir custos 
e salários, produzir mais e vender mais. Como aumentar o consumo se os salários 
baixavam para aumentar a margem dos lucros?
A Crise de 1929/1930
A Crise de 1929/1930
Fonte: livro-texto
Subconsumo
e
superprodução
Desemprego
Quebra dos
rendimentos
Diminuição
do crédito Falências
bancárias
Quebra
das ações
Falências 
industriais e
comerciais
Baixa de 
preços
Quebra 
dos lucros
 Keynes recomendaria o que se tentara antes, e de forma bem-sucedida, com o 
New Deal americano: cabia ao governo tirar a economia do fundo do poço, 
investindo e criando empregos. Ao criar empregos, criava-se renda para o 
consumo e para a poupança. 
 Criando demanda, haveria estímulos para a retomada do crescimento da oferta. 
Ao investir em obras públicas, mesmo que fosse apenas para cavar buracos que, 
posteriormente, fossem tapados, o governo atendia ao que era prioritário: a criação 
de empregos.
A Revolução Keynesiana
 O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional são dois importantes 
organismos criados para promover a coordenação de políticas entre países, 
notadamente na área financeira, mas, muitas vezes, tal coordenação ocorre em 
detrimento de interesses de sociedades. 
As instituições de Bretton Woods
Se o objetivo básico do Banco Mundial era o de auxiliar na reconstrução e no 
desenvolvimento de territórios dos países membros atingidos pela destruição da 
guerra, ele agiria no sentido de desenvolver uma série de atividades dedicadas a:
 prover capital para fins produtivos;
 promover o investimento externo privado;
 complementar o investimento privado mediante o fornecimento de capital 
para fins produtivos;
 promover o crescimento equilibrado de longo prazo do comércio internacional.
As instituições de Bretton Woods
 Período de grande crescimento mundial na economia capitalista pós-Segunda 
Grande Guerra. 
 2 crises do petróleo (1973 e 1979).
 Grande dependência do petróleo.
 Inflação.
 Depressão.
 Estagflação.
 Endividamento externo (notadamente do setor público).
 Escola Monetarista (Friedman).
 Retorno às ideias liberais.
As crises da década de 1970
 Anos 1990 – ajustes: fiscal, monetário e administrativo – eliminar os problemas, 
atribuídos à excessiva participação do Estado na economia.
 Influência da globalização.
 Ditames do Consenso de Washington 89.
 Estado Mínimo (combate ao Welfare State).
 Abertura do comércio internacional.
 Privatizações.
 Desregulação dos mercados.
 Desigualdade da renda.
O Neoliberalismo
 A década de 1990 foi, portanto, a dos ajustes: fiscal, monetário e administrativo. 
Todos eles se comprometem a equacionar os problemas anteriores, causados pela 
excessiva participação do Estado na economia. 
Economia nos dias atuais
 A crise econômico-financeira mundial, ampliada a partir de 2008/2009, tem 
trazido e, com certeza, ainda trará grandes modificações nos mercados 
financeiros mundiais.
 Novas luzes para a intensificação da participação do Estado na economia.
 Crise no mercado imobiliário norte-americano, com hipotecas de empréstimos 
subprime, transformada em títulos negociados nos mercados.
A crise da primeira década do séculoXXI
 Em outubro de 2008, todos se chocaram com as notícias que anunciavam uma 
crise econômica de proporções tão imensas quanto as da quebra da Bolsa 
americana em 1929. 
 Delfim Netto, economista que, em vários momentos da história econômica 
brasileira, desempenhou papel de fundamental importância na formulação e na 
coordenação de políticas econômicas, em palestra proferida na Universidade 
Paulista, opinou que “estaríamos vivendo mais uma das tantas crises da 
história do capitalismo”.
Apesar das crises...
Uma das piores crises econômicas mundiais ocorreu em:
a) 1929.
b) 1930.
c) 1840.
d) 1789.
e) 2012.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

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