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POLÍTICA I - Exercício 2 PAULO CÉSAR E ANA LUIZA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF 
 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CCONTÁBEIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 CAMPUS GOVERNADOR VALADARES 
 
 
POLÍTICA I – EXERCÍCIO 
 
De: PAULO CÉSAR MACHADO – ANA LUIZA DE SOUZA VIEIRA 
 
1) Como podemos situar o populismo na análise do governo JK realizada pela autora? 
 
O populismo dentro do governo de JK, pode ser visto na maneira em que o congresso 
articula o conflito de interesses. Sendo este formado pela maioria do eleitorado, mediante a 
aliança PSD/PTB e da política econômica do governo que não desagradava a nenhum grupo 
político significativo. Para ilustrar podemos destacar entre outras, as citações a seguir: 
[...] “O essencial é constatar que o congresso deu apoio efetivo a Kubitscheck através da 
aliança majoritária PSD/PTB e dos pequenos partidos PSD, PTN, e PRT (226 
parlamentares), pois o governo representava, objetivamente, os interesses da maioria 
parlamentar. Esses interesses estavam representados na aliança PSD/PTB: os da elite rural 
preservados, uma vez que o sistema de poder e propriedade no campo permanece intocável 
na sua essência e os interesses do empresariado (não apenas os vinculados ao capital 
estrangeiro, como os que dependiam de créditos, pois a política financeira permaneceu 
controlada pelo PSD) e das novas camadas urbanas, mobilizadas pela redistribuição das 
vantagens advindas com o desenvolvimento econômico.”[...} pag. 70. 
 
2) Explique as relações entre o Legislativo e o Executivo no governo JK demonstrando 
a tese defendida pela autora em seu texto. 
 
As relações entre Legislativo e Executivo no governo JK, segundo Sérgio Abranches, 
ocorrem tanto ao nível partidário e ao nível sistêmico, quanto no nível institucional, como 
podemos observar nas citações: [...] “Ao nível sistêmico o Congresso representa o local onde 
as facções têm uma probabilidade de compartilhar o poder, sendo fundamentalmente uma 
instituição regulada por acomodações e alianças que articulam e agregam os diferentes 
interesses. O Executivo, por sua vez, representa a ascensão ao poder de uma determinada 
facção, o que pode conferir um caráter pessoal a cada administração; esse grupo pode 
representar uma coalizão interpartidária, representando pontos de vista diferentes, mas 
basicamente compatíveis”.[...] pag. 67. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF 
 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CCONTÁBEIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 CAMPUS GOVERNADOR VALADARES 
 
 
Tais relações Executivo/Legislativo, estabelecem conflitos devido à oposição, referente ao 
sistema de decisões. Segundo a autora essas fontes de conflitos foram bem contornadas, 
conforme o seguinte enunciado: [...]”Em primeiro lugar, os interesses do eleitorado do 
presidente encontram ressonância nos interesses da maioria do Congresso, através da 
aliança PSD/PTB e da política econômica do governo que não descontentava, basicamente, 
nenhum grupo politicamente significativo. Em segundo lugar, Kubitscheck contou com o 
apoio da maioria no Congresso, o que impedia a oposição de bloquear eficazmente as 
iniciativas consideradas mais importantes pelo Executivo, apesar das várias tentativas de 
obstrução parlamentar lideradas pela UDN. Finalmente, constatamos que efetivamente, a 
oposição parlamentar, dos setores militares e de órgãos da imprensa questionaram, durante 
algum tempo, a própria legitimidade do sistema, em termos da “ilegitimidade eleitoral” (as 
teses de maioria absoluta, votos dos comunistas, fraudes, etc.) e da “ilegalidade” da atuação 
do Gen. Lott para garantir a posse dos eleitos. No entanto, a falta de organização e liderança 
eficaz entre os militares anti-11de novembro(a oposição civil, sozinha, nada poderia fazer) 
por um lado, e a cooptação Executivo-militares, por outro, impediu o alargamento desse 
conflito possível”[...] pag.68. 
 
3) Qual o papel desempenhado por cada partido da aliança PSD-PTB no governo JK? 
Explique. 
 
O papel desempenhado pelo partido PSD era de detentor de todo o controle burocrático 
referente aos interesses de suas bases de poder rural local e dos órgãos de política 
financeira do país, já o PTB controlava os Institutos de Previdência Social e os Sindicatos. 
Podemos exemplificar os papéis desempenhados por estas citações: [...]” “Em troca” os 
partidos ganhavam acesso ao poder através da participação no governo nos cargos já 
garantidos: o PTB ficava com o Ministério do Trabalho, controlando todos os Institutos de 
Previdência Social e os Sindicatos e com o Ministério da Agricultura; o PSD “recebia” o 
Ministério da Fazenda(predominava a política financeira do PSD),o das Relações Exteriores, 
o da Justiça(pelos Estados todas as indicações para cargos e funções ligados ao Ministério 
da Justiça eram feitas pelo presidente do PSD ou deputados pessedistas) e o da Viação e 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF 
 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CCONTÁBEIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 CAMPUS GOVERNADOR VALADARES 
 
 
Obras Públicas, com grande peso político pela possibilidade de muitos empregos e 
manejamento de altas verbas.[...] pag. 76. 
 
4) Em que sentido a aliança PSD-PTB pode ser considerada uma aliança “natural” e 
não espúria? Explique com base no sistema político partidário brasileiro do período 
1945-64. 
 
Diante dos sistemas políticos partidários entre o período de 1945-1964, podemos considerar 
a aliança PSD/PTB, como aliança natural, levando em conta que os dois partidos tiveram a 
mesma origem, ou seja: foram criados por Getúlio Vargas; sendo que o PSD fora incumbido 
de continuar a obra administrativa do governo Vargas enquanto ao PTB cabia dar 
continuidade a obra de consolidação da legislação trabalhista, polarizando a massa operária 
e controlando a influência comunista. A aliança funcionou efetivamente como um canal no 
processamento das diferentes demandas surgidas no sistema político representado, com 
interesses diversos, porem convergentes. De acordo com o texto se estabelece uma arena 
política formada pela sociedade brasileira, a distância entre as zonas urbanas e rurais 
favorece às forças políticas que operam em cada área. Sendo assim o favoritismo entre os 
“Coronéis” do PSD e os populistas do PTB, se mantém através dos sindicatos e Previdência 
Social. Conforme listado no contexto: [...]” A aliança eleitoral PSD/PTB é, pois, a coalizão 
mais “natural”, condicionada pelas duas características básicas do sistema partidário 
brasileiro: a manutenção do coronelismo, por um lado, e o predomínio do Executivo 
(populismo) por outro.”[...] pag.96. 
 
 
 
Governador Valadares, 30 de outubro de 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO CÉSAR MACHADO ANA LUIZA DE SOUZA VIEIRA

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