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P06 - Plano Desenvolvimento -Turismo Sustentavel Acre2015-2020

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 1
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
Tião Viana | Governador 
Nazareth Araújo | Vice-Governador 
SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO E LAZER DO ACRE
Rachel Moreira | Secretária de Estado de Turismo e Lazer 
Ediza Pinheiro de Melo | Coordenadora Geral do Plano
GRUPO TÉCNICO DE ACOMPANHAMENTO
Ediza Pinheiro Melo | Coordenadora Geral do Plano
Luciana Rufino | Chefe da Divisão de Qualificação Turística
Adalgisa Bandeira de Araújo | Chefe do Departamento de Turismo e Artesanato
José Raimundo Morais | Representante do Conselho Estadual de Turismo
Rachel Dourado | Representante do Conselho Estadual de Turismo
COLABORAÇÃO
Entidades
Conselho Estadual do Turismo 
Secretaria de Estado de Planejamento 
Secretaria de Estado de Meio Ambiente 
Prefeituras Municipais do Estado do Acre
Fundação de Tecnologia do Acre
Fundação de Cultura Elias Mansour 
Fundação Garibaldi Brasil
Instituto de Meio Ambiente do Acre
Instituto Dom Moacyr
Associação dos Municípios do Acre
Fecomércio-AC
Sebrae-AC
Senac-AC
WWF Brasil
Icmbio
Iphan
Interlocutores Municipais
Sabrina Araújo: Elisson Araújo (Assis Brasil)
Francisca Salaba (Brasiléia)
Jair Castro (Epitaciolândia)
Idalino Pedrosa; Erivan Silva (Xapuri)
Antonio Vidal; Antonio Bezerra (Capixaba)
Silmar Souza (Senador Guiomard)
Francimar Rodrigues (Plácido de Castro)
Queli Carvalho; Marcos Andrade (Porto Acre)
Sainá Soares (Sena Madureira)
Rodrigo Forneck; Aretuza Bandeira (Rio Branco) 
Jocilene Braga (Feijó)
João Maciel; Lázaro Almeida (Tarauacá)
Marcelo Gleyson do Vale Silva (Jordão)
Antônio C. de Oliveira (Marechal Thaumaturgo)
Clautevir Costa (Mâncio Lima)
Joicilene Matos (Rodrigues Alves)
Maria Francisca do Nascimento; José Augusto 
Rocha (Cruzeiro do Sul)
CONSULTORIA RESPONSÁVEL
Opah Organização e Planejamento Ltda.
EQUIPE TÉCNICA
Josias Rickli Neto | Biólogo. Mestre em 
Planejamento Urbano e Regional 
Constança Camargo | Arquiteta e Urbanista. 
Especialista em Gestão Técnica do Meio 
Urbano
Eduardo Ambrósio | Arquiteto e Urbanista
Michelli Goncalves Stumm I Economista. 
Mestre em Sociologia 
Simone Scorsato | Turismóloga. Mestre em 
Turismo e Hospitalidade (diagnóstico e 
pesquisa de campo)
Wallan Araújo | Historiador. Especialista em 
Gestão Estratégica de Políticas Publicas
Yure Lobo | Turismólogo. Especialista em 
Cidades, Meio Ambiente e Políticas Públicas 
COORDENAÇÃO 
Josias Rickli Neto | Biólogo. Mestre em 
Planejamento Urbano e Regional 
Yure Lobo | Turismólogo. Especialista em 
Cidades, Meio Ambiente e Políticas Públicas
FOTOGRAFIAS
Secretaria de Estado de Comunicação - 
SECOM
Davi Sopchaki
Localizado na Floresta Amazônica, o Acre tem a vocação natural para o eco e o etnoturismo. Temos um imenso po-
tencial a ser explorado e apresentado àque-
les que sentem a necessidade de respirar 
novos ares de aventura em meio à natureza 
exuberante. 
Nos últimos anos montamos uma base 
capaz de fortalecer um setor da economia 
fundamental para o desenvolvimento. A 
nossa política para incentivar o turismo se 
mostrar acertada quando olhamos para a 
quantidade de estrangeiros que entraram 
no Estado em 2014 pelas fronteiras: 52.953. 
O aumento da taxa de ocupação e o cresci-
mento da quantidade de hotéis de pequeno, 
médio e grande portes que se instalaram no 
Acre também confirma que estamos no ca-
minho certo.
Conseguimos estruturar o Estado e es-
tamos prontos para alcançar o desenvol-
vimento econômico a partir de uma base 
diversificada. Neste contexto, o setor de 
turismo está inserido e tem papel de des-
taque, haja vista que é reconhecidamen-
te uma das atividades que mais cresce no 
mundo e uma das maiores geradoras de 
emprego, de renda e de oportunidades di-
versas à população, com uma cadeia pro-
dutiva formada por aproximadamente 52 
atividades correlatas.
O turismo e os seus operadores são e 
serão engrenagens fundamentais na cons-
trução de um Novo Acre, que conta com 
um governo parceiro e um povo empreen-
dedor. 
Acreditamos que ao investir em infraes-
trutura, olhar de forma atenta os setores da 
saúde, da educação e da segurança pública, 
além de incentivar a construção de instru-
mentos normativos e de gestão, definimos 
o papel do turismo dentro da administração 
e do planejamento de governo como setor 
complementar estratégico de desenvolvi-
mento regional. 
Tião Viana
Governador do Estado do Acre 
Mensagem do 
Governador
Mensagem da 
Secretária de Estado 
de Turismo e Lazer
O Acre vive um momento ímpar. Esta-mos em meio a um processo evoluti-vo do modelo de gestão adotado até 
o ano passado pelo governo do Estado. 
Este novo Acre que se avizinha tem como 
proposta a manutenção do fortalecimento do 
setor produtivo, com inclusão e preservação 
ambiental, mas com um caminhar da Adminis-
tração Pública como parceira neste processo 
e não mais como a executora do mesmo.
Chegar até a este momento só foi possí-
vel em virtude do processo organizacional 
pelo qual passou o Estado ao longo dos úl-
timos 16 anos.
O novo momento pede o amadurecimen-
to das politicas públicas voltadas para os 
mais diversos setores, inclusive para o tu-
rismo. Foi a partir desta ótica que surgiu a 
proposta de construção do primeiro Plano 
Estratégico de Desenvolvimento do Turismo 
Sustentável e da Lei Estadual de Turismo do 
Estado do Acre.
Os instrumentos de gestão acima men-
cionados irão propiciar à Administração Pú-
blica uma melhor definição e execução de 
políticas que garantam a evolução do setor, 
elevando o papel do mesmo na geração de 
riquezas, empregos e divisas para o Estado. 
É preciso conhecer as deficiências para 
atacá-las de forma mais eficaz. O plano per-
mitirá um melhor planejamento das ações 
públicas e, consequentemente, o melhor 
aproveitamento dos recursos investidos 
no setor tanto pela Administração Pública, 
quanto pela iniciativa privada. 
Elevar o turismo à categoria que lhe 
compete, como setor importante economi-
camente para o Estado do Acre, é compre-
ender que uma gestão eficiente passa pela 
execução de estratégias corretamente pla-
nejadas e perpassa o campo do achismo e 
do amadorismo.
Rachel Moreira
Secretária de Estado de Turismo e Lazer
Sumário
Apresentação ........................................................10
1. Um Plano para o Turismo Sustentável no Acre ..............................11
Etapa 1 - Diagnóstico Estratégico Situacional .................. 12
2. Diagnóstico Estratégico Situacional .............................................. 13
2.1. Caracterização Geral ........................................................................................... 13
2.2. Regionalização do Turismo .............................................................................. 14
2.3. Demanda Turística .............................................................................................. 17
2.4. Situação da Oferta Turística ............................................................................ 20
2.4.1. Recursos e atrativos ............................................................................................................................20
2.4.2. Equipamentos e serviços ...................................................................................................................23
2.4.3. Promoção e comercialização ............................................................................................................30
2.4.4. Acesso ..................................................................................................................................................32
2.5. Capacidade e Articulação Institucional e Empresarial ................................36
2.5.1. GestãoPública Estadual ...................................................................................................................... 37
2.5.2. Gestão Pública Municipal ...................................................................................................................38
2.5.3. Conselho Estadual de Turismo..........................................................................................................39
2.5.4. Cadeia Produtiva do Turismo ............................................................................................................40
Etapa 2 - Planejamento Estratégico ..................................42
3. Áreas Críticas de Intervenção .......................................................43
3.1. Mercado Turístico .............................................................................................. 46
3.2. Infraestrutura ..................................................................................................... 48
3.3. Quadro Institucional ......................................................................................... 49
3.4. Aspectos Socioambientais ................................................................................50
4. Linhas de Produtos e Segmentação Turística ...............................54
4.1. Linhas de Produtos ............................................................................................ 54
4.2. Segmentação Turística .......................................................................................66
5. Posicionamento atual versus posicionamento potencial ..............68
6. Estratégias de Desenvolvimento Turístico .................................... 72
6.1. Visão de futuro – visão 2020 .............................................................................73
6.2. Objetivo geral do plano .....................................................................................73
6.3. Objetivos estratégicos ........................................................................................73
6.4. Eixos Estratégicos ..............................................................................................75
Etapa 3 - Planejamento Operacional ................................ 76
7. Planos Operacionais ...................................................................... 77
Referências ..................................................................... 105
Apre
senta
ção
1. Um Plano para o Turismo 
Sustentável no Acre
Este relatório apresenta de forma objetiva e resumida cada uma das etapas acima mencionadas 
e seus principais direcionamentos. 
Elaboração dos Planos Operacionais
Período: novembro a dezembro de 2014.
Atividades: reuniões da consultoria contratada com equipe 
técnica e diretiva da SETUL, oficina de validação do Plano.
Gestão e Implementação
Período: 2014 a 2020.
Atividades: lançamento, estrutura de governança e imple-
mentação das ações.
Plano de Trabalho
Período: junho de 2014.
Atividades: reuniões preparatórias com a SETUL
Análise da Situação Atual
Período: julho a setembro de 2014.
Atividades: trabalhos de campo, entrevistas, reuniões, es-
tudos da oferta e da demanda, oficinas participativas, tra-
balhos de gabinete.
Definição da Estratégia, Visão de Futuro e 
Posicionamento
Período: outubro de 2014.
Atividades: oficinas participativas, reuniões da consultoria 
contratada com equipe técnica e diretiva da SETUL.
O Plano Estratégico de Desenvolvimen-to do Turismo Sustentável no Acre foi concebido com base em um mo-
delo participativo e se apresenta como um 
instrumento direcionador de esforços para 
obtenção de resultados, considerando um 
horizonte temporal de 2015 a 2020. Para tan-
to, gera ações estratégicas com vistas a posi-
cionar o Acre como destino turístico autên-
tico e de qualidade nos cenários nacional e 
internacional.
Sua concretização é fruto de um extenso 
processo que envolveu mais de 200 pessoas 
por meio de reuniões, trabalhos de campo e 
oficinas, abrangendo as Prefeituras Munici-
pais, entidades empresariais, instituições de 
ensino, lideranças da sociedade, além das 
equipes técnica e diretiva da Secretaria de Es-
tado do Turismo e Lazer do Acre e da consul-
toria responsável pelo trabalho.
Os trabalhos foram organizados e de-
senvolvidos nas seguintes etapas:
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202012
Etapa 1
Diagnóstico 
Estratégico 
Situacional
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202012
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 13
2. Diagnóstico Estratégico 
Situacional
2.1. Caracterização Geral
Historicamente, o Acre foi caracterizado por profundas modificações. No início do século XX, recém-incorporado ao 
Brasil, o estado recebeu grande fluxo migra-
tório cujo interesse esteve focado na extra-
ção de látex nas terras até então bolivianas. 
Foi esse movimento, denominado “Revolução 
Acreana”, que gerou o fortalecimento da eco-
nomia por meio do “sistema de aviamento” e 
incidiu na disputa territorial pela anexação da 
área ao Brasil.
Mais tarde, em função da expansão da pe-
cuária na região, o estado foi marcado por con-
flitos entre grileiros e posseiros pela posse de 
terras gerando os “empates” dos extrativistas. 
Esses impasses resultaram em alianças entre os 
“povos da floresta” (indígenas e seringueiros) 
contra poder dos latifundiários. Dessa experi-
ência de resistência surgiu a proposta de Re-
servas Extrativistas.
A contribuição da teologia da libertação, e de 
diversos outros setores progressistas nos anos 
70, fez emergir um importante capital político e 
social que permitiu o redirecionamento da eco-
nomia e política acreana a partir da década de 
90, com a ascensão e o protagonismo de novos 
atores políticos seguidores dos ideais de Chico 
Mendes, marca expressiva da cultura acreana.
O estado do Acre possui área de aproxima-
damente 16 mil hectares, correspondendo a 4% 
da Amazônia brasileira e a 2% do território na-
cional. Atualmente, é o 15º estado brasileiro em 
extensão territorial, com cerca de 10 milhões 
de hectares cobertos por densa floresta tropi-
cal. Em face de tais condições, o Acre configu-
ra-se como detentor de grande biodiversidade 
e patrimônio natural. 
O relevo do estado é composto predominan-
temente por rochas sedimentares, que formam 
uma plataforma regular que desce suavemen-
te em cotas da ordem de 300m nas fronteiras 
internacionais para pouco mais de 110m nos li-
mites com o estado do Amazonas. No extremo 
ocidental situa-se o ponto culminante do esta-
do, onde a estrutura do relevo se modifica com 
a presença da Serra do Divisor, ramificação da 
Serra Peruana de Contamana que apresenta 
altitude máxima de 734m. Os solos acreanos, 
também sedimentar, abrigam vegetação com-
posta por diversos tipos de florestas: Tropical 
Densa e Tropical Aberta, que se caracterizam 
pela heterogeneidade florística, constituindo-
-se em grande valor econômico para o Acre. 
Em relação aos aspectos sociais, econômi-
cos e demográficos do estado, as principais in-
formações se encontram no esquema abaixo.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 13
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202014
Indicadores
Localização geográfica Latitudes: 07º 07’S e 11º 08’S | Longitudes 66º 30’W e 74º 00’W
Capital Rio Branco
Área 16 mil hectares
Municípios 22
População 2014 790 mil
Densidade demográfica 2014 4,8 habitantes/km2
Variação populacional 2010-2014 7,7%
Taxa de urbanização 2010 72,6%
Homens 2010 50,2%
Mulheres 2010 49,8%
Pessoas c/ mais de 15 anos 2010 66,3%
Taxa de analfabetismo*2010 16,5%
IDHM 2010 0,660
PIB per capita2011 R$ 11.783
PIB 2011 R$ 8,8 bilhõesImpostos 8%
Comércio e serviços 63%
Agricultura e pecuária 16%
Indústria 12%
Estabelecimentos2013 8.089
Empregos formais 2013 129.232
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010; IBGE. Estimativa Populacional, 2011/2014; Produto Interno Bruto dos Municípios, 2011; BRASIL. Ministério do Trabalho 
e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2013; PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano, 2013.
Tabela 1. Características gerais do Acre
2.2. Regionalização do Turismo 
Seguindo as orientações do Programa de Re-
gionalização do Turismo do Ministério do Tu-
rismo, o estado do Acre definiu dois Polos de 
Desenvolvimento do Turismo Regional, o Polo 
Vale do Acre e o Polo Vale do Juruá, confor-
me figura a seguir. Ao adotar essa regionalização 
como estratégia de organização turística territo-
rial, assume-se que a oferta turística regional ad-
quire maior significância, identidade e capacida-
de de agregar valor ao produto turístico.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 15
O Polo Vale do Acre é composto pela ca-
pital Rio Branco, principal portão de entrada e 
centro receptor e irradiador de fluxos para todo 
o estado, e também pelos municípios de Assis 
Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixa-
ba, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Porto 
Acre e Sena Madureira. Essa região conta com 
importante elemento estratégico para o desen-
volvimento do turismo: a Rodovia Interoceâni-
ca, que liga o Acre ao Pacífico. Além disso, no 
Polo foram constituídas quatro Rotas Turísticas: 
Caminhos da Revolução, Caminhos de Chico 
Mendes, Caminhos do Pacífico e também a Rota 
Turística Internacional “Pantanal, Amazônia, An-
des e Pacífico”, estratégia de comercialização e 
diversificação da oferta, integrada pelos estados 
de Mato Grosso, Rondônia e pelo Peru.
Já a região turística do Polo Vale do Juruá 
compreende os municípios de Cruzeiro do Sul, 
Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal 
Thaumaturgo, Jordão e Tarauacá. Assim como 
o Polo Vale do Acre, o Vale do Juruá também 
possui duas Rotas Turísticas, ambas em fase 
de estruturação: Caminhos das Aldeias e Cami-
nhos da Biodiversidade. 
Em relação aos aspectos sociais, econômi-
cos e demográficos dos Polos, as principais in-
formações se encontram no esquema a seguir.
Fonte: ACRE. Secretaria de Estado de Turismo e Lazer. Regionalização Turística, 2014.
Figura 1. Regionalização turística do Acre
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202016
Indicadores Polo Vale 
do Acre
Polo Vale do 
Juruá
Outros
Municípios 10 7 5
Área (em km2) 57.052 79.004 28.067
População 2014 534.223 208.532 47.346
Participação no estado2014 67,6% 26,4% 6,0%
Densidade demográfica 2014 9,4 2,6 1,7
Variação populacional2010-2014 8,2% 5,9% 10,5%
Taxa de urbanização 2010 81,3% 56,2% 46,9%
Homens 2010 49,7% 51,0% 52,8%
Mulheres 2010 50,3% 49,0% 47,2%
Pessoas c/ mais de 15 anos 2010 69,3% 60,1% 60,1%
Taxa de analfabetismo*2010 12,6% 25,9% 25,3%
Ensino Fundamental**incompleto 2010 53,0% 67,4% 72,5%
Ensino Fundamental**completo 2010 16,7% 14,1% 13,2%
Ensino Médio completo**2010 22,4% 14,5% 11,7%
Ensino Superior**2010 89,0% 1,2% 2,2%
IDHM 2010 0,620 0,558 0,559
PIB per capita2011 R$ 12.610 R$ 9.568 R$ 12.380
PIB (R$ bilhões)2011 R$ 6,3 R$ 1,9 R$ 0,5
Impostos 10% 5% 4%
Comércio e serviços 65% 62% 48%
Agricultura e pecuária 11% 25% 41%
Indústria 14% 8% 7%
Estabelecimentos 2013 6.594 1.282 213
Comércio e serviços 73% 75% 54%
Agricultura e pecuária 10% 13% 39%
Indústria 16% 13% 7%
Empregos formais 2013 112.406 13.891 2.935
Comércio e serviços 85% 87% 84%
Agricultura e pecuária 2% 2% 10%
Indústria 13% 11% 6%
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010; IBGE. Estimativa Populacional, 2011/2014; Produto Interno Bruto dos Municípios, 2011; BRASIL. Ministério do Trabalho 
e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2013; PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano, 2013.
Tabela 2. Características gerais dos Polos
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 17
2.3. Demanda Turística
Fonte: elaboração própria a partir de ANTT. Anuário Estatístico dos Transportes Terrestres, 2012; INFRAERO. Desembarques Internacionais de Passageiros, 
2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Internacionais, 2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Nacionais, 2012; BRASIL. Ministério 
do Turismo, Estudo de Demanda Turística Nacional, 2012.
Fonte: elaboração própria a partir de ANTT. Anuário Estatístico dos Transportes Terrestres, 2012; INFRAERO. Desembarques Internacionais de Passageiros, 
2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Internacionais, 2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Nacionais, 2012; BRASIL. Ministério 
do Turismo, Estudo de Demanda Turística Nacional, 2012.
Gráfico 1. Estimativa e projeção de fluxo turístico
Atualmente o Acre é destino de 0,4% do fluxo 
turístico nacional. Partindo desse desempenho, 
pode-se inferir 3 estimativas para a demanda tu-
rística potencial do Acre, apresentadas a seguir.
Gráfico 2. Estimativa e projeção de fluxo turístico potencial
Considerando as estatísticas oficiais, pode-
-se estimar que o fluxo turístico do estado do 
Acre chegou a 140 mil em 2013 e possivelmente 
atingirá 170 mil visitantes em 2020. Esse aumen-
to de 30 mil turistas mostra que o fluxo turístico 
acreano pode crescer 21% nos próximos 6 anos. 
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202018
Cerca de 12% do fluxo turístico atual procedem principalmente da Bolívia, Peru, Portugal, Japão, 
Chile, Costa Rica e Itália.
Gráfico 3. Fluxo turístico segundo procedência
Fonte: elaboração própria a partir de ANTT. Anuário Estatístico dos Transportes Terrestres, 2012; INFRAERO. Desembarques Internacionais de Passageiros, 
2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Internacionais, 2012; BRASIL. Ministério do Turismo, Desembarques Nacionais, 2012; BRASIL. Ministério 
do Turismo, Estudo de Demanda Turística Nacional, 2012.
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, Estudo de Demanda Turística Nacional, 2012.
Também se verificou que 88% dos turistas que 
visitaram o Acre eram brasileiros. Destes, aproxi-
madamente 43% procediam do próprio estado 
do Acre; 11% do Amazonas e 9% de São Paulo. 
Agrupando os principais emissores, consta-
tou-se que 61,2% dos turistas nacionais são da 
Região Norte, 14,2% do Sudeste, 11,9% do Nor-
deste, 8,1% do Centro-Sul e 4,6% do Sul.
Acre
Amazonas
São Paulo
Ceará
Rondônia
Goiás
Rio de Janeiro
Paraná
Mato Grosso
Santa Catarina
Outros
11,4%
43,4%
8,8%
8,7%
6,0%
5,6%
4,3%
2,8%
2,2%
1,4%
5,6%
Gráfico 4. Procedência do fluxo turístico nacional
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 19
Em relação às motivações dos visitantes 
atuais verificou-se que fazer negócio ou 
trabalhar são as razões apresentadas pela 
maioria dos turistas nacionais que viajam ao 
Acre. Essa motivação é seguida por passeio 
(14%), visitar amigo/parente (12%), saúde 
(11%).Entre os visitantes internacionais, fa-
zer negócio e trabalhar ficou empatado com 
“passeio”, ambos em primeiro lugar com 
30%. Essas preferências são seguidas por 
motivações ligadas a intercâmbio/estudo 
(23%) e passeio (16%).
Gráfico 5. Fluxo turístico segundo motivação
Negócio/trabalho
Passeio
Visitar amigos/parentes
Saúde
Intercâmbio/estudo
Outro
30%
52%
16%
14%
29%
12%
11%
0%
23%
1%
2%
10%
29%
Internacional Nacional
Fonte: ACRE. Secretaria de Estado de Turismo e Lazer. Demanda Turística, 2009.
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, Estudo de Demanda Turística Nacional, 2012.
Além das características motivacionais, os atuais visitantes doAcre também costumam con-
centrar suas viagens nos meses de Janeiro, Julho e Dezembro, período coincidente com as férias 
escolares.
Gráfico 6. Época de viagem segundo região de origem
20%
18%
15%
13%
10%
8%
5%
3%
0%
Jan Fev
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202020
2.4. Situação da Oferta Turística
2.4.1. Recursos e atrativos1 
Critérios
Grau de atratividade
(peso 3)
Originalidade, importância ambiental e/ou cultural, sazonalidade e 
nível de conservação.
Condições de acesso
(peso 4)
Acesso, hospitalidade, sinalização, transporte, qualidade do trajeto 
e distância.
Condições de uso
(peso 3)
Receptivo, hospitalidade, segurança, limpeza, comunicação, 
interpretação e ambiência.
Valor intrínseco
(peso 10)
Singularidade, beleza cênica, raridade do atrativo, importância 
ambiental, cultural, histórica e social.
Pontuação
Nenhum
(nota 0) Inexistência ou condição insignificante do item analisado.
Baixo
(nota 1)
Baixo uso, em estado precário, elemento bastante comum e baixa 
significância do item analisado.
Médio
(nota 2)
Média intensidade de uso, em razoável estado de conservação, 
necessitando de intervenções de melhorias, média significância do 
item analisado.
Alto
(nota 3)
Fluxo turístico regular, bom estado de conservação, apresenta 
elementos raros e/ou singulares, alta significância do item analisado.
Hierarquização
Hierarquia IV 
(notas de 2,6 a 3,0)
Atrativos e recursos de excepcional valor e grande significado para 
o mercado turístico, capaz de motivar importantes correntes de 
visitantes, atuais ou potenciais, tanto nacionais como internacionais.
Hierarquia III
 (notas de1, 8 a 2,5)
Atrativos e recursos com grande valor potencial, mas de médio 
significado real para o mercado turístico, capaz de motivar uma 
corrente atual ou potencial de visitantes regionais ou nacionais, em 
conjunto com outros atrativos próximos a este.
Hierarquia II 
(notas de 0,8 a 1,7)
Atrativos e recursos com algum aspecto expressivo, capaz de 
interessar visitantes locais e/ou regionais que tenham chegado à 
área por outras motivações turísticas. 
Tabela 3. Critérios, escalas de avaliação e hieraraquização 
dos recursos e atrativos turísticos
A análise dos recursos e atrativos turísticos 
buscou identificar a relevância e a capacidade 
de atração destes no contexto regional, nacio-
nal e internacional. Desta forma, foram avalia-
dos os recursos e atrativos de maior interesse 
turístico, buscando destacar as singularidades 
e as especificidades positivas e negativas por 
meio dos critérios e escala de avaliação desta-
cados abaixo. As notas dos atrativos e recursos 
avaliados foram sistematizadas e hierarquiza-
das em quatros níveis e também estão expostas 
na tabela a seguir. 
Continua
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 21
Fonte: elaboração própria, 2014. A partir de BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do
1 A construção da metodologia teve como base documentos elaborados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e pelo Centro Interamericano de Capacitação Turística (CICA-
TUR). As informações foram obtidas por meio de visitas in loco e complementadas com dados do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – Pdtis Vale do Acre 
e Vale do Juruá, elaborados em 2013, e da Secretaria de Turismo e Lazer do Estado do Acre – Setul. A avaliação foi realizada, de forma conjunta, por dois consultores integrantes 
da equipe do Plano, considerando o contexto geral dos Polos e as características específicas dos atrativos.
2 Para visão geral das notas e hierarquia de todos os recursos e atrativos turísticos do Polo ver Anexo I.
Hierarquização
Hierarquia I
(notas de 0 a 0,7)
Atrativos e recursos sem méritos suficientes, mas que formam parte 
do patrimônio turístico como elementos que podem complementar 
outros de maior hierarquia. 
Considerando essas orientações, no Polo 
Vale do Acre foram avaliados 109 atrativos, 
sendo 64 culturais, 21 naturais, 18 eventos, 3 ati-
vidades econômicas, 2 técnicos e 1 esportivo. 
A região apresenta 4 atrativos dentro do gru-
po de maior valor, os de hierarquia IV, sendo 
3 atrativos culturais: os Geoglífos, as Culturas 
Ayahuasqueiras e o Centro de Memória Chico 
Mendes e 1 atrativo natural: Seringal Cachoeira.
A oferta do Polo é representativa, mas com 
grande concentração na capital Rio Branco, 
fragilizando atualmente as possibilidades de 
conexões regionais por meio de roteiros in-
tegrados. Somando-se a isto, existem poucos 
atrativos consolidados por meio de produtos. 
Entretanto, entre eles há grande potencial de 
desenvolvimento por meio de ações de estru-
turação, qualificação e ordenamento.
Para visão geral das notas e hierarquia de todos os recursos e atrativos turísticos do Polo ver Anexo I.
elaboração própria, 2014
Vale do Acre Vale do Juruá
Hierarquização dos recursos
e atrativos turísticos
Tipo dos recursos e
atrativos turísticos
Rio Branco
Xapuri
Sena Madureira
Brasiléia
Plácido de Castro
Porto Acre
Assis Brasil
Epitaciolândia
Capixaba
Senador Guimard
Hierarquia IIV
Hierarquia III
Hierarquia II
Hierarquia I
Cultural
Natural
Evento
Ativ. Econômica
Técnico
Esportivo
Cruzeiro do Sul
Tarauacá
Feijó
Mâncio Lima
Mar. Thaumaturgo
Rodrigues Alves
Jordão
44 23
8
7
5
4
3
2
13
9
9
8
7
7
5
4
3
4 64 18
1921
18 8
3 7
2
1
6
29
56
20 3
15
27
Vale do Acre Vale do Juruá Vale do Acre Vale do Juruá
Gráfico 7. Quantidade, hierarquia e características dos recursos atrativos turísticos
Tabela 3. Critérios, escalas de avaliação e hieraraquização 
dos recursos e atrativos turísticos
Conclui
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202022
No Polo Vale do Juruá foram avaliados 
51 atrativos, sendo 19 naturais, 18 culturais, 8 
eventos e 7 atividades econômicas. A região 
apresenta 6 atrativos de hierarquia IV, sendo 
1 atrativo natural e 6 atrativos culturais: o Par-
que Nacional da Serra do Divisor, as Culturas 
Ayahuasqueiras, o Festival Yawanawá, o Festi-
val Mariri, o Festival Huni Kuin Xinã Bena e o 
Povo Ashaninka do Rio Amônia.
Os atrativos e recursos naturais do Polo Vale 
do Juruá representam importante potencial 
competitivo para o estado, podendo agregar 
a oferta turística e contribuir para elevação do 
fluxo de visitantes. Neste sentido vale ressaltar 
que os atrativos naturais são responsáveis pelo 
grande número de viajantes que escolhem o 
Brasil como destino de férias, já que o país é 
considerado o território com maior potencial 
em termos de recursos naturais do mundo. O 
desafio está em transformar esses recursos em 
produtos e, no caso do Acre, não é diferente. 
A oferta turística atual do Estado do 
Acre encontra-se em estado potencial ou em 
fase inicial de desenvolvimento, necessitando de 
investimentos e ações de planejamento que 
garanta o uso racional, capaz de gerar os bene-
fícios sociais e econômicos. A partir dos dados 
agregados no gráfico abaixo percebe-se que 
66% dos recursos e atrativos encontram-se em 
situações de valor potencial (Hierarquias I e II):
Gráfico 8. Resultado geral – Hierarquização Turística
Fonte: elaboração própria, 2014
3 Para visão geral das notas e hierarquia de todos os recursos e atrativos turísticos do Polo ver Anexo I.
Esta situação de alta concentração de re-
cursos e atrativos como valor potencial de 
produto não é suficiente para sua comercia-
lização nos mercados (regional, nacional e 
internacional). Para que um turista potencial 
possa comprar, fazer uso desse produto tu-
rístico e, assimgerar recursos financeiros em 
seu contexto, o mesmo precisa ter oferta com-
plementar (dormir, comer, comprar, etc), para 
então ser comunicado e promovido junto aos 
públicos alvos.
Tal situação demonstra que a potencialida-
de é elevada, mas o valor real do conjunto de 
produtos ainda é baixo, em ambos os Polos, 
o que significa que o Estado deverá trabalhar 
fortemente no desenvolvimento e consolida-
ção dos mesmos conforme as prioridades defi-
nidas por este Plano.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 23
4 Selecionadas pelo Ministério do Turismo a partir de diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial do Turismo – OMT. Disponível em: <http://www.observatoriodo-
turismo.tur.br>. Acesso em: 06 Jan. 2015.
2.4.2. Equipamentos e serviços
261 281
308
300
37 41 52 50 58
322
354
446 473
492
389 416
426
2008 2009 2010 2011
Vale do Acre
Estabelecimentos
Vale do Juruá Acre
2012 2013
34
1.847 2.017
2.281
2.062
2.254
2.622
232 330 361 300 325
3.010 3.001 3.083
2.641 2.684
2.741
2008 2009 2010 2011
Vale do AcreEmpregos Vale do Juruá Acre
2012 2013
194
Fonte: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2013.
Gráfico 9. Atividades características do turismo segundo empregos e 
estabelecimentos
A análise dos equipamentos e serviços 
turísticos objetivou caracterizar e avaliar a 
oferta de meios de hospedagem, alimentação, 
agências de turismo, equipamentos de entre-
tenimento e lazer, serviços de informações 
turísticas e outros serviços, entendidos gene-
ricamente como Atividades Características do 
Turismo – ACTs .
a) Empregos e estabelecimentos formais
Em 2013, o conjunto das ACTs representaram 6% dos estabelecimentos e 2% dos empregos do 
estado do Acre. Destes, grande parte estão reunidos no Polo Vale do Acre, conforme esquema 
a seguir.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202024
As ACTs no Polo Vale do Acre representa-
ram 426 estabelecimentos em 2013, equivalente 
a 6,5% do total dos estabelecimentos da região 
(6.594). A maioria se concentra na capital Rio 
Branco (86%), cujo setor de serviços é mais am-
pliado e diversificado. Em seguida aparecem 
Epitaciolândia (4%) e Brasiléia (2,5%), em menor 
escala. Dentre as ACTs existentes neste Polo, 
também se constatou que 74% são empresas 
relacionadas ao setor de alimentação , seguido 
pelo setor de hospedagem, com 16%.
No Polo Vale do Juruá verificou-se a exis-
tência 58 estabelecimentos. Isto equivale a 3,6% 
do total dos estabelecimentos da região (1.587). A 
maioria se concentra na cidade polo Cruzeiro do 
Sul (63,7%), cujo setor de serviços possui maior 
representatividade, seguido de Tarauacá (22,4%) 
e Feijó (12%). A configuração das ACTs neste 
Polo caracteriza-se pela oferta quase exclusiva 
de estabelecimentos de meios de hospedagem 
(43,1%) e alimentação (41,3%), dois serviços bási-
cos na conformação do mercado turístico. 
5 Para visão geral das notas e hierarquia de todos os recursos e atrativos turísticos do Polo ver Anexo I.
Gráfico 10. Estabelecimentos ligados às atividades características do turismo 
segundo tipo e município
Restaurantes e afins
Hotéis
Agências de viagens
Aluguel de carros
Transporte terrestre
Transporte aéreo
Serviços de reservas
Alojamento e afins
Equip. recreativos
Operadores turísticos 
313
68
22
9
6
3
2
2
1
0
Rio Branco
Epitaciolândia
Sena Madureira
Brasiléia
Plácido de Castro
Senador Guiomard
Assis Brasil
Xapuri
Porto Acre
Capixaba
365
16
12
10
6
5
5
3
2
2
Hotéis
Restaurantes e afins
Transporte aéreo
Agências de viagens
Alojamento e afins
Serviços de reservas
Operadores turísticos
Equip. recreativos
Aluguel de carros
Transporte terrestre
25
24
5
3
1
0
0
0
0
0
Cruzeiro do Sul
Tarauacá
Feijó
Mâncio Lima
Rodrigues Alves
Mar. Thaumaturgo
Jordão
37
13
7
1
0
0
0
Vale do Acre
Vale do Juruá
Fonte: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2013.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 25
Fonte: elaboração própria a partir de BRASIL. Ministério do Turismo. CADASTUR, 2014.
Fonte: elaboração própria a partir de BRASIL. Ministério do Turismo. CADASTUR, 2014.
Município Meios de Hospedagem Unidades Habitacionais Leitos
Assis Brasil 2 29 79
Brasiléia 10 150 418
Capixaba 2 36 68
Epitaciolândia 8 174 394
Plácido de Castro 3 65 212
Porto Acre 1 9 14
Rio Branco 23 1.123 2.939
Sena Madureira 6 144 384
Senador Guiomard 1 0 0
Xapuri 5 75 228
Vale do Acre 61 1.805 4.736
Tabela 4. Quantidade e características dos meios de hospedagem do Vale do Acre
No Polo Vale do Juruá foram identifica-
dos 22 meios de hospedagem, representados 
por 652 unidades habitacionais e 1.476 leitos. 
Em relação à dimensão média dos estabeleci-
mentos, a oferta mais expressiva concentra-se 
em Cruzeiro do Sul (10), seguida dos destinos 
de Tarauacá (5) e Feijó (3). Na grande maioria 
os equipamentos são de pequeno porte, com 
estruturas simples e atendendo ao mínimo as 
necessidades dos clientes.
Município Meios de Hospedagem Unidades Habitacionais Leitos
Cruzeiro do Sul 9 335 714
Feijó 3 128 292
Jordão 1 12 27
Mâncio Lima 1 8 18
Marechal Thaumaturgo 1 0 0
Rodrigues Alves 1 10 22
Tarauacá 5 110 313
Vale do Juruá 21 603 1.386
Tabela 5. Quantidade e características dos meios de hospedagem do Vale do Juruá
b) Meios de hospedagem
Por meio de pesquisa de campo, foram 
identificados 61 meios de hospedagem no 
Polo Vale do Acre que atualmente ofertam 
1.805 unidades habitacionais e 4.736 leitos. 
A oferta mais expressiva concentra-se na 
capital Rio Branco (23), que também apre-
senta a maior variedade de equipamentos 
no que concerne ao porte e padrão de ser-
viços. Em seguida estão Brasiléia (10) e Epi-
taciolândia (7), onde predominam empre-
endimentos de pequeno porte e com baixo 
padrão de serviços.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202026
No geral, constatou-se que os meios de hos-
pedagem nos dois Polos possuem baixa qualida-
de na oferta de serviços. Além disso, apresentam: 
• Pouca diversificação da oferta, principalmente, 
ligada aos segmentos de Lazer e Ecoturismo;
• Alta concentração em áreas urbanas, com 
pouca oferta integrada à natureza;
• Baixa oferta de serviços adicionais, concen-
trando-se na disponibilidade de café da ma-
nhã, identidade local e acesso à internet;
• Carência de serviços diferenciados, como 
espaços de recreação, serviços relaciona-
dos ao bem-estar e estética, alimentação 
24h e atendimento bilíngue;
• Inexistência de política de diferenciação de 
tarifas por temporada e para operadores e 
agentes de viagem;
• Baixo grau de exigência na contratação de 
funcionários;
• Baixa qualidade do padrão construtivo e das 
condições de acessibilidade.
Rio Branco
Epitaciolândia
Xapuri
Sena Madureira
Brasiléia
Plácido de Castro
Senador Guiomard
Porto Acre
Capixaba
Assis Brasil
Cruzeiro do Sul
Tarauacá
Feijó
Rodrigues Alves
Mar. Thaumaturgo
Mâncio Lima
Jordão
42 8
4
3
1
1
1
1
9
5
5
5
4
3
3
3
2
Vale do Acre Vale do Juruá
Variada
Peixes
Massas
Carnes
Regional
Oriental
Frutos do Mar
Aves
Árabe
Self Service
Misto
À la carte
47
33
13 1
35 6
12
16
1
5
14
7
2
2
2
1
1
1
1
Tipo de serviço Especialidade
Vale do Acre Vale do JuruáVale do Acre Vale do Juruá
Fonte: elaboração própria a partir de BRASIL. Ministério do Turismo. CADASTUR, 2014.
Gráfico 11. Quantidade e características dos serviços de alimentaçãoc) Serviços de alimentação
No Polo Vale do Acre, foram identificados 
81 estabelecimentos ligados ao segmento de ali-
mentação. Já o Polo Vale do Juruá apresenta 
apenas 19 estabelecimentos. A distribuição e 
principais características dos serviços de alimen-
tação estão expostas no esquema a seguir.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 27
Assim como os meios de hospedagem, os 
serviços de alimentação nos dois Polos também 
apresentam diversos problemas, tais como:
• Pouca diversificação da oferta dos serviços, 
com forte concentração na oferta de alimen-
tação básica;
• Baixa diversidade das especialidades oferta-
das, concentradas na cozinha trivial e carnes;
• Baixa qualidade das estruturas de atendi-
mento e do padrão construtivo dos empre-
endimentos;
• Carência de serviços diferenciados, como cli-
matização dos ambientes e acesso à internet;
• Carência de capacitação dos recursos huma-
nos ligados ao segmento.
d) Equipamentos e serviços de eventos
O setor de eventos vem se destacando como 
um importante segmento turístico nos dois Po-
los. No Vale do Acre, Rio Branco se sobressai, 
pois concentra os principais espaços do estado 
com capacidade para realização de eventos di-
versos. Além disso, no Polo foram identificadas 
5 empresas prestadoras de serviços para o setor 
de eventos, todas localizadas em Rio Branco.
No Vale do Juruá, o destaque fica por conta 
de Cruzeiro do Sul que possui 5 espaços para 
realização de eventos de pequeno porte (até 300 
participantes) e médio porte (de 300 a 1.000 par-
ticipantes). No Polo, não foi verificada a existên-
cia de empresas especializadas na prestação de 
serviços para o setor de eventos, bem como para 
organização e planejamento dos mesmos.
Parque da Maternidade - Rio Branco
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202028
Pousada Seringal Cachoeira - Xapuri
Município Quantidade de equipamentos Capacidade (nº de pessoas)
Vale do Acre 32 6.957
Assis Brasil 2 150
Brasiléia 3 240
Capixaba 1 100
Epitaciolândia 2 130
Plácido de Castro 2 150
Rio Branco 20 5.987
Xapuri 2 200
Vale do Juruá 7 1.416
Cruzeiro do Sul 5 1.066
Feijó 1 170
Tarauacá 1 180
Acre 39 8.373
Fonte: elaboração própria, 2014.
Além dos pontos apontados, outros entraves 
encontrados pelo segmento de eventos são:
• Carências de espaços multiuso adequados 
para eventos de grande porte;
• Carência de centro de convenções e eventos;
• Baixa oferta de instalações adequadas para 
realização de eventos de caráter técnicos 
como, por exemplo, auditórios, teatros muni-
cipais e salas em meios de hospedagem.
Tabela 6. Quantidade e características dos equipamentos de eventos
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202028
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 29
e) Agências de receptivo
Teatro Plácido de Castro - Rio Branco
Conforme dados do Ministério do Turismo, o 
Polo Vale do Acre possui 62 agências de via-
gens cadastradas, sendo que apenas 3 possuem 
portfólio voltado para o turismo receptivo. No 
Polo Vale do Juruá a situação se apresenta 
mais crítica, pois das 10 agencias de viagens ca-
dastradas, apenas 1 possui intenções comerciais 
direcionada para o turismo receptivo. 
Em relação aos serviços oferecidos verifi-
cou-se que o pequeno grupo de agencias que 
trabalha com turismo receptivo oferece roteiros 
muito semelhantes entre si, como transfer in/
out, city-tour, compras na Bolívia, atividades li-
gadas ao Etnoturismo e Ecoturismo e sobrevoo 
para visualização dos Geoglífos. Essa oferta é 
complementada pela comercialização de rotei-
ros integrados, principalmente, com o Peru e a 
Bolívia. Em se tratando do relacionamento com 
o mercado nacional, observou-se a existência 
de bom nível de parceria com empresas de re-
ceptivo localizadas em mercados estratégicos 
como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizon-
te, além dos estados vizinhos como Rondônia, 
Amazonas e Mato Grosso.
f) Serviços de informações turísticas
Atualmente existe apenas 1 posto de informa-
ções turísticas em funcionamento regular no es-
tado do Acre, localizado no Polo Vale do Acre. 
Como decorrência direta da baixa oferta desse 
tipo de serviço, verificou-se também: 
• Escassez de recursos humanos e financeiros 
direcionados ao segmento;
• Subutilização de Centros de Atendimento ao 
Turista (CAT) nos municípios de Plácido de Cas-
tro, Brasiléia, Xapuri, Sena Madureira e Cruzei-
ro do Sul, que se encontram desativados;
• Carência de atendimento bilíngue;
• Ausência de controles internos para auxiliar a 
identificação do perfil dos turistas e do fluxo 
de uso dos serviços, por exemplo;
• Irregularidade de funcionamento nos pos-
tos de serviços de informações turísticas no 
Aeroporto e na Rodoviária em Rio Branco e 
Cruzeiro do Sul;
• Ausência de site promocional e/ou institu-
cional, bem como aplicativos para dispo-
sitivos móveis, que disponibilize informa-
ções consistentes e organizadas para os 
visitantes.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 29
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202030
A promoção institucional, realizada pela Se-
tul, está focada em diferentes ações, tais como:
• Promoção internacional do Acre (cam-
panha promocional que prevê a produção 
de peças publicitárias e vídeo);
• Produção de peças publicitárias para in-
centivar o turismo interno;
• Apoio a feiras e festivais estaduais;
• Elaboração e impressão de folhetos 
promocionais (Rota Turística Internacio-
nal “Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico”, 
Caminhos do Pacífico, Caminhos Chico Men-
des, Caminhos da Revolução, Conheça Rio 
Branco e Calendário de Eventos do Acre);
• Participação em feiras e eventos do se-
tor, sobretudo em São Paulo (Salão do Tu-
rismo, Encontro Comercial da Associação 
Brasileira das Operadoras de Turismo – BRA-
ZTOA, Feira das Américas da Associação 
Brasileira de Agencias de Viagens e Adven-
ture Sports Fair), Bolívia (Feira Internacional 
de Turismo da Bolívia e alguns Workshops 
Brasil Sensacional) e Peru (Feira Internacio-
nal de Turismo do Peru, alguns Workshops 
Brasil Sensacional e Feira Internacional de 
Turismo AVIT – Associação de Agencias de 
Viagens e Turismo de Arequipa);
• Promoção do destino Acre em grandes 
eventos realizados no Estado, como na Reu-
nião Anual da Sociedade Brasileira de Pes-
quisa e Científica – SBPC, no Congresso da 
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e 
na Reunião Anual da Força Tarefa dos Gover-
nadores pelo Clima e Florestas (GCF), com-
posto por 7 países (Brasil, Estados Unidos, 
Nigéria, Indonésia, Peru, Espanha e México);
• Realização de Press Trip para jornalistas 
e blogueiros especializados, com foco no 
mercado nacional e internacional;
• Participação em rodadas de negócios, 
por meio dos principais operadores de re-
ceptivo turístico.
2.4.3. Promoção e comercialização 
a) Promoção e comercialização institucional
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202030
Bibliotéca da Floresta - Rio Branco
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 31
A promoção e comercialização do destino 
via web, ainda é muito escassa e com baixo ní-
vel de uso de ferramenta votadas para busca de 
informações e serviços de viagem e turismo, tais 
como Google, Facebook, TripAdvisor, Booking, 
entre outros.
• A busca pelo o termo “Acre turismo” no 
Google, aponta para mais de 3 milhões de 
ocorrências. Entretanto, ao se navegar pelos 
conteúdos observou-se que a maioria das 
páginas contém informações desatualizadas 
sobre o destino. Além disso, grande parte 
dos sitesdiz respeito a matérias jornalísticas 
e não foi identificado site institucional pro-
mocional. 
• Já em relação à busca do termo “Acre” no Fa-
cebook, identificou-se que aproximadamen-
te 4 mil pessoas “curtiram” e 11 mil fizeram 
check-in usando o termo. Ao se analisar as 
fanpages de empresas de turismo do destino, 
observou-se que em alguns casos páginas 
pessoais são utilizadas como empresariais, 
inviabilizando as ferramentas de monitora-
mento e de aumento de “likes”. 
• Buscando o destino em sites de viagens, com 
o TripAdvisor,verificou-se que em primeiro 
lugar aparece a cidade do Acre em Israel. 
Redirecionando a busca encontramos os mu-
nicípios mais acessados no estado: Rio Bran-
co, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Feijó, 
Brasiléia e Tarauacá. Xapuri não aparece em 
conjunto com os demais destinos, somente 
em busca específica e sempre ligada a ima-
gem de Chico Mendes. 
Fica evidenciada a necessidade de se estabe-
lecer um processo organizado de promoção e 
comercialização via web, bem como um melhor 
posicionamento digital do destino, considerando 
que esta tem sido uma das principais ferramentas 
de aproximação com o público consumidor.
b) Promoção e comercialização na web
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 31
Casa de Chico Mendes - Xapuri
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202032
Carreteira do Pacífico
c) Rota Turística Internacional “Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico
Na análise da promoção e comercialização do 
destino é ainda importante destacar a Rota Tu-
rística Internacional “Pantanal, Amazônia, Andes 
e Pacífico”, estratégia de diversificação da oferta 
turística dos estados do Acre, Rondônia e Mato 
Grosso de forma articulada com a Macrorregião 
Sul do Peru. Juntos estes destinos oferecem 
grande diversidade de atrativos, sobretudo nos 
segmentos de Aventura, Ecoturismo e Cultura, 
caracterizando-se por heterogeneidade paisa-
gística, diversidade de ecossistemas e culturas, 
resultando em rica experiência ao visitante. 
2.4.4. Acesso 
a) Acesso rodoviário
O principal meio de acesso terrestre ao esta-
do do Acre é a capital, Rio Branco, cuja distância 
para com os centros relevantes do Brasil e dos 
países de fronteira é a seguinte:
Capital/ Estado/ País Distância rodoviária - Km
Cruzeiro do Sul/Acre 633,5
Assis Brasil/ Acre 340,9
Porto Velho/ Rondônia 544
Manaus/ Amazonas 1.445
Tabela 7. Distâncias rodoviárias de Rio Branco
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202032
Continua
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 33
Rodoviária Internacional de Rio Branco
Rio Branco está 672km distante, por via ro-
doviária de Cruzeiro do Sul, o segundo municí-
pio mais populoso do estado e 343 km de Assis, 
cidade acreana localizada na convergência da 
tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru. As 
distâncias apontam viabilidade de acesso en-
tre os destinos do próprio Acre e para cidades 
como La Paz (Bolívia), Porto Maldonado, Cusco 
e Lima (Peru). As promissoras possibilidades de 
integração associadas às características geográ-
ficas tornam fundamental o desenvolvimento e 
a diversificação das infraestruturas de circula-
ção de forma compatível com os aspectos am-
bientais e sociais inerentes à região.
O principal terminal rodoviário localiza-se 
em Rio Branco. A Rodoviária Internacional de 
Rio Branco possui 7.642,80m² de área construí-
da, desenvolvendo-se em dois pavimentos. Atu-
almente, recebe, em média, cerca de 40.000 pas-
sageiros/mês entre chegadas e saídas, em mais 
de 60 viagens. No terminal, é possível comprar 
passagens para destinos como São Paulo (SP), 
Cascavel (PR) ou Cuiabá (MT). Há também rotas 
para as principais cidades do Estado. Além dos 
destinos citados, existem conexões para via-
gens internacionais, como a da empresa Movil 
Tours e Ormeño que vai até Lima, passando por 
Porto Maldonado e Cusco. 
Capital/ Estado/ País Distância rodoviária - Km
Boa Vista/ Roraima 2.230
Cuiabá/ Mato Grosso 1.990
Brasília/ Distrito Federal 3.123
São Paulo/ São Paulo 3.604
Cobija/ Bolívia 230
La Paz/ Bolívia 1.710
Lima/ Peru 2.200
Cusco/ Peru 1.070
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 33
Fonte: DNIT/DERACRE, 2013
Tabela 7. Distâncias rodoviárias de Rio Branco
Conclui
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202034
a) Acesso aéreo
O sistema aeroviário é importante para o 
estado em função das grandes distâncias en-
tre os municípios e das condições da rodovia 
federal, ligação longitudinal, nos períodos de 
chuva, principalmente antes de sua abertura 
definitiva e pavimentação. Há 2 aeroportos, 
presentes nas cidades de Rio Branco e Cru-
zeiro do Sul, ou seja, cada um atende a um 
Polo Turístico, existindo integração entre os 
dois, e servindo às localidades vizinhas. Em 
outros municípios mais distantes destas sedes, 
tais como Tarauacá, Feijó, Jordão e Marechal 
Thaumaturgo, há pistas de pouso que, junto 
às dos aeroportos, somam 11 no total. 
O Aeroporto Internacional de Rio Branco – 
Plácido de Castro, Polo Vale do Acre, está loca-
lizado à margem da BR-364, com distância de 18 
km do centro da cidade. O equipamento é ser-
vido por voos diários partindo de Brasília/DF, 
Manaus/AM, Porto Velho/RO e Cruzeiro do Sul/
AC. Ele tem grande potencial para escoamento 
de cargas para os países andinos vizinhos. O 
sítio aeroportuário ocupa área de 7.325.000 m² 
com pátio para aeronaves com 38.400 m². O es-
tacionamento de aeronaves abriga 18 posições. 
As dimensões da pista são de 2.158 m x 45 m. 
O terminal de passageiros possui área de 4.292 
m² e tem capacidade para 1,3 milhões de passa-
geiros/ano. O estacionamento tem capacidade 
para 132 veículos.
Aereoporto Internacional de Cruzeiro do Sul
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 35
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Partidas
Voo Empresa Horário Destino(S) Frequência
JJ-3585 Tam 0:53 Brasília diária
G3-1683
Gol
02:15 Brasília, São Paulo (Guarulhos e Campinas) diária
G3-1939 12:20 Cruzeiro do Sul diária
G3-9977 03:50 Porto Velho, Manaus, Belém, Fortaleza diária
AD-2481 Azul 3:45 Porto Velho, Cuiabá, São Paulo (Guarulhos e Campinas) diária
JJ-3584
Tam
0:21 Brasília e São Paulo diária
JJ-3534 12:09 Brasília e São Paulo Terça a domingo
G3-2092
Gol
0:10 Brasília e São Paulo (principais conexões: Manaus, Belém, Porto Velho e Brasília) diária
G3-1938 15:10 Cruzeiro do Sul diária
AD-2480 Azul 23:15 Porto Velho (principais conexões: Brasília, Campinas, Cuiabá) diária
Tabela 8. Empresas aéreas atuantes
Fonte: Acre em Números/ INFRAERO,2013
Discriminação 2008 2009 2010 2011 2012
Tráfego
Pousos/decolagens 12.326 13.392 16.019 16.352 12.749
Passageiros
Embarque/desembarque 302.551 323.114 355.916 393.811 384.877
Carga aérea (t)
Embarque/desembarque 1.327 1.598 1.204 1.319 1.297
Tabela 9. Movimento no aeroporto de Rio Branco
a) Acesso hidroviário e ferroviário
Segundo “Plano CNT de Transporte e Lo-
gística 2014”, o Estado do Acre não possui 
malha ferroviária em funcionamento. No 
entanto, de acordo com informações dispo-
nibilizadas pelo Ministério dos Transportes 
brasileiro e também pelo Estado do Acre, 
existe, em forma de previsão, um traçado 
para uma futura ferrovia, definido a partir da 
cidade de Porto Velho, em Rondônia, passan-
do por Rio Branco até a cidade de Cruzeiro 
do Sul e desta cidade até o município do Pu-
callpa, no país vizinho Peru.
Como nos demais estados da região Ama-
zônica, o transporte fluvial é de extrema im-
portância para o Acre. Além do aproveitamen-
to das condições geográficas, ashidrovias são 
um importante elemento cultural, representa-
tivo da história e modo de vida local tanto.
A rede hidroviária de afluentes da bacia 
do rio Solimões abrange todo o território e 
possui rios perenes e navegáveis, importantes 
para a integração das comunidades. A sinuosi-
dade dos rios faz com que os percursos sejam 
demorados, dependentes também do regime 
pluviométrico (Zoneamento Ecológico-Econô-
mico do Acre Fase II, 2006).
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202036
Fonte: DERACRE/Acre em Números 2013
Regionais Rios Trecho Épocas Capacidade da embarcação (ton)
Juruá
Rio Juruá Cruzeiro do Sul/Porto Walter
Águas médias e altas 800
Águas baixas 10
Rio Juruá Porto Walter/ Mal. Thaumaturgo
Águas médias e altas 300
Águas baixas 6
Rio Juruá Mal. Thaumaturgo/Foz do Breu
Águas médias e altas 250
Águas baixas 4
Tarauacá/
Envira
Rio Tarauacá Foz do Envira/Jordão
Águas médias e altas 400
Águas baixas 4
Rio Envira Foz do Envira/ Seringal Califórnia
Águas médias e altas 400
Águas baixas 4
Purus
Rio Purus Boca do Acre/ Santa Rosa
Águas médias e altas 400
Águas baixas 4
Rio Iaco Foz do Purus/ Sena Madureira
Águas médias e altas 400
Águas baixas 10
Baixo 
Acre Rio Acre Boca do Acre/ Rio Branco
Águas médias e altas 500
Águas baixas 10
Alto Acre
Rio Acre Rio Branco/ Xapuri
Águas médias e altas 300
Águas baixas 7
Rio Acre Xapuri/ Brasiléia
Águas médias e altas 200
Águas baixas 4
Rio Acre Brasiléia/ Assis Brasil
Águas médias e altas 100
Águas baixas 2
Tabela 10. Trechos navegáveis dos rios
A tabela a seguir relaciona as hidrovias à capacidade de navegação por trecho e época do ano.
2.5. Capacidade e Articulação Institucional e 
Empresarial
A capacidade institucional pode ser traduzida como a habilidade de realizar funções, solu-
cionar problemas, definir e atingir objetivos de maneira sustentável (PNUD, 2014). Como forma 
de averiguar este foram identificados e analisados os órgãos e instituições vinculados ao turismo 
no território. 
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 37
Palácio Rio Branco 
No contexto estadual, o Acre tem estrutura 
administrativa pública na Secretaria de Esta-
do de Turismo e Lazer – SETUL criada pela 
Lei complementar 171/2008. Esta Lei dispõe so-
bre a estrutura administrativa e organizacional 
do Estado e institui a então Secretaria de Esta-
do de Esporte, Turismo e Lazer do Acre, que 
possui entre suas atribuições a área de espor-
te e passa com a Lei complementar 224/2011 e 
247/2012 a adotar atual denominação e atuar 
com foco no turismo e lazer, tendo como atri-
buições principais:
a) Planejar, coordenar, executar, supervisio-
nar e avaliar planos e programas de incentivo 
ao turismo e lazer no Estado;
b) Promover e executar o lazer comunitário;
c) Estimular as iniciativas públicas e priva-
das destinadas ao desenvolvimento de ativida-
des de lazer que colaborem para a formação 
do cidadão;
d) Incentivar as iniciativa públicas e privadas 
voltadas ao desenvolvimento do turismo no Es-
tado e;
e) Estimular as iniciativas destinadas a pre-
servar o ambiente natural e a fisionomia social 
e cultural dos locais turístico e populações afe-
tas pelo seu desenvolvimento, em articulação 
com os demais órgão e entidades competentes.
2.5.1. Gestão Pública Estadual
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202038
A análise da gestão pública municipal iden-
tificou as atuais estruturas de administração, 
planejamento e gestão do turismo existentes 
nos municípios que integram o Polo Vale do 
Acre e o Polo Vale do Juruá. Considerando 
a importância dos mesmos, tanto em relação à 
capacidade de incorporar a questão da gestão 
descentralizada do turismo, bem como o seu pa-
pel preponderante no desenvolvimento da ati-
vidade em nível local e sua integração regional.
Nas duas regiões turísticas foram detectadas 
dificuldades para a consolidação da atividade, 
sendo os principais entraves: quadro funcional 
reduzido e ausência de técnicos formados em 
turismo, carência de qualificação em relação à 
gestão pública, ausência de políticas públicas 
locais de turismo, poucas ações articuladas 
com as demais pastas das prefeituras, o que é 
reflexo das estruturas deficientes, ou por pro-
blemas internos de integração da gestão públi-
ca municipal.
A partir do quadro exposto, constata-se que 
o apoio técnico do Estado, por meio da SETUL 
às gestões municipais torna-se imprescindível, 
uma vez que as estruturas municipais para a 
gestão pública do turismo são ainda muito in-
cipientes. Portanto, considera-se fundamental 
uma estratégia de apoio ao turismo local, de 
forma a se obter a sinergia necessária entre a 
iniciativa privada, Prefeituras Municipais e so-
ciedade civil organizada com vistas à melhoria 
da gestão do turismo, sobretudo no aspecto do 
quadro institucional observado e na integração 
dos mesmos, sob o ponto de vista regional.
Vista aérea do centro de Rio Branco
2.5.2. Gestão Pública Municipal
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 39
Reserva florestal da Universidade Fereral do Acre
O CET foi instituído pelo decreto nº 3.605, de 
02 de dezembro de 2008. Constitui-se em um 
colegiado de natureza consultiva e deliberati-
va, em matérias de políticas púbicas de turismo, 
constituído por representantes de segmentos 
turísticos da iniciativa privada e de instituições 
púbicas afins. É órgão superior de assessora-
mento e integração da Secretaria de Estado de 
Turismo e Lazer - SETUL, que tem por finali-
dade propor ações e oferecer subsídios para 
a formulação da Política Estadual de Turismo e 
apoiar sua execução, com vistas a sua consoli-
dação e continuidade. Possui como objetivo:
• Formular diretrizes e políticas para a elabora-
ção e implantação da política estadual do tu-
rismo integrada à política nacional de turismo; 
• Formular e avaliar a política estadual de tu-
rismo, os planos, programas, projetos e ati-
vidades de promoção e incentivo ao turismo 
regional e local; 
• Apoiar e estimular os municípios na criação 
dos conselhos de turismo e na elaboração 
dos próprios planos municipais de turismo; 
• Emitir pareceres e recomendações sobre 
questões do turismo regional e local; 
• Formular e propor ações visando o desenvol-
vimento do turismo interno e externo em con-
formidade com a política estadual de turismo; 
• Zelar para que o desenvolvimento do turis-
mo no Estado e no país se faça sob a égide 
da ética e da sustentabilidade ambiental, so-
cial, cultural, econômica e política; 
2.5.3. Conselho Estadual de Turismo
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202040
• Elaborar normas que contribuam para a pro-
dução e adequação de legislação turística e 
correlata, visando a defesa do consumidor e 
a qualidade do turismo brasileiro; 
• Constituir e apoiar instâncias de gestão com-
partilhada setoriais, temáticas, ou territoriais, 
tais como câmaras, arranjos produtivos, co-
missões, grupos de projetos, e outros, visan-
do a descentralização e dinamização das ati-
vidades turísticas; 
• Trabalhar em prol da integração e produtivi-
dade de toda a cadeia produtiva da atividade 
turística; 
• Conceber, promover, realizar pesquisas e 
projetos especializados ou específicos, ne-
cessários ao desenvolvimento de produtos 
turísticos que visem o crescimento do turismo 
integrado no Estado do Acre; 
• Promover, articular, estimular e participar de 
ações e outras formas de associativismo no 
nível nacional e internacional junto a 
• Instituições promotoras que viabilizem o de-
senvolvimento do turismo; 
• Identificar fontes de recursos nacionais e in-
ternacionaispara o desenvolvimento do tu-
rismo integrado do Acre.
2.5.4. Cadeia Produtiva do 
Turismo
A cadeia do turismo é formada por um 
complexo conjunto de elementos e pode ser 
entendida como um sistema constituído por 
atores e atividades inter-relacionadas em uma 
sucessão de operações de produção, transfor-
mação, comercialização e consumo em um en-
torno determinado. Essas atividades envolvem 
desde o relacionamento entre as empresas do 
setor e suas ações coletivas, até a participação 
efetiva dos órgãos da administração pública 
envolvidos com o tema e, também, da socieda-
de civil, que é diretamente afetada. Portanto a 
dinamicidade e complexidade da atividade tu-
rística deve sempre levar em conta o enfoque 
sistêmico como uma importante ferramenta 
para o diagnóstico e a posterior formulação de 
estratégias de competitividade do destino. Le-
vando em consideração o exposto foram iden-
tificados os seguintes desafios:
• Atualmente existe uma deficiência na coor-
denação e integração de ações entre os di-
versos fornecedores de serviços da cadeia 
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202040
de hospitalidade (hotéis, restaurante, agên-
cias de receptivo, guias) como facilitadores 
do acesso aos atrativos e fruição do turismo, 
de forma a efetivarem produtos e operações 
conjuntas. Um exemplo disto é a ausência da 
prática, por parte dos hotéis e restaurante, 
de oferecer tarifa diferenciada para os ope-
radores locais de receptivo na estruturação 
de seus produtos;
• Existe baixa representatividade e visível 
enfraquecimento das entidades de classe 
representativas do setor, tais como ABAV 
(agências de viagens), ABRASEL (bares e 
restaurantes), ABIH (meios de hospedagem), 
entre outras, indicando uma desarticulação 
empresarial;
• Apesar da existência do Acre Convention&-
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 41Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 41
Visitors Bureau, instituição estratégica para 
um destino se consolidar no segmento de 
Negócios e Eventos, ainda não há estrutu-
ração efetiva do setor, com pouca adesão 
empresarial, falta de estratégias coope-
radas para captação e atração de novos 
eventos, bem como inexistência de estra-
tégias de promoção do destino a partir dos 
eventos realizados;
• Apesar da existência de oferta de artesanato, 
inclusive com produtos que se destacam pelo 
design e inovação (como os produtos deri-
vados do látex e a marchetaria), da agroin-
dústria familiar, das manifestações culturais, 
entre outros, observa-se uma carência da 
efetiva integração dos mesmos em sua oferta, 
na condição de produção associada ao tu-
rismo, ou seja, como elementos que efetiva-
mente agregam valor a produtos turísticos e 
produzam experiências marcantes;
• Existe pouca adesão dos empreendedo-
res locais na participação e colaboração 
em ações de qualificação turística. Aspecto 
muito importante para um destino turístico, 
onde a qualidade dos equipamentos e servi-
ços reflete diretamente no nível dos produ-
tos ofertados, o que permite ou não atender 
a públicos mais exigentes.
O fortalecimento e organização do setor 
empresarial figura, portanto, como estratégico 
para o bom desenvolvimento da atividade turís-
tica e se coloca como um desafio a ser enfren-
tado para elevar a competitividade do destino.
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202042
Etapa 2
Planejamento 
Estratégico
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202042
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 43
3. Áreas Críticas de Intervenção
Dimensões Variáveis Indicadores
M
er
ca
d
o 
tu
rí
st
ic
o
Oferta de atrativos e 
recursos turísticos
Estruturação da oferta de atrativos naturais
Estruturação da oferta de atrativos culturais
Representatividade/singularidade
Reconhecimento no mercado
Diversificação de atividades
Oferta de equipamentos e 
serviços turísticos
Oferta de hospedagem
Oferta de alimentação
Qualificação para o turismo
Capacidade empresarial
Aproveitamento mão-de-obra local
Espaços para eventos
Equipamentos de lazer e recreação
Serviço de informações turísticas
Operadores de receptivo
Oferta de artesanato/produção associada
Promoção e 
comercialização 
Material promocional/institucional
Participação em feiras e eventos 
Promoção/visibilidade na Web
Produtos/roteiros comercializados
Tabela 11. Dimensões, variáveis e indicadores para avaliação das áreas 
críticas de intervenção
A identificação das áreas críticas de inter-venção foi elaborada por meio do diag-nóstico situacional e dividida em quatro 
dimensões de análise: mercado turístico; 
infraestrutura; quadro institucional e as-
pectos socioambientais. Para cada uma das 
dimensões foram definidas variáveis e indica-
dores, conforme tabela a seguir. 
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 43
Continua
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202044
Dimensões Variáveis Indicadores
In
fr
ae
st
ru
tu
ra
Acesso e mobilidade
Condições gerais de acesso
Sinalização turística
Sistema de transportes
Saneamento ambiental
Fornecimento de água tratada
Sistema de esgoto
Limpeza pública
Destinação de resíduos
Serviços de apoio ao 
turismo
Fornecimento de energia
Capacidade de atendimento médico/saúde 
Segurança e proteção ao turista
Serviços de comunicação disponíveis
Q
u
ad
ro
 i
n
st
it
u
ci
on
al
Gestão pública
Estrutura municipal para apoio ao turismo
Capacidade de gestão/quadro funcional
Políticas púbicas e 
cooperação
Planos e legislação (urbana/ambiental/turística)
Cooperação entre Secretarias Municipais
Cooperação com o Governo Estadual 
Participação social
Incentivos para o setor privado
Outras parcerias institucionais
A
sp
ec
to
s 
so
ci
oa
m
b
ie
n
ta
is
Patrimônio ambiental
Unidades de conservação no território
Estado de conservação dos bens ambientais
Relevância dos bens ambientais
Gestão ambiental
Estrutura Municipal de Meio Ambiente
Capacidade de gestão/quadro funcional
Ações/estratégicas de conservação e desenvolvimento
Participação social
Instrumentos de planejamento e ordenamento
Patrimônio cultural
Singularidade dos bens culturais materiais
Singularidade dos bens culturais imateriais
Estado de conservação dos bens culturais materiais
Estado de conservação dos bens culturais imateriais
Fonte: elaboração própria, 2014
Conclui
Tabela 11. Dimensões, variáveis e indicadores para avaliação das áreas 
críticas de intervenção
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 45
Fonte: elaboração própria, 2014
O processo de avaliação foi baseado nas in-
formações obtidas durante as visitas in loco e 
complementadas com o levantamento de da-
dos secundários. Esse procedimento foi reali-
zado, de forma conjunta, por especialistas em 
cada uma das dimensões e esteve fundamenta-
da nos critérios de pontuação e escala de ava-
liação expostos a seguir.
Pontuação
Inexistente
(nota 0) Quando os elementos relacionados ao item avaliado estão ausentes.
Precário
(nota 1)
Quando a situação analisada não cumpre satisfatoriamente a função esperada, a 
estrutura é deficiente e a qualidade dos serviços não desempenha seus propósitos; 
permite a utilização em condições específicas e a título provisório e por públicos 
específicos.
Razoável
(nota 2)
Quando a situação analisada exerce razoavelmente a função esperada, a estrutura 
é conveniente e com serviços de atendimentomínimo ao público final.
Bom
(nota 3)
Quando a situação analisada atende satisfatoriamente a função esperada, a 
estrutura tem a qualidade compatível à sua função e utilização, correspondendo 
adequadamente ao que é exigido, desejado ou esperado pelo público final.
Ótimo
(nota 2)
Quando a situação analisada atende completamente ou quase completamente 
a função esperada, a estrutura física distingue-se de outras do mesmo tipo, 
apresentando ótima qualidade de serviços prestados ao público-final, inclusive 
com aspectos de inovação.
Níveis de avaliação
Ótimo
(76% a 100%)
Destinos cujas condições analisadas são excelentes em relação à sua qualidade e 
estruturação.
Satisfatório
(51% a 75%)
Destinos cujas condições analisadas são adequadas em relação à sua qualidade e 
estruturação.
Regular
(26% a 50%)
Destinos cujas condições analisadas são razoáveis em relação à sua qualidade e 
estruturação.
Insatisfatória
(0% a 25%)
Destinos cujas condições analisadas são precárias ou inadequadas em relação à 
sua qualidade e estruturação.
Considerando a metodologia exposta, a 
análise consolidada do Polo Vale do Acre 
aponta para o fato de que a maior parte dos 
destinos que o integram encontram-se em 
nível regular ou em estágio intermediário de 
desenvolvimento turístico geral, pois apresen-
tam condições razoáveis em relação à quali-
dade e estruturação. Esse grupo de destinos 
demanda intervenções urgentes de forma a 
elevar os aspectos essenciais para a melhoria 
da competitividade do Polo. 
Apenas a capital Rio Branco desempenha 
o papel de Destino Indutor, já que ao atin-
gir condição satisfatória, demonstra qualida-
de e estruturação adequadas. É importante 
reforçar o fato de que, apesar de Rio Bran-
co reunir características mais favoráveis que 
o conjunto dos destinos do Polo, demanda 
igualmente esforços com relação à melhoria 
dos seus produtos, serviços e estruturas, de 
forma a manter a demanda atual e atrair o 
potencial.
Tabela 12. Critérios de pontuação e níveis de avaliação 
das àreas críticas de intervenção
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202046
A avaliação consolidada do Polo Vale do 
Juruá evidencia certa fragilidade do mesmo, 
pois seus destinos encontram-se em condição 
regular na avaliação das áreas críticas de in-
tervenção. Esta situação figura em estágio in-
satisfatório de desenvolvimento turístico, pois 
praticamente todas as dimensões analisadas 
ainda são precárias ou inadequadas em relação 
à qualidade e estruturação e demandam inter-
venções urgentes.
3.1. Mercado Turístico
Rio Branco
Xapuri
Sena Madureira
Brasiléia
Epitaciolândia
Plácido de Castro
Assis Brasil
Porto Acre
Capixaba
Senador Guiomard
Insatisfatório Regular Satisfatório Ótimo
Cruzeiro do Sul
Mâncio Lima
Feijó
Tarauacá
Mar. Thaumaturgo
Jordão
Rodrigues Alves
44%
34%
34%
25%
34%
28%
26%
Insatisfatório Regular Satisfatório Ótimo
68%
49%
37%
36%
34%
21%
31%
30%
28%
24%
Vale do Acre
Vale do Juruá
Gráfico 12. Avaliação geral dos Polos
Fonte: elaboração própria, 2014.
O mercado turístico no Polo Vale do Acre 
recebeu avaliação insatisfatória no que diz res-
peito à Promoção e Comercialização e à Oferta 
de Equipamentos e Serviços Turísticos. Já em 
relação à Oferta de Atrativos e Recursos Turís-
ticos o Polo recebeu avaliação regular. O baixo 
desempenho deve-se a inúmeros fatores, den-
tre os quais se destacam: recursos e atrativos 
estruturados concentrados em Rio Branco e 
Xapuri; mecanismos de promoção e comer-
cialização dirigidos, de forma majoritária, aos 
municípios de Rio Branco e Xapuri; mecanis-
mos de comercialização e promoção ofertados 
somente pela SETUL; média distribuição dos 
equipamentos e serviços turísticos, concen-
trados principalmente nos municípios de Rio 
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 47
Branco, Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapu-
ri e Sena Madureira. Além disso, apesar de 
contar com uma oferta básica de atendimento 
ao turista, o Polo ainda necessita de estratégias 
de melhoria, principalmente, em relação à ca-
pacitação de mão de obra. 
No Polo Vale do Juruá a Oferta de Atrativos 
e Recursos Turísticos estruturados é deficiente 
em todos os municípios. No Polo, ainda existe 
oferta eminente de recursos a serem incorpo-
rados na atividade turística, principalmente do 
tipo ambiental e cultural. Os Equipamentos e 
Serviços vinculados a atividade turística no Polo, 
também foram avaliados como deficitários, tanto 
em quantidade quanto em qualidade. Além do 
déficit, alguns serviços são inexistentes, como 
é o caso de receptivos turísticos. Outra questão 
problemática para o Polo refere-se à Promoção 
e Comercialização, cuja oferta depende exclusi-
vamente de ações estaduais.
Fonte: elaboração própria, 2014.
Oferta de Atrativos
e Recursos Turísticos
Vale do Juruá Vale do Acre
Oferta de
Equipamentos e 
Serviços Turísticos
Promoção e
Comercialização
Insatisfatório Regular Satisfatório Ótimo
36%
35%
21%
25%
11%
17%
Gráfico 13. Avaliação do mercado turístico
Memorial dos Autonomistas - Rio Branco
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202048
3.2. Infraestrutura
A dimensão infraestrutura é deficiente em 
todo o Polo Vale do Acre. O principal gar-
galo percebido encontra-se no Saneamento 
Ambiental, já que a destinação correta do lixo 
está presente apenas em Rio Branco. Além dis-
so, a coleta e a destinação de esgoto são pra-
ticamente nulas no Polo, presente somente de 
forma ínfima na Capital. 
Na Mobilidade, as condições mais desfavo-
ráveis referem-se à sinalização turística. Já na 
infraestrutura de serviços de apoio ao turismo, 
a principal questão a ser resolvida trata-se da 
segurança, já que o aparato é deficitário para o 
atendimento do público em geral, não havendo 
ações específicas para o turista.
No Polo Vale do Juruá, a Mobilidade é 
problemática em função, principalmente, da 
dificuldade de acesso a alguns municípios do 
Polo, causada pela baixa oferta de rodovias. 
Além disso, existe déficit de placas de sinali-
zação turistica e de sistema de transporte pú-
blico adequado. 
No quesito Saneamento Ambiental, a princi-
pal deficiência está na deficiência de água tra-
tada e na ausência de coleta e tratamento de 
esgoto sanitário. Além disso, a coleta e destina-
ção de resíduos sólidos é precária, com uso de 
lixões em todos os municípios do Polo.
No que se refere aos serviços de apoio ao 
turista, atendimento médico, segurança e pro-
teção ao turista e serviços de comunicação são 
inexistentes em alguns municípios. 
Vista aéra do Centro de Rio Branco
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-2020 49
3.3. Quadro Institucional
A gestão institucional os municípios dos 
dois Polos é caracterizada pela baixa qualida-
de causada tanto pela inexistência de estrutu-
ra de gestão quanto pela falta de governança. 
Tais fatores refletem diretamente na consoli-
dação e expansão da atividade turística, assim 
como, no aproveitamento dos recursos exis-
tentes nos Polos.
Gráfico 14. Avaliação da infraestrutura
Serviços de Apoio
do Turismo
Vale do Juruá Vale do Acre
Saneamento
Ambiental
Acesso e
Mobilidade
Insatisfatório Regular Satisfatório Ótimo
41%
54%
29%
37%
20%
42%
Fonte: elaboração própria, 2014.
Gráfico 15. Avaliação do quadro institucional
Fonte: elaboração própria, 2014.
Políticas Públicas e
Cooperação
Vale do Juruá Vale do Acre
Gestão Pública
Insatisfatório Regular Satisfatório Ótimo
23%
29%
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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre 2015-202050

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