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Biossegurança - Livro-Texto - Unidade II

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Biossegurança
Unidade II
3 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
De acordo com a Anvisa, existem quatro níveis de biossegurança: NB‑1, NB‑2, NB‑3 e NB‑4. Eles são 
apontados em ordem crescente, no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção, que 
consistem de combinações de práticas e técnicas de laboratório e barreiras primárias e secundárias de 
um laboratório.
O responsável técnico pelo laboratório conduz a avaliação dos riscos e direciona a aplicação adequada 
dos níveis de biossegurança em função dos tipos de agentes e das atividades a serem realizadas.
NB‑1 – Nível de Biossegurança 1
Corresponde a um nível básico de contenção que, baseado nas práticas padrões de microbiologia, em 
que não há indicação de barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização 
das mãos, representam locais para treinamento educacional, treinamentos técnicos e laboratoriais.
Tanto o equipamento de segurança, o projeto das instalações como as práticas são apropriados para 
o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos e de professores de técnicas 
laboratoriais.
Na porta do laboratório deve existir o símbolo de risco biológico, e deve haver um treinamento 
para o uso e identificação de EPI, assim como pias para a limpeza das mãos e equipamentos para a 
esterilização de materiais.
NB‑2 – Nível de Biossegurança 2
As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos laboratórios clínicos, 
de diagnóstico, laboratórios‑escolas e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com um maior 
espectro de agentes nativos de risco moderado presentes na comunidade e que estejam associados a 
uma patologia humana de gravidade variável.
Com boas técnicas de microbiologia, os agentes de classe de risco 2 podem ser usados de maneira 
segura em atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a produção 
de borrifos e aerossóis é baixo. O vírus da hepatite B, o HIV, a Salmonelia spp. e Toxoplasma spp. são 
exemplos de micro‑organismos designados para esse nível de contenção.
O laboratório de NB‑2 deve atender a todos os requisitos indicados para o NB‑1, com mais exigências 
específicas.
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Unidade II
O NB‑2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, 
tecidos ou linhas de células humanas primárias em que a presença de um agente infeccioso possa ser 
desconhecida. Embora os organismos rotineiramente manipulados em um NB‑2 não sejam transmitidos 
por meio de aerossóis, os procedimentos envolvendo um alto potencial para a produção de salpicos ou 
aerossóis que possam aumentar o risco de exposição desses funcionários devem ser conduzidos com um 
equipamento de contenção primária, com dispositivos como a Cabine de Segurança Biológica (CSB) ou 
os copos de segurança da centrífuga.
As bancadas de trabalho devem estar engastadas na parede, de modo a não ser possível o acúmulo 
de sujidades entre ambas. As pias e os lavatórios devem possuir sistema automático de acionamento.
É preciso utilizar outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos, proteção facial, aventais e 
luvas. As barreiras secundárias, como pias para higienização das mãos e instalações para descontaminação 
de lixo, têm o objetivo de reduzir a contaminação potencial do meio ambiente.
NB‑3 – Nível de Biossegurança 3
As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são 
aplicáveis a laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios‑escola, de pesquisa ou de produções. 
Nesses locais realiza‑se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuam um potencial de 
transmissão via respiratória e que possam causar infecções sérias e potencialmente fatais. São os 
laboratórios preparados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 3.
O NB‑3 é aplicável a laboratórios clínicos, de diagnósticos, de pesquisa ou de produções. Possui 
requisitos intensificados em relação aos níveis 1 e 2. Alguns agentes que podem ser trabalhados nesses 
laboratórios: Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii. Os riscos 
primários causados aos trabalhadores que lidam com esses agentes incluem a autoinoculação, a ingestão 
e a exposição aos aerossóis infecciosos.
No NB‑3, enfatizam‑se mais as barreiras primárias e secundárias para a proteção dos funcionários de 
áreas contíguas, da comunidade e do meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente 
infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma cabine de 
segurança biológica (CSB) ou em outro equipamento de contenção, como uma câmara hermética de 
geração de aerossóis. As barreiras secundárias para esse nível incluem o acesso controlado ao laboratório 
e sistemas de ventilação que minimizem a liberação de aerossóis infecciosos do laboratório.
Só devem ser admitidos em um laboratório NB‑3 funcionários com experiência em NB‑2. A 
manutenção do local deve ser feita por empresas especializadas e com o acompanhamento dos 
funcionários do NB‑3.
NB‑4 – Nível de Biossegurança 4
As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências dos 
laboratórios são aplicáveis a trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que representam 
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um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Esses agentes podem ser transmitidos via 
aerossóis, e até o momento não há qualquer vacina ou terapia disponível contra eles.
Os laboratórios com NB‑4 são projetados para manipular agentes biológicos com classe de risco 4. 
Esses agentes, que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes do NB‑4, 
também deverão ser manuseados nesse nível. Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com 
esses agentes deve continuar nesse nível ou em um nível inferior. Os vírus como Marburg ou vírus da 
febre hemorrágica Criméia (Congo) são manipulados no NB‑4.
Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes desse nível incluem a exposição 
respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada às 
gotículas infecciosas e a autoinoculação.
Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infeccioso, substâncias isoladas 
e animais natural ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção 
aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente.
O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos materiais infecciosos 
aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica classe III ou com um 
macacão individual suprido com pressão de ar positiva.
A instalação do NB‑4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente 
isolada, com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem 
uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente.
O sistema de ar‑condicionado deve oferecer pressão negativa do ar dentro do prédio, para garantir 
que, em caso de vazamento, o ar interno não saia do edifício. O acesso às áreas controladas deve ser 
feito por portas duplas e antessala com controle da pressurização do ambiente.
A figura a seguir apresenta o resumo dos níveis de biossegurança recomendados para agentes 
infecciosos, segundo orientação contida na publicação do CDC do Departamento de Saúde e Serviços 
Humanos dos EUA, Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia, traduzida pelo 
Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde.
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Quadro 4 – Resumo dos níveis de biossegurança recomendados para agentesinfecciosos
NB Agentes Práticas Equipamento de segurança Instalações (barreiras secundárias)
1
Que não são conhecidos 
por causarem doenças em 
adultos sadios.
Práticas padrão de 
microbiologia. Não são necessários.
Bancadas abertas com 
pias próximas.
2
Associados com doenças 
humanas, risco = lesão 
percutânea, ingestão, 
exposição da membrana 
mucosa.
Prática de NB‑1 mais: 
acesso limitado; avisos 
de risco biológico; 
precauções com objetos 
perfurocortantes; 
manual de biossegurança 
que defina qualquer 
descontaminação de 
dejetos ou normas de 
vigilância médica.
Barreiras primárias = cabines 
de classe I ou II ou outros 
dispositivos de contenção 
física usados para todas as 
manipulações de agentes 
que provoquem aerossóis 
ou vazamento de materiais 
infecciosos; procedimentos 
especiais como o uso de 
aventais, luvas e proteção para 
o rosto, quando necessário.
NB‑1 mais: autoclave 
disponível.
3
Agentes exóticos com 
potencial para transmissão 
via aerossol; a doença pode 
trazer consequências sérias 
ou até fatais.
Práticas de NB‑2 mais: 
acesso controlado; 
descontaminação de todo 
o lixo; descontaminação 
da roupa usada no 
laboratório antes de 
ser lavada; amostra 
sorológica.
Barreiras primárias = cabines 
de classe I ou II ou outros 
dispositivos de contenção 
usados para todas as 
manipulações abertas de 
agentes; uso de aventais, luvas 
e proteção respiratória, quando 
necessário.
NB‑2 mais: separação 
física dos corredores de 
acesso; portas de acesso 
duplas com fechamento 
automático; ar 
de exaustão não 
recirculante; fluxo de 
ar negativo dentro do 
laboratório.
4
Agentes exóticos ou 
perigosos que impõem um 
alto risco de doenças que 
ameaçam a vida, infecções 
laboratoriais transmitidas 
via aerossol ou relacionadas 
a agentes com risco 
desconhecido de transmissão.
NB‑3 mais: mudança de 
roupa antes de entrar; 
banho de ducha na 
saída; todo o material 
descontaminado na saída 
das instalações.
Barreiras primárias = todos 
os procedimentos conduzidos 
em cabines de classe III ou 
classe I ou II juntamente com 
macacão de pressão positiva 
com suprimento de ar.
NB‑3 mais: edifício 
separado ou área 
isolada; sistemas 
de abastecimento e 
escape a vácuo e de 
descontaminação; 
outros requisitos 
sublinhados no texto.
3.1 Doenças ocupacionais de origem biológica mais comuns: conduta e 
normas de Biossegurança
As doenças ocupacionais representam um risco biológico e um desafio nas profissões em que existe 
tal risco. É preciso identificá‑lo e inserir barreiras e métodos de imunização para limitá‑lo.
Para que ocorra a doença ou a infecção, é necessário que haja um grau de contaminação do patógeno 
e uma maior virulência dele, ou seja, quanto maior a patogenicidade da doença, mais ela pode acometer 
o indivíduo. Esse indivíduo pode apresentar resistência à doença, por isso a importância dos métodos de 
imunização, quando existentes.
O conceito de infecção cruzada é a transmissão de agentes infectantes entre pacientes e equipe de 
saúde dentro do ambiente clínico. Essa infeção depende de três fatores:
•	 fonte	da	infeção:	pode	ser	um	indivíduo	ou	um	ambiente	contaminado;
•	 veículo	ou	vetor:	sangue,	saliva	e	instrumentais;
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•	 vias	de	transmissão:	contato	com	secreções,	inalação	(partículas	no	ar)	e	inoculação	(exposição	
devido a um corte com material infectado).
As vias de transmissão ainda são classificadas em: direta – projeção de gotículas em mucosas, inoculação 
acidental e abrasão da pele; indireta – é necessário haver um veículo ou vetor para ocorrer a infecção.
Exemplo:
Os instrumentais ou artigos utilizados podem conter fômites, que são sujidades que abrigam 
micro‑organismos. Se não forem limpos e esterilizados, podem transmitir infecção para o indivíduo.
Outro exemplo são os insetos, considerados como vetores, pois transmitem micro‑organismos que 
se transformam em doenças para o homem.
Outro conceito importante em relação à infecção cruzada é a classificação do indivíduo que pode 
propagar a infecção:
•	 portador: indivíduo com micro‑organismo específico, mas que não apresenta o quadro clínico da doença.
Exemplo: um indivíduo com o vírus HVB (hepatite B) pode não apresentar manifestações da doença, 
porém quando realizado um exame sorológico, constata‑se que ele apresenta o vírus no organismo.
•	 disseminador: indivíduo que possui a doença e seu quadro clínico e que pode eliminar o 
micro‑organismo no meio ambiente e transmiti‑lo a outras pessoas.
Exemplo: indivíduos com o vírus da H1N1 podem eliminá‑lo por meio de gotículas no ar e transmiti‑los 
a outras pessoas.
 Saiba mais
Para saber sobre as doenças ocupacionais, procure: BRASIL. Ministério 
da Saúde do Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de 
procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: 2001. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_
trabalho1.pdf>. Acesso em: 2 jun. 2015.
3.2 Cipa
A NR‑5, promulgada pela Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978, trata das Cipa.
Essa NR trata da obrigatoriedade da instalação da Cipa, e da sua manutenção em regular 
funcionamento nas empresas. Dispõe sobre a prevenção de acidentes, doenças decorrentes do trabalho, 
preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.
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 Observação
As normas regulamentadoras (NRs) são anexos da CLT, principal 
documento da legislação trabalhista brasileira.
A Cipa tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a 
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do 
trabalhador. As empresas devem constituir a Cipa de acordo com a atividade econômica e o número de 
funcionários.
A formação de uma Cipa é obrigatória para todas as organizações. Tal comissão é responsável por 
tratar de questões sobre a segurança do trabalho e de todos os trabalhadores, independentemente 
do vínculo empregatício. Por exemplo, em empresas públicas que tenham funcionários estatutários 
(concursados), celetistas, terceirizados e autônomos em seu quadro de funcionários, todos eles são 
cobertos pela ação da Cipa.
A NR‑5 faz diferenciação entre trabalhadores e empregados. Empregados são aqueles que têm algum 
tipo de vínculo de emprego, e trabalhadores são todos os indivíduos que executam atividades dentro da 
empresa, o que inclui os terceirizados e prestadores de serviço.
A Cipa tem mandato de um ano. Possui um número igual de representantes do empregador (indicados 
pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos).
É papel do empregador proporcionar aos membros da Cipa os meios necessários ao desempenho 
de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de 
trabalho.
São funções dos empregados:
•	 colaborar	com	a	gestão	da	Cipa;
•	 indicar	situações	de	risco	e	apresentar	sugestões	para	a	melhoria	das	condições	de	trabalho;
•	 observar	e	aplicar	no	ambiente	de	trabalho	as	recomendações	quanto	à	prevenção	de	acidentes	e	
doenças dele decorrentes.
O presidente da Cipa deve ser escolhido pela empresa dentre os membros por ela indicados, e o 
vice‑presidente deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares.
Cabe ao presidente e ao vice‑presidente da Cipa mediar conflitos, elaborar o calendário de reuniões 
ordinárias e constituir comissão eleitoral para regular o processo de eleição da Cipa subsequente. Quem 
elabora as atas das reuniões ordinárias é o secretário.
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Quando o estabelecimento não se enquadra na obrigatoriedade de constituição de Cipa, é exigida a 
designação de uma pessoa com o treinamento específico para desempenhar suas atribuições.
A organização que possuir emum mesmo município dois ou mais estabelecimentos deverá garantir 
a integração da Cipa e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de 
segurança e saúde no trabalho.
As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, por meio de membros de 
Cipa ou designados, mecanismos de integração com o objetivo de promover o desenvolvimento de 
ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, 
podendo contar com a participação da administração do local.
 Saiba mais
Você pode conhecer melhor a NR–5 acessando: BRASIL. Ministério 
do Trabalho e Emprego (MTE). NR‑5 – Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes (CIPA). Portaria SIT nº 247, de 12 de julho de 2011. Brasília: 
2011d. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D31190
9DC0131678641482340/nr_05.pdf>. Acesso em: 9 maio 2015.
Figura 6 – Símbolo da Cipa
 Lembrete
De acordo com NR‑5, os trabalhadores da empresa é que devem compor 
a Cipa, e é a própria instituição deve elaborar os mapas de risco.
3.2.1 Acidente de trabalho
O acidente de trabalho é definido como uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que 
interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/
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ou lesões nos trabalhadores, e/ou danos materiais. Deve ser evitado e controlado por meio das várias 
técnicas prevencionistas.
Do ponto de vista legal, considera‑se acidente de trabalho aquele que ocorrer pelo exercício do 
trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause 
a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
Causas de acidentes:
Como todos os eventos, os acidentes possuem uma ou mais causas, e uma ou mais consequências. 
Sua prevenção consiste em eliminar as causas (diminuir os riscos), evitando, então, sua ocorrência.
A prevenção de acidentes:
•	 ao	trabalhador:
— assegura qualidade de vida;
— evita perda de rendimentos;
— mantém sua autoestima;
— melhora a execução do trabalho.
•	 ao	empregador:
— garante os ganhos de produtividade;
— assegura a preservação da imagem da empresa perante a comunidade;
— proporciona a redução dos custos diretos e indiretos;
— possibilita a diminuição de processos trabalhistas;
— propicia menor rotatividade da mão de obra.
•	 para	a	sociedade	e	o	Governo:
— possibilita menores encargos previdenciários;
— proporciona uma imagem positiva da nação perante conselhos internacionais;
— assegura valorização do ser humano por meio de políticas públicas.
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Biossegurança
Teoria de Heinrich
Tanto o acidente como a lesão são causados por alguma coisa anterior, alguma coisa onde se 
encontra o homem, e todo acidente é causado, ele nunca acontece.
O acidente ocorre porque o homem não está devidamente preparado e comete atos inseguros. Outra 
causa são as condições inseguras que comprometem a segurança do trabalhador
Atos inseguros
Os atos inseguros residem no fator humano. São decorrentes da não obediência às normas de 
segurança e podem ser conscientes e inconscientes, de acordo com a seguinte classificação:
•	 consciente	–	há	conhecimento	do	perigo	de	seu	procedimento,	mas	assume-se	o	risco;
•	 inconsciente	–	a	pessoa	desconhece	o	perigo	que	está	correndo,	por	isso	pratica	o	ato	inseguro.
Condições inseguras
As condições inseguras são as causas dos acidentes do trabalho que decorrem diretamente das 
condições do local ou ambiente de trabalho.
Elas ocorrem por falhas técnicas ou por alguns agentes ambientais que podem ocasionar acidentes. 
Estão relacionadas com os riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
4 PRECAUÇÕES UNIVERSAIS: LIMPEZA, DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO, 
LAVAGEM, HIGIENIZAÇÃO
Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente, e necessário que todos os objetos 
e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, além de contribuir com 
as condições de trabalho da equipe.
4.1 Limpeza
A limpeza é o processo que remove fisicamente a contaminação por micro‑organismos e material 
orgânico e é essencial para o sucesso da desinfecção e da esterilização. Tem como objetivos reduzir a 
carga bacteriana natural dos artigos, remover contaminantes orgânicos, inorgânicos e sujidades.
A limpeza é o primeiro passo para o processo de descontaminação. Consiste da remoção de toda 
matéria orgânica dos artigos utilizando água e detergente. Podem ser utilizados produtos enzimáticos, 
detergentes desencrostantes com tensoativos não iônicos.
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4.1.1 Tipos de limpeza
Limpeza concorrente
A limpeza concorrente é aquela considerada geral, sendo realizada diariamente. Envolve pisos, 
sanitários, superfícies horizontais, troca de lixo e roupas e arrumação de maneira geral.
Artigo 22 – Os estabelecimentos de assistência odontológica devem 
apresentar, além das demais obrigatoriedades determinadas pela legislação 
municipal de edificações vigente, as seguintes condições referentes à área 
na qual serão realizados procedimentos odontológicos:
I) Iluminação que possibilite boa visibilidade, sem ofuscamentos ou sombras;
II) Ventilação que possibilite circulação e renovação de ar;
III) Revestimentos de pisos com material lavável e impermeável, que 
possibilite os processos de descontaminação e/ou limpeza, sem a presença 
de trincas ou descontinuidades;
IV) Paredes de alvenaria ou divisórias de cor clara, revestidas de material 
lavável e impermeável, que possibilite os processos de descontaminação e/
ou limpeza sem a presença de mofo ou descontinuidades;
V) Forros de cor clara, sem presença de infiltrações, rachaduras ou mofo;
VI) Instalações hidráulicas e elétricas embutidas ou protegidas por calhas 
ou canaletas externas para que não haja depósitos de sujidades em sua 
extensão (BRASIL, 1999).
Limpeza operatória ou imediata
Essa limpeza deve ser realizada sempre que ocorrer uma sujidade imediata com matéria orgânica. 
Exemplo: sangue visível.
Deve ser realizada pela técnica spray‑wipe, que significa borrifar uma substância desinfectante, 
esfregar o local com papel toalha descartável e borrifar novamente a mesma substância, deixando secar 
naturalmente.
Para a desinfecção, podem ser utilizados os agentes:
Álcool 70% (ou 770 GL), compostos sintéticos do iodo, solução alcoólica de clorexidina (2 a 5% em 
álcool a 70%), compostos fenólicos ou hipoclorito de sódio (1%), de acordo com o material da superfície.
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Limpeza de manutenção
A limpeza de manutenção exige vistoria contínua de pisos, banheiros, superfícies horizontais e lixos 
para garantir que tudo esteja em ordem.
Limpeza de superfícies fixas
Essa limpeza pode ser utilizada para o chão, paredes, bancadas e até mesmo equipamentos que 
permitam o contato com a água.
Para equipamentos, paredes e até mesmo bancadas, podemos utilizar a limpeza manual úmida, 
esfregando uma esponja, espuma ou pano umedecido em solução detergente e enxugar com outro 
pano umedecido em água limpa. Dessa maneira, tais superfícies não entram em contato com água 
abundante, não danificando suas estruturas.
Para a limpeza do chão, devemos realizar a limpeza manual úmida de chão. Para tanto, usamos dois 
mops (esfregão) diferentes: um para ensaboar, removendo as sujidades com o auxílio de um detergente 
tensoativo bactericida; e outro para enxaguar o chão, utilizando água limpa.
Quando for possível realizar a limpeza manual molhada no chão, podemos espalhar a água com 
detergente tensoativo, empurrando‑a para o ralo, e enxaguar o local várias vezes com água limpa. Esse 
tipo delimpeza é mais efetivo, pois remove mais sujidades do chão, porém só pode ser realizado em 
locais onde houver ralo, sem contar que o gasto com água é maior.
Para as áreas não críticas e descobertas, ou seja, que não sofrem contaminação, podemos realizar 
a limpeza a seco, com vassouras. Para as áreas não críticas cobertas, podemos utilizar o aspirador para 
auxiliar a remoção de sujidades.
Os materiais utilizados nas limpezas devem ser guardados e precisam ser separados por áreas.
Dentre esses materiais, temos mops distintos para cada procedimento ou baldes, detergente 
neutro ABS aniônico, detergentes desencrostantes ou enzimáticos, desencrostantes, tensoativos, 
panos e vassouras.
4.1.2 Tipos de detergentes
Quando se realiza o processo de limpeza, precisamos saber quais substâncias devemos utilizar em 
cada caso. Para isso existem vários tipos de detergentes com características diferentes.
Detergentes desencrostantes: são detergentes enzimáticos de última geração, que removem 
desde gorduras até sujeiras impregnadas nos artigos (instrumentos). São utilizados apenas para limpeza 
de artigos, pois os objetos necessitam ficar submersos por algum tempo, e esse período pode variar de 
acordo com a marca do detergente.
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Detergentes surfactantes: são preparações químicas que alteram a natureza das interfaces de 
contato. Diminuem a tensão superficial e facilitam a limpeza.
Detergentes enzimáticos: são substâncias que apresentam enzimas que catalisam o processo de 
decomposição dos debris orgânicos, facilitando a limpeza dos artigos. São atóxicos, não deixam resíduos 
e removem com segurança a matéria orgânica de instrumentos cirúrgicos. Como os detergentes 
desencrostantes, o instrumental deve ficar submerso durante um tempo para facilitar a remoção da 
sujidade presente.
Detergente tensoativo sintético biodegradável: utilizado na limpeza doméstica, esse produto é 
formulado à base de sais alcalinos de ácidos graxos associados a outros tensoativos. É um produto da 
reação natural por saponificação de hidróxido de sódio ou potássio e uma gordura vegetal ou animal.
 Lembrete
Cada tipo de detergente possui uma indicação apropriada, e sempre é 
necessária a leitura das instruções encontradas no rótulo do material.
4.1.3 Limpeza dos instrumentais
A limpeza do instrumental é um passo muito importante antes do processo de desinfecção e/ou 
esterilização dos artigos. Essa limpeza deverá ser realizada utilizando um detergente enzimático ou 
desencrostante. Pode ser feita de duas maneiras:
Limpeza manual: é aquela usada com o auxílio de escova própria para limpeza e detergente 
enzimático ou desencrostante. Sugere‑se utilizar uma cuba com tampa para deixar o material submerso 
durante o tempo preconizada pelo fabricante, que pode variar de 15 a 30 minutos. Depois, é realizada a 
limpeza com o auxílio da escova. O profissional deve sempre usar equipamentos de proteção individual, 
como gorro, máscara, óculos de proteção, avental e luvas de borracha grossas.
Limpeza ultrassônica: é realizada por cavitação. Por meio do aparelho de cuba ultrassônica, é 
realizada a agitação, e então a limpeza é feita por vácuo. Esse tipo de limpeza também requer detergentes 
específicos (os desencrostantes ou o enzimático). É a mais indicada para instrumentais.
Para ambos os métodos, é necessário realizar o preparo dos instrumentais da seguinte maneira:
•	 primeiramente,	é	feita	imersão	prévia	em	detergente	enzimático	ou	desencrostrante	num	período	
de 15 a 30 minutos;
•	 depois	procede-se	a	lavagem	dos	instrumentais;
•	 o	enxágue	deverá	ser	realizado	em	água	abundante	e,	preferencialmente,	o	último	enxágue	deverá	
ser feito com água destilada;
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•	 a	 secagem	 dos	 artigos	 deverá	 ser	 feita	 de	 maneira	 criteriosa,	com	 o	 objetivo	 de	 evitar	 que	 a	
umidade comprometa a sua esterilização;
•	 após	a	secagem,	deve-se	realizar	a	inspeção	do	material:	 todo	o	 instrumental	deve	passar	por	
um processo de inspeção sistemático e rigoroso, independente do processo utilizado (manual ou 
mecânico); nesse passo é que se deve observar a presença de sujidade, oxidação e a funcionalidade 
do instrumental.
Sanitização: fase em que se utiliza uma substância para reduzir o número de micro‑organismos 
num local ou material até níveis aceitáveis pela legislação sanitária.
Antissepsia: é o método no qual se impede a proliferação de micro‑organismos em tecidos vivos 
com o uso de substância químicas (os antissépticos) empregadas como bactericidas ou bacteriostáticos. 
É feita a inibição ou destruição de micro‑organismos na superfície de tecidos vivos. Uma mesma 
substância química, quando usada em objetos inanimados será chamada de desinfetante, mas quando 
usada em tecidos vivos, será chamada de antisséptico.
Assepsia: procedimento em que se impede que determinado equipamento, objeto, medicamento, 
cosmético ou ambiente estéril venha a ser contaminado.
4.2 Desinfecção
É a inativação de todas as formas vegetativas, com exceção de bactérias esporuladas. Pode ser obtida 
por processo químico, que deve ser escolhido em função das características do artigo.
Agentes químicos desinfetantes
Agora vamos destacar diversos tipos de agente químicos desinfetantes. Nem todos os materiais 
suportam temperaturas elevadas, podendo sofrer um processo de esterilização. Para esses casos, 
podemos utilizar produtos químicos para fazer a desinfecção, tomando muito cuidado na avaliação da 
compatibilidade química com os utensílios.
A desinfecção química acontece porque algumas substâncias têm a capacidade de danificar a parede 
celular.
A escolha de agente químico desinfetante deve ser feita baseando‑se nas propriedades ideais de 
um desinfetante: alta atividade biocida, efetividade na presença de matéria orgânica, baixa toxicidade, 
efeito residual, solubilidade em água e líquidos orgânicos, não ser corrosivo, não manchar. O desinfetante 
deve, ainda, ter as seguintes características: fácil uso, odor agradável, ser econômico, ser considerado 
desinfetante hospitalar para superfícies (efetivo contra Staphylococcus aureus, Salmonella chloreasius, 
Pseudomonas aeruginosa) ou desinfetante hospitalar para artigos (efetivo contra Staphylococcus 
aureus, Salmonella chloreasius, Pseudomonas aeruginosa; Micobacterium smegmatis; Micobacterium 
bovis; Tricophyton mentagophytes).
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Dependendo da resistência do micro‑organismo a ser combatido, a desinfecção por produtos 
químicos pode ser dividida em três níveis: desinfetantes de baixa, intermediária e alta atividade biocida.
Desinfetantes de baixa atividade biocida não inativam o Mycobacterium tuberculosis, os vírus 
hidrofílicos, nem os esporos. São utilizados quando o objetivo é eliminar bactérias vegetativas, vírus 
médios ou lipídicos.
Um dos produtos mais comuns nesse processo é o quaternário de amônia, utilizado na limpeza de 
superfícies, paredes e mobiliários; ele tem a vantagem de ser pouco tóxico para humanos, mas pode 
causar irritações na pele e atacar borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
Desinfetantes de intermediária atividade biocida inativam o Mycobacterium tuberculosis, as 
bactérias vegetativas, os vírus e fungos, porém não inativam os esporos. Exemplos: cloro; iodo; álcool.
O hipoclorito de sódio é apropriado para a desinfecção de superfícies e ambientes. A concentração 
ideal para esse fim é a de 1%. O hiploclorito possui atividade bactericida diminuída na presença de restos 
orgânicos. É corrosivo a alguns metais, razão pela qual não deve exceder o tempo de contato de 30 minutos. 
Exige enxágue abundante. A diluição de 1:5 de uma boa qualidade de água sanitária (5.25%) (1 parte de 
alvejante para 4 partes de água) resulta em hipoclorito de sódioa 1%, para uso em 24 horas.
O hipoclorito de sódio é amplamente recomendado como desinfetante de ambientes e superfícies. 
Alguns de seus produtos comerciais são: Virucid 1% e 5%; Clorolabor 2%; Virex 2%; Cândida 5,25%.
Já os compostos fenólicos têm a vantagem de serem efetivos na presença de restos orgânicos, 
tornando‑os úteis quando a remoção completa de matéria orgânica é impossível ou não é prática. Têm 
amplo espectro, são tuberculicidas, eficazes em metais, vidros, borrachas e plásticos. São registrados 
como desinfetantes de superfície e de imersão.
Os compostos fenólicos também são menos tóxicos que o glutaraldeído. Possuem as seguintes 
desvantagens: não são esporicidas; formam uma película cumulativa; devido ao seu alto poder de 
penetração, são extremamente agressivos à pele e também não são indicados para artigos que entrem 
em contato com as vias aéreas superiores, a menos que seja possível eliminar totalmente seu resíduo, o 
que é feito por meio de enxágue abundante ou do uso de álcool 70% (v/v). Isso se dá após o seu período 
de ação, que é de dez minutos para superfícies e de 30 minutos para imersão de artigos.
Outro antisséptico que destacamos é o iodo, que é o mais antigo para aplicação em pele e mucosa. 
Age na síntese de proteínas sais protéicos. Além do uso como antisséptico, pode ser utilizado em 
associação ao álcool para desinfecção de artigos. Possui ação antimicrobiana de largo espectro, inclusive 
contra bactérias gram‑negativas, Micobacterium tuberculosis, esporos, fungos e a maioria dos vírus.
Entretanto, o iodo colore superfícies é irritante, alergênico, corrói metais, aço, pele e tecidos, além 
de produzir reação de hipersensibilidade. Devido a tais inconvenientes, foram criados os iodóforos, 
compostos liberadores de iodo cujo carreador é a povinilpirrlidona (PVPI).
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Os iodóforos também têm amplo espectro antimicrobiano, mas são menos irritantes aos tecidos, 
menos alergênicos e têm ação prolongada após a aplicação. São amplamente usados na antissepsia de 
pele e mucosas, em contexto pré‑cirúrgico e de degermação das mãos.
São tuberculicidas em cinco a dez minutos de exposição, porém a água dura (rica em sais de 
Ca e Mg) pode inativá‑los. Seus nomes comerciais são: Povidine tópico, Povidine degermante, 
Poviderm e PVPI.
Outro desinfetante é o álcool, que é amplamente utilizado no âmbito hospitalar, principalmente o 
álcool etílico 70% (v/v). Seu mecanismo de ação é a desnaturação de proteínas. O seu uso é restrito por 
causa da falta de atividade esporicida e contra alguns vírus hidrofílicos (HVB, por exemplo), pela rápida 
evaporação e inabilidade de penetração em restos protéicos.
O álcool é irritante à pele quando deixado por período prolongado. Dessa forma, é recomendado 
para antissepsia, desinfecção de artigos e superfícies com tempo de exposição de dez minutos, 
sendo aconselhadas três aplicações intercaladas pela secagem natural. Não é recomendado para 
borrachas e plásticos.
As soluções de álcool iodado podem ser utilizadas em artigos, superfícies e bancadas. Após o tempo 
de exposição, deve‑se friccionar o álcool para evitar o efeito corrosivo, principalmente em metais.
Os desinfetantes de alta atividade biocida inativam os micro‑organismos citados anteriormente, 
inclusive esporos bacterianos. Exemplos: ácido peracético e óxido de etileno.
O ácido peracético tem atividade bactericida, fungicida, virucida e esporicida. Produz desnaturação 
protéica e alteração da parede celular. É efetivo na presença de matéria orgânica. Não promove resíduos 
tóxicos. Concentração: 0,001% a 0,02%.
4.3 Esterilização
A esterilização é a inativação de todos os micro‑organismos vivos, incluindo vírus, fungos, bactérias 
e esporos. Pode ser obtida por processo físico, físico‑químico ou químico. Os processos físico e 
físico‑químico são os mais indicados, pois garantem a destruição total de todas as formas de vida 
microbiana.
O processo químico deve ser utilizado somente quando não houver outro recurso, uma vez que, 
devido a inúmeras variáveis, não dá garantia total de esterilidade do material.
4.3.1 Métodos de esterilização
4.3.1.1 Processos físicos
A esterilização ocorre por meio da mudança no estado físico dos micro‑organismos, podendo ser 
feita por aumento de temperatura ou envolver radiação. São exemplos desses processos:
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•	 vapor	saturado	sob	pressão	(autoclave);
•	 calor	seco	(estufa	ou	fornos	de	Pasteur);
•	 radiação	ionizante	e	não	ionizante.
Vapor saturado sob pressão (autoclave)
É o processo que oferece maior segurança e economia, podendo ser realizado em autoclave 
convencional horizontal ou autoclave a alto vácuo.
A autoclave vertical é própria para laboratórios, não devendo ser utilizada para a esterilização de 
artigos médico‑cirúrgicos e odontológicos, pois os pacotes ficam superpostos, dificultando a drenagem 
do ar, retardando a penetração do vapor e não permitindo a secagem dos artigos, o que não garante a 
sua esterilização.
Para o funcionamento correto da autoclave, deve‑se seguir o manual de instruções do fabricante e 
observar os valores recomendados durante todo o ciclo de esterilização.
Para facilitar a penetração e circulação do vapor e eliminação do ar na autoclave convencional 
horizontal, deve‑se utilizar no máximo 80% da sua capacidade.
Devemos dispor os pacotes da seguinte maneira: os maiores ficam na parte inferior e os menores 
na parte superior do aparelho. Mantém‑se espaço de cerca de 3 cm entre eles, evitando que encostem 
nas paredes da autoclave. Artigos como jarros e bacias devem ser colocados em posição que facilite a 
remoção do ar e escoamento do vapor.
O período de exposição varia de acordo com o artigo, o tipo de equipamento utilizado e a temperatura 
em que está regulado o aparelho.
Qualidade do vapor
O vapor saturado seco é aquele que contém somente água no estado gasoso. Agrega tanta água 
quanto possível (umidade relativa de 100%). É a forma mais efetiva de vapor esterilizante.
O vapor saturado úmido (condensado) contém vapor saturado de forma excessiva devido à 
condensação. O excesso de água compromete a secagem da carga em processamento.
Os pacotes devem ser retirados da autoclave frios e secos para evitar que o vapor se condense na 
temperatura ambiente, contaminando os artigos.
A autoclave deve ser limpa diariamente com pano úmido e sabão neutro. A limpeza dos filtros e do 
purgador deve ser feita pelo técnico de manutenção especializado.
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A esterilização por autoclave exige empacotamento com material permeável ao vapor, de preferência 
em embalagem dupla, para evitar contaminação.
A embalagem mais indicada é o papel grau cirúrgico (Figura 7), que é normatizado pela NBR 12.946 
(ABNT, 2000). Deve apresentar poro de 0,22 μ de diâmetro, porosidade mínima de 65 s a 105 s por 100 
cm3 de ar. Deve ser resistente ao calor, à tração e à perfuração, não podendo conter amido ou corantes.
O papel grau cirúrgico pode se apresentar com duas faces de papel ou com uma face de papel e uma 
de filme transparente.
É possível utilizar caixas metálicas perfuradas (Figura 8), porém elas devem ser recobertas por 
embalagens permeáveis ao vapor, tais como o papel grau cirúrgico.
Figura 7 – Carpule embalada em papel grau cirúrgico
Figura 8 – Caixa metálica perfurada em embalagem de papel grau cirúrgico
A validade da esterilização é de sete dias, a contar do dia em que o material foi esterilizado. Esse 
prazo é considerado para os artigos esterilizados por processo físico, de acordo com a Resolução SS‑374 
(SÂO PAULO, 1995).
Calor seco (estufa ou fornos de Pasteur)
O calor gerado em estufa elétrica (forno de Pasteur) é de uso limitado, pois sua penetração e 
distribuiçãodentro da câmara não se faz de maneira uniforme. Além disso, o processo requer um tempo 
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de exposição mais prolongado e altas temperaturas, o que é inadequado para certos materiais, tais como 
tecido e borrachas.
A estufa deve possuir um termômetro indicando a temperatura atingida no interior, um termostato 
responsável pela manutenção da temperatura desejada.
Para facilitar a condução do calor sem encostar as caixas na parede da estufa, nem encostar o bulbo 
do termômetro nas caixas, é preciso colocar as maiores nas prateleiras superiores e as menores nas 
inferiores.
Não é recomendado colocar grande quantidade de material dentro das caixas para não sobrecarregar 
o aparelho. Deve‑se seguir o manual de instruções do fabricante.
Não é indicado interromper o processo de esterilização com a abertura da porta. Se isso acontecer, o 
processo de esterilização será inadequado. Esse é um dos motivos pelos quais a Anvisa não recomenda 
o uso da estufa nos consultórios odontológicos como método de esterilização, pois não há garantia de 
que o processo não será interrompido.
Quando comparado ao uso da autoclave, é mais difícil interromper o processo de esterilização na 
estufa, pois a máquina está sob pressão, e o processo de esterilização é automatizado. Outra desvantagem 
da estufa em relação à autoclave é a dificuldade de se fazer um controle biológico adequado, pois 
o Bacilus subtilis, micro‑organismo utilizado para a realização do teste de esterilidade, é de difícil 
obtenção. Além disso, o método de avaliação é mais caro do que o empregado para o controle biológico 
da autoclave, quando se utiliza o Bacillus estearoterphomilus.
Em estufa, as embalagens que suportam altas temperaturas, tais como caixas de alumínio fechadas, 
são as mais indicadas. As caixas de aço inoxidável, embora sejam aceitas como embalagens para a 
estufa, são menos recomendadas para o método. As lâminas de alumínio podem ser utilizadas para esse 
método de esterilização.
Em estufas, o tempo e temperatura inadequados, e a interrupção do ciclo com a abertura da porta 
são as principais causas de falhas no processo. A temperatura adequada deve ser observada com o uso 
do termômetro, e não apenas pela leitura do termostato, que pode estar desregulado.
O acondicionamento inadequado de material também é uma das causas do insucesso. As caixas 
metálicas não devem se tocar, tampouco tocar nas paredes da estufa; as maiores ficam em cima, e as 
menores embaixo.
Vejamos as principais falhas no processo de esterilização da estufa:
•	 limpeza	inadequada	dos	instrumentos;
•	 temperatura	real	versus termostato;
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•	 interrupção	do	ciclo	(abrir	a	porta);
•	 tempo	de	exposição	insuficiente;
•	 volume	e	distribuição	de	material	inadequados.
Radiação ionizante
A radiação ionizante modifica o DNA da célula microbiana, provocando lesões estruturais graves e a 
difusão de radicais livres. Nesse tipo de esterilização, é utilizada a radiação gama – cobalto 60, pois ele 
possui um alto poder de penetração, modificando o DNA das células dos micro‑organismos e gerando 
sua inativação.
Devido à sua dificuldade de operação e custo, esse tipo de esterilização é utilizado em materiais 
implantáveis em medicina e odontologia, por exemplo, os implantes dentários.
4.3.1.2 Processos físico‑químicos
Fazem parte dessa classificação de processos os tipos de esterilização que integram um meio físico 
(temperatura) com uma substância química. Assim, devido a um aumento ou diminuição de temperatura, 
a substância química auxiliará a inativação dos micro‑organismos. São exemplos desses processos: óxido 
de etileno e peróxido de hidrogênio. 
Óxido de etileno
É obtido por meio da ação combinada de um agente químico, o óxido de etileno (ETO.) e o calor na 
forma de vapor saturado sob pressão, gerado em autoclave. Seu uso é restrito a unidades hospitalares 
de grande porte devido ao custo das instalações e complexidade na operacionalização.
É necessário observar com rigor as disposições contidas na Portaria Interministerial 4 (BRASIL, 1991), 
as instruções do fabricante e a supervisão das técnicas de manejo dos equipamentos de segurança física 
e ambiental, além do uso da EPI, tais como luvas de proteção, óculos de proteção, máscara com filtro 
químico próprio para vapores orgânicos, botas e roupas de PVC.
Devemos saber que a exposição continuada ao ETO pode provocar irritação cutânea, anemia e 
vômito, além de ser carcinogênico e mutagênico.
Plasma de peróxido de hidrogênio
Outro meio de esterilização físico‑químico é o plasma de peróxido de oxigênio (H2O2), considerado o 
quarto estado da matéria: sólido, líquido, gás, plasma.
O plasma gerado a partir do peróxido de hidrogênio (água oxigenada) é constituído de radicais livres 
e de mais formas químicas altamente reativas, interagindo, assim, com as membranas celulares.
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Como características, possui uma ação bactericida, esporicida, fungicida e virucida. Tempo de 
exposição para esterilização: 75 minutos à temperatura de 40 °C a 55 °C.
É utilizado para materiais e artigos termossensíveis, aparelhos elétricos, endoscópios e outros 
instrumentais médico‑hospitalares. É considerado atóxico, é muito eficaz e possui alta penetrabilidade.
As fases do seu ciclo são: vácuo, injeção, difusão, plasma e a ventilação.
4.3.1.3 Processos químicos
Os processos químicos são utilizados apenas quando não podemos realizar a esterilização pelos 
métodos físicos ou físico‑químicos.
Eles podem ser empregados quando os materiais que necessitam de esterilização não podem sofrer 
drástica alteração de temperaturas.
Para essa esterilização, o material (artigo) terá que ficar imerso em contato com a substância por 
determinado tempo, e isso será definido pelo fabricante.
O processo de esterilização química exige embalagem plástica com tampa. É preciso checar o tempo 
de esterilização, a validade do produto, a submersão total dos instrumentos, a limpeza e desinfecção 
prévia do material, assim como o fechamento do recipiente que contém o esterilizante.
 Observação
A falha de qualquer um desses itens invalida o processo. O uso de EPI é 
obrigatório, bem como o uso imediato do artigo processado.
São exemplos desses processos o ácido peracético e o glutaraldeído.
Ácido peracético
Sua ação esterilizante se dá pela oxidação. O ácido peracético atua na parede celular e no interior da 
célula, danificando o sistema enzimático e destruindo o micro‑organismo.
O agente esterilizante é o ácido acético, e o tempo de exposição para esterilização compreende de 
30 a 45 minutos à temperatura de 50 °C a 55 °C, que pode variar de acordo com a marca comercial.
P ácido peracético só deve ser utilizado em materiais e instrumentais para uso imediato. Ele não 
permite o acondicionamento e armazenamento, pois o material, ao ser retirado da imersão, não pode 
mais ser considerado esterilizado.
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Glutaraldeído
Substância química que compreende a utilização de produtos do grupo dos aldeídos, glutaraldeídos e 
formaldeídos. Não é considerado um processo de primeira escolha devido à sua toxicidade, ao tempo prolongado 
de exposição e à necessidade de utilização imediata do artigo, uma vez que não pode ser armazenado.
Atualmente os órgãos de saúde não estão recomendando o uso do glutaraldeído devido à sua 
toxicidade e à possibilidade de ele não esterilizar alguns tipos de microbactérias.
Os artigos devem estar rigorosamente limpos, secos e desconectados (para permitir a ação do produto 
químico) e totalmente imensos na solução em recipiente de vidro ou plástico com tampa (recomenda‑se 
recipiente duplo perfuradoe outro sem furo). Não se recomenda empregar metais diferentes devido à 
corrosão eletrolítica.
O tempo da exposição para o glutaraldeído é de dez horas. Independentemente do método 
escolhido, o processo de esterilização adequado só acontece quando se realiza a devida limpeza prévia 
e o acondicionamento ideal do instrumental. O material estéril deve ser armazenado em ambiente seco, 
limpo e fechado.
 Observação
Ao esterilizar os materiais, devemos saber se possuem resistência para 
o meio de esterilização escolhido, com o objetivo de prevenir a danificação 
do material.
4.3.1.4 Monitoramento do processo de esterilização
Como não é possível visualizar os micro‑organismos presentes nos materiais, o risco biológico se 
torna um problema, pois precisamos ter certeza de que nosso material está mesmo esterilizado. Dessa 
forma, é necessário o uso de testes para verificar se a esterilização foi eficiente.
O teste mais seguro é promover a cultura dos micro‑organismos, porém o procedimento leva dias 
para apresentar algum resultado. Devido à dificuldade, utiliza‑se a monitoração por intermédio de meios 
mecânicos, químicos e biológicos:
Meios mecânicos – é realizada uma inspeção no equipamento para conferir seu funcionamento 
e observar se não há algum problema que possa comprometer a esterilização. Na estufa, é necessário 
observar o termostato e conferir sua temperatura real por meio de um termômetro. Já na autoclave 
devemos nos preocupar com as válvulas, os drenos, a borracha de vedação da porta, pois esses itens 
comprometem a esterilização e acabam por interromper o ciclo.
Meios químicos – são integradores químicos, e normalmente são tiras indicadoras impregnadas 
com tinta termoquímica, que muda de coloração quando exposta à temperatura. As tintas podem 
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ser utilizadas internamente nas embalagens colocadas sobre todos os produtos a serem esterilizados. 
Também podem ser usadas de maneira externa, podendo conter um integrador químico, que mudará de 
cor após o material ser esterilizado.
Meios biológicos – os testes biológicos são culturas padronizadas de micro‑organismos 
comprovadamente resistentes a processos térmicos menos severos. Em geral, os esporos bacterianos são 
empregados nesses testes. Caso essa cultura sobreviva ao processo de esterilização, significa que houve 
uma falha no processo, e deve‑se identificar prontamente a causa da falha para que os próximos ciclos 
sejam efetivos.
Os testes biológicos mais utilizados são:
•	 estufa:	teste	utilizando	o	esporo	Bacillus subtilis;
•	 autoclave:	teste	utilizando	o	Bacillus stearothermophilus.
4.3.2 Classificação dos artigos
Os artigos na área de saúde devem ter um cuidado especial, pois em sua grande maioria podem propagar 
infecção cruzada entre os pacientes, os profissionais e até mesmo disseminá‑lo no meio ambiente.
Esses artigos podem ser classificados de acordo com sua severidade para propagar infecção em: 
artigos críticos, semicríticos e não críticos.
Artigos críticos – são os instrumentos que penetram na pele e mucosa o suficiente para atingir o 
tecido subepitelial. São perfurocortantes, o que pode causar a ruptura da pele ou da mucosa.
São considerados exemplos de artigos críticos: agulhas, lâminas de bisturi e sondas.
Quando os materiais considerados como críticos não forem capazes de passar pelo processo de 
esterilização, devem ser descartados após o uso, por exemplo, agulhas e lâminas de bisturi.
Figura 9 – Ilustração de uma agulha, classificado como artigo crítico
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Artigos semicríticos – são os materiais que entram em contato com a pele e mucosa, porém sem 
penetrá‑la, não atingindo o tecido subepitelial. Não possuem ponta ativa, pois as partes que entram 
em contato com pele e mucosa não são consideradas perfurocortantes. O condensador e a espátula de 
inserção são exemplos desses artigos.
Os materiais semicríticos também exigem cuidados. Sempre que for possível, devemos preconizar 
sua esterilização. Contudo, quando o material não permitir a esterilização devido à sua resistência ao 
processo, devemos realizar a desinfecção com um agente com alta atividade biocida, por exemplo, o 
ácido peracético.
Figura 10 – Exemplo de um material semicrítico: inalador
Artigos não críticos – são considerados materiais ou instrumentos que não entram em contato 
com a pele ou mucosa, porém sofrem contaminação, podendo disseminar infecção cruzada.
Exemplos desses tipos de artigos são: bancadas, alças de refletores, comadres, papagaios, jarros, bacias, 
cubas, aparelhos de pressão, termômetros, assim como outras superfícies que, durante um atendimento 
hospitalar, são utilizadas e não entram em contato diretamente com a pele e a mucosa do paciente.
Por serem materiais não críticos, mas que ainda assim podem propagar infecção cruzada, temos de 
ter cuidados em relação à sua desinfeção, realizando‑a com agentes com, no mínimo, média atividade 
biocida. Alguns exemplos são: álcool etílico a 70% e hipoclorito de sódio a 1%.
Quadro 5 – Classificação de artigos na área da saúde
Críticos •	Esterelização
Semicríticos
•	Esterilização/desinfecção
•	Alta	atividade	biocida
Não críticos •	Desinfecção	de	média	atividade	biocida
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Quadro 6 – Exemplos de artigos: críticos, semicríticos e não críticos
Artigos
Críticos Semicríticos Não críticos
Agulhas Endoscópios Cubas
Lâminas de bisturi Inaladores Termômetros
Implantes Nebulizador Esfignomanômetro
4.4 Higienização
A higienização das mãos é uma das ações mais importantes no controle de infecção cruzada. É 
preciso realizá‑la de maneira correta e com o auxílio de soluções antissépticas.
Primeiramente, deve‑se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem acumular 
micro‑organismos.
Existem diferentes técnicas de higienização das mãos e elas podem variar de acordo com o objetivo 
ao qual se destina.
A seguir, incluímos algumas das técnicas de higienização:
Higienização simples das mãos
Essa técnica tem como finalidade a remoção dos micro‑organismos que habitam nas camadas 
superficiais da pele (como o suor, a oleosidade e as células mortas), retirando a sujidade propícia à 
permanência e à proliferação de micro‑organismos.
Higienização antisséptica das mãos
Essa prática é igual à descrita anteriormente (higienização simples), porém substituindo o sabão por 
um antisséptico. Dessa forma, promove a remoção de sujeiras e micro‑organismos, bem como reduz a 
carga microbiana nas mãos.
 Saiba mais
Para saber sobre outras técnicas de higienização das mãos e para ver 
figuras ilustrando as técnicas, acesse: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso 
em: 12 maio 2015.
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4.4.1 Antissépticos utilizados
A utilização de antissépticos promove a remoção das sujidades e a diminuição de micro‑organismos. 
Para a limpeza das mãos, podemos usar a mesma técnica da higienização simples, porém substituindo o 
sabão por um antisséptico recomendado.
Para empregá‑los corretamente, devemos fazer uma fricção antisséptica das mãos. Essa ação objetiva 
reduzir a carga microbiana, porém não remove totalmente a sujidade como no processo de higienização 
das mãos com sabonetes antissépticos.
A duração da antissepsia das mãos é de aproximadamente 20 a 30 segundos, tempo menor quando 
comparado à higiene das mãos.
Devido à importância da utilização dos antissépticos, o Ministério da Saúde recomenda para 
antissepsia das mãos as substâncias que possuem como princípio ativo:
•	 solução	alcoólica;
•	 clorexidina	a	2%	ou	4%;
•	 polivinil	pirrolidona-iodo	(PVPI	–	solução	aquosa,	solução	alcoólica,	solução	degermante,	todas	a	
10%, com 1% de iodo ativo);ou o iodo, na forma de solução alcoólica a 1% (álcool iodado);
•	 triclosano;
•	 permanganato	de	potássio;
•	 soluções	aquosas	de	sais	de	prata.
Para que sejam considerados efetivos e fazer um bom uso, os antissépticos necessitam ter alguns 
requisitos:
•	 amplo	espectro	antimicrobiano;
•	 ação	rápida;
•	 absorção	não	sistêmica;
•	 não	alergênico,	irritante	e/ou	ressecante;
•	 odor	agradável;
•	 baixo	custo;
•	 necessidade	de	obter	dispensadores	de	pronto	uso.
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Álcool
Amplamente utilizado, o álcool não possui efeito residual, pois tem a ação rápida. Assim, sua eficácia 
depende do tempo de contato, do volume e da concentração e, dependendo do tamanho das mãos, é 
preciso maior quantidade da substância.
Suas desvantagens são: podem ressecar a pele e causar irritação ocular e de mucosa.
A forma mais encontrada é em gel, e contém emolientes. 
Compostos de iodo
O iodo é um agente bactericida e fungicida, e também pode ser considerado como um ativo contra 
vírus. O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0.5 ou 1%.
Como vantagem, apresenta ação residual. Entretanto, em virtude da presença de substâncias 
alcalinas em matérias orgânicas, sua atividade é diminuída. Não é irritante, e pode ser facilmente 
removível pela água.
O iodóforo mais usado para a antissepsia das mãos é á solução detergente de PVPI a 10% (1% de 
iodo ativo), que é bactericida, fungicida e virucida.
Clorexidina
A solução de clorexidina é um germicida, do grupo das biguanidas, e age melhor contra bactérias 
gram‑positivas do que gram‑negativas e fungos.
Como vantagens, possui ação imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade 
e de fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvida pela pele íntegra.
As formulações para uso satisfatório são: solução de gluconato de clorhexidina a 0,5%, em álcool 
a 70%, e solução detergente não iônica de clorexidina a 4%, contendo 4% de álcool isopropílico ou 
álcool etílico.
Além da degermação das mãos, utilizando a concentração de 4%, a clorexidina possui outras 
aplicações clínicas:
•	 antissepsia	de	pele	e	mucosa	(concentração	de	1	a	4%);
•	 lavagem	das	mãos	(associada	a	sabões);
•	 antisséptico	bucal	(concentração	a	0,2%);
•	 enxaguatório	bucal	(concentração	a	0,12%).
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Triclosan
É um antisséptico usado em associação com sabões, detergentes e cosméticos, na concentração de 
0,5% a 2%.
Apresenta ação lenta e possui boa tolerância aos tecidos.
Nitrato de prata
A solução utilizada é a de nitrato de prata a 1%. Sua maior aplicação acontecia em mucosa ocular 
de recém‑nascidos, como profilaxia de conjuntivite. Contudo, essa solução está sendo substituída por 
PVPI ou colírio de clorexidina.
Permanganato de potássio
Agente oxidante antisséptico usado nas diluições de 1: 5.000 e 1: 2.000 para lavagem de feridas e 
mucosas em âmbito hospitalar.
4.5 Gerenciamento de resíduos
O gerenciamento de resíduos nos serviços da saúde é de fundamental importância. Todos os geradores 
devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de maneira a 
descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos.
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 306/2004 (ANVISA, 2004), são classificados 
como geradores de Resíduos de Serviço da Saúde (RSS):
•	 hospitais;
•	 laboratórios	analíticos	de	produtos	para	saúde;
•	 necrotérios	e	funerárias;
•	 serviços	de	medicina	legal;
•	 drogarias	e	farmácias	(incluindo	as	de	manipulação);
•	 estabelecimentos	de	ensino	e	pesquisa	da	área	da	saúde;
•	 clínicas	e	consultórios	médicos	e	odontológicos.
O documento que deverá ser elaborado descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, 
incluindo as características e riscos. Contempla, também, os aspectos referentes à geração, segregação, 
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as 
ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
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Também é necessário elaborar ações específicas para situações de emergência e acidentes. Essas 
medidas são referentes aos processos de prevenção de saúde do trabalhador. Dessa forma, são 
importantes o desenvolvimento e a implantação de programas como:
•	 Comissão	de	Controle	de	Infecção	Hospitalar	(CCIH);
•	 Comissões	 internas	 de	 Biossegurança,	 e	 Serviços	 de	 Engenharia	 de	 Segurança	 e	 Medicina	 no	
Trabalho (SESMT);
•	 Cipa.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas a coleta, transporte e 
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde.
O manejo deve ser a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos, interna e externamente, desde 
a geração até a disposição final.
A segregação consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com 
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
O objetivo no acondicionamento é embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes 
que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
A identificação compreende a tomada de medidas que permitam o reconhecimento dos resíduos 
contidos nos sacos e recipientes. Essa identificação deve estar posta nos sacos de acondicionamento, 
nos recipientes de coleta e transporte interno e externo, nos locais de armazenamento, em local 
de fácil visualização, de forma indelével, utilizando‑se símbolos, cores e frases, de acordo com a 
norma NBR 7.500.
O transporte interno consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao 
armazenamento temporário ou externo, com a finalidade de apresentação para a coleta. Essa condução 
interna de resíduos deve ser realizada atendendo ao roteiro previamente definido e em horários não 
coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior 
fluxo de pessoas ou de atividades.
Após o transporte interno, deve‑se ter um local para armazenamento provisório, guardando 
temporariamente os recipientes que contêm os resíduos já acondicionados em local próximo aos pontos 
de geração. Isso é feito para agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre 
os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
O transporte e o tratamento dos resíduos do serviço da saúde são de responsabilidade das empresas 
terceirizadas.
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O tratamento dos RSS envolve processos mecânicos, físicos, químicos ou biológicos e que alteram 
as características dos resíduos, visando à minimização do risco à saúde, à preservação da qualidade do 
meio ambiente, à segurança e à saúde do trabalhador.
Uma excelente maneira para proceder o tratamento é fazer a desinfecção química ou térmica 
(autoclavagem e incineração).
A disposição final consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente 
preparados para recebê‑los. Pela legislação brasileira, esse arranjo deve obedecer a critérios técnicos de 
construção e operação, para os quais é exigido licenciamento ambiental, seguindo a resolução Conama 
nº 237/97.
O aterro sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo de forma 
segura e controlada, garantindo a preservação ambiental e a saúde pública.
4.5.1 Classificação dos resíduos de serviço da saúde
A NBR 12.808/97 dispõe sobre a classificação dos resíduos de serviço de saúde:
•	 tipo	A:	resíduo	biológico;
•	 tipo	B:	resíduo	químico;
•	 tipo	C:	resíduo	radioativo;
•tipo	D:	resíduo	comum;
•	 tipo	E:	perfurocortantes.
4.5.1.1 Grupo A – resíduos biológicos
São os resíduos infectantes que apresentem risco biológico. Deverão ser acondicionados em sacos 
brancos leitosos e identificados com o símbolo de substância infectante (desenhado na cor preta).
Alguns exemplos desses resíduos são: gazes, algodões, campos utilizados em cirurgia, luvas, máscaras 
e aventais descartáveis.
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Figura 11 – Exemplos de sacos identificados com o símbolo de substância infectante
4.5.1.2 Grupo B – substâncias químicas
São os resíduos contendo substância química que podem apresentar risco à saúde do profissional 
ou até mesmo um risco ao meio ambiente. Para efetuar a separação no momento do descarte, é preciso 
atentar‑se ao rótulo das substâncias e à sua simbologia.
Muitas substâncias químicas não devem ser descartadas em esgoto, devendo utilizar um coletor 
rígido com vedação na tampa, identificado por meio do símbolo de risco associado, com discriminação 
de substância química, bem como frases de risco.
Exemplos dessas substâncias são: produtos inflamáveis, corrosivos e tóxicos.
4.5.1.3 Grupo C – resíduos radioativos
São os resíduos referentes a materiais resultantes de laboratórios de serviço de medicina nuclear, 
radioterapia e equipamentos que produzem raios X.
Eles devem ser descartados em contêineres de chumbo para posterior tratamento.
Os materiais para o descarte devem ser representados pelo símbolo internacional de presença de 
radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescidos 
da expressão “dejeto radioativo”.
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Figura 12 – Identificação dos resíduos radioativos
4.5.1.4 Grupo D – resíduos comuns
São os resíduos que não apresentam risco biológico, por exemplo, papel de sanitários e os restos de 
alimentos.
Devem ser acondicionados em sacos de cor diferente do grupo A (branco) para não haver confusão 
no momento da separação dos detritos.
Desse grupo fazem parte também os resíduos de coleta seletiva, que são identificados pelas 
seguintes cores:
•	 azul:	papéis;
•	 amarelo:	metais;
•	 verde:	vidros;
•	 vermelho:	plásticos;
•	 marrom:	resíduos	orgânicos.
Figura 13 – Recipiente com símbolo de coleta seletiva
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4.5.1.5 Grupo E – perfurocortantes
Fazem parte desse grupo todos os materiais considerados perfurocortantes. Para diminuir o risco de 
uma exposição acidental, devem ser acondicionados em recipientes exclusivos.
São exemplos: agulhas, ampolas de vidro, brocas, lâminas de bisturi e vidros quebrados.
As embalagens que deverão ser utilizadas são as caixas rígidas de papelão ou os coletores de plástico. 
Devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante constante na NBR–7.500, com rótulos 
de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição de resíduo perfurocortante e de 
indicação do risco que o resíduo apresenta.
Figura 14 – Recipientes coletores de materiais perfurocortantes
 Resumo
Nessa unidade observamos a importância dos Níveis de Biossegurança 
(NB), que consistem de combinações de práticas e técnicas de laboratório e 
barreiras primárias e secundárias para assegurar que os processos no local 
sejam desenvolvidos adequadamente.
Conhecemos diversos aspectos a respeito das doenças ocupacionais que 
representam um risco biológico. Vimos o quão importante é a identificação 
desses riscos e a inserção de meios de limitá‑los, com barreiras e métodos 
de imunização.
Destacamos nesta obra a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA), regulamentada pela NR‑5, que tem o objetivo de prevenção de 
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acidentes e doenças decorrentes do trabalho, preservação da vida e 
promoção da saúde do trabalhador. Nesse contexto, também abordamos os 
acidentes de trabalho e suas causas.
A obra também apresentou a importância em conhecer as precauções 
universais: limpeza, desinfecção, esterilização, lavagem e higienização. Esse 
conhecimento se estende desde os tipos de limpeza, com os diferentes 
detergentes utilizados para cada caso específico, passando pela desinfeção 
até chegar à esterilização.
Vale ressaltar que a prioridade dos cuidados com o material 
deverão sempre priorizar a esterilização por meio de métodos físicos e 
físico‑químicos, mas quando não for possível, podemos utilizar o método 
químico de esterilização.
Ressaltamos, ainda, que devemos respeitar a classificação dos artigos 
na área de saúde, pois eles podem propagar infecção cruzada para os 
pacientes, entre os profissionais e até mesmo para o meio ambiente. Essa 
classificação consiste em: artigos críticos, semicríticos e não críticos.
Por fim, destacamos a importância do gerenciamento de resíduos nos 
serviços da saúde, e que todos os geradores devem elaborar um Plano 
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), a fim de 
descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, desde sua 
geração até sua disposição final.
 Exercícios
Questão 1 (Fiocruz 2010 – adaptada). “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho 
a serviço da empresa com o empregado segurado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com 
o segurado especial no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho”. 
Assinale a alternativa que não é considerada acidente de trabalho.
A) Doença do trabalho adquirida ou desencadeada em função de condições especiais.
B) Doença profissional produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho.
C) Acidente sofrido no local e no horário do trabalho.
D) Acidente sofrido pelo segurado na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, ainda 
que fora do local e horário de trabalho.
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E) Doença preexistente agravada pelo exercício do trabalho.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: se o trabalhador não tiver garantidos os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) ou 
as condições de proteção poderá sofrer um acidente de trabalho.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a doença profissional é adquirida pelas más condições de trabalho, portanto se constitui 
em um acidente de trabalho.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: um acidente ocasionado no ambiente de trabalho é um acidente de trabalho.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: se o segurado está a serviço da empresa, o acidente é considerado de trabalho.
E) Alternativa correta.
Justificativa: se o trabalhador omite à empresa a informação de que tem uma doença preexistente, 
ou se não toma os devidos cuidados de segurança, principalmente em função da sua doença, ele é 
considerado causador do agravamento da doença pelo exercício do trabalho, o que não se constitui em 
um acidente de trabalho.
Questão 2 (Enem 2012 – adaptada). A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um 
material radioativo e quais são os efeitos, consequências e usos da irradiação pode gerar o medo e a 
tomada de decisões equivocadas, como apresentado no exemplo a seguir:
“Uma companhia aérea negou‑se a transportar material médico por este portar um certificado de 
esterilização por irradiação”. Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007 (adaptada).
A decisão tomada pela companhia foi equivocada, pois:
A) O material é incapaz de acumular radiação, não se tornando radioativo por ter sido irradiado.
B) A utilização de uma embalagem é suficiente para bloquear a radiação emitidapelo material.
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C) A contaminação radioativa do material prolifera‑se da mesma forma que as infecções por 
microrganismos.
D) O material irradiado emite radiação de intensidade abaixo daquela que ofereceria risco à saúde.
E) O intervalo de tempo após a esterilização é suficiente para que o material não emita mais radiação.
Resolução desta questão na plataforma.

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