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Pedagogia - Slides de Aula - Unidade I

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Unidade I 
TÓPICOS DE ATUAÇÃO 
PROFISSIONALPROFISSIONAL
Profa. Eliana Delchiaro
A disciplina Tópicos de Atuação 
Profissional tem como objetivo:
Apontar possíveis áreas de atuação 
do pedagogo.
conceitos-chave
 A cultura e suas derivações A cultura e suas derivações.
 A educação formal e informal e a 
sociedade.
O que estudaremos na unidade I:
 Uma análise do conceito de cultura 
tendo como pressuposto algumas 
abordagens sociológicas e 
antropológicas, abordando temas como 
relativismo cultural, determinismo e 
diversidade da culturadiversidade da cultura. 
 Estudar a educação implementada em 
ambientes diversos tendo como objetivo, 
sair da visão estritamente escolar.
 Contemplar também a Pedagogia 
Hospitalar, que atualmente representa 
um espaço interessante para o trabalho 
do profissional de Educação.
Cultura
 A palavra “cultura” tem origem latina, 
deriva de “colo”, ou seja, cultivo.
 Substituição do conceito com o advento 
do pensamento gregoa palavra paideia 
como algo ou de conjuntos de 
conhecimentos que deveriam ser 
transmitidos às crianças.
 A posse e a construção dos mais 
diversos conhecimentos sempre 
ocorreram em tempos e condições 
desiguais; o que é natural, posto que as 
respostas às necessidades e às 
adaptações também são diferentes.
Cultura e diversidade
C lt t d il ã j t
MLEJOVA, E. Bolivian dancer at the German carnival parede.
 Cultura: tudo aquilo que não nasce junto 
com o ser humano, em outras palavras, 
tudo o que é construído pelo ser 
humano, quer individualmente, 
quer coletivamente.
Cultura desenvolvida
MORGUEFILE. ChicagoCN_2801A.jpg.
 Conceituação mais apurada: Cultura 
compreende tudo aquilo que pensamos, 
nossa maneira de nos vestir a forma comonossa maneira de nos vestir, a forma como 
organizamos nossos laços de amizade e de 
família, o que escolhemos como lazer, 
como trabalhamos, 
enfim, absolutamente tudo o que 
nos torna humanos e sociais.
Lembrete:
 Cultura é todo o conjunto de 
conhecimentos, hábitos, saberes, 
crenças que construímos e conhecemos 
ao longo da vida; em outras palavras, 
tudo aquilo que não nasceu conosco.
 Valoração da cultura.
Evolucionismo social e cultural
LIBRARY OF CONGRESS. The witches nº. 2.
Explicação religiosa os dogmas queExplicação religiosa, os dogmas que 
colocavam em Deus as respostas para 
todas as perguntas.
Advento do evolucionismo 
biológico e a teoria das espécies.
Evolucionismo cultural
HARRISON, K. Jamestownvakvh6.jpg.
 Evolucionismo cultural, entendido como 
o raciocínio por meio do qual todas aso raciocínio por meio do qual todas as 
sociedades passariam por um processo 
de evolução, algo como um avanço 
ou melhoria.
Lembrete
 O evolucionismo cultural defende a 
existência de linha evolutiva da qual 
todos os povos fazem parte, todos 
evoluem em estágios diferentes, sempre 
com os mais avançados a frente.
Determinismo geográfico 
e biológico
 Determinismo geográfico é a teoria ou 
explicação segundo a qual certas 
culturas e seus povos são mais 
desenvolvidos e melhores que outras em 
decorrência da sua localidade.
Relativismo cultural
 Relativismo cultural é a tese que defende 
que não há culturas mais ou menos 
evoluídas, há sim diferentes modelos e 
características culturais ou apenas isso.
Tipos de cultura
C lt  E dit P l MCultura  Erudita - Popular - Massa
 Cultura erudita: Pode-se dizer que a marca 
fundamental dessa especificidade de 
cultura é que ela produz um corte no 
padrão cultural, estabelecendo novos 
d l i t lá imodelos, por isso se tornam clássicos.
Prefeitura de São Bernardo do Campo. 
Orquestra Sinfônica
Cultura popular
T t it lTrata-se um conceito complexo por ser 
oriundo de diversas camadas e 
manifestações, populares ou não. O risco 
desse enfoque deriva da concepção de 
folclore como realidade pronta e acabada, 
quando na verdade toda cultura é dinâmicaquando na verdade toda cultura é dinâmica, 
em constante transformação.
DESANDIES, M. Powwow57.jpg.
Cultura de massa
A cultura de massa resulta 
dos meios de comunicação 
de massa, ou seja, a mídia. 
Podem ser considerados 
como meios de 
comunicação de massa: ocomunicação de massa: o 
cinema, a televisão, o rádio, 
a imprensa escrita, as 
revistas de grande 
circulação, enfim, tudo aquilo que atinge 
uma grande quantidade de pessoasuma grande quantidade de pessoas 
pertencentes a todas as classes sociais e 
de diversas formações culturais.
MORGUEFILE. Video_game_001.jpg.
Consumismo e massificação
 Essa cultura, distinta da erudita e da 
popular, teve início principalmente com a 
evolução da burguesia e com evolução 
da complexidade do cotidiano das 
grandes cidades, que se deu no período 
da revolução industrialda revolução industrial. 
Continua...
Consumismo e massificação
 É nesse momento que surge uma 
produção cultural por grandes grupos 
profissionais que vinculam informações 
e ideias com grande penetração popular, 
abordando diversos temas e formando 
opiniões nas diferentes classes sociaisopiniões nas diferentes classes sociais, 
dando início à massificação das ideias.
MORGUEFILE. Pic1082345181.jpg.
Choque cultural
MORGUEFILE. BHZ_slum_qurter_01.jpg.
Concluindo esse bloco:
 Tratar de educação hoje é tratar das 
questões culturais que permeiam a vida 
e das suas manifestações que influenciam 
a educação do indivíduo, utilizadas como 
instrumento de poder em sociedade. 
 Desta forma, tornou-se inevitável tratar 
a questão cultural como objeto de estudo 
no espaço educacional, pois o educador, 
a todo o momento, deverá considerar as 
questões culturais para compreender 
os mais diversos comportamentosos mais diversos comportamentos 
humanos e educacionais.
Interatividade 
A disciplina Tópicos de Atuação 
Profissional tem como objetivo apontar 
possíveis áreas de atuação do pedagogo. 
Tendo isso como premissa, indique, a partir 
da listagem abaixo, quais são os conceitos-
chave na área da educação que sãochave na área da educação, que são 
desenvolvidos na disciplina: 
a) Cultura e suas derivações.
b) Educação formal.
c) Educação informal.c) Educação informal.
d) Sociedade.
e) Todas as alternativas anteriores 
estão corretas.
Educação em ambientes diversos
Trabalhar a questão da educação atualmente, 
em um contexto cada vez mais marcado pela 
diversidade cultural e espacial, é um desafio 
para qualquer educador, principalmente para 
o pedagogo que trabalhará em várias 
dimensões Para MORAIS 2001:dimensões. Para MORAIS,2001:
 [...]o Brasil, pelo seu tamanho, pela sua 
variedade étnica, pelas características de 
sua história e de sua geografia tropical, é 
um país de primeiro mundo em termos 
espirituais em termos de riquezasespirituais, em termos de riquezas 
culturais e ecossociais. Educar também é 
mostrar isso ao indivíduo.[...] Educar é 
produzir um tipo de indivíduo universal, 
mas revestido pela sua cultura nativa.
Educação em ambientes diversos
Para MORAIS,2001:
 [...] Educar não é só alfabetizar. Educar 
é ajudar a desabrochar as potencialidades 
individuais, as quais só podem ser 
cultivadas pelo contato entre o indivíduo 
dotado de uma attention a la vie (como 
viu Bergson) e outros indivíduos de seu 
meio, todos inseridos na sua cultura, 
na sua história, no seu meio. 
 Educar é criar um terreno fértil para a 
elaboração harmoniosa e culturalmente 
contextualizada do indivíduo (e não 
apenas fazer que ele se encaixe dentro 
de um papel social predeterminado 
pela sociedade)[.....]
Qualidade de vida x Pedagogia 
Hospitalar
IMAGEBASE. Beach leap. Disponível em: 
<http://imagebase.davidniblack.com/
main.php?g2_itemId=5477
 Qualidade de vida é um assuntomuito 
discutido atualmente pela sociedade,discutido atualmente pela sociedade, 
afinal, todos querem viver mais e melhor. 
A busca pelo equilíbrio entre a saúde 
física e mental para viver em harmonia é 
desejo de todos, não importa a que 
classe social pertença.
Qualidade de vida x Pedagogia 
Hospitalar
 A pedagogia hospitalar tem por objetivo 
conscientizar, discutir e ampliar as 
ideias dos profissionais da educação 
quanto a proporcionar uma melhor 
qualidade de vida para todas as pessoas 
que necessitam de cuidado e um olharque necessitam de cuidado e um olhar 
especial para um atendimento 
individualizado, seja no atendimento 
domiciliário ou hospitalar.
Pedagogia hospitalar
 No Brasil, a legislação reconheceu através 
do Estatuto da Criança e do Adolescente 
Hospitalizado, Resolução nº 41 de outubro 
e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar 
de alguma forma de recreação, programas 
de educação para a saúdede educação para a saúde, 
acompanhamento do currículo escolar 
durante sua permanência hospitalar”. 
(BRASIL, 1995) 
 Em 2002, o Ministério da Educação, por 
meio de sua Secretaria de Educaçãomeio de sua Secretaria de Educação 
Especial, elaborou um documento de 
estratégias e orientações para o 
atendimento nas classes hospitalares, 
assegurando o acesso à educação básica.
Pedagogia hospitalar
 O desenvolvimento dessa modalidade 
educacional necessita de profissionais 
flexíveis, dedicados e atenciosos às 
crianças e jovens que precisam 
permanecer hospitalizadas, pois o 
objetivo é estar atento às questões comoobjetivo é estar atento às questões como 
troca de experiências por meio da 
socialização entre os pacientes e os 
profissionais.
Sugestão:
 Um bom filme para compreendermos 
melhor o tema é Patch Adams.
Pedagogia hospitalar
Como tudo começou:Como tudo começou:
 Hospital do Câncer. Brinquedoteca.
 O objetivo primeiro da classe hospitalar é 
o acompanhamento pedagógico de p p g g
crianças e jovens com dificuldades graves 
de saúde física ou mental e que estão 
definitiva ou temporariamente impedidos 
de frequentar a escola regular. 
Não se trata de educação especial.
Pedagogia hospitalar
 A pedagogia hospitalar tem seu início em 
1935, próximo a Paris, por Henri Sellier.
 Com a explosão da Segunda Guerra 
Mundial, cresceu o número de crianças e 
adolescentes mutilados e/ou acometidos 
pelas mais diversas doenças e que foram 
impedidos de ir à escola, assim surge a 
classe hospitalar.
 No Brasil Colonial, os doentes eram 
tratados com ervas, chá e os mais 
variados tipos de tratamentos alternativos. 
Somente com o início da industrialização 
surge uma preocupação do governo, na 
época Vargas, com o seguro social entre 
os diversos profissionais.
Pedagogia hospitalar
 A Santa Casa de Misericórdia de São 
Paulo foi, em 1900, a pioneira no 
atendimento hospitalar no Brasil, 
destinando-se ao atendimento de 
pessoas com deficiência física.
 Os primeiros relatórios sobre as classes 
hospitalares datam 1931, mas somente 
em 1997 dá-se início à implantação de 
classes hospitalares nos modelos 
propostos atualmente.
 As classes com mais tempo de atuação 
foram criadas no município do Rio de 
Janeiro (1950 e 1953), onde existe a 
classe hospitalar do Hospital Municipal 
de Jesus (hospital público infantil).
Pedagogia Hospitalar:
Amparo Legal
 O artigo 214 da Constituição Federal 
afirma que as ações do Poder Público 
devem conduzir à universalização do 
atendimento escolar.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional assegura que o Poder Público 
criará formas alternativas de acesso aos 
diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), 
podendo organizar-se de diferentes 
formas para garantir o processo de 
aprendizagem (art 23) (BRASIL 1996)aprendizagem (art. 23). (BRASIL, 1996)
Tabela 1 – Implantação de classes 
hospitalares no Brasil 1950/1997
Ano Nº de classes 
hospitalares
Até 1950 1
1951-1960 1
1961 1970 11961-1970 1
1971-1980 8
1981-1990 9
1991-1997 9
Sem referência 9
total 30
Fonte: MENEZES, 2004, p. 8.
PNHAH – Programa Nacional de 
Humanização no Atendimento 
Hospitalar
 Em 2001, o Ministério da Saúde, 
preocupado com valores mais 
humanísticos, anunciou o PNHAH.
 O PNHAH nasceu de uma iniciativa do 
Ministério da Saúde de buscar 
estratégias que possibilitassem a 
melhoria do contato humano entre 
profissional de saúde e usuário, dos 
profissionais entre si, e do hospital com 
a comunidade, visando ao bom 
funcionamento do Sistema de Saúdefuncionamento do Sistema de Saúde 
Brasileiro (BRASIL, 2001b).
Implantar e multiplicar as metas 
frente às redes hospitalares
Para Calegari (2003, p. 34), o programa 
apresentou quatro planos distintos, assim 
definidos:
 No plano pedagógico.
 No plano político.No plano político.
 No plano subjetivo.
 No plano comunicativo.
Os planos têm por objetivo 
um trabalho articulado
 Segundo Calegari (2003), humanizar 
refere-se à possibilidade de assumir uma 
postura ética de respeito ao outro, de 
acolhimento do desconhecido e de 
reconhecimentos dos limites.
Criança alfabetizada em classe hospitalar
OCPS INSTRUCTION TELEVISION. Writing1.jpg
Legislação e direitos da 
criança hospitalizada
 Exclusão, inclusão ou inserção?
MORGUEFILE. X_014.jpg.
 O fato é que inclusão ou inserção são O fato é que inclusão ou inserção são 
nomes e conceitos, ao passo que a 
alegria e satisfação das crianças e de 
seus familiares são muito mais 
significativas.
Determinação legal
 CF/88,ECA/90.
 Resolução 41/95. 
 LDBEN/96.
 DNE de 11/09/2001 e o documento mais 
recente o MEC publica em 2002:recente o MEC publica em 2002:
“Classe hospitalar e atendimento 
pedagógico domiciliar: estratégias e 
orientações”.
 O intuito desse documento é contribuir 
para a humanização da assistência 
educacional hospitalar, tendo como base 
a política de inclusão. 
Uma realidade que ainda 
caminha a pequenos passos
Revista Nova Escola em março de 2009 nos 
esclarece:
 Ensino nas horas difíceis.
 Obrigação está na lei.
 Os cuidados para uma boa reintegração Os cuidados para uma boa reintegração.
 Ensino que faz bem.
BIBIANO, 2009.
Concluindo...
 No mundo contemporâneo, diversas 
crianças são acometidas por doenças 
graves que não as permite desfrutar do 
ambiente familiar e escolar. Com isso, 
surge uma possibilidade para a atuação 
ao pedagogo hospitalarao pedagogo hospitalar.
 Porém, a atuação do pedagogo, apesar 
de ser amparada por lei, ainda é bastante 
incipiente e minimamente divulgada.
Interatividade
Complete a frase:
A Pedagogia Hospitalar é uma realidade mas...
a) É ainda difícil perceber o surgimento 
desses novos espaços educativos. 
b) A primeira necessidade que surge na ação ) p q g ç
docente é a mudança de paradigma.
c) Os hospitais públicos passaram a 
incorporar projetos de escolarização 
hospitalar.
d) Ela pode ser desenvolvida por qualquer 
profissional.
e) O trabalho lúdico, embora importante, não 
é necessário, afinal a criança está 
lá para se tratar, não para estudar. 
A pedagogia hospitalar
 Como é possível notar, o surgimento de 
novos espaços educativos, como o 
hospital, enfrenta um grave problema: a 
escassez de profissionais em relação à 
demanda.
 Em um ambiente tão complexo como o 
hospitalar, a primeira necessidade que 
surge na ação docente é a mudança de 
paradigma.
O professor hospitalar
P (VASCONCELLOS 2002 3)Para (VASCONCELLOS, 2002, p. 3):
 O professor hospitalar precisa estar atento 
a essas questões, pois senão podem 
reproduzir no hospital práticas 
mecanicistas, excludentes, as quais 
ocorrem em algumas escolas do ensino g
regular que podem levar as crianças a se 
sentirem duplamenteexcluídas: por 
estarem hospitalizadas e por não 
conseguirem acompanhar as aulas na 
escola do hospital.
 A pedagogia hospitalar em termos A pedagogia hospitalar, em termos 
inovadores, representa uma oportunidade 
social, individual e cognitiva de inserção 
do educando. A mudança de paradigma 
não passará apenas pela vivência do aluno, 
mas do professor.
O professor hospitalar
 O professor deverá desenvolver, de forma 
mais lúdica e prazerosa, atividades 
direcionadas aos alunos. 
 Wiles (1987, p. 640) destaca que a função 
do professor de classe hospitalar não é a 
de manter as crianças ocupadas, mas 
garantir que as atividades permeiem os 
aspectos psicológicos permitindo um 
encontro criativo e amoroso. 
 E não se trata de uma ação 
assistencialista ou compassiva, mas 
solidária e humanista, além, 
evidentemente, do cumprimento 
de um dever do Estado no atendimento 
ao direito do cidadão.
O professor hospitalar
 É a presença do pedagogo que garante o 
direito à educação, e isso independe de 
o aluno estar em outro ambiente que 
não a escola. 
 Marques (2007) compreende que o 
trabalho do pedagogo irá assegurar a 
ponte entre aluno-família-escola, sendo 
esse profissional indispensável ao 
funcionamento adequado do ambiente 
hospitalar.
Interdisciplinaridade e autoestima
 A interdisciplinaridade é chave para 
o trabalho pedagógico, pois o olhar 
não deve estar apenas no aspecto 
biológico, mas associado à percepção 
dos estados biológico, psíquico, 
espiritual do aluno pacienteespiritual do aluno paciente. 
 Suas condições motoras, químicas, 
bem como ansiedade, frustrações, 
medos, estão entre os fatores que 
ampliam a escutas pedagógicas e 
influem para uma aprendizageminfluem para uma aprendizagem 
mais flexível.
Interdisciplinaridade e autoestima
 Educar no ambiente hospitalar é 
compreender a educação também 
como terapia no apoio de 
recuperação dos alunos. 
 É uma forma proativa perante o mundo 
que cerca o indivíduo, uma capacidade 
de impor-se diante de um problema de 
modo positivo, um olhar de 
consideração sobre si mesmo, ou 
simplesmente amor-próprio.
 Percebe-se a importância da educação 
no ambiente hospitalar demonstrando 
seu papel terapêutico no processo de 
apoio aos alunos.
Interdisciplinaridade e autoestima
 A pedagogia hospitalar pode contribuir 
para a manutenção da reação orgânica 
desejável do indivíduo, pois atua 
reforçando indiretamente a sua 
autoestima ao conferir-lhe possibilidade 
de continuidade de desenvolvimento dede continuidade de desenvolvimento de 
capacidades cognitivas, psicomotoras, 
bem como lhe restituir um espaço de 
convivência social do qual abruptamente 
afastado.
(MENEZES 2004 p 27)(MENEZES, 2004, p. 27)
Interdisciplinaridade e autoestima
 As práticas educativas não devem ficar a As práticas educativas não devem ficar a 
cargo de um único profissional: em 
diversos hospitais uma equipe 
multidisciplinar é organizada 
(professores, arte educadores, 
profissionais de teatro, dança,profissionais de teatro, dança, 
psicologia, musicoterapia, palhaços, 
entre outros) com as mais variadas 
funções, mas com um único objetivo: a 
melhora do paciente.
práticas educacionais e práticas recreativas
As múltiplas inteligências
 A proposta de trabalhar com equipes 
multidisciplinares é embasada à luz da 
Teoria das Inteligências Múltiplas, de 
Howard Gardner (1999), que proporciona 
ferramentas no desenvolvimento 
cognitivo dessas crianças em diversascognitivo dessas crianças em diversas 
vertentes.
 O autor redefine a inteligência como 
“potenciais que podem ou não ser 
ativados pelas oportunidades 
disponíveis na cultura onde a pessoadisponíveis na cultura onde a pessoa 
está inserida”. (GARDNER apud 
TRAVASSOS, 2001, p. 43)
As múltiplas inteligências
As inteligências múltiplas que se inter-
relacionam:
1. Lógico-matemática: capacidade de 
analisar problemas, operações.
2. Matemáticas e questões científicas.2. Matemáticas e questões científicas.
3. Linguística: sensibilidade para a língua 
escrita e falada.
4. Espacial: capacidade de compreender o 
mundo visual de modo minucioso.
As múltiplas inteligências
As inteligências múltiplas que se inter-
relacionam:
5. Musical: habilidade para tocar, compor e 
apreciar padrões musicais.
6. Físico-cinestésica: potencial de usar o6. Físico cinestésica: potencial de usar o 
corpo para dança, esportes.
7. Intrapessoal: capacidade de se conhecer.
8. Interpessoal: habilidade de entender 
as intenções, motivações e desejos 
dos outrosdos outros.
9. Naturalista: sensibilidade para 
compreender e organizar os 
padrões da natureza.
As múltiplas inteligências
 O pedagogo é o grande destaque diante 
da proposta, caberá a ele estimular 
espaços cognitivos e interpessoais no 
sentido de fomentar a busca dos alunos 
em classe hospitalar por sua autonomia, 
autoimagem e autoestima interautoimagem e autoestima inter-
relacionadas às inteligências múltiplas.
As múltiplas inteligências
 A educação não se pauta na simples 
transmissão de conhecimentos e teorias: 
o foco é o aluno, que necessita sentir-se 
íntegro em relação à sua condição, 
sendo considerado por suas 
potencialidades e não por suaspotencialidades e não por suas 
dificuldades de saúde. 
 Portanto, caberá ao pedagogo utilizar a 
criatividade com base nas mais 
inovadoras teorias que explorem a 
alegria o riso e o colorido para osalegria, o riso e o colorido para os 
alunos, respeitando seus limites diante 
do tratamento.
As múltiplas inteligências
A l h it l it t t A classe hospitalar necessita, certamente, 
que a visão entre saúde e humanização 
estejam interligadas; os profissionais 
envolvidos nesse ambiente devem motivar 
os doentes, possibilitando que continuem 
ativos socialmenteativos socialmente. 
 Assim, as atividades propostas pelos 
profissionais são extremamente 
importantes para que se sintam 
estimulados, úteis e com perspectivas 
de vida normal. 
 Portanto, a interação entre as diversas 
áreas e a participação da família no 
tratamento das crianças e dos jovens 
doentes possibilitam uma melhora na 
qualidade de vida do doente.
Concluindo...
 O educador na classe hospitalar precisa 
não apenas dominar os conteúdos, mas 
assegurar atividades que possibilitem a 
criança desenvolver se psicologicamente 
e emocionalmente, assim permitindo 
uma melhora significativa no quadrouma melhora significativa no quadro 
ou mesmo uma qualidade de vida 
do paciente.
Interatividade
S b i t di i li id dSobre a interdisciplinaridade, 
é correto afirmar que:
a) Não está relacionada com a pedagogia 
hospitalar nem com o atendimento às 
crianças e pacientes.
b) É o ponto central para o trabalho pedagógico, ) p p p g g ,
pois o olhar não deve estar apenas no aspecto 
biológico, mas associado à vários outros 
estados do aluno paciente.
c) É uma técnica de ensino aplicada nos 
hospitais que tem crianças internadas por 
longos períodoslongos períodos.
d) Serve para manter o vínculo entre criança que 
estuda e médico que a trata.
e) Visa fazer as lições trabalhadas na 
escola – hospital por causa de sua 
doença e da internação.
Estratégias e a classe hospitalar
“A prática do pedagogo dar-se-á através 
das variadas atividades lúdicas e 
recreativas como a arte de contar histórias, 
brincadeiras, jogos, dramatização, 
desenhos e pinturas, a continuação dos 
estudos no hospital ” (WOLF 2007 p 2)estudos no hospital.” (WOLF, 2007, p. 2)
Atendimentos lúdicos 
integrados em hospitais
 Hospital Federal de Bonsucesso. Classe 
hospitalar.
 A sensação de bem-estar e tranquilidade 
que atividades lúdicas podem propiciar a 
crianças e adolescentes que estão em 
tratamento em um hospital podemdiminuirtratamento em um hospital podem diminuir 
o estresse produzido pelo momento da 
internação. Atividades lúdicas integradas 
em hospitais podem trazer aconchego e 
relaxamento, por exemplo, na aplicação de 
uma determinada medicação.
Atendimentos lúdicos 
integrados em hospitais
 No trabalho de Lindquist (1993), por 
exemplo, o brinquedo é utilizado como 
recurso capaz de proporcionar às 
crianças atividades estimulantes e 
divertidas, mas que tragam calma e 
segurançasegurança. 
 O brinquedo também pode ser utilizado 
de forma específica, por meio do 
palhaço, com a função de alegrar o 
ambiente e amenizar as sensações 
desagradáveis da hospitalizaçãodesagradáveis da hospitalização, 
humanizando o contexto hospitalar.
Atendimentos lúdicos 
integrados em hospitais
MORGUEFILE. Trabajando.jpg.
 Diante da pergunta “O que você gostaria 
de fazer no hospital?”, a resposta foi 
brincar, segundo pesquisa realizada por 
Motta e Enumo (2004). Essa resposta é 
resultado do desejo do paciente; aresultado do desejo do paciente; a 
atividade lúdica é a ponte entre o 
momento anterior a doença e o período 
em que a criança se encontra em 
tratamento, muitas vezes para tratamentos 
penosos e longos.
A sala de espera
 O momento de espera em um hospital, 
seja para uma consulta ambulatorial ou 
para tratamento de doenças crônicas, 
gera estresse, pois esse tempo, em 
geral, é caracterizado pela ociosidade e 
impaciência tanto por parte do pacienteimpaciência, tanto por parte do paciente 
como da família. 
 Segundo Silva e Uchôa, transformar esse 
período em uma atividade educativa 
pode ser de grande valia.
A sala de espera
 Esperança.
MORGUEFILE. Rainbow.jpg.
Brinquedoteca
 A brinquedoteca é lugar de socialização 
para estimular a criatividade, 
possibilitando à criança durante o “faz 
de conta” externar seus sentimentos de 
forma lúdica.
 A utilização de brinquedos na prática 
educativa é comum e faz parte da 
formação das crianças. Contudo, o uso 
desses objetos de maneira formal é 
recente na prática do pedagogo.
 No Brasil, a brinquedoteca surgiu em 
1971, no Centro de Habilitação da APAE, 
em São Paulo.
Brinquedoteca
 Ao reconhecer que o ambiente hospitalar 
é um lugar que traz sofrimento, a 
brinquedoteca possibilita que a criança 
viva com mais naturalidade esse 
momento de tensão; é uma prática da 
ação pedagógica que facilita o acesso aoação pedagógica que facilita o acesso ao 
universo infantil permitindo ao educador 
exercer função de acolhimento e 
mediação.
 Lei 11.104, de 21 de março de 2005.
Brinquedoteca
 A brinquedoteca permite que a criança 
tenha momentos de prazer, bem como 
propicia um regate da alegria e vontade 
de viver, o que favorece a sua 
recuperação.
FRITZ, B. 100_0007.jpg.
Contadores de histórias
 O desejo do homem em transmitir seu 
modo de vida, suas ideias, seus desejos 
e vontades sempre permearam as 
relações humanas. 
 Assim, por meio da tradição oral, nossas 
relações vão sendo contadas há milênios 
e milênios, de geração em geração, com 
intuito de preservar o modo de viver das 
pessoas.
Contadores de histórias
OCPS INSTRUCTION TELEVISION. Book1.jpg.
C t hi tó i é h bilid d t l Contar histórias é uma habilidade natural 
ou cotidiana para quem faz uso de 
metáforas, que é a comparação entre 
objetos para criar significado 
para o aluno.
ONGs – Doutores da Alegria e 
Criança Segura
 Ser uma organização proeminentemente 
dedicada a levar alegria a crianças 
hospitalizadas, seus pais e profissionais 
de saúde, através da arte do palhaço, 
nutrindo esta forma de expressão como 
meio de enriquecimento da experiênciameio de enriquecimento da experiência 
humana.
(Doutores da Alegria, 2012).
Classe hospitalar: 
exemplos de sucesso
C i h it l M i G ttiCriança no hospital Mario Gatti
HOSPITAL MUN. MÁRIO GATTI. 
260808_PSI.jpg.
Hospital das Clínicas da Faculdade 
de Medicina de Ribeirão Preto 
(USP)
HOSPITAL DAS CLÍNICAS. Classe.jpg.
Atuação e objetivos do professor 
hospitalar
O f h it l d t O professor hospitalar deve ter a 
consciência dos monstros viventes na 
mente das crianças: o medo, o controle, a 
mudança e a incerteza. 
 No hospital, tudo é incerteza para a 
criança: tiram-lhe as roupas ela se vêcriança: tiram lhe as roupas, ela se vê 
igual às outras, sua mãe acompanhante se 
torna igual às outras mães, a criança 
ignora o que vai fazer, comer, quem 
vai vê-la etc. 
 Portanto, consciente dessa nova situação, 
a intervenção escolar deve se tornar parte 
dessa rotina, com muita ética. E ser ético, 
é ser humano, é respeitar limites, 
é resgatar o lado saudável da 
criança, é dar-lhe singularidade. 
Concluindo...
 O educador na classe hospitalar precisa 
não apenas dominar os conteúdos, mas 
assegurar atividades que possibilitem a 
criança desenvolver se psicologicamente 
e emocionalmente, assim permitindo uma 
melhora significativa no quadromelhora significativa no quadro 
ou mesmo uma qualidade de vida 
do paciente.
 Para que isso aconteça, várias estratégias 
foram associadas ao 
ensino no ambiente hospitalar como:ensino no ambiente hospitalar como: 
briquedotecas, sala de espera e 
contadores de histórias, que colaboram 
para a harmonia e o desenvolvimento da 
aprendizagem.
Interatividade
A pedagogia hospitalar tem vários objetivos 
e tarefas. Pensando nas suas tarefas, é 
possível destacar característica principal:
a) Ensinar conteúdos que seriam 
trabalhados na escola.
b) Avaliar os alunos para atribuir-lhes 
um conceito.
c) Desenvolver uma avaliação diagnóstica.
d) Desenvolver senso de responsabilidade.
e) Desenvolver novas habilidades nos 
alunos que enfrentam a doença de 
forma positiva.
ATÉ A PRÓXIMA!

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