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Unidade I TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONALPROFISSIONAL Profa. Eliana Delchiaro A disciplina Tópicos de Atuação Profissional tem como objetivo: Apontar possíveis áreas de atuação do pedagogo. conceitos-chave A cultura e suas derivações A cultura e suas derivações. A educação formal e informal e a sociedade. O que estudaremos na unidade I: Uma análise do conceito de cultura tendo como pressuposto algumas abordagens sociológicas e antropológicas, abordando temas como relativismo cultural, determinismo e diversidade da culturadiversidade da cultura. Estudar a educação implementada em ambientes diversos tendo como objetivo, sair da visão estritamente escolar. Contemplar também a Pedagogia Hospitalar, que atualmente representa um espaço interessante para o trabalho do profissional de Educação. Cultura A palavra “cultura” tem origem latina, deriva de “colo”, ou seja, cultivo. Substituição do conceito com o advento do pensamento gregoa palavra paideia como algo ou de conjuntos de conhecimentos que deveriam ser transmitidos às crianças. A posse e a construção dos mais diversos conhecimentos sempre ocorreram em tempos e condições desiguais; o que é natural, posto que as respostas às necessidades e às adaptações também são diferentes. Cultura e diversidade C lt t d il ã j t MLEJOVA, E. Bolivian dancer at the German carnival parede. Cultura: tudo aquilo que não nasce junto com o ser humano, em outras palavras, tudo o que é construído pelo ser humano, quer individualmente, quer coletivamente. Cultura desenvolvida MORGUEFILE. ChicagoCN_2801A.jpg. Conceituação mais apurada: Cultura compreende tudo aquilo que pensamos, nossa maneira de nos vestir a forma comonossa maneira de nos vestir, a forma como organizamos nossos laços de amizade e de família, o que escolhemos como lazer, como trabalhamos, enfim, absolutamente tudo o que nos torna humanos e sociais. Lembrete: Cultura é todo o conjunto de conhecimentos, hábitos, saberes, crenças que construímos e conhecemos ao longo da vida; em outras palavras, tudo aquilo que não nasceu conosco. Valoração da cultura. Evolucionismo social e cultural LIBRARY OF CONGRESS. The witches nº. 2. Explicação religiosa os dogmas queExplicação religiosa, os dogmas que colocavam em Deus as respostas para todas as perguntas. Advento do evolucionismo biológico e a teoria das espécies. Evolucionismo cultural HARRISON, K. Jamestownvakvh6.jpg. Evolucionismo cultural, entendido como o raciocínio por meio do qual todas aso raciocínio por meio do qual todas as sociedades passariam por um processo de evolução, algo como um avanço ou melhoria. Lembrete O evolucionismo cultural defende a existência de linha evolutiva da qual todos os povos fazem parte, todos evoluem em estágios diferentes, sempre com os mais avançados a frente. Determinismo geográfico e biológico Determinismo geográfico é a teoria ou explicação segundo a qual certas culturas e seus povos são mais desenvolvidos e melhores que outras em decorrência da sua localidade. Relativismo cultural Relativismo cultural é a tese que defende que não há culturas mais ou menos evoluídas, há sim diferentes modelos e características culturais ou apenas isso. Tipos de cultura C lt E dit P l MCultura Erudita - Popular - Massa Cultura erudita: Pode-se dizer que a marca fundamental dessa especificidade de cultura é que ela produz um corte no padrão cultural, estabelecendo novos d l i t lá imodelos, por isso se tornam clássicos. Prefeitura de São Bernardo do Campo. Orquestra Sinfônica Cultura popular T t it lTrata-se um conceito complexo por ser oriundo de diversas camadas e manifestações, populares ou não. O risco desse enfoque deriva da concepção de folclore como realidade pronta e acabada, quando na verdade toda cultura é dinâmicaquando na verdade toda cultura é dinâmica, em constante transformação. DESANDIES, M. Powwow57.jpg. Cultura de massa A cultura de massa resulta dos meios de comunicação de massa, ou seja, a mídia. Podem ser considerados como meios de comunicação de massa: ocomunicação de massa: o cinema, a televisão, o rádio, a imprensa escrita, as revistas de grande circulação, enfim, tudo aquilo que atinge uma grande quantidade de pessoasuma grande quantidade de pessoas pertencentes a todas as classes sociais e de diversas formações culturais. MORGUEFILE. Video_game_001.jpg. Consumismo e massificação Essa cultura, distinta da erudita e da popular, teve início principalmente com a evolução da burguesia e com evolução da complexidade do cotidiano das grandes cidades, que se deu no período da revolução industrialda revolução industrial. Continua... Consumismo e massificação É nesse momento que surge uma produção cultural por grandes grupos profissionais que vinculam informações e ideias com grande penetração popular, abordando diversos temas e formando opiniões nas diferentes classes sociaisopiniões nas diferentes classes sociais, dando início à massificação das ideias. MORGUEFILE. Pic1082345181.jpg. Choque cultural MORGUEFILE. BHZ_slum_qurter_01.jpg. Concluindo esse bloco: Tratar de educação hoje é tratar das questões culturais que permeiam a vida e das suas manifestações que influenciam a educação do indivíduo, utilizadas como instrumento de poder em sociedade. Desta forma, tornou-se inevitável tratar a questão cultural como objeto de estudo no espaço educacional, pois o educador, a todo o momento, deverá considerar as questões culturais para compreender os mais diversos comportamentosos mais diversos comportamentos humanos e educacionais. Interatividade A disciplina Tópicos de Atuação Profissional tem como objetivo apontar possíveis áreas de atuação do pedagogo. Tendo isso como premissa, indique, a partir da listagem abaixo, quais são os conceitos- chave na área da educação que sãochave na área da educação, que são desenvolvidos na disciplina: a) Cultura e suas derivações. b) Educação formal. c) Educação informal.c) Educação informal. d) Sociedade. e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. Educação em ambientes diversos Trabalhar a questão da educação atualmente, em um contexto cada vez mais marcado pela diversidade cultural e espacial, é um desafio para qualquer educador, principalmente para o pedagogo que trabalhará em várias dimensões Para MORAIS 2001:dimensões. Para MORAIS,2001: [...]o Brasil, pelo seu tamanho, pela sua variedade étnica, pelas características de sua história e de sua geografia tropical, é um país de primeiro mundo em termos espirituais em termos de riquezasespirituais, em termos de riquezas culturais e ecossociais. Educar também é mostrar isso ao indivíduo.[...] Educar é produzir um tipo de indivíduo universal, mas revestido pela sua cultura nativa. Educação em ambientes diversos Para MORAIS,2001: [...] Educar não é só alfabetizar. Educar é ajudar a desabrochar as potencialidades individuais, as quais só podem ser cultivadas pelo contato entre o indivíduo dotado de uma attention a la vie (como viu Bergson) e outros indivíduos de seu meio, todos inseridos na sua cultura, na sua história, no seu meio. Educar é criar um terreno fértil para a elaboração harmoniosa e culturalmente contextualizada do indivíduo (e não apenas fazer que ele se encaixe dentro de um papel social predeterminado pela sociedade)[.....] Qualidade de vida x Pedagogia Hospitalar IMAGEBASE. Beach leap. Disponível em: <http://imagebase.davidniblack.com/ main.php?g2_itemId=5477 Qualidade de vida é um assuntomuito discutido atualmente pela sociedade,discutido atualmente pela sociedade, afinal, todos querem viver mais e melhor. A busca pelo equilíbrio entre a saúde física e mental para viver em harmonia é desejo de todos, não importa a que classe social pertença. Qualidade de vida x Pedagogia Hospitalar A pedagogia hospitalar tem por objetivo conscientizar, discutir e ampliar as ideias dos profissionais da educação quanto a proporcionar uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas que necessitam de cuidado e um olharque necessitam de cuidado e um olhar especial para um atendimento individualizado, seja no atendimento domiciliário ou hospitalar. Pedagogia hospitalar No Brasil, a legislação reconheceu através do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, Resolução nº 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúdede educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. (BRASIL, 1995) Em 2002, o Ministério da Educação, por meio de sua Secretaria de Educaçãomeio de sua Secretaria de Educação Especial, elaborou um documento de estratégias e orientações para o atendimento nas classes hospitalares, assegurando o acesso à educação básica. Pedagogia hospitalar O desenvolvimento dessa modalidade educacional necessita de profissionais flexíveis, dedicados e atenciosos às crianças e jovens que precisam permanecer hospitalizadas, pois o objetivo é estar atento às questões comoobjetivo é estar atento às questões como troca de experiências por meio da socialização entre os pacientes e os profissionais. Sugestão: Um bom filme para compreendermos melhor o tema é Patch Adams. Pedagogia hospitalar Como tudo começou:Como tudo começou: Hospital do Câncer. Brinquedoteca. O objetivo primeiro da classe hospitalar é o acompanhamento pedagógico de p p g g crianças e jovens com dificuldades graves de saúde física ou mental e que estão definitiva ou temporariamente impedidos de frequentar a escola regular. Não se trata de educação especial. Pedagogia hospitalar A pedagogia hospitalar tem seu início em 1935, próximo a Paris, por Henri Sellier. Com a explosão da Segunda Guerra Mundial, cresceu o número de crianças e adolescentes mutilados e/ou acometidos pelas mais diversas doenças e que foram impedidos de ir à escola, assim surge a classe hospitalar. No Brasil Colonial, os doentes eram tratados com ervas, chá e os mais variados tipos de tratamentos alternativos. Somente com o início da industrialização surge uma preocupação do governo, na época Vargas, com o seguro social entre os diversos profissionais. Pedagogia hospitalar A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi, em 1900, a pioneira no atendimento hospitalar no Brasil, destinando-se ao atendimento de pessoas com deficiência física. Os primeiros relatórios sobre as classes hospitalares datam 1931, mas somente em 1997 dá-se início à implantação de classes hospitalares nos modelos propostos atualmente. As classes com mais tempo de atuação foram criadas no município do Rio de Janeiro (1950 e 1953), onde existe a classe hospitalar do Hospital Municipal de Jesus (hospital público infantil). Pedagogia Hospitalar: Amparo Legal O artigo 214 da Constituição Federal afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura que o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem (art 23) (BRASIL 1996)aprendizagem (art. 23). (BRASIL, 1996) Tabela 1 – Implantação de classes hospitalares no Brasil 1950/1997 Ano Nº de classes hospitalares Até 1950 1 1951-1960 1 1961 1970 11961-1970 1 1971-1980 8 1981-1990 9 1991-1997 9 Sem referência 9 total 30 Fonte: MENEZES, 2004, p. 8. PNHAH – Programa Nacional de Humanização no Atendimento Hospitalar Em 2001, o Ministério da Saúde, preocupado com valores mais humanísticos, anunciou o PNHAH. O PNHAH nasceu de uma iniciativa do Ministério da Saúde de buscar estratégias que possibilitassem a melhoria do contato humano entre profissional de saúde e usuário, dos profissionais entre si, e do hospital com a comunidade, visando ao bom funcionamento do Sistema de Saúdefuncionamento do Sistema de Saúde Brasileiro (BRASIL, 2001b). Implantar e multiplicar as metas frente às redes hospitalares Para Calegari (2003, p. 34), o programa apresentou quatro planos distintos, assim definidos: No plano pedagógico. No plano político.No plano político. No plano subjetivo. No plano comunicativo. Os planos têm por objetivo um trabalho articulado Segundo Calegari (2003), humanizar refere-se à possibilidade de assumir uma postura ética de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido e de reconhecimentos dos limites. Criança alfabetizada em classe hospitalar OCPS INSTRUCTION TELEVISION. Writing1.jpg Legislação e direitos da criança hospitalizada Exclusão, inclusão ou inserção? MORGUEFILE. X_014.jpg. O fato é que inclusão ou inserção são O fato é que inclusão ou inserção são nomes e conceitos, ao passo que a alegria e satisfação das crianças e de seus familiares são muito mais significativas. Determinação legal CF/88,ECA/90. Resolução 41/95. LDBEN/96. DNE de 11/09/2001 e o documento mais recente o MEC publica em 2002:recente o MEC publica em 2002: “Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações”. O intuito desse documento é contribuir para a humanização da assistência educacional hospitalar, tendo como base a política de inclusão. Uma realidade que ainda caminha a pequenos passos Revista Nova Escola em março de 2009 nos esclarece: Ensino nas horas difíceis. Obrigação está na lei. Os cuidados para uma boa reintegração Os cuidados para uma boa reintegração. Ensino que faz bem. BIBIANO, 2009. Concluindo... No mundo contemporâneo, diversas crianças são acometidas por doenças graves que não as permite desfrutar do ambiente familiar e escolar. Com isso, surge uma possibilidade para a atuação ao pedagogo hospitalarao pedagogo hospitalar. Porém, a atuação do pedagogo, apesar de ser amparada por lei, ainda é bastante incipiente e minimamente divulgada. Interatividade Complete a frase: A Pedagogia Hospitalar é uma realidade mas... a) É ainda difícil perceber o surgimento desses novos espaços educativos. b) A primeira necessidade que surge na ação ) p q g ç docente é a mudança de paradigma. c) Os hospitais públicos passaram a incorporar projetos de escolarização hospitalar. d) Ela pode ser desenvolvida por qualquer profissional. e) O trabalho lúdico, embora importante, não é necessário, afinal a criança está lá para se tratar, não para estudar. A pedagogia hospitalar Como é possível notar, o surgimento de novos espaços educativos, como o hospital, enfrenta um grave problema: a escassez de profissionais em relação à demanda. Em um ambiente tão complexo como o hospitalar, a primeira necessidade que surge na ação docente é a mudança de paradigma. O professor hospitalar P (VASCONCELLOS 2002 3)Para (VASCONCELLOS, 2002, p. 3): O professor hospitalar precisa estar atento a essas questões, pois senão podem reproduzir no hospital práticas mecanicistas, excludentes, as quais ocorrem em algumas escolas do ensino g regular que podem levar as crianças a se sentirem duplamenteexcluídas: por estarem hospitalizadas e por não conseguirem acompanhar as aulas na escola do hospital. A pedagogia hospitalar em termos A pedagogia hospitalar, em termos inovadores, representa uma oportunidade social, individual e cognitiva de inserção do educando. A mudança de paradigma não passará apenas pela vivência do aluno, mas do professor. O professor hospitalar O professor deverá desenvolver, de forma mais lúdica e prazerosa, atividades direcionadas aos alunos. Wiles (1987, p. 640) destaca que a função do professor de classe hospitalar não é a de manter as crianças ocupadas, mas garantir que as atividades permeiem os aspectos psicológicos permitindo um encontro criativo e amoroso. E não se trata de uma ação assistencialista ou compassiva, mas solidária e humanista, além, evidentemente, do cumprimento de um dever do Estado no atendimento ao direito do cidadão. O professor hospitalar É a presença do pedagogo que garante o direito à educação, e isso independe de o aluno estar em outro ambiente que não a escola. Marques (2007) compreende que o trabalho do pedagogo irá assegurar a ponte entre aluno-família-escola, sendo esse profissional indispensável ao funcionamento adequado do ambiente hospitalar. Interdisciplinaridade e autoestima A interdisciplinaridade é chave para o trabalho pedagógico, pois o olhar não deve estar apenas no aspecto biológico, mas associado à percepção dos estados biológico, psíquico, espiritual do aluno pacienteespiritual do aluno paciente. Suas condições motoras, químicas, bem como ansiedade, frustrações, medos, estão entre os fatores que ampliam a escutas pedagógicas e influem para uma aprendizageminfluem para uma aprendizagem mais flexível. Interdisciplinaridade e autoestima Educar no ambiente hospitalar é compreender a educação também como terapia no apoio de recuperação dos alunos. É uma forma proativa perante o mundo que cerca o indivíduo, uma capacidade de impor-se diante de um problema de modo positivo, um olhar de consideração sobre si mesmo, ou simplesmente amor-próprio. Percebe-se a importância da educação no ambiente hospitalar demonstrando seu papel terapêutico no processo de apoio aos alunos. Interdisciplinaridade e autoestima A pedagogia hospitalar pode contribuir para a manutenção da reação orgânica desejável do indivíduo, pois atua reforçando indiretamente a sua autoestima ao conferir-lhe possibilidade de continuidade de desenvolvimento dede continuidade de desenvolvimento de capacidades cognitivas, psicomotoras, bem como lhe restituir um espaço de convivência social do qual abruptamente afastado. (MENEZES 2004 p 27)(MENEZES, 2004, p. 27) Interdisciplinaridade e autoestima As práticas educativas não devem ficar a As práticas educativas não devem ficar a cargo de um único profissional: em diversos hospitais uma equipe multidisciplinar é organizada (professores, arte educadores, profissionais de teatro, dança,profissionais de teatro, dança, psicologia, musicoterapia, palhaços, entre outros) com as mais variadas funções, mas com um único objetivo: a melhora do paciente. práticas educacionais e práticas recreativas As múltiplas inteligências A proposta de trabalhar com equipes multidisciplinares é embasada à luz da Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner (1999), que proporciona ferramentas no desenvolvimento cognitivo dessas crianças em diversascognitivo dessas crianças em diversas vertentes. O autor redefine a inteligência como “potenciais que podem ou não ser ativados pelas oportunidades disponíveis na cultura onde a pessoadisponíveis na cultura onde a pessoa está inserida”. (GARDNER apud TRAVASSOS, 2001, p. 43) As múltiplas inteligências As inteligências múltiplas que se inter- relacionam: 1. Lógico-matemática: capacidade de analisar problemas, operações. 2. Matemáticas e questões científicas.2. Matemáticas e questões científicas. 3. Linguística: sensibilidade para a língua escrita e falada. 4. Espacial: capacidade de compreender o mundo visual de modo minucioso. As múltiplas inteligências As inteligências múltiplas que se inter- relacionam: 5. Musical: habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais. 6. Físico-cinestésica: potencial de usar o6. Físico cinestésica: potencial de usar o corpo para dança, esportes. 7. Intrapessoal: capacidade de se conhecer. 8. Interpessoal: habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outrosdos outros. 9. Naturalista: sensibilidade para compreender e organizar os padrões da natureza. As múltiplas inteligências O pedagogo é o grande destaque diante da proposta, caberá a ele estimular espaços cognitivos e interpessoais no sentido de fomentar a busca dos alunos em classe hospitalar por sua autonomia, autoimagem e autoestima interautoimagem e autoestima inter- relacionadas às inteligências múltiplas. As múltiplas inteligências A educação não se pauta na simples transmissão de conhecimentos e teorias: o foco é o aluno, que necessita sentir-se íntegro em relação à sua condição, sendo considerado por suas potencialidades e não por suaspotencialidades e não por suas dificuldades de saúde. Portanto, caberá ao pedagogo utilizar a criatividade com base nas mais inovadoras teorias que explorem a alegria o riso e o colorido para osalegria, o riso e o colorido para os alunos, respeitando seus limites diante do tratamento. As múltiplas inteligências A l h it l it t t A classe hospitalar necessita, certamente, que a visão entre saúde e humanização estejam interligadas; os profissionais envolvidos nesse ambiente devem motivar os doentes, possibilitando que continuem ativos socialmenteativos socialmente. Assim, as atividades propostas pelos profissionais são extremamente importantes para que se sintam estimulados, úteis e com perspectivas de vida normal. Portanto, a interação entre as diversas áreas e a participação da família no tratamento das crianças e dos jovens doentes possibilitam uma melhora na qualidade de vida do doente. Concluindo... O educador na classe hospitalar precisa não apenas dominar os conteúdos, mas assegurar atividades que possibilitem a criança desenvolver se psicologicamente e emocionalmente, assim permitindo uma melhora significativa no quadrouma melhora significativa no quadro ou mesmo uma qualidade de vida do paciente. Interatividade S b i t di i li id dSobre a interdisciplinaridade, é correto afirmar que: a) Não está relacionada com a pedagogia hospitalar nem com o atendimento às crianças e pacientes. b) É o ponto central para o trabalho pedagógico, ) p p p g g , pois o olhar não deve estar apenas no aspecto biológico, mas associado à vários outros estados do aluno paciente. c) É uma técnica de ensino aplicada nos hospitais que tem crianças internadas por longos períodoslongos períodos. d) Serve para manter o vínculo entre criança que estuda e médico que a trata. e) Visa fazer as lições trabalhadas na escola – hospital por causa de sua doença e da internação. Estratégias e a classe hospitalar “A prática do pedagogo dar-se-á através das variadas atividades lúdicas e recreativas como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização, desenhos e pinturas, a continuação dos estudos no hospital ” (WOLF 2007 p 2)estudos no hospital.” (WOLF, 2007, p. 2) Atendimentos lúdicos integrados em hospitais Hospital Federal de Bonsucesso. Classe hospitalar. A sensação de bem-estar e tranquilidade que atividades lúdicas podem propiciar a crianças e adolescentes que estão em tratamento em um hospital podemdiminuirtratamento em um hospital podem diminuir o estresse produzido pelo momento da internação. Atividades lúdicas integradas em hospitais podem trazer aconchego e relaxamento, por exemplo, na aplicação de uma determinada medicação. Atendimentos lúdicos integrados em hospitais No trabalho de Lindquist (1993), por exemplo, o brinquedo é utilizado como recurso capaz de proporcionar às crianças atividades estimulantes e divertidas, mas que tragam calma e segurançasegurança. O brinquedo também pode ser utilizado de forma específica, por meio do palhaço, com a função de alegrar o ambiente e amenizar as sensações desagradáveis da hospitalizaçãodesagradáveis da hospitalização, humanizando o contexto hospitalar. Atendimentos lúdicos integrados em hospitais MORGUEFILE. Trabajando.jpg. Diante da pergunta “O que você gostaria de fazer no hospital?”, a resposta foi brincar, segundo pesquisa realizada por Motta e Enumo (2004). Essa resposta é resultado do desejo do paciente; aresultado do desejo do paciente; a atividade lúdica é a ponte entre o momento anterior a doença e o período em que a criança se encontra em tratamento, muitas vezes para tratamentos penosos e longos. A sala de espera O momento de espera em um hospital, seja para uma consulta ambulatorial ou para tratamento de doenças crônicas, gera estresse, pois esse tempo, em geral, é caracterizado pela ociosidade e impaciência tanto por parte do pacienteimpaciência, tanto por parte do paciente como da família. Segundo Silva e Uchôa, transformar esse período em uma atividade educativa pode ser de grande valia. A sala de espera Esperança. MORGUEFILE. Rainbow.jpg. Brinquedoteca A brinquedoteca é lugar de socialização para estimular a criatividade, possibilitando à criança durante o “faz de conta” externar seus sentimentos de forma lúdica. A utilização de brinquedos na prática educativa é comum e faz parte da formação das crianças. Contudo, o uso desses objetos de maneira formal é recente na prática do pedagogo. No Brasil, a brinquedoteca surgiu em 1971, no Centro de Habilitação da APAE, em São Paulo. Brinquedoteca Ao reconhecer que o ambiente hospitalar é um lugar que traz sofrimento, a brinquedoteca possibilita que a criança viva com mais naturalidade esse momento de tensão; é uma prática da ação pedagógica que facilita o acesso aoação pedagógica que facilita o acesso ao universo infantil permitindo ao educador exercer função de acolhimento e mediação. Lei 11.104, de 21 de março de 2005. Brinquedoteca A brinquedoteca permite que a criança tenha momentos de prazer, bem como propicia um regate da alegria e vontade de viver, o que favorece a sua recuperação. FRITZ, B. 100_0007.jpg. Contadores de histórias O desejo do homem em transmitir seu modo de vida, suas ideias, seus desejos e vontades sempre permearam as relações humanas. Assim, por meio da tradição oral, nossas relações vão sendo contadas há milênios e milênios, de geração em geração, com intuito de preservar o modo de viver das pessoas. Contadores de histórias OCPS INSTRUCTION TELEVISION. Book1.jpg. C t hi tó i é h bilid d t l Contar histórias é uma habilidade natural ou cotidiana para quem faz uso de metáforas, que é a comparação entre objetos para criar significado para o aluno. ONGs – Doutores da Alegria e Criança Segura Ser uma organização proeminentemente dedicada a levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiênciameio de enriquecimento da experiência humana. (Doutores da Alegria, 2012). Classe hospitalar: exemplos de sucesso C i h it l M i G ttiCriança no hospital Mario Gatti HOSPITAL MUN. MÁRIO GATTI. 260808_PSI.jpg. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) HOSPITAL DAS CLÍNICAS. Classe.jpg. Atuação e objetivos do professor hospitalar O f h it l d t O professor hospitalar deve ter a consciência dos monstros viventes na mente das crianças: o medo, o controle, a mudança e a incerteza. No hospital, tudo é incerteza para a criança: tiram-lhe as roupas ela se vêcriança: tiram lhe as roupas, ela se vê igual às outras, sua mãe acompanhante se torna igual às outras mães, a criança ignora o que vai fazer, comer, quem vai vê-la etc. Portanto, consciente dessa nova situação, a intervenção escolar deve se tornar parte dessa rotina, com muita ética. E ser ético, é ser humano, é respeitar limites, é resgatar o lado saudável da criança, é dar-lhe singularidade. Concluindo... O educador na classe hospitalar precisa não apenas dominar os conteúdos, mas assegurar atividades que possibilitem a criança desenvolver se psicologicamente e emocionalmente, assim permitindo uma melhora significativa no quadromelhora significativa no quadro ou mesmo uma qualidade de vida do paciente. Para que isso aconteça, várias estratégias foram associadas ao ensino no ambiente hospitalar como:ensino no ambiente hospitalar como: briquedotecas, sala de espera e contadores de histórias, que colaboram para a harmonia e o desenvolvimento da aprendizagem. Interatividade A pedagogia hospitalar tem vários objetivos e tarefas. Pensando nas suas tarefas, é possível destacar característica principal: a) Ensinar conteúdos que seriam trabalhados na escola. b) Avaliar os alunos para atribuir-lhes um conceito. c) Desenvolver uma avaliação diagnóstica. d) Desenvolver senso de responsabilidade. e) Desenvolver novas habilidades nos alunos que enfrentam a doença de forma positiva. ATÉ A PRÓXIMA!
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