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PEDAGOGIA HOSPITALAR PROJETO

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Impresso por Priscila, CPF 285.416.838-00 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/06/2020 21:59:54
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
 POLO CATANDUVA 
 
 
PRISCILA DOS SANTOS BERNAL 
 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES
 
 
 
 
CATANDUVA-SP 
2020
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
 POLO CATANDUVA 
 
 
PRISCILA DOS SANTOS BERNAL 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 
(PTI)
“As práticas de Leitura em uma classe hospitalar”
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade ANHANGUERA – UNIDERP, Polo CATANDUVA, para as disciplinas de Didática do Ensino de Ciências, Fundamentos da Gestão em Educação, Educação em Ambientes Não Escolares, Didática da História e Geografia, Prática Pedagógica: Infância e suas Linguagens, Estágio Curricular Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Projeto Integrador I, Atividades Interdisciplinares. Orientado pela tutora à Distância: Janilce Meire Gomes Muniz. 
 
 
 
 
 
 
CATANDUVA-SP 
2020 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO......................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO..........................................................................................5
PROJETO DE LEITURA.....................................................................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................13 
REFERÊNCIAS.....................................................................................................15 
Impresso por Priscila, CPF 285.416.838-00 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/06/2020 21:59:54
Impresso por Priscila, CPF 285.416.838-00 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/06/2020 21:59:54
INTRODUÇÃO 
Este projeto apresenta um estudo no âmbito da Pedagogia Hospitalar e têm a finalidade de demonstrar as contribuições da Literatura Infantil no processo de ensino-aprendizagem e na humanização do ambiente hospitalar. Através dos contos, é possível fazer com que as crianças diminuam o estresse causado pelos procedimentos dolorosos; pela falta da sua casa; dos seus brinquedos; da escola e de familiares. A Literatura faz com que as crianças descubram lugares fascinantes criados através da imaginação podendo assim viajar para outros planetas sem sair do leito do hospital e ainda propicia a continuidade do seu desenvolvimento cognitivo e social, mesmo estando afastadas da escola tradicional.
A Pedagogia Hospitalar surgiu há alguns anos como uma forma inovadora na área da educação, sendo um ramo direcionado basicamente à atuação nos hospitais, resgatando, dessa forma, novas maneiras de educar. 
O estudo mostra ainda, como a literatura pode ajudar no processo de recuperação das crianças hospitalizadas, pois, através de histórias, elas podem trocar experiências variadas, se divertir, encontrar conforto, ter senso crítico, sentir novas emoções, imaginar, sonhar, se emocionar, aprender valores essenciais à vida como: amizade, perdoar, além de ajudar a ler e escrever e a relacionar-se melhor socialmente.
 O acompanhamento pedagógico hospitalar contribui ainda para o sucesso escolar, para uma redução de transtornos de desenvolvimento e para a ressignificação desse ambiente para a criança enferma.
Pensando nesse aspecto, criou-se o Projeto de Leitura Infantil, para que o pedagogo hospitalar desenvolva com crianças, a fim de proporcionar momentos de práticas leitoras, incentivar o hábito da leitura como promotora de bem estar físico e emocional, para isso é primordial o planejamento e a preparação dos recursos para uma intervenção eficaz, que gere na criança o encantamento, a descoberta de novos mundos, por conseguinte, a melhora da saúde. Indo mais além, os pedagogos devem levar essas crianças a refletirem sobre suas condições de saúde, sociais, econômicas e de existência, ouvindo-as quando algo as aflige e reinventando suas práticas para atender às necessidades dos seus alunos para tentar amenizar suas angústias e ansiedades.
DESENVOLVIMENTO 
Os Hospitais são centros de referência de tratamento e saúde, onde na maioria das vezes é comparado a um local de dor, sofrimento e morte, causando um rompimento em crianças e adolescentes no que diz respeito ao seu cotidiano e a aprendizagem. Mediante essa situação: Como o Pedagogo poderá ensinar crianças que se encontram fora do ambiente escolar e que não podem correr e brincar tão pouco receber a educação nos moldes tradicionais? Como amenizar o sofrimento, a irritabilidade e o estresse dessas crianças que se encontram na maioria das vezes  fracas, sentindo dor com todo o tipo de enfermidades? Como se dará a garantia de ensino, promulgada na constituição e na LDB? São perguntas que ao longo desta dissertação, trará luz a perguntas feitas. 
A Pedagogia e o pedagogo
A palavra Pedagogia é de origem grega e está ligada ao ato de condução do saber e até hoje esta é sua grande preocupação: encontrar formas de levar o indivíduo ao conhecimento.
No entanto, o termo Pedagogia que se designou de um fazer escravo, faz com que a ideia do senso comum, inclusive de muitos Pedagogos é que uma pessoa estuda Pedagogia para ensinar crianças. O trabalho Pedagógico seria o modo de ensinar, fazendo com que o termo pedagogia fosse associado exclusivamente ao ensino.
O propósito de estudo do Pedagogo e da Pedagogia é a Educação, a ação cultural do educador em intervir e transmitir tecnicamente “o conhecimento” e o Processo Ensino e Aprendizagem.
A ideia de conceber o curso de Pedagogia como formação de professores é reducionista pelo senso comum. De fato a Pedagogia se ocupa com a formação escolar de crianças, com métodos, maneira de ensinar, processos educativos, mas também tem um significado bem mais amplo. Ela é um campo de saberes e conhecimentos sobre os problemas educativos na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa. 
O alemão SCHIMIED-KOWARZIK (1983) manifesta que a Pedagogia é uma ciência da e para a educação, é, portanto, a teoria e a prática da educação, tendo um caráter explicativo, estudando as condutas e as ações humanas, pois investiga o fenômeno educativo, formula orientações para a prática a partir da própria ação prática e propõe princípios e normas relacionados aos meios e fins da educação. 
Então, a Pedagogia é o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, do ato educativo, da prática educativa e social, modificando os seres humanos na condição dos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que a existência humana precisa. Ou seja, ela não se refere apenas às práticas escolares, mas a um imenso conjunto de outras práticas ligadas a família, trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política, na escola, por isso, não se pode reduzir a educação ao ensino e nem a Pedagogia aos métodos de ensino.
O pedagogo além dos muros da escola
O momento atual é de significativas transformações. O século XXI vem trazendo novas perspectivas para o profissional da educação que se insere no mercado de trabalho. A tarefa do Pedagogo se modifica, sua profissão ganha espaço, ao contrário de outras áreas que ficam limitadas pela especialização. O profissionalda Pedagogia é considerado importante não apenas nas escolas, mas em todas as instâncias em que haja a necessidade da prática educativa, fazendo com que seu trabalho deixe de ser reservado somente para espaços escolares, atravessando os muros da escola e atuando também em Associações, Empresas, Igrejas, ONGs, Eventos, Hospitais.
Brandão (2002) em seu livro aponta que a educação independe de um espaço para acontecer, e que não apresenta um modelo único de acontecer, logo a escola não é a única onde o ensino deve acontecer, nem o professor é o único dotado no ato de ensinar.
Levando o exposto de que a educação está presente em toda parte e que a escola não é o único espaço para que ela aconteça, e de que a pedagogia emerge ao cuidado com a criança e ao olhar crítico sobre o processo educativo, é fácil concluir que tem sido cada vez mais recorrente a ocupação de pedagogos em espaços não escolares. 
A atuação do Pedagogo em Hospitais vem crescendo timidamente. Os hospitais são centros de referência de tratamento e saúde, onde na maioria das vezes é comparado a um local de dor, sofrimento e morte, causando um rompimento em crianças e adolescentes com o seu cotidiano e com a aprendizagem. Mediante dessa situação, através de políticas públicas e estudos acadêmicos, surge à necessidade da implantação da Pedagogia Hospitalar.
Pedagogia Hospitalar
A Pedagogia Hospitalar está dividida em: Classe Hospitalar, que se refere ao estudo dado às crianças que se encontram internado provisoriamente ou permanente, assim, quando retornarem ao seu grupo escolar, não estarão atrasadas em relação aos estudos; a Brinquedoteca, que é muito importante para a criança, pois através dela são desenvolvidas novas competências, socializa, e é o espaço assegurado à criança o direito de brincar; e por fim a Recreação Hospitalar, onde são oferecidas atividades onde há a possibilidade de mudar a rotina hospitalar trazendo alegria e ânimo para as pessoas que passam pelo processo de hospitalização.
Segundo o MEC – Secretaria de Educação Especial - SEESP (BRASIL, 2002, p. 15-16), os ambientes devem ser projetados com o propósito de favorecer o desenvolvimento e a construção do conhecimento para esses estudantes, no âmbito da educação básica, respeitando as capacidades e necessidades educacionais especiais de cada indivíduo. 
A Pedagogia Hospitalar é um exemplo de mudanças. O atendimento à crianças que se encontram internadas em hospitais vem se expandindo, e com a prática deste trabalho humanista, os “olhos” da sociedade se voltam para as necessidades físicas, afetivas, emocionais e sociais do indivíduo.
Estar em um ambiente hospitalar não é fácil para ninguém, principalmente para crianças que estão em um ambiente desconhecido, estando debilitadas e sendo submetidas a procedimentos que na maioria das vezes causam dor. Estão privadas de brincar e afastadas de seu ambiente social e familiar, das atividades cotidianas e da escola que são tão importantes nesta fase da vida.
Ceccim (1997 apud BATISTA, 2003 p.27) diz que:
[...] o medo do desconhecido e mundo novo que ela vislumbra quando entra no hospital são experimentados com tal ansiedade que, diante disso, poderá reagir de forma a negar o que lhe assusta, não cooperando com o tratamento, com atitudes reivindicadoras, com agressividade ou até com a total submissão aos procedimentos.( Ceccim 1997 apud BATISTA, 2003 p.27)
Reduzir essa condição que causa o estresse é um desafio para todos, principalmente para a equipe médica, que preparada para intervir no corpo do doente e, muitas vezes não sabe como lidar com a criança no sentido integral, como ser humano, e dessa forma acabam contribuindo para a piora da situação, aumentado o quadro de sintomas da criança enferma.
A Pedagogia Hospitalar não pode ser vista simplesmente como uma sala de aula funcionando dentro de um hospital, mas sim como um atendimento pedagógico especializado, onde a sua finalidade é recuperar a socialização, dar continuidade à aprendizagem e incluir o aluno hospitalizado.
Cada classe Hospitalar encontra sua forma de desenvolver o seu trabalho, dependendo muito do suporte institucional recebido, da interação entre equipe médica e a equipe pedagógica, o espaço físico oferecido, a clientela atendida, além da formação dos profissionais de educação que estão presentes em cada hospital.
O que se é trabalhado na prática educativa com os alunos que se encontram hospitalizados é diferente dos espaços escolares. Há sempre o bom senso, a construção da prática pedagógica, e tem características próprias entre professor e alunos.
[...] Exigências acadêmicas formais, com programas curriculares de curso a cumprir, associados à demanda, geralmente familiar, para que a criança não sofra reprovação no ano letivo cursado, podem, em vez de contribuir para seu bem estar, se somar àquele estresse já estabelecido pela hospitalização.(BARROS, 2007, p.3).
Leite (2004) relata que vivenciar experiências escolares no hospital poderá ser gostoso e agradável se o professor utilizar o lúdico como estratégia da atuação pedagógica. Assim, o ambiente de tristeza será convertido em um ambiente convidativo e alegre.
O ambiente hospitalar onde é feito o atendimento as crianças e adolescentes deve ser diferenciado, acolhedor, com brinquedos e jogos, com estimulações visuais, um ambiente alegre e aconchegante. Assim, através de brincadeiras, as crianças e os adolescentes internados encontraram uma maneira mais positiva e criativa para viver a situação de doença, diminuindo o comprometimento mental, emocional e físico dos enfermos. No entanto, é imprescindível que haja um planejamento juntamente com a escola de origem dessas crianças para que seja dada a continuidade do trabalho escolar e as crianças possam ser reintegradas à escola assim que obtenham alta do hospital.
O trabalho pedagógico no contexto hospitalar
O trabalho pedagógico em ambientes hospitalares é reconhecido com um fator positivo em diversos estabelecimentos clínicos, tendo como objetivo o restabelecimento da criança doente e hospitalizada. Nesse sentido, a instrução educacional que a Pedagogia Hospitalar se ocupa, não deve ser vista como uma simples instrução formalizada. Ela preserva os aspectos de transmissão de conhecimentos formais da educação que a criança hospitalizada pode e deve aprender.
O Pedagogo Hospitalar deve desenvolver habilidades para exercer suas atividades que o faça capaz de refletir sobre suas ações pedagógicas, como poder oferecer uma atuação que sustente as necessidades de cada criança hospitalizada. Para tal condição requer que o educador esteja livre para desenvolver e criticar a sua ação pedagógica, fazendo uma abordagem reflexiva e progressista da realidade hospitalar e da realidade do escolar hospitalizado.
A visão do educador, nesse contexto é que seu papel não será o de resgatar a escolaridade, mas, de transformar essas realidades, fazendo fluir sistemas que se aproximem e as integram; deve abranger uma perspectiva integradora, uma concepção de prática pedagógica que visualize o conceito integral de educação.
A Literatura infantil
A literatura é considerada por muitos autores a forma da criança ter acesso ao mundo da ficção, da poesia, arte e imaginação. Pesquisadores têm contribuído para o entendimento das ações transformadoras que a literatura faz na vida do ser humano.
            Para Bettelheim (1980):
[...] Os conto de fadas diverte as crianças, esclarece situações para elas mesmas e favorece o desenvolvimento da personalidade humana. Eles ainda estão repletos de significados psicológicos que promovem respostas conscientes e inconscientes na psique da criança. (BETTELHEIM, 1980, p.20)
 Zilbermann (1987) afirma que a literatura possibilita ao leitor o reconhecimento da realidade da organização social que o cerca e o acesso ao mundo do imaginário e da fantasia.
O autor Paulo Coelho (1991) ao analisar obras clássicas da LiteraturaInfantil acredita que ela tem como finalidade a instrução e o divertimento.       
E é por todo o bem que a Literatura pode fazer ao ser humano, é que ela está sendo inserido nos hospitais do Brasil, ganhando um espaço muito importante na recuperação de crianças e adolescentes hospitalizados, que se sentem enfadonho, e por esse motivo, o tempo se torna interminável, propiciando uma negatividade em relação à cura de sua enfermidade.
A literatura ameniza os conflitos enfrentados no ambiente hospitalar e estimula as crianças a desenvolverem a imaginação, o gosto pela leitura e pela criatividade, assim afirmam Matos e Paula (2011): 
Portanto, a literatura infantil inserida nos hospitais tem como funções essenciais: entreter, instruir, divertir e educar as crianças através de uma linguagem fácil e de belas imagens. Ela proporciona tanto à s crianças, como aos adolescentes, momentos muito prazerosos e permite que eles tenham acesso ao mundo de ficção, poesia, arte e imaginação. (MATOS E PAULA, 2011, p.75)
Os pedagogos devem contar a participação da família, importante ponte entre a criança e o pedagogo, a fim de tornar o tratamento mais acolhedor e humanizado. O pedagogo deve ter um olhar sensível quanto à família, que pode estar passando por grande estresse, portanto, deve-se focar em ações voltadas para a prática da leitura com foco nas crianças e seus familiares por meio de textos da literatura infanto- juvenil, com foco em desenvolver a percepção, atenção, a memória, a disciplina, imaginação e principalmente autonomia destes pacientes para que os mesmos tenham melhores resultados em sua recuperação.
Quando inserimos a leitura nessa realidade, iremos por em prática, os eixos da linguagem: oralidade, leitura, escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica. É através dos campos de atuação que iremos guiar nosso projeto, todas as atividades, metodologia e acompanhamento dessas crianças. Nós estamos preparando e agregando conteúdo nesse indivíduo. Linguagem é comunicação e interação humana, então há várias formas de se comunicar com o outro, e uma delas é a leitura, que enriquece nosso vocabulário e nossa criatividade.
Sabemos que a prática da leitura é um pilar muito importante em toda a educação. Sem ler a criança não consegue se posicionar, pesquisar, julgar, resumir, interpretar. É importante que todos os profissionais colaborem com o projeto, já que todos se beneficiam. Com isso, a criança terá independência e autonomia para a realização de suas atividades e se inserir socialmente no ambiente em que está.
PROJETO DE LEITURA
	TEMA: LEITURA QUE TRANSFORMA
	JUSTIFICATIVA
	Devido ao ato de internação, a criança muitas vezes é acometida pela desilusão, tristeza e dor. Ainda é potencializado pela privação do convívio familiar e amigos da escola, é cerceado as ida à escola, e muitas outras limitações dentro do hospital, um lugar frio e desconhecido, onde é obrigada a ficar até a recuperação de sua saúde. Quando a criança tem acesso a algum estímulo, isso remete a uma melhora significativa de sua condição. Pensando no bem estar da criança, nasce à necessidade de um projeto voltado para melhora da qualidade no atendimento, nas condições mínimas indispensáveis de conforto, acolhimento e humanidade durante a permanência delas no hospital. Assim vem à luz o projeto de leitura: “LEITURA QUE TRANSFORMA”, onde através do pedagogo hospitalar, profissional preparado para mediar situações de conforto e acolhimento, traz a biblioteca como terapia, pois já se sabe que a leitura aguça a imaginação, possibilita ao ouvinte viajar nas histórias, vivenciando emoções parecidas com as suas. Os ajudam interpretar os conflitos e dificuldades que vão sendo enfrentados pelas personagens do mundo imaginário. Assim, essas crianças estabelecem conexões com a sua realidade, ou seja, começam a reconhecer e interpretar sua situação no dia a dia.
	OBJETIVO GERAL
	Humanizar o período de internamento de crianças hospitalizadas, realizando a leitura de histórias com propósitos terapêuticos, além de despertar o prazer pela leitura e aguçar o potencial criativo e cognitivo do aluno.
	OBJETIVO ESPECÍFICO:
	Despertar o gosto pela leitura; Melhorar a qualidade de atendimento propiciando assim, condições de conforto e acolhimento durante a permanência de crianças no hospital; Promover o desenvolvimento cognitivo; Ter acesso a diferentes tipos de leitura; Melhora na fluência da leitura e da escrita.
	METODOLOGIA
	Iniciaremos o projeto em busca de um espaço onde será mantido os livros, onde possa ser montada uma mini-biblioteca. Após a escolha do local, os pedagogos que trabalham naquele lugar irão comunicar à toda a comunidade sobre o seu projeto e para isso, será preciso doações de livros para ser montada a biblioteca e ter variedades de conteúdo para que possa chamar a atenção de todas as crianças ali internadas. Após a conquista dos livros, o objetivo será transformar o local em um mundo de imaginação. O lúdico inserido ali, levará as crianças a poderem viajar em cada história contada e ter esperança e fé em sua cura. Para as crianças que não podem ser retiradas do quarto, será preparada a “mala da leitura”. Nessa mala teremos os mais variados livros, onde elas poderão escolher o tema a ser lido. O objetivo dessa proposta é que todos tenham acesso à literatura independente de sua condição. Os pedagogos trabalharão com a contação de histórias e pequenas encenações em classes hospitalares. Nestes lugares são trabalhados: crônicas, contos, poesias, histórias, fábulas, biografias e outros gêneros textuais, que amenize positivamente os efeitos de sua internação, além dos efeitos positivos no processo de recuperação. Para melhor atender as crianças, é necessário um trabalho em equipe, com ações planejadas com todo o corpo médico, se possível, a fim de prepará-los para transmitir aos envolvidos. Preparo do ambiente, com figuras e coloridos que remete a um lugar feliz, e preparos dos textos que irão fundamentar as leituras metodológicas para a realização das atividades, devem ainda considerar as faixas etárias de 6 a 10 anos de idade e o perfil dos pacientes das alas hospitalares. Esse projeto acontecerá diariamente, em coletividade e individualmente se necessário for, e abrangente aos acompanhantes, familiares e funcionários dos hospitais. 
	RECURSOS DIDÁTICOS
	Fantoches, livros variados, EVA para a decoração do espaço, fantasias, uma pequena mala ou bolsa, músicas infantis para animar o ambiente, vídeos para o desenvolvimento das ações de mediação do pedagogo que ajudam os pacientes a viajarem no universo literário, oportunizando momentos lúdicos e transportando-os para lugares além do ambiente hospitalar. 
	AVALIAÇÃO
	As crianças serão avaliadas de acordo com sua participação, através disso saberemos se o projeto estará alcançando os objetivos propostos. Com a avaliação ainda é possível fazer uma revisão das atividades realizadas, evidenciando o que pode ser melhorado e desenvolvido com possíveis erros, para poder desempenhar melhor as atividades futuras.
	REFERÊNCIAS
	Ler faz bem à saúde: leitura terapêutica em ambientes hospitalares. Disponível em:file:///D:/Downloads/1902-Texto%20do%20artigo-7767-2-10-20180323.pdf Acesso 01/06/2020
Mediando para despertar biblioteca viva em hospitais. Disponível em: http://biblioteca.fespsp.org.br:8080/pergamumweb/vinculos/000000/000000b7.pdf Acesso em: 01/06/2020
Projeto dose de leitura. Disponível em: http://redehumanizasus.net/65030-projeto-dose-de-leitura-hospital-waldomiro-colauttiibirama-scAcesso em: 06/06/2020
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na referente pesquisa pode-se observar que apesar da relevância do tema explorado, ainda há um longo percurso para os novos desafios que estão surgindo na Educação Especial, especificamente à Pedagogia Hospitalar. Constata-se que as visões dos estudiosos da área por vezes são bem parecidas, pois o grande foco embasa-se sempre na melhor qualidade de vida da criança ou adolescente hospitalizado, no qual se elaboram estratégias e orientações que beneficiem o processo paciente/aluno e escola/hospital. Em análise a aspectos importantes da Pedagogia em Hospitais, se destaca o auxílio que esta área educacional proporciona ao desenvolvimento cognitivo do ser, sem que uma hospitalização o afaste do ambiente educacional. O aluno que se encontra internado pode dar continuidade ao seu desenvolvimento escolar de modo que não se sinta prejudicado, nem excluído ao acesso à educação. Observa-se que um Hospital é um ambiente que muitas vezes é visto como assustador, porém quando adaptado pedagogicamente, ameniza este conceito, fazendo com que a criança/adolescente vivencie o cotidiano escolar, de continuidade a suas tarefas anteriores e exercite sua autoconfiança. A Pedagogia Hospitalar exige uma prática pedagógica compreensiva e extremamente maleável que firme uma ponte com a criança entre a sociedade e a educação, enfim, o pedagogo integra um pouquinho do aluno/paciente com o “mundo lá fora”. Quanto ao cumprimento das leis educacionais, surgem questões bastante delicadas, pois muitas pessoas não conhecem seus reais direitos e cabe a também aos educadores divulgar as mesmas, pois nós cidadãos somos assegurados com direitos e deveres que devemos seguir. O multiprofissionalismo também é uma palavra chave quando se aborda a qualidade de vida de uma pessoa adoecida, que nesta pesquisa trata-se de crianças, pois um profissional deve contribuir com o outro para um eficaz tratamento. 	 Através deste estudo é possível afirmar que a Literatura quando usada de forma adequada dentro dos ambientes hospitalares pode ser uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem das crianças, enriquecendo a criatividade e o imaginário e até mesmo ser um elemento de continuidade ou em alguns casos o início da escolarização de crianças e adolescentes.
Por sua vez, o professor poderá vivenciar a cada dia no hospital uma nova experiência de sentimentos, sensibilidade e humanidade deixando claro que a sua área de atuação vai muito além dos quadros negros.
REFERÊNCIAS: 
BRASIL, Ministério da Educação; MEC/SEESP. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar : estratégias e orientações. / Secretaria de Educação Especial. – Brasília : MEC ; SEESP, 2002. Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/livro9.pdf Acesso 10/06/2020
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica/Secretaria da Educação Especial –, MEC/SEESP, 2001.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação? - 2002. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1992579/mod_resource/content/1/O%20que%20e%20educa%C3%A7%C3%A3o.pdf
CECCIM, R. B. & Fonseca, E. S. Atendimento pedagógico-educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada. In: Temas sobre Desenvolvimento, v.8, n.44, p. 117, 1999.
MATOS, E. M.; MUGGIATII, M. Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Champagnat, 2001.
SCHIMIED-KOWARZIK, W. Pedagogia Dialética. São Paulo: Brasiliense, 1983.

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