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introdução
A alergia alimentar é uma resposta imunológica anômala, que ocorre 
após a ingestão e/ou contato com uma determinada substância 
presente no alimento, afetando cerca de 6% das crianças com menos de 
três anos de idade. 
O contato com alimentos potencialmente alergênicos, imaturidade da 
mucosa gastrointestinal, herança genética, alimentação da gestante e 
da nutriz, privação do leite materno e parto cesariano são citados como 
uns dos fatores que contribuem para a maior predisposição à alergia 
alimentar na infância.
Os mecanismos imunológicos da alergia alimentar responsáveis pela 
hipersensibilidade podem ser mediados por imunoglobulina E (IgE), 
células ou reação mista (IgE e células). Como consequência, as reações 
adversas surgem após a exposição do indivíduo sensibilizado ao 
alérgeno, são elas: 
Pele Gastrointestinais
Respiratório Reação Anafilática
urticária, angioedema, eritema,
prurido, eczema, dermatite
atópica.
diarreia, cólica abdominal,
sangramento gastrointestinal,
refluxo, vômito.
rinoconjuntivite, coriza, tosse,
rouquidão, asma brônquica.
hipotensão arterial, disritmia,
comprometimento de vários
órgãos (grave).
Atualmente, com o aumento da prevalência no mundo todo, a alergia alimentar é considerada um problema de 
saúde pública. Diversos alimentos podem ser causadores de alergias alimentares, porém, cerca de 80% delas 
são provocadas pelo consumo de ovo, leite, amendoim, soja, trigo, oleaginosas, peixes e crustáceos.
conhecendo os principais alérgenos na infância e
onde encontrá-los
É essencial o Nutricionista ter conhecimento sobre quais os principais alérgenos presentes nos alimentos e onde 
encontrá-los, para elaboração de cardápios e receitas livres dos mesmos, como também na orientação da leitura 
de rótulo para família da criança alérgica. 
alergia alimentar ao leite de vaca e derivados
Principais Alérgenos: Caseínas, β-lactoglobulina, imunoglobulina e a albumina bovina.
Alimentos e ingredientes que podem indicar presença: Leite integral, semidesnatado ou desnatado, 
leite em pó, manteiga, ghee, torrone, soro de leite, nougat, soro de leite coalhado, bebida láctea, leite 
fermentado, requeijão, petit suisse, composto lácteo, margarina que contenha leite, doce de leite, 
creme de leite, chantilly (pode conter caseinato), traços de leite, queijos em geral, coalhada, leite 
condensado, nata, proteína hidrolisada de leite, creme azedo, iogurte, molho branco e outros que 
tenham leite, pudim, proteína láctea, caseína, caseína hidrolisada, caseinatos de sódio, caseinato de 
potássio, caseinato de cálcio, caseinato de magnésio, caseinato de amônia, lactoalbumina, lactoferrina, 
proteína láctea, fosfato de lactoalbumina, lactoglobulina, lactose (pode conter traços protéicos), etc. 
Produtos que podem conter leite em sua composição: biscoitos, achocolatado, embutidos, sorvete, 
bolos, tortas, pães, purê, etc.
alergia alimentar ao ovo
Principais Alérgenos: ovoalbumina, ovomucóide e conalbumina
Alimentos e ingredientes que podem indicar presença: Ovo, maionese, merengue, gemadas, 
marshmallow, clara em neve, sólidos de ovos, ovo em pó, clara de ovo, gema, simplesse, ovoalbumina, 
conalbumina, flavoproteína, fosvitina, ovoglobulina, ovotransferrina, globulina, ovomucina, albumina, 
lisozima, grânulo, ovovitelina, lipoproteína de baixa densidade, plasma, lecitina, livetina, lisozima (E1 
105), etc.
Produtos que podem conter ovo em sua composição: Biscoitos, achocolatado, pudim, chocolate, 
macarrão, bolos, tortas, pães, etc.
alergia alimentar ao amendoim
Principais Alérgenos: Vicilina, conglutina e glicinina
Alimentos e ingredientes que podem indicar presença: Amendoim, proteína hidrolisada de 
amendoim, castanhas artificiais ou naturais (risco de traços), óleo de amendoim, torrone, farinha de 
amendoim, marzipan, manteiga de amendoim, pasta de amendoim, chili, etc. 
Produtos que podem conter amendoim em sua composição:
Biscoitos, doces, balas, chocolate, bolos, tortas, sorvete e vitamina D, etc.
alergia alimentar à soja
Principais Alérgenos: Vicilinas e conglutina 
Alimentos e ingredientes que podem indicar presença: Soja, missô, shoyu, tofu, farinha de soja, fibra 
de soja, extrato de soja, molho de soja, proteína texturizada de soja, glicinina, tamari, conglicinina,
tao-cho, natto, tao-si, taotjo, edamame, tempeh, hemaglutinina, proteína isolada de soja, teriyaki, 
inibidor de tripsina, tofu, isoflavonas, uréase, lecitina, yuba, lipoxygenase, sufu, ß-amilase, etc.
Produtos que podem conter soja em sua composição:
biscoitos, achocolatado, pães, traços de soja em produtos ensacados, como farináceos e grão, sorvete, 
bolos, tortas, frios e embutidos, etc.
Observação
A maioria dos indivíduos 
alérgicos podem consumir 
com segurança o óleo de soja 
que tenha sido altamente 
refinado, porém a decisão 
cabe avaliação médica e 
nutricional.
diagnóstico e tratamento da alergia alimentar 
Para o diagnóstico da alergia alimentar, os principais recursos utilizados são: história clínica, exame físico, teste 
sorológico, teste de provocação oral e dieta de eliminação. O diagnóstico correto é crucial não só para direcionar 
o tratamento, mas também para evitar a restrição alimentar desnecessária da criança.
Os medicamentos específicos são prescritos pelo Médico para o tratamento dos sintomas (crise). O tratamento 
da alergia alimentar consiste apenas na exclusão completa do alimento identificado, sendo a única forma eficaz 
de evitar o surgimento de reações adversas.
papel do nutricionista na alergia alimentar
O acompanhamento nutricional da criança alérgica é imprescindível para garanti-la o crescimento e 
desenvolvimento adequado, prevenindo possíveis deficiências nutricionais e desnutrição durante a infância.
O Nutricionista tem papel importante no tratamento da Alergia Alimentar na Infância, pois é responsável 
pelo suporte necessário para uma alimentação adequada para criança, como:
A Nutrição é uma peça fundamental durante a infância com Alergia Alimentar, não só para orientação de 
riscos e prevenção de deficiências nutricionais pela exclusão de um determinado alimento, mas também 
na educação nutricional familiar, o que contribui de forma significativa para a inclusão da criança no 
meio social que ela está inserida.
Exclusão do alimento que desencadeia Alergia Alimentar na criança;
Esclarecimento de dúvidas à família da criança sobre a Alergia Alimentar e os riscos;
Oferecer opções de substituição nutricionalmente equivalente para o alimento excluído;
Orientação sobre contaminação cruzada de alimentos.
Ensinar os termos sinônimos ao alimento excluído;
Orientação sobre a leitura de rótulos de produtos industrializados;
Na realização de refeições fora de casa, os familiares devem ser orientados quanto à importância de
questionar os responsáveis pela preparação dos alimentos os ingredientes utilizados, e
forma de preparação/confecção;
Bibliografia Consultada:
O CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ALERGIA ALIMENTAR: Etiopatogenia, clínica 
e diagnóstico, Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de 
Alergia e Imunologia - 2018.
CARTILHA DE ALERGIA ALIMENTAR, PROTESTE e PÕE NO RÓTULO - 2014.
MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE CARDÁPIOS ESPECIAIS, SECRETARIA DE 
ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO - 2015.

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