Buscar

Resumo 01 ao 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 01: Patrimônio origem e conceitos.
Origem do patrimônio.
O patrimônio era algo privado e aristocrático, próprio da elite patriarcal romana.
O patrimônio na Idade Média.
Durante a Idade Média (sobretudo entre os séculos VI e XV), sob influência do cristianismo divulgado pela Igreja, o caráter aristocrático da noção de patrimônio ganhou um novo contorno (simbólico e coletivo): o religioso.
Isso influenciou, anos mais tarde, a valorização tanto dos lugares e dos objetos religiosos, como dos rituais coletivos, porque as pessoas comuns da Idade Média atribuíram um sentido de patrimônio muito próprio ao culto dos santos e às relíquias.
Nas igrejas, os fiéis acorriam para professar sua fé. Esse fenômeno propiciou o início de viagens e hospedagens ligadas ao sentimento religioso
a elite aristocrática da época monumentalizou as igrejas e criou catedrais, que exerceram influência de monta no mundo físico e no espiritual. Destarte, a catedral (embora patrimônio coletivo) continuava sendo aristocrática, uma vez que era a sede da cátedra do bispo, autoridade máxima.
O Renascimento foi responsável por estender a noção de patrimônio. Embora o caráter aristocrático no termo em estudo ainda se mantivesse, os humanistas buscaram substituir o teocentrismo existente por valores humanos, resgatados da Antiguidade grega e romana. Os humanistas passaram a enaltecer, pois, obras antigas e a colecionar objetos e vestígios da Antiguidade.
O surgimento da imprensa.
A invenção da imprensa contribuiu para os objetivos desse grupo de pessoas, pois se multiplicaram as edições de obras clássicas, tanto na língua original, quanto nas traduzidas, o que popularizou a informação. Não somente moedas, inscrições em pedra, vasos de cerâmica, estátuas em mármore e em metal eram objetos de estudo dos humanistas, mas também os vestígios de edifícios.
Foi a partir daí que se fundou o que viria a ser o Antiquariado em toda a Europa.
Antiquariados = colecionadores de antiguidades.
As coleções misturavam curiosidades, peças artísticas e preciosas ao lado de objetos grotescos. A preservação dessas peças ficava vinculada exclusivamente ao gosto dos proprietários, o que não implicava cuidado com o bem público, porque esse conceito ainda não tinha sido formulado com clareza.
Nesse momento, havia a prática do gabinete de coleção, que era aberto à visitação ao bel-prazer do proprietário. Se hoje parece um tanto peculiar o comportamento dos colecionadores, não podemos nos esquecer de que, graças a esses primeiros pesquisadores, possuímos registros e acervos que constituem muitos de nossos museus contemporâneos. A relevância dessa pesquisa inicial pode ser atestada pelo fragmento a seguir: 
Os museus de história natural têm como função principal armazenar, preservar e ordenar o acervo de espécimes representando a diversidade biológica de organismos (fósseis e atuais) que povoaram o planeta até os dias de hoje. (...) As coleções zoológicas brasileiras constituem um acervo inesgotável de informação essencial que deverá, no futuro, propiciar descobertas importantes ainda fora do alcance tecnológico desta geração. (...) As coleções representam também uma herança cultural; um testemunho da rica história do descobrimento e da expansão da sociedade brasileira em seu território nacional. (YOUNG e ZAHER, 2003, p.1-3)
 Por sua vez, as Associações de Antiquários da Grã-Bretanha foram outra forma de proteção ao acervo. No caso deles, houve uma preocupação com os monumentos, pois houve vandalismo religioso no período da Reforma Luterana. Os monumentos religiosos datados da Idade Média passaram a ser percebidos como “obras vivas da nação”, e sua depredação configurava um desrespeito ao nacionalismo. Logo, as questões sobre restauração (de forma intervencionista ou não) surgiram na Inglaterra aproximadamente meio século antes de aparecerem na França. Com a Revolução Francesa de 1789, instaura-se o princípio de Estado nacional. Passa a haver uma necessidade de divulgação e materialização desse novo status quo. Com isso, o patrimônio diminuiu ainda mais o sentido aristocrático do termo, porque era dever do Estado oferecer oportunidades aos concidadãos de acesso ao conhecimento. Afinal, só existe identidade com o que nos identificamos. 
 Assim, esses Estados nacionais iniciaram uma radical transformação no conceito de patrimônio. A República, que havia criado igualdade, fraternidade e liberdade, tinha de fornecer meios para que se constituíssem esses princípios. De posse da necessidade de se fazer com que os cidadãos se tornassem iguais, foi imperioso apresentar ferramentas para que o solo, a língua e a origem estivessem disponíveis ao povo. À escola, foi dada a missão de difundir a língua nacional (francesa), em virtude de políticas educacionais que incutiriam, desde cedo, na mente das crianças, a ideia de pertencimento a uma nação. 
Apesar de todo o empenho daquele momento, esse caminho teve alguns percalços, como nos atesta a citação a seguir: 
À constituição do estado republicano, acrescenta-se um atributo nacional. (...) A concepção de Estado Nacional, constituem-se então os bens nacionais. Uma parte dos bens foi vendida a particulares (...). As destruições, não obstante, continuavam. [No entanto,] em 1794, são tomadas as primeiras medidas para deter o ‘vandalismo’. Se as destruições e reutilizações inadequadas não cessam, é, em contrapartida, inventado e forjado o conceito de patrimônio nacional (...). As obras e os monumentos deveriam exprimir e testemunhar o gênio do povo francês através do tempo. (...) Este se tornou o modelo para a constituição do patrimônio nacional brasileiro. E é possível dizer que este é, igualmente, o arcabouço para o Patrimônio da Humanidade (CAMARGO, 2002, p. 19-21) .
No entanto, essas propostas preservacionistas tiveram um aprofundamento na Itália, primeira nação a pensar na proteção dos monumentos in loco. A primeira tarefa dos Estados nacionais era criar a noção de cidadão. O líder da unificação italiana (Massimo D´Azeglio), por exemplo, em meados do século XIX, cunhou uma 3 célebre frase: “Feita a Itália, é preciso fazer os italianos”. A partir da unificação italiana, deu-se importância a uma cultura que fosse nacional e que tivesse suas bases em elementos materiais. Assim, começou a surgir uma face moderna e pública do conceito de patrimônio, em que se configurasse um distanciamento crítico em relação à arquitetura do passado e às atitudes de conservação.
Restauração dos monumentos.
As estruturas romanas encontradas em escavações foram restauradas segundo critérios de reintegração e consolidação. Quando havia necessidade de elementos novos serem adotados, seguia-se o padrão da originalidade, para não se incorrer em mimetizações (imitações). Esse critério, no entanto, não era via de regra a outras nacionalidades no tocante a restaurações.
Podemos exemplificar essa concepção com a presença dos monumentos nacionais, que se constituem Patrimônio. Apesar de a ideia de monumentos remeterem-se à origem latina de memória, modernamente uma edificação (ou construção) pode ser tomada também com um valor de bem nacional, tendo em vista que (co)memora a grandiosidade de determinado país.
Cabe, no entanto, ressaltar que, originalmente, os monumentos já eram intencionais, pois perpetuariam a memória de um fato, de uma pessoa ou de um povo. Essa concepção pode ser encontrada em civilizações antigas, como a dos egípcios e seus obeliscos. Contudo, em um tempo em que se desejava incutir no povo a noção de cidadania e de pertencimento, cabia atribuir valor patrimonial ao monumento físico.
Comissão pela preservação.
Durante as violências e as lutas civis da revolução Francesa, foi estabelecida uma comissão responsável pela preservação dos monumentos nacionais representativos dessa nação e de sua cultura. Cabe salientar, contudo, que os revolucionários avaliavam os benefícios do patrimônio por meio do lucro que dele se poderia obter pela contemplação dos possíveisviajantes.
Sistemas jurídicos
Ainda sobre os Estados nacionais, importa salientar que dois grandes sistemas jurídicos distintos ajudaram a consolidar as bases do sentido de patrimônio:
Sistema de tradição latina utilizado pelos franceses) X Sistema de tradição britânica (ou direito consuetudinário).
Uma vez comparados os dois sistemas, percebe-se que o conceito de propriedade era bastante diferente nesses dois modelos jurídicos, e isso repercutiu diretamente na conceituação de patrimônio.
Atividade
As Associações de Antiquários da Grã-Bretanha foram uma forma de proteção aos acervos de colecionadores. Nesse caso, houve uma preocupação com os monumentos, pois existiu vandalismo religioso no período da Reforma Luterana. Os monumentos religiosos datados da Idade Média passaram a ser percebidos como "obras vivas da nação", e sua depredação configurava um desrespeito ao nacionalismo. Na imagem da presente questão, vê-se o rosto de Martinho Lutero. Associando-se esse pensador às questões sobre restauração (de forma intervencionista ou não), podemos entender que essa discussão surgiu na:
R Inglaterra.
O patrimônio, em senso comum, faz referência aos bens materiais pertencentes a um indivíduo. Entretanto, no sentido cultural acadêmico, refere-se:
R Ao conjunto de valores e conhecimentos que permeia uma sociedade.
 O conceito de patrimônio em Roma surgiu no âmbito privado do direito de propriedade, estando intimamente ligado a pontos de vista e interesses aristocráticos. Hoje, o ideário de patrimônio para além de uma concepção privada também é visto a partir da esfera pública.
Na sociedade romana da Antiguidade, todas as esculturas gregas que os magistrados romanos colecionavam em suas casas, por exemplo, representavam: 
R - Um patrimônio patriarcal, individual e restrito da aristocracia.
No  Latim, a palavra patrimônio servia para:
R designar tudo aquilo que, na tradição romana, pertencia ao pai.
De acordo com Funari & Pelegrini (FUNARI, Pedro Paulo Abreu & PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p.11), com a difusão do cristianismo e o predomínio da Igreja a partir da Antiguidade tardia (séculos IV-V) e, em especial, na Idade Média (séculos VI-XV), ao caráter aristocrático do patrimônio acrescentou-se outro, simbólico e coletivo:
R Religioso
Sabemos que a noção aristocrática de patrimônio foi modificada na Idade Média. Que corrente religiosa teria influenciado essa mudança:
R O cristianismo
Os modernos Estados nacionais surgiram a partir de dois grandes sistemas jurídicos, cujas características são importantes para entendermos as diferenças que, até hoje, substituem entre as concepções oriundas do direito romano ou civil e do direito consuetudinário, anglo-saxão. Quais às características dessas duas tradições?
R - A tradição latina (romana) considera a propriedade privada sujeita a restrições, derivadas dos direitos dos outros ou da coletividade em geral.
| - Na tradição anglo-saxã, a limitação ao direito de propriedade é, em geral, muito mais tênue, os bens achados em propriedades privadas são de seu proprietário e podem ser vendidos.
O patrimônio no período renascentista produz uma mudança de perspectiva que corresponde:
R Continua o caráter aristocrático, mas busca o humanismo nascente. Os homens lutam pelos valores humanos em substituição ao domínio da religião.
Segundo a bibliografia indicada, o conceito de patrimônio tem sua origem na Roma Antiga e pode ser definido como:
R Um valor aristocrático e privado, referente à transmissão de bens no seio da elite patriarcal.
Durante a Idade Média, determinado padre da Igreja decidiu dar valor a determinados objetos religiosos. Nesse contexto:
R Caráter aristocrático da noção de patrimônio passou a ganhar um novo contorno (simbólico e coletivo): o religioso.
Durante a Revolução Francesa, aconteceram muitas lutas e a violência se instalou na França, colocando em risco, inclusive, patrimônios daquele país. Por essa razão, formou-se uma Comissão responsável pela preservação dos monumentos nacionais, que representassem a nação e a cultura francesa. Que benefícios os revolucionários viam nessa atitude :
R Eles avaliavam o patrimônio em função do lucro que este poderia dar pela contemplação de possíveis viajantes.
Aula 02: IPHAN, UNESCO e critérios para reconhecimento de bens patrimoniais.
O século XX foi marcado por grandes conflitos armamentistas mundiais. Em meio a tanta destruição, cidadãos se levantaram a fim de tentar proteger determinados bens (patrimônios) – resquício de uma proposta de cidadania da Revolução Francesa. Nesse contexto, surgiram o Iphan e, mais tarde, a Unesco (ambas instituições que desenvolveram legislações e outras formas de preservação, proteção e manutenção patrimoniais).
Na tentativa de se controlar conflitos das proporções da Primeira Guerra Mundial, os países vencedores do referido embate se reuniram em Versailles, França, em 1919, e criaram a Sociedade das Nações (também conhecida como Liga das Nações). O principal objetivo do grupo, pois, era firmar um tratado de paz. Entretanto, a década de 1930 representou o início do desmantelamento desse grupo.
A partir de 1930, Japão e Alemanha começaram uma corrida armamentista, o que representou uma evidência de que as nações não se submetiam aos ideais da Sociedade. Isso se tornou um prenúncio da Segunda Guerra Mundial, que eclodiu em setembro de 1939. Assim, já que a Sociedade das Nações havia falhado em seu objetivo maior (a manutenção da paz), seus representantes anunciaram o seu fim em 1946.
Antes, porém, em 1937, os representantes da Sociedade das Nações se reuniram na Conferência de Atenas e defenderam a salvaguarda do patrimônio cultural da humanidade. Mais tarde, em 24 de outubro de 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) deu início às suas atividades, tornando-se sucessora da Sociedade das Nações no tocante à manutenção da paz mundial.
No Brasil da década de 1930, por sua vez, o governo de Getúlio Vargas veio a criar o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. Esse órgão fora legitimado pela Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937. Sua criação fora confiada a intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista. Tratava-se da realização de uma vontade que se anunciara no século XVII no âmbito da proteção dos monumentos históricos.
Governo Vargas
À primeira vista, pode parecer um paradoxo o fato de um governo ditatorial e repressor das liberdades (como o de Vargas) ter criado um órgão preservacionista da memória nacional. Com mais informação, costuma-se configurar maior criticidade. No entanto, a presença da censura cerceava o amplo questionamento popular à ideologia vigente.
A versão oficial apregoava, pois, os ideais nacionalistas do período, ou seja, uma visão enaltecedora de um Brasil idealizado. Esse fenômeno não era exclusivo de nosso país, o que pode ser ratificado se observarmos todos os governos totalitaristas da época, a saber: Perón, Mussolini, Franco, Hitler, entre outros.
IPHAN
A criação do Iphan, contudo, obedeceu a um princípio normativo, atualmente contemplado pelo artigo 216, da Constituição da República Federativa do Brasil, que definiu patrimônio cultural a partir de suas formas de expressão; de seus modos de criar, fazer e viver; das criações científicas, artísticas e tecnológicas; das obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Além disso, ainda sobre a manutenção do patrimônio nacional, a Constituição brasileira também determinou que caberia ao poder público, em consonância com a ajuda da sociedade, a proteção, a preservação e a gestão do patrimônio histórico e artístico do país.
Cabe ressaltar que, apesar de a Carta Magna aludir à necessidade de preservação dopatrimônio nacional, ainda se mantém vigente o Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937. Esse foi um dos primeiros atos do Estado Novo que, à época, propôs-se a organizar a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, estabelecendo critérios e procedimentos para o processo de tombamento.
Tombamento Ato administrativo com vistas à preservação de bens que a população considere que sejam de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo. O tombamento garante proteção especial de determinados bens nas três esferas do poder: federal, estadual e municipal.
No âmbito da União, o órgão responsável pelo tombamento é o Iphan. No que diz respeito aos estados e municípios, deve-se recorrer a leis locais específicas ou à legislação federal para executar essa tarefa. Podem ser tombados bens imóveis, áreas urbanas (como centros históricos ou bairros) e áreas naturais, assim com bens móveis (como coleções de arte ou objetos representativos de um acontecimento histórico).
De acordo com o Decreto-lei nº 25/37, ao tombamento associam-se os seguintes artigos:
Art. 1º § 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana. (...) Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber: 1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º. 2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica; 3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira; 4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras. (...)Art. 6º O tombamento de coisa pertencente à pessoa natural ou à pessoa jurídica de direito privado se fará voluntária ou compulsoriamente. (...)Art. 8º Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa. (Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937)
Acrescenta-se, também, que é possível o registro do patrimônio imaterial (como o samba de roda do Recôncavo Baiano), um instrumento de salvaguarda diferente do tombamento. O registro destina-se a manter viva uma tradição que possa vir a sofrer mudanças com o passar do tempo. Um exemplo dessa forma de preservação é o ofício das paneleiras de Goiabeiras, na cidade de Goiabeira Velha, no Espírito Santo. Esse ofício garante o saber da fabricação de panelas de barro como utensílio gastronômico típico para o serviço da tradicional moqueca capixaba.
Livro de registro:
Os livros de registro estão divididos em quatro categorias: Formas de expressões, celebrações, lugares e saberes.
Forma de expressões: Manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.
Celebrações: Rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social.
Lugares: Mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas
Saberes: Conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades.
A natureza do registro é preservar o patrimônio imaterial, pois este não pode ser tombado. Deve-se, no entanto, estabelecer critérios de acompanhamento de suas manifestações. O Decreto-lei nº 3.551/2000 institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. Esse tipo de proteção tem por objetivo viabilizar projetos que ajudem a manter vivo o patrimônio cultural por meio de parcerias com instituições públicas e privadas que deverão desenvolver pesquisas para dar suporte à continuidade dos bens registrados.
Tombamento
Quanto ao tombamento de um móvel ou imóvel, convém esclarecer que o direito à propriedade é inalienável, cabendo, ao proprietário, a preservação do referido bem. Se houver necessidade de reforma ou de restauração de um imóvel tombado, quaisquer procedimentos devem ser, antes, aprovados pelo órgão que efetuou o tombamento.
Caso o dono decida estipular novo uso a um imóvel tombado, deverá ser avaliado previamente se poderá haver prejuízo ao bem, ou à harmonia da edificação. Como se torna oneroso conservar ou restaurar um móvel ou imóvel tombados, o proprietário pode-se candidatar a verbas disponíveis pelas leis de incentivo à cultura, ou a descontos de impostos prediais ou territoriais, como o IPTU, por exemplo.
Qualquer pessoa pode solicitar, aos órgãos responsáveis pela preservação, a abertura de um estudo de tombamento de um determinado bem. Esse pedido será avaliado por um corpo técnico que o analisará calcado nos valores histórico ou arquitetônico, cultural, ambiental ou afetivo para a população.
Enquanto a decisão final de tombamento não é anuída, o imóvel fica protegido legalmente contra destruição ou descaracterizações. Concluído o processo, haverá a inscrição no Livro Tombo respectivo.
A legislação ambiental e a sua atuação
- No âmbito mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) representou uma agência especializada da ONU para atuar nas áreas de Educação, Cultura, Ciências Humanas, Naturais e Sociais, Comunicação e Informação. Por esse motivo, a Unesco ficou associada às questões mundiais de ordem patrimonial.
Menos de um mês depois da criação da ONU, a Unesco foi criada em 16 de novembro de 1945, em um encontro realizado em Londres. Na ocasião, a Constituição da Unesco foi assinada por representantes de 37 países. Embora o encontro tenha acontecido em Londres, a sede da Unesco foi inaugurada em Paris, em 1959.
-No ano de 1964, o governo brasileiro precisou assinar acordos de cooperação técnica com a Unesco. Como consequência, foi a partir desse ano que a Unesco passou a atuar no Brasil. Com o passar dos anos, a instituição foi responsável por importantes contribuições ao questionamento sobre preservação no país, dentre as quais destacamos a criação da Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, em 1976 (desdobramento das decisões de 1972, em Estocolmo).
-Hoje em dia, a Unesco dá suporte a inúmeros programas em suas áreas de atuação. Além disso, volta suas ações para questões relacionadas ao cumprimento dos Objetivos do Milênio, acompanhando o desenvolvimento mundial e colaborando na busca de soluções dos problemas enfrentados pelos 193 Estados Membros da agência, e pelos 6 Estados Membros Associados.
-A Unesco é responsável por instituir os Patrimônios Mundiais da Humanidade. Essa determinação caracteriza a universalidade de um patrimônio, pois deixa de ser exclusivamente de um Estado Membro e passa a pertencer a todos os povos do mundo, independentemente de sua localização geográfica. Os países em que estão localizados os patrimônios reconhecem a legitimidade da nova categorização de seu bem, sem, no entanto, ferir as soberanias nacionais. Atualmente, há 963 patrimônios mundiais, sendo 745 culturais, 188 naturais e 29 mistos, localizados em 153 Estados.
Aula 01 – ficha
No modelo do direito romano (latino, portanto), os bens encontrados em propriedade privada (como petróleo e vestígios históricos) são considerados públicos e não podem ser usados pelo dono da terra. No direito consuetudinário, por seu turno, objetos históricos e recursos naturais encontrados em uma propriedade constituem bens do dono da terra, e a ele cabe a decisão sobre o destino do item descoberto. 
Essa distinção entre os direitos pode parecer sutil, mas não o é, tendo em vista que a aplicação de um ou outro repercutirá na determinação dos limites entre público e privado. Nos paísesde direito consuetudinário, como os Estados Unidos da América, por exemplo, proteger o patrimônio nacional representava algo circunscrito às propriedades públicas. 
Nos EUA, a primeira lei patrimonial – o Antiquites Act – data de 1906 – o mesmo ano em que a lei francesa terminou de ser discutida. Tal lei determinava somente a proteção de bens culturais que fossem de interesse daquele país e que estivessem localizados em terras sob o controle do governo. No ano de 1935, o Historic Sites Acts complementaria a lei anterior, ratificando-a por meio de uma compilação de catálogos de bens de interesse histórico. 
Contudo, em se tratando das duas vertentes do direito (a romana e a britânica, consuetuninária), considera-se mister destacar suas características comuns. Em primeiro lugar, o patrimônio é compreendido como um bem material (concreto), assim como outros objetos de alto valor material e simbólico para determinada nação. Nesse sentido, os valores são compartilhados por todos, e isso é encapsulado por itens materiais (um monumento, um edifício). Em segundo lugar, para as duas vertentes, aquilo que é representado como patrimônio engloba o excepcional, o belo, o exemplar – aquilo que, em suma, representa a nacionalidade. A terceira característica se relaciona à criação de instituições patrimoniais e de uma legislação específica.
 A partir dessa última característica, os governos criam serviços de proteção ao patrimônio (e daí surgem os museus, por conseguinte). Como curiosidade, destaca-se que, de todo esses procedimentos burocráticos participaram profissionais das diversas formações e especialidades, mormente arquitetos, historiadores da arte, arqueólogos, geólogos, antropólogos e sociólogos, entre outros.
Até o século XIX, então, o patrimônio era encarado como um conjunto de edificações, objetos e documentos de valor artístico ou histórico. Já no século XX, o Patrimônio Histórico passou a ser observado analisando-se a integração com o seu entorno. Isso gera polêmicas, uma vez que o debate gira em torno da discussão a respeito do que se deve fazer: perceber os monumentos isoladamente ou considerá-los no contexto do conjunto ambiental? 
Isolar um monumento passa a ser visto como uma mutilação, porquanto o entorno é encarado numa relação essencial com determinada edificação. Dentro desse panorama, novas questões se levantaram: o conceito de monumento, por exemplo, se estendeu a algumas cidades e conjuntos urbanos, sendo caracterizados como estilos de vida. De um lado, havia quem defendesse a preservação não só das cidades, mas também da forma antiga de habitá-las. Do lado diametralmente oposto, havia quem propusesse que essas cidades fossem banidas do caminho do desenvolvimento, ou seja, que fossem transformadas em museus.
Mais tarde, em 1972, durante a XVII reunião da Unesco, o conceito de lugares notáveis foi acrescido, culminando-se com o que seria chamado de patrimônio imaterial. Isso ampliou o conceito de Patrimônio Histórico, agora chamado de Patrimônio Cultural.
Somente em 1989, os estudiosos começaram a fazer referência a tradições e costumes de culturas locais, entendidos então como bens imateriais. Isso ocorreu sob influência das ciências sociais, interessadas pelas manifestações culturais imateriais. Dessa forma, patrimônio também abarca a experiência vivida – conjunto de linguagens, conhecimentos, tradições imateriais, maneiras de se usar os bens e os espaços físicos.
Mesmo assim, os monumentos continuaram sendo privilegiados no tocante à concepção de patrimônio. Isso se justifica porque a maioria dos estudiosos continuou enfatizando as análises de arquitetos, arqueólogos e restauradores.
Por fim, o conceito de Patrimônio Cultural entra no século XXI, englobando a ideia antropológica de cultura como representativa de todo fazer humano aliada a uma tradição monumentalizante.
Aula 02 – ficha
A fim de se solicitar a inscrição de um sítio na Lista do Patrimônio Mundial, os próprios Estados signatários devem apresentar suas candidaturas. Não cabe à Unesco a recomendação para inclusões na lista. A solicitação deve apresentar, no entanto, um plano de metas para administração e proteção do sítio.
À guisa de exemplificação, no dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro foi elevada à condição de Patrimônio da Humanidade. A proposição foi denominada de Paisagens cariocas entre o mar e a montanha e baseou-se nos princípios de identificação das paisagens culturais, envolvendo os critérios de paisagem intencionalmente desenhada, paisagem organicamente evolutiva e paisagem vinculada à história e indissociável do imaginário do país ao longo de séculos.
No Rio, a simbiose entre a cidade e a paisagem foi considerada única, ainda mais marcante do que os valores do sítio histórico em si, dos monumentos e da arquitetura, o que validou essa candidatura. Toda candidatura deve discorrer características do sítio proposto. No entanto, existem critérios estabelecidos pela Unesco aos quais os países membros devem obedecer, a saber:
1. Quanto aos bens Culturais:
I. representar uma obra-prima do gênio criativo humano, ou
II. Ser a manifestação de um intercâmbio considerável de valores humanos durante um determinado período ou em uma área cultural específica, no desenvolvimento da arquitetura, das artes monumentais, de planejamento urbano ou de paisagismo, 
III. aportar um testemunho único ou excepcional de uma tradição cultural ou de uma civilização ainda viva ou que tenha desaparecido, 
IV. Ser um exemplo excepcional de um tipo de edifício ou de conjunto arquitetônico ou tecnológico, ou de paisagem que ilustre uma ou várias etapas significativas da história da humanidade, ou v. constituir um exemplo excepcional de habitat ou estabelecimento humano tradicional ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura ou de culturas, especialmente as que tenham se tornado vulneráveis por efeitos de mudanças irreversíveis, ou vi. estar associados diretamente ou tangivelmente a acontecimentos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, ou com obras artísticas ou literárias de significado universal excepcional (o Comitê considera que esse critério não deve justificar a inscrição na Lista, salvo em circunstâncias excepcionais e na aplicação conjunta com outros critérios culturais ou naturais).
2. Quanto aos bens naturais:
I. Ser exemplos excepcionais representativos dos diferentes períodos da história da terra, incluindo o registro da evolução, dos processos geológicos significativos em curso, do desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos e sismográficos. 
II. Ser exemplos excepcionais que representem processos ecológicos e biológicos significativos para a evolução e o desenvolvimento do ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos e de agua doce e de comunidades de plantas e animais. 
III. Conter fenômenos naturias extraordinários ou áreas de uma beleza estética extraordinária. 
IV. Conter os habitats naturais mais importantes e mais representativos para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo aqueles que abrigam espécies ameaçadas que possuam um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência e da conservação; 
Teste
1. A abertura democrática no país [Brasil], vivenciada na década de 1980, permitiu o surgimento de revisões teóricas no campo da preservação dos bens culturais e a superação de práticas limitadas à conservação palaciana e fachadista. (FUNARI, Pedro Paulo Abreu & PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p.51) Tais práticas aludidas por Funari & Pelegrini eram:
R Restritas à recuperação apenas da imagem plástica, do colorido e das feições estilísticas dos conjuntos históricos.
Portanto, houve uma ampliação do conceito de patrimônio a partir de 1980.
2. No governo do então presidente Getúlio Vargas a versão oficial pregava uma visão que enaltecia o Brasil. Era um Brasil idealizado e esse fenômeno ocorriaem outros governos totalitaristas da época, a saber: Argentina, Itália, Alemanha, para citar alguns. Qual foi o movimento que impulsionou essa visão:
R Nacionalismo.
3. Sobre o Patrimônio Cultural Brasileiro, podemos dizer:
R O Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado em São Raimundo Nonato, Estado do Piauí, compreende um patrimônio cultural brasileiro de caráter material, em função do acervo arqueológico, desde 1993.
 O patrimônio cultural imaterial compreende os usos, as representações, as expressões, os conhecimentos e as técnicas, bem como os instrumentos, os objetos, os artefatos e os lugares que lhes são associados e que as comunidades, os grupos e em alguns casos, os indivíduos reconheçam como parte integrante de sua cultura.
 Os bens móveis são formados por coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
 O patrimônio cultural material é constituído de bens culturais móveis e imóveis.
4. No Brasil, um debate maior acerca da proteção ao patrimônio histórico ocorreu a partir da década de 1930. Uma das formas de salvaguardar esse acervo era trazer uma legislação que garantisse de fato alguns direitos. Dessa forma, a primeira Constituição Federal (1934), após o Golpe de Getúlio Vargas em 1930, trouxe em seus artigos a defesa de direitos patrimoniais. Que direitos foram esses?
R Impedimento à evasão de obras de arte do território nacional e à introdução do abrandamento do direito de propriedade nas cidades históricas mineiras, quando essa propriedade se revestisse de uma função social.
5.  Na década de 20, a preocupação em valorizar o que era brasileiro tomou forma na produção dos intelectuais modernistas, como Mário de Andrade por meio de pesquisas etnográficas e da literatura. Foi no conjunto dos esforços realizados, em especial o dos intelectuais modernistas, de conhecer, compreender e recriar o Brasil, que se desenvolveu a ideia de proteção ao patrimônio. Este pensamento se efetivou com Getúlio Vargas. (Pedro Funari e Jaime Pinsk (orgs.). Turismo e patrimônio cultural, Contexto, 2001)
      Foi uma medida de Getúlio Vargas visando o objetivo exposto no texto:
R A criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
6. As políticas preservacionistas adotadas na América Latina apostam, cada vez mais, no envolvimento das comunidades e em iniciativas integradas entre o público e o privado. Mas a globalização e as inovações tecnológicas da contemporaneidade, somadas ao amálgama cultural incorporado à sociedade latino-americana, continuam suscitando muitas contendas a serem superadas. (FUNARI, Pedro Paulo Abreu & PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p.59-60) A partir do exposto, conclui-se que é necessário(a):
R A compreensão mais ampla de patrimônio e a adoção de práticas sociais inclusivas. 
7. Em relação ao patrimônio histórico público na carta política brasileira (Constituição de 1988), aponte a única alternativa incorreta que não é competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
R A proteção e manutenção dos patrimônios e de exclusividade da União.
8. O século XX foi marcado por grandes conflitos armamentistas mundiais. Em meio a tanta destruição, cidadãos se levantaram a fim de tentar proteger determinados bens (patrimônios). No Brasil, qual instituição surgiu para proteger o patrimônio nacional nesse período:
R IPHAN
9. "Art. 1º § 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana.
(...) Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:
1) (...) Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico (...);
2) (...) Livro do Tombo Histórico (...);
3) (...) Livro do Tombo das Belas Artes (...);
4) (...) Livro do Tombo das Artes Aplicadas (...)."
(Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937)
 
Dessa forma, são exemplos de itens que são inscritos nos quatro Livros descritos no Art. 4º., respectivamente,
R Objetos de arte arqueológica -  obras de arte histórica - obras de arte erudita - obras das artes aplicadas. 
10. Antes de a Segunda Guerra Mundial eclodir, os representantes da Sociedade das Nações se reuniram numa conferência, a fim de defenderem a salvaguarda do patrimônio cultural da humanidade. Essa conferência recebeu o nome de:
R Conferência de Atenas.
11. "A abertura democrática no país, vivenciada na década de 80, permitiu o surgimento de revisões teóricas no campo das preservações dos bens culturais e a superação de práticas limitadas à conservação palaciana e fachadista - restritas à recuperação apenas da imagem plástica, do colorido e das feições estilísticas dos conjuntos históricos. (...) Apesar da predisposição de tratar a cidade como documento, em toda a sua complexidade, as políticas de preservação adotadas no Brasil a partir da década de 1990 distanciaram-se desta concepção e, por vezes, sucumbiram à noção de 'cidade-espetáculo', para usar a terminologia sugerida por Nestor Canclini." (FUNARI, Pedro Paulo Abreu; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. p. 51) A partir da leitura dos trechos selecionados, aponte abaixo a opção que mais bem traduz o movimento atual que os autores intitularam como 'cidade-espetáculo'.
R A intervenção nos conjuntos históricos limita-se a recuperar apenas a plasticidade expressa no traçado e nas características estéticas das construções. A associação dos bens culturais ao seu valor de mercado corroborou para aumentar o consumo cultural, transformando cidades históricas em objeto de consumo.
12. O TURISMO é diretamente abordado num dos documentos internacionais abaixo, qual?
R NORMAS DE QUITO 1967.
13. Uma das formas de se preservar e de garantir a perpetuidade de um patrimônio é por meio do tombamento. A nível federal, o órgão responsável pelo tombamento é o Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). No tocante a estados e municípios, deve-se recorrer a leis locais específicas ou à legislação federal para executar essa tarefa. A respeito do tombamento, diz-se que ele:
R Se configura em um ato administrativo com vistas à preservação de bens que a população considere que sejam de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo.
14. A criação do IPHAN, em 1937, em plena ditadura Vargas, relaciona-se à ideia de que:
R o patrimônio cultural deveria ser enaltecido e protegido, pois os ideais nacionalistas estavam em alta, nos anos estavam 30;
15.Relacionar patrimônio cultural e patrimônio natural é resultado do amadurecimento do conceito de patrimônio. Pode-se dizer que houve um desdobramento possibilitado a partir da importante ruptura histórica que reconhecia como passíveis de serem mantidos à posteridade apenas os feitos de heróis e das camadas dominantes. Desta forma, é incorreto afirmar que:
R A conservação de áreas naturais não obedece à visão utilitarista, que predomina na sociedade capitalista, pois não possibilita reconhecer nesses verdadeiros refúgios aos processos produtivos e de urbanização o foco de alternativas à reprodução da vida.
16. No Brasil, o governo de Getúlio Vargas criou o Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), pela Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937. Sua criação fora confiada:
R a intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista.
Aula 03 – Patrimônio cultural e natural.
Introdução
A partir do desenvolvimento dos conceitos de bem cultural e natural, a Unesco vem estabelecendo sítios de expressiva relevânciaao redor do mundo. A partir da institucionalização desses locais, decidiu-se apresentar aqueles que se encontram no Brasil. Existem 19 atualmente e, nessa aula, serão apresentados:
Cidade histórica de Ouro Preto (1980)
Centro histórico de Olinda, (1982)
As Missões Jesuíticas Guarani e as Ruínas de São Miguel das Missões (1983)
Centro histórico de Salvador (1985)
Santuário do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos (1985)
Parque Nacional de Iguaçu. (1986)
Plano Piloto de Brasília (1987) 
Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, Piauí (1991) 
Centro Histórico de São Luís, Maranhão (1997)
Centro Histórico de Diamantina, Minas Gerais (1999)
Reservas de Mata Atlântica, região Sudeste, São Paulo e Paraná (1999)
Costa do Descobrimento - reservas de Mata Atlântica, Bahia e Espírito Santo (1999)
Complexo de Conservação da Amazônia Central (2000)
Complexo de Áreas Protegidas do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000)
Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás (2001)
Áreas protegidas do Cerrado: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas, Goiás (2001)
Ilhas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha, Pernambuco, e Atol das Rocas, Rio Grande do Norte (2001)
Praça de São Francisco, cidade de São Cristóvão, Sergipe (2010) 
Cidade do Rio de Janeiro (Paisagem Cultural)
 Nesse sentido, importa conhecê-los, a fim de que a área do Turismo possa explorá-los de maneira ampla, divulgando-os e preservando-os, tendo como base o conhecimento das políticas brasileiras de preservação desses sítios. Assim, também será possível a circulação de renda entre os grupos envolvidos na prática turística desses patrimônios.
Cidade histórica de Ouro Preto (1980)
A concessão do título foi em virtude de seu conjunto urbanístico e arquitetônico. Em termos de estilo, existe o predomínio renascentista e barroco.
Sobre o barroco: Ouro Preto possui o maior e mais homogêneo conjunto barroco do mundo. Isso faz com que seu visitante possa voltar ao século XVIII num admirável passeio pelas ruas da cidade. Durante a visita, o turista reconhece que o traçado urbano está integrado à paisagem natural, cujos percursos ligavam os diversos arraiais de garimpo.
Antigamente, Ouro Preto era a capital da Província de Minas Gerais. Destacava-se, desde então, por sua riqueza arquitetônica e pela arte sacra de Aleijadinho e Athayde. 
Com isso, Ouro Preto mantém preservado um dos mais ricos conjuntos arquitetônicos do país, formado por casarões, igrejas e palácios erguidos durante o Ciclo do Ouro.
1933 Foi reconhecida como Monumento Nacional. Em virtude disso, a cidade teve o seu conjunto arquitetônico e urbanístico inscrito no Livro de Tombo de Belas Artes em 1938, e nos livros Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1986.
Ouro Preto foi o primeiro bem cultural brasileiro inscrito pela UNESCO na Lista do Patrimônio Mundial, em 5 de setembro de 1980.
Atrativos
A Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, teve seu forro pintado por Manuel da Costa Athayde, mais conhecido como Mestre Athayde. Ele é famoso por suas belíssimas pinturas em perspectiva nos forros das igrejas mineiras. Portanto, a referida igreja representa outro importante marco turístico da cidade.
Seus principais museus – como o da Inconfidência e a Casa dos Contos – contam a história da cidade e de parte importante do período colonial brasileiro. Além de museus, há as igrejas, dotadas de obras sacras esculpidas por Aleijadinho, e que compõem alguns dos monumentos mais visitados.
Centro Histórico de Olinda (PE), em 1982.
A escolha levou em conta os aspectos relacionados ao conjunto urbanístico e arquitetônico do local, bem como seus estilos predominantes, a saber: colonial, renascentista e barroco, uma vez que Olinda possui um significativo conjunto de construções datadas dos séculos XVI, XVII e XVIII, que encanta quem a visita.
O Centro Histórico de Olinda possui um casario colorido, característico do povoamento português colonial. A imponência de suas igrejas contrasta com o verde intenso da vegetação tropical e o azul do mar, transformando Olinda em um lugar inesquecível. Embora a beleza natural da cidade seja uma atração sem igual, caminhar por suas ruas também enriquece o passeio, pois elas representam uma verdadeira aula de História, uma vez que ali ocorreram intensas disputas durante o período do Brasil Colônia.
Olinda foi fundada por Duarte Coelho Pereira em 1537, para sediar a Capitania Hereditária de Pernambuco. Seu desenvolvimento esteve muito ligado ao ciclo da cana-de-açúcar. Em 1631, no entanto, foi dominada e destruída pelos holandeses, que transferiram a capital para Recife. 
Porém, Olinda acabou sendo reconstruída naquele mesmo século.
A disputa entre Recife e Olinda, contudo, persistiu por mais tempo e culminou com a Guerra dos Mascates (1710).
 Guerra dos mascates Nesse confronto, estavam os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes portugueses de Recife, chamados pejorativamente de mascates. A coroa portuguesa intercedeu no duelo e acabou por escolher Recife como a atual capital de Pernambuco.
Por conservar o traçado urbano e a paisagem da vila fundada no século XVI por Duarte Coelho Pereira quando os portugueses iniciaram a ocupação do Brasil, o Centro Histórico de Olinda é um dos mais antigos do país. 
As principais construções do Centro Histórico de Olinda – como a Basílica e o Mosteiro de São Bento – datam do século XVI, embora a maioria tivesse de ser reconstruída a partir do século XVII, após a invasão holandesa. A produção cultural é bastante rica em Olinda. Destacam-se o artesanato, as festas religiosas e as profanas.
# O centro histórico foi declarado, em 1980, como Monumento Nacional e, em 1982, foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Missões Jesuíticas Guarani e as Ruínas de São Miguel das Missões (RS). (1983)
Numa região entrecortada pelos Rios Paraná e Uruguai, que inclui territórios do Rio Grande do Sul, Argentina, Paraguai e Uruguai, estão os vestígios de um dos mais importantes capítulos da história da América Latina.
Igreja São Miguel das Missões
Tudo começou em 1603, quando os padres jesuítas da Companhia da Jesus fundaram a primeira redução jesuítico-guarani da região. Redução era o nome que se dava à comunidade criada.
Nesse lugar, viveram milhares de índios guaranis catequizados, num sistema de cooperação social que combinava o solidarismo e a reciprocidade da cultura guarani às inovações técnicas trazidas da Europa (como a escrita, a imprensa e a metalurgia).
Nas reduções, houve um intenso contato entre as civilizações europeia e indígena, florescendo uma singular atividade artística a que os especialistas denominam “barroco missioneiro”. Na escultura, de nítida inspiração clássica, incorporaram-se elementos estéticos produzidos pelos indígenas. Na música, os autos religiosos assumiram nova sonoridade quando cantados em guarani e acompanhados por instrumentos produzidos com maestria pelos índios.
Detalhes da cidade:
Disputas pelo controle desse território, envolvendo as coroas portuguesa e espanhola, determinaram a decadência e a gradual dissolução das Missões Jesuítico-Guaranis. Nos locais onde elas floresceram, restam hoje apenas as ruínas de uma sociedade dizimada através da força colonialista e do derramamento de sangue indígena.
Em 1940, inspirado nas casas missioneiras, o arquiteto brasileiro Lúcio Costa criou o Museu das Missões, localizado dentro do sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo. Seu acervo possui cerca de 100 imagens de santos em madeira policromada confeccionados pelos índios e jesuítas que habitavam a redução. É a maior coleção pública missioneira, com peças que possuem desde alguns centímetros até imagens com mais de dois metros de altura.
Centro histórico de Salvador (1985)
Salvador conseguiuo título de Patrimônio Histórico. Devido ao seu conjunto urbanístico e arquitetônico e aos seus estilos renascentista e barroco predominantes, os documentos necessários à sua candidatura foram elaborados.
Salvador foi fundada por Thomé de Souza em 1549 e é localizada entre o mar e as colinas da Baía de Todos os Santos. Sua organização é semelhante à de cidades portuguesas, como Porto e Lisboa, com forte caráter defensivo, próprio do século XVII. Salvador divide-se em duas partes: a Cidade Baixa (que fica entre o mar e uma escarpa) e a Cidade Alta (que fica no topo da escarpa).
Detalhes da cidade:
Atualmente, Salvador apresenta aos turistas as características de todos os períodos pelos quais passou. 
Por todos esses motivos, o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do Centro Histórico de Salvador foi inscrito no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico de 1984. A inscrição de Salvador na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco ocorreu em 6 de dezembro de 1985.
O patrimônio histórico da cidade constitui-se num dos mais ricos legados de sua trajetória secular e reúne casarões, prédios, sobrados, capelas, igrejas, basílicas, palácios, palacetes, parques, terreiros de candomblé e solares.
Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (1985)
Em estilo barroco colonial mineiro, o Santuário foi considerado pelo seu especial conjunto urbanístico e arquitetônico.
Durante a época da mineração, a cidade de Congonhas do Campo ganhou destaque na circunvizinhança e dela saíram grandes fortunas. Diz-se que as pepitas de ouro chegavam a ter o tamanho de batatas, na famosa lavra chamada Batateiro.
Numa colina de nome Alto Maranhão, teve início a construção do majestoso Santuário de Bom Jesus do Matosinho, em 1757, e deflagrou a ocupação da margem esquerda do rio. A iniciativa da construção partiu do português Feliciano Mendes, que ergueu a igreja em pagamento a uma promessa, uma vez que era devoto do Bom Jesus.
Durante a época da mineração, a cidade de Congonhas do Campo ganhou destaque na circunvizinhança e dela saíram grandes fortunas. Diz-se que as pepitas de ouro chegavam a ter o tamanho de batatas, na famosa lavra chamada Batateiro.
Em 1796, a influência do garimpo de ouro atraiu ao então distrito de Congonhas o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e o pintor Manoel da Costa Athayde, o Mestre Athayde, já consagrados naqueles tempos. E na região eles deixaram para a posteridade a manifestação mais concreta da grandiosidade de sua arte. A obra estendeu-se até 1875, ano em que se concluiu a última capela.
Durante a época da mineração, a cidade de Congonhas do Campo ganhou destaque na circunvizinhança e dela saíram grandes fortunas. Diz-se que as pepitas de ouro chegavam a ter o tamanho de batatas, na famosa lavra chamada Batateiro.
O conjunto completo é formado pela capela-mor de Bom Jesus, pórtico, imponentes escadarias, muros, parapeito do adro e outras seis capelas, dispostas por todo o caminho até chegar ao santuário, localizado no topo da colina Alto Maranhão. A obra como um todo constitui um expressivo espaço do barroco brasileiro e, portanto, um deslumbrante roteiro turístico a ser divulgado e preservado.
Parque Nacional de Iguaçu (PR) (1986).
Sabe-se que a região era habitada pelos povos Guarani. Naquelas lugares, os primeiros homens brancos que contemplaram as Cataratas do Iguaçu (água grande, em Guarani) foram os expedicionários comandados por Cabeza de Vaca, conquistador espanhol e governador da Colônia do Prata, que as chamou de Saltos de Santa Maria.
O Parque nacional do Iguaçu, criado em 1939, pelo Decreto N° 1.035 e por influência de Santos Dumont, abriga a maior área remanescente de floresta Atlântica da região sul do Brasil. O Parque protege uma vasta biodiversidade.
Essa expressiva variabilidade biológica somada à paisagem singular de rara beleza cênica das Cataratas do Iguaçu fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, no ano de 1986.
Unido pelo rio Iguaçu ao Parque Nacional Iguazú, na Argentina, o Parque integra o mais importante contínuo biológico do Centro-Sul da América do Sul, com mais de 600 mil hectares de áreas protegidas e outros 400 mil em florestas ainda primitivas. 
Por todos esses motivos, há a necessidade de uma responsabilidade toda especial voltada para ações conjuntas, entre brasileiros e argentinos, nos esforços de preservação desse parque de tão rica importância para a humanidade.
Biodiversidade: Lá se encontram espécies representativas da fauna e da flora brasileiras, das quais algumas ameaçadas de extinção, como a onça-pintada (Pantheraonca), o puma (Puma concolor), o jacaré-de-papo-amarelo (Caimanlatirostris), o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o gavião-real (Harpia harpyja), a peroba-rosa (Aspidospermapolyneutron), o ariticum (Rolliniasalicifolia), a araucária (Araucariaaugustifolia), além de muitas outras espécies de relevante valor e de interesse cientifico.
Teste Aula 03 -
1. Com a instalação da corte e do governo de Portugal no Rio de Janeiro, o Brasil:
-> deixou, na prática e definitivamente, de ser uma colônia.
2.O que significa tombamento?
-> Um ato administrativo do Poder Público com objetivo de preservar um monumento, um edifício, conjunto de edifícios ou objetos de significado especial para a cultura e memória brasileira.
3. Em Congonhas do Campo, no Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, existe um conjunto arquitetônico e urbanístico importante com predominância do estilo barroco. Dois artistas do barroco mineiro tiveram destaque em obras de arte no local. Quais são esses artistas:
-> O Mestre Aleijadinho e o Mestre Athayde
4. O Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos,em Congonhas do Campo, MG, considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1985, ganhou o título pelo seu conjunto urbanístico e arquitetônico. O Santuário possui qual importante obra do Mestre Aleijadinho?
-> O conjunto de esculturas dos Profetas.
5. Em 1983, a UNESCO reconheceu como Patrimônio Histórico Mundial as Missões Jesuíticas Guarani e as Ruínas de São Miguel das Missões (RS). Nesse local estão localizados vestígios de uma sociedade indígena que fora catequizada pelos padres jesuítas. Sobre ele , podemos dizer que:
-> Ele se organizou em territórios do Rio Grande do Sul,no Brasil, e em países como a Argentina, o Paraguai e o Uruguai;
 Na região, viviam índios guaranis catequizados; 
 No lugar se encontra o Museu das Missões.
6. Sobre o Parque Nacional do Iguaçu, considerado patrimônio Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, em 1986, podemos dizer que: 
-> Ele se une ao Parque Nacional do Iguazú, na Argentina, pelo rio Iguaçu; 
 -Foi descoberto por expedicionários espanhóis, comandados pelo conquistador e governador da Colônia do Prata, no período da América colonial; 
 -O local possui áreas protegidas e uma grande parte da Mata Atlântica presente na região sul do Brasil. 
7. A cidade de Ouro Preto foi o primeiro patrimônio mundial tombado pela UNESCO, no Brasil. Quais foram os critérios usados por essa instituição para o tombamento?
-> Em virtude do seu conjunto urbanístico e arquitetônico, representativos do barroco e do renascimento;
8. O segundo patrimônio da Humanidade declarado pela UNESCO no Brasil foi o centro histórico de Olinda, em 1982. Sobre esse local, podemos dizer que:
-> A cidade foi fundada por Duarte Coelho Pereira, em 1537, para sediar a Capitania Hereditária de Pernambuco. 
-> O desenvolvimento da cidade esteve muito ligado à produção da cana-de-açúcar, uma vez que o local possuía muitos engenhos. 
-> A cidade preserva o traçado urbano e a paisagem da vila desde a época da sua fundação, no século XVI, por Duarte Coelho Pereira. Por essa razão, o Centro Histórico de Olinda é um dos mais antigos do país. 
9. Qual tipo de museu pode-se enquadrar a Cidade Histórica de Ouro Preto?
-> Museu a céu aberto.
10.O Parque Nacional do Iguaçu (PR) foi instituído como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, em 1986. A região era habitada pelos índios guaranis e foram os expedicionários espanhóis, comandados por Cabeza de Vaca, governador da Colônia do Prata, os seus descobridores. Cabeza de Vaca chamou as cataratas de Saltos de Santa Maria. Por sua beleza, biodiversidade e importância o lugar atrai milhares de turistas todos os anos. Com que país(es) da América do Sul , este monumento natural faz fronteira:
-> Argentina
11. A partir do desenvolvimento dos conceitos de bem cultural e natural, a UNESCO vem estabelecendo lugares de expressiva relevância ao redor do mundo. No Brasil temos 19 bens considerados da Humanidade pela UNESCO. Sobre esse assunto, podemos dizer que:
 - O centro histórico da cidade de Ouro Preto foi o primeiro a ser considerado como Patrimônio da Humanidade, em 1980.
 - A concessão do título foi em virtude de seu conjunto urbanístico e arquitetônico, predominantemente barroco e parte dele renascentista.
 - A cidade foi criada em pleno período do ouro e foi a capital da então capitania de Minas Gerais .
12. O Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas do Campo, foi considerado patrimônio mundial pela UNESCO, em 1985. Sobre o tema é correto dizer que: 
-Ele foi tombado em razão do seu conjunto arquitetônico com predomínio do estilo barroco.
-Seu conjunto arquitetônico tem obras do Mestre Athayde e do Mestre Aleijadinho.
-No conjunto arquitetônico há um importante monumento que são as esculturas dos profetas.
13. As ruínas Guarani e de São Miguel das Missões constituem um patrimônio da História do Brasil e do mundo. Elas foram consideradas pela UNESCO, em 1985, como Patrimônio Histórico Cultural da Humanidade, em razão de sua História ímpar. Essas ruínas não existem só no Brasil, mas também em outros países da então América colonial. Em quais países da América do Sul elas estão localizadas?
-> Argentina, Paraguai e Uruguai.
14. O Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939, foi considerado Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, em 1986. Ele tem com um dos seus principais atrativos turísticos:
- a observação das Cataratas do Iguaçu.
Aula 04
Plano Piloto de Brasília (1987).
Com seu estilo modernista e com seu conjunto urbanístico e arquitetônico inigualável, o Plano Piloto conseguiu reunir os elementos necessários à sua candidatura e à sua posterior aprovação.
A construção de Brasília teve início em 1956 e foi concluída em tempo recorde: em cinco anos. 
Portanto, embora Brasília tenha começado a ser construída em 1956, sua idealização remonta ao século XIX. Devido ao seu desenho geométrico, o Plano Piloto de Brasília concretiza o pensamento urbanístico internacional dos anos 1950 e traduz os princípios da Carta de Atenas, de 1933, lançada por arquitetos modernistas reconhecidos em todo o mundo. Com a execução do Plano Piloto de Brasília, a experiência nacional se destacou pela grandiosidade da ação: não só finalizou um processo histórico, como também efetivou uma estratégia de desenvolvimento e de autoafirmação brasileira.
1960 - A transferência efetiva dos órgãos governamentais.
Em virtude de seu traçado original e de suas inigualáveis construções idealizadas pela dupla formada pelo urbanista Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, Brasília foi o primeiro bem moderno inscrito pela Unesco na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, em dezembro de 1987. O Congresso Nacional (com a praça dos três poderes), a Catedral Metropolitana e o Palácio da Alvorada são alguns dos mais belos monumentos da capital da República. São pontos essenciais para serem conhecidos por quem visita a cidade. Atualmente, Brasília também é a sede de um dos mais importantes festivais de cinema do Brasil, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Parque Nacional da Serra da Capivara (1991).
A concessão do título se deu em virtude de suas pinturas rupestres e pelo seu peculiar conjunto urbanístico e arquitetônico.
Localizado no estado do Piauí, o Parque Nacional da Serra da Capivara possui, ao todo, 912 sítios arqueológicos. Desses, 657 apresentam pinturas rupestres espalhadas por paredões de rochas sedimentares. As antiquíssimas pinturas – uma delas com cerca de 10.530 anos – indicam que a presença humana no continente americano pode ser muito mais antiga do que admitem as teorias clássicas.
O lugar se torna ainda mais especial devido ao fato de que estudos realizados no parque indicam que o ser humano chegou à região há aproximadamente 50 mil anos. Muitos foram os fatores que determinaram a fixação humana ali, dentre os quais destacam-se: a presença da floresta tropical úmida e da planície coberta pela savana, além dos grandes animais, como mastodontes, preguiças e tatus gigantes.
Hoje, quem administra o Parque Nacional da Serra da Capivara é o grupo privado da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O parque oferece estrutura adequada para os visitantes, com trilhas demarcadas e guias especializados.
Ainda no campo das descobertas arqueológicas, sabe-se que, em 1975 e em 1978, a França disponibilizou verbas para a realização de pesquisas no local. Com o andamento positivo dos estudos, instituições brasileiras começaram a atuar em parceria com as francesas e, em 1981, foi encontrado carvão com mais de 48 mil anos de existência. Desde então, as pesquisas não pararam e descortinaram a espetacular riqueza cultural e histórica existente na região.
Com o desenrolar dos estudos, as teorias sobre o povoamento das Américas sofreram uma revolução. Verificou-se, nos mais de 900 sítios abertos à visitação no parque, que o homem pré-histórico havia deixado suas marcas por todas as partes do lugar: os pesquisadores encontraram ferramentas, restos de utensílios de cerâmica e sepultamentos.
Centro histórico de São Luís do Maranhão (1997). - Situada a 2 graus abaixo da Linha do Equador, a ilha de São Luís tem o privilégio de ser banhada por águas de temperatura amena e está bem no centro do extenso litoral maranhense.
Essa região foi, no passado, um polo de exploração de diamantes, o que inspirou o nome do município. Toda a renda gerada, no período colonial, pela extração daquele mineral permitiu que fossem construídas edificações religiosas e residenciais em seu Centro Histórico, com grande apuro técnico e estilístico expresso nos mais diversos materiais importados da metrópole. À guisa de detalhamento histórico, pode-se informar que o Arraial do Tijuco, mais tarde Diamantina, teve sua origem em uma política isolacionista implantada em 1731 pela Coroa portuguesa, para isolar a região rica em diamantes. Essa sociedade diamantina nasce sofisticada e afeita às artes, em sintonia com a Corte e com Salvador – que era a capital naquela época.
Em meados do século XIX, a África do Sul passa a se destacar no cenário internacional pelas suas gemas, o que faz com que Diamantina caia no ostracismo no que tange à exploração dessa pedra preciosa, redirecionando a atenção dos exploradores. Somente em 1980, a cidade renova seus ares culturais, pois é implantada a universidade e estabelecida a expansão das atividades turísticas naquela localidade. 
O tempo passou e a cidade de Diamantina enfrentou um processo de estagnação. Apesar disso, a beleza dos traçados arquitetônicos foi preservada. Especificamente falando do seu centro histórico, a maioria das edificações é simples, com o predomínio da cor branca nas paredes e cores vivas nas portas e nas janelas. Outro destaque que os visitantes precisam perceber é representado pelos elementos evocativos da arquitetura luso-árabe, como treliças e muxarabis. As ruas, constituídas por pedras irregulares, têm ao centro as tradicionais capistranas, que são calhas em pedras maiores, cuja finalidade é facilitar o escoamento das águas e a caminhada dos transeuntes.
Outros pontos interessantes são o MercadoPúblico (que antigamente era um rancho de tropeiros onde se reuniam as tropas de mulas, e que mais tarde se transformou em Mercado Municipal e ponto de encontro da cidade) e a Casa do antigo Colégio da Glória (com seu passadiço elevado, feito de madeira).
Diamantina possui um dos conjuntos arquitetônicos e urbanísticos mais bem preservados do Brasil. Além disso, a cidade ainda conta com numerosos e significativos monumentos que enriquecem ainda mais a História da Arte e da Arquitetura dos séculos XVII, XVIII e XIX. Logo, o turista mais atento perceberá que o centro histórico de Diamantina é repleto de belos monumentos e construções históricas de séculos passados. Além do Mercado Municipal, a antiga “capital dos diamantes” também conta com a Igreja Nossa Senhora do Carmo. 
#Vesperata – presença de serenatas para o público visitante. Ela é tão prestigiada que acontece várias vezes, de março a outubro, e encanta moradores e visitantes pelas ruas do centro histórico de Diamantina.
Reserva da Mata Atlântica do Sudeste (SP/PR) (1999).
A Reserva de Mata Atlântica do Sudeste, nos estados do Paraná e São Paulo, recebeu destacada importância por conter alguns dos exemplos das melhores e mais extensas áreas de Mata Atlântica no Brasil. Essa região possui 25 áreas protegidas (cerca de 470.000 hectares no total) e ostenta a riqueza biológica e a história evolutiva dos últimos remanescentes florestais do Atlântico. Contém montanhas cobertas por florestas densas, zonas úmidas, ilhas costeiras com dunas e montanhas isoladas – tudo aquilo que pode representar um rico ambiente natural de grande beleza cênica.
No que tange à fauna, impressiona a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, aquelas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar. Estão classificadas da seguinte forma: 73 mamíferos, entre elas 21 tipos de primatas, 160 aves, 183 anfíbios. Entre os primatas mais conhecidos, estão o mono-carvoeiro (muriqui) e o mico-leão-dourado. Em meio às aves, destaca-se o papagaio-de-cara-roxa.
As Reservas do Sudeste da Mata Atlântica possuem as seguintes unidades de conservação: 
a) Parques Nacionais: Superagui e Saint-Hilaire/Lange;
b) Parques Estaduais: Carlos Botelho, Graciosa, Intervales, PETAR , Pau-Oco,Pariquera-Abaixo,Ilha do Cardoso, Jacupiranga, Lauraceas e Pico do Marumbi; 
c) Estações Ecológicas: Juréria-Itatins, Chauás, Ilha do Mel, Guaraguaçu, Guaraqueçaba e Xituê; 
d) Áreas de Proteção Ambiental (APA): Complexo Estuarino-Lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá, Serra do Mar, Ilha Comprida e Guaraquebaça;
e) Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): Salto Morato e Sebuí.
Mata Atlântica da Costa do Descobrimento (BA/ES). (1999)
Sobre a Reserva de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento, situada entre a Bahia e o Espírito Santo, sabe-se que ela é composta por oito áreas protegidas em separado. Ela contém 112.000 hectares de Mata Atlântica e arbustos associados (restingas). Com isso, é de se esperar que as florestas tropicais da costa Atlântica do Brasil sejam as mais ricas do mundo em termos de biodiversidade. 
Além disso, sabe-se que essas Reservas da Costa do Descobrimento possuem os remanescentes mais preservados de Mata Atlântica no Nordeste do Brasil. Portanto, têm incalculável valor simbólico por abrigarem as paisagens ainda intactas que testemunharam o nascimento de uma grande nação (o Brasil). Essa região conta com 8 Unidades de Conservação: as Reservas Biológicas de Una e Sooretama; as RPPNs Pau Brasil, Vera Cruz e Linhares; e os Parques Nacionais Pau Brasil, Monte Pascoal e do Descobrimento.
O lugar também apresenta um grande número de espécies endêmicas. Entre as mais conhecidas estão a do mico-leão-de-cara-dourada e a do macaco-prego-de-peito-dourado. Lá podemos também encontrar exemplares de "pau brasil", a madeira brasileira que deu origem ao nome do país.
Toda essa região representa uma testemunha extraordinária da primeira ocupação europeia no continente americano. Alguns dos exemplos mais marcantes são o centro histórico de Porto Seguro, Vale Verde, Trancoso e Santa Cruz de Cabrália. As ruínas da primeira igreja do Brasil se encontram no topo de uma falésia ao norte de Porto Seguro.
Teste aula 04 -
1.Com seu estilo modernista e com seu conjunto urbanístico e arquitetônico inigualável, o Plano Piloto conseguiu reunir os elementos necessários à sua candidatura a PATRIMÔNIO CULTURAL. De qual cidade se refere o texto?
R - Brasília.
2.Sabe-se que no Parque Nacional da Serra da Capivara no Piauí há arte:
R - Rupreste
3. Sobre o Plano Piloto de Brasilia, podemos dizer:
R - José Bonifácio de Andrada e Silva foi quem propôs a criação de uma nova capital no interior do país, em 1823.
Após a ideia da mudança da capital ter sido engavetada, o desejo de se fazer a transferência só foi retomado em 1955.
A construção de Brasília teve início em 1956 e a transferência completa dos órgãos do Governo aconteceu ao longo dos anos 1960
4. O plano piloto de Brasília é de autoria de:
R - Lucio Costa
5. A Costa do Descobrimento,tombada como Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO, em 1999, é cercada de diversos atrativos naturais. O local possui condições favoráveis para o turismo de aventura e para o ecoturismo. A região testemunhou a ocupação europeia no continente americano e possui localidades importantes para a nossa cultura e História. São locais dessa região:
R - Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro e Trancoso
6. Sobre a Reserva de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento, sabemos que ela além de uma importância enorme para o patrimônio natural, possui também um grande valor simbólico. Por que razão esse local representa um grande valor simbólico para o Brasil?
R - Porque ele abriga as paisagens ainda intactas que testemunharam o surgimento do Brasil e a chegada dos portugueses ao país.
6. O centro histórico da cidade de São Luís do Maranhão teve a colonização marcada por três povos europeus: holandeses, franceses e portugueses. No entanto, houve a presença de escravos de origem africana no local também, sobretudo, a partir do século XVII. Sobre esse assunto, podemos dizer que:
- São Luís é o terceiro centro mais denso de povoamento de origem negra do Brasil, só perdendo para o Rio de Janeiro e Salvador;
- Há em São Luís um museu dedicado aos escravos que viviam lá, o Museu do Negro. A origem do museu está na Cafua das Mercês, lugar onde eram colocados os escravos, assim que chegavam da África; 
- Os escravos em São Luís organizavam os seus cultos religiosos e culturais na cidade como o Tambor de Crioula, o Tambor de Minas, a Festa do Divino e o Bumba-meu-Boi, patrimônios culturais brasileiros;
7. O centro histórico de São Luís do Maranhão foi considerado patrimônio da humanidade no ano de 1997 pela UNESCO. São Luís é uma cidade que teve a influência de vários povos durante o período colonial. Qual foram essas?
- Portugueses, holandeses, Africanos e franceses. 
8.A cidade histórica de Diamantina (MG) recebeu o título de Patrimônio da Humanidade, em 1999, da UNESCO. A cidade foi um pólo de exploração de diamantes, no período colonial. Ela recebeu o nome de Arraial do Tijuco e mais tarde Diamantina, em função da extração mineral. Sobre essa cidade mineira, podemos dizer que: 
- A renda gerada no período colonial, da extração do diamante, serviu para construir prédios religiosos e residenciais em seu Centro Histórico;
- As edificações construídas em Diamantina tinham um refinamento técnico e estilístico, com o uso de materiais variados importados da Europa;
- A região nasceu isolada do restante da colônia, em função de uma política isolacionista, que data de 1731, para preservar o local; 
- Podemos dizer que Diamantina foi tão sofisticada e ligada às artes, quanto a Corte e Salvador, então capital da colônia.
9. Em 1999, o centro histórico da cidade de Diamantina (MG) recebeu o título de Patrimônio da Humanidade. Essa região teve a sua origem em uma política isolacionista implantada pela coroa em 1731. O isolamento da região, tevealgumas consequências, as quais podemos destacar:
- O surgimento de uma sociedade sofisticada e ligada às artes.
10. A cidade de Brasília foi tombada pela UNESCO, em 1987, como Patrimônio Cultural da Humanidade. Sobre essa cidade e o seu tombamento como patrimônio da humanidade, podemos afirmar que: 
- O plano piloto foi traçado por Lúcio Costa, mentor da arquitetura moderna do país, e seus principais edifícios públicos projetados por Oscar Niemeyer, o maior expoente da arquitetura brasileira do Século XX. 
- Brasília representou um evento estético, cultural e político único na história do Brasil e um capítulo marcante na história contemporânea ocidental. 
- Brasília atraiu milhares de migrantes nordestinos para a região. 
11. Um turista que realiza uma visita na cidade histórica de Diamantina, poderá encontrar uma arquitetura rica, sofisticada e muito preservada. Sobre essa arquitetura, é correto dizer que:
- Nela há elementos da arquitetura luso-árabe, com treliças e muxarabis.
Aula 05 – Patrimônio Cultural e Natural.
Complexo de Áreas Protegidas da Amazônia Central. (2003).
A região fica localizada próxima a Manaus e aos rios Negro e Solimões.
Três anos antes, em 2000, a Unesco havia reconhecido a área amazônica do Parque Nacional do Jaú (segundo maior em extensão do Brasil). Com o Complexo, a área de preservação foi expandida, sendo incorporadas a Estação Ecológica de Anavilhanas (considerada um dos maiores complexos fluviais do mundo), a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Amanã e parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. Essas áreas juntas somam 6 milhões de hectares, o que corresponde a uma área maior do que o estado do Espírito Santo (que tem 4,6 milhões de hectares).
Em 1999, essas quatro unidades foram consideradas “áreas de extrema importância”. Na ocasião, a Unesco exigiu que, a médio prazo, o Brasil implementasse fiscalização nas mais de 400 ilhas de Anavilhanas.
O reconhecimento do Complexo reforçou a importância das reservas ali representadas para a conservação da biodiversidade amazônica. Isso ajudou a enfatizar internacionalmente a relevância da região, bem como a destacar a disposição do Brasil em fazer tudo para garantir a conservação do local.
Um aspecto de destaque positivo é o fato de que as áreas em que estão Anavilhanas, Jaú, Amanã e Mamirauá não fazem parte do eixo de desenvolvimento planejado para a Amazônia. Com isso, a preservação dessa região pode garantir aumento de renda para as comunidades locais caso seja bem conduzida principalmente pelo turismo.
Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (2000).
Se tornou patrimônio devido à sua grandeza e extensão ambiental: aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados de superfície, formando a maior planície inundável contínua do planeta.
O complexo abrange áreas da Bolívia, do Paraguai e do Brasil, sendo que aqui estão 70% de toda a região pantaneira. O Pantanal representa uma grande depressão na crosta terrestre (originada no período pré-andino), onde deságuam muitos rios vindos do planalto. Justamente por se tratar de uma depressão, quase todo o Pantanal fica inundado na estação das chuvas. Nos períodos secos, por outro lado, a área se transforma num pontilhado de pequenas lagoas. Elas, por sua vez, representam, então, refúgio de milhares de animais. A vegetação é caracterizada pela savana, mas sofre influência da região amazônica ao norte (onde, por esse motivo, existem elementos dos dois ecossistemas).
O Pantanal concentra a maior densidade faunística da América, por causa das características do solo, do relevo, do ciclo das águas e do clima. Isso gera uma cadeia alimentar riquíssima. Há mais de 230 espécies de peixes, 80 de mamíferos, 50 de répteis e 650 de aves aquáticas. Existe um grande investimento no ecoturismo, no sentido de se trabalhar com a preservação de sua exuberante fauna, que está ameaçada de extinção.
No Brasil, assim como em outros lugares do mundo, existe muita pressão no sentido de que os governos possam liberar a visitação pública em áreas protegidas, principalmente nos Parques Nacionais. Por esse motivo, esses locais carecem de ações de planejamento e manejo adequados. Isso não é tarefa fácil, uma vez que, na área próxima ao Complexo, aproximadamente 20 famílias vivem na região sobrevivendo da coleta de iscas vivas e dependendo do turismo de pesca desenvolvido no local.
Centro histórico de Goiás. (2001)
Recebeu o titulo devido ao seu conjunto urbanístico e arquitetônico, com predomínio dos estilos colonial e eclético. Sua preservação oficial começou em 1978, ano em que o sítio tinha sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Possui aproximadamente 486 imóveis tombados e cerca de 1200 bens móveis (mobílias e outras obras de arte). 
A região do atual Goiás Velho se desenvolve nas primeiras décadas do século XVIII com a chegada dos bandeirantes paulistas à busca de ouro. Entre esses primeiros exploradores encontramos Bartolomeu Bueno da Silva, que, em 1722, funda o Arraial de Sant’Ana às margens do Rio Vermelho. Esse arraial foi anexado, em 1736, à Vila Boa de Goiás para desempenhar um papel estratégico no combate aos espanhóis que contrabandeavam o ouro na região. Cabe informar que o nome Goiás advém dos índios da etnia Goiá, que habitavam a área à época da colonização.
Na segunda metade do século XVIII, houve um declínio da extração mineral na região, influenciando na arquitetura local, o que nos legou uma cidade com simplicidade ímpar naquela área, mas, ao mesmo tempo, com o maior número de construções protegidas pelo Patrimônio entre as unidades federativas. Goiás foi capital do estado de mesmo nome até 1930. A partir de então, a recém-formada Goiânia passou a ser a capital.
Portanto, devido à sua relevância histórica, ao seu traçado, à sua arquitetura e ao fato de a cidade histórica de Goiás ter se tornado exemplo de urbanicidade com características europeias, o local recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade em 16 de dezembro de 2001. Logo, a arquitetura do século XVIII em estilo barroco e as manifestações tipicamente interioranas representam atrativos para os turistas.
Áreas protegidas do Cerrado - (Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas) (2001).
Essas áreas estão localizadas entre o Sudoeste de Goiás e próximas às divisas entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Diferentemente dos outros parques nacionais, sua área foi doada pelo fazendeiro Filogônio Garcia para que fosse preservada. No entanto, por falta de demarcação e de legislação que funcionasse, o parque perdeu 90% de sua área original para fazendeiros e posseiros, cujo uso atual está relacionado ao cultivo de soja, algodão, girassol e outros grãos.
Trata-se de locais onde se encontram algumas das mais antigas formações rochosas do mundo, com cânions e cachoeiras diversas, o que acaba atraindo muitos turistas. Além de belas paisagens, essas áreas também contam com uma fauna digna de destaque: o cervo do pantanal, o veado-campeiro (cuja caça deu nome à chapada), o lobo-guará, a ema, a anta e tantos outros animais. Quanto à flora, destacam-se o pau d’arco roxo, a aroeira, a tamanqueira e o babaçu.
Os cristais também configuram no rol de interesse turístico. Eles contribuem para a atividade econômica e motivam a visitação feita por esotéricos e pessoas atraídas por questões de terapias alternativas.
No Parque das Emas, existem 400 km de estradas, campo de pouso, Centro de Visitantes, alojamento para pesquisadores, guias credenciados e condutores autorizados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Existem três tipos de trilhas no local: trilha interpretativa (para identificação da vegetação e para interpretação dos animais pelas pegadas, fezes e alimentos consumidos), trilha motorizada (de ônibus ou de carro, para observação, de animais escondidos no cerrado) e trilha em mata ou em campo (feita por meio de caminhada, para poder tocar a natureza, sentir o caminho, ver bem de perto aves, lagartos,

Continue navegando