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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS KOGAN: Sistema de decisão para uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente numa estratégia de manejo baseada em analises de custo beneficio que levam em conta o interesse e/ou impacto nos produtores, sociedade ou ambiente. Controle físico: armadilhas luminosas; Controle biológico: predadores parasitóides e patógenos; Controle químico: inseticidas seletivos e biológicos; Controle por comportamento: fenômenos sexuais, atraentes ou repelentes; Resistência de plantas: cultivares resistentes; Controle cultural: práticas agronômicas e rotação de culturas. PRAGAS: Dentro de um conceito mais moderno, uma espécie é tida como praga se em curto espaço de tempo é capaz de se multiplicar rapidamente e atingir um nível populacional que cause dano econômico a cultura; Esse conceito depende dos seguintes fatores: Fatores ecológicos: nível populacional e época de ocorrência; Fatores econômicos: Valor econômico; Objetivos da cultura; Custo de controle; Fatores sociais: Desenvolvimento da região; Momento histórico. Fatores culturais: nível técnico do agricultor HISTÓRICOS DO MIP: Crendices = benzedeiras; Métodos culturais: Destruição de restos de cultura; Rotação de culturas; Época de plantio para evitar a ocorrência de pragas. Século XVIII utilização de substâncias: urina, tabaco em pó, cal e cinza; Em 1882 foi descoberta a calda bordaleza = controle químico de doenças; O controle químico de pragas iniciou em 1870 com o surgimento do Verde de Paris; Segunda Guerra Mundial = desenvolvimento da química orgânica industrial; Após algumas décadas se transformou em mais um problema: Uso indiscriminado; Utilização de doses maiores a cada ano para o mesmo grupo de insetos; Aplicações mais freqüentes e de produto mais potentes; Ressurgência de pragas; Pragas secundárias mudaram de status; Intoxicação de operadores; Contaminação ambiental; Elevação dos custos de produção. O MODELO ATUAL DE AGRICULTURA: Extrativista; Em algumas áreas é usado o plantio direto onde os restos retornam; É baseado numa monocultura com sucessão. CONDIÇÕES PRAGA: Esta condição é estabelecida em função do tipo de injúria e da quantidade de dano causado pela população de insetos; O passo inicial da implementação do MIP esta na identificação do problema: Agente causal; Identificação de um determinado sintoma na planta, como: Clorose: ácaros, trips e deficiência nutricional; Inseto sugador; Fitopatógeno; Deficiência nutricional Ação fitotóxica de herbicida. PRAGAS – CHAVE: São aqueles insetos que de uma maneira geral estão sempre presentes na cultura em níveis populacionais relativamente altos e provocam um tipo de injúria que pode acarretar em perdas significativas. EX: lagarta da soja. PRAGAS OCASIONAIS: São aqueles insetos que embora presentes na cultura normalmente sejam mantidos em níveis populacionais relativamente baixos e provocam um tipo de injúria menos significativo. EX: lagarta-falsa- medideira. CRESCIMENTO POPULACINAL DOS INSETOS: FATORES INDEPENDENTES DA DENSIDADE POPULACINAL FATORES CLIMATICOS: Radiação solar e temperatura; Luz (intensidade e fotoperiodo); Umidade relativa e pluviosidade; Vento e pressão. FATORES FÍSICOS NÃO CLIMATICOS: Edáficos; Da planta cultivada; Gravidade e som. FATORES DEPENDENTES DA DENSIDADE POPULACIONAL FATORES ALIMENTARES: Disponibilidade de alimentos. FATORES BIÓTICOS: Competição intra-específica; Competição interespecífica. ATUAÇÃO DESSES FATORES: Determinando sua distribuição geográfica; Alteram as taxas de fecundidade e mortalidade; Favorecem o surgimento de modificações adaptativas na sua biologia (Diapausa = estado fisiológico em que o inseto entra em estado de dormência, quando alguma condição ambiental o deixa sem condições para se desenvolver.) Pb = Pr – Ra Pb = potencial biótico rs = razão sexual Pr = (rs x d) Pr = potencial de reprodução d = Nº de descendentes/geração rs = nº fêmeas /nº fêmeas + nº machos Ra =resistência do ambiente n = Nº de gerações Exemplo: Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis): d = 300 ovos / geração n = 4 gerações / ano rs = 0,5 (1 macho para 1 fêmea) Pr = (0,5 x 300) = 150 Pr = 506250000 indivíduos descendentes de um único casal KNIPLING = a população de insetos cresce 5 vezes em média/ geração P = 300 F1 = 1500 F2 = 7500 F3 = 37500 F4 = 187500 indivíduos descendentes de um único casal ao final de 1 ano Pr =506250000 F4 = Pb = 187500 Pb = Pr – Ra Ra = 506062500 (redução de 99,96% na população do potencial da praga) NÍVEIS POPULACIONAIS PARA FINS DO MIP: NIVEL DE EQUILIBRIO: (NE = V) Representa a densidade média da população do inseto durante um longo período de tempo na ausência de mudanças permanentes no ambiente; NÍVEL DE CONTROLE: (NC) Representa a densidade populacional nas quais medidas de controle devem ser tomadas para evitar os prejuízos econômicos; NÍVEL DE DANO ECONÔMICO: (NDE) Representa a maior densidade populacional capaz de causar perdas econômicas significativas ao agricultor; 1.Qual é o fator mais importante para controlar pragas. O nível de controle ou o nível de dano econômico? R: É o nível de controle, pois está associado sempre ao inicio do aparecimento da praga, nem sempre a praga se desenvolve de uma maneira que cause dano á cultura. No nível de dano econômico o dano da praga causa perdas iguais aos custos das medidas de controle, no entanto o controle é feito no N.C., pois se necessita de uma margem de segurança. CLASSIFICAÇÃO DAS PRAGAS EM FUNÇÃO DOS NÍVEIS PRAGAS NÃO ECONÔMICAS: Quando sua densidade populacional raramente ultrapassa o NDE ou população geral de equilíbrio (PGE). PRAGAS OCASIONAIS: Quando sua densidade populacional ultrapassa o NDE em condições especiais, como condições climáticas atípicas ou uso indevido de inseticidas. PRAGAS PERENES: Quando a densidade populacional atinge o NDE com freqüência. O que é praga severa? De um exemplo? PRAGAS SEVERAS: Quando a densidade populacional está sempre acima do NDE caso medidas de controle não sejam adotadas. EX: quando os insetos transmitem doenças (vírus). Ex: pulgão-do-trigo. ETAPAS DA IMPLEMENTAÇÃO DO MIP: Reconhecimento das pragas mais importantes (pragas-chave): Identificação taxonômica; Bionomia das pragas chaves (biologia, hábitos, etc.); Avaliação dos inimigos naturais (mortalidade natural no agroecossistema): Técnica de criação (nutrição) de inimigos naturais para liberação; Técnicas de produção de patógenos; Estudo de fatores climáticos que afetam a dinâmica populacional da praga e seus inimigos naturais; Determinação dos níveis de dano econômico e controle: Fenologia da planta; Prejuízos da praga, custo do controle e preço da produção; Avaliação populacional; Avaliação do(s) método(s) mais adequado(s) para incorporar num programa de manejo. TIPOS DE DANOS: DIRETOS: Destruição completa da planta hospedeira ou danificam as partes da planta que será colhida. EX: mosca-das-frutas, broca do tomate e desfolhadores de hortaliças. INDIRETOS: Destruição de parte da planta hospedeira, reduzindo sua capacidade fotossintética ou absorção translocação de nutrientes para os frutos tubérculos ou outras partes que sirvam para colheita. TOXINAS: Alguns insetos quando se alimentam ou ovipositam injetam substâncias tóxicas nas plantas, as quais alteram o seu crescimento, desenvolvimento, reprodução ou mesmo a sua morfologia. Ex: percevejo da soja. TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS: Alguns insetos apresentam grande interação com fungos, bactérias, vírus, etc. causadores de doenças de plantas e atuam como agentes de disseminação. Nesse grupo estão os insetos consideradospragas severas. EXSUDATOS: Alguns insetos, em especial os pertencentes à Ordem Hemiptera (Sternorrhyncha) excretam substâncias açucaradas, que quando depositadas sobre a planta, favorecem o desenvolvimento de fungos, que reduzem a área fotossintética da planta; Também afetam a qualidade dos frutos e atraindo outros insetos, estabelecendo associações. TÉCNICAS DE ESTIMATIVAS POPULACIONAIS MÉTODOS ABSOLUTOS: A medida é expressa por unidade de área ou habitat; São métodos utilizados para estudos ecológicos básicos; Marcação e recaptura; Coleta por remoção. MÉTODOS RELATIVOS: A medida é expressa em termos de população por armadilha. Sua eficiência depende de vários fatores (essências florestais e fruticultura): ÍNDICES DE POPULAÇÃO: Fornecem a medida dos produtos metabólicos (fezes )ou dos efeitos (danos nas plantas), sendo necessário correções matemáticas par convertê-los em dados da população absoluta. EXÚVIAS: Ex: Lagartas de essências florestais, cuja população ocorre no solo, sob as árvores; Após a emergência dos adultos pode-se avaliar a população separando-se as exúvias e contando-as; Esse método pode ser utilizado para Erinnys ello quando ataca seringueira. FEZES FRASS: Coleta de fezes de lagartas sob as plantas pode também servir par estimar a população; Para esta avaliação, coletam-se no campo as fezes, com coletores especiais e através de cálculos de digestibilidade estima-se a população dos insetos. SECREÇÕES: Utilizado para aqueles insetos que produzem secreções variadas, especialmente pulgões e cochonilhas (honeydew). ARMADILHAS QUE EXIGEM A PRESNÇA CONSTANTE DO OPERADOR: REDE ENTOMOLÓGICA = varredura Usado para pegar cigarrinhas em algodão ou soja. COLETOR DE SUCÇÃO COSTAL: Armadilha padrão é a D-Vac; Captura de insetos de pequeno porte de várias ordens Diptera e Hymenoptera; No Brasil foi utilizado para predadores de pomar em citrus. CHOQUE DE INSETICIDA: É utilizado em levantamentos de insetos que ocorrem no cacau; Pode ser usado em plantas altas como frutíferas e essências florestais; Antes da aplicação deve ser estendido um lençol branco sob a planta pulverizada MÉTODO DO PANO: Utilização de um pano ou plástico de coloração branca; Mais utilizado na cultura da soja para amostragens de lagartas e percevejos; Esse método é 2,6 a 8,7 vezes mais eficiente que o pano de varredura. ASPIRADOR DE TUBO: Utilizado com freqüência em laboratório FLOTAÇÃO: É utilizado para estudos de ocorrência de Blissus antillus = percevejo das gramíneas PRAGAS DO SOLO: MACROFAUNA: é utilizado um sistema de peneiras justapostas com malhas de diferentes tamanhos; MICROFAUNA: armadilhas baseadas no funil de Berlese contendo fonte luminosa para aquecimento. ARMADILHAS QUE NÃO EXIGEM A PRESENÇA DO OPERADOR ARMADILHA DE SUCÇÃO ESTACIONÁRIA: Armadilha padrão é conhecida como Johnson-taylor; Desenvolvido pelo IAC em SP; Finalidade é amostrar insetos em vôo. ARMADILHA DE MALAISE: Finalidade capturar insetos em vôo. ARMADILHA TIPO JANELA: É um suporte retangular para uma lamina vertical de vidro com um reservatório de água e detergente; É utilizado em florestas para capturar besouros em vôo. ARMADILHAS ADESIVAS: É pincelado co cola Stick; Composta por plástico fino; Usada para capturar insetos da ordem Hemiptera, Diptera e Hymenoptera. ARMADILHA DE FEROMÔNIOS: Utilizam como atraente feromônio sexual sintetizado e impregnado em cápsulas de borracha; Podem ser utilizadas também fêmeas virgens colocadas na armadilha em gaiolas próprias. ARMADILHA LUMINOSA: É usada para coletar insetos noturnos ou crepusculares fototrópicos +; ARMADILHA DE ISCAS: São armadilhas com diferentes características e que utilizam uma isca alimentar para atrair e capturar os insetos; Ex: moleque-da-bananeira. AMOSTRAGENS: DEPENDE DOS SEGUINTES FATORES: PESSOAL: Diz respeito ao conhecimento que o entomologista deve ter sobre a cultura (as pragas e seus inimigos naturais); A amostragem é efetuada pelo inspetor de pragas (pragueiro). MECÂNICO: Diz respeito aos aparelhos utilizados na amostragem. ECONÔMICO: Diz respeito ao custo da amostragem e a vantagem ou não da sua execução PR = 100/CA x VR PR = precisão relativa CA = custo da amostragem (homem/h) VR = variação relativa que mede a precisão da amostragem, devendo sempre ser menor que 25, pois valores superiores apontam falta de precisão VR = 100 x s/ s = desvio padrão n = nº de dados da amostra m = média das amostras ESTATÍSTICO: É o componente que atribui precisão a amostra. TIPOS DE CAMINHAMENTO PARA AMOSTRAGEM DE INSETOS: Em zigue-zague; Em U; Em cruz; Em pontos TIPOS DE AMOSTRAGEM: CONVENCIONAL: Baseia-se em um nº fixo de amostragens por unidade de área. SEQUENCIAL: O nº de amostras é variável; O operador é conduzido a 3 conclusões: Aceitar a hipótese de não controlar a praga; Aceitar a hipótese de controlar a praga; Continuar amostrando até que as hipóteses anteriores sejam tomadas; Tem em média uma economia de tempo e trabalho 30% em relação à amostragem convencional; EX: ácaros-da-falsa-ferrugem em citrus tem 2 níveis de infestação: 10% para mercado e 20% para indústria; Ex: leprose em citrus: 10% para mercado e 15% para indústria. BIOLÓGICA: Através do uso de dieta artificial; Usado no bicho-furão-dos-citrus; Em 5 anos a praga foi conhecida; Coleta de pelo menos 100 frutos atacados, retirando-se as lagartas e separar por instar Colocar 4 a 10 lagartas de mesmo instar em tubos com dieta artificial, separar 5 tubos por instar; Colocar os tubos no interior de um abrigo de madeira; Isso é feito a partir das 17 horas onde ocorre a postura de insetos. FEROMÔNIOS: É feito no bicho-furão-dos-citrus. ISCAS: Ex: cigarrinhas-das-raízes-da-cana utilizando BIOTRAP; PASSOS: Qual a cor da isca a ser usada? Testar qual altura é colocado o cartão? Localização das iscas. SENSORIAMENTO REMOTO: Esta técnica baseia-se na agricultura de precisão, utilizando satélites sensores; Ex: cochonilha-dos-citrus. MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA CONTROLE DE PRAGAS: Comente sobre o método legislativo: Os métodos legislativos baseiam-se em leis e portarias federais ou estaduais sendo de modalidade diversa, podendo ser: Serviços quarentenários: Objetivam evitar a entrada de pragas exóticas e impedir sua disseminação; É executado pelo serviço de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura; Ocorrem em portos, aeroportos e fronteiras; Atua também nas exportações e importações, impedindo a saída e entrada de produtos infestados por pragas. Medidas obrigatórias de controle: São executadas para a cultura do algodão, em que os agricultores são obrigados a destruir os restos de cultura até 15 de julho de cada ano, para a prevenção contra o ataque da broca e da lagarta, reduzindo também a população do bicudo; No RS obriga a coleta e queima de galhos caídos de acácia negra para reduzir a infestação do besouro serrador Oncideres impluviata. PRAGA QUARENTENÁRIA: É qualquer espécie, raça, ou biótipo vegetal, animal ou agente patogênico, nocivo para os vegetais ou produtos vegetais. Ex: cancro cítrico. MÉTODOS MECÂNICOS: Catação manual: Quando o fruto ainda esta no pé e apresenta fezes onde o animal entrou, é recomendado coletar e não quando o fruto já caiu no chão, pois ai a lagarta já eclodiu; Ex: bicho-furão-dos-citrus = Ecdytolopha aurantiana. Broca-do-abacate = Stenoma catonifer (praga quarentenária); Bicho cesto no cafezal. Esmagamento de ovos e troncos em frutíferas; Formação de barreiras (colas entomológicas); Corte de lagartas com tesouras. 1. COMENTE SOBRE O CONTROLE CULTURAL: MÉTODOS CULTURAIS: Rotação de culturas, controlar o tamanduá-da-soja colocando uma gramínea, fazendo rotação de cultura, pois esse inseto só se desenvolve na soja. Se for semeada uma gramínea no mesmo lugar por um período o controle pode ser feito, porém deve-se cuidar com a lavoura do vizinho. Aração do solo reduz insetos que se alimentam de raízes, para destruir pupasda lagarta-da-espiga-do-milho, expondo os insetos aos raios solares (ação física) ou aos implementos agrícolas (ação mecânica) Época de plantio = inseto mosca-da-panícula-do-sorgo (ataca a flor, antecipando o plantio, pode-se controlar a praga, pois quando a população estiver no campo as panículas estarão todas fechadas); Época de colheita = fugir das pragas de grãos armazenados. Ex: alto índice de ataque de Curculionídeos (Citófagos), o recomendado é antecipar a colheita na maturação fisiológica, mas deve-se ter estrutura para secagem; Destruição dos restos de cultura. Destruir o substrato que pode ser o intermediário. Ex: milho passar uma gradagem mata a (Spodoptera) e no algodão (broca do algodão); Cultura no limpo. Plantar mais longe do mato, o mato serve de abrigo para a praga. Ex: broca-da-figueira (Asophus grifusalis); Poda controle das infestações de cochonilhas, que quase sempre estão infestadas por parasitóides, corta-se o galho com as cochonilhas provocando a sua morte, é bastante utilizado na fruticultura; Adubação e irrigação; Plantio direto: Pulgões = palha residual serve como repelente a esses insetos; Percevejos, crisomelideos e curculionídeos são beneficiados com a palha, quando frio se abrigam nela. O plantio direto é favorável ou desfavorável para o desenvolvimento da lagarta elasmo (broca do colmo)? Desfavorável, sendo um inseto de ambiente mais seco, tem sua atuação prejudicada pela umidade criada no plantio direto. Além disso, a compactação do solo no plantio prejudica a emergência do inseto, e o excesso de matéria orgânica existente nesse sistema serve como fonte alternativa de alimento, diminuindo os prejuízos, visto que a lagarta prefere solos mais secos e arenosos. MÉTODOS DE RESISTÊNCIA DE PLANTAS MÉTODOS DE CONTROLE POR COMPORTAMENTO: Baseiam-se em estudos da fisiologia dos insetos; Vantagens: Não há risco de intoxicações para o homem e o animal; Não apresentam resíduos tóxicos; Evitam desequilíbrios biológicos. Ex: controle com hormônios endócrinos, neuromônios e feromônios sexuais MÉTODOS DE CONTROLE FÍSICO: Fogo (cochonilha-de-pastagem); Drenagem (bicheira-da-raiz); Inundação (cascudo e pragas de arroz); Temperatura (Pragas de feijão); Processos de radiação eletromagnética: Insetos diurnos: cor repelente para controle de pulgões e cor atraente para controle de mosca branca e mosca minadora; Insetos noturnos: infravermelho. Ex: Helicoverpa zea em milho; Luz invisível. MÉTODOS DE CONTROLE AUTOCIDA A técnica baseia-se no principio da utilização do inseto contra os membros da própria espécie; Técnica do inseto estéril (controlar mosca = libera 9 machos/fêmea); Manipulação genética de pragas; Esse método objetiva reduzir o potencial reprodutivo de pragas. PROCEDIMENTOS DE ESTERILIZAÇÃO: QUIMIOSINTETIZANTES: AÇÃO DESSES COMPOSTOS: Impedem a formação de óvulos e espermatozóides; Matam as células reprodutoras após a sua reprodução; Danificam o material genético dessa célula impedindo que a progênie se desenvolva. CAUSAS DA ESTERILIZAÇÃO: Infecundidade das fêmeas; Aspermia ou inativação dos machos; Incapacidade para acasalar; Mutação letal dominante nas células reprodutivas dos machos e das fêmeas. CONTROLE BIOLOGICO DE PRAGAS Parasitóides: não matam seus hospedeiros Parasitas: matam seus hospedeiros. Quais os tipos de liberação de inimigo natural no controle biológico? De acordo com o MIP o controle biológico é apenas um dos métodos de controle de pragas. Sobre controle biológico de insetos resolva as questões: a)cite as 3 estratégias de liberação dos inimigos naturais e comente. Inoculativa: sistemas abertos com baixa variabilidade temporal; Inundativa: sistemas com alta variabilidade temporal; Inoculativa estacional ou sazonal: normalmente feita em casas de vegetação no período de ocorrência da praga. b) cite os 3 tipos de controle biológico e comente: Natural: ocorre sem a interferência do homem; Clássico: é introduzido o inimigo natural em local onde o inimigo natural não existe. Ex: joaninha (Rodolis cardinalis) controlou a cochonilha dos citrus (Icerya purchasi) nos EUA; Por incremento e conservação: existe a interferência do homem criando inimigos naturais em laboratório que são liberados no ambiente, sendo melhorada as condições ambientais para conservar a população de inimigos naturais existentes. Quais os agentes do controle biológico e como eles atuam no inseto praga? Predadores, parasitóides e patógenos; Quanto à atuação no inseto praga deve ser considerado: Especificidade; Alta capacidade de parasitismo; Ciclo de curta duração; Capacidade de busca; Capacidade de sobrevivência mesmo que ocorram fatores adversos como condições climáticas adversas; Facilidade de criar em laboratório. CARACTERISTICAS PREDADORES PARASITOIDES Duração do ciclo de vida Maior que o da presa Menor que o do hospedeiro Ordens Presente em 16 ordens Principais é Diptera e Hymenoptera Ação Rápida Lenta Finalidade Matam a presa para se alimentar Usam o hospedeiro para se desenvolver Especificidade Baixa Alta Atividade Diurna e noturna Diurna Vida Livre em todos os estágios Parasitas na fase jovem Consumo Várias presas Um único hospedeiro Como identificar em uma lavoura de soja o baculovirus (Anticarsia germinatalis)? .1.4. Baculovirus anticarsia - É um vírus que ataca especificamente a largarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) causando uma doença conhecida como "doença-preta". No início, as lagartas mortas apresentam coloração amarelada, corpo mole e com o passar do tempo tornam-se escuras ou pretas. Para funcionar, o vírus tem de ser ingerido pelas lagartas, e dentro de seu corpo multiplica-se, aumentando a quantidade, acabando por matá-las. Depois de uma semana, mais ou menos, as lagartas mortas apodrecem e soltam mais vírus sobre a soja, matando outras lagartas sadias que vão nascendo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO HÁBITO ALIMENTAR: MASTIGADORES: Consomem a presa totalmente; Ex: Carabidae e Coccinelidae. SUGADORES: Sugam os fluídos da presa; Ex: Chrysopidae, Reduvidae e Syrphidae. TIPOS OU CATEGORIAS DE PARASITISMO; Parasitóide de ovos. Ex: tricogramma; Parasitóides de larvas; Parasitóides de pupas; Parasitóides de adultos. Quais as características que deve ter um inseto entomófago para ser eficiente em controle biológico? Especificidade: a joaninha (citrus), só se alimenta de uma única praga; Alta capacidade de parasitismo; Ciclo de curta duração. Ex: tricograma (ciclo de 8 a 10 dias); Capacidade de busca; Capacidade de sobrevivência mesmo que ocorram fatores adversos, como condições climáticas adversas; Facilidade em criar em laboratório. QUESTÕES DE PROVA: (V) = 3 linhas = sobre o NC (v) = 2 linhas = NC e ND = começa com C (F) = 2 linhas = começa com inseto praga = NC e ND (F) =3 linhas = começa com O NC e termina POR ha (V) = 4 linhas = sobre MIP (V) = 2 linhas = começa com OS INSETICIDAS (V) = 2 linhas = começa com O MACHO e varias letras com parênteses (F) = 4 linhas = começa com ENTRE (F) = 3 linhas = começa com OS CONTROLE QUIMICO INSETICIDAS: São compostos químicos que aplicados direta ou indiretamente sobre os insetos, em concentrações adequadas provocam sua morte; São cada vez mais específicos, não matam mais todos os insetos, facilitando o controle CALENDÁRIO AGRÍCOLA: Antigamente a cada 7 e 8 dias se fazia aplicação de inseticidas, começando a surgir resistência dos insetos, na qual surgiu o MIP VANTAGENS DO USO DE INSETICIDAS EM PROGRAMAS DO MIP: Ação rápida; Ação curativa = quando se tem o problema é aplicado o inseticida; Adaptação a diferentes situações; Relação custo beneficio (os produtos no mercado são muito baratos (antigos), o que pode acarretar um problema de resistência de pragas. VANTAGENS OBSERVADAS PELO AGRICULTOR: Tradição = passa de família; Risco não pode ser grande; Eficiência = os produtos tem eficiência de 95%, sendo que o mínimo e de 80%; Aspectos econômicos (preçoda soja, arroz); Vantagens adicionais = produtos que não matam os inimigos naturais, mas deve-se saber qual produto deve ser aplicado na lavoura. 1.Cite os fatores que explicam porque os inseticidas deixaram de ser solução e passaram a ser problema? Seleção de indivíduos resistentes; Ressurgência de pragas. Ex: aplica inseticida barato e mata os inimigos naturais, sendo que no ano seguinte a praga esta sozinha, vindo com força total sobre a lavoura; Surgimento de pragas secundárias; Efeito sobre polinizadores, homem, animais domésticos e fauna selvagem; Contaminação de solos e água. Ex: Piretróide não pode ser aplicado quando o arroz estiver inundado, pois mata todos os peixes; Presença de resíduos; Biomagnificação (acúmulo na cadeia alimentar), podendo matar inclusive o inimigo natural; Efeito sobre inimigos naturais. QUESITOS NA UTILIZAÇÃO DE UM INSETICIDA: Conhecimento da praga (identificando o hábito alimentar). Ex: pulgão, trips (sugadores) ou lagartas (mastigadores); Performance dos inseticidas. Ex: clorado ou sistêmico; Conhecimento dos inimigos naturais. Ex: soja = doença preta = baculovirus e doença branca = fungos; Condições climatológicas; Método de amostragem; Conhecimento dos níveis de dano econômico; NOMENCLATURA DO INSETICIDA: A)Nome técnico: carbaryl ou carbaril; B)Nome comercial: Carvin; C)Nome químico: 1-naftil-N-metil carbonato. FORMULAÇÃO: INGREDIENTE ATIVO + INGREDIENTE INERTE: Ex: Karate 50 CE Karate: nome comercial 50: concentração quantos % = 50mL/1l = 5% CE: formulações (liquido) = concentrado emulsificado Ex: Confidor 700 GrDa 700 g/Kg ou 70% GrDa = Grânulos disponíveis em água Como é classificado o inseticida quanto à ação no inseto e na planta? CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS QUANTO AO MODO DE ATUAÇÃO: INSETO: Contato (C) = com tegumento; Ingestão (I) = ingerir o produto; Fumigação (F) = usado para expurgo, em nível de campo não se usa, pois o gás evapora. O produto penetra no espiráculo. PLANTA: Sistêmico (S): circula na seiva da planta. Ex: milho (sai da raiz e vai em direção a folha – direção ascendente, mas já existem produtos mais novos que vão à direção descendente; Profundidade(P): passa de um lado para outro, não passando na seiva da planta. 2 grupos não sistêmicos: organofosforatos e clorofosforatos. Cobertura 1.Porque saber os modos de ação dos inseticidas. Citar alguns grupos. R: Para saber qual é a finalidade do inseticida, e onde ele poderá atuar na planta e no inseto. Cada grupo de inseticidas tem um modo de ação, por isso deve-se fazer a rotatividade par evitar a resistência. Clorados, fosforados, carbamatos e piretróides. VANTAGENS DOS INSETICIDAS SISTÊMICOS: Menor desequilíbrio biológico; Ação quase exclusiva sobre insetos sugadores. Ex: percevejo; Menor perda devido às lavagens pelas chuvas ou irrigação; Não há necessidade de cobertura perfeita sobre as plantas. DESVANTAGENS DOS INSETICIDAS SISTÊMICOS: Não atuam em plantas de porte elevado (ate 3 m): Não funcionam quando as plantas estão em período de repouso; São normalmente bastante tóxicos ao homem, principalmente por ação de contato; Ex: carbamatos Às vezes possui efeito residual sobre a parte comestível da planta. Ex: pêssego Ação quase que exclusiva sobre os insetos sugadores. Pragas mastigadoras não são mortas DE ACORDO COM A TOXICIDADE: FORMULAÇÃO, MODO DE AÇÃO DE DL50 CLASSE TOXICOLOGICA I Extremamente tóxico Vermelho CLASSE TOXICOLOGICA II Altamente tóxico Amarelo CLASSE TOXICOLOGICA III Mediamente tóxico Azul CLASSE TOXICOLOGICA IV Pouco tóxico Verde FAIXA VERDE: Sólido: acima de 1000 e Líquido acima de 4000 NOÇÕES DE TOXICOLOGIA: TOXICIDADE – DL50: DL 50 = (concentração letal 50) - quando a dose por individuo é a variável independente; Quantidade do tóxico por unidade de peso capaz de matar 50% da população da espécie animal usada nos testes (mg/Kg) CL 50 = concentração letal – quando a dosagem por área é variável independente; TL 50 = tempo letal 50 – quando o tempo é variável independente TOXICIDADE AGUDA: A dose e determinada de uma só vez e os efeitos esperados ocorrem dentro de um curto intervalo de tempo. Ex: piretroides; TOXICIDADE CRÔNICA: Animais recebem doses sub- letais repetidas da substancia tóxica e os efeitos são principalmente, observados após decorrido um período de tempo relativamente longo. Provavelmente não podem ser registrados. Ex: clorados NOÇÕES GERAIS: Dose diária aceitável (DDA) ou Ingestão diária aceitável (IDA): Exprime a quantidade de um produto biologicamente ativo que pode ser ingerido diariamente pelo homem sem riscos para a saúde (mg/kg peso vivo); DEFINA OS TERMOS TOLERANCIA, RESIDUO, PODER RESIDUAL E EFEITO RESIDUO? TOLERANCIA: Quantidade máxima de resíduos de agrotóxicos tolerada em um dado momento (transporte, armazenamento, comercialização, industrialização) (ppm); Limite Maximo permissível de resíduos (LMR): Tolerâncias legais permitidas por lei, devendo ser observada o período de carência; PODER RESIDUAL: é o intervalo de aplicação RESIDUO: Quantidade de agrotóxico e/ou derivados remanescentes no alimento, decorrente do emprego do agrotóxico, e expresso em partes (em peso) do agrotóxico e/ou derivados por um milhão de partes do alimento (ppm); Período de Carência (intervalo de Segurança): Intervalo de tempo entre a última aplicação de inseticida e a colheita ou comercialização do vegetal, a fim de que os resíduos estejam de acordo com os limites máximos permitidos; Efeito Residual: É o tempo de permanência do produto biologicamente ativo nos alimentos, na água e no ar. CITE 3 PONTOS NEGATIVOS NA MISTURA DE AGROTÓXICOS E 3 PONTO POSITIVOS: PONTOS NEGATIVOS: Pode ocorrer a resistência de pragas, caso os mesmos agrotóxicos sejam aplicados durante vários anos; Aumentar o período de carência em que o agrotóxico pode permanecer no produto, impedindo o seu consumo; Se for aplicado 2 inseticidas do mesmo grupo haverá um desperdício de dinheiro, já que os 2 possuem o mesmo modo de ação. PONTOS POSITIVOS: Aumentar a abrangência sobre a lavoura, diminuindo assim a freqüência, ou seja, o número de aplicações a serem realizadas na lavoura; Aumentar a especificidade (seletividade); Permite fazer a notação correta dos inseticidas, sem ter problemas de resistência de insetos. 1.COMO O AGRICULTOR PODE MINIMIZAR OS EFEITOS DOS AGROTÓXICOS NOS ALIMENTOS: O agricultor deve utilizar somente agrotóxicos recomendados para a cultura, respeitando a dose e a tecnologia de aplicação indicados, e o intervalo de segurança entre as aplicações e colheita. Morango, tomate, batata e pimentão ESCOLHA DO INSETICIDA MAIS ADEQUADO: Seletividade = se ele é especifico; DL 50 = acima de 4000 é menos tóxico ao homem; Poder residual; Período de carência; Eficiência; Preço do produto; Condições ambientais CARACTERISTICAS DE UM INSETICIDA IDEAL: Pouco ou nada tóxico ao homem; De ação especifica; De atuação rápida; Com período de carência compatível; De fácil manejo Encontrado no mercado; De formulação estável; Sem efeito biogenético; Facilmente degradado. MODO DE AÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTOXICOS: Atuam no sistema nervoso central Piretroides e DDT (moduladores de canais de Na); Oxadiazinas (bloqueadores dos canais de Na) INSETICIDAS QUE ATUAM NA TRANSMISSÃO SINAPTICA: Organofosforatos e carbamatos (inibidores da enzima acetilcolipesterase); Nicotina, neocotinóides e spinosinas (agonistas da acetilcolina = neurotransmissor mais importante); Cartap (antagonistas da acetilcolina); Ciclodienos e fenil-pirazóis (antagonistas do GABA); REGULADDORES DE CRESCIMENTO DE INSETOS: Inibidores da síntese de quitina: benzoilfeniluréias; Juvenoides (agonistas do hormônio juvenil) Antijuvenoides (antagonistas do hormônio juvenil) Esses 2 atuam na falta do hormônio neotenim (hormônio juvenil) Agonistas de ecdisteróides (afeta o hormônio da ecdise) Exemplos: O grupo 1 deve ser utilizado com o grupo 2 enão com o mesmo subgrupo, pois tem o mesmo modo de ação, isso é extremamente importante porque facilita a notação dos inseticidas e não ocasiona o problema da resistência. 3 A com 4A = neocotinoides (4A) e piretroides 3A 11 = desintegradores da membrana do mesêntero (incluindo as plantas transgênicas que expressam toxinas de Bacilus thuringiensis; 11 A1 e 11 A2 = controlam os dípteros; 11 B1 e 11 B2 = controlam os lepidópteros; 11 C = controlam os coleópteros; 15 = inibidores da formação de quitina (tipo 0); controlam os lepidópteros, atuando no tegumento = só na lagarta; 16 = inibidores da formação de quitina (tipo 1); controlam os hemípteros; 17 = interruptores da ecdise, controlando os dípteros; 18 = agonistas de ecdisteróides (usados na fruticultura); O grupo 15, 16 e 18 só funcionam por ingestão, o que pode ser um problema, se chover logo após a aplicação o produto é perdido. Ultimamente as empresas estão desenvolvendo pesquisas com espalhante adesivo para fazer mais efeito; 23 = inibidores da síntese de lipídeos. Ex: Cetoenol = grupo todo sistêmico; 24 = sólido que se transforma em Fosfina, é mais utilizado para gás em expurgo; INSETICIDAS: Bloqueia o processo no axônio (sintoma = paralisia do músculo); Na coordenação motora (o neurônio motor unipolar) CODUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO: TRANSMISSÃO AXÔNICA: Elétrica Atuam os piretróides, provocando paralisia e agindo sobre o sistema nervoso central do inseto na transmissão do impulso nervoso; Pré-sinapse; Interfere na permeabilidade do axônio, fazendo com que o Na+ entre as membranas, com os canais do axônio abertos saia e mata o inseto. Interfere na passagem dos íons K e Na; TRANSMISSÃO SINAPTICA: Química Atuam os neurotransmissores; Espaço que tem entre 2 neurônios, não tem uma ligação física; Acetilcolina + água = acido acético + colina; Inseticida que inibe o procedimento de acetilcolinesterase, sendo que a acetilcolina é muito tóxica, matando o inseto por asfixia; Ex: organofosforatos e carbamatos = inibidores da acetilcolinesterase. Pós sinapse: Mais 80% dos inseticidas; Ex: Imidacloprid Via Solo = Confidor: GRDA; Via Pulverização = Provado: GRDA; Via Tronco = Winner: SL; Via Semente = Gaucho: PM e PS; FIPRONIL: KLAP O produto atua no SNC; É inibidor do efeito do GABA, que controla o fluxo de íons, bloqueando o canal do GABA, alterando o equilíbrio iônico do SNC e matando os insetos. Tem um modo de ação único; FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS: 1.DESCREVA PRODUTO TÉCNOCO, PRE MISTURA, INGREDIENTES INERTES: PRODUTOS TECNICOS: São as substâncias obtidas diretamente das matérias primas por processos químicos ou biológicos, cuja composição contém porcentagem definida de ingrediente ativo. INGREDIENTES ATIVOS: São as substâncias de natureza química ou biológica e os organismos vivos que dão eficácia aos agrotóxicos. INGREDIENTES INERTES: São as substâncias não ativas ou impurezas de fabricação, resultantes dos processos de obtenção dos produtos técnicos e aquelas usadas apenas como veículos ou diluentes nas preparações. ADJUVANTES: São substancias usadas para imprimir as características desejáveis às preparações. PREPARAÇÕES: PRÉ-MISTURAS: Quando resultantes diretamente da transformação física dos produtos técnicos mediante a adição de ingredientes inertes, com ou sem adjuvantes sem aplicação direta nas lavouras. PREPARAÇÕES DE PRONTO USO: Quando resultantes da transformação física dos produtos técnicos ou das pré-misturas mediante a adição de ingredientes inertes com ou sem adjuvantes, com aplicação direta na lavoura. OBJETIVO DAS FORMULAÇÕES: Torna pratica a aplicação e maximiza a aplicação e segurança; Por que os agrotóxicos comerciais apresentam além do ingrediente ativo, ingredientes inertes? R: porque o ingrediente inerte serve para diluir o ingrediente ativo permitindo uma melhor distribuição deste. Normalmente o ingrediente ativo isoladamente não é apropriado para aplicação direta no campo FORMULAÇÕES LÍQUIDAS: CONCENTRADOS EMULSIONÁVEIS: 5 A 90% DE i.a. Formulação líquida destinada à diluição em água; Formam uma emulsão = aspecto leitoso; Desgastam mais o bico de aplicação; Vantagens: Baixo custo Fácil industrialização e aplicação; Desvantagens: Presença de solventes voláteis que podem ser infamáveis. ULTRA BAIXO VOLUME: Formulação líquida de pronto uso para pulverização a baixo volume; Não se mistura água nelas, já vem prontas; Volume se situa abaixo de 5l/há; Economia de água; Baixa volatilidade; Não fitotóxico; Compatível com o i.a. SUSPENSÃO CONCENTRADAS OLEOSAS: Formulação líquida para ser diluída em água; O i.a. não é solúvel em água; Desvantagem é a sedimentação das partículas, havendo necessidade da agitação das embalagens antes do uso; Muito utilizado par herbicidas; Os frascos são geralmente menores que 5 litros para facilitar a agitação. TECNOLOGIAS EMERGENTES: É usado para controle biológico o Bacillus thuringiensis, formulado como pó-molhável e suspensão concentrada. TIPOS DE INGREDIENTES INERTES EM FORMULAÇÕES: SOLVENTES: dissolvem o i.a.; EMULSIFICANTES: compatibilizam frações polares e apolares; MOLHANTES: permitem rápida umectação do produto em contato com a água; ESPESSANTES: aumentam a viscosidade; EFEITOS POSITIVOS DA ADIÇÃO DE SURFACTANTES ÀS CALDAS: Espalhamento da solução na superfície foliar; Cobertura mais uniforme da superfície foliar, melhorando o contato entre o produto e a superfície foliar; Promovem melhor penetração pelos estômatos. EFEITOS NEGATIVOS DOS SURFACTANTES: Alguns podem ser fitotóxicos; Pode-se ter mais problemas com fungos pela remoção da camada cerosa protetora da folha ou pelo espalhamento dos esporos pela superfície vegetal; Em folhas mais eretas eles podem diminuir a retenção da calda; Recomendação da mistura de óleos: Agrotóxicos devem ser primeiramente diluídos no óleo para depois serem misturados na água do tanque do pulverizador. MISTURAS: Prática de associar, imediatamente antes da aplicação, agrotóxicos ou afins ao controle de agentes etiológicos que ocorrem simultaneamente, par os quais não se obtenha eficácia desejada com 1 único produto; Cite os pontos negativos e positivos da mistura de agrotóxicos: FOI LIBERADA NO BRASIL DEVIDO: Ser uma técnica agronômica utilizada mundialmente com êxito; Propiciar redução nos custos de produção; Aumentar o espectro de controle de pragas; Reduzir a contaminação ambiental; Reduzir o tempo de exposição do trabalhador rural ao agrotóxico PROBLEMAS RESULTANTES DA MISTURA DE AGROTÓXICOS: Incompatibilidade biológica: Fitotoxicidade; Degradação dos ingredientes ativos. Incompatibilidade física: Floculação = formação de aglomerados e grumos; Modificação da viscosidade 7.Quais os cuidados que se deve ter par aplicar um espalhante adesivo na calda? R: Um espalhante adesivo usado de maneira errada pode causar uma serie de problemas, dentre elas: modificar a viscosidade na calda, floculação, fitotoxicidade, degradação dos ingredientes ativo, dentre outros. Provocando o entupimento dos bicos, desgaste dos bicos, dificultando a aplicação do produto. Por isso sempre antes de usar qualquer produto deve-se ler atentamente as recomendações da empresa que estão no rótulo da embalagem RECEITUÁRIO AGRONÔMICO: AGRICULTURA CONVENCIONAL: O agricultor é dependente por tecnologias/recursos/capital do setor industrial, criando uma situação insustentável ao longo do prazo. AGRICULTURA NATURAL: É um sistema de exploração agrícola que se fundamenta no emprego de tecnologias e alternativas que procuram tirar o máximo proveito da natureza, das ações edafo-climaticas envolvendo o uso do solo, de seres vivos, de energia solar, etc; AGRICULTURA BIOLOGICA: Destaca-se pelo controle biológico, do MIP e doenças pela teoria da Trofobiose ( efeito dos agrotóxicos na resistência das plantas); Contempla a transferência energética do sistema agrícola; Enfatiza a importância da rotação de culturas para o equilíbrio do solo; Estabelece ummínimo de trabalho no solo; Opõe-se ao uso de agroquímicos; AGRICULTURA ECOLÓGICA: Considera a propriedade agrícola um ser vivo, um sistema ecológico; Valoriza a interação entre seus componentes. Valoriza a forma, a dinâmica e a função das relações entre os componentes do sistema. Utiliza o máximo os recursos naturais; Uso intensivo do composto orgânico, adubação verde e cobertura morta; Reciclagem dos recursos naturais; Busca a reversão do solo desgastado. PERMACULTURA: Pode ser definida como uma agricultura integrada com o ambiente, que envolve plantas permanentes e semi-permanentes, incluindo a atividade produtiva dos animais; No planejamento levam-se em conta os aspectos paisagísticos e energéticos. AGRICULTURA ORGÂNICA: Voltada para uma visão edáfica, valorizando a fertilidade do solo; Tem como base a compostagem; O QUE É PRODUTO ORGÂNICO: O solo é à base do trabalho orgânico; A planta é cultivada sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos; É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola esta baseado no respeito ao ambiente, na preservação dos recursos ambientais. QUAL A DIFERENÇA DA AGRICULTURA CONVENCIONAL E ORGÂNICA Quem pratica agricultura convencional observa a planta somente como uma forma de lucro; Quem pratica agricultura orgânica observa a planta também como uma forma de vida. MANEJO SUSTENTAVEL DO AGROECOSSISTEMA; É aquela que ao longo prazo: Melhora a qualidade do ambiente e dos recursos básicos dos quais depende a agricultura; Atende as demandas de fibras e alimentos; É economicamente viável; Melhora a qualidade de vida dos agricultores e da sociedade como um todo QUAL É O OBJETIVO DO RECEITUÁRIO AGRONÔMICO? O objetivo do receituário agronômico é disciplinar o agricultor ao uso correto dos agrotóxicos, compatibilizando as recomendações terapêuticas com o nível cultural e econômico, recomendando medidas de controle populacional de pragas, para evitar que causem dano econômico. Estabelecer os critérios metodológicos de aplicação e medidas de proteção ambiental, evitando assim o uso indiscriminado de agrotóxicos. Para isso o E.A. deve entrevistar o cliente a fim de ter dados completos da propriedade deve visitar a lavoura, conhecendo o local e a cultura, o E.A. poderá receitar o produto correto para a cultura na emissão do receituário agronômico. Para que serve a ART? A ART serve para definir, sob efeitos legais, quem são os responsáveis técnicos por determinada operação. Deve ser feita uma ART para cada 100 receituários emitidos. O profissional que receitar a utilização de agrotóxicos de forma errada ou indevida, responderá técnica, cível e penalmente, conforme previsto em lei. POR QUE É IMPORTANTE SABER A DIMENSÃO, ÁREA E LOCALIZAÇÃO? R: A dimensão da área deve ser especificada, pois além da dosagem a quantidade de produto que o produtor deve comprar, deverá ser emitido no receituário agronômico. O local e a área a serem aplicados, devem ser específicos para cada receituário, caso for para diferentes localidades devera constatar na receita emitida pelo E.A.. Além disso, é de plena responsabilidade do engenheiro agrônomo a quantidade de produto a ser aplicado na lavoura. TECNICAS DE APLICAÇÃO DE INSETICIDAS 1.Entre os inseticidas utilizados o turbo atomizador e o avião agrícola, cite 4 diferenças entre esses dois métodos de aplicação: R: TURBO-ATOMIZADOR: Utilizado baixo volume de água; Maior adesividade das partículas; Menos mão-de-obra; Fácil operação. AVIÃO: Pode pulverizar após as chuvas; Não prejudica as plantas; Não compacta o solo; Proteção mais rápida. 2.Qual o objetivo de se realizar o tratamento de sementes? Como é realizado o tratamento de sementes na prática: exemplificando uma semente e citando uma praga que pode ser controlada por esse método? R: A semente é tratada no mesmo dia de semeadura, para não afetar o embrião da semente. Fazendo-se o tratamento com inseticida deve-se fazer também com fungicida, pois o inseticida retarda o desenvolvimento da planta, provocando a entrada de fungos. Ex: Milho (broca da raiz) e Trigo (coró do trigo) 3.Bicos leques são somente utilizados para a aplicação de herbicidas. A afirmação acima é verdadeira. Comente sua resposta. R: Esses bicos trabalham com uma menor pressão 20 – 60 libras /pol², formando gotas de 300 a 500µm, sendo indicado para aplicação de herbicidas onde a deriva deve ser evitada, pois o intuito é fazer apenas uma cobertura no solo, aplicando uma fina camada sobre o solo. Se a pressão for aumentada haverá um desgaste acelerado dos bicos. 4.Comente sobre os bicos cone: R:São bicos que trabalham com um maior pressão de 100 a 200 libras/pol², formando gotas de 50 a 300µm, a uma altura de 0,50 m da planta ,caso o contrario não se formam as gotas, sendo de modo geral usados para aplicação de fungicidas, inseticidas e adubos foliares, para os quais a boa distribuição, penetração no interior da copa das plantas a cobertura da superfície foliar são importantes. Podem ser divididos em cone vazio onde a distribuição de gotas é uniforme, havendo uma pequena concentração de gotas nas extremidades. E o cone cheio, que forma um jato sólido, tem a forma triangular, possuindo uma maior concentração de gotas na parte central 5.Cálculo da tecnologia de aplicação. Pulverizador 2000 l regulado para 230l/há, recomenda-se 1,2l/há. Quantos litros recomendar? 6.O que quer dizer 110.02 e 110.02EF? R: 110.02 = descontinuo 110.02 EF = Even Fan - Continuo 110 = ângulo de 110° 110 = ângulo 110° 02 =vazão 0,2 galões/minuto 02 = vazão 0,2 galões/minuto 8.Rotação do pulverizador? Explique a calibração: R: A rotação é de 540rpm. A calibração do pulverizador é feita da seguinte forma: Demarcar a faixa a ser pulverizada, sendo que, quanto mais longa ela for, maior será a pressão de regulagem (ex: 50m); Abastecer o tanque somente com água limpa, observando se o equipamento tenha sido previamente limpo de produtos utilizados em operações anteriores; Escolher de acordo com o terreno a marcha do trator mais indicada para a realização do trabalho. Ou a marcha que o operador mais usa para pulverizar. Geralmente entre 4 a 6 Km/h; Acionar a TDP do trator; Acelerar o trator ate que a TDP atinja e estabilize-se na rotação recomendada; Iniciar o movimento no mínimo 5 metros antes do ponto marcado (ponto inicial da distância ideal); Cronometrar o tempo gasto para percorrer os 50m, repetir a operação a fim de obter valores médios; Com o trator parado, na aceleração utilizada para percorrer os 50m abrir os bicos e regular a pressão de acordo com o recomendado para os diferentes bicos; Coletar em sacos plásticos ou copos graduados o volume do bico no tempo gasto para percorrer os 50m, repetindo a operação em diversos bicos e fazer a media; Caso o volume obtido apresente-se abaixo do desejado, aumentar a pressão, dentro da faixa recomendado para o bico, diminuir a velocidade de deslocamento do conjunto trator-implemento ou trocar os bicos por outros de maior vazão;
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