Prova 2ª - Inteco - Unb - 2014.1

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Monitoria de Introdução à Economia 
 
GABARITO PROVA 2 
 
No quadro abaixo você poderá conferir o gabarito das questões discursivas (1 a 16), de acordo com seu tipo de prova 
(A, B ou C). Seu tipo de prova pode ser identificado no quadro situado no canto superior à esquerda da sua folha de 
respostas. A fotocópia de sua folha de suas respostas será entregue em sala pelo seu monitor. Caso não retire sua 
fotocópia em sala de aula, poderá retirá-la no guichê da monitoria (ICC norte, subsolo). 
Lembre-se: Cada questão objetiva tem o valor de 5 pontos e cada questão discursiva tem o valor de 5 pontos. 
 
Caso discorde da correção das questões discursivas, você poderá interpor recurso, em formulário próprio, disponível 
no site da disciplina (http://introducaoaeconomia.wordpress.com/gabaritos). Todas as informações pertinentes ao 
processo de revisão encontram-se no formulário de revisão. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
TIPOS DE PROVA TIPOS DE PROVA TIPOS DE PROVA TIPOS DE PROVA 
 A B C A B C A B C A B C 
1 B A D 5 C B C 9 A B D 13 D B C 
2 A D C 6 A D B 10 B D C 14 A C D 
3 B C A 7 D A C 11 D A A 15 C D A 
4 D A B 8 C B A 12 A D B 16 D B A 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
Considere o excerto a seguir e responda os itens abaixo. 
 
“Alguns economistas têm defendido substituir o IPCA, na definição das metas de inflação, por um novo índice. O 
argumento é que as altas de alimentos, como o tomate e o chuchu, por exemplo, não deveriam influenciar a política de 
metas, uma vez que são produtos cujos preços costumam oscilar muito, em função de variações no clima. Segundo esse 
ponto de vista, a inflação teria de ser medida por um novo IPCA, baseado em itens cujos preços não sejam muito voláteis. 
Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice de preços considerado na formulação da política monetária exclui alimentos e 
combustíveis, vistos como produtos de preços voláteis. Em apoio a essa proposta, um técnico do governo apresentou 
outro argumento: produtos como tomate são substituíveis; os consumidores costumam deixar de comprá-los quando os 
preços sobem demais, e substituí-los por outra coisa. Segundo ele, ‘a gente faz isso com morango: ninguém come 
morango o tempo inteiro’. Por isso, afirmou, o preço do morango, do tomate e dos demais alimentos deveria ser excluído 
do índice de preços.” (matéria de O Globo, abril/2014, com adaptações). 
 
A) Na opinião do técnico citado, a possibilidade de substituição poderia tornar um índice de preços menos 
significativo. Dê exemplo de um fator de distorção do índice de preços ao consumidor que você conheça, explicando. 
 
Gabarito 
 
POSSILIBILIDADE I - Introdução de novos bens: o índice de preço baseado em uma POF (Pesquisa de Orçamento 
Familiar) de anos atrás não medirá o gasto dos consumidores com novos produtos. Desse modo, o índice de preços acaba 
ficando defasado. 
 
Critérios de correção: 
2 pontos: Explicitação do fator de distorção do índice de preço. 
3 pontos: Explicação do fator. Termos chaves: “pesquisa de anos atrás”, “índice defasado”. 
 
POSSIBILIDADE II - Mudanças de qualidade: um produto pode, ao longo dos anos, manter o mesmo preço, mas ter seu 
valor de uso aumentado, ou seja, fica mais eficiente, durável etc. Ou o preço pode subir, sem decorrer de inflação, pois a 
qualidade aumentou. Diminuição da qualidade também não é mostrada nos índices de preços, inclusive, um aumento em 
seu preço não significa redução do bem-estar. 
 
Critérios de correção: 
 
2 pontos: Explicitação do fator de distorção do índice de preço. 
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Monitoria de Introdução à Economia 
 
3 pontos: Explicação do fator. Termos chaves: “aumento e queda de qualidade de produtos não é mostrada no índice”, 
“preço pode se alterar SEM decorrer da inflação/deflação por consequência da qualidade”. 
 
Resposta perfeita 
 
Aluno: Gabriel Gomes Gaspar, 13/0142140 - Turma S 
“Um outro fator que pode levar a distorção nos índices de preço é a inserção de novos produtos na cesta básica de 
consumo considerada. Os índices de preço se baseiam em uma POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) para determinar a 
estrutura básica de consumo, e tal estrutura permanece fixa até que uma nova POF seja realizada. Nesse período entre 
POFs a estrutura de consumo pode se alterar significamente devido a novas tendências e preferências, de modo que o 
índice de preços permanece distorcido até a realização da nova POF.” 
B) O técnico do governo argumenta que nos Estados Unidos se usa um índice que exclui alimentos. Considerando o 
público alvo do IPCA (como, por exemplo, trabalhadores buscando reajuste salarial), alimentos deveriam ser 
desconsiderados nesse índice? Justifique, com base em seus conhecimentos sobre a construção de um índice de 
preços. 
 
Gabarito 
 
Não, tendo em vista que o IPCA é calculado com base na cesta de bens do consumidor típico, que recebe entre 1 e 40 
salários mínimos, é inegável que os alimentos sejam parte essencial do consumo dessa parcela da população. Então a 
desconsideração desse tipo de bem no cálculo do IPCA fugiria dos objetivos iniciais do próprio índice. 
 
Critérios de Correção 
 
2 pontos: Falar que não deve ser desconsiderado porque os alimentos são parte importante do consumo dos cidadãos 
3 pontos: Justificar com base no objetivo do IPCA e na importância da cesta de bens do consumidor típico para o cálculo. 
 
Resposta Perfeita 
 
Aluno: Bruno Rodolfo de Oliveira Floriano, 13/0023043, Turma H. 
 
“Não, alimentos não deveriam ser excluídos no cálculo do IPCA. Isso porque o índice de preços é calculado pela 
ponderação de cada produto, isto é, no impacto que determinado bem exerce na renda de uma família típica. Em muitas 
famílias, principalmente as de baixa renda e de trabalhadores que buscam reajuste salarial, o peso dos alimentos no 
orçamento é muito elevado de forma que o aumento em seus preços terá muita influência na vida dessas famílias”. 
 
C) O excerto acima menciona a alta de preços do tomate e do chuchu, e sua causa. Que tipo de inflação é esse? Cite um 
outro tipo de inflação e uma forma de combatê-lo, explicando. 
 
Gabarito 
 
A inflação mencionada no texto é a Inflação de Oferta e os outros tipos de inflação que poderiam ser citados são Inflação 
de Demanda ou Inflação Inercial. 
 
1. Formas de combate à Inflação de Demanda: 
 Aumento da taxa de recolhimento compulsório ao banco central de parcela dos depósitos em bancos comerciais, 
diminuindo, assim, a quantidade de moeda disponível nos bancos para transações na economia. Dessa forma, com a 
menor quantidade de moeda em circulação o consumo diminui juntamente com os preços e acabando, assim, com a 
inflação; 
 Venda de títulos pelo banco central aos bancos comerciais. A venda de títulos aos bancos comerciais faz com que 
a quantidade de moeda contida neles seja reduzida, já que foi pago pelo pagamento do título. Com a diminuição da 
quantidade de moeda circulando na economia, o consumo diminui juntamente com os preços e acabando, assim, com a 
inflação; 
 Restrição do crédito gera contenção à expansão monetária e desestimula a demanda. Deslocando a curva da 
demanda para a esquerda, os preços são reduzidos e, consequentemente, a inflação. 
 Aumento da taxa básica de juros, desestimulando o empréstimo e o consumo e, consequentemente, os preços; 
 
2. Formas de combate à Inflação Inercial: 
 Congelamento de preços ou abandono da política de indexação, impedindo que a memória inflacionária tenha 
continuidade sobre a economia e, assim, acabando com a inflação. 
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Monitoria de Introdução à Economia 
 
 
 
 
Critérios de correção 
 
2 pontos: Reconhecer que a inflação citada é a de Oferta; 
1 ponto: Citar outro tido de inflação; 
1 ponto: Citar uma medida de combate à inflação correspondente; 
2 pontos: Explicar,usando uma lógica de causa e conseqüência, como essa medida de combate age na economia, 
demonstrando o passo a passo de incentivos e desincentivos. 
 
Resposta Perfeita 
 
Aluna: Marcela Guimarães Pires Lobo, 14/0063412, turma D. 
 
“É uma inflação da oferta, também chamada de inflação de custos. Um outro tipo de inflação é a de demanda, a qual 
pode ser combatida pelo aumento da taxa de juros. Essa medida desestimula a tomada de empréstimos e, por 
conseguinte, reduz a quantidade de fundos ofertáveis e a quantidade de dinheiro em circulação (cuja emissão em 
excesso é uma das principais causas dessa inflação).” 
 
D) Suponha que os produtores de morangos, pretendendo estimular o consumo da fruta durante todo o ano, decidam 
adotar medidas visando aumentar a produtividade em seu setor, de forma a possibilitar uma redução no preço dos 
morangos. Cite duas medidas que poderiam favorecer o aumento da produtividade, justificando sua resposta. 
 
Gabarito 
 
Existem várias formas de aumentar a produtividade: tecnologia, capital físico e capital humano são as principais. A 
tecnologia pode sofisticar a produção, como o uso de fertilizantes, adubo e sementes transgênicas. O investimento em 
capital físico pode ser a compra de máquinas novas e mais sofisticadas. Não se pode falar que o aumento do número de 
trabalhadores aumenta a produtividade, mas sim o aumento de trabalhadores qualificados, o que implica em 
investimento no capital humano. 
 
Critérios de correção 
 
1 ponto: Citar cada medida que poderia favorecer o aumento à produtividade, totalizando 2 pontos. 
1 ponto: Justificar cada medida citada, totalizando 2 pontos. 
 
Resposta perfeita 
 
Aluno: Pedro Paulo Nascente Macedo Bichuette, 14/0030239, Turma H 
 
“Para aumentar a produtividade, pode-se investir em educação e no treinamento dos operários, de tal forma que se 
aumente o capital humano, já que os operários desenvolverão mais habilidades e capacidade de produção. Além disso, é 
possível que se estimule a produção de conhecimento científico, ou seja, os meios de produção, através da concretização 
do sistema de patentes, que estimulam a pesquisa das empresas”.