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Tecido nervoso + estudo dirigido (1)

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Universidade de Brasília 
Faculdade de Medicina 
 
 
MORFOFUNCIONAL I 
 
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
Tecido Nervoso I e II 
 
 
OBJETIVOS 
 Reconhecer as substâncias branca e cinzenta e saber os seus componentes; 
 Identificar os diferentes tipos e as características citológicas dos neurônios e da 
neuroglia; 
 Compreender as relações entre os diferentes componentes do tecido nervoso; 
 Correlacionar as características morfológicas com as respectivas funções; 
 Analisar a estrutura de um nervo periférico com seus tecidos de sustentação; 
 Reconhecer fibras nervosas mielínicas e amielínicas; 
 Analisar a estrutura de um gânglio espinhal. 
 
MATERIAL 
 
1. Lâminas histológicas 
 Nº 27 - Medula espinhal (Gato), coloração HE 
 Nº 28 - Medula espinhal (Gato), coloração Método de Nissl 
 Nª 79 - Cerebelo (Gato), coloração HE 
 N 31 - Cerebelo - Gato - Impregnação argêntica (Método de Golgi) 
 N 30 - Cérebro - Gato – Impregnação argêntica (Método de Golgi) 
 Nº 35 - Pacote vásculo – nervoso – HE 
 Nº 32 - Gânglio espinhal – Gato - HE 
 
2. Eletromicrografias 
 Nº35 – Neurônio motor da medula espinhal 
 Nº51 – Córtex cerebral 
 Nª 79 – Cerebelo (Gato), coloração HE 
 Nº36 – Fibras nervosas periféricas 
 Nº 37 – Nódulo de Ranvier 
 
 
3. Descrição histológica 
 Lâmina Nº27, reconheça, no menor aumento, um corte transversal de medula 
espinhal. A substância branca é periférica e a cinzenta é central. Esta última tem formato 
de borboleta ou “H”. Ainda no menor aumento, reconheça na substância cinzenta: a) os 
cornos (funículos) anteriores (ventrais), largos, de contornos (limites) irregulares, devido a 
saída dos feixes de fibras nervosas de forma radiada; b) os cornos (funículos) posteriores 
(dorsais), delgados; c) A comissura cinzenta transversal onde se encontra o canal 
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ependimário ou central, revestido por células ependimárias. Também no menor aumento, 
reconheça na substância branca: as colunas (os funículos) ventrais (anteriores), dorsais 
(posteriores) e laterais. Observe que as colunas (os funículos) ventrais são divididas (os) 
de forma incompleta por um sulco largo e profundo, que corresponde à fissura ventral 
mediana, dentro da qual podem ser 
vistos vasos sanguíneos e tecido 
conjuntivo correspondente a pia 
máter. Na região das colunas (dos 
funículos) dorsais, localize o sulco 
mediano dorsal (posterior), pouco 
profundo, que se continua com o 
septo mediano dorsal (posterior), 
delgado, que divide completamente 
tais colunas (funículos) dorsais 
(posteriores). Nos maiores aumentos, 
observe na substância cinzenta: os 
neurônios que são as células com 
núcleos grandes, pálidos (cromatina 
dispersa) e nucléolo grande, bem 
evidente. 
Os grandes neurônios motores, situados nos cornos anteriores, apresentam citoplasma 
muito abundante, onde se podem individualizar grumos basófilos (corpúsculos de Nissl = 
RER). Os prolongamentos celulares não são evidentes com essa técnica de coloração, 
mas o início dos dendritos pode ser observado contendo no seu interior, corpúsculos 
(grumos) de Nissl. Ocasionalmente se observa o início do axônio, desprovido de 
corpúsculos de Nissl. As células gliais (da neuróglia), aqui representadas apenas pelos 
núcleos que se mostram menores do que os dos neurônios e com cromatina em grumos. 
Tais núcleos correspondem aos astrócitos protoplasmáticos, oligodendrócitos e a 
micróglia. O neurópilo que corresponde aos prolongamentos axônicos, dendríticos e gliais, 
de difícil interpretação nessa coloração, localizados entre os corpos celulares, constituindo 
uma rede eosinofílica. Ainda nos maiores aumentos, observe na substância branca: os 
axônios de coloração acidófila, rodeados por um anel branco que corresponde à porção 
lipídica da bainha de mielina que, habitualmente, é dissolvida por solventes durante o 
processo de inclusão do material em parafina. Observe o pequeno espaço que resta entre 
as fibras a glia onde os núcleos correspondem aos astrócitos fibrosos, oligodendrócitos e 
a micróglia. 
 
 Lâmina Nº28, no menor aumento, embora com 
dificuldade, devido à técnica de coloração utilizada, 
reconheça a medula espinhal seccionada 
transversalmente. Identifique a substância cinzenta, de 
localização central (com grandes células, coradas em 
azul, nos cornos ventrais, correspondendo aos neurônios 
motores) e a substância branca, de localização 
periférica. Nos maiores aumentos, observe na 
substância cinzenta os neurônios corados em azul pela 
tionina através do método de Nissl, com núcleos 
grandes, pálidos (cromatina dispersa) e com nucléolo bem evidente. Os neurônios motores 
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apresentam um citoplasma abundante, com grande quantidade de grânulos dispostos em 
acúmulos (grumos de Nissl), corados pela tionina. Relacione estes grumos com os 
elementos presentes no citoplasma do neurônio observado na eletromicrografia Nº35. Os 
prolongamentos celulares não são visíveis com essa técnica. Entretanto, alguns 
prolongamentos dendríticos podem ser identificados com a presença de corpúsculos de 
Nissl. Ocasionalmente, observa-se o início do axônio (cone de implantação) desprovido de 
grumos de Nissl. As células da glia aqui identificadas apenas pelos seus núcleos (com 
cromatina em grumos) que se apresentam menores do que os dos neurônios; estes 
núcleos pertencem aos astrócitos protoplasmáticos, oligodendrócitos e a micróglia. 
 
 Na eletromicrografia Nº35 que corresponde a um neurônio motor da medula 
espinhal, somente está representado um setor do grande núcleo (N) e uma porção do 
pericário que demonstra mitocôndrias (M) pequenas, numerosas e distribuídas ao acaso e 
neurofilamentos (*). Os lisossomos (Ly) são facilmente encontrados. O complexo de Golgi 
(G), que nessa célula é uma complicada estrutura reticular, aparece, no corte, constituído 
por vesículas e cisternas empilhadas. As massas de ribossomos, entremeadas com as 
cisternas dos retículos endoplasmáticos, representam os corpúsculos de Nissl (Ni). Como 
se pode observar em destaque dentro do Círculo, a maior parte dos ribossomos não está 
aderida às superfícies membranosas do retículo endoplasmático (ER). Em certo trecho, 
evidencia-se membrana celular (espessada) na região sináptica (cabeça de seta), entre 
elementos neuronais. Por fora, e junto ao pericário do axônio motor já descrito, observe 
presença de vesículas sinápticas (V) e mitocôndria (M’) em um segmento de um axônio e 
também um segmento de uma possível célula da neuróglia (Ng). 
 
 Na lâmina N79, no menor aumento, reconheça uma secção de cerebelo com seu 
aspecto arborescente, constituído de inúmeras folhas (lâminas) de dupla camada, uma 
externa (camada molecular), de cor rósea, e outra interna (camada granular), de cor azul 
intenso. Em conjunto, essas duas camadas constituem o córtex do cerebelo, ou seja, a 
substância cinzenta, que, nesse órgão é de localização periférica. Veja que tais folhas 
apresentam um eixo ramificado de cor rósea, de localização central, correspondendo à 
medula do cerebelo, ou seja, à 
substância branca. Nos 
maiores aumentos, perceba na 
substância cinzenta: Uma 
camada de células de Purkinge 
separando a camada molecular 
da camada granular. Alguns 
autores consideram-na como 
uma terceira camada do córtex 
cerebelar. As células de 
Purkinge são grandes, 
possuem um corpo piriforme, 
apresentando um longo 
prolongamento dendrítico, que 
se dirige e se ramifica na 
camada molecular. O seu 
axônio está voltado para a 
camada granulosa. A camada molecular que é acidófila (rósea) pela predominância de 
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fibras sobre as células. Nela os neurônios apresentam-se com núcleosarredondados, 
cromatina dispersa e nucléolo evidente. No 1/3 externo dessa camada, encontram-se os 
núcleos dos neurônios superficiais ou células estreladas externas ou pequenas e, no 1/3 
interno, os núcleos dos neurônios profundos ou células estreladas profundas ou grandes 
ou com cesto de Cajal. As células da glia correspondem aos núcleos menores. O neurópilo 
é representado pelo fundo acidófilo onde se encontram os outros elementos celulares 
(dendritos, fibras) não visíveis nessa coloração. A camada granular que é basófila (azul) 
pela densidade de núcleos. A maioria dos núcleos pertence aos neurônios pequenos, ou 
seja, às células granulares ou grãos. Os núcleos mais volumosos pertencem aos 
neurônios de Golgi (células estrelares grandes). Os núcleos das células gliais não são 
distinguidos com facilidade em virtude da grande densidade das células granulares. 
Observe a presença de zonas arredondadas homogêneas acidófilas entre os núcleos 
celulares. Tais zonas são os glomérulos cerebelares que correspondem às regiões de 
sinápse das fibras musgosas aferentes (nas áreas das rosáceas que são engrossamentos 
destas fibras, por meio de ramos curtos, grossos e varicosos) com as células granulares 
(na região das expanções digitiformes formados por 3 a 4 raminhos grossos e curtos nas 
extremidades dos dendritos ou seja, nas “mãos dos grãos”, que serão vistas em detalhe 
na lâmina Nº31) e também com as células de Golgi (em seus prolongamentos terminais 
ramificados engrossados = plexo axônico). Ainda nos maiores aumentos, observe na 
substância branca: o aspecto fibrilar do eixo acidófilo que sustenta as folhas (lâminas) do 
córtex cerebelar e a disposição paralela das fibras. As células gliais representadas pelos 
núcleos pequenos, de cromatina condensada, localizados entre as fibras. Os 
oligodendrócitos representados por núcleos que se organizam em fileiras. As bainhas de 
mielina que aparecem como zonas vazias (sem coloração) já que os lipídios são 
dissolvidos no processo de inclusão em parafina. 
 
 A eletromicrografia Nº51 corresponde a uma área de córtex cerebral onde se vê 
parte do corpo celular de um neurônio piramidal. O axônio deixa o corpo celular na região 
do cone de implantação (AH), onde se vê retículo endoplasmático rugoso (ER). Alguns 
ribossomos (r) são vistos no cone de implantação e diminuem (r1) no segmento inicial do 
axônio o qual apresenta feixes de microtúbulos (m) e mitocôndrias (mt). Além disso, 
podem ser identificadas terminações axônicas (At1) fazendo sinápse com o segmento 
inicial do axônio do neurônio piramidal. 
 
 Na lâmina N31, de cerebelo, onde se usou a impregnação argêntica (sais de prata) 
pelo método de Golgi, é possível observar detalhes citológicos dos diferentes tipos 
morfológicos de neurônios e células gliais, especialmente a disposição de seus 
prolongamentos dendríticos, que não foram vistos completamente na lâmina N 79 corada 
com HE. Com a técnica em questão, observamos os corpos celulares em preto como 
silhuetas recortadas sobre um fundo de coloração variando do amarelo (camada 
molecular), marrom claro (camada granular) até marrom escuro (substância branca). Os 
prolongamentos celulares e suas ramificações são vistos também em preto. Entretanto, a 
impregnação pelos sais de prata não é homogênea nem total, ou seja, determinada célula 
pode ou não ser corada completamente e suas características morfológicas podem não 
ser demonstradas como um todo. Por esse motivo, é recomendável observar diferentes 
regiões de uma mesma lâmina, e outras lâminas, para que se possa individualizar todos 
os componentes celulares e assim facilitar sua identificação. Nos maiores aumentos 
identificar as células de Purkinge que se apresentam com o corpo piriforme e 
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prolongamentos dendríticos grossos no início e que vão se multiplicando de forma 
arborescente; tais dendritos estão contidos na camada molecular enquanto o axônio na 
camada granular. As 
células estreladas 
grandes profundas ou 
células com cesto de 
Cajal localizadas na 
profundidade da camada 
molecular, com vários 
prolongamentos 
dendríticos bastante 
longos que deformam o 
corpo celular. As células 
estreladas pequenas 
superficiais, com corpo 
pequeno e 
prolongamentos em 
vários sentidos, 
localizadas na superfície 
da camada molecular. As células granulares que são as mais abundantes da camada 
granular e que apresentam pequeno corpo (em grão) e poucos prolongamentos 
dendríticos (3 a 6) curtos e delgados terminando em pequenos ramos digitiformes com 
características de “mão”. As células de Golgi que são células estreladas grandes, com 
prolongamentos em todas as direções, e que estão localizadas na camada granular, sendo 
menos numerosas do que as células em grão. Os astrócitos protoplasmáticos que são 
células da neuróglia, predominantes na substância cinzenta, apresentando 
prolongamentos múltiplos, muito ramificados e relativamente curtos, cobrindo o corpo 
celular. Os astrócitos fibrosos que são células da neuróglia predominantes na substância 
branca, apresentando prolongamentos alongados e menos ramificados do que os dos 
astrócitos protoplasmáticos, permitindo a visualização dos seus corpos. Não é difícil 
observar as extremidades dos prolongamentos (“pés sugadores”) destas células junto a 
paredes de vasos sanguíneos. 
 
 Lâmina N30 - Fragmento de cérebro onde se utilizou 
a mesma técnica de impregnação argêntica (sais de 
prata) pelo método de Golgi. No menor aumento, 
reconheça a substância cinzenta de localização periférica 
com fundo marrom claro ou amarelado e a substância 
branca, logo abaixo com fundo marrom mais escuro. No 
maior aumento, observar na substância cinzenta os 
neurônios que se apresentam de forma piramidal, estrelar 
e fusiforme. Os astrócitos protoplasmáticos com as 
mesmas características já descritas na lâmina N 31. 
Ainda no maior aumento, identificar na substância branca 
os astrócitos fibrosos com morfologia já descrita na lâmina 
N 31. Os oligodendrócitos que se apresentam com o 
corpo notório e prolongamentos escassos, delgados e pouco ramificados. 
 
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 Lâmina Nº35 - Corresponde a um 
pacote vásculo-nervoso. Os 
elementos vasculares, representados 
por estruturas luminares, serão 
estudados em aula posterior. No 
presente momento, somente os 
elementos nervosos serão 
analisados e estão representados 
aqui por típico nervo periférico, 
cortado transversalmente. Em menor 
aumento esse nervo consiste de 
vários fascículos arredondados 
contendo inúmeras fibras nervosas. 
Cada fascículo é revestido por uma 
lâmina de tecido conjuntivo denso, 
rico em fibras colágenas que corresponde ao perineuro. O nervo como um todo está 
encerrado numa bainha de tecido conjuntivo denso não modelado, o epineuro, que se 
apresenta menos denso entre os fascículos revestidos pelo perineuro. Vasos sanguíneos 
de tamanhos variados podem ser vistos no epineuro, que além de formar uma bainha 
forte, une os fascículos (tecido interfascicular). No maior aumento dentro dos fascículos, 
cada fibra nervosa (axônio) individual com sua célula de Schwann de revestimento, é 
circundada por um envoltório delicado de tecido conjuntivo de sustentação frouxo, 
vascularizado, denominado endoneuro. Ainda dentro dos fascículos, observe que a 
maioria dos núcleos pertence às células de Schwann que marcam o trajeto de axônios 
individualmente. Os fibroblastos do endoneuro estão dispersos entre as células de 
Schwann. Os núcleos das células de Schwann (mais numerosos) são distinguidos 
daqueles dos fibroblastos porque estes últimos são condensados e mais delgados. As 
fibras intensamente mielinizadas podem ser identificadas por um anel branco (não corado) 
que representa a bainha de mielina. Expliqueporque a mesma não aparece nas 
colorações de rotina tipo HE. O axônio, de localização central, e a margem periférica do 
citoplasma da célula de Schwann são corados em rosa (possuem propriedades de 
coloração eosinofílicas). 
 
 A lâmina Nº32 corresponde a 
um corte histológico de um 
gânglio espinhal (gânglio 
sensitivo). É um órgão 
localizado fora do SNC ligado à 
raiz dorsal do nervo espinhal 
(gânglio da raiz dorsal). Perceba 
a arquitetura desse gânglio 
sensitivo onde na periferia (zona 
cortical do gânglio) observam-se 
os corpos das células 
ganglionares (neurônios 
unipolares ou pseudo-unipolares) de tamanhos variados. No centro (zona axial ou medular 
do gânglio) estão localizadas as fibras nervosas que partem dos corpos dos neurônios 
pseudo-unipolares, constituindo fascículo de aspecto fibrilar. Lembre-se que essas fibras 
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vão se bifurcar fora do gânglio em um ramo central e um ramo periférico e que os impulsos 
que correm nesses ramos não passam pelos corpos neuronais dentro do gânglio. Em 
maior aumento, observe as características do corpo do neurônio pseudo-unipolar com 
pericárdio arredondado e núcleo com um nucléolo. Qual a função dos corpos neuronais 
nesse tipo de gânglio? Note que cada corpo do neurônio pseudo-unipolar é circundado, 
quase completamente, por uma série de células satélites arredondas. Atente para a 
função destas células. Repare que o gânglio é encapsulado por tecido conjuntivo denso 
que é contínuo com as baínhas epineural e perineural do nervo periférico associado. Qual 
a origem das células ganglionares, células satélites e células de Schwann? 
 
 Na eletromicrografia Nº36, que corresponde a cortes transversais de fibras nervosas 
periféricas, observam-se algumas fibras nervosas (NF) contidas nas invaginações 
citoplasmáticas de uma só célula de Schwann, sem formação de bainha de mielina (fibras 
nervosas amielínicas). Pode-se distinguir a membrana plasmática (→) da célula de 
Schwann que se invagina, sem descontinuidade desde a superfície, para rodear a fibra. 
Onde a fibra se encaixa profundamente na célula de Schwann, delimita-se um delgado 
canal pela aposição das bordas livres do citoplasma da célula de Schwann. O canal e as 
membranas citoplasmáticas da célula de Schwann que o limitam, constituem o mesaxônio 
(cabeças de setas brancas). As fibras nervosas mais espessas estão rodeadas por uma 
bainha de mielina (My). Observe que as lâminas da bainha de mielina, em destaque no 
círculo (My') representam sucessivas camadas de membrana plasmática da célula de 
Schwann. Recorde os componentes dessa bainha. O mesaxônio (X→) começando a girar 
em torno da fibra nervosa sugere como se forma essa bainha. Pode-se identificar por fora 
da bainha de mielina, uma parte do citoplasma da célula de Schwann (SC). Cada célula de 
Schwann está rodeada por uma membrana basal amorfa (BM) que a separa do tecido 
conjuntivo (CT) do endoneuro. 
 
 Na eletromicrografia Nº37, observa-se o nódulo de Ranvier onde a bainha de mielina 
(My) está interrompida. Perto do nódulo existe algum citoplasma da célula de Schwann 
que ocupa uma série de pregas, em forma de bico (X), que recobrem a fibra. No nódulo 
propriamente dito, apenas se interdigitam os processos expandidos (Pr) das células de 
Schwann vizinhas (SC) que cobrem assim a área nodal. Uma membrana basal (BM) e 
fibras de tecido conjuntivo (CT) do endoneuro completam o envoltório da fibra. O 
axoplasma é rico em neurofilamentos (Nf) e contém delicados elementos do retículo 
endoplasmático (ER) e um reduzido número de mitocôndrias (M). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. Esquematize o tecido nervoso no sistema central (cerebelo e medula espinhal) e no periférico 
(gânglio sensitivo e feixe vásculo-nervoso) e depois responda as perguntas abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Quais são as características mosrfológicas dos neurônios? 
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3. Como as células se organizam no sistema nervoso central? 
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4. Por que se forma o espaço peridural na região da medula espinhal? 
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5. Qual é a constituição de um feixe vásculo-nervoso? 
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6. Quais os tipos de neurônios encontrados nos gânglios sensitivos e intramurais? 
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7. Quais são as características morfofuncionais da neuroglia no sistema nervoso central (astrócito, 
oligodendócito e microglia)? 
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