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2. Ensaio de compressão triaxial • Consiste na aplicação de um estado hidrostático de tensões e um carregamento axial. • Pressão na água: pressão confinante (σc) ou pressão de confinamento → c.p. em estado hidrostático 2. Ensaio de compressão triaxial • Carregamento axial = força no pistão: ensaio com carga controlada • Carregamento axial = deslocamento da câmara: ensaio de deformação controlada • Não existe tensões de cisalhamento na base e no topo da amostra → planos principais = planos horizontal e vertical • No plano vertical (plano principal menor) atua a pressão de confinamento • No plano horizontal atua a tensão devida ao carregamento axial = tensão desviadora = acréscimo de tensão axial (σ1 - σ3) 2. Ensaio de compressão triaxial • durante o carregamento, medem-se, a diversos intervalos de tempo, o acréscimo da tensão axial e a deformação vertical do c.p. • pode haver controle da drenagem durante os ensaios ü drenagem + c.p. saturado variação de volume é determinada pela medida do volume de água que sai ou entra no c.p. (acoplar buretas graduadas nas saídas de água) ü drenagem + c.p. seco através de sensores no c.p. (dentro da câmara) ü drenagem não permitida pressão neutra medida por transdutores conectados nos tubos de drenagem Ensaios triaxiais convencionais: CID ou CD – Consolidated Drained Ensaio Adensado Drenado: também conhecidos como “ensaios lentos” (S – slow), são ensaios que há permanente drenagem do c.p. Aplica-se a pressão confinante e espera-se que o c.p, adense (dissipação da poro-pressão). Aumenta-se a tensão axial lentamente para que a água sob pressão saia (pressão neutra durante todo ensaio é nula). Parâmetros determinados: c’ e φ’ Ensaios triaxiais convencionais: CIU ou CU – Consolidated Undrained Ensaio Adensado Não Drenado: também conhecido como “ensaio rápidos pré-adensado” (R) onde primeiro aplica-se a pressão confinante e deixa-se dissipar a pressão neutra correspondente. O c.p. adensa sob a pressão confinante. A seguir, carrega-se axialmente sem drenagem. O ensaio indica a resistência não drenada em função da tensão de adensamento. Se as pressões neutras foram medidas, a resistência em termos de tensões efetivas também é determinada. Ensaio muito empregado pois permite determinar a envoltória de resistência em termos de tensões efetivas num prazo menor que o ensaio CD. Parâmetros determinados: c’ e φ’ Ensaios triaxiais convencionais: • consolidado – drenado (CD) I. Aplicar σc com drenagem aberta; II. Aplicar σd com drenagem aberta. ∴ ue ~ 0 ; ΔV ≠ 0 • consolidado – não drenado (CU) I. Aplicar σc com drenagem aberta; II. Aplicar σd com drenagem fechada. ∴ ue ≠ 0 ; ΔV = 0 Ambos os tipos de ensaios usados para determinar: c’ e φ’ Para interpretar os resultados de ensaios triaxiais, utiliza-se o Círculo de Mohr. na ruptura σ3 = σr σ1 = σ3 + σdr A Far dr =σ T τr σr c’ φ’ σ3 σ1 σr : σ no plano de ruptura; τr : τ no plano de ruptura. Ensaios triaxiais convencionais: UU – Unconsolidated Undrained Ensaio Não Adensado Não Drenado: tambem conhecido por “ensaio rápido” (Q – quick), onde o c.p. é submetido à pressão confinante e ao carregamento axial sem que permita qualquer drenagem. O teor de umidade permanece constante e se o c.p. estiver saturado, não haverá variação de volume. A velocidade de carregamento pode ter influencia muito grande no resultado. Parâmetros determinados: cu e φu Ensaios triaxiais convencionais: • não consolidado – não drenado (UU) I. Aplicar σc com drenagem fechada; II. Aplicar σd com drenagem fechada. ∴ σc = σ3 = Δu ; Δσ’3 = 0 Todos os corpos de prova devem ser ensaiados nas σ’ de campo Exemplo 1: Um ensaio triaxial consolidado e drenado apresentou os resultados abaixo. Calcular os parâmetros de resistência ao cisalhamento. σd σ’3 σd σ’3 σ’3 σ’3 σ’3 = 100 kN/m2 σ’3 = 200 kN/m2 σd (kN/m2) ε = ΔH/H (%) ue ~ 0 (drenagem aberta) σ1 ~ σ’1 σ3 ~ σ’3 400 200 Na ruptura: c.p. 1: σ’3 = 200 kN/m2 σd = 400 kN/m2 σ’1 = 200 + 400 = 600 kN/m2 c.p. 2: σ’3 = 100 kN/m2 σd = 200 kN/m2 σ’1 = 100 + 200 = 300 kN/m2 5,0 200600 200600 '' ''' 31 31 = + − = + − = σσ σσ φsen °= 30'φ 0'=c Traçar círculo de Mohr ou 2 '' 31 σσ −=CD Exemplo 2: Um ensaio triaxial consolidado e não drenado em solo argiloso saturado apresentou os resultados abaixo. Calcular c’ e φ’. σd (kN/m2) εa (%) σ3 = 85 kN/m2 σ3 = 125 kN/m2 110 73 u (kN/m2) εa (%) 50 35 Na ruptura: c.p. 1: σd = 110 kN/m2 u = 50 kN/m2 σ’3 = σ3c – u = 125 – 50 = 75 kN/m2 σ1 = σ3c + σd = 125 + 110 = 235 kN/m2 σ’1 = σ1 – u = 235 – 50 = 185 kN/m2 c.p. 2: 423,0 75185 75185 '' ''' 31 31 = + − = + − = σσ σσ φsen °= 25'φ 0'=c Traçar círculo de Mohr ou 2 '' 31 σσ −=CD σd = 73 kN/m2 u = 35 kN/m2 σ’3 = σ3c – u = 85 – 35 = 50 kN/m2 σ1 = σ3c + σd = 85 + 73 = 158 kN/m2 σ’1 = σ1 – u = 158 – 35 = 123 kN/m2 Observação: No caso de solo argiloso saturado, o ensaio triaxial consolidado e não drenado – CU é em geral mais conveniente que o drenado – CD dissipação de u muito lenta !!!