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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Ciências de Tecnologia – CCT Unidade Acadêmica de Física – UAF Relatório: Teorema dos Eixos Paralelos. Disciplina: Física Experimental I – Turma 08. Professor: Alexandre José de A. Gama. Aluno: Francisco Alex de Sousa Silva. Curso: Engenharia Química. Matrícula: 117110128. Campina Grande - PB Junho/2018 2 1. Introdução 1.1. Objetivos Estudar as oscilações de uma haste delgada em torno de vários pontos ao longo de seu eixo. Através desse estudo, determinar uma expressão para o Teorema dos Eixos Paralelos. 1.2 Material • Corpo Básico; • Armadores; • Manivela; • Pêndulo Físico; • Suporte para Pêndulo Físico; • Balança; • Conjunto de Massas Padronizadas; • Escala Milimetrada; • Cronômetro; • Cordão; • Alfinete. 1.3 Montagem Figura 01 – Esquema de montagem. Fonte: Apostila de Física Experimental. 3 2. Procedimentos e Análises 2.1 Procedimentos Da experiência anterior (Pêndulo Físico), já tínhamos medido a massa do pêndulo físico. Um corpo básico já estava montado na posição vertical de trabalho, e com o suporte para pêndulo físico encaixado. Medimos e anotamos as distâncias l entre os pequenos orifícios do pêndulo e o seu centro de massa. Introduzimos simultaneamente o alfinete no pequeno orifício do suporte e no orifício da extremidade do pêndulo físico. A lingueta já se encontrava na direção vertical, paralela ao pêndulo físico. Cuidamos para que o pêndulo físico não tocasse nas paredes internas do suporte, e colocamos para oscilar, de forma que seu ponto inferior não sofresse deslocamentos muito maiores que a largura da lingueta, assim, o deslocamento angular máximo, em relação ao equilíbrio, seria bem menor que 15°, e o movimento poderia ser considerado harmônico simples. Medimos o intervalo de tempo gasto em dez oscilações completas do pêndulo e anotamos o seu período na TABELA I. Colocamos o alfinete nos vários orifícios do pêndulo físico e repetimos os passos necessários para completar a TABELA I. 2.2 Medidas e Tabelas Massa do Pêndulo Físico: m = 38,65 g. TABELA I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 l (cm) 33,0 30,0 27,0 23,5 20,0 17,0 13,5 10,0 7,0 T (s) 1,30 1,08 1,16 1,00 1,02 1,01 1,15 1,15 1,35 Fonte: Autor, 2018. 2.3 Análises A partir do estudo do movimento do Pêndulo feito na experiência do Pêndulo Físico, concluímos que o momento de inércia do mesmo (em relação ao eixo em torno do qual as oscilações ocorrem) é dado por: 𝐼 = 𝑇2 4𝜋2 𝑚𝑔𝑙 Utilizando a expressão acima, preenchemos a tabela abaixo que dá a relação entre I e l. TABELA II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 I (kg.m2) 0,0054 0,0034 0,0035 0,0023 0,0020 0,0017 0,0017 0,0013 0,0012 l (m) 0,330 0,300 0,270 0,235 0,200 0,170 0,135 0,100 0,070 Fonte: Autor, 2018. Obs.: O gráfico em papel milimetrado, encontra-se em anexo. Analisando o gráfico, percebemos que é viável fazermos a suposição de que a curva seja descrita por uma expressão do tipo: 4 𝐼 = 𝑎 + 𝑏𝑙2 pois o gráfico é da forma de uma parábola com vértice na origem, sobre a ordenada. Fazendo x=l2, temos que: 𝐼 = 𝑎 + 𝑏𝑥 Os valores de x e l seguem na tabela abaixo: TABELA III 1 2 3 4 5 6 7 8 9 I(kg.m2) 0,0054 0,0034 0,0035 0,0023 0,0020 0,0017 0,0017 0,0013 0,0012 x(m2) 0,1089 0,0900 0,0729 0,0552 0,0400 0,0289 0,0182 0,0100 0,0049 Fonte: Autor, 2018. Com os valores da tabela III, podemos traçar outro gráfico, agora de I versus x. (Em anexo) 3. Conclusões Percebemos que o último gráfico é uma reta, o que comprova a suposição feita anteriormente que a função do momento de inércia seria dada através da expressão: 𝐼 = 𝑎 + 𝑏𝑥 Calculando os parâmetros da reta, temos que: 𝐼 = 0,0005 + 0,03𝑥 Na expressão acima, se fizermos x=l=0, encontraremos o momento de inércia ICM do Pêndulo em relação ao eixo perpendicular que passa pelo seu centro de massa. Notamos então, que é o próprio parâmetro a da reta, então: 𝑎 = 𝐼𝐶𝑀 𝐼𝐶𝑀 = 0,0005 Podemos ainda, comparar o parâmetro b com o valor da massa do Pêndulo Físico, teríamos, no MKS: 𝑏 = 0,03 𝑚 = 0,03865 Se considerarmos o parâmetro acima como sendo a massa do Pêndulo, estaríamos cometendo um erro de: 𝐸(%) = |𝑚 − 𝑏| 𝑚 ∗ 100 = |0,03865 − 0,03| 0,03865 ∗ 100 𝐸(%) = 22,38033635 ≈ 22,38% Podemos deduzir a expressão literal para o momento de inércia de um corpo em relação a um eixo qualquer, que é: 𝐼 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚𝑙 2 expressão conhecida também como Teorema dos Eixos Paralelos. 5 Igualando a expressão obtida acima com 𝐼 = 𝑇 2 4𝜋2 ⁄ ∗ 𝑚𝑔𝑙, temos que: 𝑇2 4𝜋2 ⁄ ∗ 𝑚𝑔𝑙 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚𝑙 2 ∴ 𝑇 = 2𝜋√ 𝐼𝐶𝑀 𝑚𝑔𝑙 + 𝑙 𝑔 Com a expressão obtida acima podemos estudar o comportamento do período T em função da distância l. Sabemos que: 0 < l < L, portanto T é finito. Fazendo com que l tenda para 0 e infinito, temos: 𝑙 → 0, 𝑇 → ∞ 𝑙 → ∞ , 𝑇 → ∞ Acerca dessas informações podemos esboçar o gráfico e T versus l, que seria: Quando l diminui, o período diminui e depois volta a crescer. Poderíamos pensar na suposição que a curva do primeiro gráfico obtido fosse descrita através de: 𝐼 = 𝐴𝑒𝑏𝑙 mas é fácil perceber que por esta expressão o gráfico passaria pela origem, o que não é verdade. Caso a curva realmente fosse descrita por esse modelo, teríamos que usar o papel monolog para linearizar a função e assim determinarmos seus parâmetros A e B. Calculando-se agora o momento de inércia, para l = 0,3300m, através da expressão experimental e através da teórica temos: Expressão teórica: 𝐼 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚𝑙 2 = 0,0005 + 0,03865 ∗ 0,3302 = 0,004708985 ≈ 0,0047 𝑘𝑔. 𝑚2 Expressão experimental: 𝐼 = 𝑎 + 𝑏𝑥 = 0,0005 + 0,03865 ∗ 0,1089 = 0,004708985 𝑘𝑔. 𝑚2 Calculando agora o erro entre as duas medidas: 𝐸(%) = |𝑉𝐸𝑋𝑃 − 𝑉𝑇𝐸𝑂| 𝑉𝑇𝐸𝑂 ∗ 100 = |0,004708985 − 0,0047| 0,0047 ∗ 100 6 𝐸(%) = 0,1910638398% ≈ 0,19% Há três erros sistemáticos importantes neste experimento, o primeiro é que consideramos a barra como sendo completamente uniforme, o que não é verdade (há furos nela), o segundo é a desconsideração do atrito entre o orifício do eixo e o alfinete (o que influenciou muito quando se fizeram as oscilações em eixos muito próximos ao centro de massa), o outro erro é considerarmos a barra como tendo uma única dimensão.
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