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DISCURSO SOBRE A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS DE JEAN JACQUES ROUSSEAU

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Faculdade de Direito
FICHAMENTO DO LIVRO “O DISCURSO SOBRE A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS DE JEAN JACQUES ROUSSEAU”
CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA
Professora Marcia Cristina de Souza Alvim
DESCRIÇÃO
Autora Juliana Medeiros
Turma 1 S
TIA 31910882
Ano 2019
1. EPÍGRAFE
“Não se pode perguntar qual é a fonte da desigualdade natural, porque a resposta se encontraria enunciada na simples definição da palavra. Ainda menos se pode procurar se haveria alguma ligação essencial entre duas desigualdades, pois isso se equivaleria a perguntar, por outras palavras, se aqueles que mandam valem necessariamente mais do que os que obedecem (...) De que, pois, se trata precisamente neste discurso? De marcar no progresso das coisas o momento em que, sucedendo o direito à violência , a natureza foi submetida à lei;”
2. RESUMO
 
A obra é dividida em duas partes, na primeira, o homem é analisado tanto em seu estado natural como sua transição civilizatória, e na segunda parte, é defendida a ideia de que as desigualdades têm sua origem no estado de sociedade em que se tem o homem social. Dessa forma, a desigualdade natural não é objeto de estudo decorrido por Rousseau. A abordagem do livro trabalha a desigualdade moral ou política. (diferença apontada no início da obra).
3. INTRODUÇÃO
Este fichamento tem como objetivo fazer uma análise crítica da obra Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau. Calco suas doutrinas e reflexões acerca do entendimento do homem natural, bem como sua transição civilizatória que motivou a desigualdade. 
4. DESENVOLVIMENTO
4.1. BIOGRAFIA DO AUTOR
 
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra no ano de 1712 e morreu no de 1778. 
Dotado de excepcionais qualidades de inteligência e imaginação, foi ele um dos maiores escritores e filósofos do seu tempo. Em suas obras, defende a ideia da volta à natureza, a excelência natural do homem, a necessidade do contrato social para garantir os direitos da coletividade. Seu estilo, apaixonado e eloquente, tornou-se um dos mais poderosos instrumentos de agitação e propaganda das ideias que haviam de constituir, mais tarde, o imenso cabedal teórico da Grande Revolução de 1789-93. Ao lado de Diderot, D’Alembert e tantos outros nomes insignes que elevaram, naquela época, o pensamento científico e literário da França, foi Rousseau um dos mais preciosos colaboradores do movimento enciclopedista. Das suas numerosas obras, podem citar-se, dentre as mais notáveis: Júlia ou A Nova Heloísa (1761), romance epistolar, cheio de grande sentimentalidade e amor à natureza; O Contrato Social (1762), onde a vida social é considerada sobre a base de um contrato em que cada contratante condiciona sua liberdade ao bem da comunidade, procurando proceder sempre de acordo com as aspirações da maioria; Emílio ou Da Educação (1762), romance filosófico, no qual, partindo do princípio de que “o homem é naturalmente bom” e má a educação dada pela sociedade, preconiza “uma educação negativa como a melhor, ou antes, como a única boa”; As Confissões, obra publicada após a morte do autor (1781-1788), e que é uma autobiografia sob todos os pontos-de-vista notável.
 
4.2. DEDICATÓRIA
A obra foi direcionada aos cidadãos de Genebra, cidade natal de Rousseau, como forma de homenagem ao que julga o local de melhores máximas que o bom senso poderia ditar e o mais próximo de um Estado virtuoso. Ainda afirma a união do soberano e o povo como um governo democrático sabiamente moderado. Cita também a felicidade dos cidadãos, bem como bases sólidas e magistrados competentes.
4.3. PREFÁCIO
As desigualdades entre os homens começaram a partir da transição do homem natural para o homem social (civilização). Como atesta na passagem “o primeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo”. No entanto, é por meio do conhecimento do homem natural que se inicia a resolução da questão primária do Discurso. Neste momento surge um paradoxo, já que para se compreender o homem natural é necessário despir-se do conhecimento do homem civilizado, isto é, quanto mais a razão for utilizada para entender o homem natural mais distante nos colocamos dele. Conclui-se desta maneira que antes da razão, dois pilares fundamentais sustentam a alma humana: preservação do próprio indivíduo e sentimento de misericórdia. Esses dois princípios decorrem de todas as regras do direito natural. 
Na empreitada do conhecimento do homem natural, por meio das bases do direito natural é possível determinar a lei que convém melhor à constituição da sociedade primária e a compreensão de que é preciso não só a vontade daquele que ela obriga possa submeter-se a ela com conhecimento, mas ainda, para que seja natural, que fale imediatamente pela voz da natureza.
4.4. DISCURSO – PRIMEIRA PARTE
Rousseau inicia sua a obra fazendo uma distinção das duas desigualdades existentes na espécie humana: a desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política, segundo a segunda o principal foco, já que provém da influência de um homem à outro.
 No primeiro discurso realiza a análise do homem natural, através do seu aspecto físico e posteriormente metafísico e moral. Para o autor, não existem motivos que leve o homem natural a viver em sociedade, já que o considera um ser solitário, que vive o presente, e que age aguçado por instintos, isto é, uma razão potencial, que promove a autopreservação, bem como a compaixão por seus semelhantes. Também discorre sobre a capacidade de aprendizagem, a inocência, e a liberdade combinada com a aptidão de aperfeiçoamento. Utiliza como forma de exemplificação o surgimento da comunicação da simbologia.
 Encerra a primeira parte revelando que a passagem do homem natural ao homem social, que é a origem das desigualdades, não pode ser obra do próprio homem, mas sim de algum fator externo.
4.5. DISCURSO - SEGUNDA PARTE
Na segunda parte do discurso, Rousseau descreve como se deu a transição geradora da desigualdade, isto é, do homem natural para o social, atrelada a ideia de adaptação, já que houve uma necessidade de superação de entraves (fatos externos), adquirindo, dessa forma, novos conhecimentos. 
Explica, portanto, a ruptura baseando-se nas superações de dificuldades (tais como clima e necessidade de alimento), criando a pesca, a caça e a noção de “casa”, além de estabelecimento de laços com outros homens, surgindo daí, por exemplo, a constituição de famílias e a criação de linguagem para comunicação.
É do convívio em sociedade que a adaptação do homem se estende, e por meio da compreensão de cada qual como indivíduo surge também a competitividade. Dessa discórdia, numa comunidade sem leis e líder, cada indivíduo age conforme sua consciência e vontade, isto é, seus próprios interesses.
Juntamente a isso, Rousseau mostra a origem da desigualdade, no momento em que se dá a Grande Revolução, com o surgimento da agricultura e metalurgia, em combinação com a noção de propriedade e divisão do trabalho. Daí se desenrola toda a lógica econômica de acumulação de capital e concentração de riquezas e por conseguinte a desigualdade. Outro termo da desigualdade seria o despotismo, também causador das mesmas causas. 
Com o desenvolvimento das complexidades da convivência em sociedade, Rousseau passa a considerar a existência de governos que podem ter surgido na época:
Descarta a instituição de um governo opressor, devido ao sentimento de liberdade que não daria espaço para tal. 
A fim de assegurar a liberdade, acredita que os governantes surgidos foram eleitos, sendo que a comunidade decidia em quem ficaria concentrada a obrigação de governa-la (Originando um estado monárquico ou aristocrático).
Se todospossuíssem qualidades iguais, e optassem por administrar em conjunto surgiria uma democracia. 
As distorções da democracia de governo movidas pela ambição de alguns deram espaço para o aparecimento de estados centralizadores e ditatoriais.
É depois do estado do Homem Natural, portanto, que se dá a desigualdade, passando para o estado político e corrupto, sendo a única solução, a resolução de um contrato social. 
5. CONCLUSÃO
Na citação de Rousseau “sendo quase nula a desigualdade no estado de natureza, deve sua força e desenvolvimento a nossas faculdades e aos progressos do espírito humano, tornando-se, afinal, estável e legítima graças ao estabelecimento da propriedade e das leis... (pág. 86)”  todos os acontecimentos relacionados a mudança do estado natural para o estado social deram origem as desigualdades entre os homens. E através da comparação de sociedades e noções de estado (natural e social-atual (vigente)) e distanciamento delas.
Levando em consideração que é inevitável viver como o homem natural, devido à perfectibilidade, para que seja possível a construção de uma sociedade harmoniosa, é necessário que haja uma relação de cumplicidade entre os governantes e governados baseando-se principalmente na liberdade, e seguindo a proposta do “Contrato Social”, onde Rousseau propõe uma vontade geral, sugerindo que todos devessem unir-se em prol de um bem comum garantindo além de liberdade, igualdade e justiça que se perderam na passagem do estado de natureza para a sociedade civil.

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