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Qualidade Nutricional de farinhas de inhame (Dioscorea dumetorum e D. rotundata) para ratos em crescimento Lape IM, Treche S J Sci Food Agric 1994, 66.441-455 Graduanda: Caroline A.Pires Dioscorea rotundata e D. dumetorum Dioscorea rotundata: inhame branco popular, longa vida de prateleira, disponível durante todo o ano Dioscorea dumetorum: inhame doce, consumo exclusivo durante período de colheita, menor tempo de prateleira devido à efeito de endurecimento pós-colheita Resistentes a cocção e mastigação Consumo prejudicado Mas... D. dumetorum tem proteína bem equilibrada em AA essenciais (limitante: lisina) Amido altamente digerível Refração de raios X semelhantes à dos cereais Possui alto rendimento Farinhas Instantâneas Tornar o D. dumetorum mais útil para alimentação Aumenta vida de prateleira Composição química semelhante à de tubérculos frescos Manutenção das características sensoriais Permite utilização em preparações, como bolos. Objetivo Avaliar o valor nutricional de farinhas de inhame D. dumetorum em comparação com farinhas preparadas a partir de inhame D. rotundata, em ratos em crescimento. Materiais e métodos: Dieta Crua Cozida À Vapor Descascar e cortar (3mm de espessura) Descascar e cortar (3mm de espessura) Descascar e cortar (3mm de espessura) Secagem por convecção de ar (forno) Fervura por 30 à 40min Cozinhar por 5 minutos à 120 °C Moagem Secagem Secagem Peneiramento Moagem Moagem Peneiramento Mix de minerais e vitaminas foram utilizados O controle da dieta foi à base de caseína Suplementadas com AA essenciais Total de 8 dietas * Controle à base de caseína; Dieta Aproteica 6 dietas à partir do inhame ( 3 do D. dumetorum e 3 do D. rotundata) Preparo em grandes quantidades e armazenadas livre de luz à 4°C Materiais e métodos: Animais Ratos albinos da linhagem Winstar recém desmamados Dois lotes; dois conjuntos de ratos em dois tempos ( gaiola metabólica) Lote 1: Oito machos (caseína e dieta cozida) e 4 machos (aproteica) Lote 2: Seis ratos (3M e 3F para caseína e dieta crua e à vapor) e quatro ratos (2 M e 2 F para dieta aproteica) Características semelhantes; Gaiolas metabólicas individuais (22°C, 60%UR e ciclo claro escuro de 12h) 7 dias de adaptação 10 dias de experimentação Água ad libitum Pesados a cada 3 dias do período experimental Últimos 5 dias do periodo experimental: coletas diária de urina e fezes de cada rato, reunidas e congeladas para análise. Amostra de 0,5 ml de 4,8 M de HCl = evitar perda de N como amônia Materiais e métodos: Análises Alimentos, fezes e material do solo: liofilizadas (calorímetro Gallenkamp) Peso seco, N e minerais em fezes e urina: alíquotas das coleções de 5 dias Análises em triplicata Água: Peso constante por secagem a 105°C Açúcares solúveis totais: método colorimétrico Anthron Amido: método enzimático de Thivend et al Fibra: método do ácido fórmico e ADF Proteína bruta: Método de Kjeldahl Aminoácidos: método de Moore e Stein Materiais e métodos: Avaliação nutricional Proteína Taxa de eficiência protéica (PER) Razão Protéica Líquida (NPR) Utilização líquida da proteína (NPU) (%) Valor biológico (BV) Digestibilidade Verdadeira de Nitrogênio (TND) 2) Outros nutrientes Digestibilidade aparente (AD) (%) Análise de dados Consumo alimentar, ganho de peso, proteína e minerais e os parâmetros relacionados: a média e desvio padrão computados à partir de dados analíticos Digestibilidade Aparente: à partir de resultados analíticos Comparação pareada por T-Student e 5% de nível de significância Resultados Consumo maior de dietas à base de D.rotundata Crescimento, digestibilidade aparente e de matéria orgânica aparente e parâmetros pertencentes ao uso da proteína maiores em D. dumetorum Não houve diferença significativa dos parâmetros de uso da proteína entre a dieta controle e as dietas cozidas e à vapor (embora caseína seja maior) Dieta à base de caseína mais nutritiva que qualquer dieta com farinha crua. DA de carboidrato maior em dietas D. dumetorum, especialmente as cruas. Digestibilidade e retenção de Mg superiores em D.rotundata ( para dietas com tratamento de calor e umidade) Digestibilidade e retenção de Mg superiores em D.dumetorum (dietas cruas) Digestibilidade e retenção de Fe não confiáveis, porque estava em maior quantidade nas fezes do que ingestão alimentar. Discussão Amido bruto de tubérculos tem difícil digestão. O tratamento com umidade e calor melhoraria esse panorama? Indícios que não! De Vizia (1975): amidos de batata x crianças de 1-2 anos Cocção x fonte do amido Afirmação por diversos autores: “ Os seres humanos digerem amidos de cereais mais facilmente do que os amidos de batata” Então... A semelhança do amido de D.rotundata e D. dumetorum com amidos de cereais (estrutura, sensibilidade e alfa-amilase) poderiam explicar resultados obtidos Utilização da proteína Fatores que influenciam: Estrutura e suscetibilidade à enzimas proteolíticas Presença de inibidores Natureza do amido a influência de inibidor de tripsina sobre digestibilidade da proteína é improvável, já que seus níveis nas farinhas de inhame foram baixos A influência de inibidor de tripsina sobre digestibilidade da proteína é improvável, já que seus níveis nas farinhas de inhame foram baixos Menor digestibilidade proteica e sensibilidade ao tratamento causando a desnaturação e indisponibilidade de aminoácidos em D. rotundata? A fonte de carboidrato parece ser a melhor explicação para a interferência na utilização da proteína Não são suficientes para explicar as diferenças na digestibilidade da proteína e metabolismo observado. Conclusão Qualquer que seja o método, farinhas de D. dumetorum promovem maior crescimento e tem maior valor nutricional para o rato crescente Tratamento antes do processamento melhora valor nutritivo Cocção melhorou digestibilidade do inhame em todos os aspectos, além da utilização líquida da proteína A diferença de valor nutricional pode ser explicada pela natureza e digestibilidade do amido Conclusão Fracas frações de amido digestível poderia reter aminoácidos e prejudicar a sua absorção e, com prolongado tempo de trânsito, servir como substrato para a proliferação bacteriana no ceco e no cólon, provocando assim um aumento N fecal OBRIGADA!
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