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Apostila de GEOGRAFIA 
 PRÓ-TÉCNICO
Jaína Cristina Gomes Cintra
	
	
	
 5
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA E REPRESENTAÇÃO ESPACIAL 
Escala Cartográfica 
A escala cartográfica é muito utilizada dentro da Geografia para elaboração de mapas. Praticamente não existe mapa ou representação cartográfica que não tenha a "Escala" indicada. Sem ela fica impossível ter precisão nas informações.
A escala cartográfica é uma ferramenta utilizada para estudar e perceber a relação entre as dimensões dos elementos contidos no mapa e a realidade do terreno.
A cartografia é uma ciência que auxilia a geografia, pois, através do estudo das representações feitas a partir dos mapas, pode obter maiores detalhes de um local.
Mas, o que é a escala cartográfica? – A escala é a relação entre a realidade e o que está sendo representado no papel. Quando se representa a superfície, utiliza-se uma linguagem própria, a linguagem cartográfica, portanto podemos fazer uma leitura de fenômenos, distâncias, e tirar nossas conclusões.
Mas, para isso, precisamos entender os códigos que os mapas trazem e decifrar a legenda. Veja no exemplo acima que no mapa do Brasil a escala indicada é uma. Mas, na expansão do Estado do Rio de Janeiro a escala é outra, mostrando muito mais detalhes.
A escala cartográfica pode ser expressa de duas maneiras: 1 – Escala Numérica; e, 2 – Escala Gráfica.
Escala Numérica: expressa a redução da distância da superfície real. É representada por uma fração. Exemplo: 1:100 000 (lê-se, escala um por cem mil ou um para cem mil). Portanto significa que essa escala foi reduzida 100 mil vezes.
Escala Gráfica: É representada por uma linha em forma de um gráfico, indicando a distância real com as distâncias do mapa. Exemplo
Os mapas da escala numérica trazem como unidade o centímetro (cm), e as distâncias reais são medidas em quilômetros (Km).
Acompanhe o raciocínio para entender: No exemplo acima da escala numérica, 1 cm no mapa corresponde a 1 km na realidade.
Calculando a distância no mapa:
Para se calcular a distância entre dois pontos no mapa temos a seguinte fórmula:
D= E.d
Onde:
D= distância 
E= Escala real
d= Distância no mapa
Exemplo: Um mapa de escala 1:200 000 possui entre dois pontos 20 cm de distância. Calcular a distância real.
É só aplicar na fórmula:
D= 200000 x 20 = 4000 000 cm ou 40 km.
Agora uma importante dica:
A escala é inversamente proporcional, ou seja: quanto maior o denominador, menor a área representada no mapa. Representando menor riquezas de detalhes. Veja na imagem:
Mapa 1 – Com uma escala de 1:79 000 000 (1 para 79 milhões), escala onde se visualiza o Brasil inteiro, porém com menor detalhes.
Figura 2 – E, quanto menor o denominador, maior a área representada, apresentando maior riqueza de detalhes.
Veja no Mapa 2 para entender por que quanto menor o denominador da escala, “maior” fica a imagem em relação aos detalhes apresentados. Na prática, você enxerga melhor numa escala onde o denominador é menor.
Mapa 2- Com uma escala de 1:29 000 000 (um para 29 milhões), escala onde se visualiza com maior riqueza de detalhes alguns estados brasileiros.
Dica importante: Quanto maior a escala, menor a área representada no mapa (poucos detalhes). Quanto menor a escala, maior a área representada no mapa (maiores detalhes). Se liga!
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO 
Explique com suas palavras o conceito de escala cartográfica e cartografia.
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O que é escala cartográfica?
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Qual a diferença entre a escala numérica e a escala gráfica?
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Explique a diferença entre uma escala maior e uma escala menor.
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Um mapa de escala 1:1 000 000 possui entre dois pontos 10 cm de distância. Calcular a distância real.
Perfis topográficos e blocos-diagramas
Você conhece os planos topográficos, curvas de nível e as anamorfoses? Não
Quando se pensa em Cartografia, logo vem a mente mapas e plantas. No entanto, essas não são as únicas formas de representação do espaço geográfico. Para determinados fins, outros modos de representar a realidade ou uma informação podem ser mais eficientes.
O trabalho do cartógrafo a princípio é produzir mapas. Mas, não é só isso. Além dos mapas, há outras formas de representação da superfície terrestre e/ou dos fenômenos que ocorrem na Terra. Do ponto de vista didático e prático, esses outros modos podem ser mais eficientes na tarefa de mostrar a realidade.
Por vezes nos deparamos com mapas que, por mais que as informações necessárias para correta interpretação estejam presentes na legenda, são de difícil compreensão. Para aprimorar esse aspecto da Cartografia, foram criadas formas diferenciadas para solucionar essa questão.
 
Uma dessas dificuldades inclusive era numa área estratégica para qualquer país do mundo. Conhecer com precisão o relevo do território é uma questão bastante importante. Decisões como o traçado de uma rodovia ou mesmo a instalação de uma ponte necessitam de informações bastante complexas que os mapas “comuns” dificilmente teriam condições de fornecer.
Qual foi a solução criada então?
As curvas de nível são representações do modelado terrestre presentes no que se conhece como carta topográfica. A carta topográfica consiste num mapa com escala que representa a superfície da Terra com o modelado terrestre (relevo) em evidência. Para evidenciar o relevo, são utilizadas as curvas de nível. Veja abaixo com elas funcionam:
Curvas de nível: ilustração da técnica utilizada para, a partir do perfil topográfico, ser produzida a representação com curvas de nível.
Primeiramente, pode-se observar o perfil topográfico do relevo que será representado através das curvas de nível. Nele, há um relevo que possui as encostas com inclinações diferenciadas: uma com ângulo de inclinação mais suave e outra mais íngreme.
Ainda no perfil topográfico, existem linhas horizontais que representam as cotas altimétricas. As cotas são definidas em metros, em relação ao nível do mar, pela altitude do relevo. Ou seja, no caso da ilustração acima, a cada 20 metros é traçada uma linha que representa a cota altimétrica.
Para passar o modelado do relevo para um plano, traça-se uma linha reta em que serão marcados os pontos em a cota cruza o relevo, representado pelas linhas tracejadas vermelhas. Finalmente, com os pontos marcados na linha horizontal, são desenhadas as curvas de nível.
Repare que na encosta mais íngreme do relevo, as cotas ficam mais próximas umas das outras. Isso indica que, para subir 20 metros de altitude no morro, percorre-se uma distância menor que na outra encosta, de inclinação mais suave em que as cotas estão mais separadas.
Em que outras situações usamos formas diferentes de mapas?
Muitas vezes é conveniente usar uma forma mais “didática” para representar num mapa alguma informação. Mesmo que esteja explícito na legenda, pode ser difícil de visualizar. Quando há necessidade de comparar dados, cores e símbolos podemser pouco eficientes.
Há uma forma de tornar o mapa temático bastante simples de compreender. Observe a figura abaixo:
Anamorfose: Disponibilidade de recursos hídricos por país.
Anamorfose: Mapa mundi representando através da proporcionalidade dos territórios dos países que possuem mais recursos hídricos (aparecem maiores no mapa) e os que possuem menos recursos hídricos (aparecem menores no mapa).
Denominada anamorfose, esse mapa proporciona visualizar, através do tamanho dos territórios, os países que possuem mais e menos recursos hídricos em seu território. Simples de entender.
Pode-se observar que países como Brasil e Nova Zelândia aparecem superdimensionados no mapa. Conclui-se que possuem boa situação em relação aos recursos hídricos quando comparados com outros.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Qual a maior dificuldade da cartografia?
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Para o que serve as curvas de nível?
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Porque usamos formas diferentes de mapas?
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O que a anamorfose representa?
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Mapas Temáticos
Os mapas temáticos são aqueles que focam num tema específico para apresentar as informações. Lembre-se que os mapas são representações geográficas do nosso planeta, seja de um continente, do mundo, do país, de uma região, de um estado, etc. Quando a ideia central é reunir somente alguns dados ou características sobre algo específico (vegetação, biomas, cultura, etc.), temos então os mapas temáticos. Normalmente, os mapas temáticos facilitam o entendimento dos dados. Por isso são acompanhados de legendas explicativas, cores e símbolos, os quais auxiliam na interpretação das informações apresentadas. Hoje em dia existem diversos tipos de mapas temáticos e com o avanço das técnicas de representação associados à tecnologia, eles são feitos com extrema precisão. Confira abaixo os principais.
Mapa Físico: reúne diversas informações relacionadas com os aspectos físicos de algum local (relevo, altitude, hidrografia, etc). As cores do mapa indicam alguns aspectos importantes. Por exemplo, o marrom é usado para indicar planaltos e montanhas; as cores mais escuras para indicar a altitude; e o verde para marcar planícies.
Mapa da Vegetação: apresenta informações relacionadas com o tipo de cobertura vegetal de determinado local. Da mesma forma que no mapa físico, ele é repleto de cores e legendas que facilitam o entendimento do leitor.
Mapa Político: reúne diversas informações sobre as regiões administrativas de um território, ou seja, a divisão político-territorial. Assim, ele apresenta os estados, capitais e cidades mais importantes. As cores também são muito importantes nesse tipo de mapa, marcando a fronteira entre os territórios.
Mapa Econômico: reúne aspectos relacionados com o tipo de economia de cada região, ou seja, as atividades econômicas desenvolvidas em cada território (indústrias, comércio, serviços) pautadas nos setores da economia. Também pode apresentar informações sobre a PIB, o IDH, dentre outros.
Mapa Histórico: apresenta informações ou acontecimentos históricos sobre determinado local. Geralmente contém títulos que estão relacionados com o contexto. Os mapas históricos também podem indicar aqueles mapas mais antigos.
Mapa Cultural: reúne diversos fenômenos culturais de uma região, estado, país, continente. Nesse caso, também pode apresentar as etnias de um país ou região (mapa étnico) ou algumas características sobre a língua ou dialetos, por exemplo (mapa linguístico).
Mapa Turístico: apresenta locais onde o turismo é assinalado como uma importante atividade econômica. Ele pode reunir os principais locais onde essa atividade é muito explorada, bem como instruir alguns turistas sobre os pontos turísticos de alguma região. Por exemplo, os principais monumentos, museus, bibliotecas, ruas históricas de uma cidade, estado, país.
Mapa Populacional: também chamado de mapa demográfico, esse tipo de mapa reúne informações relacionadas com a densidade demográfica de determinado local. Geralmente utilizam cores e legendas para indicar algum local com maior ou menor densidade.
Mapa de Transportes: nesse caso, os mapas podem estar relacionados com as rodovias, ferrovias, metrôs, rios navegáveis, dentre outros. Geralmente contém legendas sobre as estradas bem como a distâncias entre alguns locais.
Mapa Climático: reúne informações relacionadas com o tipo clima e os fenômenos meteorológicos que ocorrem em determinado local.
Mapa Pluviométrico: muito utilizado nos estudos meteorológicos, esse tipo de mapa reúne informações sobre as precipitações de alguns locais.
Exercícios de fixação 
Qual a finalidade dos mapas temáticos?
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Quais são os tipos de mapas?
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Fale dos mapas históricos. 
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As Projeções 
As projeções cartográficas permitem representar a superfície esférica da Terra em um plano, ou seja, no mapa; elas são a base para a confecção de um mapa, constituindo uma rede sistemática de paralelos e meridianos, permitindo que esses sejam desenhados. 
As representações da superfície terrestre em mapas apresentam algumas distorções. As diferentes projeções cartográficas foram desenvolvidas com o intuito de minimizar as distorções ocorridas durante a produção de um mapa e, principalmente, fazer com que essas distorções sejam conhecidas. Mas nenhuma delas é capaz de evitar a totalidade das deformações. As principais projeções cartográficas são: 
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
Projeção Cônica: O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos convergem para o polo.
Projeção Plana ou Azimutal: O plano da projeção é um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelossão círculos concêntricos e os meridianos retos irradiam-se do polo.
Projeção de Mercator: Conserva os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica. Foi a primeira representação cartográfica que abrangeu todo o globo terrestre, sendo elaborada na era moderna das ciências
Projeção de Peters: Projeção cilíndrica equivalente. Conserva a proporcionalidade das áreas. 
Projeção de Mollweide: Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.
Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos. 
Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem com os ângulos azimutais.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Qual a função das projeções cartográficas?
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Quais são os tipos de projeções?
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Qual projeção é utilizada para produzir cartas e mapas para a navegação?
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As Geotecnologias
As Geotecnologias são um conjunto de tecnologias utilizadas para realizar a coleta, o processamento, análise e disponibilização de informações com referência geográfica de uma determinada localidade. O termo é utilizado para designar todas as etapas que envolvem o uso e a análise espacial de dados geográficos, assim como o compartilhamento dessas informações. Essas tecnologias, que envolvem hardware, software e peopleware, podem auxiliar um engenheiro cartográfico, por exemplo, na tomada de decisões mais assertivas.
Dentre as geotecnologias, estão:
- Topografia e Geodésia
- GNSS – Sistemas Globais de Navegação Satélites
- GIS - Sistemas de Informação Geográfica
- Sensoriamento Remoto por Satélites
- Fotogrametria
Tais geotecnologias podem ser utilizadas em diversão aplicações, dentre elas:
- Cadastro municipal e rural
- Meio ambiente
- Obras de saneamento
- Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica
- Governo e educação
- Agronegócios
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Quais as principais aplicações das geotecnologias?
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Quais são as principais geotecnologias?
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O que são geotecnologias?
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. Fusos Horários 
Você sabe o que são os fusos horários? Vamos entender agora o que são esses fusos, e o que esse sistema influencia no nosso dia-a-dia? 
Como sabemos a Terra é uma esfera, achatada nos polos e ela realiza o movimento de rotação, que é aquele em que ela dá uma volta completa em torno do seu próprio eixo. Com esse movimento, originam-se a sucessão dos dias e noites. Assim para melhor se organizar, o homem estabeleceu um sistema de horários em todo o planeta. Claro! Isso foi fundamental na organização, afinal se os países não convencionassem horas de acordo com o amanhecer e o anoitecer e se cada país estabelecesse seu sistema de horários seria uma verdadeira confusão, você concorda? Vamos entender como isso ocorre?
Como a Terra rotaciona de um lado (frente para o sol) será dia, e do outro lado, noite (lado aonde os raios solares não chegam). Conforme ela vai girando o sol vai iluminado as partes antes escuras, consequentemente do outro lado que era dia começa a escurecer. Esse fenômeno dura 24 horas. Acompanhe a figura e entenda esse processo, é muito simples!
Os Fusos Horários, também chamados de zonas horárias, são cada um dos 24 fusos traçados por uma linha imaginária de um polo ao outro, de modo a padronizar o cálculo de tempo em todo o planeta Terra. A cada hora que passa a Terra gira 15° graus. E a cada intervalo de 15° corresponde a um fuso horário.
 Com efeito, essas linhas imaginárias, chamadas Meridianos, são as semicircunferências que ligam os polos e dividem o globo terrestre em dois hemisférios, o ocidental (a Oeste do GMT) e o oriental (a Leste do GMT).
Na intersecção entre estas linhas, que é mais larga na medida em que se aproxima da Linha do Equador, nós teremos um mesmo horário vigorando de Norte a Sul.
Por conseguinte, o Meridiano de Greenwich é o marco longitudinal para determinar o “Greenwich Mean Time” (GMT). Portanto, A longitude 0° passaria sobre Greenwich, nas proximidades de Londres. A Leste desse marco, conta-se até 180° positivos e, para Oeste dele, até 180° negativos.
Ora, esta metodologia leva em consideração o movimento de rotação da Terra, em sentido anti-horário para o Leste. Assim, adiantamos as horas dos fusos a Leste e atrasamos as horas à Oeste do GMT.
Devido á questões geopolíticas, cada nação pode adotar um determinado horário como referência, o que pode levar a distorções. Contudo, antes dessa metodologia, os relógios eram acertados em cada cidade pela qual se passava ou, como na Idade Média, pelo horário solar aparente ao meio dia.
Aliás, os fusos horários corrigiram isso ao instituir um tempo solar médio. Contudo, esse processo de padronização teve início somente a partir de 1878, quando Sanford Fleming, a partir de seus estudos de astronomia, propõe a divisão mundo em 24 faixas verticais.
Posteriormente, em 1884, na "Conferência Internacional do Primeiro Meridiano", realizada por representantes de 25 países em Washington, a padronização planetária da hora é adotada e convencionada.
Para determinar os fusos horários de uma localidade, temos de conhecer suas coordenadas geográficas, sobretudo os meridianos (longitudes), uma vez que serão eles a determinarem os múltiplos de 15° que constituem o total de 360° da circunferência terrestre.
Com efeito, para completar a rotação, o planeta leva aproximadamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, o que nos dá uma proporção de 1h para cada 15° de rotação, ou seja, 1° a cada 4 minutos. De tal modo, em 24h, a Terra terá completado o giro 360°.
Em outras palavras, cada 15º de longitude, temos um fuso que equivale à uma hora, sendo o Meridiano de Greenwich o marco zero longitudinal da Terra, e por isso, a partir dele podemos contar as linhas verticais imaginárias (de uma hora cada), que aumenta, se localizada a leste do globo, ou diminui se localizada a oeste.
Cada hemisfério varia de 0° até 90°, do Equador aos polos. Pode-se deduzir então que há valores de latitudes iguais em ambos. Para não haver confusão, há duas formas de identificar se a latitude é Norte ou Sul.
Quando se tratar de latitude Norte, pode-se incluir o símbolo (+) antes do valor da Latitude; ou ainda, posteriormente ao número,acrescenta-se a letra N, correspondente a Norte. No caso de estar no hemisfério Sul, inclui-se o símbolo (-) antes dos valores de Latitude; ou, após a Latitude, acrescenta-se a letra S, correspondente a Sul.
Além disso, saber a Latitude significa algo?
Apesar de a Linha do Equador dividir o planeta no meio, a posição do paralelo 0° não é perpendicular a órbita. A inclinação do eixo da Terra é de 23°27’. Esse valor corresponde ao paralelo no qual está localizado o trópico de Câncer (no hemisfério Norte) e o trópico de Capricórnio (no hemisfério Sul).
Outros paralelos importantes são os Círculos Polares localizados a 66º 33’ de latitude (Ártico, no Norte, e Antártico, no Sul). Esses paralelos são importantes justamente por marcarem as zonas climáticas.
A área do planeta localizada entre os trópicos é denominada zona climática tropical ou intertropical. Trata-se da região onde predominam temperaturas elevadas quase o ano todo, não havendo um inverno rigoroso.
Nos dois hemisférios, Norte e Sul, compreendida entre os trópicos e os círculos polares, localiza-se a zona climática temperada que tendem a possuir temperaturas medianas, com invernos e verões amenos. E, finalmente, entre os círculos polares e o paralelo 90º em ambos hemisférios, tem-se a zona climática glacial ou polar, com invernos rigorosos e temperaturas baixas quase o ano todo.
Fusos Horários do Brasil
Localizado no hemisfério ocidental, o Brasil possui 4 fusos horários e em relação ao Meridiano de Greenwich (GMT), possui o seu horário atrasado variando de duas a cinco horas a menos:
Fuso 1 (-2GMT): possui duas horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Fuso 2 (-3GMT): possui tem três horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich, corresponde ao fuso da hora oficial do Brasil (horário de Brasília-DF).
Fuso 3 (-4GMT): possui quatro horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Fuso 4 (-5GMT): possui cinco horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Veja um exemplo de cálculo de fuso horário:
12 intervalos para oeste + 12 intervalos para leste = totalizando 24 fusos horários.
Entendeu? Esse é o sistema de horários que o mundo todo segue. Afinal o dia não tem 24 horas?
Observe o planisfério abaixo e os números. Você percebeu que para oeste eles estão com o sinal de subtração (-), ex: -5, e para leste com sinal de adição? Está assim representado para nós entendermos que para oeste as horas atrasam, e para leste elas adiantam.
Mas como assim? Fique atento ao exemplo a seguir:
Quando em Brasília for 10:00 horas, por exemplo, em Londres será 13:00 horas. Ou seja, Londres está a três fusos a leste de Brasília. Portanto: leste aumenta, então: 10+ 3= 13:00 horas.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
O que é fuso horário?
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Conceitue meridiano.
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O que é o Meridiano de Greenwich?
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Diferencie longitude de latitude.
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Quantos fusos horários existe no Brasil
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Horário de Verão
Horário de Verão é a alteração do horário de uma região, designado apenas durante uma porção do ano, adiantando-se em geral uma hora no fuso horário oficial local. O procedimento é adotado costumeiramente durante o verão, quando os dias são mais longos, em função da posição da Terra em relação ao Sol, daí o nome em português, espanhol, alemão e outras línguas. Em inglês, por exemplo, o termo "Daylight saving time" (Horário de economia com luz do dia, em tradução livre) enfatiza a função prática da operação, enquanto em italiano "Ora legale" (Hora legal), destaca o caráter artificial da medida.
O horário de verão contribui para reduzir o consumo de energia, mas a medida só funciona nas regiões distantes da linha do equador, porque nesta estação os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Porém nas regiões próximas ao equador, como a maior parte do Brasil, os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano e a implantação do horário de verão nesses locais, traz muito pouco ou nenhum proveito. Contudo, seu maior efeito é diluir o horário de pico, evitando assim uma sobrecarga do sistema energético. Críticos do horário de verão alegam que a medida afeta o chamado relógio biológico das pessoas, principalmente das mais velhas, com prejuízos à saúde.
Fatos Interessantes 
A China possui quatro fusos horários, mas adota apenas o horário de Pequim para toda nação
A diferença entre o horário de São Paulo e do Japão é de 12 fusos, ou seja, 12 horas. Assim, quando é 9h da manhã em São Paulo, já é 9h da noite no Japão.
O fuso horário oficial da Antártica é GMT 0.00.
A mudança rápida de fusos horários pode causar um tipo de stress chamado jetlag, caracterizado por irritabilidade e alteração dos padrões de sono e apetite.
A Rússia, devido sua grande extensão possui 11 fusos horários em seu território.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Qual a função do horário de verão?
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Onde está medida funciona?
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 Elementos do Mapa.
Para que a Cartografia cumpra com a função que lhe é atribuída, algumas adequações foram feitas para que os mapas pudessem ter uma linguagem que ultrapassasse a barreira das línguas entre os diferentes povos. A ideia é que, não importa de onde seja, deve-se conseguir interpretar as informações contidas em um mapa. Para tal, existem elementos fundamentais que toda representação da superfície terrestre deve conter. No entanto, foi criado um padrão internacional de disposição das informações que permite que possam ser compreendidas ao menos as informações básicas de um mapa.
Para tanto, existem elementos fundamentais dos mapas que são informações e características que todos os mapas devem ter, não importando a que objetivo o mapa se presta. São o título, a legenda, a escala e as convenções cartográficas.
Título dos mapas: Mapa representativo da densidade demográfica no Brasil, com destaque para o título do mapa (em vermelho) e a legenda (em azul).
Observe no mapa acima o título em destaque. Salta aos olhos o local mapeado (Brasil) e o assunto ou informação contida nele (Densidade demográfica), além da data de quando foi gerada a informação (ano 2000).
Em azul, têm-se a legenda em destaque. A legenda é a parte do mapa em que as informações mais importantes para interpretação do mapa estão contidas. No caso do mapa acima, a correspondência entre as cores e a quantidade de habitantes por quilômetro quadrado que nada mais é que a densidade demográfica.
escala é uma informação muito importantedo ponto de vista técnico que os mapas contêm. Ela é uma expressão matemática ou gráfica que representa a redução da realidade que está sendo representada no mapa.
As convenções cartográficas entendem-se como convenção algo que foi elaborado como fruto de um acordo. Nesse caso, o acordo trata de elementos presentes nos mapas que devem ser representados sempre da mesma forma, em qualquer idioma, em qualquer parte do mundo. É o caso de símbolos específicos para ferrovias, aeroportos, hospitais, usinas nucleares etc.
1.6.1 Noções de Orientação
 Existem diferentes maneiras de se localizar no espaço terrestre. Entre elas, uma das mais utilizadas é a rosa dos ventos. Antes, a rosa dos ventos não estava associada aos pontos cardeais, mas sim à direção dos ventos. Posteriormente, foi utilizada para delimitar a direção de pontos. São eles (o ponto e os graus dentro dos 360º):
► Cardeais: 
N - Norte (0º) 
S - Sul (180º) 
L - Leste (90º) 
O - Oeste (270º) 
► Colaterais: 
NE - Nordeste (45º) 
SE - Sudeste (135º) 
NO - Noroeste (315º) 
SO - Sudoeste (225º) 
► Subcolaterais:rosa dos ventos
 NNE - Nor-nordeste (22,5º) 
ENE - Leste-nordeste (67,5º) 
ESE - Leste-sudeste (112,5º) 
SSE - Sul-sudeste (157,5º) 
SSO - Sul-sudoeste (202,5º) 
OSO - Oeste-sudoeste (247,5º) 
ONO - Oeste-noroeste (292,5º) 
NNO - Norte-noroeste (337,5º) 
Como forma de orientação/localização, também podem ser usadas as coordenadas geográficas (ou terrestres), que são linhas imaginárias que se cruzam e dão a localização geográfica de um determinado ponto na superfície. Através do “cruzamento” entre o paralelo e o meridiano de um lugar, ficamos sabendo sua localização exata na superfície terrestre. Os paralelos estão relacionados com as latitudes, ou seja, a variação em graus a partir da Linha do Equador, para o Norte e para o Sul (variam de 0º a 90º). Para alguns paralelos foram estabelecidos nomes especiais, como Trópicos de Câncer e Capricórnio e Círculo Polares Ártico e Antártico. Nota-se que a variação latitudinal possui várias funções, entre elas, a de delimitar as zonas térmicas do planeta. Já as longitudes estão relacionadas aos meridianos (variação em graus a partir do Meridiano de Greenwich, para Oeste e para Leste (de 0 a 180 para cada extremo). O meridiano de Greenwich e as longitudes são muito importantes na definição dos fusos horários das diversas partes do planeta. Quando se cruza um paralelo com um meridiano, tem-se a coordenada de um ponto, por exemplo: Ponto X: 30º lat N; 60º long O. Veja alguns exemplos na ilustração a seguir:
O ponto D, por exemplo, estaria a 60º de Latitude Norte e 30º de Longitude Oeste. Nenhum outro ponto do planeta possui essa localização. Ressalta-se que os sistemas de coordenadas e a própria rosa dos ventos são conhecimentos-chave para a utilização de tecnologias e equipamentos modernos utilizados atualmente, como os aparelhos receptores de GPS.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Quais são os principais elementos do mapa? Explique-os
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Defina convenções cartográficas? 
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Cite os pontos cardeais e colaterais.
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Questões Múltipla Escolha
	Questão 1 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2019)/ questão 49)
 Analise o mapa do Colar Metropolitano de Belo Horizonte a seguir.
SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2013. p. 162.
Sobre essa representação cartográfica, afirma-se que:
I- Os municípios de Ribeirão das Neves e de Nova Lima se localizam, respectivamente, à Noroeste e Sudeste de Belo Horizonte.
 II- A escala numérica aproximada do mapa é de 1:15.000. 
III- O deslocamento de Itabirito para Sete Lagoas acarreta um incremento longitudinal e uma redução latitudinal. 
IV- A adoção de graduações de uma mesma cor é ideal para a diferenciação desses municípios, por se tratar de um mapa político-administrativo. 
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV.
	Questão 2 (Cefet-MG/ Vestibular de Concomitância externa (2019)/ questão 54)
Analise o perfil topográfico a seguir.
Esse perfil topográfico acima representa um dos eixos do projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Durante o processo de construção de barragens, é comum que cidades inteiras sejam encobertas pelas águas, forçando o deslocamento da população residente para outros locais. 
Em uma situação hipotética, levando-se em consideração o perfil topográfico representado, os moradores atingidos por barragens poderiam assentar-se sem risco de inundação, a
a) 15 km a oeste da Hidrelétrica de Jati. 
b) 15 km a oeste da Hidrelétrica de Cachoeirinha. 
c) 10 km a leste da margem do Rio São Francisco. 
d) 10 km a leste da divisa entre Pernambuco e Ceará.
	Questão 3 (Cefet-MG/ Vestibular de Concomitância externa (2018)/ questão 49)
O uso das geotecnologias é corrente na sociedade contemporânea. É fácil perceber como os aparelhos eletrônicos que disponibilizam sistema de posicionamento global – conhecido como GPS – ultrapassaram a fronteira do meio acadêmico e empresarial para alcançarem e influenciarem as atividades cotidianas do cidadão. 
Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2017 (adaptado). A atividade que NÃO se relaciona diretamente ao uso das geotecnologias é a 
a) integração de dados espaciais. 
b) gestão da agricultura de precisão. 
c) automação da atividade industrial. 
d) orientação de rotas de transporte.
	Questão 4 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2018)/ questão 49)
Analise o mapa político do Brasil.
Sobre os estados brasileiros, é correto afirmar que 
I- Roraima possui maiores latitudes do que Sergipe.
 II- Goiás apresenta maiores longitudes do que o Rio de Janeiro. 
III- o Acre tem seu fuso horário adiantado em relação ao do Ceará.
 IV- Rondônia tem seu fuso horário atrasado em relação ao do Paraná. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV
	Questão 5 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2018)/ questão 52)
Analise a representação das regiões do Brasil a seguir
.
A anamorfose das regiões administrativas brasileiras foi elaborada com dados referentes ao(à) 
a) quantitativo de população absoluta.
 b) precipitação média anual em milímetros. 
c) percentual de habitantes nascidos fora do município. 
d) proporção entre o cultivo agrícola patronal e o total da área colhida.
	Questão 6 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2017)/ questão 49)
A delegação da Austrália embarcou no aeroporto de Sidnei, localizado no (fuso 135ºE), no dia 24 de Julho, domingo, rumo ao Rio de Janeiro (fuso 45ºW) para participar dos jogos olímpicos. O voo decolou as 12h30 e fez uma conexão de 1h40 em Santiago, no Chile, de modo que a viagem teve uma duração total de 18h35. O avião chegou ao aeroporto do Rio de Janeiro, às_________________ do dia_____________________________. Os termos que completam as lacunas são, respectivamente, 
a) 13h05 / 24 de Julho. 
b) 14h05 / 25 de Julho. 
c) 18h05 / 25 de Julho. 
d) 19h05 / 24 de Julho.
	Questão 7 (Cefet-MG/ Vestibular de concomitânciaexterna (2017)/ questão 49)
Analise o mapa e leia o trecho a seguir.
SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2013. (adaptado). Concomitância Externa | Subsequente | CEFET-MG | 1º semestre 2017 | 55 | A cerimônia de abertura dos jogos olímpicos Rio 2016 foi transmitida ao vivo no dia 5 de agosto de 2016, às 20h (BRT).
 Telespectadores do mundo inteiro assistiram à transmissão simultânea a partir de diferentes emissoras de sistemas de comunicação. A localidade que assistiu à transmissão pela hora oficial de seu país, em data posterior ao fuso brasileiro e mais próximo ao término do horário matutino, foi a capital da 
a) Índia. 
b) China. 
c) Austrália. 
d) Nova Zelândia
	Questão 8 (Cefet-MG/ Vestibular de concomitância externa (2016)/ questão 49)
Observe a imagem abaixo:
A projeção cartográfica cordiforme de Werner, com suas características do tipo equivalente, visa a manter a(s) 
a) formas dos continentes e oceanos. 
b) proporção da área entre terras e águas. 
c) distâncias a partir de seu ponto central. 
d) uniformidade angular entre paralelos e meridianos
	Questão 9 (Cefet-MG/ Vestibular de Concomitância Externa (2015) / questão 49)
A questão refere-se à representação abaixo:
Sobre a localização das massas continentais, é INCORRETO afirmar que a 
a) Europa encontra-se ao norte do Equador. 
b) América localiza-se a leste de Greenwich. 
c) Ásia concentra-se no hemisfério oriental. 
d) África distribui-se pelos quatro hemisférios.
	Questão 10 (Cefet-MG/ Vestibular de Concomitância Externa (2014)/ questão 49)
Analise a imagem abaixo:
Sobre a projeção de Lambert, afirma-se que 
I – Exibe meridianos com linhas retas e convergentes. 
II – é ideal para representar regiões maiores. 
III – é elaborada a partir de uma forma cilíndrica. 
IV – Possui maior deformação na base. 
Estão corretas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV.
	Questão 11 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2014)/ questão 52)
Analise a figura seguinte.
Sobre a localização dos pontos, a partir do sistema de coordenadas geográficas, é correto afirmar que 
a) A é austral e ocidental. 
b) B é meridional e oriental. 
c) C é austral e ocidental.
d) D é setentrional e oriental.
	Questão 12 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2015)/ questão 49)
Observe a situação hipotética expressa no quadro abaixo com horários de voos partindo de Belo Horizonte (Brasil), localizada no terceiro fuso horário a oeste de Greenwich, com destino a Roma (Itália), no primeiro fuso a leste.
Considerando-se que a Europa está em horário de verão e que se pretende chegar à cidade de destino antes das 17h, deve-se optar pelo voo 
a) 3217 
b) 3219 
c) 3341 
d) 3344
	Questão 13 (Cefet-MG/ Vestibular do integrado (2013)/ questão 49)
Uma criança nasceu na cidade A às 7 horas do dia 27/06. Seu pai assistiu ao parto instantaneamente via satélite na cidade B no dia 26/06 às 16 horas. Considerando-se os fusos horários teóricos, a indicação correta das longitudes das cidades A e B são, respectivamente,
 a) 15º L e 160º O. 
b) 35º L e 175º O.
 c) 155º L e 10º O. 
d) 170º L e 55º O.
	Questão 14 (Cefet-MG/ Vestibular de Concomitância externa (2013)/ questão 49)
Em um mapa (escala 1: 3 000 000) a distância em linha reta entre Belo Horizonte-MG e Campinas-SP é de 200 milímetros. A distância real entre as duas cidades, em quilômetros, é aproximadamente 
a) 150. 
b) 600. 
c) 1 500. 
d) 6 000.
2. A INTEGRAÇÃO MUNDIAL E SUAS INTERPRETAÇÕES: GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO 
2.1 Produção e circulação de mercadorias 
O comércio internacional é decorrente de alguns fundamentos bastante conhecidos na economia. Esse espectro inclui os conceitos de escassez, excedente de produção, demanda por consumo e construção da riqueza nacional.
Sendo assim, países desenvolvidos, com parque industrial diversificado e sofisticado, mas com deficiência na produção de alimentos, apresentam demanda por produtos primários, como alimentos e minérios. Esses produtos atendem à demanda da população por alimentos e da indústria por matéria prima.
Em compensação, esses países buscam o fortalecimento de suas economias. Assim, produzem produtos com alto valor agregado, como aqueles que envolvem tecnologia sofisticada, para abastecer o mercado interno e atender à demanda dos países que não produzem esse tipo de bens. Com isso, tendem a produzir uma balança comercial positiva.
O sistema de circulação de mercadorias faz com que esses bens cheguem ao destino, dando dinamismo ao comércio interno e externo. Transportam matéria-prima, bens de consumo e de produção.
Sistemas de Transporte
Os sistemas de transporte se dividem em duas finalidades: circulação de pessoas e de mercadorias. O transporte de pessoas atende às exigências relacionadas a tempo, trajeto e conforto.
No caso das mercadorias, há critérios mais complexos a serem atendidos, envolvendo custo, prazos, capacidade de carga e integração.
O comércio internacional entre países que fazem parte de um mesmo continente pode se utilizar do transporte ferroviário e rodoviário. É o que acontece com o continente europeu, onde há uma zona de livre comércio com grande proximidade entre os países.
A preferência dos países desenvolvidos é pela estruturação de uma forte malha ferroviária. O transporte ferroviário tem a vantagem de apresentar custos inferiores tanto na rotina de circulação de mercadorias como na manutenção.
O transporte rodoviário, por sua vez, apresenta custo muito alto, devido ao combustível e o desgaste das unidades de transporte, além do risco de panes e acidentes. Além disso, a manutenção da malha rodoviária é cara e requer maiores intervenções. Em compensação, o transporte rodoviário é mais versátil.
Em curtas distâncias, o transporte fluvial, navegação de cabotagem, utilizando os rios, é ainda mais barata que as ferrovias, mas impõem maiores limitações quando à flexibilidade de trajeto, enquanto a possibilidade de transportar maiores volumes de carga é inferior à do transporte marítimo.
Para longas distâncias, o transporte marítimo e aéreo é o mais recomendado. As aeronaves são mais usadas no transporte de cargas perecíveis e em que o prazo para entrega é reduzido. O transporte marítimo é o que comporta maiores volumes de carga, por isso é muito importante, principalmente no transporte de minérios, bens de produção e produtos industrializados, mesmo os de maior valor agregado.
O mais importante é que os países consigam estruturar seus sistemas de transporte, de modo a integrar os diversos recursos entre si e às necessidades da atividade econômica e do comércio, e modo a obter capilaridade, eficiência, rapidez e baixo custo.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
O comércio internacional entre países que fazem parte de um mesmo continente pode ser?
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Fale do transporte ferroviário.
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Fale do transporte marítimo.
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Fale do transporte aéreo.
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2.2 Evolução do capitalismo e seus impactos no espaço geográfico 
Ao longo do tempo, constituíram-se diferentes fases do capitalismo, etapas essas queacarretaram profundas transformações no espaço geográfico das sociedades.
O sistema capitalista, desde suas origens no final do século XV e início do século XVI, sofreu diferentes transformações, passando de um modelo transitório da crise do feudalismo a um complexo modelo de economia e sociedade. Tais transformações ocasionaram profundas produções e transformações socioespaciais, que, em partes, refletiram tanto as modificações nas técnicas e nos modelos produtivos quanto resguardaram em si as heranças dessa dinâmica.
Para fins didáticos, as principais análises dividem a história com base em três fases do capitalismo: o comercial, o industrial e o financeiro. Existem autores que ainda afirmam existir uma quarta fase: o “capitalismo informacional” — termo desenvolvido por Manuell Castells em sua obra “A Sociedade em Rede”. No presente texto, estão reunidos alguns esforços para caracterizar essa periodização, com ênfase nas transformações causadas sobre o espaço geográfico.
Capitalismo comercial
O Capitalismo Comercial alavancou-se graças ao início da formação do sistema capitalista e a consequente expansão do comércio internacional no contexto da Europa. Essa fase ficou marcada pela expansão marítima comercial e também colonial, com a formação de colônias europeias em várias partes do mundo, com destaque para as Américas e também para o continente africano.
Nesse período, intensificou-se a prática do mercantilismo, um sistema econômico geralmente concebido como “um conjunto de práticas” não planejadas. Esse sistema era calcado na busca e controle de matérias-primas e metais preciosos (metalismo), além da intensiva troca comercial internacional, em que cada Estado procurava manter uma balança comercial favorável.
Outro desenvolvimento importante durante essa fase do capitalismo foi a manufatura, o que foi mais tarde desenvolvido a partir das revoluções industriais. O resultado sobre o espaço geográfico foi a constituição de muitas cidades e o crescimento de algumas outras, embora a população continuasse majoritariamente rural tanto nos países imperialistas centrais quanto nas colônias e nações menos desenvolvidas.
Capitalismo Industrial
A segunda fase do capitalismo é chamada de Capitalismo Industrial por ter sido um efeito direto da emergência, expansão e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de Revolução Industrial iniciado em meados do século XVIII na Inglaterra. Com isso, a luta por matérias-primas, transformadas depois em mercadorias industrializadas, intensificou-se ao longo do globo, e a Divisão Internacional do Trabalho foi assim estruturada: de um lado, as colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos primários em geral; do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores de mercadorias.
Nos países desenvolvidos, notadamente na Europa e em algumas partes da América do Norte, as cidades conheceram um boom populacional, marcado pelo intensivo êxodo rural e pela expansão desordenada das periferias em locais como Londres e Paris. A grande quantidade de trabalhadores empregados nas fábricas e a difusão do pensamento econômico liberal, desenvolvido por Adam Smith, também foram elementos característicos desse contexto, que se estendeu até o final do século XIX e o início do século XX.
Capitalismo Financeiro
Para muitos, essa é a atual fase do capitalismo, marcada pelo protagonismo exercido pela especulação financeira e pela bolsa de valores, que passou a ser uma espécie de “termômetro” sobre a economia de um país. Basicamente, essa fase do capitalismo estrutura-se com a formação do mercado de ações e a sua especulação em termos de valores, taxas, juros e outros.
Em algumas abordagens, diz-se que no Capitalismo Financeiro houve uma espécie de fusão entre capital bancário e capital industrial. Isso ocorreu porque as empresas passaram a ser divididas em ações negociadas com base em valores e calculadas a partir do potencial de lucratividade oferecido por tais empresas.
Alguns críticos alcunham esse período de Capitalismo Monopolista, pois uma de suas competências é a possibilidade de união (fusão, também chamada de truste) entre uma ou mais empresas, ou até mesmo a compra de uma pela outra através do investimento em ações. Nesse sentido, boa parte do mercado, em vez de ser gerida pela lei da livre concorrência, estaria condenada ao monopólio ou ao oligopólio, embora as grandes fusões do mercado atual não tenham extinguido a competição.
Um exemplo de fusão entre duas empresas foi a união entre a Sadia e a Perdigão, ou a compra da Yahoo e da Nokia pela Microsoft, além de inúmeros outros casos. Tal configuração também permitiu a expansão de algumas marcas pelo mundo todo, empresas essas chamadas de multinacionais ou globais.
O principal efeito dessa dinâmica sobre o espaço geográfico foi a industrialização dos países emergentes, com uma consequente e acelerada urbanização ao longo do século XX, a exemplo do Brasil e dos chamados Tigres Asiáticos. Alguns países periféricos também estão se industrializando, muito em função da migração dessas empresas estrangeiras para suas áreas em busca de impostos mais baratos, fácil acesso a matérias-primas, uma mão de obra mais barata e uma mais ampla contemplação ao mercado consumidor.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Quais são as três fases do capitalismo?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O que acarretou as transformações que ocasionaram profundas produções e transformações socioespaciais, que, em partes, refletiram tanto as modificações nas técnicas e nos modelos produtivos quanto resguardaram em si as heranças dessa dinâmica?
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Fale do mercantilismo no capitalismo comercial.
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O que ocasionou o capitalismo industrial? Explique.
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Qual o capitalismo atual? Comente.
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2.3 Globalização e redes geográficas
As redes geográficas envolvem o conjunto de fixos e fluxos que se comportam como instrumentos do processo de Globalização.
O espaço geográfico, segundo muitas abordagens, constrói-se e articula-se a partir das redes. Milton Santos fez reconhecidas constatações sobre a importância, complexidade e hierarquização das redes geográficas, formadas, segundo ele, por um conjunto de pontos fixos interligados por meio dos fluxos. Nesse ínterim, formam-se diversos tipos e subtipos, como as redes de transportes, as digitais, as urbanas, entre outros exemplos.
Portanto, em uma definição mais abrangente, podemos entender as redes geográficas como um conjunto de locais da superfície terrestre conectados ou interligados entre si. Essas conexões podem sermateriais, digitais e culturais, além de envolver o fluxo de informações, mercadorias, conhecimentos, valores culturais e morais, entre outros.
Com o processo de Globalização, podemos dizer que as redes – ou, pelo menos, muitas delas – ganharam um maior alcance e abrangência no espaço geográfico mundial. Todavia, o acesso e o poder de difusão dessas redes dependem das diferentes hierarquias nas sociedades, constituídas pelo poder econômico ou político. Assim, quem possui mais recursos ou poder possui uma maior possibilidade de usufruir da estrutura das redes geográficas.
É preciso observar que a estruturação e a evolução das redes perpassam, impreterivelmente, pela evolução das técnicas e tecnologias. No século XIX, as transformações proporcionadas pelas revoluções industriais propiciaram um fundamental avanço das redes de transportes, incluindo os modais rodoviários e ferroviários. Desse modo, cidades distantes passaram a estar interligadas entre si, o que se estendeu para pontos situados, até mesmo, em continentes distintos.
A Revolução Técnico-Científica Informacional também intensificou sobremaneira a expansão das redes, incluindo a própria rede de transportes, por meios dos aviões e jatos mais avançados. A formação das redes digitais e também os avanços nas redes de comunicação tornaram-se grandes marcos para esse período. Assim, em tempo real, comunicados e transações financeiras ocorrem e notícias importantes são divulgadas; até reuniões de negócios não mais necessitam da presença física de todos os seus participantes, o que exemplifica o grau de avanço técnico das redes.
A importância das redes geográficas deu-se também para o avanço do sistema capitalista financeiro, que, para muitos, ganhou o status de capitalismo informacional. A expansão das empresas multinacionais encontra-se bastante facilitada, incluindo a formação das holdings, que são agrupamentos entre empresas interligadas em redes internacionais.
As redes possuem papel ativo na configuração do espaço geográfico, e isso se estabelece de forma mais nítida na constituição das hierarquias no cerne das próprias redes. Um exemplo é a rede urbana, que se define de local ao global nos mais diversos níveis hierárquicos, desde as cidades globais mais avançadas até os centros regionais dos países periféricos. Assim, o que se percebe nas diferentes redes geográficas é a constituição de “nós” formados por tamanhos diferentes, ou seja, alguns com mais fluxos dos que os outros.
As redes geográficas são, afinal, um importante elo entre as diferentes partes do espaço geográfico que integram o sistema mundial em tempos de globalização. Assim, elas permitem e também condicionam o transporte e difusão de inúmeros instrumentos técnicos, além de mercadorias, informações e conhecimentos, estando diretamente associadas à maioria dos elementos que compõem a vida cotidiana das sociedades.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
O que são redes geográficas?
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O que podemos dizer que intensificou sobremaneira a expansão das redes, incluindo a própria rede de transportes, por meios dos aviões e jatos mais avançados?
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O que é rede urbana?
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2.4 Desigualdades socioespaciais 
A desigualdade socioespacial, produto do modo de produção capitalista expressa a desigualdade entre classes sociais no processo de (re)produção ampliada do capital. Imbrica-se com a exploração e espoliação da força de trabalho, com a mercantilização da terra e edificações, com a venda da imagem da cidade-mercadoria. Conta com a presença e num aparente paradoxo com a ausência do Estado capitalista. O Estado capitalista faz-se presente ao regular o valor do salário, definir as leis e normas de uso do solo tendo como premissa que a terra urbana é uma mercadoria. Também é verificável a atuação do Estado quando o mesmo implanta vias de circulação interurbana, infraestrutura, equipamentos e meios de consumo coletivo, seguindo as normas de propriedade e do mercado. Atua, como diz, Topalov na socialização da produção capitalista. (Rodrigues, 1988) A socialização da produção capitalista atende sobretudo aos interesses do capital e secundariamente à reprodução da força de trabalho. O Estado capitalista parece estar ausente quando define um salário mínimo que não permite a reprodução da força de trabalho o que implica em tornar a cidade inacessível aos trabalhadores, mas é exatamente quando é presente ao atender os interesses do capital. Assim a aparente ausência para atender as necessidades da maioria é a presença para atender os interesses do capital. Mas o Estado é ausente quando ações diversas possibilitariam a constituição de um espaço de interesse público. A “ausência” do Estado em suprir infraestrutura, moradia digna, equipamentos de consumo coletivo, parece ser compensada pelo atendimento de chamadas “demandas” dos trabalhadores como se fossem doações. Com o predomínio da política neoliberal o atendimento de “demandas” constitui as políticas focalizadas. Analisar as desigualdades socioespaciais, a segregação social e espacial, implica em utilizar um arcabouço teórico que permita compreender as contradições inerentes ao modo de produção e como estas se manifestam no território. Uma das possibilidades de entender a perpetuação da desigualdade socioespacial está ligada as representações do urbano e da cidade, em especial nas agendas governamentais tendo em vista a complexidade envolvida na produção e reprodução do espaço. Uma das representações é a que atribui ao crescimento populacional, especialmente às migrações o que se chama de problemas urbanos. Embutido nas representações está a ideia de “êxodo rural”, de “cidades inchadas” de favelas como “câncer urbano”. A população urbana é utilizada como parâmetro para medir o tamanho das cidades (grandes, médias, pequenas), mas ao mesmo tempo, é considerada como problema porque não tem empregos, salários suficientes para lhe permitir entrar no mundo do consumo. Atribui-se a responsabilidade de ter empregos, salários decentes ao indivíduo e não ao modo de produção e ao seu progresso. Como é possível compreender que a riqueza de uma cidade seja sua população e ao mesmo tempo dizer que os pobres é que criam problemas? Afirma-se que os problemas são causados porque a população urbana cresce mais do que os investimentos do Estado.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Cite os principais problemas urbanos.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fale da desigualdade socioespacial
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2.5 Conflitos geopolíticos mundiais 
2.5.1 conflitos no país de Basco
Você já ouviu falar sobre o País Basco e os conflitos existentes em território europeu?
Chama-se de País Basco a região das montanhas dos Pirenéus, uma região distinta que fica entre dois países, Espanha e França. Na parte territorial da Espanha, o país está dividido em três cidades: Araba, Bizkaia, Gipuzkoa.
A capital e a sede do Parlamento Basco é Vitoria-Gasteiz. Outras grandes cidades incluem Bilbao e San Sebastian. Na França, o País Basco usa os territórios perto de Biarritz.
Como é possível observar pelo mapa a seguir, apesar de ser chamado de País Basco,essa área não é um país e sim uma província (semelhante aos nossos estados).
Estabelecido ali há mais de 4 mil anos, esse povo conservou boa parte dos seus traços culturais originais, especialmente o nacionalismo e a língua, que não tem parentesco com nenhuma outra. Ao longo de todo esse tempo, os bascos tiveram seu território ocupado por romanos, visigodos, mouros e francos. A Espanha e a França pegaram sua fatia por volta do século 15. No século 17, a demarcação definitiva das fronteiras dividiu de vez esse povo em dois Estados. 
O período de maiores instabilidades na região começou na década de 1930, num período de ascensão de governos totalitários na Europa. A Espanha, governada pelo socialista Francisco Largo Caballero, sofreu duramente pelas tentativas de Francisco Franco, representante do fascismo espanhol, em assumir o poder. Neste período de instabilidade, explode a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Durante a Guerra Civil Espanhola, não se podia falar ‘basco’ e este povo perdeu toda a autonomia política e direitos econômicos. Muitos bascos foram presos ou mortos. Franco ordenou ainda bombardeio à Guernica, uma cidade basca, em 1937 e milhares de civis morreram. Para lembrar o fato para a eternidade, Picasso pintou seu famoso “Guernica” para demonstrar o horror da guerra. Quando Franco morreu em 1975, os bascos receberam grande parte da sua autonomia de novo, mas isso não satisfez seu povo.
Em retaliação a tais práticas, surge um grupo nacionalista denominado ETA (Euskadi ta Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade), que tinha como objetivo resistir às restrições impostas pelo ditador, preservando assim a cultura do País Basco.
Com o fim da ditadura, o País Basco conquistou, novamente, uma relativa autonomia, com Parlamento próprio e um sistema tributário independente. O ETA, até então apoiado pela população, costumava agir com manifestações violentas, realizadas por meio de assassinatos de autoridades militares e políticas.
Imagem de militantes do grupo ETA.
Em 1998, o ETA declarou que iria recuar dos atentados terroristas em prol de uma negociação com os governos espanhol e francês, porém, já em 1999, os atentados recomeçaram. O assassinato de Ernest Lhuch, ex-ministro da saúde, destaca-se por ter levado cerca de um milhão de pessoas para as ruas de Madrid para protestar contra o grupo terrorista.
Manifestação contra o grupo ETA em Madrid.
Nos últimos anos, o ETA vem perdendo sua popularidade também dentro da comunidade basca, primeiro por conta dos atentados contra civis e segundo por conta da relativa autonomia que o País Basco tem em relação à Espanha, podendo conservar sua cultura e, inclusive, ter polícia própria, como já citado.
2.5.2 Conflito entre Palestina e Israel
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Oriente Médio (região historicamente disputada tem ocupado) a mídia internacional como a principal zona de conflito do mundo. As rivalidades não são apenas interestatais, elas existem também no interior de alguns países, expressando-se na forma de sangrentos conflitos separatistas e guerras civis.
Neste cenário, os conflitos mais persistentes e de maior dimensão política e bélica (de armamentos) têm sido os que envolvem países árabes, Israel e os palestinos.
A Palestina possui uma superfície de aproximadamente 27 mil Km² e sua dimensão pode ser comparada a do estado de Alagoas. Seus limites são o Líbano, a Síria, a Jordânia e o Egito. Banhada pelo Mar Mediterrâneo. Os históricos conflitos entre árabes e israelenses ocorrem pela posse desse território.
A ocupação judaica recente dessa região está ligada à formação do movimento sionista. Em 1896, o escritor judeu Theodor Herzl lançou um livro, O Estado Judeu, composto pelas bases de um movimento político-religioso que defendia a criação de um Estado nacional para os judeus.
No 1º Congresso Mundial Sionista, realizado na Basileia, Suíça, em 1897, foi aprovado um programa de compra de terras com essa finalidade. O movimento optou pela aquisição de terras na Palestina, região historicamente ligada às tradições judaicas. Inspirados por esse sentimento nacionalista, milhares de judeus iniciaram intensa migração à região. O sionismo cresceu e com o financiamento de judeus do mundo inteiro, seus integrantes compraram muitas terras na Palestina.
Os Palestinos, por sua vez, foram cada vez mais pressionados a deixar suas terras, pois eram agricultores pobres e não tinham como competir com os investimentos maciços do movimento sionista, surgindo, portanto, um confronto entre o direito de fato e o direito histórico.
Em 1947, a ONU aprovou a criação de um Estado Judeu e outro Palestino e de uma região sobre controle internacional, onde estariam as cidades de Belém e Jerusalém.
O Estado de Israel foi então fundado em maio de 1948, embora o Estado Palestino nunca tenha sito concretizado. No dia seguinte à proclamação da Independência de Israel, cinco Estados árabes vizinhos – Egito, Síria, Iraque, Transjordânia (atual Jordânia) e Libano – invadiram o novo país. A vitória de Israel, nesse conflito, permitiu a eles o aumento de seu território passando a controlar 78% do território da Palestina. As regiões da Faixa de Gaza e Cisjordânia, que representam os 22% restantes – foram ocupadas pelo Egito e pela Jordânia.
A luta pela recuperação dos territórios ocupados por Israel e pela criação de um Estado soberano deu início a chamada Questão Palestina.
Tem sido muito difícil um acordo de paz no logo conflito entre Israel e Palestina porque há radicais dos dois lados tentando boicotá-lo. Do lado palestino há três organizações que têm sido responsáveis por ataques terroristas contra a população israelense: o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de Al-qsa. Esses grupos são contrários a qualquer concessão a Israel e acreditam que os judeus devem ser expulsos da Palestina.
Do lado de Israel há os setores da direita, do partido Likud e especialmente dos partidos ortodoxos que abrigam fundamentalistas religiosos, contrários a qualquer concessão aos palestinos. Esses setores da sociedade israelense acreditam que a “terra santa”, a “terra prometida”, só pertence ao povo judeu. São contrários, por exemplo, à retirada dos colonos judeus que vivem em Gaza e na Cisjordânia, portanto, em territórios já oficialmente devolvidos por Israel aos palestinos.
Além disso a capacidade militar israelense é muito superior e sua retaliação a qualquer agressão dos grupos acima mencionados à população civil do país quase sempre fere e mata muito mais civis palestinos.
Dados lançados em 2015 pelo jornal G1 (globo) aponta números alarmantes de vítimas deste conflito. O ano de 2014 deixou o pior balanço de perdas civis entre os palestinos desde 1967 devido, sobretudo, aos mortos durante a operação “Barreira de Proteção” lançada no verão pelo exército israelense na Faixa de Gaza.
Durante a operação, “mais de 1.500 civis foram mortos, 11.000 ficaram feridos e 100.000 deslocados”, segundo o relatório anual do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.
No total, 2.200 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza, incluindo combatentes e 550 crianças, segundo o documento que tem como título “Vidas fragmentadas”. Do lado israelense, 73 pessoas morreram, incluindo 67 soldados.
Pessoas fogem de bombardeios na Faixa de Gaza.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Fale dos principais tópicos sobre os dois conflitos citados.
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As organizações internacionais da atualidade tiveram o seu surgimento, em sua maioria, na segunda metade do século XX. No entanto, foi com a globalização e o fim da Guerra Fria que elas se consolidaram como importantes atores no cenário internacional, passando por um relativo período de fortalecimento. Em virtude da recente ampliação da integração geoeconômica global, essas organizações tornaram-se atores importantes no cenário mundial, com a missão de estabelecer um ordenamento das relações intranacionais de poder e influência política. Atuam na elaboração e regulação de normas, suscitam acordos entre países, buscam atender determinados objetivos, entre outras funções. Existem incontáveis organizações internacionais, isto é, aquelas instituições formadas por dois ou mais Estados. Porém, no que concerne ao âmbito geopolítico, econômico e humanístico global, algumas delas se destacam pela sua importância, dentre elas, podemos citar ONU, OMC, Otan, FMI, Banco Mundial, OIT, OCDE e OPEP. A seguir, vamos compreender um pouco melhor o significado e a importância de cada uma dessas siglas.
 • ONU – A Organização das Nações Unidas é considerada o mais importante organismo internacional atualmente existente, importante por reunir praticamente todas as nações do mundo. Ela surgiu ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em substituição à antiga Liga das Nações e objetiva promover a paz e a segurança mundial. A principal instância decisória da ONU é o Conselho de Segurança, formado por um grupo muito restrito de países. Na verdade, esses países são os antigos vencedores da Segunda Guerra Mundial: Rússia (ex-União Soviética), Estados Unidos, França, Reino Unido e a China (essa última não participou ativamente da Segunda Guerra, mas conseguiu grande prestígio e poder internacionais, capazes de assegurar uma vaga no Conselho). Além desses cinco países, que são membros permanentes, fazem parte outros cinco países provisórios, que se alternam periodicamente. O poder desse Conselho de Segurança é elevado, pois é ele quem toma as principais decisões da ONU. Além disso, os cinco membros permanentes têm o chamado poder de veto, em que qualquer um deles pode barrar uma decisão, mesmo que todos os outros países sejam favoráveis
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OMC– A Organização Mundial do Comércio é o organismo internacional responsável por legislar e acompanhar as transações econômicas e comerciais realizadas entre diferentes países. Além disso, o seu principal objetivo é promover a liberalização mundial do comércio, visando combater o chamado protecionismo alfandegário, em que uma nação impõe elevadas tarifas para produtos estrangeiros a fim de favorecer a indústria local. Quando algum país tem algum tipo de problema ou entrave com outro Estado, ele geralmente recorre à OMC como instância máxima para avaliar e julgar a questão.
 OTAN – A Organização do Tratado do Atlântico Norte é um tratado ou pacto militar, que inicialmente congregava os principais países capitalistas e objetivava combater o socialismo, que também tinha o seu pacto militar, o Pacto de Varsóvia. Porém, desde o final da Guerra Fria, os objetivos dessa organização se alteraram, tornando-se como um instrumento militar das grandes potências a fim de intervir em conflitos armados em qualquer parte do mundo para assegurar direitos internacionais ou combater possíveis “ameaças” ao atual sistema internacional. Fazem parte da Otan, desde o seu surgimento, Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Islândia e Turquia. Posteriormente, várias das ex-repúblicas soviéticas também ingressaram no pacto, como a Bulgária, Romênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia e Eslovênia, além da Rússia, que atua como membro observador.
FMI – O Fundo Monetário Internacional é uma organização financeira responsável por garantir a estabilidade econômica internacional. Ele é composto por 187 países e foi criado em 1944 na Conferência de Bretton Woods. Seu funcionamento, basicamente, ocorre através do gerenciamento e concessão de empréstimo para aqueles países que o solicitam. Normalmente, o dinheiro do FMI é fornecido pelos seus próprios países-membros, de forma que aqueles que mais contribuem são justamente aqueles que mais possuem poder de decisão. Para adquirir empréstimos, o país em questão deve atender a uma série de exigências, transformando suas economias internas e, geralmente, abrindo sua economia para o mercado estrangeiro. 
 Banco Mundial – foi criado em 1945 na Conferência de Bretton Woods juntamente a FMI. Trata-se de uma organização financeira vinculada à ONU, mas que possui a sua própria autonomia. Seu objetivo inicial era conceder empréstimos direcionados aos países europeus que haviam sido devastados pela Segunda Guerra Mundial. Posteriormente, seus objetivos mudaram e seu intuito passou a ser o de conceder empréstimos a países da Ásia, África e Américas. 
OIT - A Organização Internacional do Trabalho é uma instituição responsável por regulamentar, fiscalizar, estudar e avaliar as relações de trabalho existentes em todo o mundo. É considerada uma organização “tripartite”, ou seja, formada por três tipos diferentes de forças: os governos de 182 países, além de representantes de empresas empregadoras e de representações trabalhistas ou sindicais. 
OCDE – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma instituição atualmente composta por 34 países. Seu objetivo é fomentar e incentivar ações de desenvolvimento econômico de seus países-membros, além de medidas que visem à ampliação de metas para o equilíbrio econômico mundial e melhorem as condições de vida e os índices de renda e emprego. O Brasil não é um membro dessa organização. 
OPEP – Criada em 14 de setembro de 1960, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma organização intergovernamental, que tem como objetivo a centralização da elaboração das políticas sobre produção e venda do petróleo dos países integrantes. Atualmente, os países membros da OPEP são: Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela. A Indonésia suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009. A sede da OPEP está localizada em Viena, capital da Áustria.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Cite as corporações e organizações mundiais.
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Qual o intuito da ONU?
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Qual o objetivo da OTAN?
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Qual a função da OMC?
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Como elas se consolidaram como importantes atores no cenário internacional?
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