Buscar

GEOFISICA_VOL5_G8

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Geografia Física
João Marcelo
Vítor Augusto
Volume 5
Cartografia ........................................................................................................................... 01
Introdução.............................................................................................................................. 01
Sistemas de Orientação ........................................................................................................ 01
Escala .................................................................................................................................... 03
Mapa de Isolinhas ................................................................................................................. 04
Projeções Cartográficas ........................................................................................................ 06
Fusos Horários ...................................................................................................................... 08
Sensoriamento Remoto e Fotointerpretação......................................................................... 09
Leitura Complementar.............................................................................................................10
Questões Propostas .............................................................................................................. 11
Questões dos Últimos Vestibulares ...................................................................................... 16
Questões Estilo ENEM .......................................................................................................... 19
Questões Complementares ................................................................................................... 22
Questões Discursivas ............................................................................................................ 23
Gabarito ................................................................................................................................. 24
Formação Territorial Brasileira .......................................................................................... 26
Introdução.............................................................................................................................. 26
Fixação Litorânea .................................................................................................................. 28
Expansão Territorial em Direção ao Interior .......................................................................... 28
Descoberta do Ouro e dos Diamantes .................................................................................. 30
Preocupação com a Unidade Territorial Brasileira ................................................................ 32
Leitura Complementar.............................................................................................................35
Questões Propostas .............................................................................................................. 36
Questões dos Últimos Vestibulares ...................................................................................... 41
Questões Estilo ENEM .......................................................................................................... 44
Questões Complementares ................................................................................................... 46
Questões Discursivas ........................................................................................................... 48
Gabarito ................................................................................................................................ 49
SUMÁRIO
C
ar
to
gr
afi
a
1
GEOGRAFIA
Cartografia
1 - Introdução
A relevância da Cartografia como parte da formação aca-
dêmica de um estudioso de geografia é inquestionável. Por 
meio dessa alfabetização cartográfica, é possível entender-
mos a relação entre o homem e o espaço geográfico em suas 
diversas facetas. Apesar dessa importância, a utilização de 
um mapa nos estudos é comumente dissociada da evolução 
natural dos alunos, fazendo com que eles não compreendam o 
mapa como uma alternativa de dado aspecto geográfico ou de 
complementação à escrita/leitura. Isso resulta no aprendizado 
de uma imagem desconectada da realidade, isto é, irrelevante. 
Neste capítulo, abordaremos a cartografia a partir da construção 
de um raciocínio, tentando não descompassar o tema com os 
fenômenos geográficos e históricos reais.
Representação do Mapa Mais Antigo do Mundo: Placa de 
Barro de Ga-Sur, Mede 7,12x6,35cm na Reprodução.
RAISZ, Wrwin. São Paulo: Editora Científica. 1969, p.9.
Mapa dos Indígenas das Ilhas Marshall, 
Mede 7,1x7,4cm na Reprodução.
RAISZ, Wrwin. São Paulo: Editora Científica. 1969, p.7.
Os mapas são reconhecidamente uma forma de linguagem 
mais antiga até mesmo do que a escrita. Sabe-se que os povos 
antigos utilizavam esses códigos a fim de registrar acontecimentos 
ou descobertas importantes. Cartografar algo é uma forma de 
representar ideias sobre o espaço geográfico, e, portanto, pode 
ser considerada tão antiga quanto a própria civilização humana, 
uma vez que parte da necessidade humana, e não de uma simples 
documentação. Ao longo do tempo, a produção de mapas trans-
formou-se em uma característica intrínseca para as populações, 
sendo necessária para representar locais e recursos, orientar 
rotas migratórias. Ela funciona até mesmo como uma ferramenta 
eficiente para a defesa territorial sob o ponto de vista militar.
Sejam nas rochas das cavernas, em papiros antigos, papeis 
atuais, e futuros tablets, os mapas redesenham sua vital impor-
tância para os seres humanos há gerações.
Disponível em: http://ideiasederivados.blogspot.com.br/2012/03/uma-
-menina-cheia-de-ideias.html. Acesso em: 12 de ago. de 2012.
2 - Sistemas de Orientação
A orientação no espaço geográfico e astronômico sempre foi 
uma preocupação constante do ser humano, o estabelecimento 
de direções a partir de referenciais universais, ou seja, referen-
ciais que podem ser acessados pelo homem em qualquer ponto 
na superfície terrestre, foi importantíssimo para os desloca-
mentos das populações humanas desde os nossos primórdios. 
Quando nos deslocamos a pequenas distâncias, adotamos 
como referenciais pontos que marcam a acessibilidade do local, 
como serras, rios, vegetações, estradas e trilhas, mas quando 
se trata de longos deslocamentos que envolvem, por exemplo, 
travessias de oceanos ou continentes, precisamos de referências 
de acessibilidade global. Desde os primórdios da civilização, a 
humanidade utiliza a posição dos astros para a determinação 
de rotas, direções e posições na superfície terrestre.
2.1 - Orientação pelos Astros
O primeiro sistema de Orientação se desenvolve pela posição 
do movimento aparente do sol (MAS) que se desloca sobre a 
abóbada celeste, descrevendo um arco meridiano no sentido 
leste-oeste. A partir da trajetória do MAS, podemos derivar as 
direções Norte-Sul, determinando, assim, os pontos cardeais.
2
G
eo
gr
afi
a
Para isso, devemos nos posicionar de forma a apontar o braço 
direito para o nascente e o esquerdo para o poente, a frente do corpo 
para o norte e as costas para o sul, conforme mostrado na figura.
Acesse o Google Maps em:
https://maps.google.com.br
FAÇA o trajeto utilizado por você para chegar ao cursinho, DEFI-
NINDO quais são as direções e os sentidos tomados ao longo do 
percurso. TENTE definir os seguintes aspectos
A) em qual regional de Belo Horizonte você reside?
B) você reside a Leste, a Norte, a Oeste ou a Sul do cursinho?
C) quais bairros estão a Leste, Oeste Norte e Sul do seu bairro?
D) a partir da Praça Raul Soares (Centro), defina a direção das 
principais vias de acesso de BH.
A partir do desmembramento dos pontos cardeais, é possível 
determinar os pontos colaterais (NE-NW-SE-SW), os quais 
devem ser construídos na interseção de dois pontos cardeais. 
Podemos,então, desmembrar os pontos cardeais e colaterais, 
criando os pontos sub-colaterais (N-NE, N-NW, E-NE, E-SE, 
S-SE, S-SW, W-SW, W-NW). 
Confira todas as posições na rosa dos ventos representada 
a seguir:
N
S
O
SO SE
L
NO
ONO
NNO
NE
NNE
ENE
ESE
SSE
OSO
SSO
Na orientação durante o período noturno, podemos utilizar 
duas constelações para navegação: a Ursa Menor, através da 
Estrela Polar, vista apenas no Hemisfério Norte, determina o 
norte, e a constelação Cruzeiro do Sul, vista apenas no Hemis-
fério Sul, determina o sul.
Assista ao vídeo 49 – 
Como os Astros Estão 
Ligados Entre Si?
Disponível em:
 http://tinyurl.com/zzetyxr
Ele traz uma noção do comportamen-
to dos astros em relação à Terra.
Disponível em http://geografiadamilenove.blogspot.com.br/2012/03/
orientacao-pelo-cruzeiro-do-sul.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
2.2 - Bússola
A bússola foi um instrumento inventado pelos chineses a 
2300 a.C. A Europa passou a dominar essa técnica só no 
século XIX, o que revolucionou os sistemas de navegação e 
de orientação. Com isso, os rumos e as rotas poderiam ser 
definidos com mais precisão, não dependendo de condições 
atmosféricas, por exemplo. Imagine uma caravela navegando 
no meio do oceano atlântico e atravessando uma tempestade, 
seria muito fácil perder completamente o rumo da trajetória. 
Então a bússola se transformou num dos principais instrumen-
tos de navegação, o que permitiu a travessia do Atlântico ou a 
circunavegação do continente africano.
N
S
N
S
Eixo Magnético
Eixo de Rotação da Terra
Polo Sul
Magnético
Polo Norte
Geográfico
Polo Sul
Geográfico
Polo Norte
Magnético
Disponível em: http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/
magnetismoterra.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
3
C
ar
to
gr
afi
a
Diferença entre o Norte Verdadeiro
e o Norte Magnético da Terra (Declinação Magnética)
19°
19°
Agulha da Bússola
Indica o Norte Magnético
(Conforme Linhas do Campo
Magnnético do Planeta Terra)
Rosa dos Ventos
Indica o Norte
Verdadeiro
(Norte Geográfico)
Desvio do Norte Magnético
em Relação ao Norte Verdadeiro
(Varia para Cada Localização)
Na Grande São Paulo o Desvio
é de Aproximadamente 19 graus Bússola
2.2.1 - Princípio de Funcionamento
O mecanismo da bússola é composto por uma agulha iman-
tada que gira livremente sobre um eixo, sabemos que o núcleo 
terrestre produz um campo eletromagnético alinhado no sentido 
Norte-Sul, a agulha atraída por esse campo aponta na direção 
do Sul magnético terrestre, que corresponde ao norte geográfico. 
Existe uma diferença entre os polos magnéticos da terra e os 
polos geográficos, denominada declinação magnética.
2.3 - Coordenadas Geográficas
Sistema que divide o planeta em dois planos imaginários, os 
paralelos (horizontais) e os meridianos (verticais). Na interseção 
dos dois planos, definimos a coordenada de qualquer ponto na 
superfície terrestre. Sabemos que a ideia da esfericidade terrestre 
foi determinada por Erastotenes, que calculou a dimensão do 
perímetro equatorial 43.000 KM III séculos a.C. A partir do cálculo 
do diâmetro e do raio terrestre, podemos encontrar a dimensão de 
todos os paralelos e subdividi-los em graus, minutos e segundos.
2.3.1 - Paralelos e Sistema de Latitude
Paralelos são linhas horizontais paralelas traçadas a partir do 
Equador e que chegam até os polos onde alcançam a dimensão 
de um ponto. A propriedade fundamental dos paralelos é que eles 
diminuem de extensão à medida que se aproximam dos polos. A 
distância de um ponto qualquer em relação à linha do equador é 
definida como LATITUDE e varia de 0 graus no Equador a 90 Graus 
nos polos. Dessa forma, o equador divide os hemisférios norte/sul.
Disponível em: : http://geographyworldonline.com/tutorial/lesson1.html.
Além disso, sabemos que o ângulo de incidência solar não 
é igual entre os vários paralelos, o que determinaria diferentes 
faixas de iluminação na superfície terrestre, definindo as zonas 
quentes, temperadas e frias.
Zonas Climáticas ou Térmicas
2.3.2 - Meridianos e o Sistema Longitude
Meridianos são arcos paralelos que ligam os dois polos e 
possuem a mesma dimensão. Considerando como meridiano 
referencial o Meridiano de Greenwich, teremos dois hemisférios 
(leste-oeste), cada um ocupará uma faixa de 180 graus, sendo 
as linhas divisórias o Meridiano de Greenwich (0 graus), e o anti-
meridiano (180 graus). A longitude de um ponto seria a distância 
desse ponto até o meridiano de Greenwich medida em graus.
Disponível em: http://geographyworldonline.com/tutorial/
lesson1.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
3 - Escala
Já vimos que o mapa é a representação planificada dos dife-
rentes aspectos na superfície terrestre com finalidades diversas. 
A quantidade de detalhes presentes no mapa depende dos 
objetivos de sua utilização. Dessa maneira, a precisão de sua 
avaliação deverá ser compatível com a escala, ou seja, quanto 
maior for o espaço representado no mapa, menor será a quan-
tidade de informações disponíveis. Se desejarmos aumentar o 
nível de detalhe, torna-se necessário diminuir a área mapeada. 
A escala é a razão entre as dimensões de um elemento 
representado no mapa e as medidas no terreno, ou seja, o 
número de reduções que esse terreno sofreu para ser repre-
sentado em um mapa. Se um mapa indicar uma escala de 
1:100.000, significa que o espaço representado foi reduzido 
100.000 vezes, portanto, cada centímetro percorrido no mapa, 
corresponde a 100.000 cm do tamanho real.
4
G
eo
gr
afi
a
A dimensão entre o elemento cartografado (d) e a dimensão real 
do terreno (D), a Escala (E), pode ser representada por E = d / D 
(no exemplo acima teríamos E = 1 / 100.000). Caso a escala seja: 
menor do que 1, ocorre uma redução das dimensões originais; 
maior do que 1, ampliação; e igual a 1, manutenção do tamanho dos 
dois. Na ciência cartográfica, tradicionalmente, esses valores serão 
relativos à redução, portanto, a escala tende a ser menor que 1.
As escalas empregadas são basicamente numéricas (tam-
bém conhecidas como fracional ou fracionária) ou gráficas. 
Existem também as escalas equivalentes, nas quais a pro-
porção entre a distância real e o mapa é feita por meio da 
utilização de duas unidades, como, por exemplo, 1cm equivale 
a 10km. A primeira oferece uma facilidade de compreensão 
rápida dessa redução. A conversão de unidades também é 
facilitada. Vejamos a tabela e o exemplo a seguir:
Unidade
Quilô-
metro
Hectô-
metro
Decâ-
metro
Metro
Decí-
metro
Centí-
metro
Milí-
metro
Abre-
viatura
km 
1.000 m
hm 
100 m
dam 
10 m
m 1 m
dm 
0,1 m
cm 
0,01 m
mm 
0,001 m
Em um mapa na escala de 1:2.000 000, a distância de 40 km entre 
duas cidades nele representadas será de 2 cm. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro! Por convenção, as escalas numéricas são trabalhadas 
em cm, mas nada impede de você fazer a conversão para outros 
múltiplos ou submúltiplos. Então, nesse caso, nós temos 1 cm no 
mapa correspondendo a 2.000.000 de cm (20.000m ou 20km) no 
terreno. Se a distância entre as duas cidades do exemplo é de 2 cm 
no mapa, e se a escala é de 1 cm no mapa para 20 km reais, utili-
zando uma regra de três simples, 2 cm significarão 40 km de terreno.
1 cm → 2.000.000 cm
2 cm → X
X = 4.000.000 cm (40 km)
Já as escalas gráficas são representadas a partir de uma barra 
graduada com a numeração das distâncias referentes à dimen-
são real. Portanto, as distâncias podem ser medidas facilmente 
com a utilização de um compasso, além de não apresentarem 
problemas caso o mapa seja redimensionado (ampliado ou re-
duzido), pois a graduação também irá ampliar-se ou reduzir-se 
na mesma proporção que o restante da representação.
4 - Mapa de Isolinhas
Uma isolinha seria uma linha que une pontos de mesmo valor. 
Esses valores são relativos à altitude, à temperatura, à pressão, 
à umidade, à densidade demográfica, entre outros. O exemplo 
a seguir demonstra um mapa com isotermas (linhas que unem 
pontos de mesma temperatura) da cidade de Londres:
Disponível em: http://marciiabarbosa.blogspot.com.br/2008/10/climas--no-brasil-por-possuir-92-do.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
Porém, as isolinhas mais frequentes em mapas seriam as 
isoípsas, são linhas que unem pontos de mesma altitude.
O mapa com curvas de nível pode indicar uma série de aspec-
tos importantes, como o relevo, a hidrografia, o potencial agrícola 
do solo, entre outros. Doravante, é necessário treinamento para 
conseguir interpretar uma carta topográfica.
5
C
ar
to
gr
afi
a
Seguindo um raciocínio lógico, como uma curva de nível é 
uma linha que une pontos de mesma altitude, uma linha não 
pode se chocar com a outra. Seguindo esse pensamento, exis-
te outro ponto fundamental, a equidistância das linhas. Todas 
as linhas, necessariamente, possuem a mesma distância entre 
si, isso oferece ao leitor do mapa uma característica muito 
importante das cartas topográficas, que é a possibilidade de 
identificarmos a declividade do relevo.
Veja os dois esquemas a seguir:
Com o programa Google Earth, você pode obter um modelo 
de elevação de qualquer terreno. Para isso, siga o passo a passo:
1º) Faça o download do programa em: 
http://www.google.com/earth/index.html
2º) Instale o programa de acordo com as indicações feitas 
no site (é bem simples).
3º) Entre no programa e clique na ferramenta régua. Aparecerá 
uma pequena janela com duas abas, clique na aba “caminho”.
4º) Faça uma rota ligando pontos no mapa, depois salve o 
caminho feito.
5º) Clique com o botão direito do mouse em cima do caminho 
criado por você. Aparecerá outra janela com uma lista de op-
ções. Nela você deverá clicar em “Mostrar perfil de elevação”.
6º) Após esse procedimento aparecerá um gráfico com a 
elevação do caminho feito, como na figura a seguir:
Pedro Neto. Base Cartográfica: Google Earth.
Salve vários caminhos e compare as elevações dos terrenos.
Podemos concluir que, quanto maior for a proximidade entre 
as isoípsas, maior será a declividade (relação entre distância 
percorrida e altura) do terreno. A explicação é simples, se existe 
o princípio da equidistância das linhas, significa que, necessa-
riamente, o espaçamento entre uma e outra é igual, restando 
apenas um fator responsável pela declividade, que seria a pro-
ximidade entre as isoípsas. Vamos fazer um estudo de caso, 
considerando que a equidistância entre os exemplos acima é 
de 10m e que o mapa possui a mesma escala. Analise a seguir:
Equidistância: 10m Equidistância: 10m
Distância entre as linhas: X Distância entre as linhas: Y
Base
X
Base
X
Altura
10 m
Altura
10 m
Em um mapa topográfico, é possível identificarmos também 
outras formas de relevo, hidrografia e/ou aplicações econômi-
cas do meio. Acompanhe os exemplos a seguir:
A composição do relevo é representada na figura como 
uma região de morros, e pode ser claramente percebida pelo 
mapa topográfico.
A hidrografia local, responsável pela presença de riachos e 
de rios, também pode ser identificada. O rio, sendo responsável 
pelo transporte de sedimentos, é um dos principais agentes ero-
sivos do planeta, moldando, dessa forma, o relevo local. Uma 
sequência de formas côncavas descendo o relevo pode indicar 
a presença de um rio, racho, ou até mesmo de uma ravina.
4.1 - Definição de Elementos Hidrográficos 
em uma Planta
As variações topográficas são os fatores mais importantes para 
o direcionamento do escoamento superficial, seja ele pluvial ou 
fluvial. Duas formas básicas são importantes no momento de se 
definir a direção geral dos rios e das chuvas numa planta topo-
gráfica: a linha do divisor e a linha do talvegue, ou seja, as cotas 
mais elevadas e as cotas mais baixas de um conjunto de relevo.
6
G
eo
gr
afi
a
Disponível em: http://aquafluxus.com.br/?p=1558. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
O segmento A reúne os divisores, ou seja, as cotas mais 
altas que dividem o escoamento para direções diferentes, já 
o segmento B reúne os pontos mais baixos ou talvegues, que 
definem a convergência do escoamento e a sua direção geral.
Analisando os segmentos observamos que os divisores e os 
talvegues apresentam a seguinte morfologia: divisores – con-
vexidade e talvegues – concavidade.
Quando numa planta encontrarmos uma espécie de cotovelo 
ou ângulo, podemos definir a linha do divisor ou do talvegue.
B
IV
III
II
I
160
150
140
130
120
O divisor de águas ou interflúvio é definido através de uma 
seção que corta as isoípsas a partir de um ponto de maior 
altitude para um ponto de menor altitude (seção B) no sentido 
contrário às convexidades, isto é, de IV para I na figura anterior.
BIV
III
II
I
A
90
100
110
120
Já o talvegue é definido por uma seção que corta as isoípsas 
a partir de um ponto de maior altitude para o de menor altitude 
no mesmo sentido que as concavidades, marcando o sentido 
dos cursos d´água, seja ele um curso intermitente ou perene.
FAÇA um mapa topográfico a partir desses valores informados no 
trecho do mapa a seguir.
98 96
101
88
100 105 96
8692103
100
5 - Projeções Cartográficas
Uma projeção cartográfica seria uma representação de toda, 
ou parte da superfície terrestre em um plano. Normalmente inclui 
linhas que demarcam meridianos e paralelos. Seguindo o que 
foi citado previamente, as distorções ocorrem em função disso, 
matematicamente é impossível planificar uma esfera sem que 
haja uma distorção. Entretanto, a escolha de uma projeção pode 
determinar quais características do mapa serão mais fiéis à re-
alidade, em detrimento de outras. Isso faz com que a finalidade 
do mapa determine o tipo de projeção. 
Os métodos de confecção do mapa também variam bastante. 
Caso um cilindro seja posto por volta de um globo terrestre a sua 
superfície, invariavelmente, irá tocar a superfície, formando, assim, 
a circunferência completa. A partir disso, os meridianos e paralelos 
podem ser projetados ao cilindro. Em alguns casos, os paralelos 
podem ser projetados geometricamente, com uma preocupação 
de garantir a fidelidade em relação ao contorno dos continentes, 
garantindo, assim, o formato mais próximo do ideal aos continentes. 
A projeção de Mercator é o estereótipo disso. Há muito tempo, Ge-
rardus Mercator, autor do mapa-múndi mais difundido da história, 
é acusado de deformar o planisfério para assegurar a posição de 
centralidade do continente europeu, além de utilizar uma projeção 
conforme (projeção na qual a forma dos continentes se mantém 
fiel em detrimento da área), causando, assim, uma ampliação ilu-
sória do continente europeu. Essa visão eurocêntrica é reforçada 
também pelo período de confecção do mapa, seu trabalho ocorreu 
durante as grandes navegações históricas. Esse tipo de abordagem 
geopolítica, no que se refere à Cartografia, é fascinante!
“Pensar o mundo não é mais um privilégio eu-
ropeu, e a reelaboração do mapa do planeta é 
uma forma de libertação do colonialismo” 
Milton Santos
Pedro Neto. Base cartográfica: Google Earth.
7
C
ar
to
gr
afi
a
Um brilhante cartógrafo alemão, Arno Peters, ponderou que os mapas eram 
símbolos efetivos de uma visão nortista, submetendo aos países do “terceiro 
mundo” a submissão político-econômica. O pressuposto de que todos os países 
deveriam ser postos em um mapa-múndi, fidelizando sua área (projeção equi-
valente), gera um evidente destaque aos países do mundo subdesenvolvido.
Vitor Augusto. Base Cartográfica: University of Texas Libraries (www.lib.utexas.edu)
Por meio das projeções cilíndricas, os planisférios ganharam destaque. Con-
tudo, existem graves problemas a serem superados, como a impossibilidade de 
representação das regiões polares.
Outras propostas de projeções garantem a representatividade mais correta 
para tais áreas.
A projeção cônica, por exemplo, resulta da projeção do globo sobre um cone que 
posteriormente é planificado. Por motivos claros, ela é utilizada principalmente para 
representar países ou regiões de latitudes intermediárias.
Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/projecoes-cartograficas.htm
Já a projeção plana (conhecida também como azimutal) correspondeao método 
mais utilizado para retratar as superfícies polares.
1. Projeção capaz de representar as áreas polares com grande fidelidade.
2. Quanto maior a distância do centro de projeção, maior será a deformação.
3. Não é indicada para a representação de grandes extensões.
Base Cartográfica: University of Texas Libraries 
Disponível em: www.lib.utexas.edu. Aces-
so em: 23 de ago. de 2016.
O Ártico designa o conjunto geográfico for-
mado pela zona polar do hemisfério norte e 
o oceano glacial situado entre a América do 
Norte e a massa continental euroasiática. O 
Oceano Glacial Ártico recobre uma superfí-
cie de 12 milhões de quilômetros quadrados 
que se comunica com o Pacífico através do 
estreito de Bering (passagem Noroeste), 
com o Atlântico pela estreita Baía de Baffin, 
mas também por uma passagem mais ampla 
entre a Groenlândia, o noroeste da Rússia 
e a Península Escandinava (passagem 
Nordeste). As geladas águas do Oceano 
Ártico banham os litorais de cinco países: 
Rússia, Groenlândia (território de soberania 
dinamarquesa), Canadá, Estados Unidos 
(por conta do Alasca) e Noruega. Durante 
muito tempo o Ártico foi uma área marginal 
do mundo que nem era mostrada nos mapas 
que usam a tradicional projeção de Mercator. 
8
G
eo
gr
afi
a
Somente no século XX, através dos avanços tecnológicos (como o uso de aviões, de navios quebra-gelo e de submarinos) e 
principalmente do antagonismo soviético-americano, é que a importância estratégica da região foi ressaltada. Há pelo menos 
duas dezenas de bases militares russas e norte-americanas no Ártico e em suas circunvizinhanças.
6 - Fusos Horários
Em 1884, um congresso internacional foi realizado em Washington a fim de estabelecer um padrão mundial para os horários. 
O resultado foi a criação de fusos-horários baseados no meridiano referencial (Greenwich). Antes do século XIX, várias cidades 
por todo o planeta utilizavam equipamentos que mensuravam o horário oficial por meio de relógios solares e outros métodos mais 
arcaicos. O avanço do processo de globalização trouxe modernizações em telecomunicações e em transportes, criando, assim, um 
sério problema de horários entre cidades e regiões; coordenar os horários entre estações de trens, por exemplo. A lógica é simples: 
um total de 24 horas, e 360 graus dando a volta pelo planeta, evidentemente gera 15 graus para cada hora. Veja o mapa a seguir:
Fusos Horários
Vitor Augusto. Base Cartográfica.
Disponível em: http://www.citygridmedia.com. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
Dica:
Algumas questões de vestibulares precisarão que você raciocine com minutos, ao invés de horas.
Exemplo: Se 15° correspondem a 1h, 1°, portanto, corresponde a 4 minutos.
6.1 - Qual a Diferença em Horas de X a Y? 
É importante destacarmos que os fusos horários não são a mesma coisa que meridianos. O fuso referencial de Greenwich 
(GMT) corresponde, como todos os outros, a 15°. Porém, são 7° e 30’ para oeste e 7° e 30’ para leste, ficando assim:
Vitor Augusto. Base Cartográfica: IBGE.
9
C
ar
to
gr
afi
a
Alguns fatos históricos podem comprovar a importância dos 
fusos horários. A diferença de fuso horário em uma mesma 
nação pode gerar, inclusive, alguns erros crassos, e não se 
trata de erros retificáveis. Quando uma eleição é apertada, 
essas projeções – que são tornadas públicas durante a vota-
ção – podem afetar o índice de participação. Na Flórida, por 
exemplo, os condados mais republicanos, situados no Oeste, 
têm um fuso horário diferente daquele dos condados do Leste. 
Portanto, ainda não tinha sido concluída a operação eleitoral 
quando uma emissora, e depois outra, e depois mais outra, 
“projetaram” a vitória de Albert Gore no Estado. Um “furo” 
desses pode ter custado alguns milhares de votos a Bush.
É importante recordar que a terra gira da esquerda para a direita, 
ou de oeste para leste. Portanto, todas as localidades situadas a leste 
veem o sol nascer primeiro. Pode-se concluir que essas localidades 
possuem a hora adiantada. Ex. O Japão está situado 12 fusos a leste 
do Brasil, seus habitantes veem o sol nascer primeiro do que nós. 
Quando são 14 horas de uma terça-feira em São Paulo, significa que 
já serão 2 horas da madrugada de quarta-feira em Tóquio.
Em função de sua grande extensão longitudinal, o Brasil é dividido 
em quatro fusos. Em 2008, essa configuração foi alterada, com a 
retirada do fuso – 5 horas e a integração do Acre e da porção oeste 
da Amazônia ao fuso – 4 horas. A medida, entretanto, não agradou 
a população local, pois o horário político se distanciou muito do 
horário solar. Por isso, em 2013 o fuso – 5 horas foi reestabelecido 
e o Acre voltou a ser duas horas atrasado em relação à Brasília.
Brasil – Fusos Horários (3 Fusos)
Brasil – Fusos Horários (4 Fusos)
Disponível em: http://vozesdoverbo.blogspot.com.br/2014/02/fusos-
-horarios-do-brasil.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
Interessante pensarmos nos limites práticos e teóricos estabele-
cidos pelos fusos horários. O limite teórico obedece às linhas físicas 
delimitadas a partir do referencial em Greenwich. Já o limite prático 
é estipulado politicamente, portanto, não obedece à teoria. Por isso, 
a Argentina alinha o fuso do país com o horário oficial de Brasília.
O meridiano de Greenwich ou primeiro meridiano (0°) ficou sendo 
a referência da hora oficial mundial, ou hora GMT (Greenwich Me-
ridian Time) até 1986, quando foi substituído pelo UTC – Universal 
Time Coordinated, que é uma mensuração baseada em padrões 
atômicos, e não na rotação da Terra.
6.2 - Linha Internacional da Data (LID) 
Ao dar a volta no planeta, percorrendo 12h para cada hemisfé-
rio, teríamos um total de 24h de diferença entre o extremo Oeste 
e o extremo Leste. É justamente por isso que ficou delimitada a 
Linha Internacional da Data (LID). Ela corresponde ao antimeri-
diano de Greenwich. Ao atravessar o meridiano 180°, deve-se 
alterar em 1 dia a data. Se estiver saindo do hemisfério oeste, 
estará -12h GMT, portanto, o ajuste tem que ser feito para +1 dia.
+6, -90° +5, -75°
+4, -60°
+3, -45°
+2, -30°
+1, -15°
0, 0°
-1, 15°
-2, 30°
-3, 45°
-4, 60°
-5, 75°-6, 90°-7, 105°
-8, 120°
-9, 135°
-10, 150°
-11, 165°
+12, 180°
ou -12, 180°
+11, -165°
+10, -150°
+9, -135°
+8, -120°
+7, -105°
7 - Sensoriamento Remoto e
Fotointerpretação
Um Sistema Global de Navegação Satélite (GNSS) é desen-
volvido por uma constelação de satélites com abrangência global 
que envia sinais de posicionamento e de tempo para usuários 
localizados em solo, aviões, ou transporte marítimo. Há vários 
sistemas GNSS, como o GPS (dos EUA), Glonass (da Rússia) e 
agora o Galileo (da Europa), que está em estado de implantação 
e próximo de se tornar disponível.
Disponível em: http://profaguinaldofisica.blogspot.com.br/2011/01/
10
G
eo
gr
afi
a
como-funciona-o-gps.html. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
A constelação de satélites é distribuída de tal forma que pode 
prover seus serviços em todo o mundo e com um número de sa-
télites que permita o fornecimento de serviços de alta qualidade.
Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/gps/2562-como-
-funciona-o-gps-.htm. Acesso em: 23 de ago. de 2016.
Ser capaz de computar nossa posição corrente nos dá a 
possibilidade de aplicar esse conhecimento de muitas formas. 
Essa noção é usada para navegação de carros, de aeronaves e 
de embarcações. Nós também podemos usá-la para propósitos 
de mapeamento, tanto pela obtenção direta em campo como 
pelo processamento de imagens de satélites ou aéreas que 
devem ser georreferenciadas, usando pontos de controle. Nós 
também podemos usar informação localizacional para praticar 
esportes como caminhada ou ciclismo, ou ainda em missões 
de resgate. Recentemente, o GNSS tem sido usado para agri-
cultura de precisão, para aperfeiçoar o rendimento de safras. 
Caso decidíssemos listar e elucidar todas as aplicabilidades dos 
GPS’s, deveríamos produzir um livro apenas com essa função. 
No tocante ao uso agrícola e à pesca, temos pulverização quí-
mica dassafras, monitoramento de rendimento, conhecimento 
da extensão dos cultivos, rastreamento do gado, navegação e 
monitoramento de barcos de pesca, aplicações generalizadas 
para a pesca, entre outros. Além disso, em relação a esse 
mercado, é válido destacar a importância da engenharia civil, 
da energia, das questões ambientais, das movimentações 
financeiras, da segurança pública, das telecomunicações, da 
aviação civil, dos transportes terrestres, ad infinitum. 
Conheça o programa espacial brasileiro o CBERS 
(China-Brazil Earth Resources Satellite, Satéli-
te Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).
Por meio dele, você terá acesso a imagens de monito-
ramento do espaço aéreo brasileiro, além de imagens 
e vídeos relacionados às nossas pesquisas espaciais.
http://www.cbers.inpe.br/
Leitura Complementar
Sistema de Informações Geográficas
Já há algum tempo, com a evolução da informática, sur-
giram novas possibilidades de análises estratégicas para o 
auxílio na tomada de decisão. A possibilidade de visualização 
dos resultados das análises, espacialmente em um mapa, faz 
com que a compreensão por intermédio do analista seja de 
forma facilitada e clara. Esse tipo de tecnologia é chamada 
de Sistema de Informação Geográfica – SIG, mas essa tec-
nologia já era usada bem antes da invenção do computador.
Um bom exemplo disso é um caso acontecido na cidade 
de Londres, em 1854. Nessa época, Londres estava so-
frendo uma grave epidemia de cólera, doença cuja forma 
de contaminação não se conhecia. Numa situação em que 
já havia ocorrido mais de 500 mortes, o doutor John Snow 
teve uma ideia: colocar no mapa da cidade a localização 
dos doentes de cólera e dos poços de água (naquele 
tempo, a fonte principal de água dos habitantes da cidade).
Com a espacialização dos dados, o doutor Snow per-
cebeu que a maioria dos casos estava concentrada em 
torno do poço da Broad Street e ordenou que este fosse 
lacrado, o que contribuiu muito para debelar a epidemia.
Esse caso forneceu evidência empírica para a hipótese 
(comprovada posteriormente) de que a cólera é transmitida 
por ingestão de água contaminada. Essa é uma situação 
típica em que a relação espacial entre os dados muito difi-
cilmente seria inferida pela simples listagem dos casos de 
cólera e dos poços. O mapa do doutor Snow passou para 
a história como um dos primeiros exemplos que ilustram 
bem o poder explicativo da análise espacial e do GIS.
Segundo Korte (2001) ¹ , o SIG é uma ferramenta utilizada 
para análises de informação geográfica que usa funções de da-
dos geométricos ligados a tabelas de atributos alfanuméricos. 
Essas ligações são feitas por meio de um identificador (chave).
Os dados geométricos e alfanuméricos, dessa forma inter-
ligados, suprem sistemas computacionais, o que possibilita 
a análise de problemas predeterminados. Um GIS permite a 
visualização espacial dos dados através de interfaces gráfi-
cas dos sistemas e/ou através da confecção de mapas im-
pressos, nos quais são ilustradas as soluções de problemas.
A seguir, discorre-se sobre definições associadas ao GIS.
C
ar
to
gr
afi
a
11
EXERCÍCIOS
Fonte: http://cier.uchicago.edu/gis/gis.htm
Os dados espaciais são observações documentadas ou 
resultados da medição. A disponibilidade dos dados oferece 
oportunidades para a obtenção de informações. Os dados 
podem ser obtidos pela percepção, através dos sentidos 
(por exemplo, observação), ou pela execução de um pro-
cesso de medição. Nessa seção, descreveu - se quais são 
as características dos dados utilizados nos sistemas de 
informação geográfica – GIS.
Uma base de dados geográfica é um depósito de fatos 
ou conceitos do mundo real que possuem atributos conven-
cionais e atributos espaciais que descrevem sua forma e 
indicam sua localização na Terra (sobre/sob).
O depósito de dados espaciais ocorre tanto na forma 
de sistemas de arquivos como na de sistemas de banco 
de dados. Como no sistema de banco de dados, existem 
diversas vantagens comparadas ao sistema mais tradicional 
de armazenamento de dados espaciais. A grande maioria 
dos aplicativos SIG ainda trabalha com sistemas de arqui-
vos, perdendo assim todas as vantagens de um SGBD 
(Sistema Gerenciador de Banco de Dados). Ao utilizar um 
sistema de banco de dados, é primordial que os atributos 
convencionais e espaciais estejam relacionados, para que, 
a partir de tais dados, o usuário consiga encontrar determi-
nada informação. Além disso, o banco de dados permite o 
relacionamento entre as entidades espaciais.
Sendo assim, a expressão “banco de dados espacial” 
pode ser usada quando se quer utilizar um repositório 
de dados com relações entre as entidades espaciais que 
descrevam a localização no espaço e sua forma de repre-
sentação, nas notações de área, linha ou ponto.
Um banco de dados espacial é um dos principais compo-
nentes de um SIG, pois é nele que estão armazenados as 
referências da relação do dado com o mundo real, princi-
palmente no que tange à geografia. Por meio do banco de 
dados espacial, é possível um SIG realizar processamentos 
geométricos, análise espacial e fazer relação entre dados 
convencionais e espaciais.
¹ KORTE, G. B. The GIS Book, 2001. ISBN 0766828204
Fonte: Apostila SIGPAC – Ministério dos Transportes.
Questões Propostas
1. (CEFET/MG-2014)
A utilização desse mapa nos estudos geográficos NÃO 
permite 
A) mensurar o perímetro urbano do município destacado. 
B) identificar os municípios fronteiriços próximos à área 
de estudo. 
C) calcular distâncias entre pontos específicos nas três 
representações. 
D) reconhecer vias de acesso nos espaços rurais de 
Presidente Prudente. 
E) verificar a posição do município na Unidade da Fede-
ração a que pertence.
12
G
eo
gr
afi
a
2. (UECE-2014) No que diz respeito às questões de natureza 
geocartográfica, assinale a afirmação INCORRETA. 
A) todos os globos e mapas representam as caracterís-
ticas da superfície da Terra, em um tamanho muito 
menor do que possuem na realidade. 
B) a latitude de um lugar é a linha medida em graus entre 
esse lugar e o equador. 
C) os meridianos têm sua máxima separação no equador 
e convergem para um ponto em cada polo. 
D) plantas urbanas devem sempre ser organizadas 
em escalas muito pequenas como, por exemplo, 
1:500.000.
3. (UTFPR-2014) A partir da observação do planisfério 
abaixo somente podemos afirmar que
A) o continente americano é atravessado por diversas 
linhas de latitude norte e sul. 
B) a África é um continente cuja maior parte encontra-se 
na latitude oeste da Terra. 
C) a Ásia encontra-se a oeste da Europa, que por sua 
vez está ao norte da África. 
D) a Oceania possui as linhas de mais elevados valores 
de latitude e longitude. 
E) a América do Sul estende-se pelos hemisférios oci-
dental e oriental da Terra. 
4. (UEM-2014) Os produtos cartográficos (mapas, cartas e 
gráficos) são utilizados para a visualização, a interpretação 
e as análises de fenômenos geográficos. Nesse contexto, 
a escala é um elemento cartográfico essencial para a 
medição desses fenômenos. 
Sobre a escala, assinale o que for correto. 
01) A escala indica a proporção em que um mapa ou uma 
carta foram traçados em relação ao objeto real, ou seja, 
retrata as dimensões entre o produto cartográfico e a re-
alidade palpável de um determinado espaço geográfico. 
02) Um mesmo espaço geográfico não pode ser repre-
sentado em diferentes escalas, pois isso acarretaria 
a distorção dos elementos reais da representação. 
04) As escalas permitem o cálculo real de distâncias entre 
localidades distintas. Isso facilita a interpretação de 
vários fenômenos geográficos que envolvem fluxos 
migratórios, meios de transportes rodoviários e ferro-
viários, entre outros. 
08) As escalas podem ser representadas na forma numéri-
ca ou gráfica. Na escala numérica, a correspondência 
é indicada por meio de uma fração e, na escala gráfica, 
essa relação é diretamente indicada em uma régua 
graduada. 
16) Um mapaem escala grande é utilizado para represen-
tar os detalhes de um espaço geográfico de dimensões 
globais. 
5. (CEFET/MG-2014) Analise a figura a seguir. 
Sobre o Sistema de Informação Geográfica, é correto 
afirmar que
I. se apresenta como um importante instrumento para o 
planejamento urbano e rural.
II. correlaciona diversos dados do espaço terrestre de 
acordo com determinada finalidade.
III. se elabora como produto final cartogramas diversos, 
fiéis ao espaço representado.
IV. se organiza em modelo de camadas no formato de 
matrizes ou imagens a partir de variáveis selecionadas.
V. exibe a cada camada um mapa tridimensional com 
diversas características físicas de uma região.
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I, II e III. B) I, II e IV. C) I, IV e V. 
D) II, III e V. E) III, IV e V.
6. (PUC/RS-2014) Responda à questão com base no dese-
nho, que representa uma área de relevo em curvas de nível, 
preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
13
C
ar
to
gr
afi
a
( ) Os mapas topográficos utilizam curvas de nível, 
também chamadas de isoípsas, para representar 
diferentes altitudes.
( ) As curvas de nível da vertente do lado A do traço 
indicam um relevo mais íngreme do que as curvas de 
nível do lado B do traço.
( ) O relevo representado por essas curvas de nível é 
uma depressão com 250m de profundidade.
( ) A área representada nesse desenho pode ser con-
siderada um divisor de águas.
( ) A direção do traço de A para B, neste desenho, é 
nordeste-sudoeste.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é 
A) V – V – F – F – F 
B) V – V – F – V – F 
C) V – F – V – F – F 
D) F – V – F – V – V 
E) F – F – V – V – V
7. (UFPR-2013) Um indivíduo situado em Porto Alegre (RS) 
observou, através de uma bússola, que no inverno a di-
reção do nascer do sol não coincidia com a direção leste 
da mesma, mas sim com a direção nordeste. A respeito 
do assunto, identifique as afirmativas a seguir como ver-
dadeiras (V) ou falsas (F)
( ) No inverno, a direção do sol nascente não coincide 
com o leste geográfico.
( ) Bússolas são sensíveis a campos magnéticos locais, 
que desviam as direções, sendo este o fator que jus-
tifica a divergência entre a direção apontada por elas 
e a do nascer do sol.
( ) Por se tratar de equipamento de baixa precisão, as 
bússolas não devem ser utilizadas para determinar 
direções.
( ) Em geral, o leste geográfico diverge do leste mag-
nético apontado pela bússola.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, 
de cima para baixo. 
A) F – V – V – F. 
B) V – F – V – F. 
C) F – F – V – V. 
D) V – V – F – F. 
E) V – F – F – V. 
8. (UERN-2013) O fuso não é exatamente uma faixa reta e 
contínua ligando um polo a outro. Existe um limite prático 
entre os fusos: eles seguem os contornos dos limites dos 
países ou unidades administrativas e federativas (como 
estados e províncias) em que os países se dividem. Mesmo 
sem um mapa, é possível calcular os fusos de determi-
nada localidade, desde que saibamos sua longitude e o 
horário e a longitude de outro local, que serão tomados 
como referência. 
Lucci, Elian Alabi. Território e Sociedade no Mundo Globaliza-
do. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p.27.
Com base nessas informações, complete o quadro abaixo.
Cidade Longitude Centro do Fuso
Distância 
em relação 
ao fuso de 
referência 
(em graus)
Diferença 
em Horas
Horário
Rio de 
Janeiro 
(Brasil)
43° O 45° O Fuso de Referência - 17 horas
Londres 
(Reino 
Unido)
0° O 0° O 45° + 3
San 
Francisco 
(E.U.A.)
122° O 120° O 75° - 5
Cairo 
(Egito) 31° L 30° L 75° + 5
Lucci, Elian Alabi. Território e Sociedade no Mundo Globaliza-
do. Ensino médio. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 27.
As horas que completam o quadro são, respectivamente, 
A) 12, 4 e 14. 
B) 14, 14 e 23. 
C) 20, 12 e 21. 
D) 20, 12 e 22.
9. (CEFET/MG-2013)
Considerando-se as informações do mapa, afirma-se que
I. O traçado do Arroio Chuí ao ponto mais setentrional 
do país atravessa zonas de dois fusos horários práticos 
diferentes.
II. Os dados constantes na carta mostram que o Brasil é 
predominantemente austral e totalmente ocidental.
III. A fotocópia ampliada da representação inviabiliza o uso 
da escala empregada na sua elaboração.
IV. O modelado das coordenadas geográficas revela que 
a projeção cartográfica utilizada é a de Peters.
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV.
14
G
eo
gr
afi
a
10. (UERN-2013) Um avião saiu de São Paulo às 9 horas 
com destino a Campo Grande (MS). Sabe-se que cerca de 
900 km, em linha reta, separam São Paulo (SP) de Campo 
Grande (MS), e que o percurso de São Paulo – Campo 
Grande de avião será feito em 1 hora. Qual a hora local 
de chegada em Campo Grande? 
A) 9 horas. B) 10 horas. 
C) 11 horas. D) 12 horas.
11. (UERN-2013) Cada tema abordado pela Geografia pode 
ter a sua representação cartográfica correspondente. A es-
colha do modo como as informações serão representadas 
dependerá do tipo de dado destacado no mapa. Observe 
o tipo de informação privilegiada no mapa temático do 
Brasil a seguir.
Trata-se do mapa 
A) físico. B) político. 
C) econômico. D) demográfico.
12. (UNICAMP-2013) A imagem abaixo mostra um local por 
onde passa o Trópico de Capricórnio. Sobre o Trópico de 
Capricórnio podemos afirmar que
A) É a linha imaginária ao sul do Equador, onde os raios 
solares incidem sobre a superfície de forma perpendi-
cular, o que ocorre em um único dia no ano. 
B) Os raios solares incidem perpendicularmente nesta 
linha imaginária durante o solstício de inverno, o que 
ocorre duas vezes por ano. 
C) Durante o equinócio, os raios solares atingem de forma 
perpendicular a superfície no Trópico de Capricórnio, 
marcando o início do verão. 
D) No início do verão (21 ou 22 de dezembro), as noites têm 
a mesma duração que os dias no Trópico de Capricórnio.
13. (PUC/RS-2013) Com base nas informações e afirmati-
vas que tratam da represen¬tação do espaço através da 
cartografia.
Os mapas não são representações completas da realida-
de; são simplificações do espaço geográfico. 
Sobre a elaboração de mapas, afirma-se 
I. O cartógrafo necessita realizar uma seleção prévia 
daquilo que irá mapear. 
II. O mapa representa política e ideologicamente o seu 
idealizador. 
III. Não existe uma projeção mais correta para um mapa, 
e sim a que melhor atende aos interesses de quem o 
está construindo. 
IV. A produção de símbolos cartográficos pode ser com-
parada à elaboração de um texto. 
Estão corretas as afirmativas 
A) I e III, apenas. 
B) II e IV, apenas. 
C) I, II e IV, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV.
14. (UERJ-2013) De acordo com as anotações no diário 
de bordo, presume-se que o padre Caspar calculou sua 
localização a partir do meridiano que passa sobre a Ilha 
do Ferro, 18° a oeste de Greenwich. Para ele, seu navio 
estava no meridiano 180°.
ECO, Umberto. A Ilha do Dia Anterior. Rio de Janeiro: Record, 2006. (Adaptação).
Localização do Meridiano da Ilha do Ferro
O romance A ilha do dia anterior, de Umberto Eco, conta 
a história de um nobre europeu e de um padre, chamado 
Caspar, que participaram de duas expedições marítimas 
em meados do século XVII. O objetivo das expedições 
era tornar preciso o cálculo das longitudes. Tendo como 
referência o meridiano de Greenwich, a longitude do navio 
do padre Caspar corresponde a
15
C
ar
to
gr
afi
a
A) 158° Leste. B) 158° Oeste. 
C) 162° Leste. D) 162° Oeste.
15. (UERN-2013) A ideologia terceiro-mundista surgiu a partir 
da Conferência de Bandung (Indonésia), em 1955. Os 
teóricos do terceiro-mundismo buscaram um projeto de 
desenvolvimento independente, não alinhado ao modelo 
capitalista dos países desenvolvidos sob a liderança dos 
Estados Unidos, nem ao modelo socialista liderado pela 
antiga União Soviética.Lucci, Elian Alabi. Território e Sociedade no Mundo Globaliza-
do. Ensino médio. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 44.
De acordo com as projeções e a ideologia terceiro-mundis-
ta, assinale uma atitude declaradamente terceiro-mundista. 
A) Projeção de Mercator. 
B) Projeção de Robinson. 
C) Projeção de Arno Peters. 
D) Projeção de Mercator e Arno Peters.
16. (AMAN 2013) Sobre escala cartográfica, leia as afirma-
tivas abaixo
I. Existem dois tipos de escala cartográfica: a numérica 
e a geográfica;
II. Na escala podemos visualizar mais detalhes do que 
na escala portanto a primeira é mais adequada para 
representar grandes superfícies terrestres, como, por 
exemplo, uma região ou país;
III. Em um mapa de escala a distância gráfica de entre 
dois pontos, em linha reta, corresponde a uma distân-
cia real de 
IV. A escala muito utilizada na construção de plantas 
urbanas, é maior do que a escala que é utilizada, por 
exemplo, para representar um continente ou mesmo 
o Mundo.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas 
corretas. 
A) I e II. B) I, II e III. C) I, II e IV. 
D) II e III. E) III e IV.
17. (UEM-2012) O voo 1990 da empresa de aviação aérea 
GOL, que sai de Santarém-PA (Latitude de 2º 14’ 52” S 
e Longitude de 54º 42’ 36” W), às 3h e 30min (horário de 
Santarém-PA), chega ao seu destino, Manaus-AM (Lati-
tude de 3º 9’ S e Longitude de 60º 1’ W), às 3h e 40min 
do mesmo dia (horário de Manaus-AM). Já o voo 1991 da 
GOL, que faz o trajeto de volta, sai de Manaus-AM à 1h e 
00min (horário de Manaus-AM) e chega a Santarém-PA, 
às 3h e 10min do mesmo dia (horário de Santarém-PA). 
Com base no texto e a partir dos conhecimentos referentes 
ao conteúdo de fusos horários, assinale o que for correto. 
(01) O Brasil, devido a sua grande dimensão longitudinal, 
possui três fusos horários. 
(02) O voo 1990 da GOL levou 10min para sair de Santa-
rém-PA e chegar a Manaus-AM. 
(04) Santarém (PA) se encontra em um meridiano a leste 
em relação ao meridiano de Manaus-AM. 
(08) O voo 1991 da GOL levou 1h e 10min para chegar 
ao seu destino. 
(16) Manaus (AM) e Santarém (PA) se encontram no mes-
mo fuso horário, sendo que ambas estão atrasadas em 
1h em relação ao fuso oficial do Brasil.
18. (UFPA-2012) Analise as imagens a seguir. 
A análise dos mapas apresentados em diferentes escalas 
permite identificar que 
A) a redução da escala permite maior detalhamento das 
informações. 
B) a escala utilizada na representação do mapa 1 é maior 
do que no mapa 2. 
C) há preferência pelo uso da escala numérica em detri-
mento da escala gráfica. 
D) a distância real entre as cidades é maior no mapa 2 do 
que no mapa 1, em função da escala utilizada. 
E) os níveis de detalhes observados no mapa 2 resultam 
da utilização de uma escala maior do que a do mapa 1.
16
G
eo
gr
afi
a
19. (UFSM-2012) Observe as projeções cartográficas
Numere corretamente as projeções com as afirmações 
a seguir.
( ) Na projeção cilíndrica, a representação é feita como 
se um cilindro envolvesse a Terra e fosse então pla-
nificado.
( ) Na projeção azimutal, o mapa é construído sobre 
um plano que tangencia algum ponto da superfície 
terrestre.
( ) Na projeção cônica, a representação á feita como se 
o cone envolvesse o planeta e depois fosse planificado.
( ) Esse tipo de projeção representa, com menos distor-
ções, as baixas latitudes.
( ) Essa projeção é comumente utilizada para análises 
geopolíticas e para retratar as regiões polares e suas 
extremidades.
A sequência correta é 
A) 1 - 3 - 2 - 3 - 1. B) 3 - 2 - 1 - 1 - 3. 
C) 1 - 3 - 2 - 1 - 3. D) 1 - 2 - 1 - 1 - 3. 
E) 3 - 1 - 2 - 3 - 1. 
20. (ULBRA-2012) A cartografia é a parte da ciência que trata 
da concepção, produção, difusão, utilização e estudo das 
representações cartográficas. Assinale com V (verdadeiro) 
ou F (falso) as afirmações abaixo.
( ) Em um mapa de escala 1 : 5.000.000, a distância no 
terreno entre dois pontos é de 50 km, o que corres-
pondente a 1 cm no mapa.
( ) Em todas as projeções cilíndricas, os meridianos e os 
paralelos são representados por segmentos de reta, 
sendo que os meridianos são linhas que representam 
os valores de longitude.
( ) A rede cartográfica ou geográfica dá-nos a indicação 
das coordenadas geográficas.
( ) Os meridianos são linhas semicirculares, isto é, linhas 
de 190°, que vão do Polo Norte ao Polo Sul e cruzam 
com os paralelos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, 
de cima para baixo, é a seguinte 
A) V-V-V-V. B) V-F-V-V. C) F-F-V-V. 
D) F-V-V-V. E) V-V-V-F.
Questões dos Últimos Vestibulares
1. (UFU-2014) Analise a imagem a seguir. 
Pojeção Cilíndrica conforme Mercator
A representação acima é obtida com a projeção da super-
fície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um 
cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser desen-
rolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as 
informações que para ele foram transferidas. 
Nesse tipo de projeção, 
A) a linha imaginária do Equador é o único paralelo que 
não tem sua dimensão original alterada. 
B) as latitudes médias são as que apresentam as maiores 
distorções em relação à dimensão original de suas 
áreas. 
C) a superfície terrestre localizada nas altas latitudes não 
apresenta ampliação em suas áreas. 
D) as áreas localizadas entre os trópicos de Câncer e Ca-
pricórnio mantêm sua real forma e dimensão original.
2. (PUC/MG-2014) Todo mapa é confeccionado num deter-
minado sistema de projeção. Observe o mapa abaixo e 
assinale o tipo de projeção em que foi desenhado.
A) Cilíndrica. B) Cônica. 
C) Azimutal. D) Policônica.
17
C
ar
to
gr
afi
a
3. (UERJ-2015) O problema básico das projeções carto-
gráficas é a representação de uma superfície curva em 
um plano. Pode-se dizer que todas as representações de 
superfícies curvas em um plano envolvem “extensões” ou 
“contrações”, que resultam em distorções ou “rasgos”. Dife-
rentes técnicas de representação são aplicadas no sentido 
de alcançar resultados que possuam certas propriedades 
favoráveis para um propósito específico.
IBGE. Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. (Adaptação)
Para o propósito específico de reduzir as distorções tanto de 
forma quanto de área dos continentes, os resultados mais 
adequados são alcançados pela seguinte projeção cartográfica
A) 
B) 
C) 
D) 
4. (UERJ-2014) Observe na imagem uma feição de relevo 
em escarpa, área de desnível acentuado de altitude, 
encontrada geralmente nas bordas de planalto, como os 
trechos da Serra do Mar no estado do Rio de Janeiro.
Utilizando a técnica das curvas de nível, uma representação 
aproximada dessa imagem em uma carta topográfica está 
indicada em
A) 
B) 
C) 
D) 
18
G
eo
gr
afi
a
5. (UEMG-2014) Leia o texto a seguir. 
 Rios Secaram no Semiárido Nordestino 
Rios com nome, mata ciliar, leito de areia e pedras, mas 
nenhuma água. Rodovias federais nas quais, na tentativa 
de encontrar alimento, bodes, vacas e jumentos disputam 
o asfalto com os caminhões. Neste rumo, muitos cenários 
de desolação, como animais se esforçando para beber 
água barrenta de açudes quase secos. Pelo acostamen-
to, dezenas de carcaças de bois que não resistiram ao 
agravamento da estiagem. (...)
Disponível em: www.colunas.globorural.globo.com/cami-
nhosdasafra . Acesso: 26/6/2013. (Adaptação)
Com base na leitura dos dois mapas sobre as áreas 
atingidas pelas secas ao longo dos séculos e nos tempos 
atuais, é CORRETO afirmar 
A) é impossível calcular o aumento da área atingida pela 
seca, devido à ausência de escala num dos mapas. 
B) no mapa II, percebe-se a retração do semiárido nor-
destino em direção ao norte de Minas Gerais e à costa 
ocidental do Brasil. 
C) dificulta a análise das áreas em destaque o fato de os 
mapas terem sido elaborados com projeções diferentes 
e em escalas iguais. 
D) o mapa 1 tem menor quantidade de detalhes do que o 
mapa 2, emrazão de apresentar uma escala menor.
6. (CFTRJ-2014) Analise a imagem a seguir. 
0°
HORAS COM SOL
0 hora
5 horas
31 minutos
10 horas
33 minutos
12 horas
13 horas
27 minutos
18 horas
29 minutos
24 horas
43°
66,5°
90°
46,5°
23,5°
Para o Brasil, a posição da Terra no modelo descrito 
possibilita economizar energia por meio da adoção do 
horário de verão porque
A) estimula a geração de energia elétrica solar com os 
dias mais longos, aumentando a oferta nessa época 
do ano. 
B) utiliza de forma sustentável o número maior de horas 
de Sol durante o dia nesse período, economizando 
energia. 
C) distribui melhor a energia produzida no país, adiantan-
do os relógios em uma hora nas cinco regiões. 
D) mantém as pessoas mais conscientes da necessidade 
de economizar energia elétrica, e que, por isso, evitam 
utilizar lâmpadas incandescentes.
7. (UFRGS-2014) No hemisfério sul, nos dias em que ocor-
rem o equinócio e o solstício de verão, respectivamente, 
o sol está perpendicular às cidades brasileiras de 
A) Macapá e São Paulo. 
B) Manaus e Rio de Janeiro. 
C) Teresina e Curitiba. 
D) Fortaleza e Belo Horizonte. 
E) São Luís e Florianópolis.
8. (IFSC-2014) A seguir, apresentam-se os dados de uma 
passagem de avião comprada de Santarém/PA para 
Manaus/AM
VÔO D5Z81
DATA 28/07/2012
INTINERÁRIO
Saída/STM – Santarém/PA – Horário: 15:00
Chegada/MAO – Manaus/AM – Horário: 15:15
a capital federal; por esse motivo é que a diferença entre o 
horário de saída e o de chegada é de apenas 15 minutos. 
04) Desde junho de 2008, todo o território do Estado do 
Pará, onde se localiza Santarém, está sob o horário 
de Brasília durante a maior parte do ano. 
19
C
ar
to
gr
afi
a
08) Uma passagem de avião, emitida no dia 12 de dezem-
bro de 2012, com saída de Santarém/PA, marcada 
para as 15 horas, teria impresso, como horário de 
chegada em Manaus/AM, 16 horas e 15 minutos, já 
que, durante o período do horário de Verão, as duas 
cidades passam a ter a mesma hora legal. 
16) O percurso de avião entre Santarém/PA e Manaus/
AM é realizado de leste para oeste, e por isso, ao 
atravessar o fuso horário, deve-se atrasar o relógio. 
32) Um percurso de avião de Recife/PE para o Arquipelago 
de Fernando de Noronha, realizado durante a mesma 
data e horário de saída, teria também a mesma hora de 
chegada, se levasse um tempo de voo igual ao da rota 
entre Santarém/PA e Manaus/AM, já que comparati-
vamente possuem a mesma diferença de fuso horário.
9. (AMAN-2014) A seleção brasileira de futebol, vinda de 
Berlim (15°E de Greenwich), precisa chegar à cidade 
do Rio de Janeiro (45°W de Greenwich) às 13h do dia 
25/10/2013, horário local. Considere que o avião fará o 
percurso leste-oeste e que o tempo de voo contínuo será 
de 10 (dez) horas. Para que a seleção chegue ao Rio de 
Janeiro, no horário predeterminado, o voo deverá partir 
de Berlim às ________ do dia _________. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas acima. 
A) 17h - 25/10/2013 
B) 09h - 25/10/2013 
C) 07h - 25/10/2013 
D) 17h - 26/10/2013 
E) 03h - 26/10/2013
10. (CFTMG-2014) Analise a imagem abaixo.
Sobre a projeção de Lambert, afirma-se que
I. Exibe meridianos com linhas retas e convergentes.
II. É ideal para representar regiões maiores.
III. É elaborada a partir de uma forma cilíndrica.
IV. Possui maior deformação na base.
Estão corretas as afirmativas 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) III e IV.
Questões Estilo Enem
1. (UFSM-2013) Observe a figura
A representação cartográfica, juntamente com as informações 
apresentadas, 
A) mostra uma linguagem de correlação e síntese, uma 
vez que permite identificar facilmente onde está o maior 
número de infectados pelo vírus HIV. 
B) tem como objetivo central a precisão na localização 
do objeto geográfico; no caso, o número de novas 
infecções por HIV em adultos e crianças. 
C) constitui-se num mapa topográfico que utiliza esta-
tísticas colocadas no meio das unidades territoriais. 
D) apresenta uma configuração preliminar, em que o 
fenômeno é apresentado na forma de croqui. 
E) revela a intenção de, ao representar o fenômeno geo-
gráfico, deformar intencionalmente as superfícies reais 
para a visualização do número de novas infecções por 
HIV em adultos e crianças.
2. (FUVEST-2014) Analise a imagem a seguir. 
Observe a Carta Topográfica abaixo, que representa a 
área adquirida por um produtor rural.
Em parte da área acima representada, onde predominam 
menores declividades, o produtor rural pretende desenvol-
ver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, 
com maiores declividades, esse produtor deseja plantar 
eucalipto. 
20
G
eo
gr
afi
a
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas 
que apresentam, respectivamente, características mais 
apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de 
eucaliptos estão nos quadrantes 
A) sudeste e nordeste. 
B) nordeste e noroeste. 
C) noroeste e sudeste. 
D) sudeste e sudoeste. 
E) sudoeste e noroeste.
3. (CEFET-2014) Analise a imagem a seguir. 
CANADÁ
ESTADOS UNIDOS
MÉXICO
VENEZUELA
BRASIL
ARGENTINA
NIGÉRIA
EGITO
REINO UNIDO
ALEMANHA
FRANÇA
ITÁLIA
TURQUIA
RÚSSIA
CHINA
PAQUISTÃO
ÍNDIA
BANGLADESH
JA
P
Ã
O
FILIP
LIN
A
S
INDONÉSIA
Novas formas de representação do espaço têm sido 
criadas para subsidiar pesquisas e práticas de planeja-
mento. Nesse sentido, esse cartograma pode contribuir 
para o estudo
A) geopolítico, pois demonstra a posição estratégica dos 
estados-nação.
B) demográfico, pois revela o quantitativo populacional 
nos países do globo.
C) sociológico, pois permite a mensuração da qualidade 
de vida da população.
D) geodésico, pois garante a localização correta dos 
continentes do planisfério.
E) econômico, pois apresenta dados do desenvolvimento 
financeiro contemporâneo.
4. (ENEM-2011) Analise a imagem a seguir. 
Disponível em: http://www.infoescola.com. Acesso em: 3 de jun. 2011.
Os mapas árabes ainda desenhavam o sul em cima e 
o norte embaixo, mas no século XIII a Europa já havia 
restabelecido a ordem natural do universo. O norte estava 
em cima e o sul embaixo. O mundo era um corpo, ao norte 
estava o rosto, limpo, que olhava o céu. Ao sul estavam 
as partes baixas, sujas, onde iam parar as imundícies e os 
seres escuros que eram a imagem invertida dos luminosos 
habitantes do norte.
GALEANO, E. Espelhos: Sul. Porto Alegre: L &PM, 2008 (Adaptação).
A confecção de um mapa pode significar uma leitura 
ideológica do espaço. Assim, a Projeção de Mercator, 
muito utilizada para a visualização dos continentes, 
caracteriza-se por
A) apresentar um hemisfério terrestre envolvido por um 
cone. As deformações aumentam na direção da base 
do cone.
B) partir de um plano tangente sobre a esfera terrestre. 
Seus paralelos e meridianos são projetados a partir 
do centro do plano.
C) conservar as formas, mas distorcer as superfícies das 
massas continentais. Seus paralelos e meridianos 
formam ângulos retos.
D) alterar a forma dos continentes, preservando a área. 
Seus paralelos e meridianos formam ângulos retos.
E) representar as formas e as superfícies dos continentes 
proporcionais à realidade. As linhas de meridianos 
acompanham a curvatura da terra.
5. (ENEM-2011) Analise a imagem a seguir. 
Uma família partiu de Porto Alegre (RS), às 8h do dia 1° 
de janeiro de 2010, portanto, dentro do período de vigência 
do horário de verão, com destino a Belém (PA). 
Apesar da distância, a viagem será feita de automóvel e 
terá duração de 56 horas. Qual o dia e a hora de chegada 
dessa família à capital paraense
A) dia 2 de janeiro de 2010, às 15h.
B) dia 3 de janeiro de 2010, às 15h.
C) dia 2 de janeiro de 2010, às 16h.
D) dia 3 de janeiro de 2010, às 16h.
E) dia 3 de janeiro de 2010, às 17h.
21
C
ar
to
gr
afi
a
6. (UFG-2014) Analise a imagem e leia o texto apresentado 
a seguir.
A ponta da América, a partir de agora, 
assinala insistentemente o Sul, onosso norte.
TORRES GARCÍA, Joaquín. Universalismo constructi-
vo (Manifesto). Buenos Aires: Poseidón, 1941.
O quadro e o manifesto do artista uruguaio Torres García 
inserem-se na denominada arte modernista, elaborada 
durante a primeira metade do século XX pelas vanguardas 
americanistas. Ao fazer referência ao mapa do continente 
americano, a imagem e o manifesto expressam uma crítica 
A) à base tecnológica do século XIX, que tinha no co-
nhecimento astronômico limitado um empecilho à 
elaboração de uma projeção fiel à realidade. 
B) aos valores da cultura ocidental, que tinham no siste-
ma de coordenadas um instrumento de imposição do 
imperialismo norte-americano. 
C) ao imaginário dos descobrimentos, que inseria nas 
projeções cartográficas da Era Moderna figuras míticas 
e pontos de referência inexistentes. 
D) ao sistema de representação cartográfica europeu, 
com o objetivo de reforçar os princípios formadores 
da identidade latino-americana. 
E) ao isolamento político dos países da América do Sul, 
com o objetivo de colocar o continente no centro das 
atenções internacionais.
7. (UFPR-2014) Analise a imagem a seguir. 
A seta em preto sobre um recorte da Carta Náutica: Proxi-
midades da Barra de Paranaguá indica o trajeto a ser feito 
pela embarcação que sai da Baía de Paranaguá. Conside-
rando a escala da Carta e a orientação tomada, assinale a 
alternativa que corresponde à situação observada. 
A) Rumo 42° SE, coordenadas em A: Latitude: 25,51° 
S e Longitude: 48,38 W.Gr. e, em B: Latitude: 25,31° 
S e Longitude: 48,48 W.Gr. Distância percorrida de 
aproximadamente 15 km. 
B) Rumo 42° SE, coordenadas em A: Latitude: 25,51° 
S e Longitude: 48,38 W.Gr. e, em B: Latitude: 25,62° 
S e Longitude: 48,28 W.Gr. Distância percorrida de 
aproximadamente 15 km. 
C) Rumo 42° NW, coordenadas em A: Latitude: 25,51° 
S e Longitude: 48,38 W.Gr. e, em B: Latitude: 25,31° 
S e Longitude: 48,48 W.Gr. Distância percorrida de 
aproximadamente 1,5 km. 
D) Rumo 42° NW, coordenadas em A: Latitude: 25,51° 
S e Longitude: 48,38 W.Gr. e, em B: Latitude: 25,62° 
S e Longitude: 48,28 W.Gr. Distância percorrida de 
aproximadamente 10 km. 
E) Rumo 42° SE, coordenadas em A: Latitude: 25,51° 
S e Longitude: 48,38 W.Gr. e, em B: Latitude: 25,62° 
S e Longitude: 48,28 W.Gr. Distância percorrida de 
aproximadamente 7,5 km.
8. (MACKENZIE-2014) Em um mapa com escala de 1: 
70.000.000, foi traçada uma rota de navegação aérea 
entre dois pontos, A e B. O ponto A, está a 45° oeste de 
Greenwich, enquanto o ponto B, a 75° oeste de Greenwich. 
Entre os pontos A e B, a rota de navegação media, no 
mapa, 20 mm. Sabendo-se que um avião partiu de A para 
B, às 14h, no dia 7 de novembro, em um voo de 2 horas, 
está correto afirmar que a distância percorrida e o horário 
local de chegada foram, respectivamente, 
A) 14.000 km e às 16h. 
B) 140 km e às 10h. 
C) 1.400 km e às 14h. 
D) 1.400 km e às 16h. 
E) 140 km e às 16h.
22
G
eo
gr
afi
a
9. (UFG-2014) Analise o quadro e leia o texto a seguir.
Tipos de Papel Tamanho (em milímetros)
A1 594 mm × 841mm
A2 420 mm × 594 mm
A3 297 mm × 420 mm
A4 210 mm × 297 mm
A5 148 mm × 210 mm
Para qualquer trabalho de mapeamento de determinada 
área, a primeira preocupação deve ser com relação à es-
cala a ser adotada. A escolha da escala deve considerar 
a finalidade desse mapeamento e o tamanho do papel no 
qual será impresso. Mesmo que esse mapa seja armaze-
nado em arquivo digital, a escala original de sua concepção 
determina a precisão do mapeamento.
FITZ, P.R. Cartografia Básica. São Paulo: Ofici-
na de Textos. 2008. p. 24. (Adaptação).
Considere que um agrimensor pretenda elaborar um mapa 
de uma fazenda, de formato retangular em uma escala 
de 1: 50 000. Com base na análise do quadro, na leitura 
do texto e na intenção do agrimensor, conclui-se que esse 
agrimensor pretendia imprimir esse mapa em uma folha 
de tamanho 
A) A5 
B) A4 
C) A3 
D) A2 
E) A1
10. (UFG-2013) Leia o texto a seguir.
Para dar-lhes uma ideia das dimensões da Terra, eu lhes 
direi que, antes da invenção da eletricidade, era neces-
sário manter, para o conjunto dos seis continentes, um 
verdadeiro exército de quatrocentos e sessenta e dois mil 
quinhentos e onze acendedores de lampiões.
Isto fazia, visto um pouco de longe, um magnífico efeito. 
Os movimentos desse exército eram ritmados como os de 
um balé de ópera. Primeiro vinha a vez dos acendedores 
de lampiões da Nova Zelândia e da Austrália. Esses, em 
seguida, acesos os lampiões, iam dormir. Entrava por sua 
vez a dança dos acendedores de lampiões da China e da 
Sibéria. E também desapareciam nos bastidores. Vinha a 
vez dos acendedores de lampiões da Rússia e das índias.
Depois os da África e da Europa. Depois os da América 
do Sul. Os da América do Norte. E jamais se enganavam 
na ordem de entrada, quando apareciam em cena. Era 
um espetáculo grandioso.
SAINT-EXUPÉRY, A. O Pequeno Príncipe. Tradução de Dom Mar-
cos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 2006. p. 30. (Adaptado).
O “balé dos acendedores de lampiões”, referido no texto, 
é uma construção metafórica que faz uma 
A) menção ao atraso econômico das regiões do planeta. 
B) crítica à diversidade dos habitantes da Terra. 
C) alusão à variação climática na superfície do planeta. 
D) referência aos diversos fusos horários da Terra. 
E) sátira ao movimento de translação do planeta. 
Questões Complementares
1. (UECE-2014) Os mapas de importância para a indicação 
de reservas minerais e para o planejamento agrícola são, 
respectivamente, o 
A) geomorfológico e o geológico. 
B) geológico e o pedológico. 
C) pedológico e o fitoecológico. 
D) geológico e o geomorfológico. 
2. (UFPR-2014) Ao selecionar um terreno, um comprador 
observou pela planta do loteamento que esse lote apresen-
tava as seguintes medidas: 1 cm (frente) por 2 cm (lateral). 
A área informada era de 800 m2. Considerando as medidas 
observadas, assinale a alternativa que apresenta a escala 
da planta do loteamento. 
A) 1:15.000. 
B) 1:10.000. 
C) 1:5.000. 
D) 1:2.000. 
E) 1:1.000.
3. (UEM-2012) O mapa é uma visão reduzida de parte ou 
de toda a superfície terrestre. A partir dessa relação de 
grandeza, apresenta-se a escala. Com relação à escala, 
assinale o que for CORRETO. 
01) Os mapas podem apresentar dois tipos de escala: a 
escala numérica, que é representada por uma fração, 
e a escala gráfica, que é uma linha graduada na qual 
se indica a relação entre a distância real e as distâncias 
representadas no mapa. 
02) Em um mapa com escala de 1:3 000 000, a distância 
em linha reta entre as cidades de Maringá e de Cas-
cavel é 72 mm. Essa distância em linha reta, no real, 
corresponde a 216 km. 
04) Pode-se afirmar que, quanto maior a razão da escala, 
maior é a área mapeada. Sendo assim, o mapa-múndi, 
numa escala de 1:5 000 000, por exemplo, possui a 
maior escala, pois abarca toda a superfície terrestre. 
08) Em um mapa, uma fazenda, “A”, é representada por um 
retângulo de 5 cm por 8 cm. Nesse mesmo mapa, uma 
outra fazenda, “B”, é representada por um retângulo 
de 2,5 cm por 4 cm. Logo, a área da fazenda “A” é 2 
vezes maior que a área da fazenda “B”. 
16) Escala é a relação entre o tamanho do fato geográ-
fico representado no mapa e o seu tamanho real na 
superfície terrestre. 
4. (UEM-2014) As diversas tecnologias utilizadas nos estu-
dos geográficos dinamizaram a elaboração de produtos 
cartográficos. 
Assinale o que for correto sobre tecnologias e produtos 
cartográficos. 
01) Um Sistema Global de Posicionamento (GPS) é utili-
zado fundamentalmente para localizar um objeto. Esse 
sistema é composto basicamente por três segmentos: 
espacial, controle terrestre e usuários. 
23
C
ar
to
gr
afi
a
02) Foi só a partir da década de 1970 que a produção 
de materiais cartográficos foi desenvolvida no Brasil, 
pois foi a partir desse período que a cartografia digital 
começou a ser mais amplamenteutilizada. 
04) Algumas tecnologias permitem utilizar uma combina-
ção de mapas digitais, oriundos de diversas escalas, 
com informações georreferenciadas que lhes conferem 
maior grau de confiabilidade dos dados. 
08) As técnicas utilizadas no Sensoriamento Remoto para 
produção de diversos tipos de mapas, de cartas e de 
plantas estão em desuso, pois os sensores remotos 
que obtêm essas informações necessitam tocar a 
superfície terrestre para realizar a captura das informa-
ções, e isso inviabiliza a técnica devido às condições 
adversas do relevo terrestre. 
16) O Sistema de Informações Geográficas (SIG) permite 
coletar, armazenar, processar, recuperar, correlacio-
nar e analisar diversas informações sobre o espaço 
geográfico.
5. (UERJ-2015) Os mapas constituem uma representação 
da realidade. Observe, na imagem abaixo, dois mapas 
presentes na reportagem intitulada Um estudo sobre 
impérios, publicada em 1940.
O uso da cartografia nessa reportagem evidencia uma 
interpretação acerca da Segunda Guerra Mundial.
Naquele contexto é possível reconhecer que essa repre-
sentação cartográfica tinha como finalidade 
A) criticar o nacionalismo alemão. 
B) justificar o expansionismo alemão. 
C) enfraquecer o colonialismo britânico. 
D) destacar o multiculturalismo britânico.
Questões Discursivas
1. (UERJ-2014) Os mapas são representações da superfície 
terrestre elaborados com base em critérios previamente 
convencionados. Observe o mapa a seguir, que difere da 
representação usual do Brasil
Considerando as normas da cartografia, indique se o mapa 
está corretamente elaborado e apresente uma justificativa 
para essa resposta.
2. (UFPR-2014) Dois viajantes saíram do Brasil no dia 30 
de setembro de 2013, às 16h da tarde: um deslocou-se de 
Brasília em Direção a Los Angeles, nos EUA e o outro, de 
São Paulo em Direção a Berlin, na Alemanha. Consideran-
do que Los Angeles se localiza 5 fusos a Oeste e Berlin, 
4 fusos a Leste, informe qual é o horário dessas cidades 
e explique como funcionam os fusos-horários.
3. (UEL-2014) Na cartografia, a escala é a relação matemá-
tica entre as dimensões do terreno e a representação no 
mapa e constitui-se em um de seus elementos essenciais. 
Considere uma viagem do Rio de Janeiro até Belo Horizon-
te, passando por Vitória. Para uma viagem mais segura, 
é importante calcular a distância do trajeto e a direção 
geográfica a seguir, desde o ponto de partida até o destino.
24
G
eo
gr
afi
a
GABARITO
Com base no texto e na figura,
A) calcule a distância entre Rio de Janeiro e Vitória; entre 
Vitória e Belo Horizonte e entre Vitória e Rio de Janeiro.
Apresente os cálculos utilizados para encontrar essas 
distâncias.
B) indique a direção geográfica do ponto de partida até 
o destino (Rio de Janeiro a Vitória e Vitória a Belo 
Horizonte).
4. (UFPR 2014) A figura abaixo é o recorte de uma carta 
topográfica contendo dois possíveis traçados para uma 
rodovia estadual, com elevado fluxo de caminhões. Con-
siderando os traçados sugeridos, aponte o mais adequado 
à rodovia, justificando a escolha a partir da análise do 
recorte da carta topográfica.
5. (UFMG-2013) Analise este mapa
Brasil: Porsição Geográfica e fusos horários
Considerando a forma do território brasileiro, mais extenso 
ao norte no sentido leste-oeste, e afunilado ao sul,
A) Apresente uma razão histórico-geográfica que justifica 
a maior extensão ao norte, no sentido leste-oeste, do 
território brasileiro.
B) Cite uma vantagem da posição e da forma geográficas 
do território brasileiro quanto aos fusos horários e às 
condições climáticas. 
C) Leia esta afirmativa: No mundo contemporâneo é van-
tajoso ser um país de dimensões continentais, como 
o caso do Brasil. Você concorda com esta afirmativa? 
Justifique sua resposta.
GABARITO
Questões Propostas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C D A 13 B B E D A A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B A E C C E 13 E C E
Questões dos Últimos Vestibulares
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A B A A A B A 21 C B
Questões Estilo ENEM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A C B C B D B C E D
Questões Complementares
1 2 3 4 5
B D 19 21 B
25
C
ar
to
gr
afi
a
Questões Discursivas
1
O mapa está corretamente elaborado.
Uma das respostas:
• Em termos astronômicos, não existe para cima nem para baixo, já que 
o universo é infinito.
• A posição da rosa dos ventos mostra que o mapa está orientado de 
forma correta.
• Os nomes dos estados brasileiros estão intencionalmente colocados de 
forma a facilitar a leitura na posição usual do mapa.
2
O sistema de fuso horário é calculado a partir do movimento de rotação 
da Terra e, portanto, 360° (circunferência da Terra) dividido por 24 horas 
(duração do movimento de rotação) resulta em 15°, logo, 15° de longitude 
corresponde a uma hora. Ao se deslocar a leste, soma-se a diferença 
horária e a oeste, diminui-se a diferença horária.
Se em Brasília e São Paulo (longitude 45°O) são 16 horas, no Meridiano de 
Greenwich são 19 horas. Como Los Angeles está a 5 fusos oeste, registra 
14 horas e Berlim a 4 fusos leste registra 23 horas.
3 (A-B)
A) A escala do mapa é de 1:7.700.000, o que significa que 1 cm do mapa 
equivale a 7.700.000 do tamanho real, portanto:
A distância real entre Rio de Janeiro e Vitória é
 1 7.700.000 
5 x
x 7.700.000 5 
x 38.500.000 cm ou 385 km.
= ×
=
A distância real entre Vitória e Belo Horizonte é
 1 7.700.000 
4,5 x
x 7.700.000 4,5 
x 34.650.000 cm ou 346,5 km.
= ×
=
B) De Rio de Janeiro à Vitória a direção será no sentido nordeste e de 
Vitória à Belo Horizonte no sentido oeste.
4
O traçado mais adequado à rodovia é o “A”, haja vista que a maior parte de 
seu percurso está sobre a cota altimétrica de 100 metros evitando dessa 
forma os desníveis que são encontrados no traçado “B”.
5 (A - B - C)
A) Entre as razões, o formato da própria América do Sul, mais extensa no sen-
tido leste-oeste e afunilada no sentido norte-sul, o traçado da linha do Tratado 
de Tordesilhas que separou inicialmente a parte espanhola da parte portuguesa, 
o avanço dos bandeirantes em direção a leste (Centro-Oeste e Amazônia) 
no período colonial, fator que propiciou a incorporação de novos territórios.
B) A posição e a forma do Brasil dominantemente na Zona Intertropical (entre 
o Equador e os Trópicos) faz com que o território tenha a dominância de 
climas quentes e úmidos que favorecem atividades econômicas variadas, 
a exemplo do agronegócio e do turismo. A forma leste-oeste faz com que o 
país tenha 3 fusos horários, sendo o principal situado entre o norte e a parte 
afunilada, onde localiza-se Brasília, as regiões Sul, Sudeste, Nordeste, além 
de Goiás, Pará e Amapá.
C) No mundo contemporâneo, a grande extensão territorial de um país 
traz várias vantagens, como a maior quantidade e diversidade de recursos 
naturais, no caso do Brasil, água, biodiversidade, variedade climática, solos 
agricultáveis, recursos minerais e recursos energéticos, como o petróleo. 
Trata-se de um dos aspectos que torna alguns dos BRICS, como Brasil, 
Índia, China e Rússia, potências emergentes no século XX. Todavia, a 
riqueza natural precisa ser acompanhada de grande investimento em re-
cursos humanos, especialmente em educação, ciência e tecnologia, sem 
a qual não é possível um uso sustentável dos recursos naturais, tampouco 
a transformação destes países em nações desenvolvidas socialmente. A 
desvantagem da grande dimensão territorial, principalmente para nações 
emergentes, seria a complexidade administrativa que exige expressivo 
dispêndio financeiro e capacidade gerencial.
26
G
eo
gr
afi
a
GEOGRAFIA
Formação Territorial Brasileira
1 - Introdução
A partir do século XVI, houve, na América, uma verda-
deira dominação territorial, marcada pelo assentamento e 
pela colonização das terras pelos europeus. No início da 
ocupação, na primeira metade do século XVI, as atividades 
eram marcadas pelo escambo e pela pilhagem. É a fase de 
recolhimento do pau-brasil na costa brasileira,

Outros materiais