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Interface Homem Maquina

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GOVERNO FEDERAL
Presidência da Rebública Federativa do Brasil
Dilma Vana Roussef
Mininstério da Educação
Fernando Haddad
Diretor de Educação a Distância
José Carlos Teatini
GOVERNO ESTADUAL
Governo do Estado de Goiás
Marconi Ferreira Perillo Júnior
Secretaria Estadual de Educação
Thiago Mello Peixoto da Silveira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG
PARCERIA COM UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
Reitoria UEG
Luiz Antônio Arantes
Vice-reitoria
Eliana Maria França Carneiro
Pró-reitoria de Graduação
Maria Elizete de Azevedo Fayad
Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis
Danúsia Arantes Ferreira Batista de Oliveira
Pró-reitoria de Planejamento, Gestão e Finanças
Gerson Sant’Ana
Núcleo de Seleção
Eliana Machado Pereira Nogueira
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE EDUCAÇÃO 
A DISTÂNCIA
Diretoria
Francisco Alberto Severo de Almeida
Coordenação Geral UnUEAD
Diany Durães Rodrigues
Coordenação Adjunta UAB
Valnides Araújo da Costa
Coordenação Administrativa
Ademilde Alves do Amaral Prado
Coordenação de Projetos Especiais
Neyde Maria Silva
Coordenação Pedagógica de Tutoria
Eude de Sousa Campos
Coordenação de Tecnologia e Sistemas EaD
Noeli Antônia Pimentel
Coordenação de Produção Pedagógica
Pollyana dos Reis Pereira Fanstone
Coordenação de Análise de Consistência
Gislene Lisboa de Oliveira
Coordenação do Curso de Licenciatura em 
Informática
Joyce Siqueira
Coordenação de Tutoria
Noeli Antonia Pimentel
Diagramador
Maelno Martins freitas
Webdesigner
Eder Coelho da Silva
Instrucional Designer
Leíze Oliveira Dias Bruno Carvalho
Revisão de Texto
Tiago Chaves Martins
CRÉDITOS DE AUTORIA
Professor Conteusdista
Juliana M. Bessa Ferreira
Revisão de Texto
Nicolina Bollella
Revisão de Conteúdo
Pollyana dos Reis Pereira Fanstone
Programação Visual
Ana Flávia Batista Coelho Martins
© Copyright – UnUEAD 2011
É proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer 
meio, sem autorização escrita dos autores e do detentor 
dos direitos autorais.
Sobre o Curso de
 Licenciatura em 
InformÁtica
O curso de Licenciatura em Informática na 
modalidade de Educação a Distância é um projeto piloto que 
visa oferecer gratuitamente à sociedade um curso de qualidade 
com a conveniência do estudo a distância, desenvolvido 
numa perspectiva centrada no aluno. Este curso faz parte do 
Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB – que foi criado 
pelo Ministério da Educação, em 2005, no âmbito do Fórum 
das Estatais pela Educação, para a articulação e integração 
de um sistema nacional de educação superior a distância, 
em caráter experimental, visando sistematizar as ações, 
programas, projetos e atividades definidas pelas políticas 
públicas voltadas para a de ampliação e a interiorização da 
oferta do ensino superior gratuito e de qualidade no Brasil. 
Tem como público alvo qualquer cidadão que concluiu a 
Educação Básica, e que foi aprovado no Processo Seletivo, 
atendendo aos requisitos exigidos pela instituição pública 
vinculada ao Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB. 
 
 O curso tem como objetivo formar e aprimorar 
professores para atuar nas escolas de ensino fundamental, 
médio e profissional. Destina-se à formação de professores 
capazes de reunir não só conhecimentos específicos da 
área de informática, mas também do magistério em geral, 
oferecendo uma sólida formação básica, sempre articulada 
à prática pedagógica, no sentido de assegurar ao futuro 
professor uma visão de globalidade do processo educativo.
1. A evolução tecnológica na vida do ser humano 12
 Exercícios de Fixação 24
2. Principais características da Interface Homem Máquina / Interação Homem-Máquina. 25
	 2.1	Definindo	o	termo	Interface	 	 	 	 	 	 	 	 25
	 2.2	Definindo	o	termo	Interação	 	 	 	 	 	 	 	 35
	 2.3	Comparativo	entre	os	termos	Interface	e	Interação	 	 	 	 	 35
	 Exercícios	de	Fixação	 	 	 	 	 	 	 	 	 37
3.	Histórico	e	Evolução	das	Interfaces	Computacionais	 	 	 	 	 	 38
 Exercícios de Fixação 42
4.	Principais	perspectivas,	desafios	e	objetivos	da	Interação	Humano-Computador	(IHC)	 	 43
	 4.1		Perspectivas	da	Interação	Humano-Computador	 	 	 	 	 43
	 4.2		Desafios	da	Interação	Humano-Computador	 	 	 	 	 	 44
	 4.3		Objetivos	da	Interação	Humano-Computador	 	 	 	 	 	 45
 4.4 A Multidisciplinaridade da Interação Humano-Computador 46
	 Exercícios	de	Fixação	 	 	 	 	 	 	 	 	 53
Atividade Final 54
Referências	Bibliográficas	 	 	 	 	 	 	 	 	 58
1.	A	importância	do	planejamento	no	desenvolvimento	de	Interfaces.	 	 	 	 63
 1.1 Gerações e Tipos de Interfaces 64
	 1.2	Interfaces	e	Tecnologia	 	 	 	 	 	 	 	 71
	 1.3	A	importância	em	se	projetar	e	estudar	interfaces.	 	 	 	 	 72
	 1.4	A	evolução	das	interfaces	têm	mudado	a	vida	das	pessoas	 	 	 	 75
	 Exercícios	de	Fixação	 	 	 	 	 	 	 	 	 85
 
2.	Fatores	Humanos	e	aspectos	mentais	na	Interação	Humano	Computador	 	 	 	 86
	 2.1	Uma	teoria	clássica	para	o	processamento	de	informação	no	homem.	 	 	 86
	 2.2	Principais	mecanismos	da	Percepção	Humana	e	sua	influência	no	desenvolvimento	do	
design de interfaces 90
 Exercícios de Fixação 96
3.	Usabilidade	e	Design	de	interfaces	gráficas	 	 	 	 	 	 	 97
	 3.1	A	importância	de	se	avaliar	sistemas	computacionais.	 	 	 	 	 100
	 3.2	Características	desejáveis	de	uma	interface	 	 	 	 	 	 101
	 3.3	A	importância	do	planejamento	do	design	das	interfaces	e	funcionalidades	de	um	
software	educativo.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 103
	 3.4	A	importância	do	planejamento	do	design	das	interfaces	e	as	funcionalidades	de	um	site.	 106
	 3.5	Principais	métodos	de	avaliação	de	usabilidade:	 	 	 	 	 109
 Exercícios de Fixação 114
Atividade Final 115
Avaliação de softwares educativos 115
Questionário	para	Identificação	do	Perfil	do	Participante	do	Teste	de	Usabilidade	 	 	 116
Questionário	de	Avaliação	do	Sistema	pelo	Usuário	 	 	 	 	 	 118
Considerações Finais 120
Referências	Bibliográficas	 	 	 	 	 	 	 	 	 121
Unidade 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina 9
Unidade 2
Utilização	de	critérios	de	usabilidade	para	desenvolvimento	de	aplicações	computacionais	 	 61
SUMÁRIO
Caro estudante daremos início a mais uma disciplina do nosso 
curso, denominada Interface Homem-Máquina. Nesta disciplina, serão 
abordados diferentes temas relacionados à evolução tecnológica, a 
percepção e reação do ser humano acerca deste processo, além dos 
principais desafios e perspectivas da relação humano-computador.
Partindo da Revolução Industrial, que ocorreu na segunda 
metade do século XVIII, na Inglaterra, a chamada Revolução da 
Informação tem provocado mudanças no modo de vida do homem. 
Desde a criação do primeiro computador em 1946, até o surgimento 
de tecnologias como touch screen e realidade virtual, muito se 
questiona sobre o do futuro na área de Tecnologia da Informação (TI), 
isto pelo fato deste processo evolutivo acontecer de forma cada vez 
mais acelerada.
Em algum momento deste curso, você já deve ter se 
perguntado: Como lidar com a rápida evolução tecnológica? Ou ainda, 
como me adaptar a este novo modelo de comunicação? Apesar da 
preocupação inevitável, saiba que você não está sozinho nestes 
questionamentos, visto que houve, nestes últimos anos, uma mudança 
de paradigma, ou seja, a mudança de modelo de comunicação ter se 
elevado da forma tradicional à forma de acesso livre ao conhecimento 
através da Internet, transformando gradativamente o perfil do ser 
humano.
Como a tecnologia tem se tornado cada vez mais, parte 
integrante do nosso dia a dia, ferramentas como editores de textos, 
planilhas eletrônicas, tabelas, figuras, dentre outros, têm contribuído 
para a nossa vida acadêmica, pessoal e profissional. No entanto, 
as ferramentas tecnológicas porsi só não agregam conhecimento 
ao usuário, devendo ser levados em consideração, fatores como 
produtividade, facilidade de uso, eficiência, dentre outros. Para isto, 
é importante que haja um planejamento acerca do desenvolvimento 
do hardware e do software, buscando uma maior aceitabilidade e 
produtividade em relação à utilização de ferramentas computacionais.
Nesta disciplina, serão abordadas diferentes temáticas 
relacionadas ao desenvolvimento de interfaces de hardware e 
software, as quais são utilizadas pelo homem para execução de 
suas tarefas, além do processo de interação homem-máquina. Por 
enquanto, não se preocupe com os novos termos apresentados, visto 
que os mesmos serão detalhados, minuciosamente, no decorrer de 
nosso material didático.
Durante a explanação do conteúdo desta disciplina, buscar-
se-á desenvolver em você, estudante, sua consciência crítica quanto 
a importância de interfaces em aplicações computacionais e quanto 
ao planejamento de aspectos relacionados não apenas à tecnologia, 
mas, principalmente, acerca do perfil dos usuários destes sistemas.
Para um melhor aproveitamento e compreensão da disciplina, 
foram propostos durante a elaboração de nosso material didático, 
textos e vídeos, para que se alcançasse uma maior consolidação dos 
assuntos abordados.
Espero que a disciplina seja bastante proveitosa para sua 
formação educacional e profissional! Bons Estudos!
ICONOGRAFIA
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
9
HIStóRICO, 
EvOLuçãO E 
CONCEItOS 
BÁSICOS dA 
INtERFACE / 
INtERAçãO 
HOmEm
mÁquINA
1
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
10
INtROduçãO
Figura 1: Evolução do ser humano
Fonte: http://fernandomelis.blogspot.com/2011/02/evolucao-dos-computadores.html
Os acontecimentos da última década marcaram o processo de difusão da informática 
nas diferentes áreas de atuação da atividade humana, proporcionando mudanças significativas 
no comportamento das pessoas. A disseminação da Internet, na década de 90, trouxe 
novas formas de comunicação e disseminação da informação, oferecendo ao homem novas 
possibilidades, como: conviver em comunidades virtuais, conhecer pessoas remotamente 
distantes, adquirir formas diferenciadas de trabalho, atualizar-se, entre outras.
Esta unidade tem como objetivo discutir assuntos relacionados à evolução 
tecnológica, contextualizando o processo adaptativo e evolutivo do homem. Como temática 
principal desta unidade, apresentaremos o histórico das interfaces, bem como sua evolução, 
objetivos e desafios, correlacionando tudo isto ao processo de interação homem-máquina.
Para entendimento desta disciplina, faz-se necessário que haja um comparativo 
entre os diferentes termos aplicados à área de conhecimento que estuda a performance 
humana no uso de computadores e de sistemas de informação, ou seja, um comparativo 
entre os termos Interface Homem-Máquina, Interface Humano-Computador, Interação 
Homem-Máquina e Interação Humano-Computador. Além da correlação entre estes termos, 
também será explicitado, nesta unidade, a multidisciplinaridade existente na composição 
desta disciplina.
Ao final desta unidade, espera-se que você, estudante, esteja apto a compreender 
a correlação entre a evolução tecnológica e a necessidade de aperfeiçoamento de suas 
ferramentas, além do aprimoramento dos usuários de tecnologias computacionais.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
11
Através da leitura das próximas páginas, você poderá refletir sobre 
algumas questões que norteiam o processo de utilização e comunicação 
através de tecnologias computacionais. Antes de iniciarmos a leitura 
desta unidade, gostaria que você respondesse mentalmente às perguntas 
descritas abaixo:
- Tente se lembrar da sua vida há cerca de 10 anos atrás. Você considera 
relevante e importante para o seu dia a dia, o processo evolutivo da 
tecnologia que ocorreu neste período?
- O que aconteceria se, de repente, você tivesse que conviver sem os 
aparatos tecnológicos existentes em sua residência/trabalho?
- Você se considera preparado (a) para utilizar a tecnologia presente 
atualmente ao seu redor?
- Tomando como base os equipamentos (hardware) e programas 
(softwares) utilizados por você diariamente, você considera que eles 
sejam de fácil utilização?
Depois de responder mentalmente às questões acima, creio que estamos prontos 
para iniciarmos nossa leitura. A cada tópico abordado, tente pensar nas respostas dadas por 
você, e assim, poderá fazer uma correlação entre sua percepção sobre o conhecimento e 
utilização das tecnologias computacionais.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
12
1. A EvOLuçãO tECNOLóGICA NA vIdA dO SER HumANO
Desde os primórdios da sociedade, o ser humano preocupa-se em construir 
equipamentos que facilitem a realização de suas tarefas rotineiras e repetitivas. Neste 
contexto, podem ser mencionadas a invenção da pedra lascada, do machado, das máquinas 
de tear e calcular, além de inúmeros outros artefatos inventados em prol da humanidade.
Segundo CARDOSO (1999, p. 211),
da evolução científica e industrial surgiu o telefone, o microfone, 
o gramofone, a radiotelegrafia, a lâmpada elétrica, os transportes 
públicos mecanizados, os pneus, a bicicleta, a máquina de escrever, a 
circulação maciça de notícias impressas a baixo custo e os primeiros 
plásticos sintéticos. Todos os exemplos citados promoveram impactos 
na sociedade, mas nas últimas décadas, o computador vem superan-
do em rapidez, dinamismo e importância, tudo o que já foi criado 
até hoje, no sentido de evolução tecnológica.
Nas últimas décadas, a informática, com seus aparatos tecnológicos tem tido um 
papel fundamental no desenvolvimento da sociedade moderna. Se olharmos ao nosso redor, 
perceberemos que estamos cercados de tecnologia, sendo difícil imaginar nossas vidas 
alheias a esta realidade. É primordial que tenhamos a noção, de que nem sempre foi assim! 
Os primeiros computadores eram mecânicos e realizavam cálculos através de um sistema de 
engrenagens, acionado por uma manivela ou outro sistema mecânico qualquer; da utilização 
de válvulas, evoluiu-se para a utilização de transistores e microchips, conforme ilustrado na 
figura abaixo e também evolui-se nos conceitos e informações adicionais.
Figura 2: Válvula, transistores e chip
Fonte: http://www.laercio.com.br/artigos/HARDWARE/HARD-016/HARD-016.HTM
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
13
As primeiras válvulas surgiram no final do século XIX, sendo usadas para 
criar os primeiros computadores eletrônicos na década de 40.
As válvulas têm seu funcionamento baseado no fluxo de elétrons 
no vácuo. Tudo começou numa certa tarde quando Thomas Edison, 
inventor da lâmpada elétrica, estava brincando com a sua invenção. 
Ele percebeu que, ao ligar a lâmpada ao pólo positivo de uma bateria 
e uma placa metálica ao pólo negativo, era possível medir uma certa 
corrente fluindo do filamento da lâmpada à chapa metálica, mesmo que 
os dois estivessem isolados. Havia sido descoberto o efeito termoiônico, 
o princípio de funcionamento das válvulas.
As válvulas atingiam frequências de alguns Megahertz; o problema é que 
elas esquentavam demais, consumiam muita eletricidade e se queimavam 
com facilidade. Era fácil usar válvulas em rádios,que usavam poucas 
unidades, mas construir um computador, que usava milhares delas era 
extremamente complicado, e caro, MORIMOTO (2002).
O transistor foi inventado pelos físicos Walter Brattain, William Shockley 
e John Bardeen, no ano de 1947. O primeiro transistor, construído 
nos laboratórios da Bell Telephones, tinha quase o tamanho de uma 
mão, mas a evolução no sentido da progressiva miniaturização não 
tem cessado desde então. Foi o transistor que permitiu uma mudança 
tecnológica na evolução dos computadores, substituindo os “monstros 
de válvulas” do tempo da Segunda Guerra Mundial por sistemas não 
só menores como mais facilmente manipuláveis. Os transistores foram 
se tornando cada vez menores. Foi a capacidade de integrar milhares 
de transistores num circuito integrado que permitiu, no início dos anos 
oitenta, o aparecimento do primeiro computador pessoal. Hoje em dia 
um processador Pentium de um “simples” computador pessoal possui 
cerca de cem milhões de transistores, que cabem num espaço de muito 
poucos centímetros quadrados (FIOLHAIS, 2005).
A utilização de chips veio quando se descobriu que era possível construir 
vários transistores sobre o mesmo waffer de silício. Isso permitiu 
diminuir, de forma considerável, o custo e tamanho dos computadores. O 
primeiro microchip comercial foi lançado pela Intel em 1971 e chamava-
se 4004. Como o nome sugere, ele era um processador de apenas 4 bits, 
que era composto por pouco mais de 2000 transistores MORIMOTO 
(2002).
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
14
Para entendermos melhor a evolução da informática e nos contextualizarmos nesse 
processo, será apresentado através do Quadro 1, um histórico das principais invenções 
realizadas pelo ser humano, com suas características e imagens ilustrativas.
ANO / 
PERÍOdO
EquIPAmENtO 
tECNOLOGIA
PRINCIPAIS 
CARACtERÍStICAS
ImAGEm1
Cerca de 
3000 A.C. Ábaco
Encontrado na região da Meso-
potâmia;
Primeiro dispositivo manual de 
cálculo;
Calculador para o sistema deci-
mal;
Operado manualmente;
Considerado o primeiro disposi-
tivo criado para facilitar o tra-
balho do homem no processa-
mento de informações.
1614 a 1640 Régua de Cálculo
Criada por William Oughtred;
Criada a partir da “Tábua de Na-
pier”;
Amplamente utilizada na área 
de Engenharia;
Utilizadas até cerca de 1970.
1642 Calculadora Mecânica
Criada por Blaise Pascal;
Também conhecida como Pasca-
lina ou Máquina Aritmética de 
Pascal;
Trabalhava as operações de adi-
ção e subtração;
Baseada em engrenagens;
Não fez muito sucesso porque 
requeria prática de uso.
1671 - 1673 Calculadora Universal
Criada por Gottfried Wilheml 
Leibnitz;
Também conhecida como Calcu-
ladora de Leibniz;
Realizava as quatro operações 
básicas: soma, subtração, mul-
tiplicação e divisão;
Projeto de Pascal aprimorado;
Batizada de Calculadora Uni-
versal, pois sonhava em um dia 
poder substituir todo raciocínio 
pelo girar de uma alavanca.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
15
1801 Máquina de Tear
Criada por Joseph Marie Jac-
quard, na época da Revolução 
Industrial;
Baseado na leitura de cartões 
perfurados;
Primeira máquina mecânica pro-
gramada.
1833 Calculador Analítico
Criada por Charles Babbage;
Esta invenção não chegou a ser 
concluída, mas ainda assim, Ba-
bagge é hoje considerado o “Pai 
da Informática.”
1880 – 1890 Tabuladora do Censo
Criada por Herman Hollerith;
Responsável por uma grande 
mudança na forma de processar 
os dados dos censos da época;
Antes da invenção, os dados 
eram processados manualmen-
te;
Após a invenção, houve uma 
redução de 70% do tempo para 
processamento do censo;
Utilização de cartão perfurado.
1936 a 1943 Computador Eletrônico
Criado por Alan Turing;
Primeiro computador eletrônico 
programável;
Principal contribuição de Turing 
– Máquinas de Turing:
Definição: forma de representar 
um processo a partir de sua des-
crição.
Algoritmo: representação for-
mal e sistemática de um proces-
so;
Demonstrou a existência de pro-
blemas sem solução algorítmica;
Conclusão: um problema terá 
solução algorítmica se houver 
uma máquina de Turing para 
representá-lo.
1944 MARK-I
Desenvolvido nos EUA, reunindo 
esforços da Marinha, Universi-
dade de Harvard e IBM;
Ocupava 120m2, tinha milhares 
de engrenagens e fazia muito 
barulho;
Uma multiplicação de um nú-
mero de dez dígitos chegava a 
demorar 3s.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
16
1945
Modelo de Jonh Von 
Neumann
Formalizou o projeto lógico de 
um Computador;
Sugeriu que as instruções fos-
sem armazenadas na memória 
do computador. (antes as mes-
mas eram lidas de cartões per-
furados e executadas, uma a 
uma);
A maioria dos computadores de 
hoje segue ainda o modelo pro-
posto por Von Neumann;
Esse modelo define um com-
putador sequencial digital em 
que o processamento das infor-
mações é feito passo a passo, 
caracterizando um comporta-
mento determinístico (ou seja, 
os mesmos dados de entrada 
produzem sempre a mesma res-
posta).
1946 ENIAC
Criado por Jonh Mauchly e Jonh 
Presper Eckert;
Projeto do exército dos EUA 
para o cálculo da trajetória de 
projéteis;
1000 vezes mais rápido que o 
MARK-I.
FUTURO? ? ? ?
Quadro 1 – Principais invenções tecnológicas do ser humano
Fonte das imagens: http://tsi201025201.blogspot.com/2011/01/geracoes-de-computadores.html
e http://imagineviversem.blogspot.com/2009/09/computador-o-inicio-de-tudo.html
Da criação de computadores, que necessitavam de quilômetros de cabos e fios para 
funcionarem, e que armazenavam suas informações em cartões perfurados a máquinas com 
tecnologia bluetooth e que lidam com unidades de medida de armazenamento denominadas 
Yottabyte, o ser humano tem aprendido a lidar com o avanço tecnológico gradativamente.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática
17
Antes de continuarmos nossa leitura, proponho um momento para reflexão acerca 
do processo evolutivo dos equipamentos tecnológicos, através da charge apresentada abaixo. 
Observe que o homem, através da evolução das máquinas, precisa se adequar às novas 
formas de realização de suas atividades.
Pensar em processos evolutivos 
mostra-se muito importante 
para o ser humano. Através 
destes marcos, somos capazes 
de criar uma percepção mais 
favorável ao desenvolvimento 
de novas tecnologias e, 
consequentemente, da evolução 
humana.
Associar o passado e o futuro das 
evoluções tecnológicas mostra-
se bastante relevante, pois 
temos a oportunidade de pensar 
onde podermos chegar com o 
auxílio das novas tecnologias.
Figura 3: Evolução do Computador
Fonte: http://caminhosdaeducacaoadistancia.blogspot.com/2011/05/evolucao-do-computador-na.html
Para finalizarmos nossa discussão acerca do processo evolutivo dos equipamentos 
tecnológicos, proponho, como material complementar, alguns textos e vídeos, nos quais 
são apresentados os principais equipamentos e tecnologias desenvolvidos pelo homem, bem 
como suas características e importância para a humanidade. É muito importante que vocês 
leiam os textos e assistam aos vídeos, pois isto trará melhor preparo para continuarmos os 
próximos tópicos a serem abordados no material didático desta disciplina.
UNIDADE 1
Histórico, Evolução e Conceitos Básicos da Interface / Interação Homem Máquina
Interface Homem Máquina
Curso de Licenciatura em Informática18
Material complementar sobre a evolução dos computadores.
Textos:
• As 100 descobertas e invenções. Disponível em: http://www.
webciencia.com/03_invencoes1.htm
• A evolução do computador. Disponível em: http://wwwusers.rdc.
puc-rio.br/rmano/comp2hc.html
• A evolução dos computadores: do ENIAC ao Jaguar. Disponível em: 
http://www.ime.usp.br/~song/mac412/historia.pdf
Sites:
• Lista dos 500 computadores mais poderosos do mundo. 
Disponível em: <http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://www.top500.org/&ei=dIt_Tv-XKsHJgQfNg
5i4Bg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CB0Q7
gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dwww.top5000.org%26hl%3Dpt-
BR%26rls%3Dcom.microsoft:en-US%26prmd%3Dimvns>
Vídeos:
• História do computador em minutos. Disponível em:
 http://www.youtube.com/watch?v=Vk7iJ2D4aks&feature=related
• História do computador: vídeo didático. Disponível em: 
 http://www.youtube.com/watch?v=rtfUMyqzB-4&feature=related
• Conheça a evolução dos computadores. Disponível em: http://video.
globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1575959-7823-CONHECA+
A+EVOLUCAO+DOS+COMPUTADORES,00.html
Espero que tenha gostado do material complementar sobre a evolução dos 
computadores. Através dos textos e dos vídeos, você deve ter percebido o quão rápido 
os equipamentos tecnológicos evoluíram no decorrer dos últimos anos. Se considerarmos 
a última década, constataremos que o processo evolucionário aconteceu de forma ainda 
mais acelerada: equipamentos como: celular, notebook, agendas eletrônicas, sistemas de 
rastreamento via satélite, dentre outros, fazem parte da nossa rotina diária, sendo muitas 
vezes não percebidos durante a realização de nossas atividades.
Os primeiros computadoresde que temos notícias no Brasil foram importados 
e vieram para atender o Governo de São Paulo, o Jóquei Clube de São 
Paulo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre 
as Universidades, foi a Pontífica Universidade Católica (PUC) do Rio de 
Janeiro, a pioneira na utilização dos equipamentos de informática, sendo 
seguida pela USP (Universidade de São Paulo) e o ITA (Instituto Tecnológico 
da Aeronáutica) que rápido criaram seus primeiros computadores.
Ao final da década de 1950, as universidades brasileiras já estavam 
debruçadas com seus engenheiros na construção de um computador 
genuinamente brasileiro. Então, em 1961, foi construído por alunos do 
ITA, o primeiro computador do país que foi batizado de o “Zezinho”. 
Posteriormente, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e PUC 
– RJ foram se destacando na formação de engenheiros interessados em se 
especializar no setor de processamento de dados (MORAES, 2000, p. 45).
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Mas será que apenas as máquinas (hardware) evoluíram? Certamente que não. 
Como pôde ser percebido na leitura dos textos complementares, as máquinas começaram 
timidamente, ajudando o homem em suas tarefas mecânicas e, posteriormente passaram 
a executar ações que auxiliavam ou substituíam as funções humanas. Lembra quando 
mencionamos, anteriormente, a utilização de utensílios como o machado, feito de pedra 
lascada, a máquina de tear e a máquina de calcular? Pois bem, estes equipamentos foram 
criados com o intuito de facilitar as atividades realizadas pelo homem. Seguindo nesta linha 
de raciocínio, temos que considerar que o hardware foi evoluindo e, em consequência disso, 
tiveram que ser criados alguns programas (softwares) que realizassem ações específicas 
nesses equipamentos e que conseguissem controlá-los.
Para entendermos melhor este processo evolutivo, vale lembrarmos 
alguns conceitos já estudados por vocês em disciplinas anteriores: lembra 
quando estudamos os algoritmos? Depois linguagem de programação? 
A junção do hardware com os programas realizados com o auxílio de 
linguagens de programação geram alguns artefatos que auxiliam o 
homem em suas tarefas. Como exemplo, podemos citar a calculadora, 
muito utilizada por todos nós. Para a criação da calculadora, houve 
a junção de equipamentos tecnológicos, criados e evoluídos pelo 
homem, com programações realizadas também pelo homem através de 
linguagens de programação.
E o ser humano? Também foi necessário que ele evoluísse? Certamente que sim! 
A cada era, o homem passou por processos evolutivos, tendo que adaptar-se às situações 
e necessidades da humanidade. Para reforçarmos este fato, basta que você olhe para 
si mesmo e perceba o quanto teve que se dedicar para realizar este curso a distância. 
Certamente, você não tinha o conhecimento necessário para a utilização das ferramentas 
computacionais apresentadas nas atividades, ou mesmo não estava adaptado à utilização 
maciça de tecnologia, além das habilidades necessárias para utilização da Internet, assunto 
que será abordado nos próximos parágrafos.
A falta de experiência e rejeição acerca dos aparatos tecnológicos é realidade 
em parte significativa dos usuários das ferramentas computacionais. Como exemplo desta 
inexperiência / rejeição, pode ser citada a utilização de caixas eletrônicos com telas 
sensíveis ao toque (touch screen) por parte das pessoas mais idosas, ou mesmo usuários que 
não possuem conhecimento na área de TI; muitos, ao chegarem ao posto de atendimento 
bancário, sentem-se constrangidos por não saberem lidar com as tecnologias apresentadas. 
Apesar destes problemas e inúmeros outros que circundam os usuários de tecnologias 
computacionais, é preciso que haja a conscientização quanto à importância da tecnologia 
no nosso cotidiano.
A capacidade de criação e imaginação do homem produziu e viabilizou o surgimento 
de próteses como o marca-passo, o coração mecânico, a hemodiálise e outros equipamentos 
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artificiais que substituem ou apóiam os cansados e mutilados órgãos humanos, vítimas do 
próprio ambiente contaminado pela tecnologia (OLIVEIRA NETTO, 2004, p. 5).
Continuando nossa linha de raciocínio concernente ao processo evolutivo da 
humanidade, também deve ser considerada a evolução nas formas de comunicação. 
Há milhares de anos atrás, o ser humano comunicava-se através de gritos, passando 
gradativamente à criação de desenhos ilustrativos em pedras, cartas escritas a próprio 
punho, emails, e, atualmente a massificação das redes sociais transformaram ainda mais as 
formas de comunicação. Desde sua criação em 1969, a Internet, também conhecida como 
rede mundial de computadores, tem adquirido um número cada vez maior de usuários. 
Fatores como: acesso facilitado a diferentes tipos de informações, poder de comunicação 
mais ágil, através de email, programas de bate-papo, redes sociais, dentre outros, os quais 
têm aumentado significantemente o poder de comunicação do ser humano, facilitaram as 
relações interpessoais e a aquisição do conhecimento.
A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra 
Fria. Criada com objetivos militares. Nas décadas de 1970 e 1980, além 
de ser utilizada para esse fins, a Internet também foi um importante 
meio de comunicação acadêmico.
No ano de 1990, a Internet começou a alcançar a população em geral, 
tendo sua expansão acontecido apenas nesta década. Para facilitar a 
navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, 
por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. 
O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços 
on line contribuíram para este crescimento, passando a Internet a ser 
utilizada por vários segmentos sociais.
Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela 
tomou parte dos lares de pessoasdo mundo todo. Estar conectado à 
rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. 
A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas 
e diversos locais, possibilitando acesso às informações e notícias do 
mundo em apenas um click.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/internet/
De acordo com OLIVEIRA NETTO (2004, p. 5), o homem se tornou globalizado pela 
Internet, integrado e desagregado, não existindo pátria, no sentido primitivo. Hoje o que há 
é uma cadeia global, onde o homem é sujeito e predicado de sua própria história.
Abaixo, serão apresentadas algumas características relevantes que abarcaram a 
utilização da Internet no Brasil e no mundo:
 @ De acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) da ONU 
(2011); atualmente, há cerca de dois bilhões de internautas no mundo. O número 
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de assinaturas de telefones celulares, por sua vez, atingiu a marca de cinco 
bilhões. Há 11 anos, havia em todo o mundo, apenas 250 milhões de usuários 
de Internet e 500 milhões de assinaturas de telefonia móvel. Considerando o 
cenário mundial, há 6,8 bilhões de pessoas no mundo - o que significa que quase 
um a cada três habitantes tem acesso à rede;
 @ Em termos absolutos, a América Latina passou de 98,13 milhões de usuários 
para 112,65 milhões - houve crescimento de 15% em um ano. Nesse período, as 
nações que tiveram os maiores crescimento foram: Venezuela (27%), Colômbia 
(24%), México (21%) e Brasil (20%);
 @ O número de pessoas com acesso à Internet em qualquer ambiente (domicílios, 
trabalho, escolas, Lan Houses ou outros locais) atingiu 73,9 milhões no quarto 
trimestre de 2010, segundo o Ibope Nielsen Online;
 @ O número de internautas na América Latina teve um crescimento de 15%, 
comparando a base de usuários de janeiro de 2010 com o mesmo mês deste ano. 
As informações foram anunciadas pela comScore, empresa mundial de pesquisas;
 @ Divulgado parcialmente o estudo chamado “The 2010 Digital Year in Review: 
Latin America”, que mostra o estado da Internet na região e ainda apontou que 
os usuários brasileiros são os que passam mais tempo na rede.
 @ Em agosto de 2011, o Facebook teve 30,9 milhões de usuários únicos, contra 29 
milhões do Orkut. O Twitter tem 14,2 milhões de usuários no Brasil;
 @ Em 2011, 96% dos internautas brasileiros já fizeram alguma compra virtual, 
segundo uma pesquisa internacional. Com o crescimento do comércio eletrônico, 
já está faltando mão de obra qualificada para o setor no país.
 
 Informações disponíveis em: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/01/26/numero-de-
internautas-ja-passa-de-2-bilhoes-afirma-onu-923610235.asp
A configuração em rede é peculiar ao ser humano; ele se agrupa com 
seus semelhantes e vai estabelecendo relações de trabalho, de amizade, 
enfim, relações de interesses que se desenvolvem e se modificam 
conforme a sua trajetória. Assim, o indivíduo vai delineando e expandindo 
sua rede conforme sua inserção na realidade social. As redes sociais 
constituem uma das estratégias subjacentes utilizadas pela sociedade 
para o compartilhamento da informação e do conhecimento, mediante 
as relações entre atores que as integram.
A partir de 2006, começou uma nova era na Internet com o avanço das 
redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. 
Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por exemplo, o 
Facebook e o Twitter (TOMAÉL, 2005).
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 Para fixarmos nossos conhecimentos, segue abaixo sugestão de leitura de 
alguns textos e vídeos que tratam das temáticas: Uso da Internet e Redes Sociais.
Material	complementar	sobre	o	uso	da	Internet	e	redes	sociais.
Textos:
• Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades 
pessoais, inteligência coletiva. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf
• Das redes sociais à inovação. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf
Vídeos:
• Redes sociais mudam jeito de se comunicar através da internet. 
Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/
Noticias/0,,GIM1602357-7823-REDES+SOCIAIS+MUDAM+JEITO+DE+S
E+COMUNICAR+ATRAVES+DA+INTERNET,00.html
• Escrever e enviar é mais fácil do que conversar, diz psicóloga sobre 
uso de redes sociais . 
Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/
Noticias/0,,GIM1635704-7823-ESCREVER+E+ENVIAR+E+MAIS+FACIL+
DO+QUE+CONVERSAR+DIZ+PSICOLOGA+SOBRE+USO+DE+REDES+SOCIA
IS,00.html
• Namoro pela internet se torna cada vez mais comum . 
Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/
Noticias/0,,GIM1592220-7823-NAMORO+PELA+INTERNET+SE+TORNA+C
ADA+VEZ+MAIS+COMUM,00.html
• Polícia Militar de Goiás usa internet para interagir com a população. 
Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/
Noticias/0,,GIM1591172-7823-POLICIA+MILITAR+DE+GOIAS+USA+INTERN
ET+PARA+INTERAGIR+COM+A+POPULACAO,00.html
• Brasil é o terceiro país onde se faz mais compras pela internet.
Disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/
Noticias/0,,GIM1608164-7823-BRASIL+E+O+TERCEIRO+PAIS+ONDE+SE+F
AZ+MAIS+COMPRAS+PELA+INTERNET,00.html
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Nos últimos anos, estamos passando por momentos de grandes transformações 
não só nos equipamentos e programas presentes nos mesmos, mas, sobretudo na maneira 
de agir e de executar nossas tarefas. Esta mudança foi ocasionada principalmente pelo 
desenvolvimento científico, presente nos diferentes setores da sociedade, proporcionando 
inserção de novas tecnologias e de novos conhecimentos, oriundos do uso da informática e 
seus aplicativos.
Segundo Castro (2005), os 
computadores levaram a civilização 
contemporânea à uma terceira revolução, 
a chamada Revolução da Informação, tendo 
a civilização presenciado, anteriormente, a 
Revolução Agrícola e a Revolução Industrial. 
A Revolução da Informação proporcionou 
um aumento significativo na disseminação 
de informações. Este fato aumentou a 
capacidade intelectual da humanidade 
com impacto direto nas ciências, tendo 
a informática um papel avassalador no 
desenvolvimento da Sociedade Moderna.
Apesar da necessidade de evolução 
do hardware, do software, das pessoas e 
das formas de comunicação, devem ser 
levadas em consideração as barreiras criadas 
pelos seres humanos frente a utilização de 
novas tecnologias. Fatores como idade, 
falta de experiência, medo, dentre outros, 
proporcionam, muitas vezes, um bloqueio 
na utilização de equipamentos tecnológicos. 
No próximo tópico, será apresentado o 
tema “Interface Homem-Máquina”, no qual 
abordaremos a correlação entre as formas 
de interação e a percepção e a atitude do ser 
humano diante das ferramentas tecnológicas.
 
Para um melhor entendimento acerca da 
Revolução Agrícola, sugere-se a leitura do 
material disponível em: 
http://www1.univap.br/~sandra/revolucao.
pdf
Para um melhor entendimento acerca da 
Revolução Industrial, sugere-se a leitura do 
material disponível em: 
http://www.cefetsp.br/edu/eso/fausto/
revolucao_industrial.html
Para uma maior compreensão acerca da 
Revolução da Informações, leia o texto 
disponível em: 
h t t p : / / w w w . a n c i b e . c o m . b r /
a r t i g o s % 2 0 d e % 2 0 s i / a r t i g o % 2 0 - % 2 0
R e v o l u % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o % 2 0 d a % 2 0
i n f o r m a % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o % 2 0 - % 2 0
algumas%20reflex%C3%B5es.pdf
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1. Levando-se em consideração a evolução tecnológica, quais inventos você achou 
mais	significativos?	Por	quê?
2. Na ordem cronológica de invenção, marque a alternativa correta.
a)	Ábaco,	Eniac,	Chip,	Transistor	e	Microprocessador
b)	Eniac,	Ábaco,	Chip,	Transistor	e	Microprocessador
c)	Ábaco,	Eniac,	Chip,	Microprocessador	e	Transistor
d)	Ábaco,	Eniac,	Transistor,	Chip	e	Microprocessador
3.	 (UFRN)	O	que	contribui	para	que	os	computadores,	na	sua	evolução,	 sejam	
significativamente	menores	que	seus	antecessores?
4.	(UFRN)	“É	em	geral	aceita	a	acertiva	de	que	a	nossa	sociedade	é	diferente	do	
que teria sido se a revolução da computação não tivesse ocorrido.”
5.	Na	sua	opinião,	nossa	sociedade	é	melhor	do	que	teria	sido	sem	essa	revolução?	
É pior? Sua resposta seria diferente se sua posição fosse outra nessa sociedade?
ExERcícIOS dE FIxaçãO
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2. PRINCIPAIS CARACtERÍStICAS dA INtERFACE HOmEm 
mÁquINA / INtERAçãO HOmEm-mÁquINA.
Depois de realizarmos a contextualização no que se refere à evolução tecnológica 
ocorrida nos últimos anos e a adaptação do ser humano a estas tecnologias, daremos 
início, caro estudante, ao conteúdo proposto pela disciplina. O assunto a ser abordado nas 
próximas páginas, mostra-se bastante relevante, pois demonstra a importância da evolução 
das ferramentas desenvolvidas pelo homem, levando-se em consideração a mudança de 
paradigma no desenvolvimento de software, buscando adaptabilidade às aspirações da 
sociedade.
Conforme mencionado por OLIVEIRA NETTO (2004, p. 8),
o homem moderno passou a ser mais bem informado, e, por conse-
guinte, mais exigente. O sucesso de uma nova conquista científica, 
consubstanciada em novos processos ou produtos tecnológicos a se-
rem lançados no mercado, depende que seja aceita, assimilada pelo 
homem moderno de uma forma amigável, de fácil utilização e tenha 
baixo custo de aquisição e de operação. O relógio digital e o com-
putador são exemplos corriqueiros, os rápidos avanços da tecnologia 
reduzem os custos da produção, tornando os produtos cada vez mais 
acessíveis e competitivos no mercado.
Durante as últimas décadas, o homem tem mudado gradativamente a forma de 
executar suas tarefas; ações como: ler o jornal, trocar informações com pessoas localizadas 
remotamente distantes tem sido transformadas, dando lugar a formas mais interativas e 
dinâmicas de se comunicar, podendo ser apontado, como item crucial para estas mudanças, 
a massificação da Internet. Neste novo cenário, certamente, como opção de solução das 
situações descritas, seriam encaminhados emails, ou mensagens através de redes sociais, e, 
para acesso a informações, poderiam ser utilizados os jornais eletrônicos. Enfim, as formas 
de apresentação da informação transformaram-se em função da evolução tecnológica e o 
homem teve que adaptar-se a este novo modelo de comunicação.
2.1 dEFININdO O tERmO INtERFACE
Começaremos por definir o termo Interface Homem-Máquina, que inclusive é o nome 
da nossa disciplina. A definição do termo será feita palavra a palavra, obtendo-se, assim, de 
forma gradativa sua definição por completo.
De forma genérica e de acordo com a figura abaixo, a palavra interface pode ser 
definida como sendo uma superfície entre duas faces, ou ainda, o lugar onde acontece 
o contato entre duas entidades, como, por exemplo, maçanetas de portas, torneiras, a 
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direção de um carro.
A palavra interface pode ainda ser definida como componente de software que 
mapeia as ações do usuário em solicitações do sistema e apresenta os resultados obtidos, 
servindo como meio de comunicação.
Figura 4: Interface usuário-sistema
É importante ressaltar que a construção de interfaces pressupõe o conhecimento 
preciso de cada uma das entidades envolvidas, ou seja, entre o sistema e o usuário, devendo 
ser levadas em consideração as características necessárias acerca de cada uma destas partes.
Antes de apresentarmos o conceito de interface, voltado para a área de TI, proponho 
a análise das características de design do ambiente cotidiano através de algumas figuras, 
sendo esta uma forma de desenvolver sua sensibilidade ao mundo desenhado em que vivemos 
e trabalhamos.
No exemplo proposto a seguir, representa-se a evolução do design de um fogão, 
fazendo um comparativo entre os dois modelos.
 
 
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Após analisar as duas figuras 
representadas ao lado, qual dos dois 
fogões você acha que possui uma interface 
mais amigável e de fácil utilização? Que 
fatores levaram você a escolher o modelo 
do fogão?
Certamente você deve ter 
escolhido a figura 06. Fazendo uma análise 
da primeira figura, observa-se que não 
há um representativo de qual acendedor 
corresponde a uma determinada chama; 
já no segundo fogão, os acendedores são 
referenciados às chamas através de cores 
diferenciadas.
 Provavelmente, se os dois 
modelos de fogões fossem lançados no 
mercado para venda, o segundo possuiria 
uma vendagem mais expressiva, isto por 
possuir uma interface mais amigável, 
proporcionando uma utilização facilitada 
por parte do usuário.
Continuando nossa análise 
sobre o design das interfaces, utilizando 
exemplos práticos do dia a dia, proponho 
a reflexão sobre a seguinte situação: Ao 
comprar e instalar um aparelho de som 
para seu carro, você percebe que a hora 
do relógio está incorreta, e, como não 
entende muito bem de aparelhos de som e 
está desanimado para ler o manual, tenta 
ajustar o relógio através de tentativas 
realizadas diretamente no aparelho. Você 
acha esta atividade fácil ou difícil? 
Figura 5 – Interface de fogão 
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/3860-especial-a-
cozinha-do-futuro.htm
Figura 6 – Evolução de interface de fogão
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/3860-especial-a-
cozinha-do-futuro.htm
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Considerando a maioria dos fabricantes de aparelhos de som automotivos, e, as 
inúmeras funcionalidades presentes nos aparelhos, como pode ser visualizado através da 
figura abaixo, percebe-se que o ajuste da hora não é tão fácil assim; como não há um 
símbolo, como, por exemplo, o desenho de um relógio no aparelho, é necessário procurar 
entre os menus e submenus qual deles ajustará o relógio. Caso ainda não tenha realizado 
este teste, faça-o assim que possível e perceberá como uma ação tão simples pode não ser 
tão fácil de ser realizada.
Figura 7 – Interface de som automotivo
Fonte: http://www.magazineluiza.com.br
Além dos exemplos mencionados acima, gostaria de reforçar a importância do design 
das interfaces para o dia a dia do ser humano através de situações problemas, representadas 
no quadro abaixo:
dESCRIçãO dE SItuAçõES-PROBLEmAS 
ACERCA dO dESIGN dE INtERFACES
ILuStRAçãO
Como ajustar cadeiras?
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Como comprar um café expresso em uma máquina sem 
instruções de uso?
Como utilizar controles remotos com e sem identificação 
de botões de abertura e fechamento do portão? Qual dos 
modelos possui maior facilidade de utilização?Quadro 2: Descrição de situações problemas acerca do planejamento do design de interfaces.
Através das situações problemas apresentadas, percebe-se o quão importante é o 
projeto de design das interfaces, devendo ser considerado fatores como: tipos de usuários 
com perfis bastante diferenciados (altura, peso, problemas físicos e motores, etc.), níveis de 
conhecimento, dentre outros, sendo estes fatores fundamentais para o sucesso ou fracasso 
deste produto no mercado. Outro fator a ser elencado a respeito da evolução das interfaces, 
é a evolução contínua dos usuários, devendo as mesmas se adequarem aos novos perfis.
Antes de associarmos o conceito de interface à área de TI, proponho a interpretação 
de cada uma das figuras ilustradas abaixo, as quais estão associadas a designs que poderiam 
ser utilizados por usuários solitários.
 
Figura 8: Revólver com cano invertido 
Fonte:http://www.vidamaislivre.com.br/blogs/post.php?id=619&/voce_conseguiria_usar_um_
revolver_com_cano_invertido
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 Figura 9: Bule Invertido
 Fonte: http://estelamarispellissari.blogspot.com/
Para fundamentarmos ainda mais os conceitos associados à interface, sugiro como 
material complementar os vídeos descritos abaixo.
Material	complementar	sobre	Interface
Vídeos:
• A evolução dos abridores de lata. 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mpXkD8GaEno
• Evolução do aparelho celular. 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=cR7R8--
ccXw&feature=related
Depois de definido o termo interface, de forma genérica, faz-se necessário associá-
lo à área de TI. Neste contexto, interface compõe o conjunto de comandos de controle 
do usuário, que associados às respostas do computador, constituídas por sinais (gráficos, 
acústicos e táteis) constituem a tela do computador, sendo a aplicação do que interliga dois 
sistemas; ou ainda: parte do sistema computacional com o qual o usuário entra em contato 
físico e perceptivo (Moran, 1981).
A definição atribuída por Moran caracteriza uma perspectiva para a interface de 
usuário como tendo um componente físico (onde o usuário percebe e manipula), e outro 
conceitual (onde o usuário interpreta, processa e raciocina).
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A interface é tanto um meio para a comunicação do usuário com o sistema, quanto 
uma ferramenta que oferece os instrumentos para este processo comunicativo ocorra 
possuindo componentes de software e hardware. Os componentes de hardware compreendem 
os dispositivos com os quais os usuários realizam as atividades motoras e perceptivas, 
podendo ser citadas a tela, o teclado, o mouse e vários outros. O software da interface é a 
parte do sistema que implementa os processos computacionais necessários para o controle 
dos dispositivos de hardware / a construção dos dispositivos virtuais com os quais o usuário 
também pode interagir / a geração dos diversos símbolos e mensagens que representam as 
informações do sistema, e, finalmente, a interpretação dos comandos dos usuários.
Os sistemas (junção de hardware, software e pessoas) possuem interfaces bastante 
diferenciadas, dependendo, dentre outros fatores, do público alvo de utilização, da linguagem 
de programação utilizada para seu desenvolvimento e da experiência do desenvolvedor.
De acordo com Rocha (2003, p. 13-14),
para que os computadores se tornem amplamente aceitos e efetiva-
mente usados, eles precisam ser bem projetados. Isso, de maneira 
alguma, quer dizer que o design deve ser adequado a todas as pesso-
as, mas os computadores devem ser projetados para as necessidades 
e capacidades de um grupo alvo. Certamente, usuários, em geral, 
não devem ser obrigados a pensar como um computador funciona, 
da mesma forma que o funcionamento mecânico de um carro não é 
preocupação da maioria das pessoas. Entretanto, a posição dos pe-
dais, direção e câmbio têm muito impacto sobre o motorista, como 
também o design de sistemas computacionais tem efeitos sobre seus 
usuários.
Abaixo estão ilustradas algumas interfaces de programas de diferentes aplicações e 
através das figuras e dos assuntos abordados até o presente momento, consolida-se o termo 
“Interface Homem-Máquina”, como sendo a máquina representada pelos equipamentos. O 
termo “Interface Humano-Computador” equipara-se ao termo “Interface Homem-Máquina”, 
sendo apenas denominações diferentes, mas com mesmo significado, atribuídas por diferentes 
autores. Nos próximos parágrafos, abordaremos a temática associada à interação entre os 
seres humanos e as máquinas, complementando a definição de Interface.
Segundo Loh (1995), em se tratando de comunicação via computador, ressalta-se 
a importância da interface do software, como ponto fundamental na interação homem-
computador.
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Ao observarmos as 
interfaces ao lado, percebemos que 
cada uma atende a um perfil de 
usuário específico. Passando pelo 
controle de salas e equipamentos, 
a primeira possui uma interface 
simples e direta; à interface de 
um programa que trabalha com a 
modelagem de objetos 2D e 3D, 
portanto cada uma das interfaces 
possui uma funcionalidade e um 
nível de dificuldade.
 É importante ressaltar 
que aplicações direcionadas a 
atividades muito específicas, 
como as representadas nas figuras 
11 a 13, requerem um nível de 
especialização dos usuários, visto 
que há muitas funcionalidades 
específicas e direcionadas à 
aplicação.
Figura 10: Interface de software para reserva de sala
Fonte:http://blog.prasabermais.com/tag/analise-de-software/ 
Figura 11: Interface de programa para projetos e modelagem
de objetos em 3D e 2D.
Fonte: http://maycontec.blogspot.com/
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Figura 12: Interface tecnologia touch screen 
Fonte:http://nosso-vicio.blogspot.com/2011/02/tecnologia-touchscreen-pode-estar-com.html
Figura 13: Interface de aplicativo gráfico para controle de processos
Fonte: http://www.pmstecnoelectric.it/en/pms/progetti_2006.aspx
Além das aplicações desktop, também deve considerada a importância do design 
nas aplicações web. No desenvolvimento de sites (vide figuras 14 e 15), a preocupação com 
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critérios como facilidade de utilização e aprendizado, facilidade de memorização, dentre 
outros, devem ser considerados, isto pelo fato, de estes serem utilizados por pessoas de 
diferentes perfis e níveis de conhecimento. Na próxima unidade, serão apresentados os 
principais critérios de avaliação de aplicações desktop e via web, e, através de exemplos 
práticos, você poderá identificar programas e sites que melhor se adequem aos seus critérios 
de usabilidade e acessibilidade.
Figura 14: Website de comércio eletrônico
Fonte: www.submarino.com
 
Figura 15: Website de rede social
Fonte: http://br.linkedin.com/
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2.2 dEFININdO O tERmO INtERAçãO
O termo Interação pode ser definido como o processo de comunicação entre duas 
ou mais entidades que compõem o mesmo contexto, podendo ser mais bem compreendido 
através da figuraabaixo.
 
Figura 16: Definição do termo Interação
Além desta definição, o termo interação pode ser definido como a junção entre 
ações e interpretações do usuário acerca da utilização de determinado sistema.
Preece et al (1994) define o termo interação como sendo um processo de comunicação 
entre processos e sistemas.
De acordo com o desenvolvimento dos sistemas, a forma de interação é classificada 
em quatro formas distintas de acordo com as gerações: Linguagem Natural, Linguagem de 
Comando, Menus e Preenchimento de Formulários. Estes tipos de interação serão abordados 
em tópicos posteriores.
2.3 COmPARAtIvO ENtRE OS tERmOS INtERFACE E INtERAçãO
Conforme já vimos anteriormente, o termo interface é aplicado, normalmente 
àquilo que interliga dois sistemas. Tradicionalmente, considera-se que uma interface 
homem-máquina é a parte de um artefato que permite a um usuário controlar e avaliar 
o funcionamento deste artefato através de dispositivos sensíveis às suas ações e capazes 
de estimular sua percepção. No processo de interação usuário-sistema, a interface é o 
combinado de software e hardware necessário para viabilizar e facilitar os processos de 
comunicação entre o usuário e a aplicação.
Comparando os termos interação e interface, percebe-se que a interface é tanto um 
meio para a interação usuário-sistema, quanto uma ferramenta que oferece os instrumentos 
para este processo comunicativo. Desta forma, a interface é um sistema de comunicação, 
e a interação é o processo que engloba as ações do usuário sobre a interface de um sistema 
e suas interpretações sobre as respostas reveladas por esta interface, conforme pode ser 
melhor compreendido através da figura abaixo.
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Figura 17: Processo de Interação Humano Computador
Fonte: Souza (2010)
Atualmente, observa-se a necessidade de uma melhor interação entre o homem e 
a máquina/sistema. A importância desta interação foi aumentando à medida que cada vez 
mais usuários passaram a ter contato com computadores. Esses usuários precisavam interagir 
com diferentes tipos de sistemas, porém nem sempre possuindo o conhecimento apropriado 
para a realização das tarefas necessárias.
Segundo Van Der Veer (1989), as diferenças individuais em preferências, habilidades 
e características pessoais afetam o desempenho das tarefas realizadas no computador. Não 
se pode esperar que apenas as pessoas mudem quando se produz um ambiente de aprendizado 
ou deseja-se promover a Interação Homem-Computador (IHC), pelo contrário, o ambiente 
deve ser flexível o suficiente para acomodar as diferenças existentes nos perfis dos usuários. 
Para fixarmos os conceitos associados à Interface / Interação Homem-Máquina, 
sugiro a utilização do material complementar abaixo.
Material complementar sobre Interação Humano-Computador
Textos:
• Interação Humano-computador no contexto da inclusão digital. 
Disponível em:
• h t t p : / / w w w. c i n f o r m . u f b a . b r / 7 c i n f o r m / s o a c / p a p e r s /
be3115a2c400590dad23c7507797.pdf
• Interação Humano-computador aplicada ao ensino a distância. 
Disponível em: http://www.unipam.edu.br/perquirere/file/
docuemento7.PDF
Vídeos:
• O mundo do Rafinha. Disponível em: http://www.youtube.com/
watch?v=rq6mHtsKoME
• Realidade Virtual. Disponível em: http://www.youtube.com/
watch?v=dyMVZqJk8s4
• Os computadores do futuro. Disponível em: http://www.youtube.
com/watch?v=p4Wg0e6YrSk&feature=related
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1.	Qual	o	foco	do	estudo	da	Interação	Humano-Computador	(IHC)	?
2. Quais são os 4 componentes da Interação Humano-Computador? 
3.	 Tomando	 como	 base	 as	 imagens	 descritas	 abaixo,	 diferencie	 os	 termos	
“interface”	 e	 “interação”,	 fazendo	 referência	 às	 definições	 apresentadas	
no	contexto	das	 imagens,	ou	 seja,	ao	definir	o	 termo	 interface,	por	exemplo,	
mencione	 itens	 das	 imagens	 que	 reforcem	 a	 definição	 apresentada.	 Além	 de	
apresentar o conceito de cada um dos termos, faça a correlação entre os mesmos.
Site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)
 Calculadora Científica do Windows
ExERcícIOS dE FIxaçãO
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3. HIStóRICO E EvOLuçãO dAS INtERFACES 
COmPutACIONAIS
Nos últimos anos, com o aumento da utilização dos equipamentos tecnológicos, 
a preocupação com a interface tornou-se uma tendência e um importante conceito a ser 
explorado. Certamente, quando se pensa hoje em Interfaces Humano-Computador (IHC), 
imediatamente visualizam-se ícones, menus, barras de rolagem, telas interativas e cursores 
animados. De acordo com o conteúdo apresentado até o presente momento, percebemos que o 
conceito de IHC vai muito além disto, sendo fundamental que façamos uma contextualização 
acerca do desenvolvimento das interfaces, apresentando uma análise histórica e evolutiva.
De acordo com Rocha (2011, p. 01),
as interfaces gráficas computacionais, desenvolvidas por Douglas 
Engelbart nos anos 1960, a partir do trabalho de Ivan Sutherland, 
deram um novo impulso para os sistemas computacionais, sendo res-
ponsável pela massificação dos computadores nos anos 1980, ao lado 
da Apple de Steve Jobs, com os computadores macintosh, sempre 
seguido de perto pelaMicrosoft de Bill Gates.
Através da figura 18, podemos visualizar um comparativo entre o período inicial 
do desenvolvimento dos computadores, a atualidade e as tendências relacionadas ao 
desenvolvimento de interfaces homem-máquina. À medida que os computadores foram 
evoluindo, aumentava-se a capacidade de armazenamento das informações, o design das 
interfaces e, os usuários percebiam a necessidade de aprimoramento de seus conhecimentos 
acerca da utilização de sistemas computacionais.
Figura 18: Histórico das interfaces computacionais
Fonte: http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/INF141.Cap.01.html
INÍCIO
• Computadores com pouca memória e grande 
tamanho físico;
• Capacidades de armazenamento (discos) 
limitada;
• Interfaces de difícil utilização.
TENDÊNCIAS
• Aperfeiçoamento das interfaces Homem 
Máquina (H-M);
• Uso de muitos periféricos para apoio às 
interfaces H-M;
• Interfaces mais homogêneas;
• Máquinas mais poderosas e compactas 
(processadores, memória, etc);
• Uso intensivo de interfaces gráficas;
• Ênfase nas interfaces para hiperdocumentos e 
redes de computadores.
ATUALIDADE
• Micro-computadores com capacidade de 
memória elevada;
• Mini/micros com características e 
capacidades similares aos mainframes;
• Muitas máquinas ainda com filosofia mono-
usuário;
• Grande número de sistemas interativos;
• Interfaces pouco homogêneas.
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Além da evolução dos computadores, a evolução histórica das interfaces aconteceu 
paralelamente, isto pelo fato da necessidade de criação de artefatos que permitissem 
a comunicação entre o ser humano e o hardware, ou seja, necessitou-se que o software 
evoluísse para acompanhar a evolução dos equipamentos tecnológicos.
O entendimento acerca da evolução histórica das interfaces permite que façamos 
uma análise comparativa de suas diferentes fases evolutivas, auxiliando-nos a compreender 
a importância fundamental das relações homem-máquina. Com este intuito, a seguir, serão 
apresentadas no Quadro 3 (complementando as informações apresentadas anteriormente 
noQuadro 1 - Principais invenções do ser humano), uma síntese evolutiva da história das 
interfaces, desde a fase mais rudimentar, quando eram operadas por alavancas, até as mais 
modernas formas de interface gráfica.
ANO / 
PERÍOdO
HIStóRIO E EvOLuçãO dAS INtERFACES
Final dos anos 
40 e início dos 
anos 50
• Havia dificuldade de se utilizar os computadores, pois a sua interfa-
ce era rudimentar;
• A comunicação entre o usuário e o computador era feita por meca-
nismos elétricos. Para a entrada de dados, o usuário utilizava ala-
vancas mecânicas, botões e fios. A saída das informações era feita 
por meio de luzes piscantes;
• Apenas usuários especializados, que sabiam programar e conectar 
os fios nos lugares certos, eram capazes de se comunicar com os 
computadores;
• Havia um cuidado do especialista em não ser eletrocutado, já que o 
próprio trabalhava junto à parte elétrica, ou seja, trabalhava dentro 
do computador.
Final dos anos 
50 e início dos 
anos 60
• Deu-se início ao uso de programas que serviam de coleta de 
dados para os campos das pesquisas de mercado psicológico e 
outros, do interesse do usuário;
• A comunicação entre o homem e máquina (entrada e saída de 
dados), nessa época, ocorria através de cartões perfurados e 
de impressões. Mesmo com essas novidades, não era qualquer 
pessoa que podia se comunicar diretamente com o compu-
tador. A utilização dos cartões perfurados tornava o trabalho 
cansativo, lento e monótono, além de ser incômodo e inefi-
ciente;
• A interação da interface com o usuário, praticamente, não 
existia nesta fase.
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Início dos anos 
70 até 1980
• Surge um terminal de computador, que seria uma TV acoplada 
ao computador, que fez com que a comunicação do compu-
tador e o usuário acontecesse através de telas de vídeo, e, 
a comunicação do usuário com o computador, através de um 
teclado baseado nas máquinas de escrever;
• Assim, a interação dava-se através de monitores monocro-
máticos e um teclado alfanumérico. Buscava-se interagir o 
usuário comum com a máquina, tornando mais fácil e com-
preensivo, já que o processo era feito por telas de vídeo que 
limitavam a exibição de caracteres representados no tecla-
do. No monitor, eram mostradas as linhas de comandos que o 
usuário digitava no prompt do sistema, que era representado 
de forma textual. Isso exigia que o usuário tivesse um grande 
nível de memorização dos comandos e de treinamento, já que 
tudo era feito através de comandos específicos. Para utilizar o 
computador, o usuário deveria ter um grande nível de controle 
sobre a interface, pois se apresentava complexa;
• A partir daí, o homem começou a se interessar por uma melhor 
representação da interface. O desejo era de tornar as interfa-
ces bem sucedidas no mercado e flexíveis aos usuários através 
da interatividade destes com a interface do sistema, surgindo 
a necessidade de treinamento para a facilidade do uso.
Começo dos 
anos 80 até os 
dias atuais
• Do começo dos anos 80 ao dias de hoje, deu-se início ao de-
senvolvimento e à disseminação dos microcomputadores; foi 
uma época de explosão dos computadores pessoais. Também 
marcou uma época onde foram desenvolvidas diferentes for-
mas de interação do usuário com a máquina, como: Windo-
ws, Ícones, Menus e Ponteiros de dispositivos apontadores que 
permitiam que o usuário tivesse acesso e controle das múlti-
plas janelas, combinação de texto e imagens, sons, vídeos e 
comunicações remotas;
• Usuários sem nenhuma experiência podiam ter acesso a um 
Personal Computer (PC);
• Essa nova tecnologia gerou o emprego de recursos multimí-
dia e de realidade virtual, PCs poderosos, preocupação das 
interfaces amigáveis e de alta interatividade. Hoje, ainda se 
procura uma melhor forma de se atingir com as Interfaces as 
necessidades dos usuários - A Interface Adaptativa, como o 
próprio nome sugere, adapta-se à necessidade do usuário.
Quadro 3: Principais características do histórico e evolução das interfaces
Fonte: Adaptado de Silva (2006)
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Para demonstrar de forma mais abrangente o processo de evolução das interfaces 
computacionais, é fundamental que apresentemos as associações entre as gerações de 
interface e os componentes de hardware que as suportam, além de qualificar a categoria 
de usuários de computadores existentes em cada geração. Estes dados são de absoluta 
relevância para o desenvolvimento de interfaces e encontram-se representados no Tabela 1.
GERAÇÃO
TECNOLOGIA 
DE
 HARDWARE
MODO DE 
OPERAÇÃO
LINGUAGENS DE 
PROGRAMAÇÃO
TECNOLOGIA 
TERMINAL
TIPO DE 
USUÁRIOS
IMAGEM 
COMERCIAL
PARADIGMA 
DE INTERFACE 
DE USUÁRIO
- 1945
Mecânica e Ele-
tromecânica
Usado so-
mente para 
cálculos
Movimento de 
cabos e chaves.
Leitura de luzes 
que piscam e car-
tões perfurados.
Os próprios 
inventores.
Nenhuma 
(computadores 
não saíram dos 
laboratórios)
Nenhum.
1945 – 1955 
pioneira
Válvulas, máqui-
nas enormes e 
com alta ocorrên-
cia de falha.
Um usuário 
a cada tempo 
usa a máquina 
(por um tem-
po bastante 
limitado).
Linguagem 
de máquina 
001100111101
TTY. Usados 
apenas nos centros 
de computação.
Especialistas 
e pioneiros.
Computador 
como uma 
máquina para 
cálculos.
Programação, 
batch.
1955 – 1965 
histórica
Transistores 
mais confiáveis. 
Computadores 
começam a ser 
usados fora de 
laboratórios.
Batch (com-
putador 
central não 
acessado 
diretamente)
Assembler ADD 
A.B
Terminais de linha 
glass TTY.
Tecnocratas, 
profissionais 
de computa-
ção.
Computador 
como um 
processador de 
Informação.
Linguagens de 
Comando.
1965 – 1980 
tradicional
Circuito inte-
grado. Relação 
custo-benefício 
justifica a compra 
de computado-
res para muitas 
necessidades.
Time-sharing
Linguagem de 
alto nível (Fortan, 
Pascal, C)
Terminais full 
screen, caracteres 
alfanuméricos. 
Acesso remoto 
bastante comum.
Grupos 
especiali-
zados sem 
conhecimen-
to computa-
cional (caixas 
automáticos, 
p. ex.).
Mecanização 
das atividades 
repetitivas e não 
criativas.
Menus hierárqui-
cos e preenchi-
mento de formu-
lários.
1980 – 1995 
moderna
VLSI. Pessoas 
podem comprar 
seu computador.
Computador 
pessoal para 
um único 
usuário.
Linguagens orien-
tadas a problemas / 
objetos (planilhas de 
cálculo)
Displays gráficos, 
estações de traba-
lho, portáteis.
Profissionais 
de todo tipo e 
curiosos.
Computador 
como uma 
ferramenta.
WIMP (Window, 
Icons, Menus e 
Point devices)
1995 - futura
Integração de 
alta-escala. 
Pessoas podem 
comprar diversos 
computadores.
Usuários 
conectados 
em rede e 
sistemas 
embutidos.
Não imperativas, 
provavelmente 
gráficas.
Dynabook, E/S 
multimídia, porta-
bilidade simples.
Todas as 
pessoas.
Computador 
como um apare-
lho eletrônico.
Interfaces não 
baseadas em 
comando.
Tabela 1: Geração de computadores e de Interfaces de Usuários
Fonte: Adaptado de Nielsen, 1993, p. 50
Tomando como base a tabela acima, mais especificamente a coluna: 
“Tipos de Usuários”, você já parou para imaginar qual o seu tipo de 
usuário? Ao estudarmos os diferentes conceitos associados à IHC, tente 
fazer a adequação do seu perfil de usuário.
Com as mudanças de paradigmas, o usuário deixou de se adequar 
totalmente às máquinas, tendo o projeto de interface, por parte dos 
desenvolvedores, a preocupação com as diferentes aptidõesdestes 
usuários.
UNIDADE 1
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Além das fundamentações do processo evolutivo descrito acima, vale ressaltar 
que nos primórdios da computação, cada software era projetado para uma única aplicação 
específica. Cada equipamento executava um único programa, o qual era desenvolvido por 
uma determinada pessoa ou empresa que se encarregava de mantê-lo funcionando, caso 
alguma falha fosse detectada, o que tornava seu uso bastante específico e limitado, só 
havendo a possibilidade de disseminação desses conhecimentos e das informações a um 
número mínimo de usuários (LIMA, 2001).
1.	 “Além	 da	 evolução	 dos	 computadores,	 a	 evolução	 histórica	 das	 interfaces	
aconteceu paralelamente, isto pelo fato da necessidade de criação de artefatos 
que	 permitissem	 a	 comunicação	 entre	 o	 ser	 humano	 e	 o	 hardware,	 ou	 seja,	
necessitou-se que o software evoluísse para acompanhar a evolução dos 
equipamentos tecnológicos.”
Comente a citação acima, apresentando um exemplo prático, no qual as interfaces 
dos softwares tiveram que evoluir para conseguir acompanhar o desenvolvimento 
do hardware.
ExERcícIOS dE FIxaçãO
UNIDADE 1
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4. PRINCIPAIS PERSPECtIvAS, dESAFIOS E OBjEtIvOS dA 
INtERAçãO HumANO-COmPutAdOR (IHC)
4.1 PERSPECtIvAS dA INtERAçãO HumANO-COmPutAdOR
No início do desenvolvimento das tecnologias computacionais, o usuário se viu 
obrigado a aprender a lidar com os computadores, adequando-se à sua linguagem. Com o 
passar dos anos, com o surgimento de novas tecnologias e conceitos, sendo ressaltada aqui, 
a Inteligência Artificial, tentou-se equiparar o computador ao ser humano. Posteriormente, 
o computador passou a ser utilizado como ferramenta, buscando auxiliar o ser humano em 
suas tarefas.
 E hoje? Qual funcionalidade você acha que o computador possui em nossas 
vidas? Certamente, você deve ter pensado em inúmeras funcionalidades, visto que em todas 
as nossas atividades, utilizamos algum tipo de tecnologia. Evoluindo de máquinas (tivemos 
que aprender a falar a linguagem do computador), a intermediários do conhecimento, nós, 
usuários de ferramentas tecnológicas, estamos vendo nossas formas de comunicação serem 
modificadas nos últimos anos, ou seja, o computador tornou-se um mediador da comunicação 
entre as pessoas, conforme ilustrado na figura abaixo.
 
Figura 19: Perspectivas em IHC
Fonte: Adaptado de Rocha (2003)
UNIDADE 1
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Dentre as principais perspectivas de desenvolvimento de interfaces (PADOVANI, 
1998), estão:
 @ Desenvolvimento de sistemas que satisfaçam as necessidades de seus usuários, 
considerando critérios como: usabilidade, aplicabilidade, facilidade de 
utilização, facilidade de memorização, etc.
 @ Produção de sistemas fáceis de utilizar e seguros;
 @ Melhora na compreensão e apreensão da informação transmitida, principalmente 
nas respostas aos usuários.
Apesar do aumento de interesse em projetos de interfaces orientados a usuários, 
promovido por pesquisadores em Interação Humano-Computador (IHC), há um grande 
e diversificado percentual de usuários que geralmente é esquecido: são os usuários com 
deficiência. Na próxima unidade, abordaremos temáticas relacionadas à necessidade de 
usabilidade e acessibilidade, critérios estes que devem ser considerados no planejamento 
de interfaces.
4.2 dESAFIOS dA INtERAçãO HumANO-COmPutAdOR
Levando-se em consideração o rápido desenvolvimento tecnológico, os critérios 
de usabilidade e acessibilidade, além das diferentes áreas de conhecimento (disciplinas 
apresentadas anteriormente) que caracterizam IHC, há inúmeros desafios acerca do 
desenvolvimento de interfaces a serem superados. Abaixo estão descritos alguns deles:
 @ Como dar conta da rápida evolução tecnológica?
 @ Como equilibrar conforto e facilidades de uso com desempenho de aplicação?
 @ Como projetar sistemas que atendam diferentes perfis de usuários?
 @ Como projetar boas interfaces em aplicações complexas, que, normalmente, 
possuem um grande número de funções? (Exemplo: carro)
 @ Como desenhar a interface ideal de um software compatível com o uso efetivo 
de todo o potencial e funcionalidade das novas tecnologias? (Ex: telemóveis, 
DVDs, câmaras digitais, etc.)
Respondendo aos questionamentos realizados acima, iremos nos deparar com alguns 
dos desafios encontrados durante a construção de interfaces favoráveis aos usuários. De 
UNIDADE 1
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acordo com SOUZA (2011), também devem ser considerados os seguintes desafios em IHC:
 @ Cultura tradicional de desenvolvimento de software
 - foco no sistema (vs. no usuário);
 - desprezo pela interface;
 @ Processo de desenvolvimento inadequado
 - impacto da introdução de novas tecnologias desprezado;
 - design de software desconsiderado;
 - usabilidade do sistema não avaliada;
 @ Equipes precárias
 - sofrem redução de pessoal;
 - não incluem especialistas em IHC;
 - profissionais não frequentam cursos de atualização e reciclagem;
 @ Restrições de prazo e custo
Certamente você deve ter percebido que há inúmeros desafios a serem enfrentados 
no desenvolvimento de interfaces. É importante que fique claro que interfaces bonitas e 
cheias de imagens não garantem um processo favorável à utilização e aceitação por parte 
do usuário. Ao se desenvolverem as interfaces de softwares e, também de hardwares, 
é necessário que haja um planejamento prévio acerca do público alvo das aplicações a 
serem desenvolvidas e, mesmo que este público se mostre bastante diversificado, tanto em 
habilidades quanto em conhecimento e necessidades, é fundamental que alguns critérios de 
desenvolvimento sejam seguidos. Peço novamente, para que não se preocupe com os termos 
ainda indefinidos até o momento. A intenção é que seja feita uma chuva de idéias para que 
você se acostume com estes termos, sendo os mesmos definidos nos próximos tópicos.
4.3 OBjEtIvOS dA INtERAçãO HumANO-COmPutAdOR
Atualmente, o estudo dos critérios de IHC está associado à utilização dos sistemas 
computacionais por parte das pessoas, considerando suas necessidades, capacidades e 
preferências para executar diversas tarefas. Diferentemente dos primeiros sistemas, as 
pessoas, atualmente, não necessariamente precisam se adequar ao sistema, devendo o 
UNIDADE 1
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mesmo ser projetado para se adequar aos requisitos dos usuários. Partindo deste objetivo 
central, abaixo são apresentados outros objetivos acerca do desenvolvimento de interfaces.
 @ propiciar o desenvolvimento de sistemas mais amigáveis 
e úteis;
 @ produzir sistemas “usáveis” e seguros;
 @ desenvolver ou melhorar a segurança, utilidade, 
efetividade e usabilidade de sistemas que incluem 
computadores.
Nielsen (1993) engloba esses objetivos em um conceito mais amplo que ele denomina 
aceitabilidade de um sistema, conforme figura a seguir. Para ele, a aceitabilidade geral de 
um sistema é a combinação de sua aceitabilidade social e sua aceitabilidade prática.
Figura 20: Atributos de aceitabilidade de sistemas.
Fonte: Nielsen (1993)
4.4 A muLtIdISCIPLINARIdAdE dA INtERAçãO HumANO-COmPutAdOR
A palavra multidisciplinaridade possui sua origem na idéia de

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