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História da Arte - Slides de Aula Unidade III

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Prof. Mário Caldeira
UNIDADE III
História da Arte
 Arte rupestre significa, de modo geral, a arte que é feita sobre as rochas. De 
maneira específica é o termo que se usa para definir a arte pré-histórica (antes da 
criação da linguagem escrita), que é formada pelos desenhos, imagens e 
símbolos gravados pelos nossos antepassados dentro das superfícies internas 
das cavernas, grutas e formações rochosas.
 A linguagem gráfica observada na arte rupestre reproduzia a imagem na sua 
verdade visual, sem deformações ou estilizações. Os temas são dominados pela 
crença nos poderes mágicos e pelo cotidiano que envolvia a luta pela
sobrevivência. Características particulares incluem o tipo da tinta, representações 
humanas pequenas ou grandes, cores dominantes, 
traçados geométricos cuidadosamente executados, 
animais desenhados por uma linha de contorno aberta, 
entre outras.
Arte rupestre e artes indígenas no Brasil
 O apogeu da arte rupestre paleolítica foi 
descoberto em 1880, nas cavernas de 
Altamira, na Espanha, também conhecida 
como gruta de Altamira, onde se conserva 
um dos conjuntos pictóricos mais importantes 
da pré-história. Até aquele momento 
duvidava-se que grupos étnicos e selvagens 
tivessem arte e cultura.
A pré-história 
Figura 1: Manada de bisontes. Pintura rupestre 
paleolítica. Caverna de Altamira, Espanha. Disponível em: 
<http://www.gibralfaro.uma.es/imagenes2/p_1823_6.jpg>. 
Acesso em 16 ago 2018.
 Os sítios arqueológicos também no Brasil testemunham as primeiras evidências 
humanas em nosso continente. A riqueza de diversidade que se encontra na 
América do Sul já se manifestava desde 23.000 a.C., deixada por caçadores, 
pescadores e horticultores, cuja presença foi preservada por diferentes grupos 
sociais e em vários períodos, através das pinturas e gravuras produzidas em 
paredes de grutas, abrigos, pedras, lajes e costões, perpetuando mensagens 
correlacionadas, principalmente, aos aspectos mais importantes da vida 
cotidiana da sociedade.
A pré-história
 Os desenhos rupestres eram uma forma de comunicação na qual a representação 
era um complemento da expressão verbal e gestual, representando relações 
ancestrais, nação e sonhos de referências semânticas. Eles são os antepassados 
da comunicação visual que faz parte da nossa linguagem contemporânea.
 Esses desenhos se transformaram, com o passar do tempo, em sistemas de 
símbolos que chamamos de linguagem. Os números e os idiomas são exemplos 
de representação, assim como os ideogramas japoneses e hieróglifos egípcios 
são bons exemplos de linguagens de representações da forma e do conteúdo.
A pré-história
A pré-história
 Desenhos rupestres como o que vemos aqui foram a base da nossa linguagem 
visual e se transformaram em letras, alfabetos, números ou ideogramas. 
Figura 2: Grafismos de animais, comuns na tradição Planalto, Iapó e Tibagi (PR).
 No Brasil, a arqueologia classifica o ordenamento das diferentes manifestações 
iconográficas da arte rupestre em tradições, respeitando as semelhanças no estilo 
e na técnica de elaboração. Os principais costumes arqueológicos da arte 
rupestre brasileira são: Tradição Agreste, Nordeste, Planalto, São Francisco, 
Geométrica, Litorânea, Meridional e Amazônica.
 Identificar as características estéticas de cada grupo permite perceber as 
identidades culturais pré-históricas por região e das condições de vida daquele 
homem (apesar de serem interpretações subjetivas, tendo 
em vista que é complexo determinar os significados 
das pinturas).
Tradições da arte rupestre brasileira
Tradição Nordeste
 É a mais antiga e complexa tradição. Surgiu por volta de 23 mil anos atrás e 
concentra-se na área do Parque Nacional Serra da Capivara, mas espalhou-se 
para outros estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste; suas pinturas são 
monocromáticas, com aproximadamente 15 cm. Representam homens, animais, 
plantas e algumas figuras geométricas com conotação narrativa e interativa, 
ou seja, cenas de caça, guerra, dança, sexo, entre outras, nas quais nota-se 
movimento na ação.
Tradições da arte rupestre brasileira
Tradição Nordeste
Tradições da arte rupestre brasileira
Figura 3: A tradição Nordeste é marcada 
por representações de figuras humanas e 
de animais como emas e cervídeos. Toca 
do Boqueirão da Pedra Furada, Piauí. 
Disponível em: 
<https://c1.staticflickr.com/4/3755/123654
01263_d84a1526e1_b.jpg>. Acesso em 
16 ago 2018.
Tradição Geométrica
 Os grafismos eram mais abstratos, com gravuras complexas e diversificadas. Ela 
concentra-se mais na região central do país, atravessando-o pelo Centro-Oeste e 
pelo Sudeste, chegando à região Sul (pouca presença na Serra da Capivara). Na 
parte setentrional brasileira, os grafismos se situam em áreas próximas a rios e 
cachoeiras; na meridional, estão localizados longe das águas e retocados com 
pigmentos, predominantemente círculos, setas e linhas tracejadas.
Tradições da arte rupestre brasileira
Tradição Geométrica
Tradições da arte rupestre brasileira
Figura 4: Itaquatiaras de Cachoeira do 
Letreiro, em Carnaúba dos Dantas, Rio 
Grande do Norte: exemplo da tradição 
Geométrica. Disponível em: 
<http://exploradordosertao.blogspot.com/20
10/05/fotos-de-alguns-paineis-
contendo.html>. Acesso em 17 ago 2018.
Interatividade
Os desenhos rupestres, feitos na pré-história, têm uma profunda relação com a 
nossa linguagem e comunicação contemporâneas. Como podemos descrever 
essa relação?
a) Os desenhos rupestres são usados até hoje em nossa linguagem.
b) Aqueles desenhos são usados como referência para se estudar a pré-história.
c) Os desenhos rupestres podem ser mais geometrizados e abstratos ou 
mais figurativos.
d) Aqueles desenhos são os antepassados da nossa 
linguagem visual (alfabeto e números).
e) Aqueles desenhos eram usados como tatuagens tribais.
 A arte brasileira surgiu da combinação das manifestações artísticas pré-históricas 
com as artes primitivas dos povos indígenas e os estilos artísticos de outras 
sociedades. Entretanto, a arte indígena, também denominada tribal, tradicional ou 
nativa, sofreu julgamentos calcados na visão colonialista como a própria 
nomenclatura sugere, ou seja, designa todos os povos que foram encontrados no 
território brasileiro pelos portugueses. Confundido com as Índias, o Brasil possuía 
vários grupos espalhados por todo o território, diferentes entre si quanto à cultura, 
costumes, rituais, idiomas, entre outras particularidades, como os Xavantes, 
Kadiwéu, Yanomami, Asurini, Kayapó, Bororo, Karajá etc., que somam cerca de
200 etnias diferentes. A partir dessa premissa, pensemos a 
arte e estética indígena brasileira como a expressão de 
várias manifestações e formas produzidas por diversos 
povos nativos brasileiros.
As artes indígenas
O grafismo
 A arte gráfica indígena brasileira é considerada de grande autenticidade e 
qualidade estética, empregando técnicas na pintura corporal e na decoração de 
objetos utilitários como cestarias e cerâmicas. As cores usadas pelos indígenas 
na aplicação de motivos no corpo humano, nas máscaras, nas cestarias e nas 
flechas são confeccionadas a partir de materiais vegetais como o urucum, que dá 
o tom vermelho, além do jenipapo e da fuligem, que dão a cor negra. Utilizam 
ainda pigmentos de origem mineral que fornecem cores como o branco, o ocre, o 
vermelho-castanho e o cinza-azulado, empregados no 
adorno de cerâmicas, bandanas, rodas de teto, bancos etc.
As artes indígenas
O grafismo
 O significado representativo do grafismo indígena brasileiro, além do estético, 
possui conceitos sociológicos e religiosos. As formas geométricasvariam entre 
abstrações e formas naturalísticas simplificadas que demonstram não apenas 
códigos internos, mas coloca o artista/artesão indígena como protagonista pelo 
reconhecimento étnico do grupo ao qual pertence.
As artes indígenas
Figura 5: Representações pictográficas indígenas. Fonte: RIBEIRO, B. 
A mitologia pictórica dos Desâna. In VIDAL, L. (org.). Grafismo indígena 
– estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel / FAPESP / 
Edusp, 2000. P. 47. Com adaptações. 
Sol – símbolo que 
representa o princípio 
fertilizador.
Fileiras verticais de pequenos 
pontos representam a Via 
Láctea, que é imaginada como 
um rio celestial.
Grafismo – Pintura corporal
 A pintura corporal indígena é chamada de tonophé, mesmo termo usado para 
designar pintura, e é dotada de uma técnica complexa de significação. A 
característica mais peculiar dos índios Asurini, por exemplo, são os desenhos 
geométricos, utilizados também na decoração de objetos. São figuras 
relacionadas ao próprio sistema de comunicação ligado à cosmologia, 
obedecendo às regras estéticas e morfológicas. Elaborada pelas mulheres, 
divide-se o corpo em áreas que sujeitam-se às formas geométricas dos signos 
visuais e critérios como sexo, idade e atividade que exerce. A posição que uma 
pessoa ocupa no grupo é um traço importante para muitos 
povos indígenas, como os Xerente.
As artes indígenas
Grafismo – Pintura corporal
 A pintura corporal nos povos Kayapó difere entre as crianças e os adultos, mas 
ambos os sexos recebem o mesmo desenho. As mães passam horas 
ornamentando seus filhos, pois sabem da importância que tem no processo de 
socialização da criança; por sua vez, ela serve como laboratório e tela da jovem 
mãe, que ensaia, aprende e se qualifica como pintora.
As artes indígenas
Figura 6: Sequência de aplicação do motivo decorativo (desenho de Odilon). Fonte: VIDAL, L. A pintura 
corporal e a arte gráfica entre os Kayapó-Xikrin do Cateté. In VIDAL, L. (org.). Grafismo indígena – estudos 
de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel / FAPESP / Edusp, 2000. P. 150. 
Grafismo – Cerâmica e cestaria
 Assim como cada povo indígena possui suas características, técnicas e outras 
peculiaridades na pintura corporal, a produção da cerâmica e da cestaria não é 
diferente. São manifestações culturais que expressam a identidade da tribo, de 
seus indivíduos e das atividades atribuídas a cada um deles.
As artes indígenas
Figura 7: Desenhos feitos por mulheres Asurini no papel para aplicação nas cerâmicas. Fonte: MÜLLER, R. 
P. Tayngava, a noção de representação na arte gráfica Asurini do Xingu. In VIDAL, L. (org.). Grafismo 
indígena – estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel / FAPESP / Edusp, 2000. p. 236. 
Grafismo – Cerâmica e cestaria
 Entre as cerâmicas mais antigas feitas por indígenas 
brasileiros está a marajoara, produzida pelas índias 
da Ilha de Marajó. Sofisticadas e extremamente 
elaboradas, as mais antigas compreendem os anos 
entre 600 e 1.200 d.C. Ao lado, cerâmica japepaí, 
utilizada nos principais rituais Asurini para servir 
mingau. A cerâmica é a maior parte do que 
chamamos de cozinha, objeto-símbolo da atividade 
de subsistência feminina 
por excelência.
As artes indígenas
Figura 8: Cerâmica japepaí. Fonte: MÜLLER, R. P. Tayngava, a noção de representação na arte 
gráfica Asurini do Xingu. In VIDAL, L. (org.). Grafismo indígena – estudos de antropologia 
estética. São Paulo: Studio Nobel / FAPESP / Edusp, 2000. p. 237.
Grafismo - Arte plumária
 Considerada a maior manifestação artística do índio brasileiro, a arte plumária é a 
personalização corporal de seu grupo étnico e mítico produzida pela combinação 
de penas, plumas e penugens de aves. Traduz esteticamente simbologias e 
mensagens sobre sexo, idade, posição social, cargo político, filiação e 
importância cerimonial.
As artes indígenas
Grafismo - Arte plumária
 Para a tribo Kayapó-Xikrin, a plumária é uma 
simbologia mítica, já que as aves, habitantes dos 
céus, são a luz eterna e origem de seus ancestrais 
e são símbolos de conquista da sua existência, 
diferenciando-os dos demais. Rica e variada, 
utiliza-se de resinas para ter a durabilidade 
necessária para suportar as danças, cerimônias 
e comemorações que podem durar vários dias.
As artes indígenas
Figura 9: Kayapó-Xikrin do Catete. Ritual 
de iniciação masculina tokok
Cada tipo de sociedade tem um modo de apresentar sua hierarquia social nas 
pessoas que fazem parte dela e de inseri-las na sua organização social. Nos grupos 
indígenas brasileiros não é diferente. Em várias etnias indígenas qual tipo de 
expressão plástica é muito usada para estabelecer níveis hierárquicos e socializar 
seus participantes mais jovens?
a) Grafismo nas cerâmicas.
b) Modelagem da comida.
c) Grafismo na pintura corporal.
d) Uso de cocar.
e) Participação nas atividades de caça e pesca.
Interatividade
O período jesuítico
 A arte no primeiro período colonial no Brasil constitui-se principalmente pelo estilo 
jesuítico influenciado diretamente por Portugal, projetado nas construções de 
igrejas, com influência mais forte onde a Colônia era mais ativa, ou seja, em 
cidades costeiras como Salvador, Bahia (a primeira capital do Brasil Colônia). 
Nesse cinturão costeiro, localiza-se um terço das igrejas construídas no período 
colonial, que engloba, além de Salvador, Recife e Rio de Janeiro.
 Apesar da classificação das fases do Barroco, é importante observar que grande 
parte das igrejas mineiras demorou muito tempo para ser 
concluída e, dessa forma, podemos perceber a mistura de 
vários períodos do barroco mineiro em uma só igreja.
A arte colonial no Brasil
O período jesuítico
 Os missionários jesuítas da Companhia de Jesus no Brasil Colônia (1549-1759), 
em um primeiro momento, se concentraram na tarefa de criar assentamentos 
indígenas. Depois voltaram sua energia para a educação dos índios, a fim de 
promover a conversão católica. Apesar da aversão aos jesuítas, a Coroa 
Portuguesa dependia deles na educação dos filhos dos colonos e na formação de 
candidatos ao sacerdócio.
 A Companhia de Jesus no Brasil Colônia foi expulsa em 1759, e a ideia de arte 
jesuítica que abrange todo o barroco brasileiro 
apresenta-se como o que temos de mais antigo. Nesse 
período, introduzia-se no Brasil o barroco tardio italiano, 
logo seguido pelo rococó francês.
A arte colonial no Brasil
A transposição de valores artísticos da Europa para o Brasil
 No continente europeu, o Barroco foi um estilo caracterizado por sua oposição 
aos conceitos de simetria, proporcionalidade, racionalidade e equilíbrio, tão 
importantes no Renascimento. A arte barroca primou a assimetria, o excesso, o 
expressivo e a irregularidade.
 No entanto, quando esse estilo é implantado na então colônia portuguesa, pois 
ele era parte integrante da arquitetura da época, há uma série de adaptações que 
tinham que ser feitas. Por isso é importante reconhecer que praticamente nenhum 
tipo de importação de estilo, arte ou arquitetura vindo de 
outro país acontece literalmente. Normalmente, há uma 
adequação e absorção local dos parâmetros trazidos 
do exterior.
A arte colonial no Brasil
O período jesuítico
 Entre as maiores contribuições arquitetônicas 
jesuíticas estão as igrejas da Companhia em 
Salvador, antiga igreja do Colégio dos Missionários 
(atual Catedral de Salvador), de 1672, e de Belém 
do Pará (atual igreja de Santo Alexandre), 
construída em 1719.
A arte colonial no Brasil
Figura 10: Catedral de Salvador, Salvador, 
Bahia. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia>. 
Acesso em 23 ago2018. 
O período jesuítico
A arte colonial no Brasil
Figura 11: Igreja de Santo Alexandre, 
Belém, Pará. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia>. 
Acesso em 23 ago 2018. 
O período jesuítico
 Os Sete Povos das Missões é o nome 
que foi dado ao conjunto de sete 
aldeamentos indígenas fundados por 
jesuítas espanhóis, no final do 
século XVII e início do XVIII, na região 
onde se encontra atualmente o 
Rio Grande do Sul.
A arte colonial no Brasil
Figura 12: Sete Povos das Missões. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia>. Acesso em 23 ago 2018.
A arte colonial no Brasil
No Brasil, o rococó é uma das fases do Barroco (e foi se desenvolvendo 
paralelamente), enquanto o segundo pode ser definido em quatro fases distintas:
1ª fase: barroco jesuítico, caracterizado por altares e retábulos muito altos e com 
influência renascentista.
2ª fase: período da antiguidade mineira, surgiu entre 1710 e 1730, e é marcado por 
fachadas simples e requinte interior, colunas retorcidas ou torsas, ornamentos com 
motivos fitomorfos e zoomorfos, arcos concêntricos e 
envoltórios dourados ou policromos em azul e vermelho.
3ª fase: irrompe em Minas Gerais, entre 1730 e 1760, distingue-se pelos dosséis no 
alto dos retábulos, fachadas um pouco mais elaboradas com trabalhos de cantaria, 
excesso de motivos ornamentais predominantemente escultóricos, revestimentos 
em branco e dourado e falsas cortinas com anjos.
4ª fase: nasceu também em Minas Gerais, a partir de 1760, destaca-se pela 
alteração dos retábulos, falta de dosséis, maior harmonia dos ornatos, mais 
simplificados, fachadas mais elaboradas com composição escultórica no estilo 
rococó, com invólucros de fundo branco e dourado nas 
partes principais.
A arte colonial no Brasil
A posição estratégica dos jesuítas no Brasil, quando ainda era colônia portuguesa, 
se manifestava nas várias aldeias criadas por eles, na relação de proximidade com 
os indígenas, na cultura e na arquitetura. Qual foi o estilo arquitetônico que os 
jesuítas carregaram para a então colônia portuguesa quando começaram a edificar 
aqui?
a) Renascimento.
b) Neoclássico.
c) Românico.
d) Barroco.
e) Modernismo.
Interatividade
O Aleijadinho
 Entre os anos de 1717 e 1721, Minas Gerais atingiu seu ápice na produção 
aurífera e, por volta de 1760, várias cidades se transformaram em centros 
urbanos e surgiram as grandes igrejas matrizes, como a de Vila Rica, de Mariana, 
de Congonhas do Campo, de Sabará, de Barbacena e de São João Del-Rei, a 
maioria de influência jesuítica. A partir daí, foram introduzindo novas formas 
barrocas e conceitos rococó oriundos da Europa. Nesse período, surge um dos 
mais importantes artistas e arquitetos do país, Antônio Francisco Lisboa (1730 ou 
1738 – 1814), mais conhecido como o Aleijadinho. Filho de um mestre de obras e 
senhor de escravos português, Manoel Francisco Lisboa, 
e de uma escrava africana provavelmente de nome 
Isabel, sua obra destaca-se dentro do período colonial.
A arte colonial no Brasil
 Dessa miscelânea de formas do rococó e do barroco viu-se emergir um estilo 
arquitetônico original, batizado de estilo Aleijadinho, em homenagem ao seu maior 
expoente. De acordo com John Bury, pesquisador norte-americano do século XX: 
“Na arquitetura, tais aspirações (de independência política) conduziriam à criação 
de um estilo brasileiro original e, na política, a um Brasil independente. Se 
fracassaram politicamente com a malsucedida conspiração ou Inconfidência, de 
1789; na arquitetura, em compensação, obtiveram sucesso. Desenvolveram na 
colônia um estilo próprio que, pela primeira vez no Brasil, superou a mera 
imitação de modelos europeus”.
A arte colonial no Brasil
 O estilo Aleijadinho, tanto na arquitetura como na 
escultura, tem seu monumento clássico na Igreja 
de São Francisco de Assis, em São João del-Rei. 
Aleijadinho manteve o habitual traçado português 
da fachada, porém todos os princípios e 
concepções do estilo jesuítico foram abandonados.
A arte colonial no Brasil
Figura 13: Fachada da Igreja de São Francisco de 
Assis, São João del-Rei, Minas Gerais, iniciada em 
1774 e terminada durante o primeiro quartel do 
século XIX. Fonte: TIRAPELI, P. As mais belas 
igrejas do Brasil. São Paulo: Metalivros, 1999.
 Apesar de a igreja da Ordem Terceira de São 
Francisco de Assis, de São João del-Rei, ser 
considerada a obra que mais representa as 
características do estilo Aleijadinho, outras de 
transição mostram o seu desenvolvimento, como 
as igrejas da Ordem Terceira de Nossa Senhora 
do Carmo, de Sabará, de Ouro Preto, de São 
João del-Rei e de Mariana.
A arte colonial no Brasil
Figura 14: Igreja da Ordem Terceira de 
Nossa Senhora do Carmo, de Sabará. 
Iniciada pelo pedreiro Tiago Moreira, em 
1763, teve sua fachada refeita por 
Aleijadinho, em 1771. Fonte: TIRAPELI, 
P. As mais belas igrejas do Brasil. São 
Paulo: Metalivros, 1999. 
 Igreja da Ordem do Carmo 
(à direita) realizada por 
Aleijadinho, em Mariana, 
Minas Gerais.
A arte colonial no Brasil
Figura 15: À direita, Igreja da Ordem 
Terceira de Nossa Senhora do Carmo, 
de Mariana, Minas Gerais, 1784-1826. 
Disponível em: 
<https://lugaresinesqueciveis.files.word
press.com>. Acesso em 23 ago 2018.
 Aos 60 anos, Aleijadinho foi contratado para esculpir 64 imagens de madeira e 12 
estátuas de pedra para a Igreja de Congonhas do Campo (1800-1805), período 
em que os sintomas da doença degenerativa que o atacou (e que permanece sem 
ser conhecida até hoje) estavam em seu pior estágio até aquele momento.
A arte colonial no Brasil
Figura 16: Santuário de Bom Jesus dos 
Matosinhos, Congonhas do Campo, 
Minas Gerais, 1757-1818. A capela-mor 
é projeto de Francisco de Lima 
Cerqueira. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons>. Acesso em 23 ago 2018.
 Localizada na região montanhosa de Minas 
Gerais, Congonhas do Campo possui o 
magnífico cenário de onde se ergueu a Igreja do 
Bom Jesus de Matosinhos dos Profetas em 
1761, o Adro, no fim do século XVIII, e as 
estátuas no início do século subsequente. O 
conjunto arquitetado por Aleijadinho representa 
o ápice de seu desenvolvimento como artista e o 
reconhecimento do estilo perpetuado por ele.
A arte colonial no Brasil
Figura 17: Adro (espaço ao ar livre que antecede a entrada do templo) do Santuário de Bom Jesus dos 
Matosinhos, com as imagens dos profetas Daniel, Baruque, Abdias, Jonas e Amós (da esquerda para 
a direita). Fonte: TIRAPELI, P. As mais belas igrejas do Brasil. São Paulo: Metalivros, 1999. 
 Conjunto de capelinhas do Santuário de Bom Jesus dos Matosinhos, contendo os 
Passos da Paixão. Em cada uma delas há um conjunto de imagens que 
representam um dos passos percorridos por Jesus Cristo até sua ressurreição.
A arte colonial no Brasil
Figura 18: Capelas dos 
Passos da Paixão, em 
Congonhas, Minas Gerais. 
Disponível em: 
<http://www.andaminas.com.b
r/imgs/upload/up_877.jpeg>. 
Acesso em 23 ago 2018.
 Interior da capela dos Passos 
da Paixão, que contém a cena 
da Última Ceia. As estátuas foram 
feitas principalmente pelos 
auxiliares de Aleijadinho, cuja 
capacidade de trabalho já 
estava reduzida nessa época.
A arte colonial no Brasil
Figura 19: Capela do Passo da “Última Ceia” do Santuário de Bom Jesus 
dos Matosinhos. Fonte: TIRAPELI, P. As mais belas igrejas do Brasil. São 
Paulo: Metalivros, 1999.
A pintura de paisagem
 No Brasil, a pintura de paisagem será vista ao longo de quase todo o século como 
uma arte menor. Em 1826, a Academia Imperial de Belas-Artes,formada pelos 
integrantes da Missão Francesa, cria a disciplina Paisagem, o que significava a 
conquista de uma relativa autonomia. Nessa época, a maioria das paisagens foi 
criada dentro dos ateliês da Academia, restritas à luminosidade controlada das 
janelas envidraçadas.
A arte colonial no Brasil
Figura 20: Henri Nicolas Vinet, vista da 
Baía do Rio de Janeiro da praia de 
Icaraí,
em Niterói, 1872, Museu Nacional de 
Belas Artes. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/c
ommons>. Acesso em 23 ago 2018.
A fotografia
 O Brasil teve uma importante contribuição para o início da fotografia, em meados 
do século XIX, quando o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antoine 
Hercules Florence, realiza algumas das primeiras fotografias da história.
 Além da fotografia se tornar uma linguagem 
própria, ela será responsável pela 
transformação em senso comum de uma 
forma de visualizar imagens, que até esse 
momento só tinha 
acesso quem conseguia 
encomendar ou 
comprar pinturas.
A arte colonial no Brasil
Figura 21: Marc Ferrez, O Corcovado, século XIX. Disponível em: 
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/common>. Acesso em 15 ago 2018. 
Aleijadinho foi certamente o mais importante arquiteto e escultor de sua época. Sua 
obra, no entanto, não é homogênea e foi evoluindo em qualidade com o passar do 
tempo. Essa evolução foi tratada pela maioria dos pesquisadores sobre sua 
obra como:
a) A capacidade de ir além da arte importada da Europa, criando um estilo próprio.
b) A iniciativa de reproduzir fielmente os estilos importados da Europa.
c) A dedicação com que estudava as obras de outros países e as reproduzia.
d) As limitações causadas pela sua doença degenerativa.
e) A capacidade de ensinar seus auxiliares a copiarem 
seu estilo.
Interatividade 
ATÉ A PRÓXIMA!

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