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Curso ESTUDOS DISCIPLINARES V Teste EXAME II Iniciado 18/05/19 Status Completada Resultado da tentativa 7 em 10 pontos Pergunta 1 “Limites e fronteiras, normalmente, são tomados como sinônimos embora existam diferenças fundamentais entre eles. O conceito fronteira significa „aquilo que está na frente‟, cuja origem está ligada às dinâmicas das sociedades expandindo seu mundo vivido, suas atividades, até que se encontrem; formando-se, assim, espaços de comunicação e de política. Tal é o sentido de fronteira quando nos referimos aos casos das „fronteiras agrícolas‟, „fronteiras migratórias‟, entre outras. Já o conceito de limite indica mais o fim, „membranas‟ ou „películas‟ envoltórias de conjuntos (territórios das populações), daí seu uso político (soberania dos Estados-nação). O chamado „marco de fronteira‟ é na verdade um símbolo visível do limite. O limite pode ser traçado em escritórios, não requerendo em suas localizações, vida social. É abstrato, generalizado nas formas de leis nacionais e internacionais. O limite pode estar distante dos desejos e aspirações dos habitantes da fronteira.” (MACHADO, Lia O. Limites, Fronteiras e Redes. In: Fronteiras e Espaço Global. Porto Alegre: AGB, p. 41-49, 1998.) A partir dessa breve distinção, assinale a alternativa que não tenha referência direta à geopolítica (área da globalização que estuda as fronteiras), seja como disciplina ou área do saber, seja como ação. Resposta Selecionada: d. Os limites jurídicos (constitucionais) dos poderes do Estado federal, nas três esferas, fazem parte do exercício democrático, sem que se neutralize suas prerrogativas públicas. Pergunta 2 No mundo contemporâneo marcado pela globalização, a expressão “Fábrica Global” busca sintetizar os novos processos de ordenamento do território fabril, cuja característica principal é: Resposta Selecionada: a. A concentração da produção de bens em grandes unidades fabris para administrar melhor as relações de trabalho e integrar todas as tarefas técnico-produtivas. Pergunta 3 Ao final da década de 1990, um especialista em assuntos internacionais escreveu o seguinte acerca dos problemas gerados pela economia global: “A economia global está deixando em seu rastro milhões de trabalhadores insatisfeitos. Desigualdade, desemprego e pobreza endêmica têm sido seus companheiros. A rápida mudança tecnológica e o aumento da competição internacional estão pressionando os mercados de trabalho dos principais países industrializados. Ao mesmo tempo, pressões sistêmicas estão reduzindo a capacidade dos governos de responder com novos gastos. No exato momento em que os trabalhadores precisam dos Estados nacionais como uma proteção na economia mundial, eles os estão abandonando” (KAPSTEIN,1996:16). De acordo com o texto, julgue os itens seguintes. I- A economia global tem levado os governos nacionais à formulação de políticas públicas que protejam seus trabalhadores contra a perda de seus direitos trabalhistas. II- A economia global vem dificultando o atendimento dos direitos dos trabalhadores, como os direitos ao emprego e ao salário. III- A grande maioria dos trabalhadores tem sido muito beneficiada pelas transformações tecnológicas do capitalismo contemporâneo. IV- A desigualdade, o desemprego e a pobreza vêm gerando a exclusão social no atual processo de desenvolvimento capitalista. Estão certos apenas os itens: Resposta Selecionada: d. II e IV. Pergunta 4 A expansão em escala planetária das atividades das multinacionais fez crescer entre essas empresas a disputa por partes cada vez maiores de um mercado consumidor atualmente integrado pelo processo de globalização. Assinale, a seguir, a alternativa em que não foram apresentados elementos característicos das empresas multinacionais. Resposta Selecionada: d. Concentração do processo produtivo e comercial em um único país. Pergunta 5 Leia o trecho do texto sobre as concepções de América. “Em 1991, publicou-se um livro com um título carregado de significado: „La fortune d‟um nom, América‟ (RONSIN, 1991). De fato, o nome próprio que designaria o Novo Mundo, América, colocado na parte sul do continente no famoso mapa de Martin Waldseemuller de 1507, logo passaria a nomear também a parte norte. Todavia, o sucesso desse nome apagou o fato de que esse nome, América, seria arrebatado, no século XIX, pelo único país no mundo que não tinha nome: os Estados Unidos de norte-américa. Com a doutrina Monroe, esse nome de tanto sucesso passou a designar o país do norte, enquanto que a primeira América, a de Colombo, Cabral, Vespuccio e Moctezuma, passou a ser chamada de América Latina marginalizando as populações indígenas e negras. E este novo nome, também teve muito sucesso não obstante as resistências da Espanha que no fundo sempre se sentiu mais visigótica, fenícia, vândala, moura e judia, que latina. Em seu Ensaio político sobre a ilha de Cuba, publicado em Paris em 1826, Humboldt alertava para a injustiça histórica de chamar de americanos só os cidadãos dos Estados Unidos da América do Norte. Realmente, o nome de América Latina, independentemente das razões ideológicas e políticas que envolveram seu nascimento, veio para rebatizar um continente que tinha perdido seu nome originário. Atribui-se aos franceses esta invenção. Não obstante, a invenção foi de dois sul- americanos, o argentino Carlos Calvo e o colombiano José Maria Torres Caicedo. Carlos Calvo foi um jurista importante, especialmente pelos tratados de Direito Internacional público e privado que publicou por volta de 1868. Nestas obras ele formulou o principio de que nenhum governo deveria apoiar com as armas reclamações pecuniárias de países devedores. Este principio se tornaria famoso em 1902, quando Venezuela enfrentou a fúria das potencias europeias pelo não pagamento de empréstimos. Então, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Luis M. Drago, invocou o principio de Calvo, ficando com o nome de doutrina Drago. Por volta de 1864, Calvo publicou, em Paris, uma obra monumental em vinte volumens com um título tão cumprido como a própria obra: Recueil complet dês traités, conventions, capitulations, armistices et outres actes diplomatiques de tous lês Etats de l‟Amérique latine compris entre lê golfe du Mexique et lê Cap Horn depuis l‟année 1493 jusqu‟à nos jours. Era a primeira vez que se empregava a expressão América Latina numa obra acadêmica. Calvo disse na dedicatória a Napoleão III que a obra era um reconhecimento e gratidão da raça latina à inteligência superior do Imperador. A finalidade do jurista argentino, que também se apresentava como historiador, economista e geógrafo nos círculos acadêmicos de Paris, era dar a conhecer um continente muito mal conhecido na França e na Europa em geral. De fato, o que se sabia provinha da imagem desenvolvida no século XVIII por Buffon, Reynal e Robertson entre outros. Isto é, o mundo americano era hostil, degenerado, nocivo e sufocante. O colombiano Torres Caicedo, também residente em Paris, lançou a ideia de criar a liga Latino-americana. Em 1865, publicou um livro com o título Unión Latinoamericana. O projeto de Caicedo era organizar um movimento contrario à política pan-americana dos Estados Unidos. Ele escreveu: „Hay uma América anglosaxona, dinamarquesa, holandesa etc., hay uma española, francesa, portuguesa e a este grupo que denominación científica darle sino el de latina‟? (ARDAO,1986). A expressão usada com frequência na década de sessenta era „raças latinas‟, até existia uma publicação periódica com esse nome, Revue des Races Latines. Nessa época, Françase preparava para invadir México. O ideólogo desse expansionismo era o historiador Michel Chevalier, então senador do Império francês. Em seu livro, Le Mexique ancien et moderne, publicado em 1863, desenvolveu a idéia de que França era a herdeira das nações católicas e lhe correspondia levar à América a tocha das raças latinas, isto é, francesa, italiana, espanhola e portuguesa. Considerava que estas três últimas nações estavam em decadência. França era a única nação católica que podia deter o expansionismo protestante e anglo-saxão. Esta missão começaria em México. É significativo que nos artigos escritos na Revue dex Deux Mondes e em seu livro sobre México, Chevalier não usou a expressão América Latina.” (p. 71-3) (BRUIT, Héctor H. A Invenção da América Latina. Revista do Mestrado de História / Universidade Severino Sombra. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. In: R. Mestr. Hist., Vassouras, v. 5, p. 69-88, 2003. Vassouras, RJ: Universidade Severino Sombra. Anual: 1998-2007. Semestral: 2008. ISSN 2237-6763. Modo de Acesso: < http://www.uss.br/page/revistamestradohistoria.asp >. CDD 981.) Assinale a alternativa coerente ao raciocínio desenvolvido no texto. Resposta Selecionada: d. Denominações são produto de relações de poder, como de resto quaisquer classificações, o que é comprovado nos trechos anteriores. Pergunta 6 “A rede McDonald's foi fundada na década de 1940 por Dick e Maurice McDonald, mas comprada e vastamente expandida por Ray Kroc a partir dos anos 1950. Kroc, um imigrante tcheco, foi aparentemente o primeiro empresário que aplicou os princípios da produção em massa a um setor de serviços. Em consequência de suas inovações, hoje cerca de 50 milhões de pessoas por dia comem em um McDonald's em mais de 120 países.” (Adaptado de BURKE, Peter. Folha de S.Paulo, 15/04/2007.) A rede McDonald's tornou-se um dos símbolos de algumas das principais mudanças ocorridas em diversos países nos últimos cinquenta anos. Uma dessas mudanças – que pode ser representada pela expansão dessa rede de alimentação – e sua respectiva causa histórica são: Resposta Selecionada: a. Mundialização da cultura – extinção da dualidade local/global. Pergunta 7 O termo BRICS é um acrônimo que representa um grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e são países em desenvolvimento com destaque na economia mundial atual. Criado em 2001, inicialmente apenas BRIC, pelo economista inglês Jim O'Neill em umpaper com previsões econômicas para o ano de 2050 denominado Building Better Global Economic BRICs, em que prevê que os países desse grupo estarão entre os líderes econômicos do futuro e destaca, como base para a sua previsão, características comuns, como o tamanho da população, o potencial de crescimento do mercado interno e as características de produtos exportáveis. A seguir alguns indicadores desses países no ano de 2007. BRASIL RÚSSIA ÍNDIA CHINA ÁFRICA DO SUL ÁREA (km) 8.514 17.015 3.287 9.561 1.219 Pop. (milhões) 191 140 1.200 1.341 50 PIB total (US$ BI) 2.024 1.465‟ 1.600 5.745 354 PIB capita (US$ mil) 10.900 10.337 1.351 4.283 7.100 EXPORT/(US$BI) 202 377 201 1.578 82 Fonte: MDIC (2007) Com base nos dados e na evolução da economia mundial recente, avalie as assertivas: I. Países com maior nível de internacionalização na economia local são, respectivamente, Índia, China e Rússia. II. A China concentra a maior parte das suas exportações em produtos manufaturados, enquanto Brasil e Rússia exportam commodities agrícolas e minerais. III. As exportações chinesas tendem a ter preços mais estáveis ao longo dos anos do que as exportações de Brasil e Rússia baseados em produtos naturais. IV. Países com maiores rendas per capita (Brasil e Rússia) deverão ter um maior crescimento do PIB total nos próximos anos, dado que suas populações terão maiores recursos financeiros para consumir. Estão corretas: Resposta Selecionada: a. I, II e IV, apenas. Pergunta 8 A globalização tem sido vista, de maneira muito simplificada, como simples abertura de fronteiras e geração de um espaço mundial comum. É natural a construção ideológica segundo a qual nosso mundo encolheu dramaticamente e qualquer ponto do planeta está a nosso alcance, pelo teclado do computador ou da tela da televisão. Considere os seguintes itens a respeito da globalização: I - A produção globalizada e a informação globalizada permitem a emergência de um lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais que constituem o principal motor da atividade econômica contemporânea. II - A globalização é o estágio supremo da internacionalização e o maior destaque desse mais recente período é o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, a permitir que o mundo se torne socialmente mais justo e igualitário. III – Em um mundo globalizado, as realidades geográficas se modificam, contribuindo para vivermos em um espaço sem fronteiras, uma aldeia global onde todos, sem exceção, podem conhecer extensivamente e profundamente o planeta. Está(ão) correta(s): Resposta Selecionada: d. Apenas a afirmação I. Pergunta 9 A globalização produtiva, comercial e financeira se intensificou a partir dos anos 1970. Sobre esse processo histórico podemos afirmar que: Resposta Selecionada: e. Entre os malefícios da globalização financeira, pode-se destacar o processo de especulação financeira que alguns países sofrem, o que prejudica as operações produtivas e podem levar às crises financeiras. Pergunta 10 “A partir dos anos 1980 e 1990, duas idéias passaram a ganhar força, sendo defendidas em todos os lugares, ainda que com diversos propósitos. De um lado, a ênfase na democracia como forma de tornar as decisões públicas controladas pelos cidadãos e, de outro, a ênfase nas vantagens do livre mercado, ou neoliberalismo, que relaciona a abertura das economias com a volta ao crescimento e com o aumento da eficiência dos sistemas produtivos. [...] Mas a crítica ao neoliberalismo como ideologia dominante também se espalha mundialmente, justificando um certo controle ao excesso de liberdade do capital financeiro, um papel mais destacado do setor público na economia e uma redução do predomínio dos interesses dos países ricos em instituições como o FMI, o Banco Mundial e a OMC.” (BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado, p. 38.) De acordo com o texto, é possível afirmar que: Resposta Selecionada: a. A globalização contemporânea caracteriza-se pelo incremento dos meios de comunicação, que difundem ideias em larga escala.
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