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TG MAYCON

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O PAPEL DO ORIENTADOR EM SALA DE AULA
Maycon Valter Espíndola
Profª Márcia Knabben 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (PED 0767) – Trabalho de Graduação 
14/05/2016
RESUMO
Palavras-chave: 
1 INTRODUÇÃO
Durante seu processo de desenvolvimento, o ser humano precisa ser estimulado para que aprenda a construir seu próprio conhecimento, tornando-se um indivíduo crítico, com a capacidade de resolver sues problemas com autonomia. É durante essa formação e transmissão de conhecimento, que o aluno deve receber apoio pedagógico para que seu desenvolvimento seja eficaz, podendo desenvolver todas as suas habilidades físicas, cognitivas e afetivas.
Por isso a escola, desde a Educação Infantil, passa a ser responsável por aliar-se á família, tornando-se uma base necessária para que todos os processos do desenvolvimento da criança aconteçam em meio a uma estrutura educacional bem organizada sendo necessário que haja discussão do trabalho pedagógico ofereça novas perspectivas que estimulem e permitam a participação de toda a comunidade escolar, como professores, alunos, pais, diretores, funcionários e até mesmo representantes da comunidade, onde o Gestor, Supervisor e Orientador juntos participam da construção da autonomia escolar.
É através desta autonomia dada aos membros da comunidade escolar, que o Orientador Educacional como integrante deste sistema da escolar, assume um papel de suma importância, pois irá analisar, fazer observações ajudando na educação de qualidade, levando em conta para isto, fatores psicológicos e sociais que envolvem o processo educacional, considerando o aluno como pessoa única dando-lhe suporte para seu desenvolvimento.
Portanto, pretende-se com este trabalho apresentar o trio gestor do processo educativo bem como o papel do orientador nesta gestão, apresentar a prática do orientador na história da educação, e o cotidiano escolar do orientador.
 2 O TRIO GESTOR
Dentro do contexto escolar é de suma importância a participação do Trio Gestor, o qual é formado pelo Gestor, Supervisor e Orientador Educacional. O Gestor de uma escola deve além de administrar a escola, estar apto a perceber as mudanças que ocorrem e as que deverão ocorrer dentro da estrutura escolar, principalmente quando nos referimos as mudanças tecnológicas e sempre atentando para a formação continuada sua equipe docente.
De acordo Porto (2009, p.59):
O processo educativo se viabiliza por meio de três áreas de atuação principais, que são: a administração escolar, a supervisão escolar e a orientação educacional. Todas as atividades desenvolvidas na escola estão atreladas a estas três áreas, podendo-se perceber que o sucesso do processo educativo dar-se-á por meio da posição de influência e liderança exercidas por estas áreas.
Da mesma forma podemos citar a necessidade do Supervisor Educacional, pois através dele será possível o acompanhamento do processo de ensino aprendizagem, onde este profissional poderá acompanhar, auxiliar e instigar o professor para que seu trabalho alcance bons resultados dentro da comunidade escolar.
Conforme Giancaterino (2010, p.92): “ O supervisor precisa definir suas diretrizes de trabalho, caracterizar as ações a serem desenvolvidas, de modo que se promova um planejamento eficaz de acordo com as dificuldades existentes na realidade que atua.”
Já o Orientador Educacional desenvolve na escola um papel único, sendo responsável pelo desenvolvimento de cada aluno, pois além do currículo formal os alunos precisam ter conhecimento do currículo oculto, através do qual a crianças adquire valores que ajudam na formação do seu caráter. 
2.1 ORIENTADOR EDUCACIONAL
	Conforme Porto (2009, p.49): “A Orientação educacional fundamenta-se no reconhecimento das diferenças individuais e de que o ser humano, em qualquer momento de sua vida, pode apresentar carências e dificuldades, necessitando, pois, de compreensão, ajuda e orientação.”
	Dentro do âmbito escolar é necessário que o Orientador tenha a sua disposição um espaço físico adequado para que possa recepcionar os alunos, bem como pais e professores para que juntos possam trabalhar as dificuldades encontradas no ensino aprendizagem dos alunos .
	Segundo Porto (2008, p.131): “O orientador educacional tem de se juntar aos demais profissionais da educação e, dentro de suas especialidades, favorecer as relações entre o desenvolvimento e a aprendizado, entre o desenvolvimento e o seu ambiente sociocultural.”
	O Orientador educacional deve sempre estar atento ao comportamento dos alunos dentro da escola estando também em parceria com os professores para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles, participando da organização da escola e realização da proposta pedagógica que oriente a comunidade, ouvindo, dialogando e orientando os pais e responsáveis.
	De acordo com Porto (2009; p.51): “O orientador educacional necessita aprimorar-se, não se limitando à formação a acadêmica, mas investindo em treinamentos, em serviço e, principalmente, no desenvolvimento das competências e das habilidades.”
	Para que o trabalho do orientador tenha total eficácia e necessário que o mesmo assuma uma postura exemplar perante a comunidade e que principalmente seja irrepreensível, onde a postura do orientador pode ser avaliada como sendo de cooperação, compreensão e ajuda para com os membros da escola 
	Conforme Porto (2009; p.66): “Existem vários desafios comuns ao trabalho do orientador educacional. Um deles, e talvez o maior, é a convicção de que não basta trabalhar com os alunos, mas com os professores também.”
	Durante o desempenho da função de orientador existem vários obstáculos que podem ser enumerados, são muitos os desafios da função de orientação, mas os principais são: despreparo dos profissionais da educação, os valores das famílias que causam indisciplina; sendo este o principal motivo da intervenção; fator financeiro que afeta melhores condições de trabalho.
	Segundo Grinspun (2008, p.71): “O desafio maior é educar crianças e jovens num mundo em crise, com mudanças substanciais, hoje ampliada por uma nova sociedade que é a virtual, onde entrecruzam como redes, teias, valores diferenciados, exigências múltiplas.”
	Porém embora muitos dos pais não tenham esta preocupação quanto ao educar seus filhos, a escola continua assumindo por inteiro, em alguns casos, este papel sempre buscando por novos métodos que possam contribuir e estimular significativamente a criança em seu processo de desenvolvimento e para isto a Orientadora precisa adotar para a escola recursos pedagógico adequado que devem ser encarado de forma séria, competente e responsável, para educadores em trabalhos escolares. Usado de maneira correta, podendo oportunizar ao educador e ao educando, importantes momentos de aprendizagem em múltiplos aspectos.
	De acordo com Porto (2009, p.71):
Em uma sociedade em crise como a nossa onde os valores humanos e os chamados “antivalores” se confundem, tal a permissividade reinante, precisamos, cada vez mais, criar a oportunidade de os professores, alunos e pais discutirem sobre questões presentes no dia-a-dia do homem, para as quais ele não tenha clareza sobre sua verdadeira dimensão e as consequências de caminhar nessa ou naquela direção
3 A PRÁTICA DO ORIENTADOR NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
	No decorrer da história da educação, o papel do orientador educacional tem assumido diferentes posturas no que diz respeito a maneira de proceder dentro da comunidade escolar, apresentando três diferentes posturas teóricas. 
	Conforme Grinspun (2001,p.145): “ O enfoque era voltado para o aluno, suas potencialidades e possibilidades.”
	Em um primeiro momento a função do Orientador era a de se certificar que o desenvolvimento do aluno acontecerá de maneira satisfatória, onde os indivíduos deveriam ser ajustados conforme a realidade daquele grupo escolar, onde o papeldo orientador neste momento seria o de desenvolver atividades que estimulassem o ensino aprendizagem do aluno, através de levantamentos de dados e testes e técnicas já realizados no campo da psicologia. Sendo assim o que marca neste primeiro período é que o processo de Orientação estava totalmente voltado para ajudar o aluno no desenvolvimento integral da sua personalidade.
	Segundo Lima (1963, p. 57): “[...] Propiciar ao educando esclarecimento interior (insigth) que o capacite a tomar boas decisões, aproveitar ao máximo as oportunidades de desenvolvimento, encontrar soluções satisfatórias para seus problemas.”
	No segundo momento o papel do orientador está voltado para auxiliar o professor, onde o Orientador educacional traria ao conhecimento do professor as informações necessárias sobre os alunos para que o processo de ensino aprendizagem fosse de boa qualidade e num segundo instante prestaria atendimento para a unidade escolar onde o Orientador educacional estava envolvido com a parte pedagógica e burocrática da escola, atendendo desde a matrícula até o projeto político pedagógico.
	Conforme Grinspun (2001, p. 146): 
O professor levaria os alunos a um autoconhecimento, oferecendo-lhes oportunidades de melhor conhecer o seu próprio meio, estimulando-os a resolver e enfrentar os seus problemas, enquanto que o Orientador assessoraria o professo nas suas tarefas com os alunos.
	Em um terceiro momento o Orientador Educacional retoma a preocupação e o papel anteriormente desempenhado por ela, o de preocupar-se com o aluno, porém agora não com a intenção de enquadrá-lo segundo a escola, mas em torná-lo sujeito ativo da construção do seu conhecimento, levando em conta a teoria construtivista proposta por Piaget.
	Segundo Lima (1963, p.78) de acordo com as pesquisas de Peaget: “ O sujeito é ativo na sua essência e que ele se constitui com é, pela assimilação e acomodação que realiza ao longo do seu desenvolvimento.” 
	Atualmente o papel do Orientador educacional esta voltado em estimular o aluno para que seja protagonista do seu próprio conhecimento, acompanhando o desenvolvimento dos alunos nos seus aspectos, cognitivos e afetivos. Por isso, a Orientação Educacional não está limitada em atender alunos que apresentem problemas dentro do âmbito escolar, mas está voltada para que haja um diálogo juntamente com professores e alunos buscando soluções para os acontecimentos no cotidiano escolar, visando contribuir desta maneira para uma maior aproximação com o projeto político pedagógico da escola.
	De acordo com Grinspun (2001, p.151): “É com esse desafio que o orientador, na prática, terá que lidar: ajudar o aluno, orientá-lo no sentido de permitir viver seus desejos, sonhos e paixões, que se inter relacionam com os saberes, com os fazeres, com o próprio conhecimento.”
4 A ORIENTAÇÃO E O COTIDIANO ESCOLAR
	O cotidiano escolar além de exercer as práticas pedagógicas e as orientações específicas do currículo escolar e do projeto-político-pedagógico, se mostra envolvido com fatores que envolvem tanto os alunos quanto os professores, como as questões relacionadas ao saber, afeto e emoção.
	Conforme Grinspun (2011, p. 62): 
O sujeito que está na escola tem direta ou indiretamente a participação em outros meios, e dessa forma, suas ações e decisões estão valorados por outros acontecimentos fora da escola. O sujeito que faz parte do cotidiano escolar dispõem de seu conhecimento, de seus valores, de seus temores e desejos para efetivar o que deve ou pode realizar como rotina ou como criatividade.
Nas concepções tradicionais, o papel do Orientador dentro da escola era realizar a orientação individual ou em grupo, ajudando a resolver certos problemas existentes na comunidade escolar, usando-se para isto de diversas técnicas como instrumentos para avaliar o comportamento dos alunos. Para que houvesse a formação integral do aluno, adotavam-se modelos de homem, escola e sociedade.
	Segundo Grinspun (2011, p.58): 
A realidade social era vista como única, “fixa”, basicamente dependente da Instituições. Cabia ao Orientador Educacional ajudar o aluno a ter um nível de expectativa compatível com a realidade, através de uma visão realista de si mesmo e de suas possibilidades. Mesmo o sonho não poderia ser muito diferente do possível.
	Já nas práticas da Pedagogia renovada, o Orientador participa da construção de atividades que possam estimular o desenvolvimento dos alunos para que o processo de ensino aprendizagem seja de boa qualidade. Nesta visão, o Orientador faz a integração do indivíduo com o mundo de conhecimento que o cerca.
	Conforme Grinspun (2011, p. 59):
O Orientador Educacional dialetiza as relações e vê o aluno como um ser real, concreto e histórico. A partir do conhecimento do aluno é que será elaborado o projeto – político – pedagógico da Escola, no qual a Orientação tem um papel de destaque e relevância.
	Dentro deste contexto é de suma importância ressaltar que a Orientação Educacional, pois os acontecimentos tanto dentro como fora da escola, trariam influências sobre a qualidade do aprendizado do aluno, e o orientador sempre esteve ligado as que acontece tanto na escola como em casa.
	Diante das diversas situações que ocorrem no cotidiano escolar, o Orientador Educacional estimula os professores e alunos a construírem seu mundo, sendo protagonistas da sua vida e que o resultado do seu aprendizado está ligado a maneira como estes pensam e vivem suas ações.
5 MATERIAL E MÉTODOS
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	
7 CONCLUSÃO
	
REFERÊNCIAS	
GIANCATERINO, Roberto: Supervisão Escolar e Gestão Democrática. Rio de Janeiro: Wark Ed.2010.
GRINSPUN, Mírian Paura S. Zippin. Supervisão e Orientação Educacional: perspectivas de integração na escola. 4ª Ed. Cortez Editora SP, 2008.
LIMA, Elma Correa de; RANGEL, Mary. Supervisão e Orientação Educacional: perspectivas de integração na escola. 4ª Ed. Cortez Editora SP, 2008.
PORTO, Olívia. Orientação Educacional: teoria, prática e ação. Rio de Janeiro: Wark., 2009.

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