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1 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Iniciaremos esta unidade que é imprescindível para conhecermos o interior dos procedimentos de rotina das unidades prisionais. Convidamos a todos(as) para adentrarmos no ambiente carcerário e assim compreendermos melhor o cotidiano e a importância de nossa atuação profissional. Ao final desta disciplina, espera-se que o servidor possa: Compreender a necessidade de administrar sua rotina funcional com responsabilidade e compromisso. Refletir sobre quais são as suas obrigações funcionais e comparar com a forma como vem desenvolvendo suas atividades. Desenvolver a habilidade de se auto policiar na sua jornada de trabalho. 2 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO TEMA: Preparando a troca de turno. INTRODUÇÃO A assimilação, o compromisso e a pratica eficaz das rotinas, no sistema penitenciário, são essenciais para que o trabalho possa desenvolver - se de forma eficiente. É com esta premissa, que abordaremos o tema ROTINAS, as quais devem ser executadas de maneira diligente por servidores em serviço, dos quais se espera que desenvolvam POSTURAS fundamentadas na disciplina, na ética e na legalidade, em qualquer posto de serviço que forem escalados. Disponível em: https://jcasadei.wordpress.com/2010/08/05/calvin-ensina-como-no-ser- escravo-da-rotina visitado em 14.04.2017. 1- Horário e local de preleção FIXANDO CONCEITOS Disciplina: Cumprimento responsável de ordens; respeito as pessoas, as normas e regulamentos, ou seja, dedicação como característica individual no exercício de função. Ética: No serviço público, está diretamente relacionada com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Estes servidores devem agir orientados por valores morais como: Honestidade, dentre outros princípios, necessários no exercício de uma carreira institucional inatacável. Legalidade: Que está de acordo com o direito; que se encontra em conformidade com a lei. Disponível em https://www.significados.com.br consulta 14. 04. 2017. 3 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO 1- Horário: O Agente Penitenciário deve tomar ciência, antecipadamente: a) Do horário em que deverá substituir o plantonista que está saindo de serviço na unidade penal onde desenvolve suas atividades; b) Do turno (diurno, noturno ou diuturno), se for o caso, e equipe de segurança que estará escalado; c) Apresentar-se, impreterivelmente, no horário preestabelecido. Portanto, compromisso, responsabilidade e pontualidade deve fazer parte da vida cotidiana profissional de qualquer servidor. Obs: A substituição deve acontecer no posto de serviço. A escala de serviço é de 24 x 48. Vamos conhecer um pouco da nossa rotina? 4 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Enquanto isso, na casa do Carlin... O plantão não está completo. Quem ainda não chegou? Já está atrasado. O Carlin ainda não chegou, e ele foi avisado antecipadamente do horário. Ainda bem que hoje não tô de Plantão!! Tedoide! Vou dormir até tarde! 5 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO 2.SUBSTITUIÇÃO DO PLANTÃO 2.1 Substituição durante o plantão: A substituição durante o plantão ocorre em diversas situações, seja por necessidade particular do servidor ou por necessidade de arranjo na segurança, ensejando, por exemplo, apoio a determinada tarefa. 2.2 Recebimento e verificação do posto de serviço Atribuições em todo posto de serviço do AGENTE PENITENCIÁRIO que estiver começando o plantão Ao efetuar a substituição(rendição), o Agente Penitenciário passa a ser o responsável no âmbito penal, cível e administrativo pelo setor de trabalho. Por isso, antes de assumir a responsabilidade do posto de serviço, deve observar certas determinações. 2.2.1 Ag. Pen. Começando o Serviço. Deslocar-se imediatamente ao posto de serviço, após a leitura da escala e orientações sobre o turno, para efetivar a substituição; efetuar a conferência de materiais e de presos (contagem); verificar as condições da estrutura e a higiene do local de trabalho; verificar a existência de alterações ou não alterações no posto e solicitar o registro em livro de ocorrência conforme o caso, encaminhando a informação ao setor de segurança para ciência e assinatura; inteirar-se das cautelas e quaisquer alterações do posto de serviço. 2.2.2 Agente penitenciário terminando o serviço Aguardar sua substituição (rendição) no respectivo posto de serviço; acompanhar as conferências efetuadas pelo Agente Penitenciário que assumirá o posto; 6 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO consignar os registros, se houver, das alterações no posto e assinar o livro de ocorrências; ausentar-se do posto somente após as conferências concluídas, e se estando elas sem alterações. Orientações I Caso seja verificada alguma alteração no posto de trabalho, o Agente Penitenciário que estiver assumindo o posto deve informar ao superior imediato e aguardar autorização para assim efetuar a substituição; toda unidade deverá manter um ou mais livros de ocorrências para que seja consignado todo registro com ou sem alteração. O livro deverá ser numerado e datado, e não poderá conter rasuras. A informação errada ou equivocada dever ficar entre parênteses e após registrar a anotação oficial; Um membro da Direção deverá assinar o livro onde constam a alteração ou não alteração; caso haja qualquer alteração, o Agente Penitenciário que estiver assumindo o plantão deverá solicitar à Chefe de Plantão, mediante o que foi anotado no livro, que do fato seja gerado comunicado para ciência da Coordenação de Segurança e Disciplina e da Direção. Não é apenas o preso e/ou o visitante que alteram. O Servidor, às vezes, altera ainda mais. 7 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Orientações II Após assumir o Plantão: O servidor deverá: a) permanecer no posto e ausentar-se somente com prévia comunicação à chefia imediata e com a devida substituição; b) manter os portões (ECLUSAS) sempre trancados, sendo que um portão só poderá ser aberto quando o outro já estiver trancado, salvo determinação de integrante da Coordenação de Segurança e Disciplina desde que com segurança especifica para o caso; c) manter a higiene e conservação do local, assim como a conservação dos materiais sob sua responsabilidade; Égua cara! Tenho uma festa pra ir lá no bairro. Segura as pontas aí! Ninguém vai perceber que vou sair... Vou fingir que não vi e ouvi isso! Tu sabes que isso é proibido, e que a qualquer momento a cadeia pode alterar... 8 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO d) Além disso, toda alteração em relação à dinâmica do trabalho no períododo plantão (seja sobre pessoas, sobre estrutura física, ou no manejo de qualquer atividade) deverá ser registrada no livro de ocorrências do setor correspondente e imediatamente levado ao conhecimento da Coordenação de Segurança para se providenciar a devida comunicação escrita. Conforme o posto de serviço ou setor que atuar será necessário ao servidor, o uso de diversos equipamentos e materiais, como: Bloco de papel e caneta para anotações mobiliário; computador; colete balístico; radiotransmissor – HT; algema de pulso e de tornozelo e chave de algema; lanterna; espelho; detector de metais; luvas; apito; tonfa; máquina para corte de cabelo; Pedaços de barra para bater grades; luvas especiais anticorte; bloco de recibos para registro de objetos e documentos de presos; máquina fotográfica; 9 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO materiais de escritório; kit para primeiros socorros; outros equipamentos. Pavilhão; galeria; ala, cela,alojamento São espaços comuns a todas as unidades prisionais. Cabem ao Agente Penitenciário as seguintes atribuições: efetuar a contagem dos presos, na forma determinada, identificando-os em suas respectivas celas ou espaço comum de alojamento, com base nas fichas ou listas de contagem e comunicar qualquer anormalidade à Coordenadoria de Segurança; observar, no decorrer do plantão, através de portinholas ou vistoriando corredores e celas desde que autorizado pela Coordenadoria de Segurança; não permitir que seja estendido varal, pano, cortina ou qualquer obstáculo que dificulte a visão do interior de celas e corredores; não permitir que os presos mudem de cela sem a devida autorização; fiscalizar a utilização e conservação, pelos presos, de materiais fornecidos pela unidade/Estado; 10 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO proceder à revista pessoal no preso, conforme a necessidade ou suspeição, assim como nos seus pertences, toda vez que o mesmo sair ou entrar à galeria; não permitir a entrada nem a permanência de presos em celas, galeria ou ala que não seja a sua; efetuar verificação física nas celas e nos pertences dos presos, se determinado, informando à Coordenadoria de Segurança qualquer alteração; acompanhar e fiscalizar a distribuição das refeições dos presos, servindo-as, se necessário, e, posteriormente, recolhendo as embalagens quando for o caso. acompanhar e fiscalizar a distribuição de medicamentos e procedimentos pelos profissionais de saúde, sendo proibido ao Agente Penitenciário a entrega de qualquer medicamento ou material de saúde ao preso; acompanhar e fiscalizar os trabalhos e/ou visitas de qualquer profissional ou pessoa no interior da galeria, observando toda movimentação; 11 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO acompanhar e fiscalizar a entrega de materiais efetuada por servidores no interior da galeria, observando toda movimentação; receber e atender, diariamente, as solicitações de presos requisitados para audiência e/ou atendimento dos diversos setores, visitantes etc.; recolher e encaminhar as correspondências dos presos ao setor competente; entregar correspondências aos presos conferindo nome do emitente e destinatário e solicitando assinatura do mesmo em recibo próprio; entregar sacolas com pertences aos presos, conferindo nome do emitente, destinatário e solicitando ao preso que confira os pertences e assine o recibo; efetuar mudanças de presos de seus cubículos para outro destino somente se devidamente autorizado por escrito pelo Coordenador de Segurança e/ou direção, retendo autorização para confirmação posterior; controlar toda a movimentação de presos na galeria(ala), efetuando as anotações necessárias; não abrir os portões da galeria(ala) ou cubículos(celas) após horário determinado pela SUSIPE, exceto em casos de urgência e desde que autorizado pelo setor de Segurança e/ou Direção; manter-se atento à manutenção da ordem, segurança e disciplina na galeria (ala) durante todo o turno; 12 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO controlar toda a movimentação dos presos, que entram ou saem do pavilhão, galeria, ala ou celas, anotando entradas e saídas definitivas, e as mudanças entre celas; registrar no livro de ocorrências, assim como comunicar ao superior imediato, toda e qualquer anormalidade observada no pavilhão, galeria, ala ou nas celas, mesmo que isoladamente, para que sejam tomadas as devidas providências. Égua mano! É MUITO TRAMPO! Te segura!! FÓRUM A SUSIPE tem por “missão institucional planejar, coordenar, implementar, fiscalizar e executar a custódia, reeducação e reintegração social de pessoas presas, internadas e egressos” Por que nossos servidores, em especial, mas não unicamente os ocupados com a área de segurança, não se identificam com esta premissa? Segundo a sua opinião, qual a origem da predominância de uma postura funcional repressiva presente nos blocos carcerários; como poderíamos minimiza-la? Vale: 1,0 13 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Quadrantes Espaços delimitados que permitem o controle de acesso. Minimizando o trânsito de pessoas no interior da unidade, isolando os espaços resguardando e garantindo a segurança dos profissionais e dos presos, e ainda protegem a estrutura física da unidade. Cabe aos Agente Penitenciário a) manter os portões trancados; b) abrir um portão de cada vez somente após se certificar que os outros estejam trancados, salvo determinações superiores em situações de extrema urgência sem vulnerar a segurança do espaço ou de pessoas; c) acompanhar visualmente as movimentações internas; d) não permitir a passagem de pessoas alheias à segurança, sem o acompanhamento de um Agente Penitenciário; e) não permitir a aglomeração de quaisquer pessoas dentro do quadrante; f) decidir a prioridade da pessoa que entra ou sai do quadrante visando essencialmente à segurança nos espaços; 14 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO g) verificar, ao final das atividades, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; h) devolver, ao setor responsável pela guarda, se necessário, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. Postos específicos, Atribuições especificas. O Parlatório: É o local onde os presos recebem visitas, atendimento técnico, advogados e outros. Cabe ao Agente Penitenciário a) ter lista prévia dos presos que irão ser atendidos (nos casos programados), devidamente autorizada pelo Coordenador de Segurança e/ou Direção. 15 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO b) verificar as condições de segurança do local; c) controlar o fluxo de atendimentos, confrontando com as listas prévias ou, ainda, anotando nominalmente os atendimentosautorizados, constando nome do preso, do profissional/visitante, dia e horários de entrada e saída; d) não havendo espaço específico no local para alojar o preso enquanto aguarda atendimento, e se determinado pela Divisão de Segurança e Disciplina em virtude de classificação, mantê-lo algemado antes e depois de ser atendido, assim como durante o atendimento, salvo solicitação do responsável pelo atendimento com ciência e autorização do coordenador de segurança, e desde que não haja riscos para a segurança de pessoas e/ou dos espaços; e) monitorar os presos e os profissionais; f) observar o período de tempo autorizado para o atendimento; g) resguardar a integridade dos profissionais e dos presos durante o período de atendimento; h) se não estiver responsável pela recondução do preso ao local de origem, solicitar ao Chefe de Plantão para providenciar o retorno do preso; i) verificar, ao final dos atendimentos, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; Ei pessoal! Já estou com a listagem dos que serão atendidos pela Assistente Social e advogados! 16 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO j) devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. A Escola É onde o preso desenvolverá, principalmente, as suas atividades educacionais, utilizando-se de material para estudo e tendo a presença do docente. Nesse local encontram-se cadeiras, carteiras e outros materiais necessários ao desempenho da atividade educacional. Cabe ao agente penitenciário a) ter lista atualizada para conferência dos presos em sala de aula e de eventuais ausências; b) verificar previamente as condições de segurança do local; c) controlar, caso seja responsável, o fluxo de movimentação dos presos; Acabei de colocar no livro de ocorrência o comportamento do interno que se alterou na hora do atendimento. 17 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO d) controlar o material autorizado a entrar nas salas com os presos e com os docentes; e) controlar o acesso ao setor de presos autorizados; f) permanecer em constante visualização das salas durante o período das atividades; g) liberar a entrada dos professores após os presos estarem nas salas; h) liberar a saída dos professores i) resguardar a integridade dos docentes e dos presos; j) revistar o preso, quando solicitada a sua saída da sala de aula, assim como quando do seu retorno; k) se não estiver responsável pela recondução dos presos ao local de origem, solicitar à Inspetoria para providenciar o retorno dos mesmos, auxiliando se convocado; l) verificar, ao final das atividades, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; m) devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. 18 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO A Enfermaria: Nesse setor há a permanência de profissionais da área de saúde para atendimento aos presos. Cabe ao Agente Penitenciário a) ter lista prévia dos presos que serão atendidos, conforme demanda dos atendimentos de assistência à saúde e demanda espontânea, salvo os atendimentos de emergência; b) verificar previamente as condições de segurança do setor; c) proceder à revista pessoal no preso conforme a necessidade e suspeita; d) liberar, para atendimento, um preso de cada vez que aguarda atendimento; e) monitorar o atendimento dos presos, ou manter-se afastado quando o profissional assim solicitar tendo em vista questões clínicas específicas e em razão da ética médica; f ) informar ao Chefe de Plantão para providenciar o retorno do preso à galeria; g) resguardar a integridade dos profissionais de saúde e dos presos; h) verificar, ao final dos atendimentos, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; i) devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. Setores de Atendimento Técnico Locais onde os presos recebem atendimentos dos diversos profissionais da área técnica, conforme a necessidade. Cabe ao Agente Penitenciário a) ter lista prévia dos presos que irão ser atendidos (nos casos programados pela equipe técnica), devidamente autorizada pela Coordenadoria de Segurança; b) verificar previamente as condições de segurança do local; c) controlar o fluxo de atendimentos; 19 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO d) monitorar o atendimento dos presos, ou manter-se afastado quando o profissional assim solicitar tendo em vista questões de sigilo e em razão da ética profissional; f) observar o período de tempo autorizado para o atendimento; g) resguardar a integridade dos profissionais e dos presos durante o período de atendimento; h) se não estiver responsável pela recondução do preso ao local de origem, solicitar ao Chefe de Plantão para providenciar o retorno do preso; i) verificar, ao final das atividades, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; j) devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. Tem uns 30 presos querendo falar com o social. Vou trazer todos esses. Não pode!Quem determina o número de atendimentos diários é a equipe técnica, por isso a listagem prévia. 20 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO OBS: O diálogo é imprescindivel entre os servidores, pois a equipe técnica sabe das suas limitações quanto aos números e qualidade dos atendimentos, e o agente sabe a necessidade dos internos por atendimento, logo, uma relaçao com diálogo todos são beneficiados e os atendimetnos tendem a fuir de forma tranquila. Controle de pertences e triagem de correspondências: Atividade de controle, triagem, entrega, guarda e devolução de materiais e correspondências. Cabe ao Agente Penitenciário a) ter uma lista prévia dos materiais e suas quantidades, e cartas permitidas; b) vistoriar as correspondências e os materiais, submetendo-os primeiramente, se disponível na unidade, sempre à inspeção eletrônica (Rapiscan); c) proceder à triagem das correspondências; e) comunicar, por escrito, à chefia imediata, qualquer suspeita (conteúdo do envelope, escrita etc.) verificada na correspondência; d) reter os excedentes de correspondências e/ou materiais não permitidos; e) efetuar o controle: • dos materiais e das cartas entregues e também triados aos presos; • do encaminhamento dos materiais retidos; • da entrega, para familiares, de pertences não permitidos na unidade; f) entregar, se determinado pela chefia imediata, os materiais e cartas aos presos, solicitando aos mesmos que assinem o recibo; g) materiais que não sejam possíveis entregar à família do preso, deverão ficar sob a guarda do setor de pertences até a data de saída ou transferência do preso. 21 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO Setores de trabalho interno Locais onde o preso desenvolve suas atividades laborterápicas (trabalhos ocupacionais e profissionalizantes).Cabe ao Agente Penitenciário a) ter lista atualizada dos presos que irão para o trabalho, bem como suas respectivas folhas de frequência. b) ter lista atualizada, e devidamente autorizada pela Coordenadoria de Segurança e pelo Chefe de Manutenção, dos materiais a serem utilizados pelos presos no setor de trabalho, conferindo-os ao início das atividades; c) verificar previamente as condições de segurança do local; d) acompanhar, se requisitado, os procedimentos de encaminhamento dos presos da pavilhão/setor e setor/pavilhão; e) controlar, através de listagem ou autorização, o material permitido a entrar e a sair do setor com os presos ou, se houver, com terceiros que acompanham o trabalho dos presos; f) resguardar a integridade de terceiros e de presos; Ei mano! Agora é na tela! Te mete! 22 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO g) não interferir no trabalho realizado pelo preso, salvo se observado qualquer alteração que comprometa a segurança da unidade ou de pessoas ou ainda se for observada a imperícia do preso para com a atividade; h) não permitir a entrada nem permanência de preso que não pertença ao setor, salvo se para efetuar reparos, manutenção ou, se por outro motivo, somente com autorização escrita da Coordenadoria de Segurança ou direção; i) permanecer em constante monitoramento do local durante o período em que os presos executam suas atividades; j) conferir, ao final das atividades, confrontando com a lista, os materiais (e suas condições) utilizados pelos presos; Setores de trabalho externo No regime semiaberto, o preso é enviado a diversos locais para prestar algum tipo de serviço, ou frequentar cursos de aprendizagem, através de convênios de cooperação entre órgãos públicos e civis, tendo a autorização da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios e da direção da unidade penal. O preso só deixará a unidade desde que com a devida autorização e acompanhado do Agente Penitenciário que irá monitorá-lo durante sua permanência no setor de trabalho ou cursos. Cabe ao Agente Penitenciário a) conferência da autorização nominal dos presos a serem deslocados até o local de trabalho com horários de saída e retorno à unidade penal, junto com a Chefia de plantão; b) monitorar os presos durante os horários de trabalho, bem como nos intervalos, mantendo-os no local de atividade; c) realizar a fiscalização e chamadas nominais durante as atividades do local de atividade; d) não interferir no trabalho realizado pelo preso, salvo se observado qualquer alteração que comprometa a segurança do local de trabalho ou de pessoas ou ainda se for observada a imperícia do preso para com a atividade; 23 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO f) não autorizar contato dos presos com pessoas estranhas ao local de atividade; g) efetuar a chamada nominal dos presos ao final das atividades, e ao retornar à unidade penal realizá-la novamente juntamente com a Chefia de Plantão; h) auxiliar, se convocado, na revista e alojamento dos presos; i) verificar, ao final das atividades, as condições do local e de seus objetos, se for sua atribuição, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; j) devolver ao setor responsável pela guarda, no caso de uso, chaves e equipamentos porventura utilizados no monitoramento da segurança. Visita intima: Em algumas unidades existe um espaço reservado ao encontro intimo entre o preso e seu visitante. Nas demais o encontro intimo ocorre na própria cela em que o preso se encontre alojado. Cabe ao Agente Penitenciário a) verificar previamente as condições do local a ser realizada a visita; b) verificar credencial de visita, observando o nome e a foto do visitante e do preso, o grau de parentesco, a autorização para visita íntima e se a credencial não possui rasuras e/ou adulterações; c) informar ao preso o tempo de uso do espaço, conforme regulamentação da unidade penal; d) registrar em formulário próprio o nome do preso e da visita, o horário do início e término da visitação; e) fornecer materiais necessários para uso na visitação; f ) conduzir preso e visitante ao local da visitação; g) controlar o local de visitação e período de uso; h) assegurar privacidade do preso e do visitante; i ) após término da visitação, encaminhar o preso e o visitante para o pátio, observando possíveis alterações; 24 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO j ) efetuar revista de inspeção no ambiente; k) providenciar limpeza do ambiente, se necessário; l ) verificar, ao final da visita, as condições do local e de seus objetos, relatando qualquer alteração no livro de ocorrências; m ) devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no monitoramento da segurança. REFERÊNCIAS Este material é uma adaptação ao conteúdo retirado do livro: Práticas de segurança nas unidades penais do Paraná - Curitiba, 2011. 156p - (Cadernos do Departamento Penitenciário do Paraná) que está disponível em: (http://www.espen.pr.gov.br/arquivos/File/caderno_seguranca.pdf). Sítios de localização das figuras: https://jcasadei.wordpress.com/2010/08/05/calvin-ensina-como-no-ser-escravo-da- rotina visitado em 14.04.2017. http://www.iefy.com.br/cursos/curso-de-manga www.janusbrasil.com/single-post/2015/01/05/7-maneiras-para-você-contribuir-com-o- bom-desempenho-do-seu-trabalho-e-evitar-acidentes. http://www.blogdoalexandreguerreiro.com/2016/06/oab-montes-claros-inaugura- parlatorio.html. http://www.susipe.pa.gov.br/noticias/internos-da-susipe-exp%C3%B5em-trabalho-de- marcenaria-no-flor-par%C3%A1-2014 25 Unidade II: SISTEMA DE ROTINAS DE SERVIÇO http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/presos/parte1.htm https://portuguese.alibaba.com/wholesale/Atacado-seda-sacos-de-serigrafia.html http://agenciapara.com.br/Noticia/138199/pro-paz-enem-e-susipe-preparam- detentos-que-vao-fazer-o-enem-em-unidades-prisionais https://espacoviryasp.wordpress.com/category/mente/page/2/ https://www.significados.com.br . Organizador: Afonso Ligorio – EAP, maio 2017.