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01 Princípios expressos, explícitos ou constitucionais

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15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 1/10
Princípios expressos, explícitos ou constitucionais
Supraprincípios ou Superprincípios
SUPRAPRINCÍPIOS ou SUPERPRINCÍPIOS são os princípios centrais dos quais derivam todos
os demais princípios e normas do Direito Administrativo. São dois os supraprincípios e,
de acordo com os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, apresentam uma
dualidade permanente no exercício da função administrativa:
a) supremacia do interesse público sobre o privado (reflete os PODERES DA
ADMINISTRAÇÃO); e
b) indisponibilidade do interesse público (reflete os DIREITOS DOS ADMINISTRADOS).
Princípio da supremacia do interesse público
Para Alexandre Mazza, a supremacia do interesse público sobre o privado, também
chamada simplesmente de princípio do interesse público ou da finalidade pública,
princípio implícito na atual ordem jurídica, significa que os interesses da coletividade
são mais importantes que os interesses individuais, razão pela qual a Administração,
como defensora dos interesses públicos, recebe da lei poderes especiais não extensivos
aos particulares (posição de superioridade diante do particular). Em termos práticos,
cria uma desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados.
São exemplos de aplicação do princípio da supremacia do interesse público:
A desapropriação, traduzida na possibilidade de transformar compulsoriamente
propriedade privada em pública;
convocação de mesários para eleição;
presença de cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos; e
presunção de legitimidade dos atos administrativos.
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 2/10
Pelos exemplos citados, perceba que só existe a supremacia do interesse público
PRIMÁRIO sobre o interesse privado. O interesse patrimonial do Estado como pessoa
jurídica, conhecido como interesse público SECUNDÁRIO, não tem supremacia sobre
o interesse do particular.
Princípio da indisponibilidade do interesse público
O princípio da indisponibilidade do interesse público enuncia que os agentes públicos
não são donos do interesse por eles defendido. Assim, no exercício da função
administrativa os agentes públicos estão obrigados a atuar, não segundo sua própria
vontade, mas do modo determinado pela legislação. Como decorrência dessa
indisponibilidade, não se admite que os agentes renunciem aos poderes legalmente
conferidos, tampouco que o Poder Público celebre acordos judiciais, ainda que
benéficos, sem a expressa autorização legislativa.
São exemplos de aplicação do princípio da indisponibilidade do interesse público:
A contratação de obras e serviços mediante licitação, quando não era o caso para
tal disponibilidade.
A necessidade, em regra, de aprovação em concurso público para ocupar cargo
público.
Como exceções ao princípio da indisponibilidade do interesse público, dois
exemplos podem ser mencionados [1]:
1) no rito dos Juizados Especiais Federais, os representantes da Fazenda Pública são
autorizados a conciliar e transigir sobre os interesses discutidos na demanda (art.
10, parágrafo único, da Lei 11.029/2001);
2) passou a ser permitida a utilização de mecanismos privados para resolução de
disputas, inclusive a arbitragem, exclusivamente nos contratos de concessão de
serviço público e nas parcerias público-privadas (arts. 23-A da Lei 8.987/95 e 11, III,
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 3/10
da Lei 11.079/2004). Nos demais contratos administrativos, o uso da arbitragem
continua vedado.
[1] Na relação moderna entre Administração e administrado, não mais se admite a ideia
da existência de princípios absolutos.
Princípios expressos, explícitos ou constitucionais
Os princípios expressos, explícitos ou constitucionais estão diretamente previstos na
Constituição Federal. O dispositivo constitucional que trata dos princípios
administrativos é o art. 37[1], caput, do Texto de 1988 (grifou-se):
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA.
Perceba, pelos grifos, que os princípios constantes na Constituição da República são
aplicáveis aos três níveis de governo da Federação. Para memorizar os nomes dos cinco
princípios mencionados no art. 37, caput, pode ser usada a seguinte regra mnemônica:
Passemos, então, ao estudo detalhado dos princípios diretamente previstos no art. 37,
caput, da CF/1988.
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade significa a subordinação da Administração Pública à vontade
popular. Assim, a Administração Pública só pode praticar as condutas autorizadas em
lei.
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 4/10
O princípio da legalidade é aplicável tanto à Administração (sentido negativo) quanto
aos administrados (sentido positivo). O exercício da função administrativa não pode ser
pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve
obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. Diferentemente, também vale para o
particular: se uma norma não proibir, o particular pode agir da maneira que melhor
entender.
A famosa frase de Hely Lopes Meirelles enfatiza: “Enquanto na administração particular
é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o
que a lei autoriza”.
Ainda sobre o tema, destaca-se que o princípio da legalidade é bem mais amplo do que
a mera sujeição do administrador à lei formal, pois se refere ao ordenamento jurídico,
às normas e aos princípios constitucionais, incluindo também as normas regulamentares
por ele editadas.
Por fim, ensina Celso Antônio Bandeira de Mello que a Constituição Federal prevê três
institutos que alteram o funcionamento regular do princípio da legalidade por meio da
outorga de poderes jurídicos inexistentes em situações de normalidade:
a medida provisória (art. 62);
o estado de defesa (art. 136);
o estado de sítio (arts. 137 a 139).
Princípio da impessoalidade, finalidade ou isonomia
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 5/10
O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do
interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a
particulares no exercício da função administrativa. Em suma, a Administração tem que
tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.
Diz Hely Lopes Meirelles que o princípio da impessoalidade “nada mais é do que o
clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique
o ato para seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de Direito
indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal”.
Como esclarece Lucas Rocha Furtado, o princípio da impessoalidade admite seu exame
sob os seguintes aspectos:
Dever de isonomia por parte da Administração Pública;
Dever de conformidade ao interesse público;
Imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas
jurídicas em que atuam.
Em relação ao primeiro aspecto, leciona Lucia Valle Figueiredo que é possível haver
tratamento iguala determinado grupo (que estaria satisfazendo o princípio da
igualdade); porém, se ditado por conveniências pessoais do grupo e/ou do
administrador (leias ausência de isonomia), está infringindo a impessoalidade.
Sobre o segundo aspecto, temos o desdobramento do princípio da impessoalidade na
vedação da promoção pessoal de agentes ou autoridades. Assim, o agente público não
pode imprimir pessoalidade associando sua imagem pessoal a uma realização
governamental.
CF/1988, art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Perceba que a presença de nomes, símbolos ou imagens de agentes ou autoridades nas
propagandas governamentais compromete a noção de res publica e a impessoalidade da
gestão da coisa pública.
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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Ainda, sob o terceiro aspecto, a impessoalidade é traduzida na atuação dos agentes
públicos sendo imputada ao Estado, significando um agir impessoal da Administração.
Assim, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público, mas à
pessoa jurídica estatal a que estiver ligado.
Princípio da moralidade
O princípio da moralidade administrativa exige respeito a padrões éticos, de boa-fé,
decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito
de boa administração.
A moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato administrativo.
Certas formas de ação e modos de tratar com a coisa pública, ainda que não impostos
diretamente pela lei, passam a fazer parte dos comportamentos socialmente esperados
de um bom administrador público, incorporando-se gradativamente ao conjunto de
condutas que o Direito torna exigíveis.
Importante distinção refere-se aos conceitos de boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva.
A boa-fé subjetiva, ou boa-fé crença ou boa-fé convicção consiste na investigação
sobre vontade e intenção do indivíduo, especialmente para apurar o conhecimento ou o
desconhecimento da ilicitude da conduta praticada. Fala-se que o agente atuou “de
boa-fé”, tendo como noção contraposta a “má-fé”.
Já a boa-fé objetiva ou boa-fé conduta manifesta-se externamente por meio da
investigação do comportamento do agente, sendo irrelevante sua intenção. Fala-se que
o agente atuou “segundo a boa-fé”, tendo como noção contraposta a “ausência de boa-
fé”, e não a “má-fé”.
Outro merecido destaque está na Súmula Vinculante 13 do STF, que trata
do antinepotismo.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 7/10
Nepotismo (do latim nepotis, sobrinho) funciona como uma espécie de favoritismo,
preferência, por alguns. No Direito Administrativo Brasileiro, o nepotismo tem sido
identificado pela nomeação de parentes para cargos de chefia.
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
A referida súmula reforça o caráter imoral e ilegítimo da nomeação de parentes para
cargos em comissão, inclusive na MODALIDADE CRUZADA OU TRANSVERSA (o parente de
X é nomeado no gabinete de Y em troca da nomeação de um parente de Y no gabinete
de X).
Alexandre Mazza escreve que o impacto positivo da norma foi fragilizado em função de
dois fatores:
ao fazer expressa referência a colaterais até o terceiro grau, a Súmula Vinculante
13 legitimou a nomeação de primos;
o próprio Supremo Tribunal Federal ressalvou que a proibição não é extensiva a
agentes políticos do Poder Executivo, como Ministros de Estado e Secretários
estaduais, distritais e municipais (Rcl 6650/PR).
Ainda, na Rcl 6702/PR, o STF considerou desnecessária a edição de lei para que se
tenha de observar o dever de conduta moral (grifou-se):
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 8/10
(...) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática,
uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF.
O cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-se, à
primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que exerce a função de auxiliar
do Legislativo no controle da administração pública. Aparente ocorrência de vícios
que maculam o processo de escolha por parte da Assembleia Legislativa paranaense.
Princípio da publicidade
O princípio da publicidade pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos atos
administrativos. Tal princípio encarta-se num contexto geral de livre acesso dos
indivíduos a informações de seu interesse e de transparência na atuação administrativa.
Pode-se concluir que o princípio da publicidade engloba:
a) o princípio da transparência: abriga o dever de prestar informações de interesse dos
cidadãos e de não praticar condutas sigilosas;
b) o princípio da divulgação oficial: exige a publicação do conteúdo dos atos praticados
atentando-se para o meio de publicidade definido pelo ordenamento ou consagrado pela
prática administrativa.
Pela publicidade dos atos administrativos, temos:
a) a divulgação oficial do ato para conhecimento público;
b) a exigibilidade do conteúdo do ato;
c) o início da produção de efeitos do ato administrativo;
d) o controle de legalidade do ato administrativo.
Ainda, o modo de dar-se a publicidade varia conforme o tipo de ato.
Na falta de disposição legal específica, a regra é que atos externos ou internos com
efeitos externos, por alcançarem particulares estranhos ao serviço público, devam ser
divulgados por meio de publicação em órgão oficial (diários oficiais).
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 9/10
No entanto, o conceito de publicidade não se resume às publicações na Imprensa
Oficial e nos jornais diários de grande circulação. Como exemplo, temos a previsão
na Lei 8.666/1993, que dispõe que na modalidade de licitação convite, fica
dispensada a publicação do instrumento convocatório, mas não a publicidade nos
quadros de aviso do órgão público. 
Desse modo, vale o registro de que é possível que se dê publicidade a determinado
ato em processo licitatório, mesmo que não haja publicação deste.
Atos interna corporis dos órgãos/entidades administrativos também necessitam ser
divulgados, mas não demandam publicação em diários oficiais. Por isso, muitos órgãos
acabam criando boletins internos, cuja função principal é exatamente dar publicidade
aos atos internos da instituição.
Por fim, registra-se que o próprio texto constitucional definiu três exceções ao
princípio da publicidade, autorizando o sigilo nos casos de risco para:
I) a segurança do Estado (art. 5º, XXXIII). Exemplo: informações militares;
II) a segurança da sociedade (art. 5º, XXXIII). Exemplo: sigilo das informações sobre
o interior de usinanuclear para evitar atentados terroristas;
III) a intimidade dos envolvidos (art. 5º, X). Exemplo: processos administrativos
disciplinares.
Princípio da eficiência
O princípio da eficiência na Administração pública trata-se do melhor emprego dos
recursos e meios (humanos, materiais e institucionais), para melhor satisfazer às
necessidades coletivas num regime de igualdade dos usuários (José Afonso da Silva).
Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e
rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
15/05/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/10578740/caderno 10/10
Portanto, a gestão de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor
resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da
eficiência. Ao dever estatal de atuação eficiente corresponde o direito dos usuários de
serviço público a uma prestação com qualidade e rapidez.
Tal princípio é o mais recente de todos, sendo acrescentado no art. 37, caput, da
Constituição Federal pela Emenda 19/98, a nomeada emenda da Reforma
Administrativa, que procurou implementar o modelo de administração pública gerencial
voltada para um controle de resultados na atuação estatal.
Segundo a lição de José dos Santos Carvalho Filho, EFICIÊNCIA, EFICÁCIA e EFETIVIDADE
são conceitos que não se confundem.
A EFICIÊNCIA seria o modo pelo qual se exerce a função administrativa. A EFICÁCIA diz
respeito aos meios e instrumentos empregados pelo agente. E a EFETIVIDADE é voltada
para os resultados de sua atuação.
Como aplicação do princípio da eficiência, podemos exemplificar:
a) o estágio probatório (art. 41 da CF/1988);
 
b) o contrato de gestão das agências executivas (art. 37, § 8º, da CF/1988);
 
c) a duração razoável dos processos administrativos (art. 5º, LXXVIII, da CF/1988);
e
 
d) a reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de
recurso administrativo.
[1] O rol de princípios constitucionais do Direito Administrativo não se esgota no art. 37,
caput. Outros princípios administrativos expressos podem ser encontrados na CF/1988,
tais como o da participação (art. 37, § 3º), o da celeridade processual (art. 5º, LXXVIII),
o do devido processo legal (art. 5º, LIV), dentre outros.

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