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Macacos: Raças, Características e Manejo

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MACACOS
Macaco é o nome genérico de todos os mamíferos primatas da subordem dos antropoídeos, exceto o homem. Classificam-se nas superfamílias dos ceboídeos (como os macacos-prego, os guaribas e os barrigudos), cercopitecoídeos (como o reso, o babuíno e o mandril) e hominoídeos, à qual pertencem as famílias dos antropoides pongídeos (como, por exemplo, o gorila e o chimpanzé). A maioria dos macacos vive nas regiões tropicais do globo, principalmente em florestas, mas também em savanas e pântanos, em áreas semidesérticas ou de clima temperado e frio, como no Japão, e no Himalaia. Nas Américas Central e do Sul, habitam sobretudo as florestas úmidas. Poucos vivem nos campos, caatingas e terrenos alagados, embora todos sejam capazes de nadar. . (Portal São Francisco, 2018).
A maioria dos macacos é arborícola (vivem em árvores). Apenas algumas poucas espécies, como os gorilas e mandris, preferem o solo. Alimentam-se de folhas, frutos, sementes, pequenos anfíbios, caramujos e pássaros (Portal São Francisco, 2018).
RAÇAS E CARACTERÍSTICAS
Atualmente, existem 128 espécies, sendo 51 pertencentes ao Novo Mundo (América) e 77 ao Velho Mundo (Ásia e África).
	De acordo com o Mundo Entre Patas (2018), as raças mais comuns são:
Cebus: Têm um tamanho médio para um macaco, já que a sua altura variar entre os 55 e os 30 centímetros de comprimento, enquanto o peso varia entre os 2,5 e os 5 quilos.
Sagui: É uma raça muito pequena, de tal forma que o seu próprio peso nem chega às 500 gramas.
Babuíno Anúbis: Tem este nome pois assemelha-se muito ao antigo deus do Egipto, Anubis. 
Macaco-de-cheiro: Não é uma espécie que costuma andar no solo, mas por vezes tem essa necessidade para caçar alimentos ou porque o meio envolvete a obriga a tal.
Macaco-prego: Eles usam pedras para partirem a casca de alguns frutos como as nozes, algo que não se vê em muitas outras espécies.
Coatá: A sua capacidade de mover de ramo em ramo é simplesmente fantástica, característica que o ajuda bastante a sobreviver contra predadores comuns.
Bonobo: Os Bonobos vivem em grupo ao longo do rio Congo, na República Democrática do Congo.
Gorilas: É o maior e o mais forte de todos os macacos antropóides.
Gibão: vive nas florestas do sudeste da Ásia. Caracteriza-se pelos seus grandes braços com os quais balança de ramo em ramo.
Macaco-aranha: A pelagem destes macacos varia do preto ao castanho. As alturas são um bom refúgio para escapar dos seus predadores como jaguares e ocelotes.
Alouattas: Estes macacos são os maiores da América do sul. 
PRÁTICAS DE MANEJO
Furtado (2006) acredita que manter animais em cativeiro implica no dever ético de lhes proporcionar saúde física e psicológica. Segundo NEWBERRY (1995) o enriquecimento ambiental é um melhoramento no funcionamento biológico do animal, através do aumento no sucesso reprodutivo e melhora na saúde física, como resultado das modificações do seu ambiente. 
Dessa forma alguns cuidados são necessários para garantir o bem estar dos macacos. Além do uso em pesquisas, muitos estão em cativeiros para reprodução, outros em zoológicos, mas, qualquer que seja a finalidade de manter o macaco longe do seu habitat natural, algumas práticas devem ser observadas.
Quanto a meio ambiente e instalações
O controle do ambiente onde se encontra o animal tem grande importância, devendo estar adequado a cada espécie. Temperatura, umidade e iluminação são fatores que devem ser cuidadosamente observados, pois caso estejam inadequados, podem levar ao surgimento de doenças que comprometem toda a colônia em razão do estresse produzido (ANDRADE, 2018).
Poleiros, balanços, tambores, brinquedos, música ambiente, alimentos variados, fornecidos de forma não repetitiva, constituem algumas estratégias importantes para aguçar a curiosidade desses animais sociáveis, uma vez que esses recursos propiciam uma quebra na sua rotina diária tão necessária para melhorar a condição vital (ANDRADE, 2018). Além desses recursos, recriar um ambiente muito próximo ao habitat natural, como riachos com peixes, árvores dentro dos cativeiros são algumas das formas de reduzir o stress e fazer com que os macacos sintam-se mais próximos a natureza.
Em alojamentos, o ambiente deve ser o mais protegido possível de ruídos, pois o excesso de barulho também trará danos à saúde do animal. Quanto à temperatura, primatas do Velho Mundo podem se adaptar com facilidade a temperaturas de 19 ºC, excetuando-se os babuínos e os macacos japoneses, que podem se adaptar a temperaturas mais baixas. Os primatas do Novo Mundo devem ser mantidos em temperatura entre 22 ºC e 26 ºC. A noite a temperatura deve ser diminuída, reproduzindo o que ocorre no ambiente selvagem. A iluminação deve ser controlada em instalações que não têm janelas exteriores, devendo haver um timer de controle do tempo de iluminação, promovendo, assim, um ciclo de luminosidade regular (ANDRADE, 2018).
Além das temperaturas, e ambiente adequado, a higienização é igualmente importante, para evitar doenças, sendo assim ela deve ocorrer diariamente.
	Quanto à nutrição
	Uma das práticas de manejo mais importantes se refere a nutrição, pois um animal bem nutrido dificilmente será acometido por doenças, de acordo com Andrade (2018), quando afirma que o status nutricional influencia diretamente no crescimento, na reprodução e na longevidade dos macacos, bem como na capacidade de resistência aos patógenos. A dieta adequada é essencial ao bem-estar animal e assegura resultados reprodutíveis nas pesquisas biomédicas (ANDRADE, 2018).
 A nutrição adequada dos macacos envolve aproximadamente 50 nutrientes essenciais. Além das exigências nutricionais a serem obedecidas, é importante saber que existem --fatores capazes de interferir na qualidade dos alimentos, tais como palatabilidade, transporte e estocagem do alimento, e concentração de contaminantes químicos e biológicos. Os requerimentos nutricionais variam de acordo com estágios do ciclo de vida, como crescimento, reprodução e manutenção vital. No caso dos animais mais idosos, ocorre uma diminuição nesses requerimentos, resultando em obesidade se não forem fornecidas dietas especiais com baixa densidade calórica ou mesmo limitação do consumo alimentar (ANDRADE, 2018).
Quando alojados em grupos, é importante observar se os indivíduos de menor grau de dominância social têm acesso à comida e à água. No mercado, existem rações peletizadas, desenvolvidas especialmente para a alimentação de macacos em cativeiro, que diferem em seus componentes nutricionais de acordo com a idade. A formulação da dieta é obtida por meio da mistura de diversos alimentos, várias vitaminas e suplementos minerais. Alguns centros fornecem aos animais do seu plantel apenas a ração peletizada, sendo esta balanceada e capaz de suprir todas as necessidades do animal. Nesse caso, frutas variadas, cereais, grãos, sementes, legumes, verduras, entre outros, são fornecidos exporadicamente, com o intuito de minimizar o estresse (ANDRADE, 2018).
 	Além da alimentação à água fornecida deve ser de boa qualidade e servida em abundância, preferencialmente através de bebedouros automáticos. Quanto à rotina de alimentação, os animais devem ser alimentados no mínimo duas vezes ao dia.
Ainda, de acordo com Andrade (2018) a parte da dieta com teores mais elevados de proteínas, energia, gordura, vitaminas e minerais deve ser oferecida pela manhã. Verduras, frutas, legumes e demais suplementos naturais devem ser sempre servidos à tarde.
Quanto a Contenção
O manejo dos macacos deve ser acompanhado de muita precaução, não devendo subestimar a sua força e tenacidade, pois apresentam reações imprevisíveis, podendo ocasionar ferimentos graves aos tratadores. Sendo assim, no momento de lidar diretamente com os mesmos, o uso de roupas protetoras, botas e luvas torna-se estritamente necessário. Quando se deseja capturar ou remover animais alojados em grupos, o puçá é um material de contenção eficaz, porém é uma técnica que estressa em demasia os animais (ANDRADE,2018).
 A contenção animal pode ser realizada de duas formas: física e química. Na contenção física, o animal é capturado com auxílio do puçá e a partir daí é imobilizado por meio de procedimentos técnicos padronizados de acordo com a espécie. Sempre que necessário, a contenção química é realizada, sendo o cloridrato de ketamina o anestésico dissociativo de eleição para a maioria dos primatas (ANDRADE, 2018).
	Quanto a Estereotipias 
	
	Estereotipias são padrões de comportamentos repetitivos e invariáveis, com movimentos sem aparente função ou objetivo. Geralmente são apresentadas quando os recintos são incompatíveis com o habitat natural das espécies ou quando há um mau funcionamento neurológico (Sousa, 2014).
Algumas ações podem ser observadas em macacos estressados, tais como:
Movimento de cabeça ventre-dorsal combinado com rotação do corpo;
Morder mãos e pés;
Coçar;
Andar de um lado para o outro;
Andar em círculos;
Automutilação (puxar os pelos), 
Coprofagia;
Autocatação.
Com o intuito de criar oportunidades para o surgimento de uso de ferramentas e proporcionar um ambiente mais estimulante capaz de reduzir comportamentos anormais no ambiente de cativeiro, Lessa (2014) acredita que ao dificultar o acesso do macaco ao alimento, o enriquecimento alimentar proporciona a oportunidade de expressão do comportamento típico da espécie como passar mais tempo procurando, processando e consumindo alimentos. Ele fez testes me babuínos, aumentando a atividade de forrageamento em babuínos distribuindo caixas de madeira contendo amendoim em diferentes pontos do recinto.
	
CONCLUSÃO
A partir desse estudo pode-se notar o quão importante e necessário são as práticas de manejo para o bem-estar dos macacos. Um ambiente adequado, higienizado, com atrativos muito próximos aos encontrados no seu habitat natural evitando rotinas que possam causar stress e consequentemente estereotipias, são sumariamente indispensáveis.
Além disso, uma alimentação balanceada pode evitar doenças e contribuir para o bem-estar.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Andrade, M. C. R. Criação e manejo de primatas não-humanos. In. Scielo Books. Disponivel em <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=WGbRBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA143&dq=Cria%C3%A7%C3%A3o+e+manejo+de+primatas+n%C3%A3o-humanos&ots=QwGaZTn6IX&sig=uAWlpS1FNxWPBbfObTpg70QEBO8#v=onepage&q=Cria%C3%A7%C3%A3o%20e%20manejo%20de%20primatas%20n%C3%A3o-humanos&f=false. >Acesso out. 2018.
Biomania. Macaco. Disponível https://biomania.com.br/artigo/macaco. Acesso out. 2018.
Furtado, O.M. Uso de ferramentas como enriquecimento ambiental para macacos-prego (Cebus apella) cativos. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental) - Instituto de Psicologia, USP, São Paulo, 2006.
Lessa, M. A.M. Bem-estar de macacos-prego no cativeiro: engenharia comportamental no enriquecimento ambiental e análise da dinâmica espacial. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Belém, 2014.
Mundo entre patas. Macacos. Disponível em http://mamiferos.mundoentrepatas.com/macacos.htm . Acesso em out. 2018.
Newberry, R.C. Environmental enrichment: Increasing the biological relevance of captive environments. Applied Animal Behavioural Science 44:229-243, 1995.
Portal São Francisco. Disponível https://www.portalsaofrancisco.com.br /animais/macaco. Acesso out. 2018.
Sousa, A. B. de, 2014. Enriquecimento Ambiental como Redutor de Estresse em Macacos-Pregos (Cebus Libidinosus) Mantidos Em Zoológico. Disponivel em http://www.ccen.ufpb.br/cccb/contents/ monografias/2014.2/enriquecimento-ambiental-como-produtor-de-estresse-em-macacos-pregos-cebus-libidinosus-mantidos-em-zoologico.pdf. Acesso out., 2018.

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